Você está na página 1de 19

MÓDULO

DOMA RACIONAL
AA CONQUISTA DEFINITIVA
1
Por LEONARDO FEITOSA
AVISO
Aviso legal de Direitos Autorais:
É proibida a distribuição e a reprodução, total ou parcial deste livro,
sem a autorização do autor da obra.
Se tiver alguma dúvida, por favor, entre em contato através do e-mail:
suporte.leonardofeitosa@gmail.com

ME SIGA NAS REDES SOCIAIS

https://www.facebook.com/leofeitosavet/?fref=ts

https://www.youtube.com/channel/UCaA4LPTmyAoy0GOg18XQfVw

https://www.instagram.com/leonardofeitosa.horseman/?hl=pt-br

www.leonardofeitosa.com.br

2
Modulo 2
PRATICA DOMA RACIONAL ETAPA 1

Antes de começarmos essa primeira etapa, vamos traçar nossos objetivos. O que é um objetivo?
De forma simples, diria a você que seria definir onde queremos chegar. Eu, Leonardo Feitosa,
tenho como objetivo nessa primeira sessão de doma, montar a pêlo o animal e dar-lhe os
primeiros comandos. Mas não se cobre, se para você isso não for possível. Cada um tem seu
ritmo. A Minha experiência vem de anos de prática. Alerto apenas, para que termine o que está
fazendo de forma positiva. O que isso quer dizer? Significa que iniciado o processo de doma,
tenha sempre a sensibilidade de identificar as suas dificuldades e seus limites na realização de
cada tarefa, devendo se ter o mesmo cuidado de fazer essa observação em relação ao animal.
Uma vez deparando-se com eventuais situações desfavoráveis, procurar soluções pacíficas para
concluir as tarefas. Não se preocupe com o tempo empregado em cada uma delas. Preocupe-se
com a qualidade. Cito abaixo alguns exemplos de como “acabar positivo” tarefas que inicialmente
apresentaram contratempos:

1ª Situação: Seu potro recusa-se a entrar no redondel. Evite força-lo a entrar usando de violência.
Pense, busque formas não traumáticas de fazê-lo. Use, por exemplo, uma madrinha (égua mais
velha) para acompanhar o potro até o redondel. Conseguindo que o animal entre tranquilamente,
já é algo positivo.

2ª Situação: O animal tem muito medo e não aceita aproximação. Sua zona de pressão é muito
maior do que o normal. Nesse caso, conseguir tocar e acariciar o animal naquele dia, já é o ponto
positivo. Várias outras situações podem ocorrer. Você pode anotar a sua e enviar para o nosso
suporte. Podemos debater o assunto nos encontros online que vão acontecer. Agora cabe a você
analisar o seu animal, histórico, condições genéticas e ter uma noção dos possíveis problemas
que irá enfrentar. Lembre: a doma já acontece muito antes do redondel.

Se o seu animal não apresentou esses

problemas, e você conseguir progredir

conforme oriento nos vídeos, conseguirá

cumprir o objetivo máximo.


PRATICA DOMA RACIONAL ETAPA 1

Vou citar dois comportamentos comuns que poderemos encontrar no animal e

que teremos que superá-los, medo e cócegas.


Em alguns casos o animal terá mais medo do que cócegas. Em outros, mais
cócegas do que medo e em alguns, muito dos dois. Mas com a técnica certa,
muita paciência e dedicação, tudo vai dar certo. O importante é progredir e
sempre acabar toda sessão positivamente.

Equipamentos e vestimentas a serem usados.

1. Roupas flexíveis, porém não muito largas. Não queremos restringir

nossos movimentos.

2. Estique para tocar o animal. Eu uso apenas para assustar e não para

agredir.

3. Boné para proteção do sol, caso seu redondel não seja coberto.

4. Cabresto ensinado no curso.

5. Coturno ou bota lisa.

6. Luvas.

7. Fechador de boca (caso o cavalo tenha hábito de morder).

8. Corda chata. Caso o animal seja muito dominante usaremos para

conter coices e outras investidas.

