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autores
MARCOS ANTÔNIO DE SOUZA LIMA
ÉRIKA MACHADO DE ALMEIDA C. TEIXEIRA
1ª edição
SESES
rio de janeiro 2015
Conselho editorial solange moura; roberto paes; gladis linhares
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida
por quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em
qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Editora. Copyright seses, 2015.
cdd 344.01
Prefácio 5
1. Prática Trabalhista 7
1.1 Introdução 8
1.2 A aplicação do código de processo civil no processo do trabalho 8
1.3 Princípios 9
1.3.1 Princípio da proteção ao trabalhador 9
1.3.2 Princípio da busca da verdade real 10
1.3.3 Princípio do poder normativo do processo do trabalho 10
1.3.4 Princípio da extrapetição 10
1.3.5 Princípio da conciliação 10
1.3.6 Jus Postulandi 11
1.3.7 Princípio da concentração dos atos processuais 11
1.3.8 Princípio da informalidade 12
1.3.9 Princípio da celeridade 12
1.3.10 Princípio da oralidade 12
1.4 Organização e estrutura da justiça do trabalho 12
1.4.1 Varas do trabalho 13
1.4.2 Tribunais regionais do trabalho – trts 13
1.4.3 Tribunal Superior do Trabalho – TST 16
1.5 Competência da justiça do trabalho 17
1.6 Prática trabalhista 18
1.7 Petição Inicial 19
1.7.1 Conceito 19
1.7.2 Elementos 20
1.7.3 Aspectos formais da petição inicial 21
1.7.4 Do Processo Judicial Eletrônico – Lei nº 11.419/2006 22
1.8 Procedimentos (Ritos) trabalhistas 23
1.8.1 Procedimento ordinário 23
1.8.2 Procedimento sumaríssimo 24
1.8.2.1 Petição inicial 24
1.8.2.2 Citação 24
1.8.2.3 Procedimento 24
1.8.2.4 Audiência 25
1.8.2.5 Sistema probatório: 25
1.8.2.6 Sentença 26
1.8.2.7 Sistema recursal 26
1.8.3 Procedimento sumário 26
1.8.4 Inquérito para apuração de falta grave 26
1.8.5 Ação de consignação em pagamento 27
1.8.6 Mandado de segurança 28
1.8.7 Ação rescisória 28
1.9 Casos concretos 29
1.10 Contestação 43
1.10.1 Contestação contra o processo 43
1.10.2 Contestação do mérito 44
1.10.2.1 Contestação indireta do mérito 44
1.10.2.2 Contestação direta de mérito 45
1.11 Provas no processo do trabalho 51
1.11.1 Conceito 51
1.11.2 Finalidade da prova 52
1.11.3 O que deve ser provado 52
1.11.4 Ônus da prova 52
1.11.5 Não precisam ser provados 53
1.11.6 Dos meios de prova 53
1.11.7 Momento de produção da prova 54
1.12 Sentença e coisa julgada 55
1.12.1 Conceito 55
1.12.2 Classificação das sentenças 55
1.12.3 Requisitos essenciais da sentença: 56
1.12.4 Limites da sentença – sentença citra, ultra e extrapetita 57
1.12.5 Intimação da sentença: 57
1.12.6 Coisa julgada: 58
1.13 Recursos trabalhistas 58
1.13.1 Princípios do Recurso 58
1.13.2 Pressupostos de admissibilidade recursal 59
1.13.3 Recursos em espécie 60
1.13.4 Casos concretos 68
1.13.5 Casos concretos 71
Referências bibliográficas 72
Prefácio
Prezados(as) alunos(as),
Bons estudos!
5
1
Prática Trabalhista
1.1 Introdução
O estudo das peças trabalhista é de grande importância para aqueles gradu-
andos que estão tendo contato pela primeira vez com a prática, deparando-se
com a dificuldade de colocar em uso todo conhecimento adquirido nos últimos
anos/semestres de estudo.
É também de grande valia para os alunos que estão em fase final do curso
de graduação, às vésperas do exame da OAB, e estão se preparando para esse
grande desafio.
Com base nessas premissas, foi feito um levantamento dos últimos 25
Exames Unificados da Ordem dos Advogados do Brasil, ou seja, desde 2007,
para identificar a incidência das peças processuais trabalhistas na segunda
fase do exame e tratar, de forma mais direcionada, aquelas peças com maior
reincidência.
O objetivo desta obra é apresentar modelos de peças processuais, orientar
na elaboração dessas peças, assim como suportar o leitor, sempre que neces-
sário, com bases teórica, doutrinária e jurisprudencial, indispensáveis para o
êxito na confecção das peças.
Contudo, antes de adentramos no tema central do nosso livro, a prática tra-
balhista, é importante relembrarmos, de forma muito sucinta, alguns tópicos
importantes do Processo do Trabalho.
A revisão desses tópicos referentes ao Processo do Trabalho ajudará sobre-
maneira na elaboração das peças processuais trabalhistas.
Assim sendo, serão abordado os seguintes temas: Aplicação subsidiária
do Código de Processo Civil, Princípios peculiares do Processo do Trabalho,
Organização e Estrutura da Justiça do Trabalho e Competência da Justiça do
Trabalho.
8• capítulo 1
balho as normas previstas na CLT.
Por outro lado, em alguns momentos, a CLT mostra-se insuficiente, ou mes-
mo omissa, em relação a algumas questões, quando, então, de acordo com o
artigo 769, da CLT, será utilizado, de forma subsidiária, as normas processuais
comuns, ou seja, do Novo Código de Processo Civil (NCPC), e ainda assim só se-
rão aplicáveis mediante as seguintes condições: omissão da CLT e quando não
houver incompatibilidade com os princípios que regem o Direito Processual
do Trabalho.
Ressalte-se também que em alguns casos específicos, como no processo
de Execução, determina a CLT em seu art. 889, que deverá ser utilizada a lei
de Execução Fiscal, lei nº 6.830/1980, e, se esta for omissa, aplicar-se-á o Novo
Código de Processo Civil.
E, em qualquer caso, utilizaremos a lei nº 5.584/1970, que traz em seu bojo
normas de processo do trabalho.
1.3 Princípios
Os princípios, no âmbito do Direito, têm o papel norteador e orientador,
servindo de basilares para interpretação e aplicação das normas pelos seus
operadores.
Da mesma forma que em outros ramos do Direito, há, no Direito Processual
do Trabalho, os princípios gerais e os específicos, sendo que os gerais são os
mesmos aplicados ao Direito Processual Civil.
Cabe aqui relembrar os princípios específicos que regem o Direito
Processual do Trabalho, quais sejam: princípios de proteção, da busca da ver-
dade real, da busca da verdade real, do poder normativo do processo do traba-
lho, extrapetição, conciliação, jus postulandi, concentração dos atos processu-
ais, informalidade, celeridade e oralidade.
capítulo 1 •9
de condições econômicas, mas também pela subordinação a que o empregado
está sujeito. Alguns doutrinadores o dividem em: proteção da norma mais be-
néfica, in dubio pro operario e princípio das condições mais favoráveis.
De acordo com o art. 765 da CLT, juízes e tribunais do trabalho terão ampla
liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das cau-
sas, determinando qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. O
princípio da Busca da Verdade Real ou também denominado de Princípio da
Primazia da Realidade busca a verdade dos fatos em detrimento da documen-
tação apresentada, o que pode ser afastado mediante depoimento testemunhal
e outras provas.
Nos casos expressos previstos em lei, pode o juiz condenar o réu em pedidos
não contidos na petição inicial, como, por exemplo, no caso da Súmula 112
do TST, que determina a aplicação de juros e multa independentemente de
requerimento.
Com amparo no artigo 764, da CLT, que dispõe “Os dissídios individuais ou co-
letivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à
conciliação” é que está alicerçado o Princípio da Conciliação.
10 • capítulo 1
No processo trabalhista é imprescindível, sob pena de nulidade, a tentativa
de conciliação das partes envolvidas.
O princípio da conciliação pode ser entendido como um desdobramento
dos princípios gerais da duração razoável do processo e da celeridade processu-
al, na medida em que busca a agilidade processual, só se julgando o processo
caso não se alcance a composição do litígio por acordo judicial.
capítulo 1 • 11
1.3.8 Princípio da informalidade
De acordo com o artigo 840 do texto consolidado, a petição inicial poderá ser
formulada oralmente, desde que posteriormente posta a termo.
No Direito Processual do Trabalho, há a predominância da palavra oral em
detrimento à escrita (artigos 847 e 850, CLT), princípio esse que o Novo Código
de Processo Civil resolver adotar, eis que atualmente, prevalece o princípio
conciliatório e o da oralidade para os atos praticados em audiência, entretanto,
ressalve-se, tal como ocorre na Justiça do Trabalho, os atos serão reduzidos a
termo.
Ainda de acordo com a CLT, a contestação poderá ser ofertada oralmente
em até 20 (vinte) minutos (art. 847, CLT).
12 • capítulo 1
Assim sendo, a Justiça do Trabalho tem três graus de jurisdição: as Varas
do Trabalho, em primeiro grau; os Tribunais Regionais do Trabalho, em grau
ordinário (segundo grau) e o Tribunal Superior do Trabalho, em grau extraordi-
nário (terceiro grau).
