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Descritivo de Alterações

Versão 2018.1.0
ÍNDICE
DESCRIÇÃO DAS ALTERAÇÕES NAS REGRAS DE COMERCIALIZAÇÃO – VERSÃO 2018.1.0 3
Alterações Regulatórias 3
1.1. Implementação Leilões - 16º, 18º, 20º e 22º LEN 3
1.2. Alocação Financeira da Energia Não Vinculada à Potência de Itaipu 9
1.3. Efeitos decorrentes do atendimento dos consumidores eletrointensivos (Lei nº
13.182/2015) 10
1.4. Alteração no lançamento dos ressarcimentos de usinas eólicas - CCEARs 13
1.5. Inclusão dos Encargos Moratórios, de que trata a REN nº 552/2002 - Despacho nº
2982/16 14
1.6. Apuração dos Encargos provocados pelo Deslocamento da Geração Hidráulica (DH) 19
Aprimoramentos Gerais 28
1.7. Tratamento para contemplar alteração de proprietário de usinas no regime de Cotas
de Garantia Física 28
1.8. Ajustes para viabilizar a Reapuração da Receita de Venda de CCEAR 29
1.9. Tratamento de usinas com recuperação de custos fixos via ESS 29
1.10. Atualização da receita retida no âmbito do CER - Fontes Eólica e Solar 31
1.11. Desconto de subsídios CDE/CCC na Receita de Venda 32
1.12. Determinação preliminar do desconto na TUST/TUSD para consumidores especiais
recém aderidos à CCEE 32
1.13. Determinação de desconto na TUSD/TUST para usinas a biomassa com potência
injetada até 50 MW 33
Demais Melhorias 34
1.14. Inclusão de ADDC e demais ajustes na Contratação de Energia de Reserva 34
1.15. Adequação de tratamentos não vigentes nos módulos de Medição Contábil e
MCSD 34
1.16. Ajuste do cálculo do valor inadimplido dos agentes de distribuição 36
1.17. Alteração de nomes de acrônimo duplicados 36
1.18. Revisão e ajustes textuais 37

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Descrição das alterações nas Regras de Comercialização – Versão
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Alterações Regulatórias

1.1. Implementação Leilões - 16º, 18º, 20º e 22º LEN

Descrição dos Leilões


16º Leilão de Energia Nova
Nos termos da Portaria MME nº 137, de 30.04.2013, o Ministério de Minas e Energia determinou que a Aneel
promovesse, direta ou indiretamente, Leilão para Contratação de Energia Proveniente de Novos
Empreendimentos de Geração, com início de suprimento em 01.01.2018, para empreendimentos de fontes
hidráulica, termelétricas a carvão ou a gás natural em ciclo combinado e a biomassa com Custo Variável Unitário
- CVU igual ou diferente de zero.

A Resolução Homologatória nº 1.560, de 23 de julho de 2013, embasada pela Audiência Pública 61/2013,
aprovou o edital e os anexos do referido leilão. Deste modo, em 29.08.2013, a CCEE realizou o 16º Leilão de
Energia Nova – 16º LEN, no qual foi negociada energia elétrica das fontes hidráulica, biomassa com CVU (cavaco
de madeira) e com CVU nulo (bagaço de cana).

18º Leilão de Energia Nova


O 18º Leilão de Energia Nova – 18º LEN, denominado Leilão 10/2013, foi determinado pela Portaria MME nº
234, de 09.07.2013, tendo suas condições discutidas na Audiência Pública 108/2013. A Resolução Homologatória
nº 1.651, de 12 de novembro de 2013, aprovou o edital e seus anexos.

Com início de suprimento estabelecido para 01.05.2018, no referido leilão foram negociadas as fontes
hidrelétrica, eólica e biomassa com e sem CVU. O leilão foi realizado pela CCEE, em 13 de dezembro de 2013, e
apresentou 119 empreendimentos vencedores.

20º Leilão de Energia Nova


O 20º Leilão de Energia Nova – 20º LEN, denominado Leilão 06/2014, foi determinado pela Portaria MME nº
203, de 15.05.2014, tendo suas condições discutidas na Audiência Pública 51/2014. A Resolução Homologatória
nº 1.813, de 29 de outubro de 2014, aprovou o edital e seus anexos.

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Com início de suprimento estabelecido para 01.01.2019, no referido leilão foram negociadas as fontes
hidrelétrica, eólica, gás natural, carvão mineral nacional, além de biomassas com e sem CVU. O leilão foi
realizado pela CCEE, em 28 de novembro de 2014, e apresentou 51 empreendimentos vencedores.

22º Leilão de Energia Nova


O 22º Leilão de Energia Nova – 22º LEN, denominado Leilão 04/2015, foi determinado pela Portaria MME nº
672, de 19.12.2014, tendo suas condições discutidas na Audiência Pública 24/2015. A Resolução Homologatória
nº 1.923, de 21 de julho de 2015, aprovou o edital e seus anexos.

Com início de suprimento estabelecido para 01.01.2018, no referido leilão foram negociadas as fontes
hidrelétrica, eólica, gás natural e biomassa com e sem CVU. O leilão foi realizado pela CCEE, em 21 de agosto de
2015, e apresentou 29 empreendimentos vencedores.

Resumo da Alterações
Isenção de entrega para usinas atestadas como aptas à operação comercial
Todos os contratos do 16º LEN preveem que nas situações onde ocorra atraso na entrada em operação das
instalações de transmissão que não sejam de responsabilidade do empreendedor, a correspondente usina
estará isenta das obrigações de constituição de lastro e de entrega de energia estabelecidas a partir do início de
suprimento do contrato mediante isenção concedida pela Aneel.
Penalidades de Energia:
Alteração no quadro “Importante” existente antes da apuração do “fator de isenção de lastro das usinas aptas
a entrar em operação comercial da usina” (LC 14) a fim de proporcionar maior clareza ao conceito, além de
pontuar de modo objetivo que o 12º LEN, embora apresente no contrato cláusula contratual referente as usinas
atestadas como aptas à operação comercial, não isentava as usinas da apuração de insuficiência de lastro de
energia.

Valoração da receita de venda com base na garantia física de motorização em situações de atraso de início de
operação comercial
A Regra vigente apura a receita de venda para usinas com unidades geradoras em atraso considerando o
cronograma expresso no contrato de concessão somente para o 15º LEN. Para os demais casos, o cálculo do
fator de potência em atraso é apurado, basicamente, em função da potência das unidades geradoras em atraso
em função da capacidade total do empreendimento. Ocorre que todos os leilões recentes contêm cláusula
contratual que determina a utilização da garantia física de motorização estabelecida no contrato de concessão
ou ato autorizativo para fins de verificação das unidades geradoras em atraso.

Receita de Venda de CCEAR:

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Alteração na condição relativa a apuração ao fator de atraso comprometido com o produto (LC 29 e 30) a fim
de estender a condição de cálculo que utiliza o fator de garantia física de motorização das unidades geradoras
em atraso “F_GFIS_MOT_AT” a todos os empreendimentos que negociaram energia a partir do 15º LEN, sempre
que previsto em contrato.

Antecipação de início de suprimento contratual no 18º LEN


O início de suprimento dos produtos negociados no 18º LEN é 1º de maio de 2018, contudo, é previsto que o
início do suprimento do contrato será alterado para 1° de janeiro de 2018 caso a entrada em operação comercial
da usina seja anterior a essa data. Caso o início de operação comercial do empreendimento ocorra entre 1º de
janeiro e 30 de abril, este será também o início de suprimento do CCEAR. Datas de início de operação comercial
posteriores a 1º de maio, não alteram a data de início de suprimento do contrato. Sendo o início de suprimento
contratual um parâmetro cadastral, a alteração proposta em Regra tem por finalidade apenas esclarecer aos
agentes quanto ao tratamento que será dado para as situações onde o início de suprimento do contrato não
seja coincidente com a primeira hora do primeiro dia do mês.
Contratos:
Foram inseridos dois quadros “Importante” (após as LC 83 e 91) na seção que trata dos critérios de sazonalização
e modulação dos contratos CCEAR, respectivamente, com a finalidade de esclarecer que a sazonalização e
modulação dos contratos no mês seguirão o perfil de sazonalização e modulação efetuados a partir do início de
vigência do contrato.
Comprometimento de Usinas:
No cálculo do percentual de comprometido com a Garantia Física, base para os demais cálculos do caderno, foi
inserido quadro importante informado o percentual será válido a partir da data de início do contrato (LC 17).

Obrigação de entrega para usinas submotorizadas do 18º LEN


Os contratos a biomassa com CVU nulo preveem que os montantes associados à obrigação mensal de entrega
de energia especificados no contrato não serão aplicados nos casos em que a completa motorização da usina
não ocorra até 1º de janeiro do ano de referência. Nestas situações, a sazonalização do contratual será
considerada “flat”. Tal tratamento será aplicado, inclusive, para as usinas vendedoras do 18º LEN onde o início
de suprimento contratual poderá ocorrer até o mês de maio/2018.
Comprometimento de Usinas:
Alteração na condição utilizada para a apuração da Obrigação Mensal de Entrega de Energia associado ao CCEAR
por Disponibilidade (LC 43) de “1º dia do ano” contratual para “1º de janeiro do ano” contratual.

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Indisponibilidade Programada horária (IPh)
A partir do 18º LEN, as usinas térmicas com CVU não nulo deverão apresentar ao ONS, até o dia 15 de dezembro
de cada ano civil, o cronograma anual de indisponibilidades programadas para o ano subsequente com
discretização horária (IPh), sendo que a média dos valores declarados não poderá ser superior ao valor de
indisponibilidade programada declarada para o cálculo da garantia física do empreendimento.
Nos três primeiros anos de suprimento do contrato, após à entrada em operação comercial da última unidade
geradora da usina, o vendedor estará isento da obrigação de entrega referente à indisponibilidade programada.
A partir do quarto ano, somente haverá isenção quando a indisponibilidade ocorrer dentro do cronograma
informado pelo agente ao ONS.
No mês de janeiro do quarto ano do período de suprimento do contrato, caso a indisponibilidade programada
média nos três primeiros anos seja superior aos valores de referência, será apurado um ressarcimento
contratual à usina que será descontado da receita de venda no mês seguinte ao mês de apuração.

Comprometimento de Usinas:
Na seção referente ao cálculo do comprometimento das usinas térmicas com obrigação de entrega, exceto
biomassas sem CVU, foi alterado o cálculo da disponibilidade máxima contratual apurada (LCs 55 e 56) a fim de
considerar apenas a taxa de referência de interrupções forçadas para os leilões realizados a partir de dezembro
de 2013, de modo a contemplar o 18º, 20º e 22º LEN (a distinção do mês justifica-se pelo fato do 18º LEN ter
sido realizado em 13.12.2013).
Na mesma seção, referente ao despacho de usinas por ordem de mérito, a disponibilidade máxima contratual
ajustada, representada pelo acrônimo DISP_MAX_AJU (LCs 58.1.4.1.1 até 58.1.4.1.1.3), foi subdividida
conforme data de realização dos respectivos leilões, a fim de considerar a disponibilidade verificada a partir dos
respectivos indicadores, para os 3 primeiros anos de suprimento contratual e a partir do 4º ano de suprimento
contratual (que considera os efeitos decorrentes do descumprimento do cronograma horário). O fator de
indisponibilidade verificada (LC 58.1.4.1.1.3.1) será apurado em função do somatório das indisponibilidades
apuradas pelo ONS e aplicado aos três primeiros anos de suprimento do contrato, no cálculo da disponibilidade
máxima contratual ajustada e da inflexibilidade contratual modulada (LC 59.2).

Receita de Venda de CCEAR:


Na seção referente ao cálculo dos ressarcimentos de usinas térmicas com CVU e com obrigação de entrega foi
criada uma subseção específica para apurar os ressarcimentos associados à indisponibilidade programada (LC
20 à 24).