9. Segurança é o segredo para o sucesso. Se for preciso o auxílio de

um parceiro, não dispense.


PRATICA DOMA RACIONAL ETAPA 1

DOMA RACIONAL

A doma racional é um conjunto de técnicas utilizadas para equinos e muares, a fim de que sejam
condicionados a obedecer, sem brutalidade, aos comandos do homem, resultando em um animal
mais proveitoso, confiável, com melhor rendimento em sua vida útil.

O momento ideal para a doma do animal é determinado em função de sua idade mínima, dois (2)
anos, época em que o cavalo já possui estrutura física para desenvolver atividades inerentes a
doma. Vale ressaltar que todo animal, para ser domado, precisa estar saudável. A doma racional deve
ser realizada em ambiente próprio, mangueira ou redondel proporcionando segurança e evitando
acidentes. Enfim, a doma racional é um processo pelo qual o domador utiliza os comandos de vozes
com tonalidades, tendo sensibilidade, disciplina e paciência para com o animal.

PROCEDIMENTOS DE CONTATO COM O ANIMAL:

O primeiro passo do domador é trazer o animal para o redondel ou mangueira de forma natural,
utilizando madrinha (animal que serve de guia para outros animais), a fim de se evitar o estresse
(conjunto de reações do organismo a agressões de ordem física, psíquica, infecciosa e outras
capazes de perturbar). Como se trata de doma racional, este animal não deverá ser laçado a campo.
PRATICA DOMA RACIONAL ETAPA 1

Nessa fase inicial, sem antes colocar cabresto ou tentar qualquer contato físico com o animal, você deve
estimulá-lo a movimentar-se dentro do redondel até que consiga fazê-lo galopar. Como já expliquei
anteriormente, um cavalo com a natureza intacta vai tentar fugir assim que se sentir desconfortável na sua
zona de ação. Mas existem outros animais que em razão de seu temperamento mais brando, necessitarão
de um estímulo maior para se movimentarem. Para tanto, você poderá gesticular com as mãos, usar o
estique ou corda, sem, contudo, atingir o animal. Você deve demonstrar atitude em relação as suas ações,
deixando bem estabelecida sua posição hierárquica naquela manada de dois. O animal ao perceber que não
existe a possibilidade de escapar, irá aos poucos entender que deve seguir ordens, caso queira descansar.

É nesse exato momento que ele vai demonstrar-lhe os primeiros sinais, conforme já mencionado.

ATENÇÃO RELAXAMENTO TRÉGUA

Repetindo: seja firme e busque os sinais para só depois seguir com as próximas etapas.

Obs. Não deixe o cavalo escolher a direção do percurso. Se parar por conta própria, estimule-o firmemente a
voltar a correr. Enfim, não aceite nenhuma reação que não seja resposta ao seu comando.
PRATICA DOMA RACIONAL ETAPA 1

Observando que o animal demonstrou todos os sinais, passe para a próxima etapa, a aproximação.

APROXIMAÇÃO

Quando o cavalo começar a diminuir o galope, fechando levemente o círculo, voltar as orelhas para a sua
direção, passar a morder ou mastigar e baixar a cabeça, estará exibindo sinais que revelam que está mais
relaxado e quer uma trégua. Está pronto para saber das suas intenções. É o momento de parar de estimulá-lo
a correr. Pare e observe atentamente sua reação, que poderão ser duas:

1. Ignorar a sua presença e lhe voltar as costas.

Recebendo a reação acima, ou seja, a ignorância por parte do animal, imediatamente o estimule a correr
novamente e somente pare ao perceber que ele reproduz o comportamento citado no item 2, em que ele
demonstra o interesse em aproximação.

2. Olhar para você e se aproximar por livre e espontânea vontade.

Se a reação foi a esperada e o cavalo começou a aproximar-se de você, antes de tentar

o toque no animal, proceda da seguinte maneira:

• Não faça contato visual, olhe para os cascos – (os

predadores costumam olhar para as suas presas).

• Diminua a sua postura, feche os ombros, curve-se

levemente e ande lentamente para trás.

