Você está na página 1de 5

TEORIA SOCIAL I

Ementa
Em grande medida, a teoria sociológica contemporânea se constrói a partir dos
debates em torno das apropriações e limites epistemológicos do que se
configurou como autores clássicos. Desse modo, o curso tem como objetivo
apresentar um panorama seguindo questões-chave próprias da trama da
disciplina e a originalidade de leituras dessas questões entre autores do século
XX à luz de novas realidades empíricas e novos contextos teóricos.

Introdução: avançar a partir dos clássicos


ALEXANDER, Jeffrey. (1999), “A importância dos clássicos”. Em: GIDDENS,
Anthony; TURNER, Jonathan (orgs). Teoria social hoje. São Paulo, Unesp,, pp.
23-‐89.

DUBET, François. (2007), “Why Remain ‘Classical’?”.European Journal of Social


Theory, vol. 10, n. 2, pp 247–260.

I. Karl Marx (1818-‐1883)


I.1 Questões-‐chave revisitadas: ideologia, classe, consciência de classe

MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. (2007[1846]), A ideologia alemã: Crítica da


mais recente fi-losofia alemã em seus representantes Feuerbach, B. Bauer e
Stirner, e do socialismo ale-mão em seus diferentes profetas. São Paulo,
Boitempo, pp. 29-‐95.

________. (2011[1852]), O 18 de Brumário de Luís Bonaparte. São Paulo,


Boitempo, pp. 23-154.

________. (2013[1867]), “A assim chamada acumulação primitiva”. Em: O


capital: Critica da economia política, livro 1: O processo de produção do
capital. São Paulo, Boitempo, pp. 785-‐833.

I.2 E.P. Thompson (1924-‐1993)

THOMPSON, E.P. (1987[1963]), A formação da classe operária inglesa, vol. I,


Prefácio, Cap. 1 “Número ilimitados de membros”, Cap. 2 “O cristão e
demônio” e Cap. 5 “Plantando a ár-vore da liberdade”. Rio de Janeiro, Paz e
Terra.

________, A formação da classe operária inglesa, vol. III, Cap. 4 “Consciência


de classe”. Rio de Janeiro, Paz e Terra.
________. (1998[1991]), “A economia moral revisitada”. Em: Costumes em
comum: Estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo, Companhia das
Letras, pp. 203-‐266.

SEWELL JR., William. (1990), “How Classes Are Made: Critical Reflections on
E.P. Thompson’s

Theory of Working-‐Class Formation”. EM: KAYE, Harvey J.; MACCLELLAND,


Keith (orgs).

E.P. Thompson’s, Critical Perspectives. Londres, Polity Press, pp. 50-‐77.

II. Emile Durkheim (1858-‐1917)


II.1 Questões-‐chave revisitadas: ordem social e representações sociais

DURKHEIM, Émile. (1995[1893]) Da divisão do trabalho social. São Paulo,


Martins Fontes, pp. 1-‐282.

________. (2003[1912]), As formas elementares da vida religiosa. São Paulo,


Martins Fontes, pp. V-‐XXVII; pp. 189-‐249; pp. 457-‐498.

________. (1975[1914]), “O dualismo da natureza humana e suas condições


sociais”. Em: A ciência social e a ação. Lisboa, Bertrand, pp. 289-‐303.

Leitura complementar:

LUKES, Steven. (2009), “Durkheim e a tese da desintegração”. Em:


MASSELLA, Alexandre Braga et alii (orgs). Dukheim: 150 anos. Belo Horizonte,
Argumentum, pp. 21-‐38.

II.2 Karl Polanyi (1886-‐1964)

POLANYI, Karl. (2011[1944]), “O moinho satânico”. Em: A grande


transformação: As origens de nossa época. São Paulo, Campus/Elsevier, pp.
33-‐141.

________. (1992[1968]), “The Economy as Instituted Process”. Em:


GRANOVETER, Mark; SWEDBERG, Richard (orgs). The Sociology of
Economic Life. São Francisco/Oxford, Westview, pp. 29-‐51

GRANOVETER, Mark. (1985), “Economic Action and Social Structure: The


Problem of Embed-dedness”. American Journal of Sociology, vol. 91, n. 3.

II.3 Erving Goffman (1922-‐1982)

GOFFMAN, Erving. (2002[1959]), A representação do eu na vida cotidiana.


Petrópolis, Vozes, pp. 25-‐75; 191-‐217.
________. Ritual de interação: Ensaios sobre o comportamento face a face.
Petrópolis, Vo-zes, pp. 13-‐50.

Leitura complementar:

JOSEPH, Isaac. Erving Goffman e a microssociologia. Rio de Janeiro, Editora


FGV.