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Para as usinas, comprometidas com leilões realizados a partir de dezembro de 2013, durante os três primeiros
anos de suprimento contratual, casos as taxas de indisponibilidade programada verificada sejam superiores as
taxas declaradas (consideradas no cálculo da garantia física dos empreendimentos), haverá a apuração de um
ressarcimento associado à indisponibilidade programada.

A diferença entre as taxas equivalentes de interrupções verificadas e programadas será utilizada para obtenção
da Diferença da Indisponibilidade Programada (LC 22). Para este cálculo, será necessário o considerar o TEIP
para fins de ressarcimento - obtido a partir do valor acumulado de indisponibilidade programada, apurada desde
o início de operação comercial da unidade geradora até o final do 3º ano contratual (LC 22.1). O valor apurado
será utilizado quando do cálculo da Energia referente à Indisponibilidade Programada (LC 23) a ser efetuado no
primeiro mês do quarto ano contratual ou no mês de eventual rescisão contratual. Por fim, o ressarcimento será
calculado a partir do produto da energia referente à indisponibilidade programada valorada ao respectivo ICB
atualizado da usina (LC 24).

De forma análoga ao conceito já mencionado no Comprometimento de Usinas, também é necessário verificar a


indisponibilidade programada horária considerando a receita preliminar (LC 83.2 e 83.2.1). Exclusivamente para
as usinas comprometidas com leilões de energia nova realizados a partir de dezembro de 2013 (LC 83.2), será
calculado um fator de indicação de indisponibilidade programada a partir das informações declaradas
anualmente pelo agente ao ONS (LC 83.2.1).

Reajuste dos Parâmetros da Receita de Venda:


Alteração no cálculo da parcela atualizada da receita fixa de acordo com o tipo de combustível: para as usinas a
biomassa com CVU ou carvão mineral nacional (LC 31.1), a parcela da receita fixa vinculada ao custo do
combustível é associada à declaração de inflexibilidade, atualizada pelo IPCA, respeitado o prazo de 12 meses
decorridos do mês anterior ao mês do requerimento da habilitação técnica. Para as demais fontes (LC 31.2 à
31.2.2), o cálculo não foi alterado.
Alteração do valor médio do preço dos demais combustíveis (LC 51.9.1 à 51.9.1.2), segregados segundo a data
de realização do leilão: anteriores ou posteriores a novembro de 2013.

Saldo Acumulado para Usinas de Fontes Eólicas

Em análise das Regras vigentes para o CCEARs provenientes de fonte eólica foi observado que a atual formulação
algébrica permite a compensação de déficits anuais de energia entregue ao contrato, caso este ocorra em ano
imediatamente seguinte à formação de um saldo positivo. Contudo, os CCEARs permitem que, caso ocorra um

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déficit de entrega de energia até 10% do montante contratual no ano, este pode ser compensado por um saldo
positivo nos anos subsequentes.

Cabe destacar a alteração do ressarcimento anual, uma vez que CCEAR prevê que ressarcimento deve ocorrer
quando o gerador entregar energia abaixo de 90% do montante anual do contrato, sem considerar saldo positivo
do ano anterior.As regras vigentes permitem que o saldo do ano anterior compense ressarcimento anuais,
distorcendo o conceito

De forma geral a geração da usina atende prioritariamente o compromisso do ano, em seguida eventual saldo
negativo, caso ainda tenha geração excedente, forma saldo para o quadriênio, conforme limite de cada ano.
Esse saldo deve influenciar apenas o quanto de energia pode ser entregue a cada ano, com objetivo apenas de
mitigar ressarcimento quadrienal.

Comprometimento de Usinas:

Dessa forma, as Regras foram alteradas (LC 104), de maneira que seja possível a formação de saldo negativo a
ser repassado para o ano seguinte. Portanto, como consequência dessa alteração, será possível que a geração
entregue ao contrato seja maior que o limite de saldo do ano, uma vez que é possível a compensação de déficits,
limitados a 10% por ano, repassados dos anos anteriores.

Receita de Venda:

De forma a manter o conceito do CCEAR de Energia Nova onde a diferança, determinada pela geração
acumulada do ano abaixo de 90% da energia contratada anual, deve ser objeto de ressarcimento, foi necessário
retirar todos os desvios de saldos do cálculo do ressarcimento anual (LC. 4).

Preço do Ressarcimento relacionado a inflexibilidade

Por fim, em análise do preço do ressarcimento da inflexibilidade, foi identificado que para usinas com
compromisso de inflexibilidade sazonalizado, o preço do ressarcimento varia mensalmente. Contudo, uma vez
que a receita fixa é recebida de forma uniforme no ano, o preço utilizado no ressarcimento, em comparação ao
PLD, também deve ser uniforme, sendo alterado apenas quando ocorrer atualização.

Receita de Venda:

De forma a utilizar os valores em base anual, o preço do ressarcimento passou a utilizar a receita de combustível
no ano em relação ao compromisso de inflexibilidade do ano (LC. 124).

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1.2. Alocação Financeira da Energia Não Vinculada à Potência de Itaipu

O Decreto nº 8.401, de 04 de fevereiro de 2015, estabeleceu que o Risco Hidrológico de Itaipu, considerando o
MRE, seja assumido pelas concessionárias de distribuição quotistas de Itaipu, na proporção da quota-parte
alocada a cada concessionária, sendo esse um custo coberto por recursos da Conta Centralizadora de Bandeiras
Tarifárias. Com intuito de atender esse comando regulatório, a CCEE promoveu a adequação, através do módulo
Consolidação de Resultados.
Todavia, a Eletrobrás deve pagar mensalmente à Itaipu os valores relativos a toda energia disponibilizada ao
Brasil, constituída pela parcela contratada, denominada de energia vinculada, e o excedente de geração, que
constitui a geração que excede essa energia vinculada. Como o resultado da contabilização da CCEE de Itaipu é
repassado aos distribuidores, a Eletrobrás passou a ficar sem o recurso proveniente da TEO de Itaipu relativa à
geração que excede a energia vinculada, gerando um ônus computado na Conta de Comercialização de Itaipu,
podendo resultar em déficit ao final do ano, remunerado pela Taxa Selic, que é considerada no cálculo da tarifa
de repasse das distribuidoras do ano subsequente.

A partir da Nota Técnica nº 391/2016 –SGT/ANEEL e do Voto do Diretor da Aneel, a Superintendência de Gestão
Tarifária – SGT considerou que, visando a modicidade tarifária, o melhor resultado econômico seria alcançado
se o cálculo do Risco Hidrológico de Itaipu fosse alterado de forma a considerar que apenas os resultados do
mercado de curto prazo e os do MRE relativos à potência contratada fossem repassados aos distribuidores
quotistas, sendo a receita no MRE associada à energia não vinculada contabilizada mensalmente como crédito
à Eletrobrás, para cobertura dos valores a serem pagos à Itaipu.

A partir desse diagnóstico, a SGT recomendou que a Superintendência de Regulação Econômica e Estudos de
Mercado – SRM, avaliasse, para 2018, alterar a regra de comercialização da CCEE relativa ao cálculo do Risco
Hidrológico de Itaipu alocado às distribuidoras quotistas.

Portanto, a CCEE encaminha as alterações necessárias para tal operacionalização.

Módulo Consolidação dos Resultados

Resumo das Alterações

As alterações foram feitas no item 2.6 “Determinação dos Ajustes Decorrentes dos Resultados de Itaipu” no
módulo Consolidação de Resultados.

Foi incluído um texto introdutório no “contexto” do item e, para fins de concordância textual com o que será
modificado na álgebra, foi alterado parte do texto na LC 39.

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Tornou-se necessário determinar o valor da energia não vinculada à potência de Itaipu, que corresponde a
diferença entre a geração efetuada por Itaipu e a soma da garantia física modulada de Itaipu e eventual direito
de energia secundária. Tal cálculo é realizado na LC 43.1.1. Essa energia é valorada pela TEO de Itaipu dando
origem à Alocação Financeira da Energia não Vinculada à potência de Itaipu (LC 43.1).

O valor dessa alocação é descontado no resultado da compensação do MRE, resultando em um valor líquido do
MRE que é rateado entre os distribuidores quotistas de Itaipu na proporção das quota-partes (LC 43).

A Eletrobrás passará a ter a possibilidade de um crédito derivado da alocação financeira da energia não vinculada
de Itaipu, tendo sido acrescentada a parcela de alocação na LC 46.

1.3. Efeitos decorrentes do atendimento dos consumidores eletrointensivos (Lei nº


13.182/2015)

O Art. 5º da Lei 13.182/2015 permite à CHESF realizar venda de energia à título de suprimento de energia a
alguns consumidores eletrointesivos.

Inicialmente a CCEE operacionalizou esse tratamento de forma similar ao atendimento dos consumidores
parcialmente cativos, onde é abatido parte do consumo do agente conforme informado pela distribuidora
supridora. Entretanto, especificamente para o suprimento realizado por agente gerador, foram verificadas
algumas distorções em virtude desse tratamento, como a apuração dos Encargos de Segurança Energética,
apuração do excedente de Energia de Reserva e Votos, que baseiam-se no montante consumido e gerado do
agente, entre outros parâmetros.

Por esses motivos, na 904ª Reunião, o CAd da CCEE deliberou a inserção de ADDC de forma a ajustar a apuração
do rateio de pagamento dos ESS por Segurança Energética, a partir da contabilização de dezembro/2016 até o
mês de implementação das álgebras necessárias nas Regras de Comercialização para segregação do rateio de
ESS por Segurança Energética entre a CHESF e os referidos consumidores.

Dessa forma, o suprimento de energia da CHESF para seus consumidores supridos será realizada não mais
abatendo-se o consumo, mas por meio do registro de um Contrato Bilateral Regulado – CBR específico, cujo
valor horário se dará pelo menor valor entre o consumo e o limite de suprimento informado para cada hora pela
CHESF.

Como esse limite informado pela CHESF esta referenciado à conexão da carga, para que seja possível comparar
seu montante com o valor consumidor, é necessário levá-lo ao Centro de Gravidade do SIN pela inclusão das
Perdas Internas e da Rede Básica.

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Diferentemente do tratamento anteriormente dado com o abatimento do consumo de cada carga, nesse
tratamento proposto por meio de contratos é possível o registro de um CBR específico, informando um único
valor de suprimento máximo, para um conjunto de cargas do agente comprador.

A mesma Lei nº 13.182/2015, em seu Art. 10 prevê a contratação à título de suprimento de energia proveniente
de FURNAS a consumidores finais com unidades consumidoras localizadas no submercado Sudeste/Centro-
Oeste, da classe industrial, incluindo alguns consumidores especiais1, com sazonalização e modulação uniformes
(flat).

Sabendo que o Art. 6º da Resolução Normativa nº 247/2006 limita os consumidores especiais a compra somente
de energia especial, exceto em caso contrato de geração própria o CLIQCCEE apresenta essa restrição no registro
dos CCEALs (conforme definido PdC 3.1 – Contratos do Ambiente Livre). Atualmente, para que seja possível o
registro de contrato entre FURNAS e consumidores especiais enquadrados no Art. 10 da Lei 13.182/2015, a CCEE
tem operacionalizado essa comercialização por meio de um CCEAL com características de contrato de geração
própria, porém esse tratamento traz algumas distorções nas Regras de Comercialização.

Com a finalidade de dar o tratamento adequado à esse tipo de contratação, e considerando que o mesmo tem
suas premissas definidas por lei, a CCEE, de forma análoga ao que foi proposto para implementação dos
contratos relativos aos Art. 5º da Lei nº 13.182/2015, sugere o registro para a contratação entre Furnas e seus
consumidores supridos, enquadrados no Art. 10 da Lei 13.182/2015 seja feita por meio de CBR especifico para
esse fim.

