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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

PLANO DE NEGÓCIO: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA E


MERCADOLÓGICA PARA EMPREENDER UM RESTAURANTE NA
CIDADE DE NATAL

Gustavo Vaccari M. R. da Silva

Natal-RN, novembro de 2013


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

PLANO DE NEGÓCIO: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA E


MERCADOLÓGICA PARA EMPREENDER UM RESTAURANTE NA
CIDADE DE NATAL

Gustavo Vaccari M. R. da Silva

Trabalho de conclusão de curso apresentado


como requisito parcial para obtenção do grau
de bacharel em Administração, pelo curso de
graduação em Administração da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte.

Orientador: Prof. José Bolivar Vieira da Rocha

Natal-RN, novembro de 2013


Catalogação da Publicação na Fonte.
UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA

Silva, Gustavo Vaccari Machado Rocha da.


Plano de negócio: análise de viabilidade econômica e mercadológica para
empreender um restaurante na cidade de Natal / Gustavo Vaccari Machado Rocha
da Silva. – Natal, RN, 2013.
33f. : il.

Orientador: Profº. Dr. José Bolivar Vieira da Rocha.


Monografia (Graduação em Administração) – Universidade
Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas.
Departamento de Ciências Administrativas.

1. Empreendedorismo – Monografia. 2. Restaurante natural –


Monografia. 3. Viabilidade econômica – Monografia. I. Rocha, José Bolivar Vieira
da. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/BS/CCSA CDU 658


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

PLANO DE NEGÓCIO: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA E


MERCADOLÓGICA PARA EMPREENDER UM RESTAURANTE NA
CIDADE DE NATAL

Gustavo Vaccari M. R. da Silva

Banca Examinadora:

__________________________
Jose Bolivar Vieira da Rocha, Prof. Dr.

__________________________
Cassio Barreto, Prof. Dr.

__________________________
Carlos H. Porto, Prof. Dr.

_________________________________
Carlos Alberto
Coordenador de Administração
Agradecimentos

Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, aos meus pais por terem me


dado a oportunidade de viver e por me apoiarem nessa caminhada, à minha família e
namorada pelo simples fato de saber que posso contar com eles a qualquer momento,
aos amigos que fazem parte da minha vida e a todos que me apoiaram e colaboraram
para a conclusão do curso.

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Resumo

O trabalho tem como intuito apresentar à banca examinadora do curso


de graduação em administração da UFRN um estudo de pré viabilidade
econômico financeira para empreender um restaurante de comidas saudáveis
na cidade de Natal, como parte dos requisitos para a obtenção do título de
bacharel em administração.
A escolha do empreendimento acima citado foi motivada pela já
experiencia de sete anos e a iminente oportunidade oferecida pelo mercado no
qual está inserido, pois nos dias atuais a procura por saúde e bem estar está
aumentando geometricamente.
O mercado do ramo da saúde e bem estar se encontra em crescimento
no mundo inteiro, chegando como uma mega tendencia de mercado. Já na
cidade de Natal, podemos dizer que o mesmo ainda está começando. Sendo
assim, a pesquisa aqui arrolada busca avaliar essa nova oportunidade de
investimento nesse mercado e sua viabilidade financeira, como custos de
implantação e sua manutenção saudável para o proprietário, para que dessa
forma fique claro que é viavel se posicionar nessa tendencia.

Palavras-Chave: Restaurante natural, viabilidade econômica,


empreendedorismo.

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Lista de Figuras

Figura 1 - Localização do restaurante Saladeria


Figura 2 – Localização do concorrente Chef House
Figura 3 – Localização do concorrente Super Perto
Figura 4 – Localização do concorrente Dom Salada
Figura 5 – Localização do concorrente Natural Way
Figura 6 – Localização do concorrente Mil Folhas
Figura 7 – Localização do concorrente Tropical Leve

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Lista de Tabelas

Tabela 1 – Custos fixos relacionados a móveis e máquinas


Tabela 2 – Custos fixos relacionados a equipamentos
Tabela 3 – Custos fixos relacionados a móveis e utensílios
Tabela 4 – Custos fixos relacionados veículos e computadores
Tabela 5 – Total dos investimentos fixos
Tabela 6 – Estimativa de estoque inicial
Tabela 7 – Caixa mínimo e resumo do capital de giro
Tabela 8 – Investimentos pré-operacionais
Tabela 9 – Investimento total por área
Tabela 11 – Indicadores de viabilidade
Tabela 10 – Demonstrativo de resultado

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Sumário

1 – Apresentação 09
2 – Propósito da empresa (Company Purpose) 12
3 – Problema (Problem) 12
4 – Solução (Solution) 13
5 – Porque agora (Why now) 15
6 – Tamanho do mercado (Market size) 20
7 – Concorrentes (Competition) 21
8 – Produto (Product) 24
9 – Modelo de negócio (Business model) 25
10 – Equipe (Team) 26
11 – Financeiro (Financials) 26
12 – Conclusão 30
13 – Referências 31

