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Sistema de inspecção e diagnóstico de ETICS em paredes

Bárbara Amaro Diogo Saraiva


DECivil, IST DECivil, IST
Portugal Portugal
barbara_vaa@hotmail.com dmssa@hotmail.com

Jorge de Brito Inês Flores-Colen


DECivil, IST DECivil, IST
Portugal Portugal
jb@civil.ist.utl.pt ines@civil.ist.utl.pt

Resumo: No presente artigo, é apresentado um sistema que permite normalizar as acções


de inspecção, diagnóstico e reparação de ETICS (External Thermal Insulation Composite
System) degradados. O sistema inclui ferramentas de auxílio ao inspector, que podem ser
utilizadas durante a análise de ETICS em campo, conduzindo à elaboração de relatórios
inequívocos e objectivos. Estas ferramentas foram inicialmente elaboradas com base na
bibliografia existente sobre o tema e posteriormente validadas e ajustadas através dos
dados obtidos da realização de um conjunto de inspecções visuais a uma amostra de 146
fachadas revestidas por ETICS.
Palavras-chave:inspecção; diagnóstico; ETICS; anomalias; reparação.

1. INTRODUÇÃO
Os sistemas de isolamento térmico pelo exterior do tipo ETICS (External Thermal
Insulation Composite System) são constituídos por um conjunto de camadas sobrepostas,
aplicadas nas paredes exteriores de edifícios.
Desenvolvida na década de 40 do século XX, na Suécia, a técnica de aplicação de ETICS
expandiu-se em Portugal com o aparecimento e evolução do Regulamento das
Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE) [1].
A aplicação de ETICS veio permitir conferir à fachada uma grande melhoria de
desempenho térmico (nomeadamente com a redução do efeito das pontes térmicas), uma
melhoria de aspecto e um aumento da protecção contra a entrada de humidade. No
entanto, este tipo de sistema possui uma reduzida resistência superficial e elevada
propensão ao desenvolvimento microbiológico [2]. A incorrecta aplicação do sistema
torna-o especialmente susceptível ao desenvolvimento destes e de outros tipos de
anomalias, sendo essencial que se vá monitorizando o seu comportamento em serviço e
realizando acções de manutenção durante a sua vida útil.
O objectivo do presente artigo é apresentar um sistema de inspecção e diagnóstico de
ETICS, com vista à avaliação do desempenho de edifícios em serviço e análise da sua
degradação. O sistema proposto constitui uma ferramenta de auxílio ao inspector,
dependente de quatro variáveis: anomalias, suas causas, técnicas auxiliares de diagnóstico
(in situ) e técnicas de reparação. A partir da criação de listas classificativas de cada
variável, introduzem-se quatro tipos de matrizes de correlação: “anomalias-causas”,
“inter-anomalias”, “anomalias-técnicas de diagnóstico” e “anomalias-técnicas de
reparação”. As variáveis associadas a ocorrências patológicas em ETICS têm por base
informação retirada de pesquisa bibliográfica sobre o tema, a qual foi posteriormente
validada através da aplicação do sistema em campo.
Adicionalmente, o sistema inclui fichas de anomalias, fichas de técnicas de diagnóstico e
fichas de técnicas de reparação, nas quais se sintetiza a informação mais relevante sobre
cada uma das referidas variáveis.

2. ANOMALIAS
O desenvolvimento do sistema de inspecção e diagnóstico proposto baseia-se na lista de
anomalias mais comuns em ETICS. As causas mais prováveis da origem e
desenvolvimento das anomalias também são expostas num sistema classificativo e a sua
associação às respectivas anomalias é apresentada na matriz de correlação “anomalias-
causas mais prováveis”, de acordo com o tipo de correlação que possuem. Uma vez que as
anomalias se podem relacionar entre si, uma matriz de correlação “inter-anomalias” é
incluída no sistema de inspecção e diagnóstico apresentado.
O desenvolvimento desta secção do sistema proposto tem por base diversas referências
bibliográficas, nomeadamente de autores que realizaram trabalhos que abrangiam o tema
de anomalias em ETICS e respectivas causas [3-7], inclusivamente através de inspecções
a edifícios com o referido revestimento e estudos sobre a aplicabilidade de ETICS em
construção nova e em reabilitação, e ainda trabalhos sobre este tipo de isolamento térmico
publicados em artigos nacionais e internacionais [8-14].

