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Cicatrizes e seus tipos

• Considerada como superfície de revestimento do corpo, a pele é


indispensável à vida por isolar os componentes orgânicos do meio exterior e
seus tecidos de várias naturezas estão dispostos e interrelacionados para
se adequar ao desempenho dessas funções.
• A complexa estrutura da pele pode exercer diversas funções, dentre as
quais se podem citar a manutenção da sua própria integridade, absorção e
secreção de líquidos e proteção contra agressões e agentes externos, pois
está totalmente exposta. A autora ainda complementa que, a epiderme é a
camada avascular da pele e a mais externa do corpo.
O processo da cicatrização, que compreende três estágios: inflamação,
proliferação e remodelamento.
• A partir da lesão inicial, Guirro e Guirro (2002), afirmam que a reparação
tecidual ocorre fundamentalmente no tecido conjuntivo, consistindo na substituição
do tecido lesado por conjuntivo neoformado, também indicado como cicatricial.
Inicia-se uma sequência de respostas e estímulos das células, onde distinguem-
se três fases, inflamação proliferação e remodelamento. A reação inflamatória é
fundamental e benéfica, pois nesta fase que o reparo tecidual ira iniciar, ocorrendo
assim uma resposta do processo inflamatório a uma lesão tecidual, pois sem tal
resposta não ocorrerá cicatrização
• Segundo Guirro e Guirro (2002), na fase inflamatória ocorre
vasoconstricção devido a ruptura dos vasos sanguíneos, após são liberados
substancias como serotonina, plasmina, histamina, que agindo como mediador inicial é
liberada a partir de varias células presentes no local, como mastócitos, granulócitos e
plaquetas, estas juntamente com os leucócitos iniciam a fagocitose degradando o
colágeno e elastina, despertando assim a fase proliferativa.
• Com a proliferação de fibroblastos e células endoteliais forma-se o tecido de
granulação, num período de 3 a 5 dias, o que marca a inflamação no processo de
cura, responsável pelo fechamento da lesão. Há um crescimento de novos vasos
sanguíneos a partir dos que já existem, podendo ocasionar a formação de
colágeno através da atividade dos fibroblastos, formando uma nova epiderme
conhecida como processo de reepitelização (MANDELBAUM et. al.2003)
• Na seguinte e ultima fase o número de vasos sanguíneos e
fibroblastos diminui, o que determinará a evolução da cor da cicatriz.
O tecido de granulação é enriquecido com fibras de colágeno,
adquirindo, aparência de massa fibrótica. Ao longo do processo, a
deposição de colágeno se acentua, e a maioria das células
desaparece, formando finalmente a cicatriz. O processo de
remodelamento pode continuar por meses, com a estrutura do novo
tecido alterando-se lentamente. (CARNEIRO; SILVA, 2004).
• Cicatriz de acne

