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2013v5n4p386
Araújo SN, Luz MLBA, Almeida LHRB, et al. Oncological patients and the...
PESQUISA
Sarah Nilkece Araújo1, Maria Helena Barros Araújo Luz2, Lúcia Helena Rios Barbosa de Almeida3, Grazielle Roberta
Freitas Silva4, José Machado Moita Neto5, Ana Célia Mesquita Melo Araújo Costa 6
ABSTRACT
Objective: To characterize the oral mucositis in patients under oncological treatment. Method: This is a descriptive
and exploratory study with a quantitative approach, which was performed with 50 patients in a philanthropic hospital
in the city of Teresina/PI/Brazil, from August to October 2010. Results: The outcomes showed the prevalence of oral
mucositis in males and in the age groups lesser than 17 and over 60 years. The most frequent oncological diagnoses
were leukemias and aerodigestive route cancers, whose treatments were focused on chemoradiotherapy, by
predominantly determining the grades 1 and 2 of oral mucositis. The most associated chemotherapic agents with the
disease were: cisplatin, cytarabine, methotrexate, vincristine sulfate, etoposide, doxorubicin hydrochloride.
Conclusion: It is concluded that there is a need of including the nursing in fostering the preventive and controlling
actions towards the oral mucositis, in order to maintain the welfare, therapeutic response optimization and
improvement of the life quality of the oncological patient. Descriptors: Oral mucositis, Oncology, Nursing.
RESUMO
Objetivo: Caracterizar a mucosite oral em pacientes em tratamento oncológico. Método: Estudo exploratório-
descritivo com abordagem quantitativa, o qual foi realizado com 50 pacientes em um hospital filantrópico em
Teresina/PI, de agosto a outubro de 2010. Resultados: Os achados apontaram a prevalência de mucosite oral no gênero
masculino e nas faixas etárias inferiores a 17 e superiores a 60 anos. Os diagnósticos oncológicos mais freqüentes foram
as leucemias e os cânceres das vias aerodigestivas superiores, cujos tratamentos se concentravam na quimiorradiação,
determinando predominantemente graus 1 e 2 de mucosite oral. Os quimioterápicos mais associados à afecção foram:
cisplatina, citarabina, metotrexate, sulfato de vincristina, etoposídeo, cloridrato de doxorrubicina. Conclusão:
Conclui-se que há necessidade da inserção da enfermagem no fomento às ações preventivas e de controle da mucosite
oral, com vistas à manutenção do bem-estar, otimização da resposta terapêutica e melhoria da qualidade de vida do
paciente oncológico. Descritores: Mucosite oral, Oncologia, Enfermagem.
RESUMEN
Objetivo: Caracterizar la estomatitis en pacientes en tratamiento contra el cáncer. Método: Estudio descriptivo,
exploratorio, cuantitativo, con 50 pacientes en hospital de caridad de Teresina-PI, Brasil, de agosto a octubre de 2010.
Resultados: Los hallazgos señalaron prevalencia de la estomatitis en hombres y en los grupos de edad inferiores a 17 y
mayores de 60 años. Los diagnósticos de cáncer fueron las leucemias y los cánceres más frecuentes del tracto digestivo
superior, cuyos tratamientos se centraron en la quimiorradioterapia, determinando principalmente grado 1 y 2 de la
estomatitis. Los quimioterapéuticos más asociados con la enfermedad fueron: cisplatino, citarabina, metotrexato,
sulfato de vincristina, etopósido y doxorubicina clorhidrato. Conclusión: hay necesidad de inclusión de la enfermería
en la promoción de acciones para controlar y prevenir la estomatitis para el mantenimiento del bienestar, optimización
de la respuesta terapéutica y mejora de la calidad de vida de pacientes con cáncer. Descriptores: Estomatitis,
Oncología, Enfermería.