2.1. Sistema classificativo de anomalias em ETICS


A ocorrência de anomalias, de maior ou menor gravidade, em ETICS pode ser
identificada inicialmente através de uma análise visual directa da fachada, sendo possível
classificar cada anomalia segundo as suas características visuais. Deste modo, foi
desenvolvida uma concisa lista classificativa de anomalias, na qual se inclui a variedade
de anomalias passíveis de ser detectadas, de forma a facilitar as operações de inspecção.
Cada tipo de anomalia, além de estar associada a uma caracterização específica, enquadra-
se dentro de um grupo classificativo, o qual também se associa ao carácter visual da
inspecção. Deste modo, distinguem-se 18 tipos de anomalias, associados a 3 grupos
classificativos: anomalias de rotura dos materiais (A-M), anomalias cromáticas/estéticas
(A-C) e anomalias de planeza (A-P), como se apresenta no Quadro 1.

Quadro 1 - Lista classificativa de anomalias em ETICS


A-M ANOMALIAS DE ROTURA DOS MATERIAIS
A-M1 Fissuração A-M3 Destacamento do acabamento
A-M1.1 Orientada A-M4 Descolamento
A-M1.2 Não orientada A-M4.1 Parcial do sistema
Deterioração do recobrimento das A-M4.2 Da generalidade do sistema
A-M2
cantoneiras de reforço A-M5 Lacuna de material
A-C ANOMALIAS CROMÁTICAS / ESTÉTICAS
A-C1 Eflorescências A-C4 Graffiti
A-C2 Marcas de escorrências A-C5 Crescimento biológico
A-C3 Manchas de oxidação A-C6 Outros tipos de alteração da cor
A-P ANOMALIAS DE PLANEZA
A-P1 Deficiência de planeza A-P4 Empolamento do acabamento
A-P2 Irregularidades na superfície A-P5 Empolamento das placas
A-P3 Visualização das juntas entre placas
O grupo A-M enquadra os casos em que se verifica a rotura dos materiais constituintes do
sistema. Estas ocorrências geralmente provêm de fenómenos de natureza mecânica,
nomeadamente variações dimensionais que possam provocar o aparecimento de fissuração
de variada ordem, perdas de coesão e desagregação de material, assim como impactos ou
golpes desferidos no sistema. As anomalias inseridas neste grupo assumem a maior
probabilidade de afectar o funcionamento térmico do sistema.
No grupo A-E, são incluídas as anomalias cujo impacte é principalmente visual e, tal
como o nome indica, identificam-se pela alteração da tonalidade original da fachada, quer
por coloração, quer por descoloração. Conforme a natureza da causa, as manchas
resultantes podem evidenciar-se de diversas formas e tonalidades, pelo que se procurou,
na presente classificação das anomalias, realizar a distinção do tipo de anomalias
conforme a aparência das respectivas manchas. Adiciona-se a classificação de “estéticas”
a este grupo de anomalias, permitindo incluir o caso específico do crescimento
macrobiológico sobre a parede (presença de plantas - vegetação parasitária).
O terceiro e último grupo, A-P, engloba as anomalias que estão associadas apenas à
variação de planeza do sistema os quais, da mesma forma, são facilmente identificáveis
numa inspecção visual.

2.2. Sistema de classificação das causas mais prováveis em ETICS


Geralmente a ocorrência de anomalias deve-se à conjugação de diversos factores
adversos, os quais poderão ocorrer em simultâneo ou surgir na sequência da acumulação
de efeitos, acentuando o processo de degradação [15]. Na origem de cada anomalia,
podem estar diversas causas e, por outro lado, uma mesma causa poderá originar mais do
que uma anomalia. Torna-se, portanto, uma tarefa árdua distinguir até que ponto uma
causa poderá ter mais importância do que outra na origem de uma anomalia.
Na elaboração do sistema de inspecção e diagnóstico proposto, desenvolveu-se uma lista
classificativa de causas mais prováveis, agrupando-as segundo a sua natureza (Quadro 2).
Esta lista reparte-se em 6 grupos, associados à origem da ocorrência dos fenómenos
patológicos, nomeadamente: selecção dos materiais; concepção; execução; acções
ambientais; acções de origem exterior; manutenção.
O objectivo destes agrupamentos, além da atribuição de responsabilidades, é facilitar o
diagnóstico das anomalias e a decisão quanto à implementação de estratégias de
intervenção para sua correcção.