Essa é a primeira postura que você deve adotar. Isso reforçará ao cavalo a sua intenção pacífica antes do
primeiro toque.

Nessas condições, normalmente o cavalo tende a se aproximar, demostrando interesse em você. Isso
acontecendo, chegou a hora de fazer o primeiro contato físico. Faça um carinho, um agrado na região superior
do pescoço e vá progredindo lentamente para o dorso, mas se você achar que a conexão não foi tão receptiva,
refaça novamente os procedimentos iniciais, estimulando o animal a correr no redondel.
PRATICA DOMA RACIONAL ETAPA 1

Ao estimular o animal à correr, e se estiver utilizando somente as mãos, o faça com as costas e
dedos das mãos voltados para baixo. Faça o movimento de forma suave e sem movimentos
bruscos. É importante deixar o animal cheirar suas mãos. Não faça o cavalo galopar demais ao
ponto de ser algo cansativo e desgastante.

Ao responder aos seus comandos, o animal passará a entender que hierarquicamente você é
superior. Entenderá também nesse momento, que você não quer o mal dele. Mas não se
engane, o cavalo reconhece a hierarquia que existe dentro do redondel, entretanto, você ainda
não é o líder. A liderança será construída durante as próximas etapas.

COLOCAÇÃO DO CABRESTO

Após ter concluído com sucesso a etapa de aproximação, o próximo passo será colocar o
cabresto no animal. Se o animal nasceu em sua propriedade e já foi manejado com cabresto,
acredito que não haverá nenhuma dificuldade.

Esclareço que é comum entre os cavalos, a hipersensibilidade nas orelhas. Por isso ao tocar as
orelhas do animal, pode haver uma reação, que normalmente se manifesta através de um recuo
repentino ou um movimento esquivo de cabeça para o lado contrário ao toque. Percebendo
essa hipersensibilidade de orelha no animal, evite tocá-la nessa fase inicial de doma. Mais
tarde, isso poderá ser resolvido com repetidos contatos nessa região.

O cabresto a ser usado é o que você aprendeu a fazer, pois é eficiente para exercer pressão
quando puxado bem como para aliviar a pressão quando solto. Além disso, por não ser inteiriço,
esse formato de cabresto evita o toque inicial na orelha do animal, permitindo que as pontas
das cordas sejam unidas e amarradas sem tocar naquela região.

Concluída essa etapa, espero que você tenha conseguido criar uma boa primeira impressão ao
animal, pois sempre repito que você só terá uma chance para fazer isso.
PRATICA DOMA RACIONAL ETAPA 1

Dessensibilização (retirada de cócegas)

Primeiramente, assegure que o cabresto esteja

bem colocado. A seguir, com a mão esquerda

segure firmemente na corda abaixo da mandíbula e mantenha o

mantenha o braço firme para evitar uma possível

mordida.

Já falamos das regiões hipersensíveis dos cavalos, que são vulneráveis ao ataque de
predadores. Tentar tocar essas áreas, pode despertar extintos de sobrevivência do animal.
Logo, todo cuidado é pouco, não cometa o erro de confiar.

Segurando o animal com a mão esquerda, conforme ao acima indicado, com a mão direita
comece a tocá-lo nos pontos vulneráveis: cernelha, barriga, virilha, traseira e outros.

As reações do animal podem variar, alguns podem pular, tremer entre outras. É completamente
natural, você esta exercendo uma atitude predatória.

Ao demostrar ao animal que posso ter acesso às suas regiões vulneráveis e não lhe causar
dor, demonstro minha superioridade e reforço a intenção pacífica, consolidando assim o
respeito do animal por mim.
Conforme for avançando para os pontos mais sensíveis do animal, portanto, sujeitos à maiores
reações, use as seguintes técnicas para dar continuidade no trabalho de dessensibilização
(redução de cócegas):

Segure firmemente a corda do cabresto com a mão esquerda, caso esteja do lado esquerdo do
animal, levando o braço direito por cima do cavalo, mais precisamente na região da cernelha.
Fique em pé ao lado do animal, de modo que seu joelho fique próximo a região onde
normalmente é colocada a barrigueira da frente. Mantendo o corpo próximo ao do animal, use o
cavalo como um apoio. Não queira segurá-lo, apenas siga o movimento que ele fizer.

