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FADA ORIANA

Existem fadas boas e fadas más. Uma fada boa consegue ver uma árvore morta, mas uma fada
má vê muitas folhas, flores e frutos.

A Oriana era uma fada boa, muito bonita. Morava numa grande floresta gostava de dormir
dentro do tronco de um carvalho.

Regava as flores com orvalho e ajudava o moleiro a tomar conta dos seus 11 filhos.

Um dia de Primavera ela saiu a dançar para a floresta e acordou as árvores, os galos , os pássaros.

Resolveu visitar a velha que vivia numa casa muito velha. A velha andava muito triste porque
quando era nova divertia-se muito e já tinha tido um palácio.

Agora nem leite tinha, mas a Oriana com a sua varinha ajudava nestas necessidades.

Só as crianças, os animais, as árvores e as flores conseguiam ver as fadas por isso a velha não via
a Oriana.

A velha apanhava ramos secos e depois ia vender na cidade.

A velha não conseguia ver bem, era a Oriana que a ajudava a chegar à cidade segurando a lenha
para que pesasse menos.

As andorinhas contavam muitas histórias sobre países distantes à Oriana, como o rei do Tibete
que conseguia ler o pensamento das pessoas. As andorinhas convidaram a Oriana a conhecer
estes mistérios do mundo, mas ela recusou porque sabia que os homens, os animais e plantas
precisavam dela.

A seguir a ajudar a velha foi a casa do lenhador que era muito pobre.

Oriana via o que faltava. Para isso apanhava sempre 3 pedras brancas na entrada da casa e
tranformava uma numa moeda nova, outra numa blusa nova e a terceira pedra numa bola
nova para o filho.

A seguir Oriana ia ajudar o moleiro. A sua casa estava muito desarrumada porque ele tinha 11
filhos. Oriana limpou a casa toda, coseu toda a roupa e arranjou os brinquedos partidos.

A seguir Oriana ia a casa de um Homem Muito Rico. O Homem muito Rico não tinha mulher nem
filhos. Estava tudo impecável na casa, Oriana nem com a sua varinha conseguia abrir as
fechaduras das portas que estavam fechadas, por isso entrou pela janela. Viu que estava tudo
muito cheio e todas as coisas suplicavam para Oriana as tirar de lá, andavam todas aos
encontrões.

Pediram à Oriana para aumentar o tamanho da sala, mas ela disse que tal era impossível porque
o dono pediu ao arquiteto uma casa pequena para ninguém ter inveja dele.

De repente ela teve uma ideia e escreveu num papel que quem dava aos pobres emprestava a
Deus. Pediu para dar metade dos móveis aos pobres.

O Homem Muito Rico entrou na sala, Oriana escondeu-se. Viu o papel e ficou muito zangado.
Mandou chamar todos os criados para saber quem tinha escrito aquele recado.
Quando os criados viram o papel este estava em branco e o Homem Muito Rico pensou que
tinha sonhado. Quando olhou em redor viu que faltava a bailarina na prateleira, quando olhou
novamente já lá estava a bailarina. Ele ficou ainda mais zangado e envergonhado perante os
criados.

Pela primeira vez Oriana não conseguiu ajudar ninguém naquela casa, viu que o Homem Muito
Rico era careca e resolveu dar-lhe cabelo. Intrigado com o crescimento do cabelo, lembrou-se
de uma senhora viúva que lhe foi pedir emprego para o seu filho. Ela disse-lhe que era muito
pobre e que não tinha dinheiro, nessa altura o Homem Muito Rico disse e eu não tenho cabelo
nenhum.

A senhora viúva disse que lhe ia enviar um remédio que fazia crescer o cabelo.

De fato ela no dia seguinte enviou um frasco com remédio que ele pôs na cabeça. O Homem
Muito Rico ficou a pensar que foi esse remédio que fez o cabelo crescer.

Telefonou ao filho da viúva a oferecer emprego, tinha de ir a um local duas vezes por semana.
A Oriana ficou contente e saiu pela janela.

