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guinte, “ee que estar comprom, ‘as circunstancias do momento. Ou, entdo, que o Petfodo me cient{ficas em geral © aS pesquisas sobre 4 Aer ies x Bo i ar. Assim, « eenchimento das lacunas @ @ superagaio das fa! Ftc tudo da quest feria desenvolvimento da teoria marxista sobre @ mulher con age ek te tarefa; uma tarefa que, hoje, 8 apresenta com. reese “ome minado contexto histérico e, CONTRIBUIGOES PRE-MARXISTAS rado a mais humilhada e a mais oprimidg Ha séculos a mulher vem set entre os oprimidos e explorados. E, em todos 08 tempos, 0s ideblogos és lasses possuidoras tentaram egalizar e justificar as desigualdades das quais a mulher é vitima na familia e na sociedade. i Nesse campo, a ideologia burguesa herdou os ensinamentos mais rea. ciondrios do escravismo e do feudalismo. Sempre procurou justificar “cien. fiauamente” a infeioridade da mulher com base em suas particularidadey biolégicas, em suas fungdes reprodutoras da espécie humana e por sua ‘nclinagdo natural” em se ocupar da casa ¢ da educagio dos filhos, Sempre Ihe negou um espirito criador. No perfodo pré-marxista, muitos pensadores progressistas tomaram ‘em suas mos 0 combate a essas idéias reacionarias, defenderam os interes. ses da mulher e destacaram a necessidade de seu engajamento social. Bassa foi, por exemplo, a posigdo dos enciclopedistas franceses, n0 perfodo da luta contra 0 feudalismo; e, mais tarde, a dos socialistas ut6- picos, Fserevendo sobre Charles Fourrier, Engels afirmou: “Ele foi o ptt meio a denunciar que numa dada sociedade, 0 grau de emancipacao de mulher é a medida natural da emancipagao geral”." Qs democratas revolucionérios russos como Alexandre Herzen, Nicolai Tchernychévski, Vissarion Belinski e outros foram, igualmente, campe0es da luta pela igualdade das mulheres. Bles exigiram a reforma radical da in trugo e da educagdo delas, seu livre acesso a todos os setores de atividade aM ee inteira igualdade civil com os homens. desses Rae Bi Hei ppatdo| pace, Mos renk sempre sofreu atra a ee aS rafzes sociais das discriminag&es que a muh resposta objetiva a + tempos e, portanto, eles nao puderam dar quanto ao caminho para sua emancipacao. Ess4 tareld 106 coube aos fundadores do comunismo cientifi abjetivas da evoluedo da sociedade humana: Kart Esses dois grandes cientistas, tendo reduzido as teorias reacionérias sobre as causas das det mulher na sociedade e na famflia, condigo s6cio-econdmica é a causa principal da escravidio da mulher. aparecida a0 mesmo tempo que a Ppropriedade privada dos meios e instru- mentos de produgio. Marx e Engels mostraram que a mulher, como a propriedade privada, se tornou economicamente dependente do pai e do marido e, por outro lado, assinalaram sua escravidao de classe, tanto como escrava, como Camponesa-serva ou proletéria, : que descobriram as leis Marx e Friedrich Engels. a nada ¢ rejeitado todas sigualdades dos direitos da demonstraram em suas obras que a A CONTRIBUIGAO DOS CLASSICOS A primeira idéia concreta sobre 0 assunto apareceu no Manifesto do Partido Comunista — primeito documento programético dos marxistas — escrito em 1848. Nesse importante documento aparece a idéia de que somente a sociali- zago da propriedade pode fazer desaparecer uma situagdo na qual a mulher nao passa de um instrumento de produgao. J4, em suas Teses sobre Feuerbach, Marx, desenvolvendo sua con- cepcfio materialista da Hist6ria, dera importante contribuigdo & com- preensfo da problemtica da mulher — principalmente no que tange & fungao social da maternidade — quando, caracterizando a familia como terceiro fator que intervém, desde o principio, no desenvolvimento hist6- rico, escreveu: “O terceiro fator que aqui intervém, desde o princfpio, no desenvolvimento histérico, ¢ 0 de que os homens, que renovam diaria- mente sua propria vida, comegam, ao mesmo tempo, a criar outros homens, a procriar: é a relagao entre marido e mulher, entre pais e filhos, a familia”.? Convém dizer que Marx, aps analisar separadamente os trés fatos hist6ricos (a produgao da propria vida material, surgimento de novas necessidades e a procriagao) que intervém no desenvolvimento hist6- tico e que constituem a propria base da existéncia da humanidade, assina- lou: “Finalmente, esses trés aspectos da atividade social ndo devem ser considerados como trés degraus diferentes, mas simplesmente ae ca aspectos, Ou, para dizé-lo de modo mais compreensivel para os alem S, istiram desde 0 inicio da Historia e desde o como trés momentos, que coexistiram ‘do a Historia?” > primeiro homem e que ainda hoje one re milhares de anotagdes Sabe-se que em seus sna) jo com sua andlise mate- resultantes de: suas leituras de Morgan, em relaclo co 107

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