2.3. Matriz de correlação “anomalias-causas” em ETICS


Na matriz de correlação “anomalias - causas”, são identificadas, para cada anomalia, as
causas mais prováveis da sua ocorrência, sendo a relação entre cada variável classificada
através de um índice de correlação, de acordo com o grau de correlação existente. Os
índices de correlação correspondem aos números 0, 1 e 2, aos quais possuem as seguintes
correspondências: 0 - sem relação: não existe qualquer tipo de relação entre as variáveis
em questão; 1 - pequena relação: causa indirecta da anomalia relacionada com o
despoletar do processo de degradação; 2 - grande relação: causa directa da anomalia,
associada à fase final do processo de degradação; é indispensável para o desenvolvimento
do processo de deterioração [16].
Na matriz de correlação apresentada no Quadro 3, as linhas correspondem às anomalias e
as colunas correspondem às causas associadas. Os valores apresentados resultam da sua
validação da teoria sobre o tema, através da análise das relações anomalia-causa mais
provável, realizada no campo.
Quadro 2 - Lista classificativa das causas mais prováveis de anomalias em ETICS
C-M SELECÇÃO DOS MATERIAIS
Material isolante de insuficiente C-M5 Acabamento de reduzida permeabilidade
C-M1
estabilidade dimensional Utilização de materiais contaminados ou
C-M6
Biocida do acabamento com inadequada com defeito de fabrico
C-M2
protecção a microorganismos Utilização de placas com diferentes
C-M7
Revestimentos de cores escuras ou de espessuras
C-M3
grande contraste C-M8 Retracção da camada de base
Elementos metálicos sem protecção
C-M4
contra a corrosão
C-C CONCEPÇÃO
Espessura insuficiente da camada de C-C4 Ausência de camada de primário
C-C1
base Inadequada preconização de peitoril, rufo
C-C2 Ausência de reforço de armadura C-C5
ou lambril
Deficiente dessolidarização entre o
C-C3
sistema e outros elementos
C-E EXECUÇÃO
C-E1 Indevida preparação do suporte
C-E10 Insuficiente sobreposição de armadura nas
C-E2 Deficiente fixação do isolante ao suporte emendas
Ausência de juntas entre perfis C-E11 Deficiente execução do recobrimento
C-E3
consecutivos C-E12 Incorrecta aplicação de elementos
construtivos
Desrespeito pelas dosagens e
C-E4 Coincidência entre as juntas dos perfis e C-E13
placas isolantes recomendações do fabricante
Coincidência das juntas das placas de C-E14 Deficiente sobreposição do acabamento
C-E5 isolamento com descontinuidades do
suporte Deficiente execução de remate (rufo,
C-E15
C-E6 Reboco entre placas isolantes peitoril)
C-E7 Incorrecto alinhamento de placas C-E16 Ausência de cantoneira de reforço
Elementos de fixação mecânica Abertura das juntas das placas superior a 2
C-E8 C-E17
demasiado cravados mm
C-E9 Deficiente tratamento dos pontos
singulares
C-A ACÇÕES AMBIENTAIS
Vento intenso durante a execução do C-A4 Humidade de absorção e capilaridade
C-A1
revestimento C-A5 Humidade de infiltração
Temperatura excessivamente baixa C-A6 Humidade de condensação superficial
C-A2 durante a aplicação de cola ou camada C-A7 Poluição atmosférica
de base C-A8 Baixa exposição solar
C-A3 Acção da chuva
C-H ACÇÕES DE ORIGEM EXTERIOR
C-H1 Impactos C-H6 Atravessamento indevido da parede
C-H2 Perfuração do sistema C-H7 Acumulação de sujidade (poeiras)
C-H3 Acção humana C-H8 Salpicos na base das paredes
C-H4 Fixação de equipamentos ou andaimes C-H9 Vegetação na proximidade da fachada
C-H5 Movimentos no suporte C-H10 Vegetação parasitária
C-U MANUTENÇÃO
C-U1 Falta de manutenção C-U3 Reparação
C-U2 Incorrecta intervenção
Quadro 3 - Matriz de correlação “anomalias - causas” de ETICS em paredes

