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na prática docente
Em 1999, realizamos nossa pesquisa de mestrado numa Instituição de Ensino Superior
de Minas Gerais. Entre outros aspectos a serem investigados, buscamos observar quais
seriam as principais tendências ou concepções pedagógicas identificadas na ação
docente de seis professores do curso noturno de Pedagogia. Um docente era egresso do
curso de Filosofia, um era formado em História (um), dois em Pedagogia, um em
Psicologia e um em Sociologia.
Na opinião dos professores - não partilhada pelos alunos - eles faziam um trabalho
reflexivo, eficiente, com abertura, dinamismo e flexibilidade. Aliás, visavam o melhor
ensino e o melhor desempenho do educando. No entanto, como já foi dito, os
procedimentos de ensino-aprendizagem dos docentes revelaram que suas ações práticas
assim como as condutas dos alunos, ainda estavam arraigadas aos princípios e
características da escola tradicional de ensino.
"Os professores têm na cabeça o movimento e os princípios da escola nova. (...) porém,
(...) a realidade em que atuam é tradicional. (...) A essa contradição se acrescenta uma
outra: além de constatar que as condições concretas não correspondem à sua crença, o
professor se vê pressionado pela pedagogia oficial que prega a racionalidade e a
produtividade do sistema e do seu trabalho, isto é, ênfase nos meios (tecnicismo). (...)
Aí está o quadro contraditório em que se encontra o professor: sua cabeça é
escolanovista, a realidade é tradicional (...)"
Espera-se a conscientização dos educadores, uma vez que seu desempenho está
relacionado ao saber-fazer-bem, ao desenvolvimento de suas funções com qualidade e
eficiência. Isso exige, entre tantos desafios que envolvem a vida do educador,
compreender que o querer, o dever, o saber e o poder articulam-se no desenvolvimento
de sua prática docente, das competências, da profissionalidade e da ética profissional.
Bibliografia