1
Graduada pela Universidade Federal do Piauí. Mestranda em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação Nível-Mestrado da
Universidade Federal do Piauí. Email: sarahnilkece@hotmail.com. 2 Docente - MSC3 do Depto de Enfermagem da UFPI - Teresina-
PIUFPI. Email: mhelenal@yahoo.com.br. 3Mestrado em Enfermagem - UFPI. Email: luciarba@oi.com.br. 4Doutor em Enfermagem.
Professor Adjunto II do Departamento de Enfermagem da UFPI. Email:grazielle_roberta@yahoo.com.br. 5Doutor em Química.
Professor Associado IV do Departamento de Química da UFPI. Email: jmoita@pq.cnpq.br. 6Enfermeira pela UNINOVAFAPI. Email:
anaceliammelo@hotmail.com.
J. res.: fundam. care. online 2013. set./dez. 5(4):386-95
386
ISSN 2175-5361 DOI: 10.9789/2175-5361.2013v5n4p386
Araújo SN, Luz MLBA, Almeida LHRB, et al. Oncological patients and the...
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A coleta de dados ocorreu de setembro a predominou nos sujeitos do estudo, com um
outubro de 2010 com abordagem dos pacientes por percentual de 54% referente ao Ensino
meio de aplicação de formulário estruturado e a Fundamental. No tocante à renda familiar,
realização de um exame físico da mucosa oral, observou-se que a maioria não era assalariada
para submissão na Escala de Graduação da (64%).
Mucosite Oral, proposta pela OMS, mediante a
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Tabela 2. Caracterização dos pacientes com
Esclarecido, pelo sujeito ou responsável, e demais mucosite oral em relação ao tipo de câncer e
exigências da Resolução 196/964, conforme tratamento oncológico implementado (n=50).
aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Teresina/PI, 2010.
Universidade Federal do Piauí, sob CAAE nº
0207.0.045.000-10).
Os dados obtidos foram submetidos à
análise descritiva por meio do programa de
computador Statistical Package for the Social
Sciences - SPSS (versão 17.0) e discutidos com base
na literatura especializada.
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aguda não-especificada atingiu 6% da amostra.
Outros tipos de cânceres, como as neoplasias
ósseas, gástricas, Tumor de Wilms, linfomas de
Burkit e Hogdkin, representaram os diagnósticos
presentes em 14% dos pacientes portadores de
mucosite.
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foi fator preponderante para interrupção da efeitos deletérios dos tratamentos oncológicos,
terapêutica, contra 18% dos pacientes que tiveram como as afecções orais.
seus tratamentos oncológicos protelados para fins A maioria dos sujeitos não era assalariada,
de tratamento primário da mucosite oral. Nesse do que se denota que, excluindo-se o público
último caso, 66,7% deles eram portadores de infantil, economicamente inativo, a situação
mucosite oral em grau 4, enquanto uma pequena financeira dos pacientes parece limitada, o que
parcela de 9,1% possuía mucosite de grau 1. dificulta o custeio de recursos para tratamento e
Analisando o perfil sociodemográfico dos de suas intercorrências. Além disso, o grau de
sujeitos, observou-se que a mucosite foi mais instrução era precário, com a maior parte da
incidente em homens, embora estatísticas amostra detendo apenas o Ensino Fundamental.
