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Design Social ou Design participativo: uma experiência de ensino

Social Design or Participative Design: a Teaching Experience

DIAS, Carla
Doutor em Artes Visuais - Depto Artes & Design / PUC – Rio
CORTES, Carlos André
Mestre em Design - Depto Artes & Design / PUC – Rio

Palavra-chave: design social, reciprocidade, interação

Resumo: Design social ou Design Participativo tem por principio um determinado modo de conceber a disciplina, que
privilegia a relação social construída na experiência de projeto. Neste trabalho pretendemos apresentar algumas
questões suscitadas na prática de ensino, para refletir sobre a participação - construída a partir da inserção do aluno em
ambientes sociais singulares – como metodologia de Projeto em Design.
A partir do estudo de casos, pretendemos destacar os diferentes níveis de parceria construídos na pratica projetual, sob o
enfoque do design participativo.
A experiência dos últimos anos possibilita uma reflexão sobre o papel do design na contemporaneidade, onde os
sujeitos interagem na dimensão social estabelecendo relações fundadas na reciprocidade.

Keywords: Social Design; reciprocity; interaction.

Abstrats : Social Design or Participative Design is based on a special way of conceiving this discipline with an
emphasis on the social relations built along the project exprience. In this paper we present some issues raised during
the practice of teaching and we discuss the stand point of participation – based upon the insertion of the student in
particular social environments – as a project methodology in Desin.
Based on case studies, we highlight different levels of partnership established during the practice of projecting
according to a participative approach to design.
Our experience in the last few years leads to questioning the present social role of design, where individuals interact in
a social dimension according to relationships funded in reciprocity.

- Apresentação
Em meados dos anos 80, um grupo de professores do Curso de Desenho Industrial da Puc-Rio, desenvolveu
no campus desta Universidade, uma reflexão acerca da prática de ensino de desenvolvimento de projetos em
Design. As questões diziam respeito ao distanciamento do curso e, portanto, da realidade sócio-cultural do
país.

Os professores avaliaram que esta desvinculação, além de não constituir uma ação possível para o processo
de transformação social, também não contribuía para a formação dos alunos, na medida em que estes não
tinham a oportunidade de vivenciar os limites reais para desenvolvimento de seus projetos acadêmicos1.

Foi então proposto, que os trabalhos de curso, os Projetos de Design, buscassem ser realizados a partir da
vivência do aluno em ambientes sociais singulares. Os alunos passaram a ser estimulados a buscar situações
reais, fora do ambiente geográfico da universidade. A idéia de buscar uma realidade para desenvolvimento
de projeto significou uma mudança de paradigma, pois segundo José Luiz Mendes Ripper, não se pretendia
somente trocar uma situação hipotética por uma situação real, mas, projetar tendo questões singulares,
específicas, identificadas a partir da convivência junto a um grupo social distinto.

Surgia então o que se denominou naquele momento Design Social, enquanto recurso metodológico para o
desenvolvimento de Projeto de Design. O design social define-se por priorizar a lógica do usuário ao invés
da lógica da produção.

As questões que pretendemos apresentar são produto de uma experiência que foi dinamicamente vivenciada
primeiramente como alunos e posteriormente como professores. Desde modo esta experiência de ensino
situa-se num contexto de mudança institucional como também do próprio campo do ensino do Design, na
cidade do Rio de Janeiro nos últimos 20 anos2.

- O Design como prática Social - Participando e Observando

Esta proposta metodológica que denominamos Design social ou Design Interativo tem por principio um
determinado modo ou processo metodológico de conceber a disciplina que privilegia a relação social
construída na experiência de projeto. Desde modo, pretendemos pensar o Design enquanto disciplina do
campo das Ciências Humanas. Pensar em metodologia significa pensar em processo, e deste modo, em
transformações, mudanças adaptações, caminhos e descaminhos. Um constante refazer e repensar, em que os
atores sociais envolvidos: alunos; professores e parceiros em uma intensa relação de convivência, projetam e
constroem juntos e materializam a forma em harmonia a realidade do contexto sócio-cultural a que estão
inseridos.