C-E10
C-E11
C-E12
C-M1
C-M2
C-M3
C-M4
C-M5
C-M6
C-M7
C-M8
C-C1
C-C2
C-C3
C-C4
C-C5
C-E1
C-E2
C-E3
C-E4
C-E5
C-E6
C-E7
C-E8
C-E9
A-M1.1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 2 2 0 0 0 0 2 2 2 2 2 0 2 2 1 1
A-M1.2 1 0 2 0 1 2 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 0 1 1
A-M2 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A-M3 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A-M4.1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 2 0 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
A-M4.2 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 2 0 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
A-M5 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
A-C1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A-C2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
A-C3 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A-C4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A-C5 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A-C6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A-P1 0 0 0 0 0 0 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0
A-P2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0
A-P3 2 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A-P4 0 0 0 0 2 2 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0
A-P5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

C-H10
C-E13
C-E14
C-E15
C-E16
C-E17
C-A1
C-A2
C-A3
C-A4
C-A5
C-A6
C-A7
C-A8
C-H1
C-H2
C-H3
C-H4
C-H5
C-H6
C-H7
C-H8
C-H9

C-U1
C-U2
C-U3
A-M1.1 0 0 1 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 1 0
A-M1.2 2 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1
A-M2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A-M3 2 0 0 0 0 0 2 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A-M4.1 2 0 1 0 0 2 2 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 0 0
A-M4.2 2 0 1 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0
A-M5 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 1 1 0 2 0 0 0 0 0 2 0
A-C1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A-C2 0 0 2 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
A-C3 0 0 1 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0
A-C4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A-C5 0 0 1 0 0 0 0 1 2 0 2 0 1 0 0 0 0 0 0 1 1 1 2 1 0 0
A-C6 0 1 0 0 0 0 0 0 2 2 2 1 0 0 0 2 0 0 0 2 2 0 0 1 2 2
A-P1 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0
A-P2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 2
A-P3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A-P4 1 0 1 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A-P5 0 0 0 0 0 0 2 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

2.4. Matriz de correlação “inter-anomalias” em ETICS


A matriz de correlação “inter-anomalias” tem como objectivo identificar a probabilidade
de ocorrência de uma determinada anomalia em face de detecção de uma outra. Para
definir o grau de correlação entre anomalias, foi utilizado um método baseado na
manipulação numérica da matriz de correlação “anomalias - causas mais prováveis” [16].
O método utilizado encontra-se padronizado, segundo anteriores trabalhos respeitantes à
temática de inspecção e diagnóstico [15-20]. No Quadro 4, é apresentada a matriz de
correlação “inter-anomalias” que representa a probabilidade da anomalia j (coluna j)
ocorrer quando a anomalia i (linha i) se verifica, respeitante a ETICS em paredes.
Quadro 4 - Matriz de correlação percentual “inter-anomalias” de ETICS em paredes
A-M1.1

