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Soberano Colégio dos Magos Praticantes

EGRÉGORAS E MOVIMENTOS DE MASSA

Chama-se egrégora o conjunto das energias acumuladas por


várias pessoas para um objetivo ou uma crença definida por eles. Ela
age como um acumulador de energia áurica que possui suas próprias
características, e motivada pela fé ou pela concentração de várias
pessoas ao mesmo tempo.

É uma manifestação parapsíquica, um “ser” ou uma “força” criada


pelo pensamento de pessoas que têm um objetivo comum. A vitalidade
de uma egrégora depende do número de pessoas que nela participam,
mas também da energia levada por cada um, assim como o tempo
empregado para ativá-la. Quanto mais este objetivo comum existir por
muito tempo, mais aqueles que o compartilham são numerosos, mais
esta egrégora se torna poderosa. No limite, uma única pessoa que
invista muito em alguma coisa poderia criar uma egrégora, uma
entidade que defende seu projeto e ajudá-lo a realizá-lo.

DEFINIÇÃO

É ao médico Pierre Mabille, companheiro de estrada do


surrealismo e autor de várias obras sobre este movimento, que se deve
uma definição do termo “egrégora” em sua obra “Egrégora ou a Vida das
Civilizações”, surgida em 1938:

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“Chamo egrégora, palavra utilizada antigamente pelos


hermetistas, o grupo humano dotado de personalidade
diferente da dos indivíduos que a formam. Ainda que estudos
sobre este assunto tenham sido sempre, ou confusos, ou
mantidos secretos, creio possível conhecer as circunstâncias
necessárias à sua formação. Indico imediatamente que a
condição indispensável, ainda que insuficiente, reside em um
escolha emotiva poderosa. Para empregar o vocabulário
químico, digo que a síntese necessita uma ação energética
intensa”.

Ainda que sob diferentes outras formas pelo passado, a noção de


egrégoras foi introduzida no ocultismo por Stanislas de Guaita para
personificar forças físicas ou psicofísicas não sobrenaturais em forma de
seres coletivos.

ASPECTOS FÍSICOS E ENERGÉTICOS

A Egrégora possui um componente ao mesmo tempo físico e


energético. A Egrégora é uma energia que contém todas as vibrações das
pessoas que a cria, a fazem viver … e que lhes escapa.

A concentração das pessoas reunidas com um mesmo objetivo,


com os mesmos pensamentos intensos cria uma egrégora que se

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constitui, se desenvolve, se amplifica e se torna ativa. Um cientista


francês, Jean Charon, publicou nas edições Tchou-Laffont um livro cujo
título é “A Infinita Dispensa” no qual ele revela o resultado de seus
trabalhos sobre “A memória dos elétrons e da projeção do inconsciente” .
Parece-me importante citar o que ele escreve:

“Os elétrons que nos constituem contêm um espaço-


tempo que não obedece às leis de nosso universo
cotidiano. Além disso, a totalidade de nosso espírito está
contida em cada uma das partículas”.

As células com que se constituem a egrégora são tiradas da


humanidade. Ele vive sobre o plano físico pelo intermédio do ser
humano e sobre o plano astral pela projeção astral daqueles que a ela
aderem.

Inútil de relembrá-lo, tudo é uma questão de energias. E, em uma


primeira aproximação, poder-se-á considerar que uma egrégora áurica é
uma “bola” de energia visualizável no astral que foi criada a maior parte
do tempo por um grupo de indivíduos humanos. Esta energia áurica,
com a qual é possível interagir, possui um caráter que lhe é próprio,
caráter atribuído por seus criadores. É como um acumulador de uma
energia que possui suas próprias características, e motivado pela fé ou a
concentração de várias pessoas ao mesmo tempo. É, então, fácil de
compreender que existem egrégoras áuricas de todas as espécies

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(egrégora cristã, egrégora budista, egrégora islâmica, egrégora sectária,


egrégora satanista, etc…).

Uma egrégora pode ser percebida como a ressonância vibratória


áurica emitida pela psiquê de um grupo de pessoas que vibram sobre
uma nota determinada. Os atos, as emoções, os pensamentos e os
ideais de cada entidade que constitui esse grupo fundem-se para
edificar um todo coerente, uma forma da qual os componentes são de
natureza energética. A tradição esotérica lhe dá o nome de “forma-
pensamento áurica”. Ainda que a essência seja impalpável, uma forma-
pensamento é tão penetrante, envolvente e perceptível quanto uma
presença material. São as correntes emocionais, mentais e espirituais,
que emanam do conjunto dos membros de um grupo que elaboram uma
forma-pensamento para, em seguida, estruturá-la.