III. Max Weber (1864-‐1920)


III.1 Questões-‐chave revisitadas: ação social, sentido e racionalidade

WEBER, Max. (2001, [1904]), “A ‘objetividade’ do conhecimento na ciência


social e na ciência política”. Em: Metodologia das ciências sociais. Campinas,
Cortez, pp. 107-‐154. ________. (2004 [1910]), Economia e sociedade:
Fundamentos da sociologia compreensiva, vol. 1. Brasília/São Paulo, Editora
UnB/Imprensa Oficial, pp. 3-‐35.

________. (2007 [1904]), A ética protestante e o ‘espírito’ do capitalismo. São


Paulo, Com-panhia das Letras, pp. 29-‐69; pp. 141-‐167.

III.2. Talcott Parsons e a estrutura da ação social

PARSONS, Talcott. (2010[1937]), “A emergência de uma teoria voluntarista da


ação a partir da tradição idealista”. Em: A estrutura da ação social: Um estudo
de teoria social com especial referência a um grupo de autores europeus
recentes, vol. 2: Weber. Petrópolis, Vozes, pp. 656-‐876.

III.3. C. Wright Mills, a linhagem dos motivos e o accountability social

WRIGHT MILLS, Charles. (1940), “Situated Actions and Vocabularies of


Motives”. American Sociological Review, vol. 5, n. 6, pp. 904-‐913.

SCOTT, Marvin B. e LYMAN, Stanford M. (1968), “Accounts”. Dilemas: Revista


de Estudos de Conflito e Controle Social, vol. 1, n. 2, pp. 139-‐172.

IV. George Herbert Mead (1863-‐1931)


IV.1 Questões-‐chave revisitadas: Self, situacionismo, interacionismo,
construcionismo

MEAD, George H. (1934), “The Self”. Em: Mind, Self, and Society from the
Standpoint of a Social Beheaviorist. Chicago, University of Chicago Press, pp.
135-‐225

PEIRCE, Charles Sanders. (1977 [1893]), “Algumas consequências de quatro


incapacidades”. Em: Semiótica. São Paulo, Perspectiva, pp. 259-‐282.
IV.2. Labeling Theory

BECKER, Howard S. (2008[1963]), Outsiders: Estudos de sociologia do desvio.


Rio de Janeiro, Zahar, pp. 15-‐49; 129-‐169; 179-‐207.

GOFFMAN, Erving. (1988[1963]), Estigma: Notas sobre a manipulação da


identidade deterio-rada. São Paulo, LTC, pp. 11-‐115.

Leitura complementar:

WERNECK, Alexandre. (2014), “Teoria da Rotulação”. In: LIMA, Renato Sérgio


de; RATTON, José Luiz; AZEVEDO, Rodrigo (orgs). Crime, Polícia e Justiça no
Brasil. São Paulo, Contexto, pp. 105-‐116.

V. A questão agência x estrutura rediscutida


V.1 Questões-‐chave revisitadas

SZTOMPKA, Piotr. (2014), “Evolving Focus on Human Agency in Contemporary


Social The-ory”. Em: SZTOMPKA, Piotr (org). Agency and Structure: Reorienting
Social Theory. Lon-dres/Nova York: Routledge, pp. 25-‐60.

RITZER, George; GINDOFF, Pamela. (2014), “Agency-‐structure, micro-‐macro,


individualism-holism-‐relativism: A metatheoretical explanation of theoretical
convergence between the

United State and Europe”. Em: SZTOMPKA, Piotr (org). Agency and Structure:
Reorienting Social Theory. Londres/Nova York: Routledge, pp. 3-‐24.

REIS, Elisa. “The Double Representation of the Actor in Theoretical Tradition:


Durkheim and Weber”. Em: SZTOMPKA, Piotr (org). Agency and Structure:
Reorienting Social Theory. Londres/Nova York: Routledge, pp. 63-‐81.

V.2 Pierre Bourdieu (1930-‐2002) e o estruturalismo construtivis-


ta/construtivismo estruturalista

BOURDIEU, Pierre. (1983[1972]), “Esboço de uma teoria da prática”. Em:


ORTIZ, Renato (org). A sociologia de Pierre Bourdieu. São Paulo, Ática, pp.
39-‐81.

________. (2007[1979]), “O espaço social e suas transformações”. Em: A


distinção. Porto Alegre, Zouk, pp. 95-‐160.

V.3 Anthony Giddens (1938-‐) e a teoria da estruturação


GIDDENS, Anthony. (2009[1984]), A constituição da sociedade. São Paulo,
Martins Fontes, pp. 1-‐128.

Você também pode gostar