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- aços inoxidáveis duplex, com teores em crómio entre 18 e 30%p e em níquel entre
3 e 9%p; têm em geral adições de molibdénio; a sua matriz é composta por ferrite δ
e austenite; estes aços são mais resistentes à corrosão sob tensão que os aços
inoxidáveis austeníticos mas menos que os aços inoxidáveis ferríticos; por outro
lado apresentam uma tenacidade superior à dos aços inoxidáveis ferríticos mas
inferior à dos aços inoxidáveis austeníticos; estas propriedades representam uma
situação de compromisso útil em algumas aplicações.
A presença do níquel nos aços inoxidáveis visa aumentar a resistência à corrosão
em meios neutros ou pouco oxidantes; o níquel apresenta no entanto a
desvantagem de aumentar o custo do aço, dado o seu elevado preço; também
melhora a ductilidade e aptidão à deformação do aço, em consequência de
estabilizar o domínio austenítico à temperatura ambiente, para teores a partir de
cerca de 8%p. O molibdénio melhora a resistência à corrosão na presença de
cloretos.
A tabela seguinte resume os diferentes grupos de aços inoxidáveis:
Tabela 1 / 12
Classificação e composição dos aços inoxidáveis
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superior a 12,7%p não são austenitisáveis, mantendo-se no domínio ferrítico até à
fusão.
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mínimos de 8%) - vide secções dos diagramas de equilíbrio Fe-18%Cr-C com 4 e
8% de níquel, apresentados na figura 3 / 12.
É de reter destes diagramas que o aumento do teor em níquel de 4 para 8%
aumenta substancialmente o domínio de estabilidade da austenite, permitindo que
ligas com 8% de níquel apresentem austenite estável à temperatura ambiente,
enquanto a austenite presente nas ligas com 4% de níquel é instável, decompondo-
se sob efeito de tensões mecânicas ou do calor.
Outro aspecto importante a ter em conta é o da diminuição da solubilidade do
carbono na austenite com o abaixamento da temperatura, o que implica que os
arrefecimentos lentos destas ligas desde temperaturas de cerca de 1100°C originem
uma precipitação de carbonetos grosseiros nas juntas de grão que fragilizam a liga e
essencialmente degradam a sua resistência à corrosão, dado os carbonetos
precipitados serem ricos em crómio; a manutenção do carbono em solução exige um
arrefecimento rápido desde o campo austenítico, tratamento vulgarmente designado
por hipertêmpera.
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