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De uma maneira geral, vimos bons resultados nas empresas recomendadas ao longo
de 2017, mesmo com algumas empresas apresentando números um pouco mais
fracos, como a Tietê e a Taesa, que entregaram números mais fracos por conta do
cenário hidrológico e por conta da deflação do IGP-M, respectivamente, ou a
Multiplus e BB Seguridade, que foram impactadas pela grande queda de juros.
Porém, nem o operacional dessas empresas e nem a saúde financeira das mesmas
se deteriorou, e esses resultados mais fracos foram guiados, basicamente, por
fatores pontuais, e não estruturais, o que não nos preocupa, e na verdade, geram
grandes oportunidades.
O investidor deve sempre se focar num prazo maior e numa base de resultados
maiores para fazer uma avaliação, deixando de lado resultados isolados de um ou
outro trimestre, ou mesmo de um ano ou outro, que podem sempre ser impactados
por sazonalidades ou pontualidades.
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Se olharmos os resultados da Multiplus, por exemplo, que foram mais fracos este
ano, o investidor pode ter a impressão de que a empresa não cresce e está
estagnada.
Porém, olhando para os resultados desde 2010, percebe-se que a empresa cresceu
muito, e cresceu pagando muitos dividendos e com alta rentabilidade, o que
demonstra que uma análise de curto prazo pode gerar uma falsa impressão.
As empresas, além das cotações das ações, também não crescem em “linha reta”, e é
absolutamente normal que, em algum momento ou ano, algumas companhias
apresentem resultados mais fracos. Algumas de nossas empresas estão nesses
momentos.
Acreditamos, por outro lado, que as empresas de nossas carteiras, mesmo tendo um
perfil mais focado em dividendos, têm tudo para voltar a crescer nos próximos anos,
entregando dividendos maiores e também se valorizando.
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Podemos ver, por exemplo, como o desempenho dos produtos de seguros da Caixa
foi muito melhor nos últimos anos do que o de outros players, com um crescimento
de quase 21% ao ano, de 2012 a 2017.
O temor do mercado da Wiz perder a sua posição atual na exploração dos produtos
Caixa até faz sentido, dado o potencial e a resiliência dessa operação, por outro lado,
avaliamos como exagerado e precipitado, já que ainda não há nada decidido, e, por
enquanto, tudo está mantido como já era.
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Não há dúvidas de que muitos outros players estão interessados na exploração dos
produtos no Balcão Caixa, e a Caixa, se aproveitando da competitividade de seus
produtos e da sua condição, resolveu buscar ofertas mais “generosas” de outros
players no mercado, já visando o vencimento do contrato com a CNP (Caixa
Seguridade) em 2021.
A Caixa havia decidido “fatiar” seu segmento de seguros, permitindo que outros
players, além da CNP, oferecessem valores mais expressivos pelos seus produtos,
especialmente o seguro habitacional, que é bastante atrativo, além do rural e
patrimonial.
Para os demais produtos, como Vida, Prestamista, entre outros, a Caixa chegou a um
acordo com a CNP, e decidiu formatar uma joint venture para a exploração desses
produtos.
Para trazer ainda mais temor e ansiedade aos investidores, a Caixa enviou um
comunicado ao mercado e à Wiz afirmando que, em seu entendimento, a Wiz não
teria direito à condição de explorar exclusivamente essa base de produtos na nova
jv. Como consequência, as ações caíram fortemente.
Essa decisão se deu, principalmente, por conta da CVM, que havia sido acionada e
emitiu parecer favorável em favor de acionistas minoritários da Wiz, argumentando
que uma nova joint venture entre Caixa Seguros e a francesa CNP, deixando a Wiz de
lado, seria um abuso de poder por parte do controlador, e, portanto, as empresas
teriam que levar a corretora junto.
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Nós continuamos acreditando que o desfecho dessa situação será positivo para a
Wiz, e as vantagens competitivas da empresa, como a grande expertise e a eficiência
de sua operação, devem manter a Wiz numa situação de vantagem, inclusive pelo
fato de que a Wiz poderá eventual negociar taxas de comissionamento menores,
sem ter sua rentabilidade muito afetada.
Ademais, a aquisição da Finanseg, que teve uma performance muito forte no ano
passado e que já está elevando a sua representatividade nas receitas da empresa,
aliada também à criação da plataforma Zim, um aplicativo que nasceu para conectar
o cliente final aos corretores, se mostrando um serviço disruptivo e inovador, são
estratégias que devem continuar entregando crescimento aos acionistas, mesmo em
uma eventual redução de receitas de corretagem dos produtos Caixa.
Enquanto toda essa situação não chega ao fim, os investidores devem continuar
recebendo ótimos dividendos, e, nos preços atuais, a Wiz deve pagar um dividend
yield em torno de 10% para 2018.
Assim como fatores pontuais e fora de controle geram efeitos negativos sobre
algumas empresas em alguns momentos, como geraram, por exemplo, em Wiz,
Multiplus, Taesa, BB Seguridade e Tietê, no caso da Unipar, eventos pontuais e fora
do controle geraram efeitos positivos.