Em relação à nomenclatura dos novos CBRs, foi proposto a referência ao respaldo da legislação, abrangendo o
tratamento para possíveis determinações similares futuras para outros agentes de geração supridores:

• Suprimento de Energia referente ao Art. 5º da Lei nº 13.182/2015 e similares;


• Suprimento de Energia referente ao Art. 10 da Lei nº 13.182/2015 e similares.

Tendo em vista que tratam-se de contratos bastante específicos, com suas premissas definidas por lei, inclusive
com limitação do rol de compradores, não será permitida cessão desses contratos e a CCEE limitará
sistemicamente o registro dos mesmos somente ao vendedor e compradores elegíveis, conforme definido pela
lei. De forma similar ao registro de CCEAL, o vendedor efetuará os registros que devem ser validados pelo
comprador para que os mesmos tenham validade na contabilização do mês de referência.

1
Art. 10 § 6º IV - poderão contratar energia nos leilões, exclusivamente, os consumidores de que trata o caput cujas
unidades consumidoras são atendidas em tensão superior ou igual a 13,8 kV com carga maior ou igual a 500 kW, desde
que: a) sejam produtores de ferroligas, de silício metálico, ou de magnésio; ou b) as unidades consumidoras tenham fator
de carga de no mínimo 0,8 (oito décimos), apurado no período de que trata o inciso III deste parágrafo;
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Os contratos de fornecimento dos consumidores enquadrados na Lei nº 13.182/2015 (tanto em relação ao Art.
5º referente à CHESF, quanto ao Art. 10 referente à FURNAS) estarão sujeitos à efetivação de ajuste de contratos
prevista na REN 622/2014. Cabe ponderar que, não há qualquer menção nessa lei que esses contratos não estão
sujeitos à efetivação, todavia por possuir regime específico previsto em lei, tais contratos não são livremente
negociados pelas partes. Diante do exposto, cabe a avaliação quanto à possibilidade de ajuste desses contratos
uma vez que a REN 622/2014 não menciona o ajuste para o contrato de fornecimento, todavia não o isenta da
efetivação.

Contratos
Foram criados dois novos subtipos de CBR para abranger o tratamento específico dado pelo art. 5 (CHESF) e pelo
art. 10 (FURNAS) da Lei nº 13.182/2015 e similares, sendo classificados como relacionados à categoria de
geração de energia elétrica, já os CBRs existentes foram classificados como relacionados à categoria de
distribuição de energia elétrica (LC 62 e 63). AS LC 67 e 68 apresentam as premissas gerais referentes a esses
novos CBRs.
O montante horário do CBR do subgrupo Suprimento de Energia referente ao Art. 5º da Lei 13.182/2015 e
similares se dá pelo consumo no centro de gravidade do conjunto de cargas associado ao contrato, limitado pelo
valor de suprimento informado pela supridora, levado ao centro de gravidade pela inclusão do montante
associados às perdas relativas às cargas associadas ao CBR (LC 70).
Uma vez que a modulação do CBR de Suprimento de Energia referente ao Art. 10 da Lei 13.182/2015 e similares
é uniforme (flat) o mesmo foi adicionado no texto da linha de comando como uma das situações em que cálculo
é realizado, não sendo necessário nenhum ajuste na equação (LC 72). A sazonalização para esse tipo de CBR
também é flat, porém como o montante mensal de todos os CBRs se dá pela soma dos valores horários (LC 69),
esse equacionamento já contempla essa condição sem qualquer adequação algébrica.
A LC 65 apenas foi corrigida para explicitar todos os CBRs que possuem vínculo com a usina, conforme já definido
na LC 17 do módulo de Penalidade de Energia.

A CCEE verificou que atualmente ainda há distribuidoras que utilizam o acrônimo Quantidade Modulada de
Energia Regulada Declarada pelo Distribuidor, que também era utilizado pela CHESF, assim o mesmo deve ser
mantido (LC 17.2 do módulo de Medição Contábil).

Também foi levantado que ainda há utilização por um agente da categoria de geração do Total de Consumo
Cativo Associado ao Distribuidor/Gerador, portanto a definição do mesmo não pode ser ajustada (LC 19 do
módulo de Medição Contábil).

Penalidades de Energia

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Para garantir que o CBR de Suprimento de Energia referente ao Art. 10 da Lei 13.182/2015 e similares seja
considerado como recurso especial para o agente comprador, quando este é um consumidor especial, evitando
uma apuração indevida de penalidade por insuficiência de lastro de energia, esse contrato foi incluído no
conjunto “LESP” (LC 12).

Vale ressaltar que tanto para os consumidores livre compradores, quanto para a própria supridora, esse CBR
será considerado como lastro não especial (quadro “Importante” LC 12).

1.4. Alteração no lançamento dos ressarcimentos de usinas eólicas - CCEARs

Em atendimento à determinação do relatório de análise de contribuições da Audiência Pública nº 067/2016,


constante na Nota Técnica nº 281/2016–SRM/ANEEL, foi alterado o momento de lançamento do ressarcimento,
de forma que não ocorra atualização de maneira desnecessária para as usinas comprometidas o 2º LFA, que tem
o pagamento da receita realizado em apenas uma parcela.
Dessa forma, o lançamento passa ocorrer na primeira parcela da receita de venda, e não mais na última. Cabe
destacar que, conforme referida Nota Técnica, o tratamento foi estendido para as usinas eólicas comprometidas
com os demais leilões.

Receita de Venda de CCEAR


Na seção 2.4.1 “Detalhamento da Consolidação dos Ressarcimentos Apurados”, o cálculo para o Total de
Ressarcimentos, para todas as fontes, foi descontinuado. Na sequência, na seção 3.2.3 “Detalhamento da
apuração do pagamento da Receita de Venda” foram adicionados o total do ressarcimento da fonte eólica,
contemplando os ressarcimentos anuais e quadrienais, o valor da multa anemométrica devido pela usina, e o
valor atualizado residual advindo da primeira parcela do mês anterior, ao valor preliminar da Primeira Parcela
da Receita de Venda, (LC 105). Visto que a parcela de venda é calculada para cada contrato, foi alterada a
dimensão do acrônimo que considera os valores da multa anemométrica, que anteriormente tinha valores por
produto. Dessa forma, foi retirado o somatório de todos os contratos de um mesmo produto do seu cálculo. (LC
129.4). A utilização da multa anemométrica na composição da primeira parcela de venda motivou também a
alteração do Total de Acertos Financeiros, utilizado na terceira parcela da receita de venda, para fins de evitar
duplicidade de tal cobrança. (LC 111)
Como a usina eólica comprometida com o 2º LFA não possui a terceira parcela da receita de venda, a atualização
monetária dos valores residuais para esses casos passa a ser aplicado só na primeira parcela. Dessa forma, o
cálculo do Valor Residual Atualizado da Primeira Parcela da Receita de venda passou a ser calculado para essas
usinas (LC 105.1) pela atualização do valor residual da primeira parcela do mês anterior, pela relação dos valores

Descritivo de Alterações

13
Versão 2018.1.0
absolutos do IPCA de fechamento do mês anterior em relação ao valor de fechamento do mês anterior a esse,
pois a cobrança se refere ao início do mês de referência do cálculo, de forma que a atualização deve ser
correspondente ao incremento marginal que o mês anterior representou no valor absoluto do índice.
Por fim, o Total de Acertos Financeiros passou a contemplar, dentro dos ressarcimentos, aqueles vinculados as
usinas térmicas, com e sem CVU (LC 111).

1.5. Inclusão dos Encargos Moratórios, de que trata a REN nº 552/2002 - Despacho
nº 2982/16

A Resolução Normativa nº 552/2002 – REN 552, trata, entre outros assuntos, dos encargos moratórios a serem
aplicados em caso de inadimplência na liquidação financeira do MCP (Art. 12), assim como a atualização
monetária incidente nos montantes referentes à extinção da medida judicial ou quando da decisão final do
processo (Art. 10).

O Despacho nº 2.982, de 11 de novembro 2016, determinou que a CCEE enviasse à Aneel, em até 90 dias de sua
publicação, proposta de aprimoramento das Regras de Comercialização de modo a explicitar a aplicação dos
encargos moratórios, de que trata a REN nº 552/02.

A CCEE, em 20.02.2017, encaminhou à Aneel por meio da CT-CCEE 0303/2017, proposta de aperfeiçoamento da
REN nº 552/02 - cuja necessidade foi observada durante o processo de avaliação do lançamento de juros de
mora na contabilização do Mercado de Curto Prazo - MCP, para fins de pagamento dos valores devidos pelos
agentes de geração que repactuaram o risco hidrológico nos termos da Resolução Normativa nº 684/2015 - tem
como origem o entendimento de que os juros são obrigações acessórias que decorrem da não disponibilização
de recursos no prazo avençado (obrigação principal).

Nessa mesma carta também foi encaminhado o módulo de Liquidação das Regras de Comercialização,
apresentando equacionamento algébrico da mencionada proposta de aperfeiçoamento da REN nº 552/02, além
de dar cumprimento ao determinado no Despacho nº 2.982/16.

Após esse envio a CCEE verificou a necessidade de alguns ajustes algébricos, incluindo, além do módulo de
Liquidação, também os módulos de Contratos e Ajuste de Contabilização e Recontabilização, que encaminha
por meio da versão 2018.1.0, conforme descritivo completo das alterações por módulo:

Liquidação

Descritivo de Alterações

14
Versão 2018.1.0
Foram criados dois Anexos para a concentração dos cálculos, o “ANEXO I - Apuração das Estimativas dos
Encargos Moratórios de Medidas Judiciais” e o “ANEXO II - Apuração dos Encargos Moratórios de
Inadimplência”.

ANEXO I - Apuração das Estimativas dos Encargos Moratórios de Medidas Judiciais:

Neste anexo é apurado de forma preliminar, a fim de dar previsibilidade ao agente (autor da ação), a estimativa
do montante acumulado dos encargos moratórios que seriam aplicados no caso de extinção/revogação de tal
medida judicial em favor dos réus para o provisionamento desses recursos, já considerando os aprimoramentos
para a REN nº 552/02 propostos pela CCEE.

Temporalmente estes cálculos são processados quando necessário, em base mensal e com valores acumulados,
com o mesmo mês de referência “m” da contabilização.

A Estimativa de Juros Moratórios referente à medida judicial apresenta os juros referentes ao mês de
processamento “m” para cada medida judicial (dimensão “o” - origem) e cada mês ajustado na contabilização
para dar o efeito da medida judicial (dimensão “me” - mês de efeito). É apurada aplicando-se o índice de juros
estabelecido da REN nº 552/02 somente sobre o montante principal do efeito da liminar (seja ele o acumulado
de meses passados ou o montante do primeiro efeito), a fim de se evitar a aplicação de juros sobre montantes
de juros de meses passados. Caso o agente tenha efetuado pagamento consignado judicialmente, esse é abatido
do montante sujeito à aplicação de juros. (LC 12.1).

A seguir é realizada a consolidação dos juros, a fim de apresentar ao agente o montante de juros acumulados
até o mês “m” (LC 12.2).

O Índice para aplicação de Juros Moratórios referente à medida judicial (LC 12.1.1), assim como o Índice para
Atualização Monetária referente à medida judicial (LC 13.1), são algebrizados nas Regras de Comercialização, de
forma a deixar o CLIQCCEE flexível a qualquer variação temporal desses índices, seja por abranger mais de um
mês no cálculo, no caso da atualização monetária, ou pela eventual alteração do índice por meio da regulação,
no caso dos juros.

Na proposta de alteração da REN nº 552/02, além dos Juros, está prevista a aplicação de multa sobre o valor
principal dos efeitos da medida judicial que não forem consignados judicialmente (LC 13.2 e 13.3), sendo
aplicada uma única vez, apurada no primeiro mês de vigência da medida judicial (primeiro mês de efeito) e
posteriormente acrescida no montante principal.