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1. Apresentação

Este TCC segue um modelo de plano de negócio diferente do padrão;


neste caso particular, o modelo de plano de negócio tem o propósito de
apresentar uma grande quantidade de informações em tão poucas palavras
quanto possível, é o modelo proposto pela Sequoia Capital.
A sequoia capital é uma empresa de capital de risco que investe em
startups as quais julga ter potencial para virar uma empresa global. A empresa
foi fundada em 1970, no vale do silício, Califórnia. Apoiou muitas empresas
vencedoras, como a Apple de Steve Jobs, quando enfrentou problemas para
lançar o “Apple II” no mercado. A história da Apple é apenas uma entre tantas
envolvendo startups do Vale do Silício que, com a injeção de dólares ou
orientações da Sequoia, se tornaram gigantes tecnológicas, como Google,
Cisco, Atari, YouTube, PayPal, LinkedIn, Yahoo! A política desta empresa de
capital de risco se recusa a trabalhar para tornar os ricos ainda mais ricos, ou
para organizações politicas que desperdiçam dinheiro. A ideia é ajudar
empresas que estão começando e possuem potencial. O plano de negócio é
divido em algumas partes, diretas e objetivas:
 Proposta da companhia
Definição do que a empresa faz em uma simples frase. De forma clara e
direta, a frase deverá possibilitar que um investidor ou um cliente possam
entende claramente sobre o que se trata seu produto.
 Problema
I) Qual é a dor do seu cliente? Que tipo de problema ele enfrenta e o que
pagaria para tê-lo solucionado? Lembramos que nesta etapa é fundamental
estar próximo do cliente para entender realmente o que está acontecendo;
II) Como este problema vem sendo tratado hoje em dia? O seu produto vem
competir direta ou indiretamente, com que tipo de solução já existente?
 Solução
I) Demonstre a proposta de valor do seu produto. Neste ponto deve-se
explicitar como você irá realmente fazer a vida do seu cliente melhor. Quais
são as suas vantagens competitivas, e porque as pessoas vão parar de usar os
métodos que você descreveu no item 2 do tópico Problemas?

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II) Onde fisicamente está seu produto. Basicamente, para empresas digitais
será a forma como seu produto chega até o cliente, seja explicando para o
investidor como é a sua infraestrutura tecnológica, e caso seja um e-
commerce, como a logística de entrega é feita. Caso a empresa seja física,
aqui também será tratado.
III) Casos de uso. Demonstre através de exemplos como seu produto pode, ou
deve, ser usado.
 Por quê agora?
I) Evolução histórica do seu mercado. É sempre interessante demonstrar para
quem estiver acessando sua apresentação os passos pelos quais o mercado
que deseja atingir atravessou até chegar neste presente momento.
II) Tendências que permitem sua solução ser possível. O que ocorreu
recentemente no mercado para que seu produto possa ser comercializado
através de um modelo de negócios de sucesso?
 Tamanho do Mercado
I) Quem é seu cliente. Novamente a teoria do Customer Development deve ser
aplicada. É fundamental entender que tipo de cliente você deseja atingir.
II) Calcule TAM, SAM e SOM. A ideia aqui, neste modelo sugerido
pela Sequoia Capital, é calcular alguns números que irão definir o tamanho do
mercado em que estará entrando. Não tem problema caso o setor não seja
bilionário, mas é importante saber se existe uma demanda já estabelecida, ou
se será o caso de alguma solução que construa um novo tipo de mercado.
 Competidores
I) Quem são seus competidores? Aqui é importante uma análise bem feita dos
seus competidores, com dados acerca de crescimento, investimentos e seus
pontos fortes e fracos. É fundamental uma análise apurada, mostrando que seu
setor está se destacando, então não se preocupe em expor a força dos
concorrentes.
II) Vantagens Competitivas. O que destaca seu produto da concorrência?
Existem algumas formas, como maior desempenho, menor custo, design, entre
outros. Cabe a você realizar uma análise demonstrando como esses aspectos
podem se tornar uma vantagem para sua empresa frente à concorrência.

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 Produtos

I) As características do seu produto. Uma análise detalhada sobre seu produto,


mencionando aspectos técnicos, funcionalidades, características, entre outros.
II) Planejamento. É importante em uma apresentação você demonstrar para o
investidor, ou qualquer outro possível interessado, os próximos passos que
estão sendo planejados para a empresa no que tange ao desenvolvimento do
produto e à produção.
 Modelo de Negócios
I) Modelo de Receita. Qual é a forma de monetização do seu produto?
II) Precificação. Você pode decidir precificar seu produto através de uma
análise de seus custos, adicionando uma margem de lucro, ou através do
preço, baseado em quanto seu cliente está disposto a pagar.
III) Tamanho médio de contas e valor do tempo de vida. Aqui será uma análise
sobre seu cliente, quanto ele gasta com seu produto e o prazo médio de
utilização do seu produto por este cliente.
IV) Vendas e Canais de Distribuição. Como serão realizados os processos de
vendas da empresa? Quais os canais de distribuição que serão utilizados?
V) Lista de Clientes. Para seu produto ter sucesso, é necessário que você
tenha profundo conhecimento sobre quem será seu cliente, e novamente aqui
entra o Custo lista de quais clientes serão “atacados” primeiro, que geralmente
são os early adopters.
 O Time
I) Equipe. Quem é a equipe por trás do produto, quais suas qualificações e o
que atingiram até aqui?
II) Conselho de Administração. Caso a empresa possua, quem são as pessoas
que sentam no conselho e quais são suas credenciais?
 Financeiro
Qualquer empresa precisa de um acompanhamento minucioso sobre
seus números, e para uma startup isso não é diferente. Torna-se fundamental a
figura de um contador que vai lhe auxiliar a entender toda a parte financeira por
trás do operacional.