A-M1.2

A-M4.1

A-M4.2
A-M2

A-M3

A-M5

A-C1

A-C2
A-C3

A-C4
A-C5

A-C6

A-P1
A-P2

A-P3
A-P4

A-P5
A-M1.1 9 2 0 5 5 9 0 7 2 0 2 4 13 7 2 7 4
A-M1.2 12 14 29 29 19 14 10 2 0 0 5 10 10 19 5 24 14
A-M2 8 50 25 25 25 50 17 0 0 17 8 17 8 17 8 25 0
A-M3 0 67 17 67 44 6 22 0 0 0 6 11 0 6 0 44 33
A-M4.1 7 29 7 29 60 0 17 5 5 0 21 12 0 0 0 19 40
A-M4.2 10 27 10 27 83 0 23 7 7 0 17 17 0 0 0 27 43
A-M5 19 23 23 4 0 0 0 4 0 8 0 23 19 35 4 4 8
A-C1 0 29 14 29 50 50 0 7 14 0 43 43 0 0 0 36 21
A-C2 25 6 0 0 13 13 6 6 25 0 38 31 0 0 0 25 0
A-C3 8 0 0 0 17 17 0 17 33 0 33 8 0 0 0 25 0
A-C4 0 0 50 0 0 0 50 0 0 0 0 100 0 0 0 0 0
A-C5 3 6 3 3 28 16 0 19 19 13 0 44 0 0 3 13 0
A-C6 5 10 5 5 13 13 15 15 13 3 10 35 15 20 0 5 10
A-P1 39 22 6 0 0 0 28 0 0 0 0 0 33 44 6 11 11
A-P2 22 44 11 6 0 0 50 0 0 0 0 0 44 44 0 11 11
A-P3 13 25 13 0 0 0 13 0 0 0 0 13 0 13 0 0 0
A-P4 18 45 14 36 36 36 5 23 18 14 0 18 9 9 9 0 9
A-P5 10 30 0 30 85 65 10 15 0 0 0 0 20 10 10 0 10

2.5. Fichas de anomalias


Outras ferramentas de auxílio ao inspector são as fichas de anomalias, as quais aglomeram
a informação essencial relativa às anomalias, individualmente. O recurso a fichas de
anomalias não é uma técnica nova, sendo o formato e conteúdo das mesmas padronizado
por trabalhos anteriores [15-20]. Para cada anomalia detectada, deverá ser elaborada uma
ficha de anomalia contendo a seguinte informação: designação da anomalia (segundo a
classificação de anomalias); descrição sumária da anomalia; causas prováveis (de acordo
com a classificação de causas e a matriz de correlação “anomalias - causas mais
prováveis”), estando as causas directas sublinhadas; possíveis consequências; aspectos a
inspeccionar; ensaios a realizar (de acordo com a lista classificativa de técnicas auxiliares
de diagnóstico e a matriz de correlação “anomalias-técnicas auxiliares de diagnóstico”);
técnicas de reparação (respeitantes à lista classificativa de técnicas de reparação e a sua
correlação com as anomalias através da matriz “anomalias - técnicas de reparação);
parâmetros de classificação; nível de urgência de intervenção [16].
O nível de urgência de intervenção de uma anomalia está associado à gravidade da mesma
define-se através da avaliação dos parâmetros de classificação, podendo assumir os
valores 0, 1 ou 2, em que “0” corresponde à necessidade de intervenção imediata (num
prazo até seis meses),“1” a uma necessidade a médio prazo, geralmente até ao limite de
um ano e“2” apenas à necessidade de ir monitorizando a evolução da anomalia.
Uma vez preenchidas as fichas de cada anomalia deverão ser mantidas junto das listas
classificativas de anomalias, causas e técnicas de diagnóstico, assim como das matrizes de
correlação, no manual de utilização e manutenção do inspector, para facilitar o processo
de inspecção.

3. TÉCNICAS AUXILIARES DE DIAGNÓSTICO


Previamente a qualquer intervenção, o inspector deverá assegurar-se que possui a
informação necessária e suficiente sobre cada anomalia, de forma a poder assegurar que a
intervenção aconselhada é a mais adequada à situação em questão. Uma vez que diversas
causas podem estar na origem de uma única anomalia, um correcto diagnóstico, auxiliado
pela utilização de técnicas especializadas, assume grande importância numa inspecção,
possibilitando uma mais eficiente correcção das anomalias e respectiva origem.
Na presente secção, introduz-se um sistema classificativo de técnicas de diagnóstico, o
qual pretende sistematizar a selecção dos métodos de acordo com a sua adequabilidade.
As técnicas seleccionadas devem ser rápidas, baratas, com resultados fiáveis e fáceis de
interpretar (qualitativa e quantitativamente) [16]. O equipamento utilizado deverá,
preferencialmente ser portátil, sem fontes exteriores de energia, que não necessite de
especialização do utilizador e cujo carácter seja não destrutivo. Deste modo, excluem-se
os ensaios a realizar em laboratório uma vez que assumem um nível de complexidade
elevado, directamente associado a uma maior morosidade e custo elevado no diagnóstico.