O PEIXE

Oriana estava a dançar e a voar pela floresta até ouvir um peixe fora de água a chama-la. Ele
estava na areia e Oriana pô-lo novamente na água. O peixe disse um dia pede-me tudo o que
quiseres. Oriana resolveu visitar seu amigo Poeta que morava no fundo da floresta.

No dia seguinte Oriana levou a velha à cidade. Ao ver o seu reflexo no rio Oriana achou que o
seu reflexo era mais bonito que as próprias árvores. Resolveu perguntar ao espelho que disse
que havia uma coisa mais bonita do que ela que era uma parede branca, nua e lisa.

Ela ficou zangada, mas o espelho fez-lhe um pedido, queria que ela tirasse o cabelo ao Homem
Muito Rico porque ele estava sempre a ver-se ao espelho.

Oriana voltou ao rio e o peixe disse que ela era muito bonita mas estava mal penteada. O peixe
ensinou-lhe a fazer um penteado diferente. O Poeta não reparou na mudança de Oriana. Oriana
só pensava em chegar ao rio e falar com o peixe para mudar de penteados e foi deixando de ir
a casa do moleiro, a casa do lenhador, de tomar conta dos animais, de regar as flores.

Oriana estava sempre a enfeitar-se com coroas. O peixe deu um anel à fada para ela voar até ao
mar. O peixe disse-lhe que quando chegasse à orla das ondas chamasse o peixe Salomão e para
lhe pedir mil pérolas do mar do Oriente. Oriana chamou o peixe Salomão deu-lhe o anel e pediu-
lhe as pérolas. Ela esperou 7 dias e 7 noites pelas pérolas.

Rainha das Fadas

Quando regressou o peixe deu-lhe 10 fios de prata e a fada fez 10 colares. O peixe disse que ela
parecia a Rainha do Mar. De repente aparece a Rainha das Fadas muito zangada porque a Oriana
abandonou a floresta e só aconteceram desgraças. Os pobres tiveram fome, abandonou a velha,
as àrvores e flores não foram regadas.

A Rainha das Fadas pediu à Oriana as suas asas e a varinha de condão e avisou-a que só lhe dava
as asas de volta quando ela reparasse todo o mal que tinha feito.
Oriana voltou ao rio e esperou pelo peixe muitas horas e ele não a apareceu. Resolveu ir à
procura dos amigos antigos.

Floresta Abandonada

Estava tudo em silêncio o que não era normal na floresta, ninguém sabia quem ela era nem
mesmo a víbora. Ninguém acreditava que ela era uma fada pois não tinha asas. O peixe afinal
contou a todos os animais que ela estava apaixonada por ele e só queria estar bonita para ele.

Na casa do moleiro encontrou tudo numa grande desordem. O moleiro e a mulher estavam
tristes porque o filho mais novo tinha desaparecido procuraram durante nove dias e não o
encontraram por isso fizeram a malas e foram de carroça com os outros filhos para a cidade.
Oriana continuou o seu percurso e chegou à cabana do lenhador. Estava tudo sujo e
desarrumado, como não tinham dinheiro resolveram ir também para a cidade. A seguir foi a
casa do Poeta como não tinha asas teve de ir a pé por caminhos selvagens ficando com feridas.

O Poeta desgostoso também foi para cidade.

Oriana resolveu ir à procura deles e partiu para a cidade.

A Cidade

Quando chegou à cidade perguntou ao sinaleiro se conhecia um moleiro com 11 filhos. Ele
respondeu nesta cidade mora muita gente por isso não sei. Oriana entrou numa loja de chapéus
e também ninguém conhecia o moleiro. Ao ver o gato perguntou-lhe se conhecia o moleiro e
ele disse que sim, ela foi atrás do gato. Chegou à casa onde estava a esposa do moleiro. Que
achou estranho ela ser uma fada pois não estava a ver as asas. A mulher do moleiro disse que
não voltava para a floresta sem primeiro encontrar o filho mais novo, além disso não acreditava
que ela era uma fada.

Oriana veio embora muito triste e estava a andar sozinha nas ruas da cidade até que encontrou
um cão vadio e perguntou-lhe se ele conhecia o lenhador a mulher e o filho que vieram da
floresta.

