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1 INTRODUÇÃO .....................................................................................3
2 SISTEMA PRÉ-UNIFICAÇÕES...............................................................4
3 UNIFICAÇÃO ITALIANA........................................................................5
4 UNIFICAÇÃO ALEMÃ...........................................................................7
6 SISTEMA PÓS-BISMARCK.................................................................15
6.1 Weltpolitik........................................................................................15
7 CONCLUSÃO......................................................................................20
8 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...........................................................20
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Resumo: Este texto tem como analise as Unificações alemã e italiana e seus
impactos no Sistema de Europeu de Estados a partir do século XIX. Portanto, é uma
observação de como foi adaptado o que ficou conhecido como “Sistema
Bismarckiano” o sistema que foi desenhado por Otto Von Bismarck. Partimos do
Congresso de Viena passando pelas unificações, pela hegemonia alemã no
continente europeu e por fim pelas crises que vão desencadear um grande processo
até a Grande Guerra.
Abstract: This text analyzes the German and Italian Unifications and their impacts
on the European System of States from the XIX century. Therefore, it is an
observation of how was adapted what is known as “Bismarckian System” a system
that was designed by Otto Von Bismarck. We start from the Congress of Vienna
through Unifications, German hegemony on the European continent and finally the
crises that will trigger a great process until the Great War.
1 INTRODUÇÃO
2 SISTEMA PRÉ-UNIFICAÇÕES
3 UNIFICAÇÃO ITALIANA
4 UNICAÇÃO ALEMÃ
são reivindicadas por outros, como a Creta pela Grécia, e outras se tornam
independentes, como a Romênia, sobre proteção russa, e Montenegro. Por sua vez,
o principado da Sérvia almeja se tornar o Piemonte dos Eslavos do Sul e apoia os
movimentos de autonomia. Desse modo, apenas a Bulgária continua submetida ao
Islã, mas consegue em sequencia adquirir liberdade religiosa, o que contribui para
potencializar o sentimento nacional.
Já nos territórios da Bósnia-Herzegovina, de interesse Austríaco, a nobreza,
para manter seus privilégios, se converteu ao islamismo, e inicia-se uma conduta de
imposições e tributos sobre artesãos e camponeses, impossibilitados principalmente
pelo mau ano na agricultura. Essa situação leva que a Sérvia e a Áustria incentivem
o nacionalismo na região e demonstrem apoio a esses povos. Já em clima de
agitações, a insurreição se concretiza em agosto de 1875, após o assassinato de um
monge da Herzegovina pelos turcos. Após, as movimentações se alastram para a
Bulgária, onde apresenta um caráter mais intelectual, eclesiástico e organizado.
Porém, pela política de represália turca, Montenegro e Sérvia entrem no conflito em
defesa dos eslavos, e seriam facilmente derrotados se não tivesses o apoio das
potências (MILZA, 2007, p.24).
A Alemanha por sua vez, não estava envolvida diretamente no conflito, e só
focou em evitar que se fizessem alianças com a França. No caso da Inglaterra, ela
não via importância nos movimentos dos Balcãs e se beneficiaria com a
permanência do império. Já a Áustria-Hungria queria anexar a Bósnia-Herzegovina,
porém o único país a se comprometer com uma interferência armada foi a Rússia,
tanto para poder ter acesso ao mar, quanto pelo movimento pan-eslavista. Logo,
após garantir a não intervenção austríaca e se comprometer a não conflitar com os
interesses ingleses, mobilizou tropas e faz com que o Sultão pedisse um armistício.
Entretanto, mesmo com os esforços russos, inquietações se instauraram na Europa,
e o país foi forçado a estabelecer um acordo de paz, Tratado de São Stefano, que o
beneficiou, e não foi aceito por Londres e Viena (MILZA, 2007, p.26).