A noção de egrégora se aproxima da de inconsciente coletivo, de


consciência coletiva ou de campo morfogenético ou de campos de
consciência que operam entre eles.

ORIENTAÇÃO DE UMA EGRÉGORA

Uma egrégora é um agregado de forças constituídas de correntes


vitais, emocionais, mentais e espirituais, que seguem a qualidade
vibratória da forma-pensamento áurica. Essas correntes vitais, criadas
pelo grupo de indivíduos do qual a egrégora é originária, penetram a

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consciência do grupo sob forma de desejos, de conceitos e de aspirações.


A pátria, a república, a justiça, a guerra não são nada mais que imagens
egregóricas.

A egrégora de natureza astral pode ser orientada pelo mental e se


nutre essencialmente pela energia emocional, (a forma-pensamento
provocada pelos desejos, pelas aspirações, pelos sonhos, pelas decisões,
pelos engajamentos, pela vontade de um ou de vários seres humanos.).
Em um grupo, supõe-se que se os objetivos e as orientações pessoais
dos participantes são de natureza material, as egrégoras, seu duplo
sutil, manifestam interesses análogos. Se, ao contrário, os objetivos e as
orientações das pessoas que constituem um grupo sobre o plano físico
são inclusivas, sua egrégora será animada pelas mesmas intenções.

“Há uma razão importante pela qual os grupos esotéricos


(qualquer que seja sua origem) permanecem discretos. Seus
símbolos, rituais e reuniões, repetidos através dos tempos,
desenvolvem uma egrégora, ou ‘espírito de grupo’, que liga os
membros, os harmoniza, os motiva e os estimula, a fim de
realizar os objetivos do grupo. Ele lhes permite igualmente
fazer progressos ‘espirituais’ que não fariam se trabalhassem
sozinhos. Uma egrégora pode, no entanto, ser perturbada
pelo pensamento negativo de pessoas que não estão de acordo
com os objetivos. Por conseguinte, os grupos esotéricos

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tentam se proteger de pensamentos negativos que poderiam


afetar sua egrégora”. (Gaetan Delaforge in GNOSIS n o 6)

Focalizando-se sobre um objetivo e agindo para lhe dar vida, uma


pessoa está em condições de criar uma egrégora suscetível de
desenvolver-se durante um tempo indeterminado. Seguindo a identidade
da ideia emitida e do número de pessoas que a ela se aderirão, este
tempo pode durar de alguns dias a vários milênios. Para dar dois
exemplos:

Uma associação criada por um grupo de amigos, durante


uma duração de dois meses em torno do projeto de organizar
um show com o fim de arrecadar fundos para realizar um
objetivo particular, criará uma egrégora com duração de vida
limitada.

Uma egrégora pode ser reativada e transformada no curso dos


séculos. A egrégora dos Franco-Maçons contemporâneos, que
se chama de especulativa, já tinha um longo passado antes
de ser novamente reativada no início do século XVIII.

A Maçonaria especulativa é uma subegrégora áurica daquela que


anima o Espírito da Maçonaria que é muito mais antiga. A Maçonaria
atual, fundada em 1717 em Londres, é uma emanação áurica da
Egrégora Maçônica da qual é difícil de conhecer a origem que se perde

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na noite dos tempos… Segundo certos ensinamentos da Alta Magia, a


egrégora pode, ao que parece, ter se desviado de seu objetivo original.
Por exemplo, a igreja católica é um exemplo de egrégora áurica. A fé de
milhões de pessoas nos dogmas antigos da igreja, canalizada pelos
padres, resulta em uma das mais poderosas egrégoras áuricas
conhecidas, muito apreciada pelos médiuns e videntes ocidentais.
Segundo alguns, o médium sendo o manipulador consciente de energia
áurica, seria capaz de se “conectar” com a egrégora áurica da igreja
católica. A Tradição Oculta relata o princípio do enfeitiçamento pela
missa triangular que não é mais praticado em nossos dias. O operador,
diante para se fazer assegurar da cumplicidade de três padres que
diziam simultaneamente três missas em três igrejas que formavam um
triângulo. O operador se colocava no centro geométrico do triângulo…
Este ritual utilizava a egrégora católica desviada de seu emprego em seu
objetivo prejudicial. Era repreensível a prática dita Media-Vita,
largamente utilizada até o século XV e que constituía com as missas de
São Judas e de São Sicário práticas de enfeitiçamento autorizadas e
efetuadas com a cumplicidade da igreja contra os inimigos desta
última… bem entendido.

