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Banca Examinadora:
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Jose Bolivar Vieira da Rocha, Prof. Dr.
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Cassio Barreto, Prof. Dr.
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Carlos H. Porto, Prof. Dr.
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Carlos Alberto
Coordenador de Administração
Agradecimentos
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Resumo
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Lista de Figuras
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Lista de Tabelas
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Sumário
1 – Apresentação 09
2 – Propósito da empresa (Company Purpose) 12
3 – Problema (Problem) 12
4 – Solução (Solution) 13
5 – Porque agora (Why now) 15
6 – Tamanho do mercado (Market size) 20
7 – Concorrentes (Competition) 21
8 – Produto (Product) 24
9 – Modelo de negócio (Business model) 25
10 – Equipe (Team) 26
11 – Financeiro (Financials) 26
12 – Conclusão 30
13 – Referências 31
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1. Apresentação
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II) Onde fisicamente está seu produto. Basicamente, para empresas digitais
será a forma como seu produto chega até o cliente, seja explicando para o
investidor como é a sua infraestrutura tecnológica, e caso seja um e-
commerce, como a logística de entrega é feita. Caso a empresa seja física,
aqui também será tratado.
III) Casos de uso. Demonstre através de exemplos como seu produto pode, ou
deve, ser usado.
Por quê agora?
I) Evolução histórica do seu mercado. É sempre interessante demonstrar para
quem estiver acessando sua apresentação os passos pelos quais o mercado
que deseja atingir atravessou até chegar neste presente momento.
II) Tendências que permitem sua solução ser possível. O que ocorreu
recentemente no mercado para que seu produto possa ser comercializado
através de um modelo de negócios de sucesso?
Tamanho do Mercado
I) Quem é seu cliente. Novamente a teoria do Customer Development deve ser
aplicada. É fundamental entender que tipo de cliente você deseja atingir.
II) Calcule TAM, SAM e SOM. A ideia aqui, neste modelo sugerido
pela Sequoia Capital, é calcular alguns números que irão definir o tamanho do
mercado em que estará entrando. Não tem problema caso o setor não seja
bilionário, mas é importante saber se existe uma demanda já estabelecida, ou
se será o caso de alguma solução que construa um novo tipo de mercado.
Competidores
I) Quem são seus competidores? Aqui é importante uma análise bem feita dos
seus competidores, com dados acerca de crescimento, investimentos e seus
pontos fortes e fracos. É fundamental uma análise apurada, mostrando que seu
setor está se destacando, então não se preocupe em expor a força dos
concorrentes.
II) Vantagens Competitivas. O que destaca seu produto da concorrência?
Existem algumas formas, como maior desempenho, menor custo, design, entre
outros. Cabe a você realizar uma análise demonstrando como esses aspectos
podem se tornar uma vantagem para sua empresa frente à concorrência.
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Produtos
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2. Propósito da empresa (Company Purpose)
3. Problema (Problem)
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saudáveis, tanto por orientação de profissionais da área de saúde, como pelo
fato das pessoas estarem cada dia mais preocupadas com sua saúde e bem
estar.
4. Solução (Solution)
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potencializará a rotatividade do restaurante.
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5. Porque agora (Why now)
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produzidos, antes de realizarem suas opções. A tendência de alimentos
associados à saúde já constitui um ramo significativo e em ascensão, tanto que
empresas multinacionais de alimentação, tais como Mc Donald’s e Subway, já
adotam medidas em seus planejamentos estratégicos com a finalidade de
acompanhar tais mudanças. Também estão em evidência, entre os produtos
saudáveis, os orgânicos, cultivados e produzidos sem agrotóxicos e que, nos
Estados Unidos da América, crescem 17% ao ano, conforme dados da Apex
(Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). São
produtos cujo custo de produção é maior, e o cultivo dificilmente ocorre no
modelo plantation, fomentando e incentivando os pequenos agricultores,
consequentemente agregando o valor percebido pelos consumidores. Essa
tendência vai ao encontro do fair trade, cujo custo superior é admitido em
virtude de serem socialmente e economicamente corretos. É evidente a
estratégia de segmentação no Brasil, não em proporção e intensidade dos
países desenvolvidos, mas com relativa importância econômica e estratégica,
uma vez que as primeiras empresas que se posicionarem nesse sentido
poderão usufruir da vantagem do pioneirismo dentro do mercado.
