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Oestranho nao é, entre nés, apenas o agente imediato do capital, como 0 empresério, o gerente e o capataz, ‘mas é também o jagun¢o, o policial,o militar. E, ainda, 0 funcionério governamental, 0 agrdnomo, o missionrio, © cientista social. Embora cada um trabalhe para um projeto distinto, raros sto os que trabalham pela vtima dos processos de que sio agentes. Sao, portanto, prot sgonistas da tragédia que aniquila os frageis e que, por ‘sso, nos fragiliza a todos, nos empobrece e nos muti, pporaiue preenche com a figura da vtima o lugar do cia «dio, E nos priva, sobretudo, das possibilidades histor ccas de renovago e transformacio da vida, eriadas jus tamente pela exclusio e pelos padecimentos desneces- ‘sérios da imensa maioria. José de Souza Martins A CHEGADA DO ESTRANHO DO MESMO AUTOR, NA EDITORA HUCITRC Crt Motaraceo, 0 mpressrio ea Empresa (Etude de Socior 2osta do Desenvolvimento), 2 ed., 2° reispr nig Fob 0 Modo Copitalisia de Pensar, 4 ed nes Tepecriagdoe Violeneia (A Questa Politica ne Oamap), 2 ved, 1982; 3." od., aumentada, 1991, Migemiitde Criten & Sociologia Rural (org), 2 ., 1986 6 eas 0 Mortos na Sociedade Brasileira (orgy Yoon © Cativeiro da Terra, 4° ed. 1080 AIS faerie oe Limises da Demoeraca na “Nova Rept Caminhada no Chao da Noite, 1989 © Massacre dos In (org.), 1901 JOSE DE SOUZA MARTH ‘Universidade de So Paulo A CHEGADA DO ESTRANHO EDITORA HUCITEC Sao Paulo, 1993 INDICE Introdugio n Cap. 1 Antropofagia e barroco na cultura latino-americana 15 Cap.2 ‘Tempo e linguagem nas Intas do campo a7 Cap.3 Achegada do estranho 61 Cap.4 As lutas dos trabalhadores rurais na conjuntura Cap. 5 Cap. 6 adversa 83 Os novos sujeitos das lutas sociais, dos direitos eda politica no Brasil rural 107 Mereado ¢ democracia: a relagao perversa 155

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