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2. Propósito da empresa (Company Purpose)

A empresa refere-se a um restaurante de comidas saudáveis, onde


também serão vendidos produtos naturais.

3. Problema (Problem)

Ao final desse século, a alimentação foi colocada como uma estratégia


para a saúde, marcando o início das pesquisas no campo da nutrição científica,
as quais iriam influenciar a mudança da concepção da relação entre
alimentação e saúde no mundo ocidental. As recomendações internacionais de
promoção da alimentação saudável evocavam a importância da variedade de
alimentos como fonte de nutrientes, o equilíbrio na escolha da ração alimentar
baseada nas necessidades individuais e a moderação pelo controle do
consumo de alimentos energéticos, principalmente as gorduras (Oliveira e Silva
et. al., 2002).
Nesse contexto de saúde e alimentação saudável, há tempos a
obesidade é tratada como problema de saúde pública, pois é uma das
principais causas de morte na atualidade. O Ministério da Saúde divulgou uma
pesquisa que revela que quase metade da população brasileira está acima do
peso. Segundo o estudo, 42,7% da população estava acima do peso no ano de
2006. Em 2011, esse número passou para 48,5%. O levantamento é
da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças
Crônicas por Inquérito Telefônico), e os dados foram coletados em 26 capitais
brasileiras e no Distrito Federal. A capital com mais obesos é Macapá (21,4%),
seguida por Porto Alegre (19,6%), Natal (18,5%) e Fortaleza (18,4%). As
capitais com menor quantidade de obesos são: Palmas (12,5%), Teresina
(12,8) e São Luís (12,9%). (SBEM, 2009).
A obesidade vem sendo tratada há um bom tempo como problema de
saúde pública, pois é uma das principais causas de morte ou invalidez na
atualidade. Existem vários programas para que pessoas obesas consigam
reduzir o peso, bem como, muitos benefícios para quem não faz parte desse
grupo. Esses fatos levam a um aumento substancial da busca por alimentos

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saudáveis, tanto por orientação de profissionais da área de saúde, como pelo
fato das pessoas estarem cada dia mais preocupadas com sua saúde e bem
estar.
4. Solução (Solution)

Ter uma alimentação saudável e equilibrada não é uma tarefa tão


simples. Com toda a oferta de comidas que existe hoje em dia, o mais fácil é
sair da linha! Pensando nisso, o ‘Saladeria Gourmet’ tem a proposta de
oferecer um cardápio muito atrativo, com ampla variedade e praticidade, além
de investir muito na qualidade e sabor das comidas, para que o cliente sinta
prazer em se alimentar bem. O restaurante terá alguns importantes
diferenciais, como o acréscimo ao cardápio de alimentos funcionais,
alimentação ‘pós-treino’, saladas em potes e uma nova tendência que vem
surgindo, a alimentação a base de insetos. Sem falar na parte física, que
brindará o cliente com uma infraestrutura de ponta, fazendo com que ele goste
de estar no ambiente e sinta-se bem a vontade para frequentar cada vez mais
o estabelecimento, mesmo o foco principal sendo o delivery e o take away.
Com esses diferenciais, atingiremos vários nichos de mercado, além das
pessoas que querem uma alimentação saudável, como por exemplo aqueles
que se preocupam mais profundamente com sua saúde e consomem alimentos
funcionais, os quais produzem efeitos terapêuticos no organismo, além das
funções nutricionais básicas inerentes a sua composição bioquímica, podendo,
inclusive, desempenhar um papel potencialmente benéfico na redução do risco
de doenças crônicas degenerativas, como câncer e diabetes, dentre outras;
pessoas que praticam exercícios físicos, principalmente em academias e
aeróbicos mais pesados, e querem ganhar massa magra ou perder peso, pois
a alimentação ‘pós treino’ é de fundamental importância para alcançar esses
objetivos; pessoas que não tem tempo e querem fazer uso de uma alimentação
saudável sem sair de casa ou do escritório, investindo em um “estoque de
refeições saudáveis” através das saladas em potes; pessoas que gostam de
novidades e entendem que insetos são extremamente saudáveis, pois é uma
comida de baixa caloria, praticamente sem gordura e com alto teor proteico; e,
como já foi dito, o foco principal que é o delivery e o take-away, o que

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potencializará a rotatividade do restaurante.