Trataremos, abaixo, de cada uma dessas instâncias do Judiciário Trabalhista:
Ou seja, onde não tivermos Justiça do Trabalho, o Juiz de Direito poderá res-
ponder nos termos do artigo citado.
Não obstante, em caso de necessidade recursal, o Tribunal Regional do
Trabalho será o tribunal competente para apreciação do recurso.
capítulo 1 • 13
1ª Região Rio de Janeiro – RJ Rio de Janeiro
14 • capítulo 1
Apesar do comando expresso contido no artigo 112, da CRFB/1988, que de-
termina a criação de um Tribunal Regional do Trabalho em cada Estado e no
Distrito Federal, a Emenda Constitucional nº 45/2004 suprimiu tal obrigação,
razão pela qual, após análise do quadro acima, observa-se a ausência de TRTs
próprio nos seguintes Estados: Acre, Amapá, Roraima e Tocantins.
Aos Tribunais Regionais do Trabalho – TRTs compete de acordo com o art.
678 da CLT:
capítulo 1 • 15
c) impor multas e demais penalidades relativas e atos de sua competência
jurisdicional, e julgar os recursos interpostos das decisões das Juntas dos
juízes de direito que as impuserem.
Parágrafo único. Das decisões das Turmas não caberá recurso para o Tribunal
Pleno, exceto no caso do item I, alínea "c", inciso 1, deste artigo (Incluído pela
lei nº 5.442, de 24/5/1968).
16 • capítulo 1
1.5 Competência da justiça do trabalho
A competência da Justiça do Trabalhou sofreu grandes modificações com a
Emenda Constitucional nº 45/2004, que ampliou a competência da Justiça do
trabalho para processar e julgar determinadas demandas que, até então, esta-
vam sendo julgadas amparadas por súmulas e orientações jurisprudenciais.
A título de exemplo, temos o instituto do dano moral que gerava dúvidas
acerca de sua competência por tratar-se de um instituto civil e que vinha sendo
julgado na Justiça do Trabalho amparada por súmulas. Porém, com a EC nº
45/2004, o dano moral oriundo da relação do trabalho passou a ser julgado de
forma definitiva na Justiça do Trabalho.
Além do dano moral, tivemos outras questões como a greve e as questões
sindicais que também foram trazidas de forma obrigatória para julgamento na
Justiça do Trabalho.
De acordo com o art. 114, da CRFB/1988, compete à Justiça do Trabalho
processar e julgar:
• as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direi-
to público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
• as ações que envolvam exercício do direito de greve;
• as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e
trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
• os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
• os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, res-
salvado o disposto no artigo 102, I, o, da CRFB/1988;
• as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da
relação de trabalho;
• as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos emprega-
dores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
• a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I,
a, e II da CRFB/1988 e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que
proferir;
• outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho na forma da lei.
Vale destacar, porém, que uma ADIn – Ação Direta de Inconstitucionalidade
foi proposta pela AJUFE – Associação dos Juízes Federais do Brasil e a liminar
capítulo 1 • 17
foi concedida nesta ação (ADIn 3.395) pelo Ministro Nelson Jobim, do Supremo
Tribunal Federal, restabelecendo a competência da Justiça Federal para julgar
as relações entre o Poder Público e seus servidores, sejam vinculados a ele por
relação estatutária ou de natureza jurídico-administrativo.
No que tange ao acidente de trabalho, o Supremo Tribunal Federal decidiu
que é a Justiça do Trabalho a justiça competente para processar e julgar ações
de dano moral ou material derivados de acidente de trabalho, conforme expos-
to na Súmula 22, verbis:
18 • capítulo 1
Ordinário, dentre outras, por serem com maior incidência no Exame Unificado
da OAB.
Conforme já mencionado anteriormente, o objetivo dessa obra é apresen-
tar modelos de peças processuais, orientar na elaboração dessas peças, sempre
que necessário, com bases teórica, doutrinária e jurisprudencial, indispensá-
veis para o êxito na confecção da peça.
1.7.1 Conceito
A petição inicial é o ponto de partida para uma ação trabalhista, também cha-
mado de processo trabalhista, dissídio trabalhista, reclamação trabalhista ou
ação trabalhista. Todas essas expressões são normalmente utilizadas para de-
nominar a figura do dissídio individual.
Dissídio quer dizer dissensão, divergência, conflito, lide.
Segundo Amauri Mascaro Nascimento1, renomado doutrinador no âmbito
trabalhista, embora Reclamação trabalhista seja a terminologia mais utiliza-
da atualmente, esta estaria sendo utilizada inapropriadamente, já que em uma
ação desse tipo o empregado não só reclama, mas exerce um direito do qual
decorrem múltiplas e conexas relações unificadas em um procedimento cons-
tituído de atos e termos, assim, para tal doutrinador, a nomenclatura mais ade-
quada seria processo trabalhista.
Dissídio individual diferencia-se do dissídio coletivo. Naquele, o objeto da
ação é a busca de um direito individual do trabalhador, e já no dissídio coletivo
o direito discutido abrange uma categoria profissional.
Assim, feitos esses esclarecimentos, pode-se dizer que a petição inicial é o
instrumento de demanda, é o procedimento utilizado pelo empregado ou em-
pregador a fim de buscar eventual direito por meio da tutela jurisdicional.
1 NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito Processual do Trabalho. 5. ed. Rio de Janeiro: Saraiva, 2011.
capítulo 1 • 19
1.7.2 Elementos
De acordo com o §1º do artigo 840 da CLT, a petição inicial trabalhista deve
conter:
§ 1º – Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente
da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante
e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o
pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.
COMENTÁRIO
Veja que a implementação do número do RG e do CPF das partes já era utilizado com fre-
quência no Judiciário, porém, com a nova temática do NCPC, isso se tornou obrigatório,
lembrando que na Justiça do Trabalho ainda são acrescentados por força de Instrução Nor-
mativa do TST, o número do PIS, o número da CTPS do empregado e o nome da mãe deste,
a fim de evitar homônimos.
COMENTÁRIO
O pedido constitui o objeto da demanda, o real motivo que alguém ingressa em juízo para
garantir a prestação da tutela jurisdicional. Todos que ingressam em juízo estão requerendo
a garantia de um direito abstrato que deverá ser consolidado com a sentença. Doutrinaria-
20 • capítulo 1
mente é dividido o pedido em mediato e imediato. O imediato consiste na invocação da tutela
jurisdicional, em que o indivíduo se limita a ativar essa função estatal. O imediato é represen-
tado pela utilidade ou pelo bem da vida, que o autor pretende obter, ao impetrar a proteção
jurisdicional do Estado. Essa é o real motivo pelo qual ele ingressa em juízo.
A petição inicial é considerada um ato solene e, como tal, deve ater-se a alguns
princípios formais com o objetivo de trazer uma organização de ideias, além de
clareza jurídica da pretensão veiculada.
Embora não tenhamos uma regra específica da ABNT – Associação Brasileira
de Normas Técnicas – para petições, costumamos dizer que, esteticamente ou
visualmente, a petição se apresenta mais bem elaborada quando se preocupa
com questões mínimas procedimentais tais como abaixo:
• margem direita de 2cm;
• margem esquerda de 3cm;
• fonte, no mínimo, 12;
• espaço de entrelinha 1,5;
• recuo nas primeiras linhas dos parágrafos;
• alinhamento justificado;
• órgão jurisdicional a que é dirigida em caixa alta;
• 10 cm de espaço entre o endereçamento e o preâmbulo (esse espaçamen-
to era devido em razão do carimbo aposto na primeira folha da petição inicial
além do despacho de citação, que era firmado pelo magistrado de próprio
punho);
• nomes das partes em caixa alta;
• nomes dos representantes legais em caixa baixa;
• nome da ação em caixa alta;
• breve narrativa dos fatos em ordem cronológica com os verbos na terceira
pessoa;
capítulo 1 • 21
• parágrafos curtos e sequenciais;
• as citações quando ultrapassarem três linhas, devem ser redigidas sem-
pre com recuo do texto, em regra, no mínimo 4cm da margem esquerda, e sem-
pre separada por aspas (“) É importante que seja citada a fonte da citação, sen-
do jurisprudência, deve ser citado tribunal, a câmara, o nº do processo e a data
da publicação do acórdão. No caso de citação bibliográfica, deve conter o autor,
editora, nome da obra ano e página. É possível, ainda, a citação de algum texto
ou outra informação extraída de páginas da internet; nesse caso deve ser citado
o endereço eletrônico, o autor e o ano da informação, se tiver.
• a causa de pedir é o objeto principal da ação, é a pretensão autoral;
• o pedido deve ser realizado nas mesma ordem cronológica dos fatos, e
deve acompanhar a causa de pedir. Pedido sem causa de pedir ou vice-versa
gera a inépcia da inicial;
• o requerimento de provas deve vir em parágrafo apartado dos pedidos e
deve contemplar todas as provas que serão utilizadas para a prova do alegado,
lembrando que, no processo do trabalho, as testemunhas, via de regra, deverão
comparecer independentemente de intimação;
• o valor da causa deve ser expresso em reais, lembrando que para as causas
do rito sumário, até 2 (dois) salários mínimos, rito sumaríssimo até 40 (quaren-
ta) salários mínimos e ordinário, para as causas acima de 40 (quarenta) salários
mínimos ou para os casos não abrangidos pelos ritos sumário e sumaríssimo.