confirmem que as mulheres são mais afetadas de Baixa renda e escolaridade são variáveis que
uma maneira geral pelo câncer no Brasil, interferem na adesão de medidas preventivas e
compondo um cenário para 2012 de 3.340 casos de condutas terapêuticas por parte dos pacientes. O
câncer contra 2.830 em homens.5 Entretanto, as uso de técnicas em educação continuada, que
(5)
mesmas estatísticas apontam, para o estado adotem linguagens alternativas para o público-
pesquisado, uma prevalência de cânceres das vias alvo, é fundamental para tornar o sujeito ativo em
aerodigestivas no sexo masculino, em decorrência seu processo de cura. Como por exemplo, a
de hábitos etilistas e tabagistas, principalmente. abordagem às crianças por meio de brinquedos
Esse fato estreita a relação entre sexo e mucosite terapêuticos e a educação continuada em saúde,
oral, visto que nestes tipos de cânceres das vias que aborde uma linguagem acessível e
aerodigestivas, os tratamentos propiciam maior compreensível a todos os estratos sociais; sendo
exposição e deteriorização da mucosa do trato que é imprescindível envolver o indivíduo nesse
gastrointestinal, determinando um maior número processo educativo, considerando o seu
de casos de mucosite. conhecimento sobre o processo saúde-doença e
Em relação à faixa etária, observaram-se associando-o à sua concepção de mundo, valores,
crianças, adolescentes e idosos como os mais atitudes e crenças da sociedade.8
atingidos pela afecção em pauta. Como se pode Averiguando-se o aspecto clínico dos
confirmar na literatura, as crianças e adolescentes sujeitos, observa-se a alta incidência das
são mais frequentemente vítimas da mucosite, pela leucemias, principalmente a LLA, nos dados
alta proliferação da mucosa basal e variação da apresentados, que pode ser explicada pela
6
resistência. Além disso, os tipos de câncer quantidade de crianças abordadas neste estudo,
predominantes na infância são os hematológicos, visto que a leucemia é a neoplasia mais comum na
como as leucemias e os linfomas, que por si só infância, ocorrendo predominantemente na faixa
causam supressão da medula óssea e, portanto, etária de 0 a 14 anos, sendo rara em adultos. A LLA
tendem a estar associados às complicações bucais corresponde a 85% de todas as leucemias, atingindo
7
com frequência elevada. Em relação aos idosos, 1/25.000 indivíduos por ano.9 O tratamento
estes são também vítimas comuns da mucosite, quimioterápico pode resultar em múltiplas
principalmente pela debilidade de seu sistema complicações, incluindo anemia, infecções e a
imunológico e por comporem na faixa etária em mucosite oral. Por conta da imunossupressão da
5
que o câncer é mais prevalecente. Dessa forma, medula óssea, causada pelas leucemias, os
esses indivíduos, por serem mais susceptíveis à pacientes portadores desenvolvem problemas
carcinogênese, são também mais vulneráveis aos
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bucais duas a três vezes mais frequentemente que aceita pelos especialistas, porque possibilita não só
pacientes com tumores sólidos.10 a redução do volume tumoral, mas também o
Foram expressivos os números em relação aumento do suprimento sanguíneo e o aporte de
aos cânceres das vias aerodigestivas, cabeça e oxigênio, tornando os pacientes mais susceptíveis a
pescoço, boca e língua. Isso ocorre devido às outros tratamentos oncológicos. Dessa forma,
neoplasias que atingem os tratos respiratório e tendo em vista a relação custo-benefício, elege-se
digestivo superiores, devido à alta taxa de a quimiorradiação como tratamento de escolha
renovação celular e à baixa radiorresistência das para a maioria das neoplasias, a despeito dos
células do epitélio dessas áreas, respondem efeitos colaterais secundários.15
precocemente aos efeitos tóxicos da radiação e aos Em relação aos graus da mucosite, é
11
quimioterápicos a que ficam expostas. Esses importante atentar que sua avaliação ocorre a
cânceres têm em comum o tratamento à base de partir de sinais e sintomas apresentados pelo
radioterapia, com campo de ação na cabeça e paciente oncológico, como a presença de eritema e
pescoço, o que expõe de forma importante a lesões, isoladas ou concomitantes a queixas, tais
mucosa oral. Pacientes irradiados em região de como: dor e dificuldade de deglutição.16 Assim,
cabeça e pescoço sofrem comumente alterações pode-se inferir dos dados que quanto mais exposta
orais e na gustação, devido à xerostomia e disfagia, a mucosa oral for a agentes antineoplásicos e a
o que interfere diretamente em suas atividades irradiação, maior a degradação de suas células
diárias.12 basais e, consequentemente, mais evidente será a
Considerando os pacientes com um mesmo manifestação dos sinais e sintomas característicos
grau de mucosite, esta se manifesta, dos graus mais acentuados de mucosite.