Os montantes principais de efeito acumulado, juntamente com os juros apurados até o momento, além de
eventual multa, são atualizados monetariamente pelo IPGM conforme determinado na REN nº 552/02 (LC 13).

Descritivo de Alterações

15
Versão 2018.1.0
Por fim, a Estimativa do Montante Principal Acumulado referente à medida judicial acumula os montantes
apurados de atualização monetária e aplicação de eventual multa ao valor principal desde o primeiro mês de
efeito até o mês de apuração (LC 14).

Somando-se os Juros acumulado a esse valor, teremos o valor final da Estimativa dos Efeitos Financeiros
referentes à medida judicial (LC 15). Uma vez que este resultado representa apenas um valor informativo, a
título de estimativa para provisionamento dos recursos para o agente autor da ação, esse pode apresentar
diferenças em relação ao montante efetivamente lançado na liquidação financeira do MCP por meio do Valor
do Ajuste referente à Medida Judicial (LC 2).

É importante ressaltar, referente à apuração das estimativas de encargos moratórios referentes às medidas
judicias, os destaques a seguir, que constam apresentados na forma de quadro “Importante” ao longo do Anexo
I:

Os valores consignados judicialmente serão atualizados conforme a legislação aplicável, sendo de


responsabilidade do agente autor da medida judicial realizar o pagamento de eventuais diferenças
entre o valor consignado em juízo e o valor a ser pago na respectiva liquidação financeira apurada
pela CCEE, nos termos da regulação vigente (quadro “Importante” da LC 13.3).

O cálculo da atualização monetária realizado para o efetivo lançamento na liquidação financeira


obtém um índice equivalente a todo o período de vigência da liminar, considerando inclusive os
meses onde o índice apresenta valor negativo. Entretanto, caso o índice final equivalente for
negativo não será realizada a atualização monetária. Os valores dos Efeitos Financeiros referentes à
medida judicial são apenas uma estimativa de caráter informativo, sendo de responsabilidade do
agente autor da medida judicial realizar o pagamento do valor apurado pela CCEE referente à
extinção/revogação da medida judicial ou decisão final do processo, considerado na liquidação
financeira, nos termos da regulação vigente (quadro “Importante” da LC 15).

ANEXO II - Apuração dos Encargos Moratórios de Inadimplência

As equações presentes nesse anexo são apuradas mensalmente, após a liquidação financeira do MCP, ainda
com o mesmo mês de referência “m” da contabilização.

Tanto os agentes inadimplentes quanto os agentes credores impactados pelas inadimplências terão seus
montantes atualizados por meio dos cálculos desse anexo (LC 16). Dessa forma, valores negativos de
inadimplência representam os valores a receber dos agentes credores impactados (quadro “importante” LC 17).

Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
Figura 1

Todo o montante inadimplido na liquidação financeira do mês de processamento, tanto referente ao agente
inadimplente (valores positivos), quanto ao agente credor impactado (valores negativos), são atualizados
monetariamente pelo IGPM conforme REN nº 552/02 (LC 17). Tendo em vista que a atualização deve ser sempre
realizada da data de débito da liquidação financeira do MCP onde houve a inadimplência até a data da liquidação
seguinte (LC 16), que abrange mais de um mês, o índice de atualização monetária é calculado pelas Regras
considerando índices mensais distintos (LC 17.1).

A fim de não se aplicar juros sobre montantes prévios de juros, é necessário diferenciar a dívida em dois
montantes: principal e juros. Também é necessário apurar o resultado das operações do próprio mês do agente,
pois uma eventual multa somente pode ser cobrada sobre uma nova inadimplência (LC 34). Dessa forma o
resultado do próprio mês nada mais é do que o valor a liquidar do agente abatido de eventual efeito de
inadimplência do mês anterior (LC 20).

A Multa sobre Nova Inadimplência do MCP é aplicada sobre os débitos relacionados aos resultados do próprio
mês de processamento inadimplidos, ainda que parcialmente (LC 34), e o montante recolhido é segregado da
liquidação financeira do MCP, sendo um dos componentes destinados para abatimento dos encargos de serviços
do sistema, conforme detalha o módulo de Encargos.

O montante principal acumulado da dívida agrega o montante já existente no mês anterior à atualização
monetária calculada para o mês de processamento. Um eventual resultado negativo referente às operações do
próprio mês do agente também é considerado junto à dívida (LC 21). Os resultados positivos referentes ao
próprio mês serão considerados no abatimento da dívida juntamente com os aportes na liquidação financeira
(LC 26 e 27).

De posse do montante principal e dos Juros acumulados até o momento (LC 22), podemos agrega-los a fim de
se obter Valor Atualizado da Inadimplência (LC 23), que representa o montante total da dívida antes da
verificação dos pagamentos realizados.
Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
Tanto o aporte na liquidação financeira do MCP, quanto eventual resultado positivo referente às operações do
mês de processamento serão considerados como pagamentos efetivos (LC 26 e 27) para abatimento da dívida,
que devem ser destinados para abatimento proporcional tanto do montante principal como dos juros,
aplicando-se fatores de representatividade de cada parcela (LC 24 e 25).

A situação atual da dívida após o abatimento dos pagamentos, tanto no montante principal (LC 29), quanto nos
juros (LC 28), formam o valor base para aplicação dos juros incidentes desde da última liquidação financeira do
MCP até a data de débitos da liquidação financeira do mês seguinte.

Diferentemente da atualização monetária, que incide de igual forma sobre o valor inadimplido, tanto para a
dívida do agente devedor, quando o montante impactado do agente credor, a aplicação dos juros incide
somente sobre o montante principal do agente inadimplente (LC 30), sendo então consolidada (LC 31) e rateada
entre os agentes credores impactados na proporção do percentual de rateio de inadimplência utilizado na
liquidação financeira do MCP (LC 32). Tendo em vista esse tratamento diferenciado, utilizando acrônimos
diferentes para os agentes inadimplentes e os agentes credores impactados, posteriormente ambos os efeitos
são consolidados em um único acrônimo (LC 33).

Analogamente ao cálculo do índice de juros para medidas judiciais, o Índice para aplicação de Juros Moratórios
de Inadimplência do MCP também é calculado de forma flexível, prevendo eventual alteração de índice mensal,
sabendo que o mesmo representa índice equivalente entre as datas de débito da liquidação financeira que
abrangem mais de um mês (LC 30.1).

Por fim, os Efeitos Financeiros referentes à Inadimplência no MCP podem ser resumidos pela soma do valor
inadimplido com a atualização monetária e os juros (LC 35) apurados que serão lançados juntamente ao Valor
Total a ser Liquidado do agente na liquidação financeira seguinte (LC 3). Em algumas situações específicas podem
ocorrer a necessidade de estorno desses montantes apurados pelo CLIQCCEE, sendo então, neste caso,
utilizados os acrônimos previstos para realização de estornos (LC 35.1).

Demais ajustes

Com o objetivo de flexibilizar o CLIQCCEE para efetuar ajustes que envolvem alteração no Percentual de
Participação no Rateio da Inadimplência do MCP, como as recentes liminares associadas ao GSF, foi incluída
nova condição de cálculo para esse acrônimo (LC 7.1), que prevê a assunção do valor inserido por meio de Ajuste
Decorrente de Deliberação do Cad, Decisões Judiciais ou Administrativas específico para esse fim.

Tendo em vista que o acrônimo Valor da Inadimplência já traz a conotação de dívida em sua definição, adotou-
se a convenção de sinais em que valores positivos associados a esse acrônimo referem-se ao montante
inadimplido pelo agente devedor na liquidação financeira do MCP e valores negativos representam o montante

Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
impactado do agente credor, que deixou e receber na mesma liquidação financeira. Para o correto tratamento
algébrico, dada essa convenção de sinais, foi necessário o ajuste do sinal utilizado no Débito de Inadimplência
por Desligamento de Agentes sem Sucessão (LC 9), uma vez que anteriormente era considerado o sinal inverso
para o Valor da Inadimplência.

Também foi adicionado um texto explicativo na introdução do módulo a fim de destacar a composição do valor
a liquidar na liquidação financeira do MCP.

Contratos
O Valor da Exposição Financeira ao Mercado de Curto Prazo para fins de apuração da garantia financeira replica
o cálculo do Valor a ser Liquidado, sendo então necessária a inclusão do novo acrônimo designado para os
ajustes referentes às medias judicias do perfil do agente para que sejam mantidos os mesmos efeitos (LC 112.2).

Ajuste de Contabilização e Recontabilização

De maneira análoga à alteração realizada no módulo de Contratos, é necessária a inclusão do novo acrônimo de
ajustes referentes às medidas judiciais do perfil do agente no equacionamento do acrônimo relativo à Diferença
entre Processamentos, que também refaz o cálculo do Valor a ser Liquidado (LC 4).

1.6. Apuração dos Encargos provocados pelo Deslocamento da Geração Hidráulica


(DH)

O Artigo 2º da Lei n º 13.203, de 08 de dezembro de 2015, com redação dada pela Lei n º 13.360, de 17 de
novembro de 2016, estabelece que a ANEEL deverá aplicar, a partir de 2017, a valoração, o montante elegível e
as condições de pagamento para os participantes do MRE do custo do deslocamento da geração hidrelétrica
decorrente de:
I. Geração termelétrica que exceder aquela por ordem de mérito;
II. Importação de energia elétrica sem garantia física associada.

Com intuito de regulamentar o previsto na lei, a ANEEL publicou a Resolução Normativa nº 764, de 18 de abril
de 2017, que estabelece as regras para se determinar o montante de energia que deve ser considerado como
deslocamento hidráulico, a forma de apuração do custo desse deslocamento e a forma de ressarcimento aos
geradores participantes do MRE.

Assim, definiu-se que o deslocamento hidráulico será composto por duas parcelas:

Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
1. O deslocamento hidráulico energético, constituído pela geração por segurança energética mais a
importação de energia sem garantia física associada.
2. O deslocamento hidráulico elétrico, constituído pela geração originada por restrições elétricas
identificada pelo ONS como responsável pela redução de geração das usinas participantes do MRE.

Para ambos os casos é necessário abater eventual indisponibilidade de usinas termelétricas despachadas por
ordem de mérito de custo a fim de se obter os montantes elegíveis que deram origem ao deslocamento
hidráulico das usinas do MRE.

Por sua vez o encargo associado ao deslocamento hidráulico depende do montante de energia calculado, do
PLD do momento em que ocorreu o deslocamento e do PLD_X, a ser calculado anualmente pela CCEE, sendo
que os custos apurados dos deslocamentos hidráulicos são assumidos por:

• Todos os consumidores do SIN, no caso de deslocamento hidráulico de origem energética.


• Os mesmos consumidores que assumem o encargo da restrição de operação que deu origem ao
deslocamento hidráulico de origem elétrica.

A fim de atender os dispositivos constantes da Resolução Normativa nº 764/2017, a CCEE promoveu


alterações em dois módulos das regas de comercialização

• Módulo de Encargos
• Módulo de Preço de Liquidação das Diferenças

Resumo da Alterações

Módulo de Regra de Encargos

Visando um melhor entendimento dos cálculos associados a determinação dos encargos, promoveu-se uma
reestruturação do módulo, alterando-se a disposição de cálculos e inserindo-se uma nova seção denominada
“Encargos de Deslocamento Hidráulico” que divide-se em duas subseções: Origem Elétrica e Origem Energética.
O Deslocamento Hidráulico de origem Elétrica será incorporado no conjunto de encargos que terão direito ao
alívio retroativo, sendo integrado aos “Encargos Ajustados Apurados”, enquanto que o Deslocamento Hidráulico
Energético será integrado aos “Encargos de Segurança Energética”, dando origem ao “Total de Encargos por
Segurança Energética”. A figura 2 apresenta a configuração proposta para o módulo de Encargos:

Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
Figura 2: Esquema Geral do Módulo de Regras

Na seção do módulo de Conceitos Básicos, introduziu-se o item 1.2.5 - “Encargos de Deslocamento Hidráulico”
que apresenta o desenvolvimento do cálculo do montante de energia vinculada ao deslocamento hidráulico, a
valoração do encargo e a definição dos pagadores do mesmo.