• e para encerrar, a data com a assinatura do advogado e, se possível, da
própria parte.
22 • capítulo 1
para lançar mão da tecnologia da informação em prol de serviços mais eficien-
tes, econômicos, céleres e acessíveis de qualquer localidade e temporalidade.
O sistema já permite à Justiça do Trabalho contribuir com a importante e
imprescindível temática da preservação ambiental, com a não utilização de pa-
pel e demais recursos empregados na sua produção.
Para que o advogado possa interpor petições, é necessário que o mesmo ad-
quira uma assinatura eletrônica ou digital, representado por um token.
O acesso para consulta é aberto, porém deve ser feito, atualmente, acessan-
do apenas o sistema do PJ-e disponível em cada site dos tribunais regionais.
Nessa nova temática, a contestação também deve ser feita de forma eletrô-
nica e postada antes da data da audiência.
COMENTÁRIO
Observação importante diz respeito à comunicação dos atos processuais no
processo eletrônico, pois, ao contrário do que ocorre com o processo físico tra-
dicional, a intimação de atos do processo se dará pelo meio eletrônico, no “sítio
eletrônico do tribunal competente” (portal do tribunal), considerando-se inti-
mado com a simples visualização do ato ou em não havendo, de forma tácita
após 10 (dez) dias, conforme dispõe o art. 4º e parágrafos da lei nº 11.419/2006.
capítulo 1 • 23
Aplica-se às ações cujo valor da causa seja superior a 40 salários mínimos
ou, quando inferior a esse valor, não puder ser utilizado o rito sumaríssimo.
No rito ordinário, as partes poderão ouvir até três testemunhas cada uma,
e a audiência poderá ser fracionada entre audiência inicial e audiência de
prosseguimento.
Nas ações cujo valor da causa seja inferior a 40 (quarenta) salários mínimos,
deve-se optar pelo rito sumaríssimo.
Sua base legal está no art. 852-A a 852-I da CLT; 895, §1º e 2º da CLT; art.
895, §6º da CLT; art. 897-A, também da CLT.
Excluem-se da utilização do rito sumaríssimo as ações coletivas.
Excluem-se ainda do procedimento sumaríssimo as ações que tenham em
seu polo passivo a Administração Pública direta, autárquica e fundacional (art.
852-A, parágrafo único). Logo sujeitam-se ao procedimento sumaríssimo as
empresas públicas e as sociedades de economia mista.
1.8.2.2 Citação
Não haverá citação por edital. O Reclamante deve indicar corretamente o nome
e o endereço do reclamado, para evitar a indústria da revelia (art.852-B II). O §1º
do art. 852 da CLT afirma que o não atendimento pelo reclamante da indicação
do nome e endereço correto e dos valores do pedido na petição inicial, acarreta-
rá arquivamento dos autos e condenação ao pagamento das custas.
1.8.2.3 Procedimento
A citação será feita pelo correio ou oficial de justiça, não cabendo a citação por
edital (art. 852-B, II, CLT).
24 • capítulo 1
As mudanças de endereço das partes devem ser imediatamente comuni-
cadas ao juiz, pena de considerar válidas as intimações feitas (art. 852-B, §2º,
CLT).
A apreciação da reclamação deve ser efetivada em até 15 dias (art. 852-B,
III, CLT), podendo inclusive constar de pauta especial. É o que de fato ocorre,
contudo o prazo de 15 dias normalmente não é observado, devido ao enorme
movimento das varas do trabalho.
1.8.2.4 Audiência
Deve ser una (art. 852-C), podendo ser presidida pelo juiz titular ou substituto.
A conciliação não é obrigatória nos mesmos moldes do procedimento ordi-
nário. O art. 852-E dispõe que o juiz esclarecerá as partes sobre as vantagens da
conciliação tentando persuadi-las para alcançá-la.
A ata de audiência será resumida (art. 852-F).
Os incidentes (ex.: litispendência, coisa julgada, conexão etc.) e exceções
serão decididas de plano pelo juiz (art. 852-G). As demais questões serão deci-
didas na sentença.
Haverá no máximo duas testemunhas por parte (art. 852-H, §2º, CLT), que
comparecerão independentemente de intimação. Só será deferida intimação
de testemunha que comprovadamente convidada não comparecer. Após inti-
mação da testemunha, se esta não comparecer, será determinada pelo juiz sua
imediata condução coercitiva (art. 852-H, §3º, CLT).
É possível a prova pericial quando a prova do fato exigir (ex.: insalubridade e
periculosidade). Não há indicação de assistente técnico.
capítulo 1 • 25
1.8.2.6 Sentença
26 • capítulo 1
Atualmente é utilizado para apuração de falta grave àqueles empregados que
detenham estabilidade: a) estabilidade decenal (arts. 492, 494 e 853, CLT); diri-
gente sindical (Sum. 197, STF, Súm. 379 do TST); empregado eleito para cargo
de diretor em sociedade cooperativa também goza de estabilidade (art. 55, lei
nº 5764/1971); d) representante no Conselho Curador do FGTS (art. 3º, ̕9º, lei
nº 8036/1990); representante do Conselho Nacional de Previdência Social (art.
3º, ̕7º, lei nº 8213/1991); membro do Conselho deliberativo das entidades fe-
chadas de Previdência Complementar (art. 12, caput e parágrafo primeiro, lei
nº 108/2001); empregado público estável (art. 19, ADCT e art. 41, CF, antes da
EC 19/98); membro da CCP (art. 625-B, parágrafo primeiro, CLT).
Número máximo de testemunhas – seis para cada parte (artigo 821, CLT).
O prazo é decadencial de trinta dias a contar da suspensão do empregado
(artigo 853 c/c 855, CLT).
Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer,
com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.
§ 1o Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em
estabelecimento bancário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamen-
to, cientificando-se o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o
prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa.
§ 2o Decorrido o prazo do § 1o, contado do retorno do aviso de recebimento,
sem a manifestação de recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obriga-
ção, ficando à disposição do credor a quantia depositada.
§ 3o Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento ban-
capítulo 1 • 27
cário, poderá ser proposta, dentro de 1 (um) mês, a ação de consignação,
instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da recusa.
§ 4o Não proposta a ação no prazo do § 3o, ficará sem efeito o depósito,
podendo levantá-lo o depositante.
A Ação rescisória será utilizada no processo do trabalho tal qual prevê o art. 966
do NCPC.
É um procedimento comum na Justiça do Trabalho e permitido sua utiliza-
ção pela CLT por meio do art. 836.
O objetivo da ação rescisória é rescindir, ou seja, rever sentença já transita-
da em julgado em virtude de fato ou documento novo, capaz de mudar o enten-
dimento do Magistrado.
Em função de sua utilização corriqueira, também é objeto de diversas sú-
mulas e orientações jurisprudenciais.
De acordo com o NCPC em seu art. 975, possui prazo de interposição de 2
(dois) anos, sendo esse prazo decadencial.
28 • capítulo 1
1.9 Casos concretos
Podemos ver, nas páginas sequenciais, modelos de peças trabalhistas bem
como de casos concretos com notas características de cada caso.
Importante salientar que os modelos expostos no presente são modelos bá-
sicos, e que, para cada caso concreto, devem ser analisadas as especificações
competentes.
pelo rito ordinário, em face de (NOME DA PARTE RÉ), nacionalidade, estado civil, profissão,
portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob o nº..., resi-
dente (endereço completo), pelas razões de fato e de direito que passa a expor.
pelo rito ordinário, em face de (NOME DA PARTE RÉ), inscrita no CNPJ sob o nº ..., com sede
na ... (endereço completo, inclusive CEP), pelas razões de fato e de direito que passa a expor.
capítulo 1 • 29
DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA (CCP)
Por meio das ADIs 2139-7 e 2160-5, o STF declarou inconstitucional a obrigatoriedade
de submissão da lide à Comissão de Conciliação Prévia, razão pela qual o autor recorre dire-
tamente ao judiciário trabalhista, conforme art. 625-D, parágrafo 3º, da CLT.
DOS FATOS
(Deve ser feito um breve relato dos fatos, com a ordem cronológica de ocorrência dos
mesmos.)
DOS FUNDAMENTOS
DA NOTIFICAÇÃO DO RECLAMADO
DO PEDIDO
1 – que seja julgado procedente o pedido para (pedido imediato), em (pedido mediato);
2 – que seja julgado procedente o pedido para condenar o Reclamado nas custas pro-
cessuais (só caberá pedido de honorários advocatícios quando o Reclamante estiver sendo
assistido por seu sindicato da categoria – Súmula 219 do TST).
DAS PROVAS
30 • capítulo 1
DO VALOR DA CAUSA
Atribui-se à causa o valor de R$... (deverá expressar o valor pretendido em moeda cor-
rente; quando não for possível mensurar o valor total pretendido, e desde que o valor seja
superior a 40 (quarenta) salários mínimos, deverá ser acrescentado a observação: “para efei-
tos legais.”