3.1. Lista classificativa de técnicas auxiliares de diagnóstico


Como referido, para o auxílio do diagnóstico de ETICS em paredes, apenas se listam os
ensaios passíveis de serem realizados in situ, uma vez que se pretende apresentar ensaios
relativamente simples, expeditos e de baixo custo.
As técnicas de diagnóstico sugeridas provêm de três tipos de fonte: documentos
bibliográficos, referentes a acabamentos utilizados em ETICS [17; 21-23]; ensaios
passíveis de ser realizados em muretes revestidos por ETICS, referidos no respectivo Guia
Europeu para Aprovações Técnicas, ETAG 004 [24]; outros ensaios in situ que poderão
ser um auxílio na análise do sistema, nomeadamente ao nível das camadas interiores,
ainda que não esteja totalmente comprovada a sua aplicabilidade em ETICS.
A classificação das técnicas de diagnóstico é organizada segundo o princípio de
funcionamento de cada técnica (Quadro 5). A adopção deste critério permite discriminar
cada técnica ou aparelho utilizado para um melhor diagnóstico, sem subentender a
anomalia que se está a estudar. Por outras palavras, um mesmo aparelho ou ensaio pode
medir várias grandezas, que por sua vez podem estar na origem de diferentes anomalias.
Os 14 métodos de diagnóstico recomendados foram divididos em sete grupos, dentro dos
quais se insere o equipamento associado: D-S - percepção sensorial; D-M - acção
mecânica simples; D-H - técnicas hidrodinâmicas; D-T - técnicas térmicas; D-E - técnicas
eléctricas; D-U - técnicas ultra-sónicas; D-Q - técnicas químicas.
Uma vez que as diferentes técnicas podem constituir ensaios destrutivos (D) ou não
destrutivos (ND), optou-se por acrescentar na lista de técnicas de diagnóstico as
classificações D e ND, sendo que numa inspecção se dá prioridade às técnicas não
destrutivas.

3.2. Matriz de correlação “anomalias - técnicas de diagnóstico”


A matriz de correlação “anomalias - técnicas de diagnóstico” é mais uma ferramenta de
auxílio ao inspector, a qual identifica as relações entre cada anomalia e cada ensaio, para
permitir avaliar a severidade e extensão de cada caso. A matriz é constituída por uma
coluna onde se representam as anomalias e uma linha onde se encontram as técnicas de
diagnóstico (Quadro 6). O seu preenchimento é feito com base em graus de correlação, os
quais podem variar entre 0, 1 e 2. Descreve-se seguidamente a correspondência de cada
valor [18]: 0 - sem relação: corresponde à inexistência de relação entre as variáveis; 1 -
pequena relação: método de diagnóstico adequado mas limitado em termos de execução
técnica ou de custo, possuindo um espectro de aplicabilidade mais reduzido; 2 - grande
relação: método de diagnóstico adequado, de exigência mínima e o equipamento
necessário acessível, possuindo um espectro de aplicação abrangente.
As correlações foram ajustadas no decurso das inspecções efectuadas.
Quadro 5 - Lista classificativa de técnicas de diagnóstico para ETICS em paredes
(D-S) Percepção sensorial
D-S1 Comparador de fissuras ND D-S3 Fissurómetro ND
D-S2 Medidor óptico ND D-S4 Sondagem D
(D-M) Acção mecânica simples
D-M1 Ensaio de choque de esfera - martinet D D-M3 Ensaio de arrancamento D
D-M2 Ensaio de perfuração (perfotest)
baronnie D pull-off
(D-H) Técnicas hidrodinâmicas
D-H1 Ensaio de tubo de Karsten ND
(D-T) Técnicas térmicas
D-T1 Termografia de infravermelhos ND
(D-E) Técnicas eléctricas
D-E1 Humidímetro de contacto ND D-E2 Humidímetro de agulhas D
(D-U) Técnicas ultras sónicas
D-U1 Ensaio de ultra-sons ND
(D-Q) Técnicas químicas
D-Q1 Fitas colorimétricas ND D-Q2 Kit de campo ND

Quadro 6 - Matriz de correlação “anomalias - técnicas de diagnóstico”