No item 1.2.6 - “Forma de Rateio de Encargos” foi introduzido na tabela uma linha com “Encargos por
Deslocamento Hidráulico”, que resume como será realizado o rateio do encargo de deslocamento hidráulico
entre os consumidores do SIN.

Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
No item 1.2.7 - “Consolidação dos Encargos” foi incluída a parcela de “Encargos de Deslocamento Hidráulico”,
no “Total de Encargos de Serviços e Sistema”, na figura. Também foi incluído um texto ao final da subseção sobre
o “Total de Encargos de Segurança Energética”.

A antiga seção 2.6 “Encargos por Segurança Energética” foi transferido para a nova seção 2.3 com intuito de
esclarecer ao leitor a sequência de cálculos realizada.

A seção 2.4 “Encargos por Deslocamento Hidráulico” foi incluída no módulo, conforme apresentado na Figura 2.
A primeira subseção 2.4.1 determina os montantes de deslocamento hidráulico das usinas participantes do MRE
que serão divididos em Elétrico e Energético. Primeiramente, na LC 11 é calculado o Deslocamento Hidráulico
Preliminar de Origem Energética (DH_ENER_PRE) que é definida pelo Total Geração por Segurança Energética
de Deslocamento Hidráulico das usinas não hidráulicas (G_SEG_ENER_DH) somado com a Importação Líquida
sem Garantia Física Associada (IMP) considerando o Fator de Rateio de Perdas de Geração (XP_GLF).

O acrônimo G_SEG_ENER_DH é calculado na LC 11.1 pela Geração Final das usinas não hidráulicas (G)
multiplicado pelo Fator do Encargo por Razões de Segurança Energética (F_SEG_ENER), determinado no cálculo
de encargo de segurança energética. O acrônimo IMP é definido na LC 11.2 como o somatório dos valores da
Importação Líquida de todas as Conversoras, fornecidos pelo ONS. Outro ponto importante é o cálculo da
importação em base horária. Isso ocorre pois a geração por segurança energética, a geração por restrição
elétrica e o montante de indisponibilidade também serão apurados em base horária, sendo que a
indisponibilidade será rateada entre os montantes de deslocamento hidráulico energético e elétrico apurados
preliminarmente. Dessa forma, há necessidade da importação também ser considerada em base horária para
que esteja compatível com as demais variáveis apuradas nas regras de comercialização.

O montante de Deslocamento Hidráulico Elétrico Preliminar Vinculado à Usina Termelétrica é determinado para
as parcelas de usinas termelétricas despachadas por restrição elétrica pelo acrônimo DH_ELE_PRE_UTE na LC
12. O cálculo é feito pela Geração Final da usina não hidráulica (G) multiplicado pelo Fator do Encargo por
Restrição de Operação (F_REST_OP) e pelo Fator de Deslocamento Hidráulico (F_DH). O acrônimo F_DH é
definido na LC 12.1 como a diferença da Geração Verificada pelo Operador do Sistema (G_VOP) com o Despacho
Associado ao Deslocamento Hidráulico fornecido pelo ONS (XA_DH), sobre novamente o G_VOP. O Total de
Deslocamento Hidráulico Elétrico Preliminar é calculado na LC 13 com somatório de DH_ELE_PRE_UTE de todas
as usinas. Destaca-se que a regra de comercialização já foi construída para se determinar o deslocamento
hidráulico de origem elétrica, porém há necessidade de definição (por parte do ONS e da ANEEL) da metodologia
para identificar qual montante de geração elétrica decorrente de restrição de operação é responsável pelo
deslocamento do MRE. Importante destacar que a minuta de regra foi construída com a hipótese de que os
dados relacionados ao deslocamento hidráulico elétrico serão informados pelo ONS de forma similar ao que
Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
atualmente é informado sobre geração por restrições elétricas e segurança energética. Caso defina-se uma
forma alternativa de envio de dados relacionados ao deslocamento hidráulico, a regra precisará ser adequada.
Outro ponto importante a de destacar em relação ao deslocamento hidráulico de origem elétrica é a
necessidade de se identificar qual usina termelétrica originou o deslocamento. Tal identificação é necessária
pois os consumidores que irão assumir o encargo de deslocamento hidráulico elétrico são os mesmos que
assumem os encargos por restrição elétrica causados pela usina termelétrica.

Tendo-se apurados os valores preliminares de deslocamento hidráulico (resultados das LCs 11 e 12), deve-se
determinar o montante de indisponibilidade das usinas termelétricas despachadas por ordem de mérito de
custo e rateá-lo entre os deslocamentos hidráulicos de origem energética e elétrica, para se definir os valores
efetivos de deslocamento hidráulico.

Dessa forma, na LC 14 é calculada a Indisponibilidade Associada ao Deslocamento Hidráulico de Origem


Energética como sendo a proporção do Total de Indisponibilidade de Usinas Termelétricas Despachadas por
Ordem de Mérito Econômico (TOT_IND, LC 14.1 e 14.1.1) associado à origem Energética.

A Indisponibilidade Associada ao Deslocamento Hidráulico de Origem Elétrica é determinada na LC 15, a partir


do TOT_IND subtraído da Indisponibilidade Associada ao Deslocamento Hidráulico de Origem Energética. Como
é necessário calcular a Indisponibilidade referente a cada Usina Termelétrica Despachada por Ordem de Mérito,
essa proporcionalização é realizada na LC 16.

Tendo-se determinado os montantes de indisponibilidade associados ao deslocamento hidráulico energético e


elétrico (IND_DH_ENER, LC 14, e IND_DH_ELE_UTE, LC 16), determina-se os montantes de deslocamento
hidráulico efetivos, a partir do abatimento das indisponibilidades determinadas dos valores de deslocamentos
hidráulicos preliminares. Tal tratamento é realizado na LC 17 (DH Energético) e na LC 18 (DH elétrico associado
a usina termelétrica que deu origem ao deslocamento).

Os montantes de deslocamento hidráulico apurados são então rateados entre todas as usinas participantes do
MRE na proporção da garantia física modulada e ajustada, considerando sazonalização flat (LCs 19 e 20). Dessa
forma, para cada usina hidrelétrica participante do MRE é destinada uma parcela preliminar de deslocamento
hidráulico, seja de origem energética ou elétrica.

Os montantes de deslocamento hidráulico destinados às usinas do MRE cujos proprietários optaram pela
repactuação do risco hidrológico no âmbito do ACR precisam ser ajustados em função do produto escolhido no
processo de repactuação e do valor do Ajuste MRE (GSF) apurado, conforme apresentado na figura 3.

Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
Figura 3: Determinação do Deslocamento Hidráulico para usinas que repactuaram

Para realizar o tratamento ilustrado na figura 3, primeiramente é calculado o Deslocamento Hidráulico


Preliminar Energético Repactuado e Não Repactuado, tanto de origem Energética quanto Elétrica (LCs 21.1, 21.2,
21.3 e 21.4), sendo que o montante de DH repactuado é proporcional ao percentual de montante de
repactuação definido nos Termos de Repactuação assinados pelos agentes proprietários das usinas hidrelétricas.
Em seguida, realiza-se o tratamento dos deslocamentos hidráulicos associados à repactuação com as
condicionais de produto “P”, “SP”, “SPR” e GSF maior ou menor do que “um” (LCs 23, 24 e 25), tanto de origem
Energética quanto Elétrica. Portanto, o tratamento realizado para os montantes de deslocamento vinculados ao
processo de repactuação do risco hidrológico é o seguinte:
Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
• Para usinas que repactuaram o risco hidrológico no produto P e Ajuste_MRE (GSF) for maior que
um: neste caso, há presença de energia secundária que não é repassado à Conta Bandeiras. Desse
modo, o montante de deslocamento hidrológico da usina, energético ou elétrico, é mantido de
forma integral (LC 23).
• Para usinas que repactuaram o risco hidrológico no produto P e Ajuste_MRE (GSF) for menor que
um: neste caso, não há presença de energia secundária. Desse modo, o montante de deslocamento
hidrológico da usina, energético ou elétrico, é ajustado em função do fator de risco hidrológico
aceito pelo gerador e do valor de Ajuste_MRE apurado (LC 23).
• Para usinas que repactuaram o risco hidrológico no produto SP e Ajuste_MRE (GSF) for maior que
um: neste caso, há presença de energia secundária que é repassada à Conta Bandeiras. Desse modo,
o montante de deslocamento hidrológico da usina, energético ou elétrico, é zerado (LC 25).
• Para usinas que repactuaram o risco hidrológico no produto SP e Ajuste_MRE (GSF) for menor que
um: neste caso, não há presença de energia secundária. Desse modo, o montante de deslocamento
hidrológico da usina, energético ou elétrico, é ajustado em função do fator de risco hidrológico
aceito pelo gerador e do valor de Ajuste_MRE apurado (LC 25).
• Para usinas que repactuaram o risco hidrológico no produto SPR, o montante de deslocamento
hidrológico da usina, energético ou elétrico, é zerado, independentemente do valor do Ajuste_MRE
(GSF) apurado (LC 25). Isso ocorre pois neste produto o repasse do risco hidrológico à Conta
Bandeiras é integral, independentemente do valor apurado de Ajuste_MRE (GSF).

Tendo-se realizado ajustes nos montantes de deslocamento associados à repactuação do risco hidrológico,
determina-se o Deslocamento Hidráulico Total a partir da soma das parcelas de Deslocamento Hidráulico
Repactuado e Não Repactuado de origem Elétrica e Energética calculados anteriormente (LCs 26 e 27).

Finalmente, os Encargos do Deslocamento Hidráulico (LCs 28 e 29,) são determinados pelo montante de Energia
vinculado ao Deslocamento Hidráulico precificado pela diferença entre o PLD horário do submercado da usina
hidrelétrica e o PLD_X, que será calculado pela CCEE anualmente e que corresponde ao custo de oportunidade
de geração em razão do armazenamento incremental nos reservatórios das usinas hidrelétricas decorrente do
deslocamento de geração hidrelétrica. Ressalta-se que a minuta de regra de comercialização propõe a aplicação
do PLD do submercado da usina hidrelétrica em função do deslocamento originar uma exposição dessa usina ao
mesmo PLD.

É importante ressaltar que os Encargos de origem Energética são pagos por todos os consumidores do SIN,
enquanto que os Encargos de Origem Elétrica são pagos pelos mesmos consumidores que assumem o encargo
da restrição de operação que deu origem ao deslocamento hidráulico de origem elétrica. Por isso, os Custos dos

Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
Encargos de Deslocamento Hidráulico Elétrico pagos à uma usina hidráulica, estão sempre associados ao Custo
de Deslocamentos Elétricos originados por usinas não hidráulicas (LCs 30 e 31), sendo necessário manter-se o
vínculo da usina não hidráulica de origem.

Usinas hidrelétricas cujo risco hidrológico não seja do gerador (Itaipu e usinas hidrelétricas do regime de Cotas
de Garantia Física) não deve ser apurado os encargos de deslocamento hidráulico. Tal fato está explícito em
filtro das linhas de comando 28 e 29.

O encargo de deslocamento hidráulico elétrico originado por uma usina termelétrica (calculado na LC 30) é
somado ao encargo de restrição de operação para dar origem ao Valor dos Encargos de Serviços de Restrição de
Operação na LC 34.1.

Destaca-se que essa linha de comando foi alterada para apurar todos os encargos de restrição de operação e de
deslocamento hidráulico de origem elétrica, sejam restrições que afetem um ou mais submercados. Dessa
forma, eliminou-se o cálculo do Valor dos Encargos de Serviços de Restrição de Operação de um único
submercado (VE_RO_LOC), visto que o acrônimo da LC 34.1 passa a contemplar todas as restrições, seja de um
único de submercado, seja de subsistemas.