Inicialmente, tire a estabilidade do animal puxando o focinho para o seu lado, fazendo-o girar
em círculo. Acompanhe o movimento circular do animal encostando o corpo logo atrás de sua
paleta, mantendo a pressão do cabresto. Comece a usar a perna de dentro para alcançar os
pontos hipersensíveis. Primeiro levante a perna de modo a alcançar a região da coxa, logo
abaixo da garupa, e comece a esfregar o pé nessa região, descendo até a perna. Em seguida,
entre com o pé na virilha e esfregue toda essa região, lembrando que esse procedimento não
exige força e nem o uso de violência. As reações apresentadas pelo animal não são de dor,
mas de hipersensibilidade, e isso normalmente os leva a encolher-se.
PRATICA DOMA RACIONAL ETAPA 1

A demonstração de que não há dor e nem traumas na prática desse procedimento fica bem
evidenciada pela própria reação do animal, que busca manter-se próximo de seu domador. Considere
que você acabou de manipular as regiões vulneráveis desse cavalo até então intocáveis.

Continue esse trabalho de “tirar cócegas” usando as pernas e as mãos até sentir que a sensibilidade
do animal vai diminuindo. Quanto menos “cócegas” esse cavalo apresentar, menos dificuldade você
encontrará nas tarefas seguintes e pode ter certeza, terá um animal muito mais confiante no futuro.

Não esqueça, conforme já mencionei anteriormente, todo o procedimento que se realiza em um lado
deve igualmente ser repetido em outro. Mas alerto, tome todos os cuidados necessários, pois há
animais que podem ser mais reativos em determinados lados.

Pode estar certo, que no decorrer do trabalho você ganhará mais consciência corporal e isso fará
com que aumente a sincronia entre o seu corpo e a do animal. Isso tornará o serviço menos
cansativo, e o mais importante, desenvolverá em você o instinto de defesa à acidentes, como pisões
no pé, manotadas e outras formas de defesa do cavalo.
Preparação para monta

Se você chegou bem a esta etapa, é porque você cumpriu criteriosamente as anteriores. Esse
próximo passo, igualmente aos demais, exigirá toda a sua atenção. Não seja precipitado, nunca tente
montar logo de primeira, siga os procedimentos de preparação.

A esta altura, depois de todo aquele procedimento de “tirar cócegas”, seu animal estará bem
adaptado à sua presença. É interessante nesta fase, que sempre ao aproximar-se do animal e tiver
contato corpo a corpo com ele, refaça os pequenos agrados para fortalecer a confiança.

Figura 1 Figura 2 Figura 3


Após um breve agrado, posicione-se de modo a ficar em pé ao lado do animal, em posição de monta
(fig. 1). Com a mão esquerda segurando a corda do cabresto e com a mão direita sobre o dorso,
encoste seu corpo e inicie movimentos de pequenos pulos, aumentando gradativamente, simulando
montar o animal. Sentindo que o animal não reage, ou seja, não tenta fugir, pule e jogue seu corpo
sobre o dorso dele, ficando meio que dependurado, mais ainda não complete o movimento de monta
(fig. 2). Conseguindo ficar em cima do cavalo, ainda com as pernas para fora, desça e demostre
satisfação. Agrade-o e se curve junto a ele conforme o demonstrado na figura 4, sempre provando
sua intenção de paz e amizade.
Repita todo o procedimento no lado direito.
Agora, novamente se posicione junto ao cavalo e repita o processo anterior, porém, dessa vez você
vai subir no animal e permanecer deitado, sempre segurando o cabresto (fig. 3). Atenção: a sua
cabeça deve ficar sempre ao lado oposto do qual você esta puxando o cabresto.
PRATICA DOMA RACIONAL ETAPA 1

Estar preparado para descer nessa primeira etapa da monta é importante. Esteja atento e preparado.