D-S1 D-S2 D-S3 D-S4 D-M1 D-M2 D-M3 D-H1 D-T1 D-E1 D-E2 D-U1 D-Q1 D-Q2
A-M1.1 2 1 2 2 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0
A-M1.2 2 2 2 0 2 1 0 0 1 2 0 0 0 0
A-M2 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
A-M3 0 0 0 0 2 2 0 0 0 2 0 0 0 0
A-M4.1 0 0 0 1 0 0 2 0 1 0 2 0 0 0
A-M4.2 0 0 0 1 0 0 2 0 1 0 2 0 0 0
A-M5 0 0 0 0 2 2 0 0 1 1 1 0 0 0
A-C1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 2 2
A-C2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A-C3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A-C4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A-C5 0 1 0 0 0 0 0 2 2 2 0 0 0 0
A-C6 0 0 0 1 0 0 0 2 1 2 2 0 2 2
A-P1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0
A-P2 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
A-P3 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1
A-P4 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 2 1 0 0
A-P5 0 0 0 1 0 0 2 0 0 0 2 2 0 0

3.3. Fichas de técnicas de diagnóstico


De forma semelhante à realizada para as anomalias, preconizam-se fichas individuais para
cada técnica de diagnóstico. Estas fichas devem servir de ferramentas de auxílio ao
inspector em campo, para a tomada de decisão quanto à recomendação mais adequada
para cada caso. A informação que deve constar de cada ficha inclui [16]: designação da
técnica; objectivos; equipamento / material necessários; descrição do método; vantagens;
limitações.
A fonte da informação disposta nas fichas deve ser adequadamente referenciada, podendo-
se acrescentar outro tipo de informação que se considere relevante, nomeadamente
necessidades especiais, imagens ilustrativas da técnica em questão ou ainda uma lista de
anomalias passíveis de ser identificadas.

4. REABILITAÇÃO
Em Portugal, embora o montante dos trabalhos de reparação e manutenção efectuados
represente cerca de 14% do total de trabalhos efectuados em edifícios, estima-se que esse
valor venha a aumentar nos próximos anos [25]. Deste modo, como potencial opção no
reforço térmico de edifícios construídos a partir da segunda metade do século XX, será de
prever de igual forma um aumento na aplicação do sistema ETICS. A integridade do
isolamento é fundamental para a sua eficiência e daí a necessidade de preservação e
manutenção destes sistemas.
No âmbito da campanha de inspecções realizada para elaboração do sistema de inspecção
e diagnóstico proposto, foram prescritas as técnicas de reabilitação de acordo as diversas
anomalias identificadas. Embora as técnicas não tenham sido de facto implementadas, a
sua aplicabilidade em ETICS advém do estudo da literatura existente [26-32].

4.1. Sistema de classificação das técnicas de reparação


As técnicas de reabilitação foram diferenciadas de acordo com o "nível" de intromissão no
sistema. Deste modo, as técnicas do tipo TR-A são técnicas menos intrusivas, utilizadas
na superfície do sistema ETICS, sem necessidade de remoção ou alteração das camadas
inferiores do sistema. A utilização das técnicas do tipo TR-B envolve a remoção /
substituição da camada de acabamento e, no caso da técnica TR-B1, pode chegar a ser
necessária a intervenção em camadas mais profundas do sistema, dependendo da
gravidade da anomalia. Por fim, o grupo de técnicas TR-C abrange os casos mais
intrusivos que envolvem remoção e substituição de diversas camadas do sistema,
chegando à sua total substituição (TR-C6) (Quadro 7).

Quadro 7 - Sistema classificativo de técnicas de reabilitação de ETICS em paredes


TR-A Superfície
TR-A1 Limpeza
TR-A2 Aplicação de protector de superfície (hidrofugante, fungicida, biocida)
TR-B Camada de acabamento
TR-B1 Preenchimento / colmatação de fissuras
TR-B2 Substituição integral / parcial do material de acabamento
TR-B3 Aplicação de novo acabamento sobre o revestimento existente / pintura
TR-C Sistema
TR-C1 Protecção de cantos salientes
TR-C2 Colmatação de lacunas de material / perfurações
TR-C3 Reparação de juntas
TR-C4 Aplicação de novo material adesivo e/ou fixadores mecânicos
TR-C5 Correcção de disposições construtivas geométricas
TR-C6 Substituição integral / parcial do sistema