Dessa forma, há necessidade de se retirar o acrônimo VE_RO_LOC da LC 37, na qual se apura o Valor dos
Encargos de Serviços do Sistema Não Ajustados (VE_ESS), visto que o resultado anteriormente alocado ao
acrônimo VE_RO_LOC passou a ser contemplado no acrônimo VE_RO_SUBSIS.

Como o objetivo de simplificar a Regra, foi excluído a antiga LC 21, responsável por igualar o Total de Encargos
de Serviços de Sistema com o Total de Encargos Passíveis de Alívio. A exclusão foi devido à falta necessidade de
de dois acrônimos com o mesmo valor.

Foi criada uma nova seção – intitulada “Totalização e Rateio dos Encargos por Segurança Energética” na qual
apura-se o total de encargos por segurança energética (LC 45) a partir da soma do encargo de segurança
energética, já apurado, e do novo encargo de deslocamento hidráulico energético (apurado na LC 28).

Na LC 47 apura-se o valor de encargos de segurança energética, em R$/MWh, a partir da razão entre o total de
encargos de segurança energética e o consumo de referência para pagamento de encargos de segurança
energética.

A linha de comando 48.5, na seção “Consolidação dos Encargos”, determina o montante financeiro total que o
agente proprietário de usina hidrelétrica fará jus a receber, a partir da soma do deslocamento hidráulico de
origem energética e elétrica. Esse recebimento é considerado na LC 48 na qual se determina o total de
recebimento de encargos por perfil de agente.

Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
Módulo de Regra de Preço de Liquidação das Diferenças

O módulo Preço de Liquidação das Diferenças passou a contemplar o cálculo do PLD_X, valor que é balizador
para determinação dos Encargos associados ao Deslocamento Hidráulico. Desta forma, o módulo de Preço de
Liquidação das Diferenças, que era tratado como Anexo das Regras de Comercialização será transformado em
Módulo das Regras de Comercialização.

Foi criado um Anexo no final das seções, e inserido o item 3.1 “Detalhamento do Cálculo do PLD_X”, no qual
apresenta-se o desenvolvimento da determinação do PLD_X, que será calculado e divulgado anualmente pela
CCEE durante o processo da contabilização do mês de janeiro.

A metodologia do cálculo do PLD_X foi definida pela ANEEL na Resolução Normativa nº 764/2017, sendo que a
minuta de Regra de Comercialização proposta traduz em álgebra os passos elencados pela ANEEL para a
definição do valor do PLD_X.

O cálculo do PLD_X tem como insumo os valores médios do PLD apurados para cada submercado desde janeiro
de 2001 até o mês de dezembro do ano anterior ao da apuração do PLD_X. Por exemplo, para o ano de 2017,
ano para o qual a ANEEL calculou o valor (108,07 R$/MWh), os PLDs médios considerados abrangem o período
de janeiro de 2001 a dezembro de 2016, sendo que o período será crescente ano a ano, com a inclusão dos doze
meses do ano anterior.

A partir desses dados de entrada, determina-se o valor do PLD Médio Mensal a partir dos valores médios dos
PLDs de cada submercado ponderados pelo consumo de cada submercado no ano anterior em relação ao total
de consumo do SIN do ano anterior (LC 10), para todos os meses entre janeiro de 2001 até dezembro do ano
anterior ao cálculo do PLD_X. Na sequência, a LC 11 processa a atualização do PLD médio mensal a partir da
aplicação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, referenciado a dezembro do ano anterior
ao cálculo do PLD_X. Como resultado, obtém-se um conjunto de PLDs médios atualizados para todo o período
compreendido no cálculo.

A LC 12 limita os resultados encontrados na LC 11 aos PLD máximo e mínimo correspondente ao ano de apuração
do PLD_X. Por fim, obtém-se o PLD_X a partir da mediana dos valores dos PLDs médios mensais atualizados e
limitados (LC 13), considerando o intervalo de tempo que se inicia em janeiro de 2001 e vai até o mês de
dezembro do ano anterior ao de divulgação do PLD_X. O valor do PLD_X será utilizado na apuração dos encargos
de deslocamento hidráulico durante todos os meses do ano de referência de seu cálculo.

Ao final do anexo foi incluído um Quadro Importante, ressaltando que o PLD_X só será calculado uma vez ao
ano, independentemente de haver recontabilização da carga.

Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
Aprimoramentos Gerais

1.7. Tratamento para contemplar alteração de proprietário de usinas no regime de


Cotas de Garantia Física

As sucessivas alterações dos agentes proprietários das usinas comprometidas com Contratos de Cotas de
Garantia Física - CCGFs têm trazido um grande impacto à operação dos CCGFs, comprometendo a transparência
dos resultados para os agentes, pois o módulo que trata do assunto não discretiza a apuração por perfil de
agente proprietário, sendo todos cálculos realizados atualmente por parcela de usina que, frequentemente,
possui dois agentes proprietários distintos ao longo de seu histórico ou ainda dois perfis proprietários distintos
simultaneamente, por um determinado período, como ocorre durante a operação assistida de usinas
compreendidas nos termos da Lei nº 13.203/15.

Assim, identificou-se a necessidade de alterar a dimensão de vários acrônimos do módulo Regime de Cotas de
Garantia Física e Energia Nuclear, para que a condição de apuração supracitada pudesse ser refletida nos
relatórios, sem a necessidade de uma operação alternativa, como, por exemplo, a criação de uma parcela de
usina temporária.

Regime de Cotas de Garantia Física e Energia Nuclear


Para realizar a divisão dos Custos Administrativos, Financeiros e Tributários incorridos pela CCEE, foi criado o
Fator de Divisão do CAFT por agente proprietário (LC 2).

Os dados de entrada do acrônimo da LC 03, ou seja, os acrônimos das LC 3.1, 3.2, 3.2.1, 3.3, 3.3.1 e 3.1, além
dos acrônimos das LC 4, 4.1, 6.1, 6.2, 6.3, 7.1, 7.2, 7.3, 8 e 9 foram todos redimensionados, sendo incluída a
dimensão referente ao perfil do agente proprietário da parcela de usina comprometida com CCGF.

Para realizar a divisão do Fator de Proporcionalização da Garantia Física comprometida com Contratos de Cotas
de Garantia Física, por agente proprietário da parcela da usina, que consta na LC 7.1.1, foi criado o Fator de
Divisão da RAG nesta Linha de Comando.

A fim de informar os dados de Receita Fixa Total de uma determinada usina, consolidou-se a Receita Fixa Total
discretizada por perfil de agente proprietário da parcela da usina, conforme consta na LC 9.

Em virtude dessas alterações, foram também ajustados os acrônimos das LC 28.1, 28.2 e 31.

Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
1.8. Ajustes para viabilizar a Reapuração da Receita de Venda de CCEAR

A partir da implementação das Regras de Comercialização referentes ao 12º LEN, e estendida aos demais leilões,
a receita de venda passou a incorporar o ressarcimento. Contudo, caso não haja receita suficiente, considerando
os efeitos do ressarcimento, o valor negativo residual é repassado para o mês subsequente.

Essa metodologia apresenta a consequência de ter efeitos em cascata nos resultados, ou seja, a apuração de
determinado mês pode impactar o mês subsequente e assim sucessivamente. Tal efeito ocorre tanto na parcela
preliminar quanto na parcela final.

Assim, para trazer um melhor racional, viabilizando reapurações, para o processo, foi criado acrônimo
intermediário que representa o total da receita do mês, crédito e débitos, de forma isolada, ou seja, sem
considerar o eventual débito do mês anterior. Cabe destacar que os valores referentes a apuração continuam a
considerar o valor residual do mês anterior, contudo passa a ser aplicada uma variável de ajuste exclusiva para
representar as diferenças ocasionadas pelas reapurações.

Não há alterações conceituais na metodologia atualmente aplicada, a alteração tem como finalidade otimização
processual.

Receita de Venda de CCEAR


De forma a contemplar tais alterações, foi criado um acrônimo intermediário (LC 118), que representa o total
da receita do agente no mês, considerando créditos (receita fixa e variável) e débitos (ressarcimentos e outros
acertos financeiros) do próprio mês. Dessa forma, quando ocorre uma reapuração, será apurada a diferença
entre o valor apurado na contabilização e novo valor (LC 120).

Tais valores serão inseridos posteriormente a partir de novo dado de entrada, podendo ser inserido na primeira
ou na última parcela, que representa o total de ajuste a ser lançados em determinada apuração. Cabe destacar
que o procedimento é similar ao que ocorre em recontabilizações no MCP.

1.9. Tratamento de usinas com recuperação de custos fixos via ESS

A prestação de serviços ancilares é regulada pela Resolução nº 697/2015, que dispõe sobre as condições de
prestação de tais serviços, e a sua respectiva remuneração. Tal tratativa é dada nas Regras de Comercialização
no caderno Encargos, onde são calculados os Encargos por Outros Serviços Ancilares, composto por valores em
Reais (R$) fornecidos diretamente pela Aneel.

No entanto, foram identificados alguns despachos para ressarcimento de custos referentes a iniciativas pelos
geradores em prol da segurança de suprimento do sistema cuja especificidade não apresenta relação com as

Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
parcelas existentes nas Regras. Dessa forma, o tratamento até então foi possível através do encaixe desses
valores na parcela Ressarcimento por Investimento para Prestação de Serviços Ancilares, cuja definição não
apresenta restrições quanto a esse tratamento.

Tais despachos referem-se à cobertura dos custos fixos pela disponibilização de central geradora termelétrica
contratada para suprir necessidades emergenciais, com rateio do valor para agentes com consumo em um
submercado específico. Como exemplos de tais casos, têm-se os Despachos nº 2.253/2015 e nº 2.831/2016.
Dada a frequência de tal tratamento, se mostrou oportuno a sua aplicação nas Regras, e dar possibilidade do
rateio dos Encargos por Outros Serviços Ancilares segregado por submercado.

Encargos
O cálculo dos Encargos por Outros Serviços Ancilares passou a considerar a parcela Ressarcimento pelo Custo
de Usinas Emergenciais (LC. 8), de forma que essa entrada possa receber os valores em reais (R$) informados
pela Aneel nos respectivos Despachos.

O Valor dos Encargos por Outro Serviços Ancilares foi segregado em duas componentes para melhor tratamento
das informações que o compõe (LC. 36), sendo apresentados separadamente os valores dos encargos a serem
pagos para usinas que prestam serviços ancilares, e valores dos encargos a serem pagos para distribuidoras ou
consumidores que prestaram tais serviços.

O Valor dos Encargos por Outros Serviços Ancilares para Usinas (LC. 36.1) e o Valor dos Encargos por Outros
Serviços Ancilares para Distribuidoras e Consumidores (LC. 36.2) fazem o rateio dos encargos por outros serviços
ancilares a serem pagos pelos consumidores de um submercado específico, definindo o valor em R$/MWh (reais
por megawatt-hora) que deverá ser pago para cada consumidor desse submercado. Para tal, é considerado o
valor em R$ (reais) de todos os encargos cujo rateio considere esse submercado, possibilitando também
eventuais rateios por subsistemas, ou seja, agrupamento de submercados. Dessa forma, para todos os
subsistemas que contém o submercado em questão, é realizado o rateio dos encargos classificados para esse
subsistema por todo o seu consumo. O quadro importante inserido (LC. 36) tem a finalidade de manter o rateio
pelo SIN como padrão quando não há informação de rateio. Cabe destacar, que o cálculo rateio dos encargos
de restrição também foi alterado, retirando acrônimo específico para restrição local, sem contudo mudar os
resultados finais (LC 34.1)

Foi necessário adequar também o Valor dos Encargos por Serviços do Sistema (LC. 37) para considerar o Valor
do Encargo por Outros Serviços Ancilares segregado por submercado, flexibilidade anteriormente não existente.

Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
1.10. Atualização da receita retida no âmbito do CER - Fontes Eólica e Solar

Atualmente, as regras de comercialização vigentes retêm na CONER toda a receita fixa, anterior a entrada em
operação comercial da usina, com intuito de abater eventual valor de ressarcimento. Contudo, são utilizados na
apuração do ressarcimento o preço de venda vigente, atualizado no início do ano fCER seguinte ao de apuração
da energia, e a receita retida, que é devolvida para o gerador sem atualização monetária, conforme
demonstrado na Figura 4:

Figura 4 – Ressarcimento e receita retida considerados no CER

Contudo, caso o agente pudesse receber a receita fixa ao longo do ano contratual, poderia aplicar o respectivo
valor, de forma reduzir o montante total a ser pago no ressarcimento. Dessa forma, visto que o objetivo principal
da receita retida é mitigar eventual inadimplência na liquidação, é proposto que os valores retidos possam ser
atualizados monetariamente, do respectivo mês de retenção até o mês de lançamento do ressarcimento.

Cabe destacar que não existe mais retenção da receita fixa para os leilões com suprimento vigentes2 para usinas
comprometidas CER de fonte Biomassa/PCH. Dessa forma a proposta aplica-se apenas para as usinas das fontes
solar e eólica.

Contratação de Energia de Reserva


Na seção “Determinação da Receita Fixa Retida” foi inserida linha de comando, para ambas as fontes (LCs 28 e
51), com o objetivo promover atualização da receita retida de cada um dos meses que foram retidos. Cabe
destacar que, uma vez que a apuração de energia de reserva ocorre no início do mês subsequente, ainda não
há a divulgação do IPCA do mês anterior, sendo necessária a utilização do índice do 2º mês anterior ao mês de

2
Atualmente existe a determinação de retenção de uma usina de fonte biomassa, que está em processo de desligamento
Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
apuração. Por esse motivo, somente serão atualizados os valores da receita fixa anteriores ao 2º mês anterior
ao mês de apuração. Além disso, as variações de IPCA negativas não reduzem os valores da receita retida.

Foi inserido o cálculo da receita retida acumulada (LCs 30 e 53), como o objetivo somar os valores de receita
retida que foram atualizados e aqueles valores que ainda não foram atualizados, dado o descasamento da
divulgação do IPCA e apuração da receita de venda. Esse valor também passou a ser utilizado no total da receita
retida para fins de cálculo do saldo a ser mantido da CONER (LC 69).

Dessa forma, o cálculo do total da receita retida é atualizado ao longo do fCER sobre o qual está sendo apurado
o ressarcimento (LCs 29 e 51). Cabe destacar que a receita do último mês do ano contratual não é atualizada,
uma vez que a variação do IPCA do mês da retenção para o mês subsequente ainda não é conhecida.

1.11. Desconto de subsídios CDE/CCC na Receita de Venda

As Regras de Comercialização, seguindo as diretrizes dos contratos provenientes de leilões realizados de 2011
em diante, prevê que eventual desconto das Cotas de CCC/CDE ocorra na receita fixa da usina. Contudo, em
caso específico, conforme análise constante no Despacho nº 2.648/2011, a dedução do recebimento dos
benefícios da CCC/CDE deverá ser feita na receita variável, dependendo, portanto da geração do agente. Dessa
forma, é proposto a alteração no pagamento da receita variável em situações específicas, conforme comando
da Aneel. Nestes casos, a receita variável será com base apenas no CVU vinculado ao demais custos, ou seja,
excluindo o custo do combustível subsidiado.

Receita de Venda de CCEAR

Conforme mencionado acima, os cálculos referentes a receita variável, tanto preliminar quanto final, foram
alterados para usinas que possuem despacho específico de dedução do subsídio na parcela variável (LCs 92.2 e
100). Cabe destacar que ainda continua prevista a dedução das cotas na receita fixa, de forma independente da
receita variável, em conformidade com cláusulas dos demais contratos.

1.12. Determinação preliminar do desconto na TUST/TUSD para consumidores


especiais recém aderidos à CCEE

Para consumidores especiais recém aderidos/cadastrados na CCEE, será fixado um desconto de 50% na
TUSD/TUST a ser considerado pelas Distribuidoras na aplicação das tarifas até que ocorra o processamento da
matriz de descontos. Tal proposta visa padronizar esse desconto provisório até a apuração da matriz de desconto
que se dá em MS+35du.

Descritivo de Alterações

32
Versão 2018.1.0
Destaca-se que após o processamento da matriz de desconto e da divulgação pela CCEE do valor real de
desconto, caberá a Distribuidora realizar eventuais ajustes nas tarifas de uso do sistema já processadas.

Descontos provisórios superiores a 50%, decorrentes de contratações de fontes com incentivo superiores a este
percentual, bem como descontos para consumidores livres (que estão migrando através de contratos de compra
com incentivo) mantem-se a necessidade de solicitação do cálculo provisório à CCEE.

Cálculo do Desconto Aplicado à TUSD/TUST


Inclusão textual no módulo da Regra de Cálculo do Desconto Aplicado à TUST/TUSD, no item 1.2.2 “Metodologia
Utilizada na Apuração do Desconto”, descrevendo a alteração proposta.

1.13. Determinação de desconto na TUSD/TUST para usinas a biomassa com


potência injetada até 50 MW

Para usinas a biomassa autorizadas anteriormente a 1º de janeiro de 2016, com potência instalada até 50.000
kW, o recurso do agente para fins de desconto é a garantia física do empreendimento, porém com a
consideração de um fator redutor com a finalidade de manter o desconto integral da usina na proporção da sua
garantia física que equivale à injeção de potência até o limite de 30.000 kW, sendo que a garantia física
correspondente à injeção de potência que excede esse valor fica sem desconto associado. As regras aprovadas
na AP 67/2017 deu tal tratamento considerando a proporção entre o limite de injeção de potência e o
MUSD/MUST contratado. No entanto, tal tratamento foi revisto, e a proposta considera, para usinas a biomassa,
o cálculo do fator de redução da garantia física para fins de desconto com base na geração efetivamente
verificada da usina, ao longo do horizonte de aferição de geração considerada para os cálculos das revisões da
sua garantia física.

Cálculo do Desconto Aplicado à TUSD/TUST


Para usinas a biomassa autorizadas com outorga anterior a 2016 e que injetem potência entre 30.000 kW e
50.000 kW, a Garantia Física para Fins de Desconto na TUSD/TUST deverá ser aplicada de forma a preservar o
desconto referente à injeção de potência até 30.000 kW, sendo dessa forma calculado um fator redutor que
representa a proporção da potência injetada acima desse limite, conforme previsto no art. 2º da Lei nº 13.299
(LCs 2). Para usinas a biomassa, o fator para redução do desconto a ser repassado em função do recurso especial
considera a proporção da medição de geração horária injetada acima de 30.000 KW em relação à medição de
geração total realizada pela usina, de forma a capturar a proporção da garantia física do agente que não deve
ser considerada como recurso passível de repassar o desconto na TUSD/TUST. (LC. 2.1.1). Para usinas hidráulicas,
o fator é calculado da mesma forma como a regra aprovada na AP 67/2016, considerando a proporção do MUSD
contratado e o valor máximo de geração no mês. (LC. 2.1.2).
Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
Para o cálculo do desconto a ser aplicado na tarifa de uso dos geradores, para ambas as fontes, é mantido o
fator redutor considerando a proporção do MUSD/MUST contratado em relação ao limite de 30.000 KW. (LC.
18.1.1.1 e 18.1.1.1.1)

Demais Melhorias

1.14. Inclusão de ADDC e demais ajustes na Contratação de Energia de Reserva

Em análise dos procedimentos operacionais da CCEE foi identificada oportunidade de melhoria referente a
cobrança de encargos e apuração do excedente da CONER. Ocorre que, em situações específicas onde o
montante disponível na CONER necessita ser destinado para eventuais cobranças de tributos é necessário incluir
ajustes, via Mecanismo Auxiliar de Cálculo, para que seja apurado de forma correta o encargo. Dessa forma, a
CCEE propõe a inserção de acrônimo Ajustes Decorrente de Deliberação do CAd, Decisões Judiciais ou
Administrativas (ADDC) para que o valor para fins cobrança do encargo possa, com suas justificativas
devidamente respaldadas, ser menor que valor disponível na efetivamente na CONER.

Além disso, foi verificada a oportunidade de atualização dos dados de entrada e saída, bem como alteração da
dimensão no caso da apuração do desvio de geração, para fins de cessão de usina da fonte solar.

Contratação de Energia de Reserva


No cálculo referente ao saldo efetivo da CONER foi incluindo o ADDC_CONER (LC 73), que possibilita a CCEE, em
casos excepcionais, alterar o valor disponível para a apuração do valor de encargo.

Adicionalmente, no cálculo referente ao Desvio Anual de Geração para a Aplicação do Cessão, a Energia, não
gerada de forma involuntária do gerador, deve ser no próprio ano contratual, ao invés do ano anterior como
descrito nas regras vigentes. Além disso o acrônimo referente a Energia Contatada da fonte Solar (ECSp,t,l) não
constava nos dados de entrada e foi incluído.

1.15. Adequação de tratamentos não vigentes nos módulos de Medição


Contábil e MCSD

Medição Contábil

Em função de alterações anteriores no módulo de Regra de Medição Contábil alguns acrônimos ficaram com
mesmos valores e significados, e muitas linhas de comando não são mais necessárias, pois nada acrescentam
nas operações algébricas das Regras de Comercialização, podendo ser eliminadas. Nesse sentido, foi realizado

Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
um processo de simplificação e reorganização do Módulo Medição Contábil, com intuito de melhorar a
compreensão das etapas dos cálculos e eliminar acrônimos obsoletos.

Foi realizado atualização da numeração e dos títulos dos anexos, descritos no último parágrafo da “Introdução”
do módulo. O antigo item 1.2.5 foi transferido para o Anexo IV, a fim de se adequar às alterações no decorrer
do módulo.

O antigo item 2.4 “Determinação da Geração de Teste e Geração Reconciliada” foi excluído do módulo. De seu
conteúdo, a antiga LC 9 referente à “Determinação da Fase de Motorização da Usina e Sua Garantia Física” foi
transferida para o Anexo IV – “Cálculo do Fator de Operação Comercial e do Fator de Suspensão”. A antiga LC 10
foi excluída do modulo por não haver utilidade em nenhum outro ponto do módulo Medição Contábil ou de
outros módulos. A antiga LC 11 também foi excluída, uma vez que os acrônimos das operações têm os mesmos
valores. As antigas LCs 12 e 13 foram deletadas pois o fator F_PGT da LC 12 será sempre igual a 1, e com isso os
acrônimos da LC 13 serão sempre iguais. A partir dessa simplificação, alguns acrônimos foram eliminados, sendo
necessária uma revisão em todo o módulo Medição Contábil para substituir o acrônimo excluído pelo acrônimo
correspondente (novas LCs 9, 10, 25.2, 25.3 e item 3.7.4). Também foi realizada uma alteração no corpo de todo
o texto do módulo para substituir a expressão “geração reconciliada” para “geração comercial”.

Conforme descrito anteriormente, no Anexo IV foi incluído o novo item 3.4.1 “Determinação da fase de
motorização da usina”, assunto transferido do antigo item 2.4. No item 3.4.2, também no Anexo IV, foi realizada
uma inclusão textual, transferido do antigo item 1.2.5 “Determinação da Quantidade de Geração de Teste e
Reconciliada” com as devidas alterações, conforme citado anteriormente.

No item 3.5.2, nos “Dados de entrada” do Anexo V, houve uma correção no “Fornecedor” do acrônimo
F_COM_GF.