Um artigo da revista More Intelligent Life (More Intelligente Life,


2013), associada ao jornal britânico The Economist, demonstra a experiência
de uma autora gastronômica numa exclusiva festa do meio artístico de
Manhattan, Nova York, onde os convidados são surpreendidos por um buffet a
base de insetos. O anfitrião considera os insetos o que o sushi era há 20 anos.
Outro artigo, do também jornal britânico The Telegraph (The Telegraph, 2013),
enumera 10 razões para comer insetos, dentre elas: os insetos podem ser a
solução para a fome no mundo; a ONU, na parte de comida e agricultura, está
tomando a ideia a sério e planeja a realização de um congresso mundial sobre
o assunto; São fáceis de cultivar em grande escala; O restaurante mexicano
Wahaca, na sua filial inglesa, já começou a experimentar, está vendendo
gafanhotos fritos com pimenta malagueta. Como se vê, os insetos são
excelente fonte de proteína e de gordura também, 100 gramas de grilos, por
exemplo, contém 12,9 g de proteína e 5,5 g de gorduras insaturadas. A mesma
parte de gafanhotos tem 20,6 g de proteína e 6g de gordura, enquanto que a
quantidade de carne magra vem com 30,5 g de proteína e 5,8 g de gordura
(Scitable, 2013).
O ‘Saladeria Gourmet’ situa-se em um ponto estratégico, como mostra a
figura 1, fácil de ser localizado, com grande disponibilidade para
estacionamento, próximo a algumas academias de renome; além disso, não há
restaurantes similares de referência, que dominem o mercado do bairro.

Figura 1 – Localização do restaurante Saladeria

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5. Porque agora (Why now)

Os hábitos alimentares de uma população transcendem a necessidade


de segurança alimentar, tendo relevância também nos aspectos culturais.
Porém nem sempre a alimentação tida como melhor e mais cara é a mais
saudável. O crescimento da renda das famílias brasileiras, oriundos da
estabilização econômica do país e aumento do produto interno bruto, aliado a
modificação da estrutura familiar, com a maior inserção da mulher no mercado
de trabalho, modificou a tendência para o consumo de alimentos, dando
preferência aos alimentos industrializados de fácil preparo e sabor atrativo.
No início do século XIX, momento ainda anterior à revolução industrial,
Thomaz Malthus, economista inglês, lançou à sociedade uma questão
alarmante quanto à escassez iminente de alimentos. A lógica de Malthus
baseava-se no crescimento geométrico da população que superaria em um
curto período de tempo a produção de alimentos, cuja expansão se daria
aritmeticamente. As variáveis não previstas, como a revolução verde, que levou
a significativo aumento da produtividade, e a diminuição no ritmo do aumento
populacional convergiram para que o cenário profetizado por Malthus não
acontecesse. A realidade referente à disponibilidade de alimentos constituiu-se
de extremos: fome em alguns lugares do mundo, e regime de abundância em
outros. A erradicação da extrema pobreza e fome foi considerada pelo PNUD
(Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) como um dos
objetivos para o desenvolvimento do milênio; o número de pessoas subnutridas
no mundo é de 963 milhões (FAO, 2008). Por outro lado, a obesidade e o
sobrepeso assolam países desenvolvidos, sendo considerados pela OMS
(Organização das Nações Unidas) um fator de risco significativo para uma série
de doenças crônicas, incluindo diabetes, doenças cardiovasculares e câncer. A
atual tendência, em mercados estabilizados e onde a disponibilidade de
alimentos já está assegurada, é a conquista de consumidores através da
estratégia de segmentação, estruturando-se para melhor atender os anseios de
grupos específicos. Os consumidores, cada vez mais exigentes, não se limitam
às propriedades nutricionais dos alimentos, atentam-se também aos teores de
colesterol, gorduras, calorias, açúcares, sódio, além dos valores agregados
como embalagem, vitaminas aditivadas e até mesmo a forma como foram

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produzidos, antes de realizarem suas opções. A tendência de alimentos
associados à saúde já constitui um ramo significativo e em ascensão, tanto que
empresas multinacionais de alimentação, tais como Mc Donald’s e Subway, já
adotam medidas em seus planejamentos estratégicos com a finalidade de
acompanhar tais mudanças. Também estão em evidência, entre os produtos
saudáveis, os orgânicos, cultivados e produzidos sem agrotóxicos e que, nos
Estados Unidos da América, crescem 17% ao ano, conforme dados da Apex
(Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). São
produtos cujo custo de produção é maior, e o cultivo dificilmente ocorre no
modelo plantation, fomentando e incentivando os pequenos agricultores,
consequentemente agregando o valor percebido pelos consumidores. Essa
tendência vai ao encontro do fair trade, cujo custo superior é admitido em
virtude de serem socialmente e economicamente corretos. É evidente a
estratégia de segmentação no Brasil, não em proporção e intensidade dos
países desenvolvidos, mas com relativa importância econômica e estratégica,
uma vez que as primeiras empresas que se posicionarem nesse sentido
poderão usufruir da vantagem do pioneirismo dentro do mercado.
O consumo de frutas, legumes e verduras é incentivado pela
OMS (Organização Mundial da Saúde), que recomenda consumo diário de
mais de 400 gramas de frutas e vegetais.
Segundo Barreto (2005), a disponibilidade de alimentos no Brasil vem
aumentando nas últimas décadas. Em 1965 era de 2.330 kcal por pessoa/dia,
já em 1997 aumentou para 2.960 kcal. O aumento da disponibilidade foi
positivo em termos de garantia energética, porém tal evolução no sentido da
composição da alimentação não foi. No mesmo período houve decréscimo na
disponibilidade de cereais (de 36% para 31%) e leguminosas (de 12% para
6%), e aumento na disponibilidade de açúcar, carnes, óleos vegetais, leites e
ovos. Essa tendência fortalece a questão da obesidade e demais problemas de
saúde advindos de uma refeição desbalanceada.
A pesquisa Vigitel (Vigilância de fatores de risco e proteção para
doenças crônicas por inquérito telefônico), que abrangeu 26 capitais e a capital
do Distrito Federal, com amostra de 54.353 pessoas no Brasil, aliada a
pesquisas de fontes secundárias diversas, mostra uma redução no consumo de