O consumo de frutas, legumes e verduras é incentivado pela
OMS (Organização Mundial da Saúde), que recomenda consumo diário de
mais de 400 gramas de frutas e vegetais.
Segundo Barreto (2005), a disponibilidade de alimentos no Brasil vem
aumentando nas últimas décadas. Em 1965 era de 2.330 kcal por pessoa/dia,
já em 1997 aumentou para 2.960 kcal. O aumento da disponibilidade foi
positivo em termos de garantia energética, porém tal evolução no sentido da
composição da alimentação não foi. No mesmo período houve decréscimo na
disponibilidade de cereais (de 36% para 31%) e leguminosas (de 12% para
6%), e aumento na disponibilidade de açúcar, carnes, óleos vegetais, leites e
ovos. Essa tendência fortalece a questão da obesidade e demais problemas de
saúde advindos de uma refeição desbalanceada.
A pesquisa Vigitel (Vigilância de fatores de risco e proteção para
doenças crônicas por inquérito telefônico), que abrangeu 26 capitais e a capital
do Distrito Federal, com amostra de 54.353 pessoas no Brasil, aliada a
pesquisas de fontes secundárias diversas, mostra uma redução no consumo de
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carne com gordura, aumento no consumo de frutas e hortaliças e crescimento
do mercado de produtos orgânicos. De acordo com o Grupo Pão de Açucar e
Walmart, atingiram 40% no primeiro trimestre de 2009 em relação ao mesmo
período de 2008.
“Mudanças nos hábitos alimentares têm sido observadas em
diversos países. Essas mudanças estão associadas, dentre outros fatores, ao
sistema de desenvolvimento da distribuição e produção de gêneros
alimentícios e ao fenômeno da urbanização, influenciando o estilo de vida e a
saúde da população (MONDINI & MONTEIRO, 1994; OLIVEIRA, 1997).”
Juntamente a essa mudança no consumo de alimentos saudáveis,
podemos ver que o setor de alimentação fora do lar, ou fora do domicílio,
registra atualmente cerca de um milhão de empresas entre bares, restaurantes,
padarias e lanchonetes, sendo responsável por 2,4% do PIB (Produto Interno
Bruto) brasileiro. Em 2008, o faturamento total foi de cerca de R$ 50 bilhões,
com crescimento de 5% em relação ao ano anterior. O brasileiro gasta em
média 26% do orçamento com alimentação fora do lar, sendo esta uma das
poucas atividades econômicas presentes em todos os municípios e vilarejos do
País. Dentro de 20 anos, este percentual deve superar os 40%.
Vários estudos revelam mudanças de hábitos em relação à saúde na
vida moderna. O Brasil é um dos países em destaque no levantamento por sua
preocupação com a alimentação correta, adoção de hábitos mais saudáveis e
‘fé no pensamento positivo’, como mostra, por exemplo, o livro My Body,
Myself, Our Problem: Health and Wellness in Modern Times (“Meu Corpo, Eu
Mesmo, Nosso Problema: Saúde e Bem-estar nos Tempos Modernos”, em
tradução livre).
“Realizado pela Euro RSCG Worldwide em parceria com o instituto
Market Probe International em 19 países, o levantamento investiga essa nova
realidade através de tópicos como a percepção do consumidor em relação à
saúde, noções de alimentação, senso de controle de doenças e a influência
dos hábitos e da alimentação para manutenção da boa saúde.
O resultado traz uma surpresa. As pessoas não só estão vivendo
mais, como se sentem responsáveis pelo seu bem-estar, preocupam-se com a
qualidade de vida que têm e se esforçam para ter hábitos saudáveis. E entre
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esses novos consumidores de saúde, o brasileiro se destaca. Depois de
conquistar longevidade (a expectativa de vida média no Brasil aumentou de
45,5 anos em 1940 para 72,86 anos em 2008), o brasileiro agora busca
qualidade de vida.
No Ranking de Bem-Estar Mundial elaborado pelos pesquisadores, o
Brasil ocupa o quarto lugar entre os países melhor auto avaliados. Para chegar
a essa conclusão, foi pedido que os pesquisados dessem nota a cinco
aspectos de suas vidas usando o seguinte critério: A para “excelente”, B para
“bom”, C para “médio/aceitável”, D para “pobre” e F para “falho”.
