O filme Revolução em Dagenham conta a história real de uma greve de trabalhadoras em 1968 na fábrica Ford na Inglaterra liderada por Rita O'Grady. Ela, uma costureira e mãe de família, se envolve na luta por igualdade salarial e direitos trabalhistas para as mulheres, desafiando as normas da época. O filme mostra como a greve teve um grande impacto na história dos direitos das mulheres e trabalhadores na Inglaterra.
O filme Revolução em Dagenham conta a história real de uma greve de trabalhadoras em 1968 na fábrica Ford na Inglaterra liderada por Rita O'Grady. Ela, uma costureira e mãe de família, se envolve na luta por igualdade salarial e direitos trabalhistas para as mulheres, desafiando as normas da época. O filme mostra como a greve teve um grande impacto na história dos direitos das mulheres e trabalhadores na Inglaterra.
O filme Revolução em Dagenham conta a história real de uma greve de trabalhadoras em 1968 na fábrica Ford na Inglaterra liderada por Rita O'Grady. Ela, uma costureira e mãe de família, se envolve na luta por igualdade salarial e direitos trabalhistas para as mulheres, desafiando as normas da época. O filme mostra como a greve teve um grande impacto na história dos direitos das mulheres e trabalhadores na Inglaterra.
Revolução em Dagenham/Made in Dagenham mostra a vida de uma operária, mãe
de família, que de repente se vê envolvida na luta por direitos trabalhistas e femininos; como Norma Rae, a operária inglesa Rita O’Grady acaba deixando em segundo plano seu papel de esposa e mãe, e enfrenta, é claro, duros problemas com isso. A Revolução em Dagenham relata uma história real, que aconteceu em um passado muito recente, 1968 – e que acabaria tendo um impacto importantíssimo na história das relações trabalhistas e na vida das mulheres da Inglaterra, com influência sobre diversos outros países. 1968 – é de fato uma história muito recente. Como diz o grande Bob Hoskins, um dos atores principais do filme: aquilo tudo aconteceu quando ele estava começando sua carreira; ele se lembra de ter acompanhado as notícias nos jornais. Baseado em fatos reais, Revolução em Dagenham é muito mais do que uma simples reprodução do fato histórico que marcou as relações trabalhistas na Inglaterra em 1968 quando uma operária, Rita O’Grady, comandou uma greve por igualdade salarial. Sem ser exarcebado,consegue com simplicidade e clareza mostrar a situação das mulheres operárias do fim da década de 60. É um dos grandes filmes inéditos dos cinemas que você deve pegar nas locadoras da cidade Rita O’Grady (Sally Hawkins) é uma costureira da fábrica da Ford. Fora ela existem mais 186 mulheres trabalhando na mesma fábrica. Homens são 55 mil. Rita é uma mulher comum, que passa até despercebida quando está ao lado de Sandra – a divertida aspirante à modelo – ou de Brenda – a exuberante desbocada. É casada, mãe de dois filhos e nem de longe parece com uma líder sindical. Mas ela, assim como as outras costureiras, está insatisfeitas com as condições de trabalho da fábrica, e com os salários que recebem. Mas aos poucos Rita cresce. Cresce em espírito, cresce em liderança e cresce em princípio. Seu mentor é Albert, interpretado pelo talentosíssimo Bob Hoskins, um funcionário da empresa que participa do movimento sindical. É Albert que faz crescer em Rita uma chama que ela não sabia que existia e que nós, honestamente, duvidamos que ela tivesse. Mas a pequena vai ganhando a torcida a cada diálogo, a cada atitude e a cada vez que defende seu ideal de igualdade. Ela não quer ser melhor que os homens, ela quer o que é seu por direito, como explica ao marido numa discussão no meio da rua. Direito é diferente de privilégio. Ela trabalha tanto quanto um homem, porque então recebe menos? Também temos outra história, que começa bem de mansinho, de Lisa Hopkins (a deslumbrante Rosamund Pike), a esposa de um clássico homem de negócios da década de 60. Ela, também, uma clássica esposa da época: linda, bem educada e subestimada. Como ela mesma diz no filme, seu marido a trata como uma idiota. A história de Lisa vai se cruzar com a de Rita e começa fora da greve, mas é nela que essa história ganha significado e é nela que se fortifica. E, depois, ganha espaço com chegada da forte e real Barbara Castle, interpretada sem erros pela incrível Miranda Richardson. A cena dela conversando com Rita sobre vestidos é impagável. A direção de arte de Ben Smith (A Rainha) é apurada e concisa. O figurino de Louise Stjernsward e a cenografia de Anna Lynch-Robinson formam uma parceria perfeita. O figurino é rico, colorido e traz uma aura de fábula à história, sem que assim perca seu caráter verdadeiro. Os cenários funcionam perfeitamente como uma moldura, enriquecendo o visual da cena. Não racionalizamos sua presença, sentimos. O roteiro de Willian Ivory é bem estruturado e não pesa a mão no drama, como fazem muitos maximizando a dor dos personagens e, assim, aumentando o seu heroísmo. Rita não precisa disso. Seu heroísmo é sua integridade. As mulheres aqui não se apresentam mais fortes ou mais brutas para assim serem levadas à sério. Pelo contrário, se mantêm femininas e vaidosas. Mostram que a luta delas não é para serem iguais aos homens, mas, sim, para terem os mesmos direitos. Ficha técnica REVOLUÇÃO EM DAGENHAM (Made in Dagenham, Inglaterra, 2010), de Nigel Cole. Com Sally Hawkins, Bob Hoskins, Miranda Richardson, Rosamund Pike e Richard Schiff. Sony. 113 minutos. Disponível em: http://blogs.diariodonordeste.com.br/blogdecinema/geral/dvdcritica-revolucao-em-dagenham-reconstitui-rebeliao- feminina/ Acesso em: 20.05.2017.