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carne com gordura, aumento no consumo de frutas e hortaliças e crescimento
do mercado de produtos orgânicos. De acordo com o Grupo Pão de Açucar e
Walmart, atingiram 40% no primeiro trimestre de 2009 em relação ao mesmo
período de 2008.
“Mudanças nos hábitos alimentares têm sido observadas em
diversos países. Essas mudanças estão associadas, dentre outros fatores, ao
sistema de desenvolvimento da distribuição e produção de gêneros
alimentícios e ao fenômeno da urbanização, influenciando o estilo de vida e a
saúde da população (MONDINI & MONTEIRO, 1994; OLIVEIRA, 1997).”
Juntamente a essa mudança no consumo de alimentos saudáveis,
podemos ver que o setor de alimentação fora do lar, ou fora do domicílio,
registra atualmente cerca de um milhão de empresas entre bares, restaurantes,
padarias e lanchonetes, sendo responsável por 2,4% do PIB (Produto Interno
Bruto) brasileiro. Em 2008, o faturamento total foi de cerca de R$ 50 bilhões,
com crescimento de 5% em relação ao ano anterior. O brasileiro gasta em
média 26% do orçamento com alimentação fora do lar, sendo esta uma das
poucas atividades econômicas presentes em todos os municípios e vilarejos do
País. Dentro de 20 anos, este percentual deve superar os 40%.
Vários estudos revelam mudanças de hábitos em relação à saúde na
vida moderna. O Brasil é um dos países em destaque no levantamento por sua
preocupação com a alimentação correta, adoção de hábitos mais saudáveis e
‘fé no pensamento positivo’, como mostra, por exemplo, o livro My Body,
Myself, Our Problem: Health and Wellness in Modern Times (“Meu Corpo, Eu
Mesmo, Nosso Problema: Saúde e Bem-estar nos Tempos Modernos”, em
tradução livre).
“Realizado pela Euro RSCG Worldwide em parceria com o instituto
Market Probe International em 19 países, o levantamento investiga essa nova
realidade através de tópicos como a percepção do consumidor em relação à
saúde, noções de alimentação, senso de controle de doenças e a influência
dos hábitos e da alimentação para manutenção da boa saúde.
O resultado traz uma surpresa. As pessoas não só estão vivendo
mais, como se sentem responsáveis pelo seu bem-estar, preocupam-se com a
qualidade de vida que têm e se esforçam para ter hábitos saudáveis. E entre

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esses novos consumidores de saúde, o brasileiro se destaca. Depois de
conquistar longevidade (a expectativa de vida média no Brasil aumentou de
45,5 anos em 1940 para 72,86 anos em 2008), o brasileiro agora busca
qualidade de vida.
No Ranking de Bem-Estar Mundial elaborado pelos pesquisadores, o
Brasil ocupa o quarto lugar entre os países melhor auto avaliados. Para chegar
a essa conclusão, foi pedido que os pesquisados dessem nota a cinco
aspectos de suas vidas usando o seguinte critério: A para “excelente”, B para
“bom”, C para “médio/aceitável”, D para “pobre” e F para “falho”.
Os entrevistados brasileiros disseram que sua saúde física estava de
bom para ótimo (B+), seu controle de peso era bom (B), sua saúde mental era
excelente (A-), sua gestão de estresse era boa (B) e sua felicidade transitava
entre o bom e o ótimo (B+). O desempenho do Brasil ficou acima da média
global, que classificou a saúde mental como B+, a felicidade como B, a saúde
física como B, e a gestão de estresse e o controle de peso como B .
Quando o assunto é preocupação com a nutrição, o brasileiro volta a se
destacar. Ao serem questionados se concordavam com a afirmação “Eu estou
muito mais consciente do valor nutricional/saudável dos alimentos que eu
consumo do que antes”, 77% dos brasileiros afirmaram que sim, 9% disseram
que não e os outros 14% não responderam a questão.
Um índice que coloca o Brasil na terceira posição no ranking mundial. A média
global é de 65% de concordância e 9% de discordância da sentença.
O Brasil também é o terceiro país que mais considera os alimentos
importantes para uma vida saudável. Oitenta por cento dos brasileiros disseram
acreditar que a alimentação é tão eficaz quanto os remédios na manutenção da
saúde. E 71% se declararam de “moderada a extremamente preocupados” com
sua segurança alimentar.
No Brasil, a preocupação com alimentação saudável chega a 71% da
amostra - um número altamente significativo. Além disso, 77% dos brasileiros
concordam com a afirmação “que estão mais conscientes do valor nutricional
dos alimentos” contra apenas 65% da média global. Entretanto, apenas 51%
dizem que confiam na indústria para prover os consumidores de alimentos
saudáveis.”