O ensino de graduação de Desenho Industrial na Puc-Rio tem o eixo central. Distribuídas ao longo do curso,
as disciplinas de Projeto, somavam o total de seis, sendo o primeiro, o Projeto Básico, oferecido no primeiro
período da faculdade. A disciplina Projeto Básico I e II é comum as duas habilitações e tem por finalidade
iniciar o aluno na pratica do processo de projeto.

O Design Interativo propõe como recurso metodológico a Observação Participante, método de pesquisa
próprio da antropologia social3. A observação participante é o processo pelo qual mantém-se a presença do
observador numa situação social com a finalidade de realizar uma investigação científica, de modo que o
observador está face a face com os observados e, ao participar da vida deles no seu cenário, colhe dados.” O
pesquisador ao se inserir em um contexto social específico, com o objetivo de desenvolver um projeto de
design em parceria, passa a desempenhar um papel social no grupo (Malinovski, 1990)4.

Neste contexto é proposto, que os trabalhos de curso, os Projetos de Design, busquem ser realizados a partir
da vivência do aluno em ambientes sociais singulares. Escolher uma determinada situação de projeto
significa aqui, uma pesquisa fundamentalmente de caráter social, pois fundamenta-se nas trocas sociais,
vivenciadas algumas vezes em contextos culturais distintos. Fatores como contexto de pesquisa, orientação
teórica, momento sócio-histórico e até personalidade do pesquisador e ethos dos pesquisados influenciam o
resultado obtido nos trabalhos que consideram a dinâmica social como elemento e pressuposto da pesquisa.
É importante ressaltar que a busca do outro não se dá aqui com uma intenção funcionalista, onde se buscaria
suprir falhas ou necessidades, muito pelo contrário, ao invés de corrigir, melhorar, consertar ou facilitar,
busca-se perceber, compreender nas práticas, as motivações da pessoa com quem se está projetando. Como
ela faz cada coisa? Pra que ? A serviço de que idéias?5

A construção das trocas em parcerias

Como dito, propomos aos alunos, sair do espaço da universidade, para buscar grupos em atividade, e então
escolher uma determinada situação de projeto, onde possam ser aceitos como voluntários, durante todo o
semestre em encontros semanais freqüentes.

Após a definição do ambiente do Projeto, parte-se para o levantamento de dados, utilizando-se, como já dito,
a metodologia trazida da antropologia social: a observação participante, o método de trabalho de campo6. O
Diário de Campo, o “caderninho”, é o suporte para os registros: palavras ouvidas, comentários, relatos de
observação e, fundamentalmente, os modos de comunicação do grupo com o qual os alunos estão
trabalhando. A turma funciona coletivamente, isto é, todos participam, mesmo que indiretamente, dos
projetos dos colegas. Mas, ao contrário do “isolamento” desejado na pesquisa etnografica de longa duração,
os relatos são atualizados, trazidos para o grupo de origem do ‘observador’, na mesmo ritmo com que são
‘coletados’, de modo que todo o grupo é em certa medida participante indireto desta observação, aprendizes
de uma experiência. A relação da universidade e seus alunos com as instituições e demais grupos sociais.
O Projeto é desenvolvido em etapas. A primeira consiste basicamente na escolha do parceiro e do tema do
projeto e na identificação da situação a ser trabalhada. Segunda fase consiste na identificação e definição do
objetivo do projeto. Depois se seguem as Primeiras Hipóteses, que são os primeiros experimentos para a
Definição Do Partido Adotado, definição do caminho que será desenvolvido a partir da avaliação dos
primeiros experimentos. A Geração De Alternativas são as variações formais, conceituando o que cada uma
pode auxiliar na função e no uso. A Experimentação é a etapa final, o que significa que o objeto é produzido
e finalizado e então experimentado, para que o aluno possa avaliar o seu trabalho a partir da dinâmica do uso
pelo grupo com o qual foi desenvolvido.