Pede deferimento.
Local, (dia), (mês) de (ano).
Nome do advogado
OAB/(sigla do estado)
pelo rito sumaríssimo, em face de (NOME DA PARTE RÉ), nacionalidade, estado civil, pro-
fissão, portador da carteira de identidade nº ..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob o nº...,
residente (endereço completo), pelas razões de fato e de direito que passa a expor.
capítulo 1 • 31
(CASO A RECLAMADA SEJA PESSOA JURÍDICA)
pelo rito sumaríssimo, em face de (NOME DA PARTE RÉ), inscrita no CNPJ sob o nº ... , com
sede na ... (endereço completo, inclusive CEP), pelas razões de fato e de direito que passa
a expor.
Por meio das ADIs 2139-7 e 2160-5, o STF declarou inconstitucional a obrigatoriedade
de submissão da lide à Comissão de Conciliação Prévia, razão pela qual o autor recorre dire-
tamente ao judiciário trabalhista, conforme art. 625-D, parágrafo 3º, da CLT.
DOS FATOS
(Deve ser feito um breve relato dos fatos, com a ordem cronológica de ocorrência dos
mesmos.)
DOS FUNDAMENTOS
DA NOTIFICAÇÃO DO RECLAMADO
DOS PEDIDOS
1 – que seja julgado procedente o pedido para (pedido imediato), em (pedido mediato);
Nesse item, devem ser discriminado os pedidos pleiteados, de forma a quantificá-los, ou
seja, cada pedido deve ter um valor correspondente, exemplo:
a) aviso prévio indenizado – R$ 1.000,00
32 • capítulo 1
2 – que seja julgado procedente o pedido para condenar o Reclamado nas custas pro-
cessuais (só caberá pedido de honorários advocatícios quando o Reclamante estiver sendo
assistido por seu sindicato da categoria – Súmula 219 do TST).
DAS PROVAS
DO VALOR DA CAUSA
Atribui-se à causa o valor de R$... (deverá expressar o valor pretendido em moeda corren-
te, ou seja a soma de todos os pedidos formulados) (art. 291 do NCPC).
Pede deferimento.
Local, (dia), (mês) de (ano).
Nome do advogado
OAB/(sigla do estado)
(Nome da empresa Consignante), com sede na (Rua), (número), (bairro), (CEP), (Cidade),
(Estado), nesta Comarca, inscrita no CNPJ sob o nº xxxxx, representada pelo sócio-gerente,
senhor (Nome), (Nacionalidade), (Estado Civil), (Profissão), devidamente qualificado na pro-
curação anexa, por seu advogado e bastante procurador ao final assinado, vem à presença
de Vossa Excelência propor a presente
capítulo 1 • 33
miciliado na (endereço completo), na (cidade-estado), pelos seguintes fatos e fundamentos:
DOS FATOS:
(Nos fatos deve ser feito um breve relato dos fatos e a razão de interposição da ação de
consignação em pagamento.)
O consignado foi admitido aos serviços da consignante na data de xx/xx/xx, exercen-
do as funções de (colocar a função exercida pelo ex-funcionário), recebendo remuneração
mensal de (valor e valor por extenso). Em xx/xx/xx a consignante concedeu aviso prévio ao
consignado, rescindindo o contrato de trabalho na modalidade injustificada.
A rescisão efetivou-se com o vencimento do pré-aviso na data de xx/xx/xx e, frente à
extensão temporal do pacto laboral superior a um (1) ano, foi designada a homologação da
rescisão nas dependências do Sindicato obreiro para o dia xx/xx/xx às xx:xx horas.
Na data e no horário anotados, o Consignado não compareceu à homologação nem
apresentou qualquer justificativa.
DOS FUNDAMENTOS
(Neste item precisamos expor os fundamentos do pedido.)
Assim, por todo o exposto e buscando eximir-se da multa pelo atraso na quitação da
rescisão laboral prevista no artigo 477 da CLT, o Consignante propõe a presente, nos termos
do art. 539 do NCPC, oferecendo os seguintes títulos:
Descontos da rescisão:
a) INSS – R$ xxxxx (Valor por extenso);
b) IRRF – R$ xxxxx (Valor por extenso);
c) Adiantamento de salário – R$ xxxxx (Valor por extenso);
Valor líquido a receber: R$ xxxxx (Valor por extenso).
Em face do exposto requer:
34 • capítulo 1
a) seja recebida a presente, autuada e processada, citando-se o Consignado, para, em dia
e hora designados por Vossa Excelência, vir receber, nesta MM. Vara do Trabalho a impor-
tância ora oferecida de (valor e valor por extenso), bem como os documentos devidos no ato
da resilição contratual;
b) que ao final seja julgada procedente esta Consignatória, declarando liberada a Consig-
nante da obrigação, afastada a referida multa do art. 477 consolidado;
c) Condene o Consignatário nas custas processuais e demais consectários.
Termos em que,
Pede deferimento.
(Local, data e ano)
Assinatura do(a) advogado(a)
OAB
AÇÃO RESCISÓRIA
capítulo 1 • 35
DO CABIMENTO DA RESCISÓRIA
Embora, em regra, após o trânsito em julgado da sentença, esta não possa sofrer mo-
dificações, a ação rescisória tem cabimento sempre que se verificar um fato ou documento
novo que o caso dos autos.
O que se advoga é a possibilidade de manejo da rescisória nas decisões que não ad-
mitirem recursos em virtude de suposta ausência dos pressupostos legais, subjetivos ou
objetivos, como o caso dos autos.
Houve precedentes jurisprudenciais cada vez mais sólidos, inclusive da corte regional,
como a seguir colacionado: (colacionar jurisprudências pertinentes ao caso).
É, pois, sob ótica não restrita e exegese mais generosa que propõe-se a aferição pelo
juízo do cabimento da presente ação.
DOS PEDIDOS
Pelo exposto, demonstra-se o cabimento da presente ação, bem como que o acórdão
rescindendo, por flagrante infringência a dispositivos constitucionais e leis substantivas, res-
tou irrefutavelmente prejudicado e contendo vícios intrínsecos, resultando viável a sua res-
cisão.
Requer-se ainda a citação do Réu para, se quiser, responder aos termos da lide, sob pena
de revelia;
Requer a total procedência da presente para ao final, rescindir-se o v. acórdão nº _______,
da __ª Turma do TRT da __ª Reg. afastando a deserção declarada, admitindo o processamen-
to de recurso ordinário interposto pela autora, e determinando a remessa dos autos à douta
__ª Turma deste Tribunal;
Face ao exposto, protestando provar o alegado por todos os meios de prova em direito
admitidos, juntada de novos documentos, depoimento pessoal do autor, sob pena de confis-
são.
Atribui-se a causa o valor de R$ ___
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do advogado]
[Número de inscrição na OAB]
36 • capítulo 1
MODELO DE MANDADO DE SEGURANÇA
EXMO. SR. DR. JUIZ PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DOTRABALHO DA ......
REGIÃO
MANDADO DE SEGURANÇA
em face de ato judicial ilegal praticado pelo MM. Juiz do Trabalho da ...........ª Vara do Trabalho
de ............... determinando a ......
DOS FATOS
Breve relato dos fatos a fim de demonstrar a parte teve seu direito líquido e certo lesado.
É muito comum na Justiça do Trabalho a utilização do mandado de segurança para de-
cisões que determinem a reintegração de empregado sem oitiva da empresa ou quando há
penhora on-line, por meio do sistema Bacen Jud, quando se tratar de execução provisória,
visto que em ambos os casos, a decisão tem natureza interlocutório, e portanto, conforme o
art. 893 da CLT, é irrecorrível.
DO DIREITO
A conduta praticada pelo MM. Juiz do Trabalho da ......ª Vara do Trabalho de.......... fere o
ordenamento legal - no que é direito líquido e certo da impetrante nos seguintes pontos:
(expor os fundamentos/artigos infringidos)
capítulo 1 • 37
DOS PEDIDOS
No final, requer-se o total provimento do feito, com a (pedido direto).
Requer-se a notificação de ................., por intermédio de seu procurador constituído nos
Autos originários, para que tome ciência do feito e deste participe, se interessado, como
litisconsorte passivo necessário.
Requer-se a notificação da autoridade coatora para que preste explicações.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Assinatura do advogado]
1- Joana Lúcia, RJ, brasileira, solteira, portadora do RG nº: 45.320-2 DIC/RJ e CPF nº
012.345.678-90, residente e domiciliada na Rua 10, nº 367 fundos, Meier, Rio de Janeiro/
RJ., CEP.: 25.354-032, foi admitida em 25/08/2013 na função de recepcionista na clínica
Corpore Ltda. Á época ficou acordado o valor de R$ 800,00 (oitocentos reais), de acordo
com o piso da categoria. Joana foi dispensada sem justa causa em 10/02/2015. Ocorre
que a clínica nunca registrou a CTPS da Sra. Joana, embora tenha pago todas as verbas
rescisórias, exceto o FGTS no valor de R$ 1.152,00 (um mil, cento e cinquenta e dois reais)
e a multa dos 40% do FGTS no valor de R$ 460,80 (quatrocentos e sessenta reais e oitenta
centavos). Joana procura você e solicita o ajuizamento da ação competente.