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De acordo com dados retirados do SEBRAE, o ramo da alimentação
saudável é uma excelente oportunidade de negócio, uma vez que:
“•O setor de alimentação saudável teve um crescimento de 870% nos últimos
10 anos.
•A proporção de jovens com sobrepeso quadruplicou nos últimos trinta anos e
chegou a 14% na faixa etária dos 8 aos 18 anos. A causa, principalmente, é a
vida sedentária e o excesso de comida industrializada, rica em farináceos e
gorduras. O efeito perverso desse ganho precoce de peso é o aumento das
doenças cardiovasculares e do diabetes
•40% da população brasileira estão acima do peso.
•De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, 30% dos brasileiros têm
colesterol acima do nível recomendado (200
miligramas por decilitro de sangue).
• 80% dos jovens afirmam em pesquisas procurar alimentos mais saudáveis e
naturais.
•35% dos domicílios brasileiros consomem produtos diet e light.
•21% consomem produtos orgânicos.
•47% não deixam de consumir produtos saudáveis por causa do preço.
•Em São Paulo, o mercado de produtos light e diet movimentou, em 2006, US$
3,6 bilhões e já representa 5% do total das vendas de
alimentos. A expectativa é que o setor continue crescendo a altas taxas (acima
de 10% ao ano).”
Com todas essas constatações, não podemos negar que no Brasil a
busca pela qualidade de vida e bem estar é uma preocupação cada vez mais
presente no conjunto da sociedade, pois as pessoas estão cada vez mais
conscientes da necessidade de cuidar da sua saúde e de seu bem estar.
Podemos perceber que o ramo de restaurantes que trabalham com
alimentação saudável está inserido tanto na tendência da ‘saúde e bem estar’
como no aumento da procura por refeições fora do lar, o que nos leva a
concluir que é uma excelente oportunidade de negócio empreender nesse
ramo.

20
Um case de sucesso nesse ramo é o Justfalafel, que a partir de um
único restaurante em Abu Dhabi se tornou a maior franquia de falafel no
mundo, com acordos assinados com o compromisso de desenvolver mais de
720 pontos de venda em 19 países diferentes. O falafel foi criado há mil anos,
começou como um alimento nutritivo, vegetariano, consumido no Oriente Médio
durante o mês de jejum. Com o tempo, ele também se tornou um prato popular,
prato principal e um rápido lanche casual. O restaurante Justfalafel trabalha
com uma receita 100% vegetariana, usa favas de alta qualidade, grão de bico,
sementes de chia, cebola e alho com uma mistura especial de especiarias que
inclui cominho, coentro, erva-doce, canela e hortelã. Os falafels da Justfafael
são naturalmente sem glúten e cheios de proteína vegetal.

6. Tamanho do mercado (Market size)

De acordo com pesquisas, o público alvo é na maior parte composto


por profissional liberal do sexo feminino (66%) e com idade variando entre 31 e
50 anos (62%), apresenta escolaridade elevada, com nível superior completo e
possui o hábito de praticar esportes com frequência (54,9%). Mas também é
composto por todas as pessoas que se preocupam com seu bem estar, saúde
e qualidade de vida, se estendendo a todos os homens e mulheres com
interesse em ter uma alimentação saudável e gostosa. Como por exemplo,
pessoas que gostam de fazer refeições saudáveis e pessoas que precisam que
a ‘refeição saudável’ seja saborosa para que consiga suprir suas necessidades.
Além de homens e mulheres com interesse em controle de peso (perder,
manter ou ganhar).
Os principais atributos dos produtos para esse público são: preço baixo,
produto de qualidade, sabor e principalmente praticidade. Os clientes mostram
que estão procurando uma alimentação saudável que não seja cara e que seja
de fácil acesso e consumo.
Os clientes potenciais encontram-se nos bairros de Petrópolis e Tirol,
onde moram ou trabalham em algum período do dia, local onde se
estabelecerá o restaurante.

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7. Concorrentes (Competition)

 Chef House: Localizado em uma área nobre da cidade, trabalha


somente com delivery e take-away de salada, utilizando elementos da
alta gastronomia e produtos caseiros.

Figura 2 – Localização do concorrente Chef House.

 Super Perto: Localizado próximo ao principal shopping da cidade, além


do espaço físico, trabalha com delivery e take-away, tendo um cardápio
bem variado, que vai de salada a sobremesas saudáveis, passando por
pratos quentes diferenciados.

Figura 3 – Localização do concorrente Super Perto

22
 Dom Salada: Localizado no centro da cidade, dispõe de um lugar muito
agradável, além do espaço físico, trabalha com delivery e tem um
cardápio bastante variado.

Figura 4 – Localização do concorrente Dom Salada

 Natural Way: Localizado em uma das principais vias da cidade, em uma


área de constante desenvolvimento, além do espaço físico, trabalha com
delivery, onde em ambos o cliente monta sua salada.