Aula-oficina na Tenda: produção coletiva das alternativas/ 2006

O ritmo é deste modo, fundamental, para que esta relação possa ser construída e para que o aluno possa
reconhecer os modos de comunicação, algumas categorias, e as formas próprias do contexto social: A lógica
própria do outro. O chamado usuário neste exercício metodológico adquire uma dimensão distinta,
desempenhando um papel dinâmico, pois, participa como colaborador, de todas as fases e etapas do projeto.

A questão da autoria dissolve-se nas interseções sociais. O exercício da interatividade é, portanto,


experimentado na possibilidade de uma criação que é “coletiva”. A autoria pressupõe o privilégio da forma,
destacada do contexto sócio – cultural e das relações cotidianamente vividas. Na experiência pedagógica O
projeto podendo neste sentido ser visto como co-autor. Neste aspecto a interdisciplinaridade é característica
da própria conformação da disciplina, pois o designer enquanto profissional, precisa atuar coletivamente, em
equipe.

Além de diversas escolas públicas e particulares, postos de saúde, profissionais liberais, etc. Entre estas
podemos enumerar algumas, chamando atenção que é o aluno que estabelece a relação, sem intermediação
dos professores. São estas algumas das instituições onde foram desenvolvidos Projetos pelos alunos, com
parceiros: -Instituto Benjamin Constant (educação de cegos); - INES-Instituto Nacional De Educação De
Surdos; Associação Brasileira Beneficiente De Reabilitação (ABBR); Escola De Teatro Tablado;
Conservatório Brasileiro De Música; Ciep Nação Rubro Negra / Leblon; Instituto Vital Brasil; Escolinha
De Futebol / praia do Leblon; Escolinha De Surf / Barra Da Tijuca; Creche Do Morro Do Borel / Tijuca;
Igreja Messiânica / Gávea; Creche Santa Teresinha / Gávea; Orfanato União Operária / Praia De Botafogo;
Projeto Ação Cidadania - / Santa Teresa; Escola Nacional de Circo; Hipoterapia - Jóquei Clube /Gávea;
Rotary Club / Ilha Do Governador; Patronato -Operário Da Gávea / Jardim Botânico; Tv Pinel – Instituto
Pinel / Botafogo; Instituto Nossa Senhora De Lourdes(Inosel); Laboratório De Biologia - UFRJ / Ilha Do
Fundão; Unibiótica , entre outros.

- Considerações Finais

Design social atende a setores da sociedade que não são comumente contemplados no sistema de reprodução
industrial. Ao contrario, são setores que se caracterizam pela invisibilidade, tais como: associações,
cooperativas, agremiações, instituições de pesquisa, instituições de ensino, instituições de saúde, instituições
de cultura. Ripper ressalta como aspecto da atividade projetual em parceria, construída sobre uma estreita
relação com a população envolvida, a oportunidade de descobrir temas autênticos e soluções apropriadas, as
questões identificadas pela convivência. É preciso estar preparado para entender a dinâmica das suas relações
sociais ao invés de refletir a lógica de sua própria dinâmica, de seus próprios valores. Os indivíduos
envolvidos na experiência são agentes da própria experiência, considerada pela dimensão do individuo, que
traz ao ingressar na universidade, uma bagagem de pequenas experiências que os distingue, os singularizam.
Podemos pensar no processo de interiorização descrito por Berger e Luckman como sendo um dos momentos
da dialética social, o momento onde é apreendido um acontecimento objetivo como dotado de sentido,
“como manifestação de processos subjetivos de outrem, que desta maneira torna-se subjetivamente
significativo” (1973).

Para Couto a importância desta dinâmica de ensino situa-se numa “visão holística”, responsável por formar
profissionais capazes de atuar em parceria. Couto também destaca o fato do Design Social abrir um imenso
espaço para o aluno pela possibilidade que este vivencia, onde se multiplicam oportunidades de realização de
projetos junto a setores da sociedade na qual o sistema de produção é dominante7.