ATENÇÃO
De acordo com a CLT e a lei nº 5.584/1970, possuímos na Justiça do Trabalho três ritos
processuais que podem ser adotados: rito sumaríssimo, rito ordinário e o rito sumário também
chamado de alçada.
38 • capítulo 1
O rito ordinário é aquele previsto como regra na CLT e deverá ser utilizado de forma
obrigatória nas ações cujo valor da causa exceda a 40 salários mínimos ou nos casos em que
não for possível a utilização do rito sumaríssimo ou sumário.
O rito sumaríssimo está previsto no art. 852-A da CLT e será utilizado sempre que o
valor da causa for inferior a 40 (quarenta) salários mínimos. Ressalte-se, porém, que não
será cabível o rito sumaríssimo as ações que dependerem de citação por edital ou proposta
em face da administração pública direta, autárquica e fundacional, e ainda, constitui requisito
obrigatória da petição inicial, que os pedidos sejam líquidos, ou seja, que para cada pedido
haja um valor determinado.
Por último, temos o rito sumário, também chamado de alçada, previsto na lei nº
5.584/1970 e será aplicável sempre que a ação tiver valor de causa inferior a 2 salários
mínimos, ressalvado, porém, que nesse caso não será cabível recurso ordinário, portanto,
atualmente, pouco utilizado na esfera trabalhista.
No caso em tela, deveremos utilizar o rito sumaríssimo, eis que os únicos pedidos da Sra.
Joana são o registro da CTPS e as verbas correspondentes ao FGTS, que não ultrapassam
40 salários mínimos.
ATENÇÃO
De acordo com o art. 11 da CLT, com as modificações trazidas pelo inciso XXIX da CRFB/88,
o prazo para um empregado ajuizar uma ação trabalhista é de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho, porém só pode reclamar os direitos correspondentes aos últimos 5
anos, contados da data do ajuizamento da ação, conforme previsto na Súmula 308, II do TST.
No caso em tela, teoricamente a ação estaria prescrita, porém, ainda vigora o §1º do art. 11
capítulo 1 • 39
da CLT que dispõe que nos casos em que o objeto da ação seja meramente declaratório, com
o objetivo de assinatura da CTPS para fins previdenciários, não há prescrição. Portanto, no
caso em tela, deverá ser interposta Ação Trabalhista com pedido de Declaração ou Ação De-
claratória cujo objetivo seja meramente declaratório do vínculo. Não será permitido qualquer
pedido que contenha solicitação monetária e o valor da causa, nesse caso, será apenas para
fins de cumprimento do art. 319 c/c 291, ambos do NCPC.
ATENÇÃO
No caso anterior, vislumbramos uma situação de dispensa ilícita eis que, de acordo com o
art. 543, §3º, Joaquim está garantido pelo período do mandato até um ano após o termino
deste. No caso, Joaquim não poderia ser dispensado salvo motivo de justa causa, o que não
ocorreu. Nesse sentido, deve ser ajuizada a reclamação trabalhista solicitando a reintegração
do empregado ao emprego, bem como todas as vantagens salariais do período em que ficou
afastado. Não deverão ser acrescidos aos pedidos as verbas de natureza rescisória, eis que
com a reintegração, o contrato volta a existir normalmente.
40 • capítulo 1
ATENÇÃO
Nesse caso, verifica-se que as partes estão bem especificadas, que o Reclamado possui
local de citação conhecido e que o valor da causa não ultrapassará 40 (quarenta) salários
mínimos, portanto devemos utilizar o rito sumaríssimo, lembrando que no caso só há um pe-
dido formulado e que o advogado deverá elaborar o cálculo do pedido, ou seja, quantificando
os pedidos formulados.
ATENÇÃO
No caso anterior, temos algumas vertentes a serem analisadas. A primeira delas é no que diz
respeito às horas extras. O art. 62, II, da CLT exclui o direito ao respectivo adicional quando
se tratar de cargo de gerente, entretanto, para que isso seja deferido, o parágrafo único do
mesmo artigo ressalta a necessidade de acréscimo salarial superior a 40%, o que no caso
em tela não ocorreu. Ademais, o cargo de gerência, pressupõe gestão, o que, no caso em
tela, não ficou comprovado. Assim, Juliano, embora no cargo de gerência, fará jus às horas
extras trabalhadas. A segunda vertente é o que diz respeito à comissão, que sendo salário,
não poderia deixar de ser pago, conforme art. 7º, inciso VI da CRFB/88.
capítulo 1 • 41
6- Marina Judite trabalhou por quatro anos na Empresa Flutante Ltda., na função de auxi-
liar administrativa, tendo sido dispensada em 10/08/2014. Recebeu a título de maior salário
a quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Quando foi dispensada, recebeu corretamente
todas as verbas rescisórias, porém, Marina procura você advogado e informa que durante um
ano após a sua admissão, foi admitida na empresa a colaboradora Luana que exercia as mes-
mas funções de Marina e com a mesma qualidade técnica. Informa ainda que desde a admis-
são de Luana, esta sempre recebeu R$ 3.000,00 (três mil reais). Assim, Marina questiona se
não teria direito de receber alguma diferença e pede que você ajuíze a ação correspondente.
ATENÇÃO
Verifica-se pelo caso narrado um típico caso de equiparação salarial. De acordo com o art.
461 da CLT e Súmula VI do TST, quando o trabalho for idêntico, prestado para a mesma em-
presa, com mesma qualidade técnica e cuja diferença na função não exceda a 2 (dois) anos,
os empregados farão jus ao mesmo salário. No caso em tela, embora Marina já estivesse na
função quando Luana foi admitida, deveria receber o mesmo salário de Marina ou que Ma-
rina tivesse um aumento. Como isso não ocorreu, Marina faz jus a diferença salarial desde a
data de admissão de Luana, bem como o reflexo das diferenças salariais nas demais verbas
trabalhistas, incluindo as verbas rescisórias.
ATENÇÃO
No caso vertente, a princípio poderia alegar-se a prescrição, entretanto, o parágrafo único
do art. 11 da CLT ressalva o direito de pleitear judicialmente, independentemente de qual-
quer prazo, assinatura da CTPS para fins previdenciários, ou seja, para esses casos, não há
prescrição. Assim, verifica-se que Francisca poderá interpor Ação Declaratória em face da
Mercearia do Sr. Joaquim, pedindo a declaração do vínculo empregatício.
42 • capítulo 1
1.10 Contestação
De acordo com o NCPC, o réu pode adotar três tipos de comportamento após
citado, podendo apresentar exceção, contestação ou reconvenção.
Informação relevante deve ser feita em relação ao prazo para apresentar a
contestação, eis que na Justiça do Trabalho a resposta do réu é feita na própria
audiência para a qual foi notificado e copiando tal procedimento, o NCPC alte-
rou sua redação para dispor que:
Assim, pela nova temática trazida pelo NCPC, a Justiça Processual Comum
passa a se assemelhar muito mais à Justiça do Trabalho.
A contestação por negação geral é ineficaz. Assim, a defesa deve se insurgir
contra todos os fatos alegados na exordial, sob pena de serem presumidos ver-
dadeiros os fatos.
Podemos dizer que, de acordo com o CPC, temos dois tipos de contestação,
uma que ataca o processo em si, sem que haja qualquer vinculação com a exis-
tência do direito, é chamada de contestação contra o processo, existe ainda a
chamada contestação de mérito, nesta ataca-se o direito pretendido pelo autor.
capítulo 1 • 43
III – incorreção do valor da causa;
IV – inépcia da petição inicial;
V – perempção;
VI – litispendência;
VII – coisa julgada;
VIII – conexão;
IX – incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X – convenção de arbitragem;
XI – ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII – falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII – indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
44 • capítulo 1
1.10.2.2 Contestação direta de mérito
Nesta, o réu ataca o fato constitutivo do direito alegado pelo autor, seja pela
negativa de sua existência, seja pela negativa de seus efeitos jurídicos.
Processo n° ...
capítulo 1 • 45
CONTESTAÇÃO,
DO PEDIDO
46 • capítulo 1
4 – no mérito, a improcedência do pedido autoral (art. 487 do CPC);
5 – a condenação do Autor aos ônus da sucumbência.
DAS PROVAS
Pede deferimento.
Local e data.