principalmente, quando há a combinação de Reportando-se à Tabela 4, pode-se observar
radioterapia e quimioterapia no tratamento a incidência de mucosite oral associada,
oncológico. Estudo similar13 atesta que a principalmente, aos compostos da platina, como a
ocorrência da mucosite bucal varia de 40 a 60% em cisplatina; antimetabólicos, como a citarabina e
pacientes submetidos à quimioterapia. Nos metrotexate, alcalóides, como o sulfato de
pacientes sob condicionamento para transplante de vincristina e etoposídeo, e cloridrato de
medula óssea, esse valor pode chegar a 75%; em doxorrubicina.
tratamento de radioterapia de cabeça e pescoço, o Quando se considera tratamento
percentual fica em torno de 50% e, quando o quimioterápico isolado, a frequência de incidência
tratamento quimioterápico é associado à de mucosite é de 40%, sendo essa média variável
radioterapia, esse valor pode atingir 90% de de acordo com o tipo e a dose do quimioterápico
ocorrência. usado. A mucosite quimio-induzida varia de 40 a
A radioterapia associada à quimioterapia 76% para pacientes tratados com quimioterapia
para tratamento de câncer é potencialmente padrão e de alta dose, respectivamente.17 Agentes
tóxica para as células da mucosa oral, dificultando quimioterápicos mais freqüentemente associados
a deglutição, limitando a fala e a mastigação, além ao desenvolvimento da mucosite oral são os
de expor o paciente às infecções causadas por alquilantes, antimetabólicos e as antraciclinas.18
microrganismos oportunistas, resultando na Estudo semelhante elencou como as drogas
14-12
diminuição da qualidade de vida. Entretanto, mais desencadeantes de mucosite oral: citarabina,
mesmo com tantos efeitos adversos, a metrotexate, sulfato de vincristina e, além dessas,
quimiorradiação é a conduta terapêutica mais o fluorouracil e a vinblastina.19 A cisplatina foi
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observada induzindo mucosite oral, pode traçar, previamente à submissão do
20
principalmente, quando associada à radioterapia. tratamento, um plano de cuidados específico para
Já outro trabalho relevante considera que altas cada cliente, com vistas a interromper o curso dos
doses de etoposídeo causam as mais severas formas efeitos deletérios e fomentar sua qualidade de
21
de mucosite. Enquanto pesquisa com a mesma vida. Identificar diagnósticos de enfermagem,
temática cita que as lesões orais são mais como risco de integridade de mucosa oral
determinadas por metrotexate, por conta de seu prejudicada, instaurar intervenções e avaliar o
mecanismo de ação, que afeta a síntese de DNA e resultado destas fazem refletir a boa qualidade da
provoca um dos efeitos mais pronunciados de assistência e a acreditação dos serviços que lidam
estomatotoxicidade.22 com o público oncológico.25
Denota-se que a variedade de
De acordo com a análise destes trabalhos,
quimioterápicos utilizados foi inversamente
pode-se observar uma similaridade nos resultados
proporcional ao grau da mucosite oral, visto que,
pertinentes às drogas consideradas mais
nas mucosites de graus 1 e 2, pode-se observar a
desencadeadoras de mucosite oral pelos estudiosos
incidência de 12 antineoplásicos diferentes, em
com os achados desta análise. Todavia,
cada, enquanto que esse número cai para 8
independente do antineoplásico eleito, é
quimioterápicos diferentes na mucosite de grau 3 e
importante entender que todos os pacientes,
para 6 tipos de antineoplásicos na mucosite de grau
expostos à quimioterápica isolada ou não, estão
4.