Figura 5 – Localização do concorrente Natural Way

23
 Mil Folhas: Localizado na principal via da cidade e em uma área nobre,
recém inaugurado, conta com um cardápio variado e além do espaço
físico, trabalha com o delivery.

Figura 6 – Localização do concorrente Mil Folhas

 Tropical Leve: Conta com duas lojas, ambas localizadas em pontos


estratégicos da cidade, sendo uma das unidades próxima ao principal
shopping da cidade e faculdades. Possui opções de saladas,
sanduíches, açaí dentre outros produtos, e ainda oferece a opção de
salada personalizável.

Figura 7 – Localização do concorrente Tropical Leve

24
O restaurante ‘Saladeria Gourmet tem como diferencial competitivo a
localização que proporciona fácil acesso ao local, consultoria de um
nutricionista para auxiliar na confecção do cardápio e escolha dos ingredientes,
exposição de placas informativas, contendo a descrição dos ingredientes e
valor calórico dos pratos servidos pelo restaurante, divulgação do cardápio
semanal, serviços de entrega diferenciados em domicílios e escritórios,
tecnologia de ponta na confecção da página da internet, exploração do
restaurante para a venda de produtos relacionados à alimentação saudável,
como produtos naturais e orgânicos, sobremesas light, etc., parcerias com
academias e lojas de suplementos.

8. Produto (Product)

 Saladas:
 Sanduiches:
 Pratos quentes:
 Pratos pós-treino:
 Insetos:
 Bebidas proteicas:
 Sobremesas:

O restaurante saudável será fundado em Janeiro de 2014 iniciando


suas atividades no ramo de alimentação saudável e produtos naturais. Esse
negócio será a realização de uma grande vontade por parte do fundador, que
deseja criar um empreendimento diferente e de sucesso no ramo da saúde e
bem estar.
Foi desenvolvido um cardápio variado e saudável. A proposta é
diferenciada por oferecer pratos mais leves, elaborados por nutricionistas, que
serão saborosos e atraentes, ideais para quem precisa ou deseja desse tipo
de alimentação e se preocupa em manter uma vida com hábitos alimentares

25
saudáveis, além de atender também as necessidades de quem gosta de
praticar esportes.
O restaurante irá consolidar-se, no fornecimento de refeições
saudáveis, como uma empresa de elevadíssimo grau de qualidade e preço
justo para o consumidor, expandindo seu mercado na área comercial de Natal
e posteriormente em outros municípios da região, obtendo retorno financeiro
de curto prazo e lucratividade operacional positiva, sendo líder de mercado no
segmento de alimentos saudáveis na região metropolitana de Natal em 5
anos.

9. Modelo de negócio (Business model)

A estrutura organizacional do restaurante ‘Saladeria Gourmet’ terá


como dirigente o sócio-fundador (proprietário), sendo que o mesmo será
responsável por todas as tomadas do processo decisório centralizado
organizacional; contará também com 8 colaboradores diretos, sendo: 1
assistente da gerência, 1 nutricionista, 1 caixa, 2 garçons, 1 cozinheiro chefe, 1
ajudante de cozinha e 1 ajudante geral, possuindo uma estrutura
organizacional simples.
Além do próprio estabelecimento, onde o cliente pode fazer a refeição e
também utilizar o take-away, o restaurante irá prestar serviço de entrega de
refeições em domicílios e escritórios. Trata-se de um canal de distribuição
imprescindível para ampliar as vendas e divulgar o restaurante. Os pedidos
poderão ser feitos por telefone ou pelo site do mesmo
O restaurante irá adotar diversas formas para consolidar seu mercado
consumidor, utilizando-se de:
Confecção de folders, flyers e cardápios para a distribuição em escritórios e
casas, distribuição ou sorteios de brindes relacionados à alimentação saudável
(garrafinha de academia, boné, bolinha anti-stress), divulgação do restaurante
em academias e clubes, lançamento de promoções combinadas de refeições e
sucos, criação de programas de fidelidade com descontos e refeições
gratuitas. A visão estratégica do marketing do restaurante será implementada
através de distribuição de panfletos, promoções, política agressiva de

26
marketing atraindo a clientela, o que possibilitará o aumento da receita
operacional, conquistando o mercado consumidor local, produzindo refeições
de excelente qualidade e preço justo e adotando em sua política de marketing
a valorização da imagem do produto a ser vendido.

10. Equipe (Team)

A estrutura organizacional da empresa é simples e centralizadora, onde


o proprietário é o fundador e gestor da mesma, não dispondo de conselho
administrativo e consultivo, apenas tendo um assistente da gerencia.

11. Financeiro (Financials)

Será necessário um investimento inicial estimado em R$ 30.463,41. Os


recursos necessários para a abertura da empresa serão provenientes do
financiamento a partir do capital de terceiros (família) e empréstimo.
As tabelas a seguir trazem informações sobre a estimativa dos
investimentos fixos.
Tabela 1 – Custos fixos relacionados a móveis e máquinas

Tabela 2 – Custos fixos relacionados a equipamentos

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Tabela 3 – Custos fixos relacionados a móveis e utensílios

Tabela 4 – Custos fixos relacionados veículos e computadores

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Tabela 5 – Total dos investimentos fixos

A seguir, são apresentadas planilhas com informações referentes ao


capital de giro. As informações foram dividas em duas tabelas (6 e 7),
mostradas a seguir.