Nome do advogado
OAB/(sigla do estado)
ATENÇÃO
Nesse caso, temos uma relação de empregada doméstica, porque embora Jaqueline seja
técnica em enfermagem, no caso concreto verifica-se a inexistência de vantagem econômica
com o trabalho de Jaqueline, conforme prevê a lei nº 5859/1972. Ressalte-se, ainda, que
a chamada PEC das domésticas ainda não tinha sido totalmente deferida, em especial qual
ao FGTS até dezembro de 2014, razão pela qual, nesse caso, Jaqueline também não tinha
direito ao FGTS acrescido de 40%.
capítulo 1 • 47
9 – Felipe Nogueira, trabalhou para a empresa G&A de 14/04/2003 à
25/08/2012, de 08h às 17h, de segunda à sexta e sábado de 08h às 12h. Durante
todo o contrato Felipe alega não ter recebido o adicional noturno cabível. Alega
ainda, que nunca gozou da hora de intervalo, razão pela qual ajuizou ação em
face da empresa. A Empresa G&A lhe procura a fim de ofertar a defesa, e in-
forma ainda que a ação foi ajuizada em 28/08/2014, que o aviso prévio foi tra-
balhado, que Felipe nunca trabalhou em horário noturno e que Felipe sempre
registrou o horário de intervalo. Elabore a defesa.
ATENÇÃO
No caso em tela, verifica-se que a ação encontra-se prescrita pela prescrição total, ou seja,
operou-se a prescrição bienal conforme previsto no art. 7º, inciso XXIX da CF, assim, encon-
tra-se prescrita o direito de ação de Felipe. Entretanto, a prescrição não pode ser a única
forma de defesa, eis que o Magistrado pode entender, por algum motivo, que não houve a
prescrição, portanto, todos os demais pedidos deverão também ser contestados um a um.
ATENÇÃO
No caso em tela, podemos observar que, embora de segunda a quinta-feira Mariana tra-
balhasse 9 horas por dia, não há como ser deferido o pagamento de horas extras eis que
durante a semana não ultrapassava as 44h semanais. De acordo com a Constituição e com
o entendimento pacífico do TST, o empregado que não ultrapassa a jornada semanal per-
mitida, não tem direito a horas extras. No caso em tela, deve ainda ser contestado o pedido
de honorários advocatícios, eis que por não estar assistido pelo sindicato da categoria, não
faz jus ao pagamento de honorários advocatícios, conforme Súmula 219 e OJ. 329 do TST.
48 • capítulo 1
11. A Empresa XY Ltda., foi notificada de uma audiência trabalhista que
ocorrerá no mês de setembro de 2015, proposta por Francisco Chagas, ajuizada
em 13/05/2015. Na inicial Francisco relata que foi empregado da Reclamada no
período de 15/04/2008 à 26/07/2014; que exercia o cargo de gerente operacio-
nal, que trabalhava de 8h às 20h, sem nunca ter recebido horas extras; reclama
também o 13º salário proporcional de 2008 que alega não ter recebido e por
último, pede também honorários advocatícios, atribuindo à causa o valor de
R$25.000,00, embora não tenha apresentado os cálculos correspondentes ao
valor pretendido. A empresa relatou, ainda, que Francisco estava sendo assisti-
do por advogado particular.
ATENÇÃO
No caso em tela, temos várias questões a serem analisadas: a primeira no que diz respeito
à prescrição. Prescrição é matéria de defesa, é mérito e, portanto, deve ser alegada junta-
mente com as demais questões de mérito. No caso em tela, como a ação foi proposta em
13/05/2015, todos os pedidos anteriores a 13/05/2000 estão prescritos pela prescrição
quinquenal (Súmula 308 do TST). Outro ponto diz respeito às horas extras, eis que exercen-
do a função de gerente, Francisco não faz jus às horas extras conforme o art. 62, inciso II da
CLT, que excepciona os gerentes e diretores e outros cargos de gestão. Em virtude da pres-
crição, não há que se falar no pagamento do 13º salário, eis que abrangido pelo instituto. Por
fim, quanto aos honorários, os mesmos são inaplicáveis eis que o empregado não está sendo
assistido pelo sindicato da categoria, consequentemente, não faz jus aos honorários advo-
catícios sucumbenciais, conforme prevê a Súmula 219 do TST e OJ. 329, também do TST.
capítulo 1 • 49
dispensado sem justa causa em 18/10/2010, na vigência da garantia provisória
de emprego prevista no artigo 55 da lei nº 5.764/1971, já que ocupava o cargo
de diretor suplente de cooperativa criada pelos empregados da ré. Afirmou que
não lhe foi pago o 13º salário do ano de 2009 e que não gozou as férias referen-
tes ao período aquisitivo 2007/2008, admitindo, porém, que se afastou, nesse
mesmo período, por 07 (sete) meses, com percepção de auxílio-doença. Aduziu,
ainda, que foi contratado pela ré, em razão da morte do Sr. Wanderley Cardoso,
para exercício de função idêntica, na mesma localidade, mas com salário in-
ferior em R$ 1.000,00 (um mil reais) ao que era percebido pelo paradigma, em
ofensa ao artigo 461, caput, da CLT. Por fim, ressaltou que o deslocamento de
sua residência para o local de trabalho e vice-versa era realizado em transporte
coletivo fretado pela ré, não tendo recebido vale-transporte durante todo o pe-
ríodo do contrato de trabalho.
50 • capítulo 1
ATENÇÃO
O caso reproduzido nº 12, é a transcrição exata de uma das provas da OAB, em que po-
demos visualizar várias situações tratadas nas peças anteriores. No caso em tela, deve ser
elaborada uma contestação, com pedido de inépcia da inicial eis que o empregado alegou
não ter recebido o 13º salário de 2009, porém postulou o de 2008. Deve ser alegada, ainda,
a prescrição quinquenal com fundamento no artigo 7º, inciso XXIX, da CRFB/88 ou artigo
11, inciso I, da CLT, a fim de que sejam consideradas prescritas as parcelas anteriores aos
cinco anos que antecederam à data do ajuizamento da ação, conforme a Súm. 308 do TST.
Deve ser alegado, ainda, a impugnação do pedido de estabilidade aduzindo que o artigo
55 da lei nº 5.764/1971 assegura a garantia de emprego apenas aos empregados eleitos
diretores de cooperativas, não abrangendo os membros suplentes, nos termos da OJ nº 253
da SDI‐1 do C. TST. Devem ser contestadas também as horas extras que o autor exercia em
atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, estando esta condição
devidamente anotada em sua CTPS, o que atrai a incidência do artigo 62, inciso I, da CLT.
Logo, indevido o pagamento de horas extraordinárias e reflexos. Quanto às férias, devemos
lembrar que o afastamento superior a 6 meses implica em perda do direito as férias, nos
termos do artigo 133, inciso IV, da CLT. Quanto ao pedido de Equiparação salarial, deve ser
alegado que reclamante não foi contemporâneo do paradigma, uma vez que foi contratado
em razão de seu falecimento. Esta ausência de contemporaneidade ou simultaneidade na
prestação de serviços entre o equiparando e o paradigma apontado obsta a equiparação
salarial. Na verdade, ocorreu a substituição de cargo vago. Deve invocar a Súmula nº 6, item
IV, ou a Súmula nº 159, II, ambas do TST. Quanto aos vales‐transportes, deve ser alegado que
a Ré já proporcionava transporte coletivo fretado para o deslocamento residência‐trabalho e
vice‐versa de seus empregados, nos termos do artigo 4º do Decreto 95.247/1987.
capítulo 1 • 51
O Novo Código de Processo Civil alterou sensivelmente seus dispositivos le-
gais no que diz respeito as provas, eis que anteriormente utilizava a Teoria da
Carga Estática, ou seja, era mais rígido no que diz respeito a responsabilidade
de cada parte provar: ao autor competia provar os fatos constitutivos do direito
e ao réu os fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor.
Agora, pela nova temática do NCPC, utilizando-se de conceitos já há muito
aplicado na Justiça do Trabalho, em especial no Processo do Trabalho, utilizar-
se a Teoria da Carga Dinâmica, em que se permite a inversão do ônus da prova,
caso a prova se mostre demasiadamente excessiva em favor de uma das partes.
Deve ser provado sempre o fato e não o direito, valendo para a prova o processo
do trabalho as exceções do art. 374, do NCPC.
Os fatos a serem provados são: a) os relevantes; b) pertinentes; c) os
controvertidos.
O ônus da prova é de quem alega os fatos (art. 818 da CLT). Incumbe ao Autor
provar os fatos constitutivos do seu direito. Ao réu, os fatos impeditivos, modifi-
cativos e extintivos do direito do autor (art. 373, do NCPC e Súmula 68, do TST).
Obs.: ver Súmulas 212 e 228 do TST.
52 • capítulo 1
validade do consentimento, a capacidade das partes, a licitude do objeto e as-
sim por diante; aquele que negar essas circunstâncias estará obrigado a provar
que, no caso, estas não existiram.
4 – Fato modificativo: é o que substitui algum dos efeitos previstos por ou-
tros novos ou os alterou; é o caso da novação.
Segundo Manoel Antônio Teixeira Filho, a regra do art. 818 da CLT não era
a mesma do art. 333 do antigo CPC, eis que no processo do trabalho, muitas
vezes o empregador tem de fazer prova de atos negativos, entretanto, atual-
mente, com a nova redação do art. 373 do NCPC, essas diferenças ficaram
ainda menores.
Ex.: se o Reclamante alega que fez 2 (duas) horas extras e o Reclamado diz
que não, este último é que deverá fazer a prova.
capítulo 1 • 53
3 – Prova testemunhal (art. 821 a 829 da CLT): relato prestado em Juízo por
pessoa que conhece o fato litigioso. Não pode a testemunha ser impedida ou
suspeita caso em que, nesta situação, poderá ser ouvida apenas na qualidade de
informante, em que não possui o dever legal de falar a verdade.