Caso haja alguma reação e o cavalo ameace pular, desça rapidamente e seja firme. Dando pequenos
trancos no cabresto mostre que aquela reação não pode acontecer. Como para qualquer outra reação
negativa, dê um ou dois trancos e diga um sonoro “NÂO”. Destaco que essa correção deve ser feita no
máximo em 5 (cinco) segundos, conforme já mencionei anteriormente.

Figura 4

Havendo reação negativa por parte do animal e após ser corrigido conforme o demonstrado, refaça o
processo de monta em ambos os lados. Estando seguro que o animal não vai se assustar, monte-o
novamente, sempre seguindo os procedimentos de segurança. Ainda dessa vez você continuará
deitado sobre o animal.
Deitado sobre o cavalo você passará a usar as pernas e a
Figura 5
mão que ficará livre para alcançar os pontos sensíveis do

animal (fig. 5), objetivando finalizar o trabalho de “tirar de

cócegas”. Enquanto isso, outra mão deverá estar segurando

o cabresto. Com a mão livre esfregue a região dianteira do

animal, sempre muito atento para qualquer reação brusca.

Percebendo que o animal vai pular, desça rapidamente e o

repreenda dando trancos no cabresto, conforme orientado

anteriormente. É por essa razão que a primeira monta deve

ser deitada, preparando o animal para não pular. A minha

intenção não é conseguir permanecer sobre o animal

enquanto ele pula, como se estivesse em um rodeio. O meu

objetivo é não permitir que ele pule. Sei que se isso ocorrer e

o domador vier a cair, pode o cavalo entender que ganhou a

disputa e aprender fazer isso sempre.

Como já disse, não dê mal costume a seu cavalo. Também nunca entre em uma disputa que você não
tem certeza que possa ganhar. Usamos de técnicas justamente para isso, evitar resultados negativos.

Concluídas as etapas de dessensibilização (tirada de cócegas) tanto no chão quanto montado,

passaremos para os primeiros comandos.

Ainda deitado sobre o animal comece a mexer as pernas para estimulá-lo a andar, puxando e dando

pressão no cabresto em direção a que se pretende que o animal siga. Alterne as direções e lembre-se

de mudar a posição da cabeça para o lado oposto do cabresto sempre que fizer essa alternância.
PRATICA DOMA RACIONAL ETAPA 1

Percebendo que o cavalo obedece aos comandos básicos, com todo o cuidado levante-se em seu dorso até
ficar montado corretamente (fig. 6). Agora, usando comando de voz e pressionando as pernas contra a
barriga do animal estimule-o a andar para frente. Se necessário for dê pequenos toques com a perna até que
o animal responda aos estímulos e passe a caminhar. Assim que o cavalo iniciar os passos tire a pressão das
pernas para que entenda que é muito mais cômodo trabalhar sem pressão. Desse modo fazemos o animal
entender que a forma mais rápida de sair da pressão é caminhar.

Figura 6

Por enquanto a intenção é fazer o animal andar para frente, sem direção. Apenas queremos que ele caminhe
e entenda os comandos de perna e de voz.

O comando de voz inicial para estimular o animal a andar é conhecido por “chupar o beiço” ou “beijinho”, que
na verdade representa o som emitido quando se “jogam” sucessivos beijos. É muito conhecido entre as
pessoas que trabalham com cavalos.

Com relação a posição do cabresto, mantenha-o solto, leve, sem fazer força. Não queremos confundir a
cabeça do animal. Por isso não queira puxá-lo para os lados inicialmente, apenas deixe-o entender que
precisa andar para frente. Deixe o cavalo seguir o caminho que quiser, não queira controlar sua direção.
Faça apenas o básico.

Existe uma regra que devemos seguir sempre: “a puxada indica, o alívio ensina”.

Toda vez que você exerce uma pressão, seja nas pernas ou no cabresto, deve durar apenas o suficiente para
o animal obedecer ao comando. Alerto para que se tire a pressão do animal no momento correto, ou seja, o
retardo pode confundi-lo.
PRATICA DOMA RACIONAL ETAPA 1

No vídeo, você pôde me observar algumas vezes puxando o cavalo enquanto o aluno vai aplicando os
comandos de perna e voz. Você também pode contar com a ajuda de um auxiliar, não há nada de mal nisso.
O importante é o resultado final.