• São resultados de algumas lesões da acne inflamatória e estão


associadas a um aumento ou diminuição do colágeno, resultam da
destruição do mesmo e dos tecidos elásticos subjacentes devido a
inflamação dérmica associada a acne (PLEWIG; KLIGMAN, 2000).
• Quando a pele sofre a ação de algum agente externo, tendo como
consequência deformação, como a cicatriz de acne, recompõem-se
devido a ação de duas importantes proteínas, colágeno e elastina
(SOUZA, 2006).
Com base em achados fisiológicos e anatomopatológicos
Kadunc (2004) referencia alguns autores como ELLIS(1987),
KORANDA(1989), GOODMAN(2000), JACOB(2001),
LANGDON(1999), que descrevem três grandes grupos com
diferentes formas de cicatrizes de acne, sendo; (1) elevadas, (2)
distróficas e (3) deprimidas, os quais, devidamente divididos e
subdivididos, resultam em 10 tipos finais citados abaixo:
Cicatrizes elevadas
Hipertróficas: elevam-se acima da superfície cutânea, limitando-se à
área do insulto original (regiões mandibular, malar e glabelar).
Inicialmente, essas cicatrizes podem ser eritematosas, mas, com o
tempo, geralmente adquirem a mesma cor da pele.
Queloidianas: formação excessiva de tecido fibroso em uma ferida
que se estende além dos limites da lesão inicial.
Papulosas: estas elevações distensíveis, com aspecto papuloso,
são comuns no tronco e na região mentoniana. Pontes: cordões
fibrosos sobre a pele sã
Cicatrizes distróficas
não possui subdivisão.
• Caracterizam-se pelo formato irregular, ás vezes estrelado,
com fundo branco. Também podem ser representadas por
áreas fibróticas e com retenção de material sebáceo e
purulento.
Cicatrizes deprimidas dividem-se em:
• Distensíveis: caracterizam os assim chamados defeitos de contorno e podem ser
observadas em dois diferentes padrões. Ondulações ou Vales - quando tracionadas
desaparecem completamente mostrando relevo normal. Retrações - é uma aderência da
porção central do assoalho da cicatriz quando à distensão da pele da área. São comuns
na região do sulco nasogeniano, temporal e zigomático.
• Não-distensíveis: não desaparecem quando se faz tração da pele. Quando são
superficiais apresentam-se rasas, estas são as cicatrizes ideais para serem submetidas a
tratamentos abrasivos. As cicatrizes médias são alargadas e com base normal e as
profundas são fibróticas demonstram-se estreitas, rígidas e profundas que atravessam
toda a derme e atinge o tecido subcutâneo
• Considerada como superfície de revestimento do corpo, a pele é
indispensável à vida por isolar os componentes orgânicos do meio exterior e
seus tecidos de várias naturezas estão dispostos e inter-relacionados para
se adequar ao desempenho dessas funções.
• A complexa estrutura da pele pode exercer diversas funções, dentre as
quais se podem citar a manutenção da sua própria integridade, absorção e
secreção de líquidos e proteção contra agressões e agentes externos, pois
está totalmente exposta. A autora ainda complementa que, a epiderme é a
camada avascular da pele e a mais externa do corpo.
• A acne vulgaris é uma doença comum na sociedade, afetando
particularmente adolescentes e adultos jovens. Muitas vezes a acne
resulta em danos secundários, sob a forma de cicatrizes, que podem
gerar efeitos psicológicos negativos.
• A patogênese da acne é atualmente atribuída a vários fatores, tais como a
hiperplasia sebácea com hiperseborreia, a hipercornificação ductal
folicular, alterações da flora microbiana da pele, com colonização do
Propionibacterium acnes e o surgimento de mediadores inflamatórios ao
redor da derme e no folículo3. A lesão inicial (comedão) mostra obstrução
do infundíbulo folicular por células cornificadas, levando à dilatação.
Lesões mais tardias revelam ruptura do folículo, com linfócitos, neutrófilos
e macrófagos. E pode ser observada a formação de cicatriz2. Essas lesões
inflamatórias que podem resultar nas cicatrizes permanentes, dependem
do atraso no tratamento e são mais comuns em pacientes com acne
persistente pertencente ao grupo de 25 a 44 anos de idade, presentes em
até 95% desses indivíduos4
• As cicatrizes individuais podem variar muito em tipo, dimensão, profundidade e, com
diferentes cicatrizes torna-se necessário abordagens com diferentes tratamentos5. Os
tipos de cicatrizes de acne incluem as hipertróficas, quelóides e atróficas. Oitenta a 90%
das pessoas com cicatrizes de acne possuem cicatrizes atróficas, a minoria mostra
cicatrizes hipertróficas e quelóides3. Cicatrizes atróficas de acne causam perda de
colágeno e de gordura subcutânea na derme após moderada ou grave infecção1. Elas
podem ser superficiais ou profundas do tipo furador de gelo (ice-pick), onduladas
(rolling) ou em forma de caixa (boxcar)2. Cicatrizes hipertróficas e cicatrizes quelóides
são associadas com a deposição de colágeno em excesso e diminuição da atividade da
colagenase3. A cicatrização da acne pode ser profundamente perturbadora para os
pacientes, muitas vezes resultando na diminuição da auto-estima e da qualidade de vida,
particularmente em jovens5. Com base nesse dano físico e psicológico, designado como
cicatriz, realizou- -se uma pesquisa de artigos científicos em bancos de dados eletrônicos
como PubMed e SciELO, assim como em livros de dermatologia tendo a intenção de
descrever os principais tipos de cicatrizes de acne vulgaris e os específicos e melhores
tratamentos para as mesmas

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