No procedimento ordinário, a parte pode indicar no máximo 3 testemunhas
(art. 821 da CLT) e no procedimento sumaríssimo, até 2 testemunhas (art. 852-
H, §2º da CLT), por cada parte. No inquérito para apuração de falta grave, o
número cresce para 6 testemunhas por parte.
Obs.: há testemunhas que muitas vezes sabem mais que a própria parte, de-
vendo, por esse motivo, serem avaliadas com cuidado.
54 • capítulo 1
riores ou em contraprova. Entretanto, na prática, o que vemos é que, muitas
vezes, as partes juntam documentos durante a fase de instrução e antes da sen-
tença, devendo, neste caso, o Juiz abrir vista para manifestação da parte contrá-
ria. A perícia deverá ser requerida na primeira oportunidade, embora o Juiz só
costume deferi-la após a primeira audiência, até mesmo porque pode ser verifi-
cada a desnecessidade de tal prova.
Pode-se dizer que Sentença é ato privativo do Juiz que visa encerrar o processo
com ou sem mérito.
Em alguns processos, a sentença será prolatada nos termos do art. 485 do
NCPC, ou seja, sem mérito. Nesse caso, a sentença não apreciará o mérito, mas
tão somente encerrará uma fase processual.
Por outro lado, em alguns processos, o Juiz profere sentença com base no
art. 487 do NCPC, ou seja, com análise do mérito. Nesse caso, o juiz julga proce-
dente, improcedente ou procedente em parte o pedido.
Em ambos os casos, a sentença não extingue o processo, eis que isso só
ocorrerá com o esgotamento do prazo para eventual recurso destinado a sua
reforma ou anulação, quando então, a sentença transitará em julgado.
A fim de que não haja alegação de nulidade de sentença, a mesma só
pode ser proferida após a última proposta conciliatória realizada após a exposi-
ção das razões finais, conforme disposto no art. 850 da CLT.
capítulo 1 • 55
c) Sentença condenatória – É a que julga uma ação condenatória, ou seja,
as mais usuais, em que há a condenação do réu em pagar ou fazer determinado
pedido.
Elementos: 832, CLT – nome das partes; resumo do pedido e da defesa; aprecia-
ção das provas; fundamentos da decisão; respectiva conclusão.
Requisitos essenciais – 489, CPC:
Relatório
Obs.: procedimento sumaríssimo > dispensa o relatório (852-I).
Obs.: sentença sem relatório > nula de pleno direito (832, CLT).
Fundamentação
São as razões de decidir do juiz, constitui a base intelectual da sentença.
Nela, o juiz revela todo o raciocínio desenvolvido acerca da apreciação das ques-
tões processuais, das provas produzidas e das alegações das partes, que são os
dados que formarão o alicerce da decisão.
Obs.: a ausência de motivação ou fundamentação enseja negativa de presta-
ção jurisdicional – nulidade da sentença (jurisp. TST).
56 • capítulo 1
Dispositivo
Obs.: dispositivo remissivo à fundamentação invalida o decisum?
1ª corrente diz que não invalida a decisão, pois a sentença, como norma
jurídica, comporta interpretação, e o intérprete deve pesquisar no conjunto da
sentença.
2ª corrente: (Carlos Henrique Bezerra Leite – TST – TRTSP) dispositivo que
se reporta aos termos da fundamentação sem relacionar os itens declarados
procedentes é nulo por gerar insegurança jurídica, tão esperada pela sentença.
No nosso sistema processual, o juiz não pode, ressalvados alguns casos espe-
ciais, decidir acima, fora ou aquém dos limites da lide, ou seja, do pedido. Daí
falar-se em proibição de julgamentos ultra petita, extra petita ou citra petita.
Obs.: Exceções legais que autorizam o julgamento extra ou ultrapetita:
Obs.: prazo para recurso da parte que, intimada, não comparece à audiência
é contado a partir da publicação (S. 197, TST).
• Réu estiver em local incerto e não sabido > intimação da sentença por
edital.
• v. §2º, 851, CLT – ata deve ser juntada em 48 horas. Se não for juntada
nesse prazo, as partes deverão novamente ser intimadas da sentença por via
postal. O prazo para recurso só começa a correr da data em que a parte receber
a intimação (S. 30, TST).
capítulo 1 • 57
1.12.6 Coisa julgada:
a) Vigência imediata da lei nova – Não admite direito adquirido, vale a lei
nova;
b) Unirrecorribilidade – Só é possível a interposição de um recurso por
vez;
c) Fungibilidade – Neste, aproveita-se o recurso interposto erroneamente
nominado, desde que não contenha erro grosseiro;
58 • capítulo 1
d) Variabilidade – Ocorre que a variabilidade se a parte desistir do recurso
interposto, substituindo-o por outro, observando-se o prazo legal;
e) Duplo grau de jurisdição – É a possibilidade de revisão da decisão prola-
tada por instância superior. Não é cabível para os casos em que o valor da causa
não ultrapassar dois salários mínimos;
f) Taxatividade – Somente serão admissíveis os recursos expressamente
previstos em lei;
g) Irrecorribilidade das decisões interlocutórias – Não cabe recurso ime-
diato às decisões interlocutórias, somente em sede de sentença terminativa.
Art. 893, §1º, da CLT;
h) Proibição da reforma in pejus – Não é admissível reforma em prejuízo
daquele que está interpondo o recurso.
capítulo 1 • 59
recolher no prazo e comprovar para recursar. Se não recorrer, terá o prazo de 48
horas para recolher, após o trânsito em julgado. Em caso de procedência par-
cial, o preparo do eventual recurso fica a cargo do reclamado. Diz-se deserto o
recurso que não vem preparado, ou seja, com o recolhimento do depósito re-
cursal mais as custas (para o reclamado recorrente) e somente as custas (para o
caso de reclamante recorrente na improcedência);
e) sucumbência total ou parcial: interesse para recorrer, ter sido vencido
total ou parcialmente.
Embargos de Declaração
Os embargos declaratórios serão opostos quando existir na sentença ou
acórdão contradição ou omissão do julgado ou análise equivocada dos pressu-
postos extrínsecos do recurso.
A referida peça não serve para modificar o entendimento do juízo, mas, sim,
para esclarecer omissão, contradição ou obscuridade.
O prazo para a interposição dos embargos de declaração, tanto da sentença
como do acórdão, é de 5 dias.
Ressalte-se, ainda, que a interposição dos embargos declaratórios inter-
rompe o prazo para qualquer recurso, inclusive para a parte contrária.
Os embargos podem ter efeito modificativo da decisão, nos casos de omis-
são ou contradição e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínse-
cos do julgado, nos termos do art. 897-A da CLT.
Por fim, cumpre esclarecer que a omissão ou contradição, não arguida em
embargos declaratórios, implica preclusão, não podendo ser suscitada em grau
de recurso (Súm. 297, TST).
Os embargos são processados e julgados pelo próprio juízo prolator da de-
cisão embargada. Atenção: os embargos declaratórios opostos em face de acór-
dão do TRT devem ser dirigidos ao Juiz Relator. Não tem preparo.
Se os embargos de declaração forem considerados protelatórios, poderá
o magistrado culminar uma multa de 1% sobre o valor da causa, em favor da
parte contrária. Se forem reiterados os embargos protelatórios, a multa poderá
ser elevada a até 10% sobre o valor da causa, ficando, contudo, condicionada
a interposição do recurso seguinte à comprovação desse depósito. Vemos, en-
tão, que nesse caso o recorrente deverá observar, além do eventual preparo do
60 • capítulo 1
respectivo recurso, também a comprovação de depósito da multa pelos embar-
gos protelatórios reiterados.
capítulo 1 • 61
O recurso ordinário é interposto perante o juízo sentenciante, aqui chama-
do de a quo. Presentes os pressupostos de admissibilidade, o juiz abrirá vistas
ao recorrido para contrarrazões em igual prazo. Admitida a interposição de re-
curso, os autos são remetidos ao TRT, se oriundos da Vara do trabalho, ou ao
TST, se oriundos do TRT.
Considerando que os recursos trabalhistas são recebidos somente no efeito
devolutivo, é possível a extração de carta de sentença.
Recebidos os autos no Tribunal competente, aqui chamado de juízo ad
quem, é sorteada uma Turma, segue com vista do MPT, voto do Juiz-Relator,
voto do Juiz-Revisor, pauta de julgamento, sustentação oral dos advogados, to-
madas de votos e julgamentos.
Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordiná-
rio obedecerá aos seguintes parâmetros:
a) será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, deven-
do o relator liberá-lo no prazo máximo de 10 dias, e a Secretaria do Tribunal
colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor;
b) terá parecer oral do MPT presente na sessão de julgamento, se este en-
tender necessário o parecer, com registro na certidão;
c) terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a
indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do
voto prevalecente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a
certidão de julgamento, registrado tal circunstância servirá de acórdão.