4.2. Matriz de correlação anomalias - técnicas de reparação


Após se terem definido as anomalias que mais afectam o sistema ETICS e se terem
estabelecido ensaios de auxílio ao diagnóstico das mesmas, é realizada uma matriz de
correlação anomalias - técnicas de reparação (Quadro 8). Esta matriz permitirá saber qual
a técnica de reparação que melhor se adequa perante determinada anomalia. Cada
combinação pode conter os valores “0”, “1” ou “2”, conforme a relação entre a técnica de
reparação e a anomalia é, respectivamente, inexistente, pequena ou grande. A matriz
proposta, inicialmente teórica, com base na bibliografia pesquisada, foi posteriormente
calibrada e validada com base no conjunto de dados obtidos da análise individual de cada
relação entre as anomalias e as correspondentes técnicas de reabilitação, no decurso das
inspecções efectuadas.
Quadro 8 - Matriz de correlação anomalias - técnicas de reparação de ETICS em paredes

TR-A1

TR-A2
TR-B1

TR-B2

TR-B3
TR-C1

TR-C2
TR-C3

TR-C4
TR-C5

TR-C6
A-M1.1 0 0 2 1 0 0 0 1 0 1 1
A-M1.2 0 0 2 2 1 0 0 1 0 0 0
A-M2 0 0 1 2 0 2 0 0 0 0 0
A-M3 0 0 0 2 1 0 0 0 0 1 0
A-M4.1 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 1
A-M4.2 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 1
A-M5 0 0 0 2 0 0 2 0 0 0 1
A-C1 2 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0
A-C2 2 1 0 0 1 0 0 0 0 2 0
A-C3 2 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0
A-C4 2 2 0 0 1 0 0 0 0 0 0
A-C5 2 2 0 0 1 0 0 0 0 2 0
A-C6 2 1 0 1 2 0 0 0 0 0 0
A-P1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 2
A-P2 0 0 0 2 2 0 0 0 0 0 0
A-P3 0 0 1 1 0 0 0 1 0 0 1
A-P4 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 1
A-P5 0 0 0 0 0 0 0 1 2 1 1

4.3. Fichas de reparação


As fichas de reparação contêm toda a informação relevante respectiva às técnicas de
reabilitação, individualmente. As fichas desenvolvidas reúnem um conjunto diverso de
informações, nomeadamente: número da ficha de reparação e designação da técnica
(ambos de acordo com a listagem apresentada no Quadro 7); imagem representativa da
técnica em questão; lista das principais anomalias para as quais a técnica é prescrita; lista
dos principais materiais e equipamentos intervenientes necessários para a execução da
técnica; considerações sobre as exigências do suporte e as condições ideais de limpeza
para a correcta aplicação da técnica; descrição sucinta dos trabalhos a realizar, com
exposição dos diversos procedimentos a seguir; mão-de-obra necessária e respectivo
rendimento; dosagens e considerações sobre os materiais; previsão do custo unitário
estimado e adicionais considerações, recomendações ou cuidados especiais.

5. CONCLUSÃO
No presente artigo, foi proposto um sistema de inspecção, diagnóstico e reabilitação de
ETICS em paredes, tendo por base não só uma extensa pesquisa bibliográfica mas
também a sua aplicação numa campanha de inspecções a 146 fachadas em Portugal, cujos
resultados permitiram a realização de uma análise estatística, a qual é apresentada num
outro artigo denominado "Levantamento estatístico da inspecção, diagnóstico e reparação
de ETICS em paredes". Este sistema visa o auxílio em campo à realização de inspecções,
diagnósticos e reparações do sistema ETICS, tendo sido criadas correlações entre as
principais anomalias, as suas causas mais prováveis, os métodos de diagnóstico e ainda as
técnicas de reparação adequadas para cada anomalia.
Durante as inspecções visuais referidas, foi feita uma análise de cada fachada através da
identificação dos fenómenos anómalos ocorrentes, da atribuição empírica das respectivas
causas e da recomendação de ensaios para confirmar o diagnóstico efectuado, a partir da
qual se procedeu à indicação da técnica de reparação mais adequada a cada caso, visando
a eliminação da anomalia e das respectivas causas.
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