Nesta etapa, quando falo de comando de voz, estou me referindo a parada do animal. Até então, o animal foi
estimulado a andar para frente. Agora precisamos ensiná-lo a parar. Isso se faz puxando o cabresto
levemente para trás, ao mesmo tempo em que se diz: “ooooh” (comando de voz usado para o animal parar).
Assim que o cavalo parar, imediatamente alivie o cabresto, retribuindo com um agrado, alguns leves
“tapinhas” em seu pescoço.

Uma dica muito importante é sempre que você der o comando de parar, faça o cavalo recuar um pouco. A
ideia é fazer o animal pensar para trás. Mais adiante ensinarei como fazer o cavalo recuar.

Depois que o animal demonstrou progresso em executar o primeiro comando que o estimulou a andar para a
frente, chegou o momento de ensinar-lhe os comandos laterais.

Para conduzir o animal para o lado esquerdo, por exemplo, puxe levemente o cabresto para esse lado. Em
sincronia com esse movimento abra sua perna esquerda como se indicando a direção para o cavalo seguir,
e com a perna direita pressione a região da paleta do animal, de modo que estivesse o empurrando a virar à
esquerda. Obedecendo esses critérios, faça o animal virar à direita.

O último comando que vamos trabalhar é fazer o animal recuar. Para isso puxe levemente o cabresto para
trás, com a mão baixa e com o braço quase que totalmente esticado. Mantenha a pressão no cabresto até
que o cavalo ceda e dê ao menos um passo para trás. Cedendo, imediatamente alivie a pressão. Lembre-se:
“a puxada indica, o alivio ensina”.

Se por acaso o cavalo começar a resistir e não obedecer, apenas mantenha a pressão, não precisa puxar
mais, não queira disputar um cabo de guerra.

Se conseguiu realizar os comandos sugeridos, parabéns, finalizou a primeira etapa. Mas alerto, por mais
empolgado(a) que você esteja, não tente avançar mais do que o combinado. Você pode acabar perdendo
um resultado positivo. Por isso saiba parar, termine a sessão de doma com a sensação que dava para fazer
mais alguma coisa.

Oriento também, a finalizar o trabalho com seu animal bem disposto. Não trabalhe seu cavalo até o
esgotamento. São pequenos detalhes que farão toda diferença.
PRATICA DOMA RACIONAL ETAPA 1

Concluídas as etapas acima, finalize com a tradicional posição que eu e meus alunos realizamos
sempre ao final da primeira etapa da doma.

A posição do observador.

Antigamente, os índios ficavam em pé em seus


cavalos para poder observar mais longe o
território, e garantir a segurança contra possíveis
ataques inimigos. Esses mesmos índios
desenvolveram a técnica de doma índia, a mesma
que eu emprego como base para a doma racional.

Para mim a posição do observador demostra a


a conquista da confiança, lealdade e trabalho em
grupo. Por essa razão eu a realizo todas às vezes
que concluo a etapa inicial de doma.

Para marcar sua conquista, sugiro que tire uma foto,


postando-a no grupo. Quem sabe resolvo premiar
a melhor foto.

Mas alerto, tome muito cuidado. Se for preciso peça


ajuda para realizar a posição do observador.

Chegamos ao final da primeira etapa da doma.


Parabéns! Você concluiu o 2° módulo. Espero
que esse conteúdo tenho sido útil para o seu
aprendizado. Faça agora mesmo o pedido do 3°
e ultimo módulo. Lembrando que esse material é
gratuito. Basta enviar um e-mail para:

suporte.leonardofeitosa@gmail.com

E se possível, deixe um comentário sobre o que achou desse


material. Sua opinião é extremamente importante para melhorarmos
ainda mais nosso conteúdo.

Um abraço e Tamo Junto!!!

Para informações sobre o curso


online de Doma Racional entre
em contato.

(15) 99611-7078
Apenas whatsApp
19

Você também pode gostar