Agravo de Instrumento
No processo do trabalho, o agravo de instrumento é o recurso cabível para
impugnar os despachos que denegarem seguimento a recurso interposto.
O conceito de agravo de instrumento é encontrado na alínea “b”, do art. 897,
da CLT.
Caberá agravo de instrumento contra a decisão que denegar seguimento a
pedido de revisão, recurso ordinário, recurso de revista, agravo de petição e re-
curso extraordinário. Não caberá agravo de instrumento de despacho que não
admitir os embargos no TST, pois, neste caso, o remédio é o agravo regimental
(art. 3º, III, “c”, da lei nº 7.701/1988).
Com a nova normatização (lei nº 9.756/1998), o agravo de instrumento tra-
balhista passa a ter o seguinte rito:
62 • capítulo 1
a) o agravo de instrumento será dirigido à autoridade prolatora de despa-
cho agravado, processando-se em autos apartados;
b) após protocolizado e autuado, será concluso, para reforma ou confir-
mação da decisão impugnada;
c) mantida a decisão agravada, o recorrido será notificado para oferecer
suas contraminuta no prazo de 8 dias. A resposta do agravado será ao agravo e
ao recurso principal, devendo ser instruída com as peças que considerar neces-
sárias ao julgamento de ambos os recursos (art. 897, §6º da CLT);
d) o ônus de formar o agravo e de instruir a contraminuta é dos interessa-
dos, desvalendo o pedido de traslado de peças, as quais devem ser juntadas em
original ou em cópia autenticada;
e) o agravo mal formado leva ao seu não conhecimento e não admite a
conversão do feito em diligência para suprir a ausência de peças, ainda que
essenciais.
Recurso de Revista
Trata-se de recurso que objetiva a uniformização da jurisprudência. A lei
nº 9.756/1998 introduziu alterações nos limites de admissibilidade do recur-
so de revista, afastando-se a possibilidade de sua interposição na hipótese de
capítulo 1 • 63
acórdão divergente do mesmo TRT.
Assim, conforme a nova redação do art. 896, da CLT, é cabível recurso de
revista das decisões de última instância para o Tribunal Superior do Trabalho
quando:
a) for dado ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da
que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou
Turma, ou a seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho,
ou a Súmula de Jurisprudência uniforme dessa corte;
b) for dado ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletivo de
Trabalho, Acordo Coletivo, Sentença Normativa ou Regulamento Empresarial
de Observância Obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do
Tribunal Regional prolator da decisão recorrido, interpretação divergente, na
forma da alínea “a”;
c) proferidas com violação de literal dispositivo de lei federal, ou afronta
direta e literal à Constituição Federal.
Embargos no TST
Os embargos para o TST são previstos no art. 894, da CLT e na lei nº
7.701/1988. O prazo dos embargos é de 8 dias, necessário o preparo (depósito
recursal e custas; só custas quando o recorrente for trabalhador).
Cabem embargos para a Seção de Dissídios Individuais:
a) dos acórdãos divergentes (inclusive com Súmulas do próprio TST) das
turmas que julgam recurso de revista (aqui, na prática, denominados embargos
divergentes no TST);
b) dos acórdãos proferidos com violação literal de preceito de lei federal
ou da Constituição (aqui, denominados embargos no TST por nulidade).
64 • capítulo 1
Cabem embargos no TST por infringência para SDC:
a) dos acórdãos não unânimes proferidos em ação rescisória, mandado
de segurança e dissídio coletivo.
A interpretação razoável de preceito de lei, ainda que não seja a melhor, não
dará ensejo à admissibilidade dos embargos. A violação tem de ser necessaria-
mente ligada à literalidade do preceito constitucional (Súm. 221, TST).
Decisões superadas por iterativa, notória e atual jurisprudência do TST, não
autorizam a admissibilidade dos embargos (Súm. 333, do TST).
Para comprovação da divergência justificadora do recurso, é necessário que
o recorrente:
a) junte certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigma ou cite a
fonte oficial ou repositório autorizado em que foi publicado;
b) transcreva, nas razões recursais, as ementas e/ou trechos dos acórdãos
trazidos à configuração do dissídio, mencionado as teses que identifiquem
os casos confrontados, ainda que o acórdãos já se encontrem nos autos ou ve-
nham a ser juntados com o recurso.
Recurso extraordinário
O recurso extraordinário previsto no art. 102, inciso III da CF/88, se aplica,
igualmente, ao Direito Processual do Trabalho.
Cabimento
a) das decisões que contrariam a Constituição Federal;
b) das decisões que declaram a inconstitucionalidade de lei federal ou
tratado;
c) das decisões que julgarem válida lei ou ato do governo local, contestado
em face d Constituição Federal.
capítulo 1 • 65
Agravo Regimental
Como o próprio nome diz, o agravo regimental é um recurso previsto no re-
gime interno dos Tribunais, e de forma semelhante ao agravo de instrumento,
serve para destrancar o andamento de recurso ao qual foi negado seguimento.
Exemplo: despacho do relator que indeferir petição de ação rescisória.
As hipóteses de cabimento vêm sempre previstas nos regimentos internos
dos Tribunais, podendo ser assim resumidas:
a) indeferimento de ação rescisória;
b) despacho denegatório a Embargos no TST;
c) despacho denegatório de mandado de segurança;
d) indeferimento de mandado de segurança;
e) contra despacho que concede ou não liminar com efeito suspensivo a
recurso.
Agravo de petição
Das decisões proferidas na fase de execução (nos embargos à penhora, à
execução, à adjudicação, à arrematação ou de terceiro), caberá agravo de peti-
ção ao Tribunal Regional do Trabalho, tanto pelo executado quanto pelo exe-
quente (art. 897, alínea a, CLT).
O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justifica-
damente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata
da parte remanescente até o final, nos próprios autor ou por carta de sentença
(§1º, art. 897, CLT).
O agravo de petição será dirigido à autoridade prolatora da decisão agra-
vada, que remeterá ao Tribunal Regional as peças necessárias ao exame da
matéria controvertida, em autos apartados, ou nos próprios autos se tiver de-
terminada a extração de carta de sentença. A lei nº 10.537/2002 determinou
o recolhimento de custas ao final. Sendo denegado seguimento, comportará
agravo de instrumento, art. 897, “b”, CLT.
66 • capítulo 1
Em audiência, ou por ocasião das razões finais, poderá qualquer das partes
impugnar o valor fixado, e se o Juiz Presidente o mantiver, poderá o interessado
interpor recurso de revisão, endereçado ao Presidente do Tribunal Regional do
Trabalho.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Processo Nº
capítulo 1 • 67
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO,
com fulcro nos art. 897-A da CLT, contra sentença proferida nos autos do processo em epí-
grafe, pelos motivos que seguem:
I – Breve Síntese
Nesse item, deve ser feita uma breve síntese do que aconteceu no processo, em especial
informações sobre a sentença.
II – Do cabimento
Nesse item, deve ser exemplificada a razão do cabimento dos embargos, ou seja, em
caso de omissão, contradição ou análise equivocada dos requisitos extrínsecos da decisão.
68 • capítulo 1
respeito ao pedido de indenização. Fernando quer recorrer, elabore a medida
judicial mais adequada para essa situação.
ATENÇÃO
Nesse caso, em virtude da omissão na sentença, o recurso cabível mais adequado é o recur-
so de embargos de declaração, conforme prevê o art. 897-A da CLT.
RECURSO ORDINÁRIO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA DO TRABALHO DE
____________ – ____. (aqui deverá ser preenchido com a designação do Juiz que prolatou
a decisão.)
PROCESSO Nº
I – DA TEMPESTIVIDADE
II – DO PREPARO RECURSAL
Local, data
P. Deferimento.
Assinatura/OAB
capítulo 1 • 69
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO
RECORRENTE: ____
RECORRIDO:____
EGRÉGIO TRIBUNAL
DA TEMPESTIVIDADE
PRELIMINARES
Em alguns casos, se faz necessário a alegação de preliminar em recurso, nesse
caso, como o próprio nome já diz, deve vir antes das razões de mérito.
DO MÉRITO
Vencidas as preliminares (se houver), o que se admite por amor ao debate, merece
reforma a r. Sentença, eis que não foi observado a lei, as provas dos autos e a uníssona juris-
prudência, senão vejamos.
70 • capítulo 1
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer o Recorrente que esta Egrégia Turma conheça deste
recurso ordinário e dê provimento ao presente recurso, para julgar procedente ou improce-
dente a demanda, medida com a qual se estará praticando a indelével J U S T I Ç A.
Nesses termos,
Pede deferimento.
Local, Data.
Advogado
OAB
ATENÇÃO
Nesse caso, a empresa Delta deverá, por meio de seu patrono, interpor Recurso Ordinário
nos termos do art. 895 da CLT. No recurso deverão ser apontadas as regras referentes à
prova no processo do trabalho previsto no art. 818 da CLT c/c art. 333 do CPC.
capítulo 1 • 71
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NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito Processual do Trabalho. 5. ed. Rio de Janeiro:
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ROCHA, Andréa Presas. Manual de Competências da Justiça do Trabalho. Rio de Janeiro: Elsevier,
2008.
72 • capítulo 1