Sendo assim, o Congresso de Berlim ocorre, entre junho e julho de 1878,
menos vantajoso para a Rússia que o tratado anterior, por dividir a Bulgária em dois
e impedir a expansão russa à Ásia Menor. Conquanto, a Áustria conseguiu defender
seus interesses e administrar a Bósnia-Herzegovina, e as províncias independentes,
Sérvia e Montenegro, mesmo com a autonomia reconhecida, foram reduzidas. É
possível então, perceber a importância da Alemanha no sistema pelo local em que
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os acordos foram feitos, sendo o interesse do país apenas diminuir os atritos entre
os seus aliados (MILZA, 2007, p.27-28).
O Congresso de Berlim modifica muitos aspectos do sistema europeu imposto
por Bismarck. A região antes pertencente ao Império Otomano é repartida
respeitando os interesses das potências europeias e não a autodeterminação dos
povos, mesmo assim, a rivalidade austro-russa não é solucionada, pois o que ocorre
é a formação de vários principados pequenos e não um Estado unificador, sendo
assim os conflitos pela influência se mantêm. Além dessas, outra consequência foi a
diminuição da distância da França com o sistema europeu, e também o
descontentamento Russo com Bismarck pelas pequenas anexações, renuncia à
Grande Bulgária e maior benefício dado à Áustria e Inglaterra (MILZA, 2007, p.29).
internacionais. Esse ato é criticado pela França, que esperava que os italianos se
aliariam a ela, porém ainda havia uma aversão, relacionado aos Estados pontifícios
e às medida de Napoleão III. Essa relação também é dada pela economia do país,
que dependia da Alemanha para importar carvão e matéria prima, e exportar itens
agrícolas. Porém, as reivindicações territoriais italianas se chocam com as
austríacas, e só são abandonadas pela Itália, em prol do acordo, quando a França a
humilha invadindo um de seus domínios (MILZA, 2007, p.36).
Outro vetor é o medo de Humberto I que uma disseminação revolucionária
provinda de terras francesas ocorra, sendo assim, a Tripla-Aliança é formada, de
forma secreta e para defesa. Essa postura, mesmo não incluindo a Inglaterra, exclui
de fato a França do sistema, e beneficia a política adotada por Bismarck. Ademais, a
Itália se beneficia por participar no sistema e poder se contrapor ao partido católico
no país, e a Áustria-Hungria numa possível guerra com a Rússia não seria atacada
por duas frentes. Essa aliança leva ao que ficou conhecido com o fim do Segundo
Sistema de Bismarck (MILZA, 2007, p.36).
A partir de 1881, a Áustria se aproveitou da estabilidade nos Bálcãs e passou
a exercer uma maior influência na região, tornando a Rússia inquieta. Na Sérvia, o
príncipe desprezava o seu povo, e se mantinha no poder pelo apoio de Viena. Na
Romênia, tinha-se uma relação de desconfiança com Viena, mas não mais que com
São Petersburgo, e pelo rei ser Hohenzollern e primo do rei prussiano, as relações
austríacas com Bucareste foram facilitadas. Diferentemente, na Bulgária, a influência
foi russa, pelo príncipe ser sobrinho do czar. Nesse contexto, é concretizado o
projeto russo da Grande Bulgária, porém na primeira eleição do país o eleito é pró-
Áustria e o investimento se torna em uma grande derrota russa. Sendo assim, a
Rússia não conquista o que almejava e perde os benefícios a ela dados no
Congresso de Berlim, e desse modo, em 1887, o país não renova a Aliança dos Três
Imperadores (MILZA, 2007, p.37-38).
A fim de proteger o domínio alemão da Alsácia-Lorena, Bismarck passa a
apoiar a expansão ultramarina francesa, para que se perca o interesse na região da
Europa Continental. Além disso, quando o Jules Ferry assume o poder, também há
uma tentativa de aproximação entre os dois países, como o esforço do chanceler de
criar atrito entre França e Inglaterra. Porém, com a queda de Ferry, Boulanger, o
general vingança, chega ao Ministério da Guerra, e as políticas francesas territoriais
retornam ao foco original de dentro da Europa. Temendo os novos rumos, Bismarck
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6 SISTEMA PÓS-BISMARCK
6.1 Weltpolitik
entre si, são considerados uma continuidade. Nesse novo modelo, agora liderado
pelo chanceler Von Caprivi, as relações Alemanha e Rússia se deterioram e foi dado
um foco às relações com a Inglaterra. A França consegue superar o seu isolamento.