O trabalho em um ambiente social distinto é ponto fundante do processo. Atua, em muitos casos, para o
desenvolvimento da capacidade do aluno para realizar trabalhos em grupo e aprender a interagir com grupos
sociais diferentes. Um agente autônomo e consciente de sua pratica social. É importante considerar que o
conhecimento dos códigos e dos valores do grupo são a base para o desenvolvimento do projeto. O exercício
proposto pressupõe um processo criativo interativo, onde os elementos da criação não estão apenas no
designer, mas principalmente na sua capacidade de observar e de se envolver, trocar, interagir, dialogar. é
preciso um tempo de convivência com as atividades dessa outra pessoa para começar a entender a graça, o
brilho do seu trabalho e então poder se tornar um parceiro.

Desde modo, utilizando um método de pesquisa próprio da antropologia, experimenta-se rever conceitos
estabelecidos pelo senso comum, os “pré-conceitos”. Dois universos distintos, as configurações formais
elaboradas a priori, e a observação, participação e experimentação da realidade “nativa” com a qual se
convive. Há portanto algo de particular e de individual nesse processo, que resulta, na pesquisa de campo,
das dúvidas e questionamentos a que estão sujeitos nossas idéias e hábitos mais caros. Ao conviver, aprende-
se e apreende-se um ethos específico, do respeito à alteridade e a reconhecer o relativismo dos grupos
sociais, da horizontalidade das práticas humanas8. Como resultado de um processo de iniciação, o estudante
passa a identificar o modo que outro elabora suas representações 9 A proposta parte de um reconhecimento
de um outro que deve ser buscado, reconhecido para partir da relação constituída, identificar os limites de si.
também que fala sobre a capacidade dos objetos expressarem a identidade de quem os produz, de carregarem
a mensagem, através dos objetos, pode-se falar de uma existência.

A disciplina é sobretudo artesanal, interpretativa e microscópica, que liga o particular mais minúsculo ao
universal mais abrangente, um processo onde, numa experiência circunscrita no tempo e no espaço, a
desconstrução de estereótipos formais para a partir deste, construir possibilidades antes não pensadas. É
então que como fruto do trabalho de cada um.10 O meio social e cultural em que nos movimentamos
estrutura nossos pensamentos e sentimentos de uma maneira definida. Pensar em técnica significa pois,
pensar em uma ação socializada sobre a matéria, uma produção social que varia segundo as sociedades e
culturas.

Baudrillard (1973) fala da sistemática das condutas e das relações humanas que resultam das relações dos
homens com os objetos que constroem e que compartilham em sua experiência histórica. Relações que
constroem redes de significação, onde a função dos objetos é determinada por seu pertencimento a um
conjunto, a um sistema, não existindo em si. São esses sistemas de relações que produzem significados.
Baudrillard rompe com a visão atomizante do objeto, muitas vezes puramente estética e ergológica, na
medida em que o integra e percebe-o em sua ambiência.

O desenvolvimento de todo o processo de Projeto, envolve a participação de um conjunto de pontos de vista,


construídos numa relação de troca e reciprocidade. Das palavras experimenta-se sua formalização, de modo
que o pensamento é materializado, em cores, linhas e materiais diversos. São representações de uma
experiência singular e diz respeito a um universo de significados identificados e sugeridos pela relação
essencialmente social que se estabelece entre sujeito observador e sujeito observado.