NASCIMENTO DE EGRÉGORA

A egrégora é ativada por uma única pessoa na base da ideia


criadora feita que muitas pessoas se aderem…

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Segundo a pesquisa esotérica, uma egrégora nasceria, por


exemplo, de uma ardorosa oração coletiva, de uma terapia de grupo, de
um cuidado energético, de um ritual que poderia ser xamânico, por
exemplo. Mas, ela pode também ser resultante de extremismos
religiosos, políticos ou nacionalistas ou mesmo de um evento
traumatizante suscetível de engendrar uma emoção coletiva poderosa e
durável tal como os atentados de 11 de setembro de 2001… Uma ideia
coletiva é devotada à vaporização, se ela não estiver ancorada à base por
uma pessoa ou um sujeito… O coletivo é feito de gente estável ou não
estável com ideias difluentes se não houver uma ancoragem sobre a
ideia central que desencadeará o positivo, com a melhor vontade do
mundo a energia temporária se volatizará. A fim de dar à egrégora uma
forma concreta, faz-se dela uma representação simbólica, que será um
apoio para a visualização. Este sinal representa, por sua natureza, seus
objetivos, seus meios. Teremos, pois, o Selo de Salomão, a Estrela de
David, o Pentagrama, a cruz latina, o triângulo maçônico, a cruz
gamada…

O símbolo traz, em si mesmo, uma representação que fala


imediatamente ao ser humano de modo figurado. Todos esses
inumeráveis sinais e selos são apenas representações da egrégora. Esses
sinais são ao mesmo tempo uma proteção, um suporte e um ponto de
contato entre os membros. Eles se tornam, então, verdadeiros
pantáculos.

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ASPECTOS CONSTRUTIVOS DA EGRÉGORA

Na América e na Europa, experimentou-se “grupos de orações”


nos hospitais, que oravam para a cura física de doentes que lhes foram
pedidos. Percebeu-se que, doentes atingidos por graves doenças, e por
quem esses grupos oravam, se recuperavam muito mais rapidamente e
tinham chances de cura muito mais elevadas do que os doentes que não
eram beneficiados por esses grupos! Por que? Simplesmente porque o
“grupo de orações”, por sua devoção, canalizava uma energia áurica e
forma sua própria egrégora que poderia se chamar “energia de cura”, e
que se misturava à energia áurica do doente visado, tornando-o, assim,
mais forte para lutar contra a doença!

Para o trabalho é a mesma coisa: você trabalha em uma empresa


que lhe pede de constituir um grupo, a fim de realizar um projeto. Se,
em seu grupo, cada um está ligado “a um mesmo comprimento de onda
áurica”, seu projeto será terminado em pouco tempo, e você se
beneficiará das honras de seus funcionários. Pelo contrário, se neste
grupo houver uma ou mais “ovelhas negras”, a energia desenvolvida por
seu grupo será quase nula ou muito negativa, as ideias faltarão, seu
trabalho não avançará e o moral de sua “equipe” será o mais baixo! Você
arrastará, assim, um horrível fracasso junto a seus responsáveis. O que
aconteceu? A energia desenvolvida por este grupo de base “malsã” será
inexistente, e mesmo maléfica. A melhor solução teria, pois, sido que
você fizesse o trabalho sozinho, o que teria levado mais tempo, mas

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muito menos difícil, considerando que não teria sofrido nenhum entrave
à sua realização, contrariamente ao que teria acontecido em seu grupo
áurico negativo.

A eficácia de uma Egrégora áurica repousa sobre a coerência do


grupo. Coerência ao nível de identidade, dos objetivos, coerência nos
tempos e para além do tempo.