susceptíveis a reações como a mucosite oral. Isso
Esse dado é relevante para se entender que
ocorre porque a elevação da concentração dos
a mucosite oral vai adquirindo um grau maior de
quimioterápicos na saliva aumenta a toxicidade na
severidade de acordo com o volume da dose e do
mucosa, resultando em redução do volume salivar,
tipo de quimioterápico, e com a variedade de
alteração da microbiota oral e diminuição do nível
medicações. A dose, o tipo de quimioterápico e o
de imunoglobulinas salivares.23
tempo de administração são preditivos no
A formação dos radicais livres pela desencadeamento da mucosite oral e não a
quimioterapia antineoplásica, embora indesejada, variedade de drogas.19
é necessária, pois é parte do mecanismo de ação Pode-se entender que a mucosite é uma
destas drogas. A maioria dos agentes antiblásticos afecção limitante do tratamento oncológico, já que
interfere na síntese de Ácido Desoxirribonucleico é capaz de interromper sua continuidade. Pode-se
(ADN) e Ácido Ribonucleico (ARN) de proteínas ou inferir ainda que a interferência na terapia
no funcionamento adequado de moléculas pré- oncológica é proporcional ao grau da mucosite, já
formadas. Esse fato proporciona a liberação de que quanto maior a graduação, maior é o
várias substâncias tóxicas ao organismo, que comprometimento oral e sistêmico do paciente, em
afetam células sadias de tecidos de rápida decorrência das hemorragias, dores e da restrição
proliferação celular, como as células da mucosa da dieta, o que promove debilidade nutricional e
oral. Os efeitos colaterais mais frequentes são: imunológica. Além disso, representa fator de risco
mielodepressão, alopecia e alterações para sepse em pacientes neutropênicos,
gastrointestinais e orais, como a mucosite.24 aumentando quatro vezes o risco relativo para tal
Conhecendo a fisiopatologia da quadro23-25, podendo influenciar negativamente no
estomatotoxicidade e os agentes antineoplásicos índice de remissão e sobrevida dos pacientes.26 As
mais indutores de mucosite oral, o enfermeiro alterações de paladar, devido às lesões das papilas
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gustativas pela radiação e quimioterápicos, intervenções de enfermagem devem se centralizar
influenciam a ingestão alimentar e contribuem na adaptação e na reação dos pacientes aos
para a piora do perfil nutricional, geralmente, já agravos.30 O enfermeiro, a despeito da sobrecarga
abalado pela doença de base.27 emocional própria do paciente oncológico, deve
exercer sua resiliência para prestar uma assistência
É importante destacar que, além da
blindada de questões emocionais intervenientes.31
interferência no tratamento oncológico, a mucosite
oral se torna impactante para os sistemas de
saúde. Esta afecção é onerosa, em virtude da
possibilidade de prolongamento dos dias de
CONCLUSÃO
internações, associado a infecções locais e
sistêmicas, custos com medicamentos de suporte, Pelos dados discutidos, é inegável a
tais como: opióides e anti-inflamatórios e materiais relevância da afecção de mucosite oral como fator
de consumo. impactante da qualidade de vida do paciente
oncológico. Portanto, traçar resultados e
O agravante desse quadro é a notável
indicadores reais, que norteiem a prática do
omissão ou desconhecimento de enfermeiros diante
enfermeiro frente aos casos de mucosite e que
da problemática. Estudo sobre práticas de
exponham a gravidade da problemática, é o
profissionais de enfermagem em saúde oral de
primeiro passo para se estabelecer uma assistência
crianças hospitalizadas com câncer apontou a
que incorpore a qualidade técnica e, sobretudo, a
ausência de protocolos de higienização bucal e
prática do cuidado legítimo de enfermagem,
prevenção de agravos orais decorrentes do
lançando mão de traços empáticos, humanísticos,
tratamento oncológico.28 Intervenções são
que instiguem a sensibilidade dos sujeitos
prescritas de forma empírica sem um embasamento
envolvidos no cuidado. Instrumentalizar a prática
em evidências científicas, visto que boa parte dos
do enfermeiro com trabalhos que tracem o perfil
profissionais pesquisados no estudo demonstrou
de afecções e do público acometido é uma forma
não ter apropriação de rotinas de saúde bucal.
de aproximar o laboral do científico e dar subsídios
que vislumbra o paciente como ser dinâmico e agudas na infância. Rev Assoc Med Minas Gerais.
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