Os entrevistados brasileiros disseram que sua saúde física estava de
bom para ótimo (B+), seu controle de peso era bom (B), sua saúde mental era
excelente (A-), sua gestão de estresse era boa (B) e sua felicidade transitava
entre o bom e o ótimo (B+). O desempenho do Brasil ficou acima da média
global, que classificou a saúde mental como B+, a felicidade como B, a saúde
física como B, e a gestão de estresse e o controle de peso como B .
Quando o assunto é preocupação com a nutrição, o brasileiro volta a se
destacar. Ao serem questionados se concordavam com a afirmação “Eu estou
muito mais consciente do valor nutricional/saudável dos alimentos que eu
consumo do que antes”, 77% dos brasileiros afirmaram que sim, 9% disseram
que não e os outros 14% não responderam a questão.
Um índice que coloca o Brasil na terceira posição no ranking mundial. A média
global é de 65% de concordância e 9% de discordância da sentença.
O Brasil também é o terceiro país que mais considera os alimentos
importantes para uma vida saudável. Oitenta por cento dos brasileiros disseram
acreditar que a alimentação é tão eficaz quanto os remédios na manutenção da
saúde. E 71% se declararam de “moderada a extremamente preocupados” com
sua segurança alimentar.
No Brasil, a preocupação com alimentação saudável chega a 71% da
amostra - um número altamente significativo. Além disso, 77% dos brasileiros
concordam com a afirmação “que estão mais conscientes do valor nutricional
dos alimentos” contra apenas 65% da média global. Entretanto, apenas 51%
dizem que confiam na indústria para prover os consumidores de alimentos
saudáveis.”
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De acordo com dados retirados do SEBRAE, o ramo da alimentação
saudável é uma excelente oportunidade de negócio, uma vez que:
“•O setor de alimentação saudável teve um crescimento de 870% nos últimos
10 anos.
•A proporção de jovens com sobrepeso quadruplicou nos últimos trinta anos e
chegou a 14% na faixa etária dos 8 aos 18 anos. A causa, principalmente, é a
vida sedentária e o excesso de comida industrializada, rica em farináceos e
gorduras. O efeito perverso desse ganho precoce de peso é o aumento das
doenças cardiovasculares e do diabetes
•40% da população brasileira estão acima do peso.
•De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, 30% dos brasileiros têm
colesterol acima do nível recomendado (200
miligramas por decilitro de sangue).
• 80% dos jovens afirmam em pesquisas procurar alimentos mais saudáveis e
naturais.
•35% dos domicílios brasileiros consomem produtos diet e light.
•21% consomem produtos orgânicos.
•47% não deixam de consumir produtos saudáveis por causa do preço.
•Em São Paulo, o mercado de produtos light e diet movimentou, em 2006, US$
3,6 bilhões e já representa 5% do total das vendas de
alimentos. A expectativa é que o setor continue crescendo a altas taxas (acima
de 10% ao ano).”
Com todas essas constatações, não podemos negar que no Brasil a
busca pela qualidade de vida e bem estar é uma preocupação cada vez mais
presente no conjunto da sociedade, pois as pessoas estão cada vez mais
conscientes da necessidade de cuidar da sua saúde e de seu bem estar.
Podemos perceber que o ramo de restaurantes que trabalham com
alimentação saudável está inserido tanto na tendência da ‘saúde e bem estar’
como no aumento da procura por refeições fora do lar, o que nos leva a
concluir que é uma excelente oportunidade de negócio empreender nesse
ramo.
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Um case de sucesso nesse ramo é o Justfalafel, que a partir de um
único restaurante em Abu Dhabi se tornou a maior franquia de falafel no
mundo, com acordos assinados com o compromisso de desenvolver mais de
720 pontos de venda em 19 países diferentes. O falafel foi criado há mil anos,
começou como um alimento nutritivo, vegetariano, consumido no Oriente Médio
durante o mês de jejum. Com o tempo, ele também se tornou um prato popular,
prato principal e um rápido lanche casual. O restaurante Justfalafel trabalha
com uma receita 100% vegetariana, usa favas de alta qualidade, grão de bico,
sementes de chia, cebola e alho com uma mistura especial de especiarias que
inclui cominho, coentro, erva-doce, canela e hortelã. Os falafels da Justfafael
são naturalmente sem glúten e cheios de proteína vegetal.