Notas

1
As dimensões eram falsas porque tudo era inventado. A população alvo é imaginada e as situações de projeto eram
simuladas. Uma coisa uma hora podia, outra hora não, mas dava-se um jeitinho, já que era tudo inventado. O fabricante
também não existia e os materiais eram pensados teoricamente. A discussão em torno do trabalho era uma ilusão.
(Ripper, 1994)
2
Já se tornou marca registrada desse curso (Desenho Industrial) a orientação no sentido de que o aluno trabalhe com
situações da realidade, pois acredita-se que a pesquisa direta, em um contexto real, contribui não somente para estimular
a criatividade e desenvolver o senso critico mas também ajuda o aluno a descobrir valores da sua própria cultura. (...)
Esse modo de atuação, conhecido como Design Social, foi introduzido no Departamento de Artes da Puc-Rio, há cerca
de 12 anos. ...Os dois primeiros módulos da disciplina Projeto são comuns as duas habilitações, Comunicação Visual e
Projeto de Produto, e tem como característica básica a identificação, pelo aluno, de situações de projeto em um contexto
real junto a um grupo social com o qual ele desenvolve o trabalho, chegando até a construção de protótipos que podem
ser experimentados e utilizados. (Catálogo do Depto. Artes, 1993/94:7,8)
3
No Iluminismo existia uma preocupação com a anulação da observação: a observação sem sujeito.Ao contrário da
idéia de uma abstração absoluta do sujeito e a realização de experiências laboratoriais, o Empirismo faz com que o
observador se sinta comprometido. No Romantismo, a idéia de que o observador esta implicado na coisa que observa e
no processo de observação, onde o sujeito esta presente no processo de observação e análise, traz, em si, um
compromisso com a totalidade da apreensão do mundo, ao contrário de perceber as partes.
4
Assim, o olhar construído também é resultado de uma relação entre o pesquisador e os sujeitos, pois, diante do
instrumental do pesquisador a representação adquire contornos próprios, que em alguma medida registra, dá a perceber
nuances da representação que se estabelece. Do jogo de informações que se tenta obter, por parte do observador, e que
se permite dar, por parte do observado, que nesta estratégia afirma sua posição de sujeito.
5
Para Papanek (1977) na era industrial e tecnológica, é fundamental analisar o compromisso social do designer. Este
atributo caracteriza uma atitude de reconhecimento de uma situação onde o objeto tem um propósito de uso, o que antes
não era determinante.
6
Malinowski delineia certos procedimentos fundamentais do trabalho de campo, da pesquisa empírica. Para o autor, um
diário, sistematicamente elaborado durante todo o processo de pesquisa, seria o instrumento ideal para o estudo,
registrando o desenrolar de um ato, as ações dos atores sociais envolvidos, assim com tudo que possa lhe possibilitar
uma compreensão. O autor também vai falar da necessidade, quando da inserção, de às vezes se deixar de lado, a
máquina fotográfica, o caderno e o lápis e se integrar nos acontecimentos, participar, sentar, ouvir, enfim, tomar parte.
7
Design Solidário, A Revista ARC tem publicado artigos voltados para a valorização do artesanato e das pequenas
iniciativas. Leon cita a linha de trabalho apresentada por Enrique Martinez, da Rhodes Island School of Design, nos
Estados Unidos, que tem como proposta pedagógica formar pequenos empreendedores.
8
Edgard Morin propõe uma política do humano e uma política da civilização, necessária ao próprio ocidente, que sofre
com o domínio do calculo, da técnica, do lucro sobre todos os aspectos da vida humana, com o domínio da quantidade
sobre a qualidade.
9
Ver Berger e Luckmann: “a socialização primária é o primeira socialização que ocorre na infância e pela qua o
indivíduo, criança, torna-se membro da sociedade. A socialização secundária é qualquer processo subseqüente que
introduz um indivíduo já socializado em novos setores do mundo objetivo de sua sociedade.”(1973)
10
No processo de produção artesanal, o papel que o trabalhador desempenha no processo produtivo depende muitas
vêzes, de sua própria capacidade e conhecimento para ser criado, em razão deste conhecimento não estar sistematizado,
geralmente se constitui na relação direta com o próprio trabalho. O que significa que é trabalhando que se aprende a
trabalhar, experimentando as possibilidades do material, quebrando; consertando; entortando ou copiando.

Referência Bibliográfica

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Carla Dias – cdias@rdc.puc-rio.br; diasceramica@yahoo.com.br


Carlos André Cortes - lameiraocortes@gmail.com

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