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Olá amigos. Queremos lhe trazer uma reflexão sobre adubação de pastagem. Realmente
compensa adubar as pastagens?
Mitos e verdades sobre adubação de pastagem são constantemente discutidos, inclusive por
nós aqui do site e no canal no YouTube, aliás essa é uma técnica introduzida no Brasil
desde as décadas dos anos 70 (Moacir Corsi, Vidal Pedroso), e mesmo com o passar dos
anos, existe uma grande resistência sobre o conceito da utilização da pastagem intensiva,
onde produtores e técnicos introduzem a tecnologia de maneira equivocada em determinado
sistema de produção, dessa forma não atingindo bons resultados.
Sabemos que uma das fontes de alimento com custo mais baixo que temos dentro de uma
fazenda de leite é a pastagem. Mas será isso uma verdade?
Adubar pasto não é simplesmente jogar adubo e pronto; temos que conhecer a forragem e
suas limitações, assim como sua exigência e também seu manejo, para que possamos
aproveitar ao máximo da sua produção e consequentemente sua lotação com o maior
número de animais possíveis por hectare.
Em relação ao planejamento de implantação de sistemas de pastejo rotacionado é
importante muita análise antes de uma definição. Recomenda-se inicialmente o
dimensionamento de áreas menores, ou seja, nunca inicie a construção de áreas de pastejo
rotacionado para todo o seu rebanho. Lembre-se, o aprendizado é importante no começo e
irá definir os caminhos que o produtor irá seguir posteriormente. Para ficar claro, imagine
um rebanho de 50 vacas em lactação, faça um sistema de pastejo rotacionado para 25 vacas
e aproveite para aprender. Mais à frente em parceria com seu técnico defina pela
implantação de outros sistemas ou não. E as outras vacas? O que fazer com elas? Nada.
Faça aquilo que você já estava fazendo.
Com módulos de piquetes menores fica mais fácil corrigir os erros para depois abrir outros
módulos de acordo com divisão dos lotes das vacas na produção do leite.
Mas quanto custa adubar uma pastagem e intensifica-la? Vamos te mostrar na prática agora
o exemplo de uma fazenda que assistimos no projeto Balde Cheio em Luz, que possui uma
área de 1 hectare de capim mombaça e atualmente com uma lotação de 10 UA¹/ha. Essa
área não possui irrigação, portanto é uma área de sequeiro (depende apenas das chuvas) e
as recomendações foram de acordo com a análise de solo.
Os preços seguem a cotação no dia em que esse artigo foi escrito, realizando a cotação
numa cooperativa de produção agropecuária de atuação em nosso município.
Cálculo
Conclusão
Compensa sim, adubar pasto! No exemplo acima, o qual retrata fielmente o que está
sendo feito na propriedade citada, são necessários 1,6 litros por vaca por dia para pagar as
despesas referentes a adubação. Imagine agora suas vacas, comendo uma pastagem de
qualidade com um custo muito baixo. O maior desafio na atividade leiteira, diante de sua
complexidade é a redução de custos, infelizmente o produtor não vende leite, ele “entrega”
o leite, por não saber quanto vai receber e a redução de custo é o maior objetivo de
qualquer fazenda.
As vacas no sistema de pastejo nessa área de 1 hectare de capim mombaça estão com média
de produção de 16,5 litros por dia, portanto é preciso retirar apenas 1,6 litros para pagar
todo o custo de adubação, por vaca.
Ainda vale lembrar que um pasto bem adubado e manejado possui altos valores de
proteína bruta o que significa uma suplementação com ração de menor custo (diminui
farelo de soja na ração, a qual possui maior custo).
Recomendação
Comece hoje mesmo! Não saia do simples! Procure conhecimento ou um técnico que
possa lhe orientar no planejamento e nas decisões.