O cão disse que conhecia e levou-a a um bairro muito miserável. O lenhador , a mulher e o filho
estavam muito magros e na casa não havia nenhuma cama nem colchão nem bancos.

Ela disse que quando chegaram à cidade o marido arranjou emprego no cais mas como o
dinheiro não chegava para pagar a renda o senhorio mandou-os embora e eles foram para
aquele casebre. O filho ficou doente e o médico disse que ele precisava de cobertores quentes
mas eles não tinham dinheiro para comprar os cobertores. O lenhador passou na loja onde
vendiam cobertores e roubou 2 e por isso foi preso. A mulher do lenhador disse que só voltava
para a floresta se ela tirasse o marido da prisão.

Ela tentou pedir aos guardas da prisão que libertassem o lenhador mas não conseguiu. À noite
foi tentar descobrir onde estava o Poeta. Encontrou o Poeta mas ele não acreditou que ela fosse
a Oriana porque não tinha asas e não conseguia encantar a noite.

A àrvore e os Animais
Oriana resolveu ir à procura do filho do moleiro. Oriana partiu a caminho dos montes, e quando
lá chegou chamou todos os animais e perguntou se sabiam onde estava o filho do moleiro. Um
veado disse ele está aqui. A Oriana pediu para lhe darem o filho do moleiro para o poder levar
à mãe.

O veado disse que não lhe dava o filho do moleiro porque ela não parecia uma fada e o coelho
disse que ela tinha de provar que tinha perdido as asas. Ela explicou que o peixe assistiu a tudo
e que viu a Rainha das Fadas a retirar as asas à Oriana e a varinha de condão. Os animais
disseram que se o peixe confirmasse a história e se todos os animais concordassem ela podia
levar o filho do moleiro.

De manhã a Oriana foi ao rio falar com o peixe para confirmar perante os outros animais que
ela era a fada Oriana e o peixe concordou depois de alguma conversa. Ao meio dia vieram todos
os animais ao rio para ouvirem do peixe a confirmação da história, mas o peixe não apareceu.

A seguir Oriana ouviu uma voz a perguntar se ela queria voltar a ter asas. Oriana disse logo que
sim, mas teria de fazer uma promessa. A Oriana perguntou qual era a promessa. Ela disse que
era a Rainha das Fadas Más e queria que a Oriana sujasse as águas das fontes; empurrasse as
crianças etc. Mas a Oriana recusou não era isso que ela queria.

Oriana voltou à cidade.

O Abismo

Quando estava quase a meio caminho da cidade lembrou-se da velha que nunca mais a tinha
ajudado e ainda por cima havia um abismo perigosa e a velha estava quase cega. De repente ela
viu a velha que se enganou no caminho e estava a caminhar em direção ao abismo.

Quando a Oriana estava quase perto da velha ela caiu no abismo. Oriana esqueceu-se que não
tinha asas e saltou o abismo para salvar a velha. A Rainha das Fadas apareceu mesmo na hora
certa tocou na Oriana com a sua varinha de condão e nesse mesmo instante ela ficou imóvel no
ar. A Rainha das Fadas disse que ela tinha arriscado tudo para salvar a velha e por isso ela estava
a dar-lhe novas asas. Então Oriana voou com a velha até ao caminho pousando-a no chão guiou-
a até à floresta.

A seguir voou para os montes e chamou os animais e pediu-lhes o filho do moleiro. Os animais
confirmaram que ela era uma fada com asas e varinha de condão e deram-lhe o filho do moleiro.

Quando chegou a casa do moleiro a mulher do moleiro deu um grande grito de felicidade
quando viu o filho. A mulher do moleiro viu que ela era uma fada e concordou regressar à
floresta.

A seguir Oriana foi à prisão com a sua varinha adormeceu os guardas e soltou o lenhador.

À noite Oriana foi ao café e encontrou o Poeta que estava muito pálido e sozinho, quando o
Poeta viu as suas asas e a varinha de condão ficou contente e foi com ela para a floresta. Quando
chegaram à floresta o Poeta pediu à Oriana para encantar tudo, e a Oriana levantou a varinha
de condão e ficou tudo encantado.

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