Tabela 6 – Estimativa de estoque inicial

Tabela 7 – Caixa mínimo e resumo do capital de giro

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Tabela 8 – Investimentos pré-operacionais

A tabela 9 apresenta um resumo financeiro do investimento total do


negócio. Identifica-se que os investimentos fixos representam 42% do total
aplicado, enquanto o capital de giro é responsável por 14,01% e os
investimentos pré-operacionais por 43,99%.

Tabela 9 – Investimento total por área

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A tabela 10 revela o demonstrativo de resultado, onde se destaca que o
negócio irá obter um lucro aproximado de 4% ao ano. A tabela 11 traz os
indicadores de viabilidade do empreendimento, onde se estima que o prazo
para retorno do investimento seja de 6 meses.

Tabela 10 – Demonstrativo de resultado

Tabela 11 – Indicadores de viabilidade

12. Conclusão

Empreender vem sendo uma atividade cada vez mais constante no país.
Entretanto, um dos grandes desafios desses empreendedores é com relação a
angariação de fundos para conceder sustentabilidade ao negócio e uma
consequente alavancagem financeira.
Este modelo de plano de negócio tem o propósito de apresentar uma
grande quantidade de informações em tão poucas palavras quanto possível. O
grande desafio neste tipo de plano de negócio é o posicionamento no mercado,
onde o empreendedor deve demonstrar o seu negócio o mais objetivamente
possível, inspirado numa estratégia chamada Elevator Pitch, ou seja, uma

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abordagem de vendas num elevador, onde o empreendedor tenta vender sua
ideia de negócio a um potencial investidor em 1 minuto, isto é, o tempo de uma
conversa de elevador.
Grandes empresas como Apple, Google, Atari, Paypal e etc. já foram
pequenas empresas start-ups e, apoiadas pela Sequoia Capital tornaram-se
referências em suas respectivas áreas. A ideia deste plano de negócio,
seguindo o modelo da Sequoia Capital, é que o empreendimento seja um start
up de sucesso e torne-se franqueável, assim como o case de sucesso do
JustFalafel, que possui sua rede de franquias espalhadas pelo mundo inteiro, a
‘Saladeria Gourmet’ tem potencial para obter sucesso em seu setor e expandir
uma rede de lojas através de franquias, tornando-se mais um case de sucesso
inspirado pela Sequoia Capital.

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13. Referências

[1] Oliveira e Silva, D., Recine, E. G. I. G., Queiroz, E. F. O. Concepções de


profissionais de saúde da atenção básica sobre a alimentação saudável no
Distrito Federal, Brasil. Caderno Saúde Pública, n 18, vol 5, p 1367-1377, 2002.
[2] SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), pesquisa de
2009 – Disponível em: www.endrocrino.org.br – Acesso em novembro de 2013.
[3] More Intelligent Life. Should we eat bugs? - Disponível em:
http://moreintelligentlife.com/content/salma-abdelnour/should-we-be-eating-
more-bugs - Acesso em novembro de 2013.
[4] The Telegraph. 10 reasons why we should eat insects – Disponível em:
http://www.telegraph.co.uk/culture/tvandradio/9937633/10-reasons-why-we-
should-eat-insects.html - Acesso em novembro de 2013.
[5] Scitable. Why Should We Eat Insects? It’s the Future of Food – Disponível
em:http://www.nature.com/scitable/blog/labcoatlife/why_should_we_eat_insects
- Acesso em novembro de 2013.
[6] FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations), pesquisa de
2008 – Disponível em: http://www.fao.org - Acesso em outubro de 2013.
[7] APEX (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos ) –
Disponível em: http://www.apexbrasil.com.br – Acesso em novembro de 2013.
[8] OMS (Organização Mundial da saúde) – Disponível em:
http://www.paho.org/bra/ - Acesso em outubro de 2013.
[9] Barreto, S. M., Pinheiro, A. R. O., Sichieri, R. Análise da estratégia global
para alimentação, atividade física e saúde, da Organização Mundial da Saúde.
Epidemiol. Serv. Saúde, n. 1, vol.14, p.41-68, 2005.
[10] Mondini, L., Monteiro, C. A. Mudanças no padrão de alimentação da
população urbana brasileira. Rev. Saúde Pública, n. 6, vol. 28, p. 433-439,
1994.
[11] Oliveira, S. P.; Thebaud-Mony, A. Consumo alimentar: abordagem
multidisciplinar. Revista da Saúde Pública, n. 2, v.31, p. 201-208, 1997.
[12] ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos) – Disponível em:
http://www.abia.org.br – acesso em outubro de 2013.

33
[13] Euro RSCG Worldwide. My Body, Myself, Our Problem: Health and
Wellness in Modern Times. New York, 2012.
[14] SEBRAE, Cartilha: Idéia de negócios – Restaurante natural. 2012.

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