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7. Concorrentes (Competition)
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Dom Salada: Localizado no centro da cidade, dispõe de um lugar muito
agradável, além do espaço físico, trabalha com delivery e tem um
cardápio bastante variado.
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Mil Folhas: Localizado na principal via da cidade e em uma área nobre,
recém inaugurado, conta com um cardápio variado e além do espaço
físico, trabalha com o delivery.
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O restaurante ‘Saladeria Gourmet tem como diferencial competitivo a
localização que proporciona fácil acesso ao local, consultoria de um
nutricionista para auxiliar na confecção do cardápio e escolha dos ingredientes,
exposição de placas informativas, contendo a descrição dos ingredientes e
valor calórico dos pratos servidos pelo restaurante, divulgação do cardápio
semanal, serviços de entrega diferenciados em domicílios e escritórios,
tecnologia de ponta na confecção da página da internet, exploração do
restaurante para a venda de produtos relacionados à alimentação saudável,
como produtos naturais e orgânicos, sobremesas light, etc., parcerias com
academias e lojas de suplementos.
8. Produto (Product)
Saladas:
Sanduiches:
Pratos quentes:
Pratos pós-treino:
Insetos:
Bebidas proteicas:
Sobremesas:
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saudáveis, além de atender também as necessidades de quem gosta de
praticar esportes.
O restaurante irá consolidar-se, no fornecimento de refeições
saudáveis, como uma empresa de elevadíssimo grau de qualidade e preço
justo para o consumidor, expandindo seu mercado na área comercial de Natal
e posteriormente em outros municípios da região, obtendo retorno financeiro
de curto prazo e lucratividade operacional positiva, sendo líder de mercado no
segmento de alimentos saudáveis na região metropolitana de Natal em 5
anos.
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marketing atraindo a clientela, o que possibilitará o aumento da receita
operacional, conquistando o mercado consumidor local, produzindo refeições
de excelente qualidade e preço justo e adotando em sua política de marketing
a valorização da imagem do produto a ser vendido.
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Tabela 3 – Custos fixos relacionados a móveis e utensílios
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Tabela 5 – Total dos investimentos fixos
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Tabela 8 – Investimentos pré-operacionais
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A tabela 10 revela o demonstrativo de resultado, onde se destaca que o
negócio irá obter um lucro aproximado de 4% ao ano. A tabela 11 traz os
indicadores de viabilidade do empreendimento, onde se estima que o prazo
para retorno do investimento seja de 6 meses.
12. Conclusão
Empreender vem sendo uma atividade cada vez mais constante no país.
Entretanto, um dos grandes desafios desses empreendedores é com relação a
angariação de fundos para conceder sustentabilidade ao negócio e uma
consequente alavancagem financeira.
Este modelo de plano de negócio tem o propósito de apresentar uma
grande quantidade de informações em tão poucas palavras quanto possível. O
grande desafio neste tipo de plano de negócio é o posicionamento no mercado,
onde o empreendedor deve demonstrar o seu negócio o mais objetivamente
possível, inspirado numa estratégia chamada Elevator Pitch, ou seja, uma
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abordagem de vendas num elevador, onde o empreendedor tenta vender sua
ideia de negócio a um potencial investidor em 1 minuto, isto é, o tempo de uma
conversa de elevador.
Grandes empresas como Apple, Google, Atari, Paypal e etc. já foram
pequenas empresas start-ups e, apoiadas pela Sequoia Capital tornaram-se
referências em suas respectivas áreas. A ideia deste plano de negócio,
seguindo o modelo da Sequoia Capital, é que o empreendimento seja um start
up de sucesso e torne-se franqueável, assim como o case de sucesso do
JustFalafel, que possui sua rede de franquias espalhadas pelo mundo inteiro, a
‘Saladeria Gourmet’ tem potencial para obter sucesso em seu setor e expandir
uma rede de lojas através de franquias, tornando-se mais um case de sucesso
inspirado pela Sequoia Capital.
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13. Referências
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[13] Euro RSCG Worldwide. My Body, Myself, Our Problem: Health and
Wellness in Modern Times. New York, 2012.
[14] SEBRAE, Cartilha: Idéia de negócios – Restaurante natural. 2012.
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