NUTRIÇÃO DA EGRÉGORA

A potência de uma egrégora depende de sua “massa psíquica


concentrada ou mobilizada”. A potência e a natureza dessas correntes
emitidas determinam a qualidade da forma-pensamento áurica. Quanto
mais ela for alimentada, mais sua radiação se estende. Em
contrapartida, quanto menos ela for nutrida, mais sua força se
enfraquece. É, assim, que as egrégoras são criadas, são desenvolvidas,
depois são animadas e desaparecem. A duração da vida de uma
egrégora depende dos parâmetros idênticos àqueles de todas as
instituições humanas. Quanto mais elas são vitalizadas auricamente,
mais elas ganham interesse e mais elas se reforçam. Caso contrário,
quanto menos são fertilizadas, menos elas são suscetíveis de bater
recordes de longevidade. Uma egrégora, alimentada por milhões de
pessoas e que, sobre um lapso de tempo considerável (ainda que o
tempo seja modificado e mesmo inexistente na maioria dos outros
planos), pode ter se tornado independente e capaz de se regenerar

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alimentando-se das energias de seus “escravos”, o chi. Talvez mesmo


uma egrégora pode desenvolver uma consciência e, assim, tornar-se
temível.

As mesmas leis que regem o domínio material e o domínio


psíquico. O que vale para um, vale para o outro. Não há nenhuma
diferença. O mesmo ocorre evidentemente ao que tange o mundo
espiritual.

Enquanto que humano “meio” ou não iniciado, a única coisa que


se pode fazer para lutar contra uma egrégora é de saber controlar-se:
seus sentimentos, emoções e pensamentos. O fato de pensar contra
uma egrégora, a alimenta. Detestar, odiar, amar, idolatrar, orar, etc, a
nutrem. As egrégoras não se ressentem, se as suporta, enquanto “meio”
humano, é tudo o que se pode fazer. Parece que somente o mago
iniciado pode lutar “ativamente” contra uma egrégora.

Para isso, os dirigentes desses círculos organizam reuniões,


encontros, cultos… A fim de aumentar o poder da egrégora, tem se
recurso a rituais que são fórmulas, orações, invocações, a visualização
de uma imagem que se concretiza, o incenso, as cadeias de união, as
correntes mentais…

Através da crença que colocamos sobre o sangue, este é liberado


sob forma de sacrifício que aumentará sua vitalidade e certas seitas

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utilizam este procedimento, da mesma forma que certas religiões


animistas e nossas antigas práticas religiosas, mas também por ocasião
do sacrifício do cordeiro durante a festa de Aid entre os muçulmanos.
Este sacrifício lhes permite, assim, reforçar a vitalidade da egrégora. As
massas não familiarizadas com este conceito não vê nisso, porém, mais
que uma tradição banal…

A vida material da egrégora é assegurada pelo número de


membros de um grupo, por sua disciplina, sua união, sua estrita
observância dos rituais, mas também pelas correntes de simpatia ou de
antipatia do mundo…

A egrégora tira sua energia da energia áurica psíquica de cada um


dos membros da comunidade que a nutre auricamente pela ideia
primeira. Sendo autônoma, ela perdura enquanto for alimentada. E para
alimentar uma egrégora áurica, nada melhor que o recurso à Tradição
que assegura a manutenção das formas através dos tempos. Assim,
religar-se a uma tradição antiga é poder ainda beneficiar ou receber a
energia de uma egrégora do passado. Cadeia que religa os adeptos de
uma sociedade para além do tempo e do espaço. É a egrégora que dá
sua coloração, seu espírito, seu “ambiente” a uma assembleia humana.
A energia disponível sobre um caminho específico depende da qualidade
de integração do indivíduo à Egrégora áurica que preside este caminho.
Mas, toda medalha tem o seu reverso: o que religa é também o que
acorrenta. O que pode ser uma ajuda em uma via específica é

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igualmente um entrave para todos aqueles que querem dela se


descartar. Compreende-se por que as religiões lutam entre si para
converter as massas para sua causa. Para Bernard de Clairvaux (1090-
1153) grande pregador da Segunda Cruzada (1147-1149) era, não se
pode ser mais claro, o “batismo da morte” ou ainda “conversão ou
extermínio”. Você consegue imaginar facilmente que o sistema tinha
crucialmente necessidade da energia vital para levar suas egrégoras que
nada têm a ver com o bem ou o mal, exatamente como braços para
carregar o fuzil. Pois, o número real de beneficiários de tais egrégoras
não pode sozinho fornecer uma tão importante “massa psíquica
concentrada” para alimentá-las…

QUANDO A EGRÉGORA SE TORNA “ENTIDADE”

Segundo alguns autores, a egrégora seria dotada de uma


verdadeira personalidade! Esta “entidade psíquica” nasceria de um
conjunto de individualidade reunidas em torno de uma mesma ação.

