Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A palavra currículo tem origem em Scurrere, palavra latina que quer dizer correr, e
refere a curso (ou carro de corrida). A partir dessa ideia, podemos entender currículo
como um percurso a ser seguido.
O currículo também pode ser entendido como um campo social se visto a partir da
construção intelectual e prática de estudiosos, políticos e sociedade civil.
Atenção, pessoal!
Vamos repetir!
Na virada do século XIX para o XX, os Estados Unidos vivenciam uma nova concepção
de sociedade que se baseia no modo industrial. Assim, o currículo vem a ser desenvolvido
a partir de ideias vindas do Taylorismo. Professores, mas o que é Taylorismo?
Voltando.
Assim, nesse período, a escola é vista como meio relevante para promover a
adaptação das novas gerações às mudanças culturais, sociais e econômicas que estavam
acontecendo. Havia, nesse período uma grande preocupação com o planejamento
propriamente dos currículos.
Quem se destaca nos Estados Unidos nesta época é Franklin Bobbitt (1876-1956),
que escreveu “The Curriculum”, no qual expressa ideias relacionadas a eficiência e a
padronização que vinham da ciência da Administração que estava se desenvolvendo. Na
visão de Bobbitt, a escola deveria formar as pessoas para o trabalho.
O tecnicismo, que surgiu no final da primeira metade do século XX, buscou planejar
a educação de modo a organiza-la racionalmente para que as interferências subjetivas
fossem diminuídas e não colocassem em risco sua eficiência. Para isso, os processos
precisariam ser mecanizados, fato que levou ao surgimento de propostas pedagógicas
com enfoque sistêmico e as que utilizavam o micro-ensino, o tele-ensino, a instrução
programada, etc.
Enfim, fez com que surgisse a padronização do sistema de ensino a partir de uma
organização racional planejamento em esquemas formulados para se ajustarem a
diferentes disciplinas e práticas pedagógicas.
As teorias tradicionais tiveram origem nos Estados Unidos e são do tipo conservadora.
Fundamentava-se nos princípios de Taylor, que igualava o sistema educacional ao modelo
organizacional e administrativo das empresas. As teorias tradicionais buscam preparar o
indivíduo para o desenvolvimento de habilidades intelectuais por meio de práticas de
memorização. Os principais representantes das teorias tradicionais são Taylor, Bobbit,
Dewey e Tyler.
Estes estudos contribuíram para que o currículo fosse visto como uma construção
social e auxiliaram na compreensão das ligações entre currículo, cultura e poder, de forma
que, hoje, percebe-se no currículo a sua parcialidade ou a sua não neutralidade.
Althusser foi, nas décadas de 1960 e 1970, um dos responsáveis pela inserção das
teorias marxistas no campo do currículo. Para este filósofo francês a educação era um
dos principais aparelhos de disseminação das ideias das classes dominantes e que, com
isso, contribuía para a manutenção da estrutura social vigente. Assim, as escolas
funcionariam como responsáveis pela formação de operários submissos enquanto os
estudantes vindos das famílias da classe dominante se formavam para ser chefes.
Dessa forma, entende-se que uma teorização crítica em educação precisa ser
reflexiva quanto a manutenção de estruturas e a possibilidade de modificá-las.
Fazem-nos perceber que o currículo não é neutro e suas propostas não são
desinteressadas.
Mostram que os sujeitos são atores e não simplesmente produtos do meio social onde
vivem.
Manifestam que há uma relação direta entre o conhecimento e o controle das camadas
subalternas e uma reprodução social e cultural sendo legitimada no currículo, por
meio dos conhecimentos tidos como indispensáveis.
Para Candau (apud Santos e Machado), existem diversas abordagens para tratar
sobre o multiculturalismo, no entanto, a autora destaca duas abordagens a descritiva e a
propositiva. Nesse sentido temos as seguintes definições:
Modificam os debates gerados pela tendência crítica; embora haja alguma semelhança,
seus fundamentos são diferentes;
Questiona o conceito de verdade, pois considera o processo pelo qual algo se tornou
verdade.
Uma dica para entender a diferença existente entre as teorias críticas e as pós-
críticas é perceber que, no geral, o foco nas teorias críticas está na análise do
poder relacionado a questões econômicas; já nas pós-críticas, as análises
baseiam-se em toda uma rede social, levando em conta temas subjetivos,
inerentes, segundo essas teorias, ao que constitui o meio social.
Currículo tradicional.
Se refere ao conjunto de disciplinas a serem estudadas pelos alunos ao longo dos anos
escolares. O currículo tradicional não se atenta para a contextualização. Esse currículo
organiza as disciplinas com seus conteúdos de forma fragmentada. Por isso, a educação
ocorre de modo linear, sem articulação entre os temas.
Currículos fechados.
São aqueles que trazem as disciplinas de forma isolada. Os conhecimentos e
competências dos professores não são considerados na sua elaboração e os
professores ficam limitados a seguir os objetivos e os conteúdos definidos no
currículo.
Currículos abertos.
Preocupam-se com a integração entre as disciplinas e ações pedagógicas. Os
professores participam do processo de elaboração e seus saberes são respeitados,
por isso, acabam tendo mais flexibilidade na definição dos objetivos e
competências a serem trabalhados. Os conteúdos podem ser organizados em áreas e
temas geradores, de forma que subtemas e disciplinas poderão ser associados ao tema
focal.
Desse modo, entende-se que uma boa prática pedagógica deve ser pautada pela
ética. Afinal, como percebemos ao estudar as teorias do currículo, quando o professor
ensina uma disciplina, o professor está ensinando mais que os conteúdos especificados.
Ele etá ensinando sobre o mundo e as atitudes diante deste, sobre as relações sociais e
o convívio.
Assim, tendo melhor entendimento da prática pedagógica, fica mais fácil visualizar e
entender as diferentes expressões dos currículos. Veja os conceitos que poderão ser
cobrados em sua prova:
O currículo implica uma seleção, uma escolha (tipo de currículo, se aberto ou fechado,
entre outras);
Para escolher conteúdos e métodos, algum critério tem que ser utilizado, podendo este
estar implícito ou explícito;