No Anexo VII, item 3.7.1, houve uma correção dos acrônimos ML_G e ML_C que a fim de adequá-los a processos
realizados pela área de medição contábil da CCEE. E, para melhor entendimento do anexo, incluiu-se texto no
Quadro Importante do item 3.7.2.

A parcela da usina habilitada para prestação de serviços ancilares de compensação síncrona (CCS) passa a ser
considerada na equação de MED_G (item 3.7.3) e na de MED_G_PRB (item 3.7.6), não havendo mais a
necessidade de separar em duas equações para o caso de haver ou não compensação síncrona. Com isso, foi
excluído a equação de MED_G para quando houver a compensação síncrona, uma vez que ela já está
representada.

Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
No item 3.7.4, ainda no anexo VII, houve uma correção do acrônimo de MED_G para MED_GT. E, para melhor
entendimento, foi incluída a condicional “Para usinas com alguma unidade geradora em status “nenhum”:”
antes da equação do item 3.7.5.

MCSD
Os leilões de energia existente que ocorreram antes de 2011 tiveram o fim de suprimento até dezembro de
2016, todos os tratamentos específicos desses contratos foram excluídos do módulo. Além disso as sobras
referentes ao acréscimo na aquisição de energia elétrica decorrente de contratos anteriores a 16 de março de
2004, não possuem declaração desde de 2012 e foram excluídos dos cálculos.

De forma a contemplar a exclusão dos tratamentos referentes aos contratos que não estão em suprimento
foram alteradas diversas linha de comando, de forma de contemplar apenas os leilões vigentes (LCs 32, 33, 34,
40, 57, 58, 59, 64, 81.1, 82.2.1, 82.2.2 e 83)

De forma análoga foram excluídos alguns cálculos referentes as sobras decorrentes ao acréscimo na aquisição
de energia elétrica decorrente de contratos anteriores a 16 de março de 2004 (LCs 4, 8, 8.1 das Regras 2017)
Devido a isso algumas alterações foram necessárias de forma atualizar os cálculos subsequentes (LCs 7.1 e 7.2,
9)

1.16. Ajuste do cálculo do valor inadimplido dos agentes de distribuição

Foi verificado que o banco liquidante já informa os valores totais inadimplidos, associados aos CCGFs do agente
de distribuição, já discretizados por usinas comprometidas com CCGFs, sendo esses montantes divulgados por
meio de relatórios da DRI. Portanto, o cálculo do Valor Inadimplido relacionado aos CCGFs do agente de
distribuição não é necessário, pois ele efetua a mesma discriminação dos valores de inadimplência para cada
usina.

Regime de Cotas de Garantia Física e Energia Nuclear


Foi excluída a LC 31, que realizava a discriminação para cada usina do valor inadimplido pelos Agentes de
Distribuição.

1.17. Alteração de nomes de acrônimo duplicados

Ambos os módulos de Medição Física e MCSD possuem um acrônimo denominado "PPC", porém trata-se de
conceitos distintos expressos em cada um dos módulos: enquanto que na Medição Física o acrônimo significa o
cálculo do percentual de consumo participante do rateio de perdas da rede básica, no módulo de MCSD este

Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
acrônimo constitui um dado de entrada que representa o percentual de impostos e contribuições recolhíveis
pelos agentes cessionários. A alteração proposta tem por finalidade renomear o acrônimo existente no módulo
de MCSD de modo a evitar dúvidas quanto a aplicação de cada um dos conceitos.

MCSD
Alteração no acrônimo que representa o Percentual de Impostos e Contribuições recolhíveis pelos Agentes
Cessionários de “PPC” para “PPC_RAC” (LC 97).

1.18. Revisão e ajustes textuais

• Conceitos associados a obrigação de entrega

A Resolução nº 658/2015 trouxe a opção de contratos provenientes de leilões realizados anteriormente a 2011
poderem migrar a sua dinâmica, de forma a compatibilizá-los com contratos que possuem a figura da obrigação
de entrega.

Para o tratamento da diversidade de contratos resultante, as Regras de Comercialização foram alteradas no


âmbito da Audiência Pública nº 84/2015. Para a versão 2018, se mostrou oportuno o aprimoramento nos filtros
e textos para maior entendimento e clareza das condições que caracterizam os cálculos dos contratos por
disponibilidade nos cadernos.

Concomitantemente à essa discussão se viu oportuna a inclusão nas Regras de usinas CGHs comprometidas com
CER, visto que tais empreendimentos que negociaram no 10º Leilão de Energia de Reserva já podem estar
iniciando o seu suprimento, de acordo com a sua entrada em operação comercial.

Comprometimento de Usinas
Os filtros que fazem citações exclusivas como “usinas térmicas, exceto usinas a biomassa com modalidade de
despacho tipos IB, IIB ou III” foram substituídos por filtros que fazem uma definição mais direta como “usinas
térmicas com modalidade de despacho tipos IA ou IIA”. (LCs. 9, 9.2,12.1)

Foram observadas redundâncias que agregavam complexidade e foram retiradas (LC. 58.1.4.1, LC. 58.1.4.1.1,
LC. 58.1.4.1.2)

Também foram identificados outros ajustes oportunos para maior clareza do texto (LC. 9.3, 16.1, 17, 45)

Referente aos CERs de usinas PCH e CGH, que negociaram no 10º LER, foi explicitado que a geração é destinada
inteiramente ao contrato, inclusive no período de antecipação, conforme determina as claúsulas contratuais
(LCs 18 e 37.1)

Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
Receita de Venda de CCEAR
Analogamente ao tratamento dado no módulo Comprometimento de Usinas, no módulo Receita de Venda de
CCEAR também foi dada mais clareza às usinas que se enquadram em determinados cálculos, retirando o
tratamento exclusivo quando há, em se tratando de usinas térmicas com modalidade de despacho tipos IA ou
IIA (LC. 11, LC. 13, LC. 14.1, LC. 95.3, LC. 116, LC. 116.1, 116.1.1, 116.1.1.1)

O cálculo da Parcela Sujeita a Redução pelas Garantias Financeiras teve seus filtros ajustados para dar maior
clareza ao tratamento das usinas que se encaixam em cada condição (LC. 94.1.2). Para a primeira condição foram
segregados três grandes grupos (Leilões de Energia Nova, Leilões de Fontes Alternativas e Leilões de Energia
existente), e após a descrição de cada um desses, foram acrescentas as suas respectivas exceções. Na segunda
condição ficou mais explícito o tipo da usina que deve ser considerada.

Consolidação de Resultados
O Balanço Energético do Produto, responsável pela determinação da energia entregue no âmbito do CCEAR por
disponibilidade, teve seu texto alterado para deixar mais claro o tipo de usina e os parâmetros dos contratos
que devem ser considerados. Como somente para usinas térmicas com modalidade de despacho tipo IA ou IIA
com obrigação de entrega, e usinas a biomassa com contratos de leilões realizados de 2011 em diante possuem
os parâmetros de obrigação de entrega para compor a devida exposição entregue no MCP ao comprador, esses
tipos ficam explicitados no cálculo do Balanço Energético do Produto (LC. 2.2). De forma análoga, esse parâmetro
é calculado para todos os outros contratos por disponibilidade (LC. 2.1) com base na geração, de forma que o
texto da linha de comando foi alterado para excluir com mais clareza os contratos citados anteriormente.

Os tratamentos de repasse de encargos para distribuidoras ficam explícitos que são somente para usinas
térmicas com modalidade de despacho tipos IA ou IIA (LC. 4 e LC. 5), visto que somente essas usinas possuem
tal dinâmica.

• Exclusão do MRE de usinas não despachadas somente por solicitação própria (Lei nº 13.360/16)
A partir de lei 13.360/2016, art. 24, “Os empreendimentos hidroelétricos não despachados centralizadamente
que optarem por participar do MRE somente poderão ser excluídos do referido mecanismo por solicitação própria
ou em caso de perda de outorga”.

MRE
Inclusão textual no item 1.2.3 “Participação no MRE” no Módulo de Regra de Mecanismo de Realocação de
Energia, descrevendo a alteração regulamentada pela lei 13.360/2016.

Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
• Inclusão de filtro da modalidade de operação de usinas tipo IIC – REN 756/16

Com a aprovação da revisão de uma série de módulos dos Procedimentos de Rede, dentre eles o 26.2 – Critérios
para classificação da modalidade de operação de usinas, por meio da Resolução Normativa nº 756/2016, foi
necessário a adequação das Regras de Comercialização para a incorporação do novo tipo de modalidade de
despacho de usinas IIC.

Tendo em vista que essa nova modalidade trata de reclassificação de usinas hidráulicas UHE e PCH com tipo II e
não hidráulicas, especificamente de fonte eólica, solar e biomassa de tipo IB, IIB ou III, a fim de trata-las em
conjunto, não houve necessidade de alteração algébrica, apenas a aplicação do tratamento já dado a esses tipos
para englobar também novo tipo IIC.

Medição Contábil
Foram adequados os textos das linhas de comando 23, 24.3.1.2, 24.3.2.2, 25, 25.1, 25.2, 25.4, 44, 44.1, 45, 46.1.
Adequação do acrônimo GF na tabela de dados de entrada
Garantia Física
Foram adequados os textos das linhas de comando 10.2, 16, e Figuras 14, 19 e 20.
MRE
Foi adequado o texto da seção “1.2.3.Participação no MRE”.
Contratos
Adequação do acrônimo GF na tabela de dados de entrada.
Comprometimento de Usinas
Adequação dos acrônimos GF e PD_PROD na tabela de dados de entrada.
Foram adequados os textos das linhas de comando 60, 30 e do título das seções 2.3 e 2.4.2.
Penalidades de Energia
Adequação do acrônimo GF na tabela de dados de entrada
RPR
Foram adequados os textos das linhas de comando 30, 32.1, 33, 33.1, 34.
Receita de Venda
Foram adequados os textos das linhas de comando 1, 11, 13, 14.1, 76, 76.1.2, 105.4.3, 105.4.4, 122, 126, 126.1,
126.1.1, 126.1.2, textos da introdução do módulo, o título e/ou contexto da seção 2.1 e 2.3.1.
Contratação de Energia de Reserva
Foram adequados os textos das linhas de comando 75, 75.1, 75.2 e título da sessão 4.2.1.

• Demais revisões e alterações textuais


Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0
Penalidades de Energia
A fim de melhorar o entendimento das Regras de Comercialização, foram realizadas adequações nos textos
explicativos e algumas linhas de comando, incluindo descrição da maneira como são consideradas as cessões de
consumidores na apuração da insuficiência de lastro de energia. Também foram identificados pontos de revisão,
para melhor aderência da álgebra ao conceito aplicado.

Foram adequados os textos das seguintes linhas de comando: 1, 5, 6, 7, 9, 9.2, 10, 10.2, 13.

No consumo abatido por geração de teste (LC 9.2), foi desconsiderado o valor do consumo referente às cargas
modeladas para representar a exportação de energia, pois o seu consumo já é isento da comprovação de lastro.
Visto que o conceito da álgebra é utilizar a geração de teste como atenuante de consumo como um requisito de
lastro, pelo fato de ser uma geração que ainda não provém recurso de lastro pela situação operacional da usina,
mas é liquidada no MCP, no seu cálculo deve ser considerado como consumo passível de ser reduzido somente
o montante que efetivamente é um requisito.

O total de contratos de venda, a compor o requisito de lastro do perfil de agente, teve seus valores discriminados
em contratos de venda de energia especial (LC. 14) e não especial (LC. 15). Tal tratativa se mostra necessária,
diante da possibilidade de um consumidor livre adquirir energia especial em um contrato de compra, e realizar
uma cessão desse mesmo contrato para outro consumidor, o que lhe caracteriza um requisito de energia
especial. Dessa forma, foi tratado o caso em questão a partir da separação dos requisitos, e sua devida
classificação na determinação do requisito de lastro do perfil de agente (LC. 22.2)

Descritivo de Alterações

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Versão 2018.1.0

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