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Aula 12 - 03/05/2005.
Objetivos:
~ 1X ∂Ej
= Φ(0) − ~x · E(0) − 3xi xj − r2 δij (0) + . . . (3)
6 ij ∂xi
1
Substituir em (1) e obter:
~ 1X ∂Ej
W = qΦ(0) − p~ · E(0) − Qij (0) + . . . (4)
6 ij ∂xi
Curso de Eletrodinâmica Clássica I. 2005.1 Departamento de Fı́sica - UFPE 2
Obs:
1. O termo de quadrupolo é de interesse particular em Fı́sica Nuclear: o momento de
quadrupolo nuclear reflete a natureza da força entre nêutrons e prótons.
2. Reflete também a forma do núcleo.
3. ρJ,M,α (~x)=densidade de carga quanto-mecânica para um dado estado nuclear quântico,
onde J, M são os números quânticos do momentum angular total do núcleo e {α} o
conjunto de números quânticos restantes.
4. ρJ,M,α (~x) tem simetria cilı́ndrica em torno do eixo ẑ ∴ os únicos termos não nulos
do momento de quadrupolo são q20 ∝ Q33 1 :
Lembrar:
Z r r
1 5 1 5
q20 = (3z ′2 − r′2 )ρ(~x′ )d3 x′ = Q33
2 4π 2 4π
Z
1
QJM α = (3z 2 − r2 )ρJM α (~x)d3 x (5)
e
1
Ver Blatt & Weisskopf. Theoretical Nuclear Physics (1952)
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~ x1 ) = 1 3n̂(~p2 · n̂) − p~2 4π
E(~ − p~2 δ(~x1 − ~x2 ) (6)
4πǫ0 |~x1 − ~x2 |3 3
ou
~ x1 ) = 1 3n̂(~p2 · n̂) − p~2
E(~ se ~x1 6= ~x2 (7)
4πǫ0 |~x1 − ~x2 |3
Logo
~ x1 ) = p~1 · p~2 − 3(n̂ · p~1 )(n̂ · p~2 )
W = −~p1 · E(~ (8)
4πǫ0 |~x1 − ~x2 |3
onde
(~x1 − ~x2 )
n̂ =
|~x1 − ~x2 |
Na figura abaixo mostramos algumas situações especiais onde ocorrem atração ou repulsão
entre os dipolos:
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1 2P1 P2
p~1 1 P~1 kP~2 , P~1 kn̂ → W = − 3 < 0 Atração
r
P 1 P2
2 P~1 kP~2 , P~1 ⊥ n̂ → W = − 3 > 0 Repulsão
r
2P1 P2
p~1 4 p~2 2 p~1 3 P~1 k − P~2 , P~1 kn̂ → W = > 0 Repulsão
r3
P1 P2
4 P~1 k − P~2 , P~1 ⊥ n̂ → W = − 3 < 0 Atração
r
p~1
3
Lembre que Fr = −dW/dr. Observe que a energia de interação decai com r−3 .
Obs.: O cálculo detalhado das equações de Maxwell, levando em conta as escalas macroscópicas
e microscópicas, será feito no Cap.6, levando em conta as variações temporais.
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L l rB
~
~ =ρ
∇·D ~ − ∂ D = J~
∇×H (9)
∂t
~
~ =0
∇·B ~ + ∂B = 0
∇×E (10)
∂t
Obs:
~ = ǫ0 E
• Para fontes externas no vácuo: D ~ eB
~ = µ0 H.
~
Problema microscópico: pequeno número de fontes com dimensões microscópicas (sem es-
cala) → problema tratável.
Problema macroscópico: meio material formado por número muito grande de agrupamen-
tos de cargas → problema intratável microscopicamente. Torna-se necessário definir uma
escala macroscópica de interesse (especificar região para fazer as médias) para descrever
comportamento médio.
~ e B
Questão: Como incluir o meio nas equações de Maxwell e descrever os campos E ~
macroscópicos? (Será visto detalhadamente na seção 6.6).
Roteiro:
~ eB
(a) Substituir E ~ microscópico por E
~ eB
~ macroscópico nas equações de Maxwell.
1
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∂Q′ij
onde Pi : momento dipolo elétrico macroscópico médio e ∂xj
é momento de quadrupolo
elétrico médio etc.