A política alemã após 1890 permanece com características da política europeia de
segurança implantada por Bismarck (SARAIVA, 2007, p.113).
Caprivi, em seus 10 anos como chanceler, não se concentrou na ruptura
causada pela saída de Bismarck, e então encara o momento como uma transição na
política alemã. Ademais, defendia a união aduaneira na Europa Central, como o
Zollverein, o que resultou em acordos comerciais com diversos Estados. Outra
característica desse modelo foi a formação de um antagonismo teuto-russo, e uma
bipolaridade entre o antagonismo germânico-britânico, pela promoção de um
programa de construção naval (SARAIVA, 2007, p.114).
Os dirigentes da política externa alemã acreditavam que as divergências entre
Rússia e França eram significativas o suficiente para que não concordassem entre
si. Porém, com a declaração de guerra econômica com intermédio do Lombart, em
1887, o prolongamento do Tratado de Resseguro, e as aproximações anglo-alemãs
os ânimos da Rússia se agitaram. Sendo assim, o que se sucedeu foi o contrário do
previsto, uma vez que a França e a Rússia, de agosto de 1891 a janeiro de 1894,
praticaram medidas diplomáticas entre si, e assinaram tratados defensivos, com
prévia de ajuda mútua, em relação a ataques da Tripla-Aliança (SARAIVA, 2007,
p.114).
As relações, superestimadas por Caprivi, com a Grã-Bretanha, se alicerçavam
na troca de apoio no continente por concessões coloniais. Todavia, a partir de 1892,
a associação entre os países começou a desgrenhar, por conta da política de
cessões liberais, que fracassou, essencialmente pela oposição do kaiser, o que
desencadeia na demissão do chanceler em outubro de 1894. A partir de 1897, o
antagonismo entre os dois países se tornou definitivo, pela nova política externa
alemã, sobre os princípios da freie hand e a Weltpolitik (SARAIVA, 2007, p.115).
Em 1900, Bernard Von Bühlow se torna o novo chanceler da Alemanha, e não
deseja realizar aliança nem com a Rússia, nem com a Inglaterra, rompendo, assim,
de vez com a política continental de Bismarck. Logo, B ühlow relocou o foco alemão
do continente para o mundo, aspirando assim que o país pudesse se igualar aos
outras nações europeias – ideal defendido por Weber. Sendo assim, nenhuma outra
potência poderia tomar decisões na política mundial sem antes consultar a
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Sobre regência desse novo sistema ocorreu a Crise Marroquina, que teve seu
estopim quando o kaiser viaja ao Tanger no Marrocos, país que não era colônia
direta da França, porém era economicamente dominado por ela. Essa visita foi vista
pelo Estado francês como uma tentativa de diminuir o poder gálico, já que a
Alemanha questionava a influência francesa, e estava defendendo a independência
no Magreb. Essa situação foi levada em pauta na Conferencia de Algeciras, 1906,
em que a Alemanha perde a disputa, porém sua pressão é tanta que Declassé é
demitido. Decorrente da crise, a Entente Cordiale se fortalece, e a Inglaterra
preocupada com as extensões alemãs se aproxima mais da Rússia. Já a Alemanha
se torna isolada, mesmo assim oferece proteção à França por acreditar que a
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Rússia, por conta da guerra contra o Japão, estava fragilizada (MOMMSEN, 1985,
p.158-159). O historiador Mommsen conclui a propósito da Crise Marroquina:
em lugar de fazer a Entente Cordiale [...] a política alemã produziu o efeito
contrário transformando-a em um acordo que abarcava inclusive as
questões de política europeia. Pela primeira vez tiveram lugar acordos
militares entre a França e a Inglaterra acerca de operações conjuntas no
caso de uma guerra com potências centrais (MOMMSEN, 1985, p.159).
país czarista. Havia começado assim Primeira Guerra Mundial (OLIVEIRA, 2016,
p.289).
7 CONCLUSÃO
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HOBSBAWM, Erich J. A Era dos Impérios. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra,
1988.