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o OBJETIVO
▪ PARTE I: ELEMENTOS
❖ 1. OS SUBSTANTIVOS DA DEMOCRACIA
❖ 2. OS ADJETIVOS DA DEMOCRACIA
❖ 3. OS VERBOS DA DEMOCRACIA
❖ 4. QUAL LIBERDADE?
❖ 5. QUAL LIBERALISMO?
❖ 6. CIDADANIA?
❖ 7. KAKISTOCRACIA
❖ 8. DEMOCRACIA ÀS AVESSAS?
❖ 9. CONTRA O PRESIDENCIALISMO
INTRODUÇÃO
1. OS SUBSTANTIVOS
DA DEMOCRACIA
1. Demo-kratía
▪ Qual igualdade é propriamente inerente à democracia? Igualdade entre quem? Igualdade em quê?
▪ Reformulando em termos de igualdade: Democracia é aquela forma de governo ou aquele regime no qual todos os
"membros" de uma determinada comunidade são considerados iguais (no direito à) participação do poder político.
▪ Em suma, nem "todos" podem participar das decisões políticas, nem mesmo na democracia.
▪ Se considerarmos "cidadão" aquele que é titular do direito-poder de participar das decisões coletivas.
▪ Quem é cidadão? Se "nem todos" os indivíduos são cidadãos, quais devem ser?
▪ Entre a democracia dos antigos e a dos modernos>> Concepção política: É cidadão a pleno título, ou seja, partícipe do
poder político, todo indivíduo membro da coletividade, sem distinção de classe ou de patrimônio, considerado
simplesmente como sujeito capaz de vontade racional, e por isso mesmo dotado de dignidade política.
▪ Fisionomia do sistema da democracia dos modernos >> Passa a assemelhar-se com uma pirâmide.
▪ Dois sentidos: De cima para baixo ou de baixo para cima.
▪ Identifica-se com o processo ascendente: O início está na base, está nas muitas vontades dos
indivíduos concebidos como sujeitos racionais autônomos, e, através de um sistema de designações
que partem de baixo, avança até o vértice.
▪ Características:
▪ I. Os múltiplos planos intermediários que se inserem entre a base e o vértice são ocupados por
organizações cujos membros estão, em relação ao cidadão comum, "mais próximos" do momento
culminante da decisão política e, portanto, capazes de influenciar mais sobre o seu conteúdo.
▪ II. A orientação de base dada pelas decisões inicias dos cidadãos eleitores pode ser desviada e
distorcida, e todo o curso decisório pode mudar de direção.
▪ Aspectos estruturais do processo decisório moderno e as possibilidades negativas neles implícitas:
Permite a elaboração de bons instrumentos para medir ao menos em parte a distância entre
democracia ideal e democracia real, ou melhor, entre o conceito de democracia e as realidades que
denominamos democracias.
PARTE I: ELEMENTOS
2. OS ADJETIVOS DA
DEMOCRACIA
1. Democracia sem adjetivos?
3. OS VERBOS DA
DEMOCRACIA
1. O jogo democrático
4. QUAL LIBERDADE?
1. PREMISSA METODOLÓGICA
▪ Liberdade diferente de escravidão, servidão. Livre é quem não é servo e nem escravo.
Escravo e servo são sinônimos ou quase sinônimos? Escravo está acorrentado e servo
não. Escravo é menos livre. Cita a definição ou quase definição de liberdade: livre é
quem está sem amarras, sem correntes, sem vínculos (de variados tipos). Agora explica
o oposto. O escravo e o servo tem dono; alguém que sobre eles detém poder. Se se
liberta ou adquire a liberdade, o poder do dono passa a não mais existir.
▪ O poder do dono é a negação da liberdade e a liberdade do servo é a negação do poder
do dono. Mostra o contraditório do poder e da liberdade. Obrigações e proibições e
proibições, impedimentos e coerções. Nas constituições civis, o poder político, é vetado
vetar. A liberdade negativa consiste na negação de poder (de outrem), o que falta para
liberdade: o impedimento e a coerção; a liberdade positiva é quando a pessoa é capaz
de escolher, querer e decidir por si só, o que está presente para a liberdade: sua própria
vontade sem interferência (de outrem).
3. Esclarecimentos e aprofundamentos,
objeções e respostas
▪ A liberdade negativa (ou não liberdade) refere-se aos sujeitos simples, dentro das
normas sociais ou políticas que provém da coletividade. Assim sendo, o sujeito
singular é mais ou menos livre no conceito da liberdade negativa imposta pelo
Estado. A liberdade positiva – podendo ser chamada autonomia – entendida como
capacidade, possibilidade do querer, sem determinação de outros ou que, de forma
abstrata e geral, conceituando de que o indivíduo é autônomo, determinando a
própria vontade estabelecendo normas a ele mesmo.
▪ O cidadão democrático em sua participação política, não faz as leis para si próprio.
▪ a) O sujeito que estabelece as leis (com o procedimento “para decidir”), é a
coletividade onde ele é apenas uma fração.
▪ b) O sujeito que recebe as leis é o indivíduo não como cidadão, mas como indivíduo
privado, que por definição não é politicamente independente do coletivo (e por isso
não é “autônomo”), nem mesmo quando o coletivo é democrático.