Esta entidade psíquica coletiva é composta de todas as entidades


individuais, sem ser dela a soma, mas muito mais uma entidade
independente de todos os seus componentes. A egrégora áurica
formaria, pois, uma entidade produzida por uma poderosa corrente de
pensamentos coletivos. É igualmente um ser artificial, mas enorme e
poderoso, considerando que ela é produzida coletivamente, e cujas as
manifestações podem ser indiferentemente boas ou ruins.

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Esta entidade é produzida pela devoção, pelo fanatismo, pelo


entusiasmo. As grandes ideologias políticas, as religiões são egrégoras.
Isso nos faz pensar nas egrégoras produzidas pelas seitas religiosas,
pelas partidas de futebol e pelos discursos de Hitler…

De acordo com Eliphas Levi “as egrégoras são deuses… As


egrégoras são espíritos motores e criadores de formas. Elas nascem da
respiração de Deus”. Ou ainda: “as egrégoras da terra são os gênios do
mar e das montanhas; para os antigos eram deuses, para a Qabalah são
espíritos mortais ignorantes e selvagens, porque a terra é um dos
mundos mais imperfeitos”. Elas são espíritos motores e criadores de
formas? Elas nascem da respiração áurica de Deus…

O que pode-se retirar desta interpretação um tanto metafórica de


Levi: é que a egrégora tem uma vida áurica própria capaz de influenciar
os humanos e a marcha da história.

“As egrégoras são criaturas psíquicas artificiais, criadas


pelo pensamento unânime de uma reunião de
individualidades dinamizadas e mantidas em vida por
ritos, e até mesmo por sacrifícios e que adquirem uma
potência oculta de ação em relação com as das
impulsões que lhes são sugeridas pelos seus
animadores”.

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Em seu livro “O Grande Livro da Wicca e da Feitiçaria Benéfica”


(Ed. Dynapost), Jacques Rubinstein relata a experiência que teve a
possibilidade de fazer no curso de uma emissão na rádio France inter,
apresentada por Marie Christine Thomas e Jacques Pradel:

“(…) naquela noite um “deus” foi criado, feminino com o nome


de Verônica. Este deus foi criado para ter 24 horas de vida.
Nisso, não paramos a experiência, pois decidimos juntos, os
jornalistas e eu mesmo, em fazer agir Verônica; lhe foi dada a
missão de suprimir no mesmo minuto qualquer dor naqueles
que, ao escutar, sofriam de alguma parte de seu corpo físico.
Indicou-se também ao público que ele podia pedir diferentes
coisas à Verônica, cuja ação em 24 horas não podia revelar-se
a não ser em alguns dias ou semanas mais tarde. Enfim,
pediu-se ao público para escrever. Esta experiência foi
seguida por pessoas agrupadas em Marselha, em Bordeaux,
etc… Alguns cientistas dos quais calarei o nome para evitar
zombarias inconvenientes, acompanharam a transmissão. Foi
por centenas e centenas que as cartas chegaram e ainda
chegam. O lado mais marcante da experiência foi, é claro, o
mais imediato, o da cessação de qualquer dor! Em seguida,
vinham os resultados absolutamente inesperados e em todos
os domínios...”

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MORTE E DESATIVAÇÃO DA EGRÉGORA

Por falta de ser mantida e alimentada regularmente, uma egrégora


se desagrega e morre, pois não é autônoma como se pode ver. É
igualmente muito difícil de se destacar de uma egrégora. A egrégora
áurica torna-se uma entidade muito poderosa que tem sua vida própria
e ela se destrói dificilmente. Se deseja-se eliminá-la rapidamente, é
preciso recorrer à incineração de tudo o que diz respeito a ela. Está
prescrito de proceder de maneira inversa à que está na origem de sua
ligação. Assim, se há uma cerimônia de iniciação, por ocasião da ligação
com a egrégora, será necessário, então, proceder de maneira inversa,
mas idêntica para produzir o desligamento. No entanto, as reações da
egrégora com relação à célula expulsa são, as vezes, muito perigosas
para o homem em questão. A melhor maneira de se proteger seria
aderir-se a uma conceito de força equivalente, apenas por um tempo…

Fontes:
“AS EGRÉGORAS, Forças Psíquicas dos Grupos Humanos” , de Alain
Brêthes.
“TRATADO DO DESENFEITIÇAMENTO CONTRA-ENFEITIÇAMENTO &
EXORCISMO”, de Pierre MANOURY
Visto sobre:
http://rustyjames.canalblog.com/
http://lapressegalactique.com/2013/12/12/egregore-ou-energie-vibratoire-de-la-
pensee/

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