Obs: P~ , M~ , Q′ij etc. representam a resposta do meio aos campos produzidos pelas
~
“fontes”ρ e J.
além de J~ = J[
~ E,
~ B]
~ Lei de Ohm generalizada. (13)
X X
Di = εij Ej Hi = µ′ij Bj (14)
j j
onde εij é o tensor permissividade elétrica ou tensor dielétrico e µ′ij é o tensor perme-
abilidade magnética inverso. εij e µ′ij dependem da estrutura molecular e cristalina do
material, além da densidade, temperatura, pressão etc.
~ = ǫE
D ~ e H ~ = 1B
~ = µ′ B ~ (15)
µ
Obs: Em geral os tensores elétricos e magnéticos são não locais e dependentes do tempo
na forma: XZ Z
~
Di (~x, t) = dx3 ′
dt′ εij (~x′ , t′ )Ej (~x − ~x′ , t − t′ ) (16)
j
onde εij é não nulo no entorno de ~x′ = 0 e para instantes de tempo próximos de t′ = 0.
Tomando a transformada de Fourier (espaço-temporal) de (16) teremos:
X
~ i (K,
D ~ ω) = ~ ω) Ej (K,
ǫij (K, ~ ω) (17)
j
Ordens de Grandeza:
ε/ǫ0 ∼ 88 (T = 0◦ C) >
ε/ǫ0 ∼ 56 (T = 100◦ C) > água destilada
Se ~ micro = 0
∇×E → ~ macro = 0 ∴
∇×E ~ macro = −∇Φmacro
E (18)
X
P~ (~x) = Ni < p~i > (momento dipolo elétrico por unidade de volume.) (19)
i
onde Ni = número médio de moléculas tipo i por unidade de volume, e p~i é o momento
dipolo elétrico do i-ésimo tipo de molécula, sendo < · · · >≡ média sobre pequeno volume
centrado em ~x.
X
ρ(~x) = Ni < qi > +ρexc (20)
i
ρ(~x′ )
" # ∆V
O segundo termo é análogo à contribuição de uma camada-dipolo, mas para uma dis-
tribuição volumétrica.
Obs: (lembrar)
" #
1 q P~ + ~x
Φ(~x) = + + ···
4πǫ0 r r3
h i
∇ ~ x) = 1 ρ − ∇
~ · E(~ ~ · P~ (26)
ǫ0
~ ·E
ǫ0 ∇ ~ +∇
~ · P~ = ρ ∴ ∇
~ · (ǫ0 E
~ + P~ ) = ρ ∴ ~ =ρ
∇·D (27)
onde ~ = ǫ0 E
D ~ + P~ , é o vetor Deslocamento Elétrico.
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P~ = ǫ0 χe E
~ (28)
onde χe é a susceptibilidade elétrica do meio. Neste caso:
~ = ǫ0 E
D ~ + ǫ0 χ e E
~ = ǫ0 (1 + χe )E
~ =ǫE
~
~ ·D =ρ
∇ → ~ ·E
∇ ~ = ρ
(30)
ǫ
Em um meio de constante dielétrica ǫ/ǫ0 os campos produzidos por ρ são reduzidos por
um fator ǫ0 /ǫ, em relação ao valor no vácuo, a ver:
~ ·E~ vácuo = ρ ~ ·E~ meio = = ρ ǫ 0 ρ
∇ e ∇ (31)
ǫ0 ǫ ǫ ǫ0
ǫ0 ~ ~ ǫ ρ
~
∇ · Evácuo = ∇ ·
0
Evácuo = ⇒ E ~ meio = ǫ0 E ~ vácuo (32)
ǫ ǫ ǫ ǫ
~
E~ meio = Evácuo ∴ |E ~ meio | < |E~ vácuo | (33)
(1 + χe )
1 χe
(Evácuo − Emeio ) = Evácuo 1 − = Evácuo (34)
1 + χe 1 + χe
Obs:
• A resposta do meio à ação do campo das cargas livres (externo) é uma polarização
(induzida) cujo campo resultante tem direção oposta à do campo externo, dimin-
uindo o valor do final resultante.
• A capacitância de um sistemas de condutores é aumentada por um fator ǫ/ǫ0 = (1 +
χe ) se o espaço é preenchido por um meio de constante dielétrica ǫ/ǫ0 . (desprezando
efeitos de borda).
Lembrar:
Condições de Continuidade na interface entre dois meios com constantes dielétricas difer-
entes:
~
1. Componente normal de D.
~2 − D
(D ~ 1 ) · n̂21 = σ (35)
~
2. Componente longitudinal de E.
~2 − E
(E ~ 1 ) · n̂21 = 0 (36)