5. Liberdade liberal e liberdade
democrática
▪ Livre (negativamente) é o sujeito que recebe normas (proibições, coerções e impedimentos) oriundos do
coletivo, não inferindo com o seu comportamento. São mais ou menos livres pelo comportamento não
regulado pelo coletivo. São livres os indivíduos que vivem no Estado constitucional onde os espaços de
liberdade são garantidos e protegidos contra qualquer pessoa, até mesmo o detentor do poder. A isso poderia
ser chamado de liberdade liberal, pedida nos movimentos liberais, coincidindo com as liberdades individuais
das constituições modernas. Assim tem destaque naquilo que o Bobbio chamou de “as quatro grandes
liberdades do moderno”: liberdade pessoal, liberdade de opinião e imprensa, liberdade de reunião e de
associação.
▪ Livre (positivamente), politicamente autônomo, é o sujeito que contribui para as normas do coletivo,
incluindo ele. Serão autônomos também aqueles cidadãos do Estado reconhecidos os direito-poder em que
possam participar do processo decisório político. Podendo ser chamada de liberdade democrática.
▪ Então, a liberdade liberal, na sua compreensão, é uma liberdade igual – que pelas quatro grandes liberdades
dos modernos – dada a todos na mesma medida.
▪ Liberdade liberal e liberdade democrática, cada uma em seu conceito, na mútua tensão. Confirmando a
história das doutrinas liberais e democráticas nos dois últimos séculos, os fatores da primeira liberdade teme
que os da segunda condicione os espaços de liberdade civil dos cidadãos privados até anulá-los, e por isso
tentarão impor limites à extensão da regulação coletiva, ainda que democrática, das ações individuais; os
fatores da segunda liberdade podem suspeitar que naqueles mesmos espaços de liberdade são criadas as
condições para alterar o exercício da liberdade política, e por isso tentarão ao menos agir de modo que, como
dizia Rousseau, ninguém seja tão rico a ponto de comprar os votos do outro, e ninguém tão pobre a ponto de
querer vendê-lo.
6. Breve nota cética conclusiva
▪ - Liberdade positiva, liberdade de escolha política corresponde à liberdade do querer? vontade autônoma do
direito poder?
▪ - Há uma segurança entre nós que condiciona, determina nossa vontade política?
▪ - Que não é uma escolha orientada, condicionada e não determinada por outros?
▪ (Não necessariamente um poder constitutivo: penso naqueles que Luigi Ferrajoli chama de “poderes selvagens”,
os poderes que se aninham na sociedade civil e não têm limites constitucionais). Refiro-me nem tanto ao poder
que condiciona o agir, impedindo e coagindo, proibindo e obrigando, mas ao poder que condiciona a vontade,
fornecendo informações parciais ou deformadas, apresentando problemas em termos distorcidos, não
apresentando outros problemas tão ou mais relevantes, sugerindo critérios de juízo inadequados ou de alguma
forma maquiados; em suma, fazendo-nos olhar através de lentes deformadoras que nos impedem de ver
corretamente a realidade, de julgar com ponderação, de decidir com a nossa própria cabeça, em uma palavra, de
querer autonomamente. E, portanto, de sermos capazes de ser livres.
PARTE II:
COMPLEMENTOS
5. QUAL LIBERALISMO?
1. As aventuras do liberalismo
6. CIDADANIA
1. Uma problemática nova?
▪ Por razão histórica e teórica de Aristóteles o conceito de cidadania vem para uma meditação na
história. Juridicamente de origem romana.
▪ – Émile Benveniste sustenta que o termo latino “civis” – no significado de “cidadão”, que estamos
tentando determinar – não tem equivalentes nas outra línguas do ramo indo-europeu, e afirma que
“é necessário reconhecer em “civis” a designação de atribuição recíproca, nas origens, ente os
membros de grupo detentor dos direitos de indigenato, em oposição às diversas variedades de
“estrangeiros”.
▪ Segundo especialistas: direito de todas as espécies. Constituir famílias, ter servos, votar, ser eleito,
etc... Direitos subjetivos para os romanos são direitos do “civis”, do cidadão. Para ser sujeito de
direito tem que ser cidadão. Direitos e deveres reconhecidos pela lei.
7. KAKISTOCRACIA
1. NATURAL DEGENERAÇÃO DAS FORMAS
POLÍTICAS
▪ VÍCIOS: ▪ MONARQUIA>>
ARISTOCRACIA
▪ REI >> MONARQUIA
▪ ARISTOCRACIA>>
▪ ARISTOCRACIA>> OLIGARQUIA
OLIGARQUIA
▪ OLIGARQUIA>>
▪ DEMOCRACIA>> DEMOCRACIA
DOMINIO SELVAGEM DA
VIOLÊNCIA ▪ DEMOCRACIA>>
OCLOCRACIA
2. UM REMÉDIO: O GOVERNO MISTO
8. DEMOCRACIA ÀS
AVESSAS?
1. AS FACES DO PODER
▪ DIVISÕES
▪ PODERES SOCIAIS >> FUNDA O ESTADO
REPRESENTATIVO MODERNO (ESTADO – SOCIEDADE
▪ PODERES INSTITUCIONAIS>> DIVISÃO E SEPARAÇÃO
DOS PODERES DO ESTADO (ESTADO
CONSTITUCIONAL).
4. CON-FUSÕES DE PODERES
9. CONTRA O
PRESIDENCIALISMO
1. PRÓLOGO: UM PAÍS ESTRANHO