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Assim, com uma oferta mais restrita, ocorreu um movimento de elevação expressivo
no preço médio da soda neste período, o que foi um fator totalmente pontual e que
não prevíamos que iria acontecer, mas que gerou efeitos muito positivos nos
resultados da Unipar em 2017, visto que a empresa teve ganhos de margens e um
faturamento muito forte.
Apesar desses eventos terem beneficiado a Unipar, é importante lembrar que não
trabalhamos com expectativas de preços muito elevados da soda para o longo prazo,
e avaliamos que os preços devem retornar a patamares mais próximos às médias
nos próximos anos.
Isso não tira, no entanto, a atratividade da empresa e nem sua capacidade de operar
com margens interessantes, visto que entregou, em 2017, uma margem bruta de
51% na controladora.
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O EV/Ebitda esperado para 2018, por exemplo, está em torno de 4,5 vezes, patamar
ainda descontado.
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De qualquer forma, esperamos que 2018 seja um outro ano bastante positivo para a
Unipar, e a empresa deve continuar com uma robusta geração de caixa e pagando
bons dividendos. Obviamente, não tanto quanto no ano passado, em que a empresa
utilizou suas reservas de lucros e foi algo totalmente não recorrente. Mas deve, sim,
pagar dividendos atrativos.
Um outro fator positivo que vemos para os próximos anos se refere ao PVC, que hoje
representa cerca de 50% da receita líquida no consolidado e tem uma grande
representatividade nos resultados da empresa.
Por fim, devemos lembrar que no próximo dia 18 de abril será realizada uma
assembléia geral ordinária, onde será deliberada proposta de pagamento de
dividendos referentes a 2017, e a empresa pretende destinar R$ 91.110.459,36 em
dividendos, o equivalente a R$ 1,16 por PNB (UNIP6). Esse dividendo perfaz um yield
de 4,20% nos preços atuais, o que já é atrativo.
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Por conta disso, a companhia encerrou o ano de 2017 com números abaixo do seu
potencial, com um lucro líquido de R$ 3,9 bi, uma queda de 4,8% em relação ao
resultado de 2016.
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Essa transação tem valor aproximado de US$ 5,3 milhões, ou cerca de R$ 17,9 mi,
sendo esse o montante aproximado pelo qual este ativo encontra-se contabilizado
no balanço de sua controladora indireta.
Essa venda faz bastante sentido, tendo em vista que, desde 1984, a empresa
suspendeu a subscrição de novos riscos, não gerando mais receitas e se dedicando
exclusivamente à administração da carteira 'run-off' (onde o ressegurador é
responsável por todos os riscos) ,com as despesas administrativas da UAIC sendo
integralmente subsidiadas pela sua controladora indireta, o IRB Brasil RE.
Contentes com os resultados obtidos até aqui, e o perfil de forte geração de caixa e
baixa necessidade de capex da empresa, do qual gostamos bastante, e prevendo a
continuidade de crescimento para os próximos anos, estamos analisando e
estudando a possibilidade de elevarmos o preço teto da empresa.
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Caso tenhamos novidades neste sentido, informaremos aos assinantes nas próximas
semanas.
Por hora, seguimos recomendando as ações do IRB até o preço teto atual, de R$
30,00.
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Carteiras recomendadas Suno Dividendos
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Carteira de Dividendos
Ativo Inicio Participação Preço atual DY Esperado Preço teto Preço de entrada** Desempenho
Recomendações encerradas*
Considerando a atual situação do mercado, recomendamos a todos os nossos assinantes que mantenham uma porcentagem do seu patrimônio destinado a ações de
dividendos em renda fixa. De preferência em um Fundo DI de alta líquidez e baixa taxa de administração.
Lucro IFRS: Lucro ajustado conforme normas da IASB para uniformização entre diferentes
normais contábeis entre os países.
RAP: A Receita Anual Permitida (RAP) é a remuneração que as transmissoras recebem pela
prestação o serviço público de transmissão aos usuários. Paras as transmissoras que foram
licitadas, a RAP é obtida como resultado do próprio leilão de transmissão e é pago às
transmissoras a partir da entrada em operação comercial de suas instalações, com revisão a
cada quatro ou cinco anos, nos termos dos contratos de concessão.
EBITDA: Ebitda é a sigla em inglês para earnings before interest, taxes, depreciation and
amortization, que traduzido literalmente para o português significa: "Lucros antes de juros,
impostos, depreciação e amortização
ROE: ROE é o acrônimo de Return On Equity (em português: Retorno sobre o Patrimônio).
P/L: Relação entre o preço de uma ação e o lucro por ação nos últimos 12 meses
DISCLOSURE
Além disso, não garantimos a exatidão das informações aqui contidas e recomendamos ao
investidor que não utilize este relatório com única fonte para embasar suas decisões de
investimento. Os investimentos realizados pelo investidor para sua carteira estão sujeitos a
diversos riscos inerentes aos mercados e aos ativos integrantes da carteira, incluindo, sem
limitação, risco de mercado, risco de crédito, risco de liquidez, risco cambial, risco de
concentração, risco de perda do capital investido e de disponibilização de recursos
adicionais, entre outros.
Os analistas responsáveis pela elaboração deste relatório declaram, nos termos do artigo
17º da Instrução CVM nº 483/10, que as recomendações do relatório de análise refletem
única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e foram elaboradas de forma
independente.
Esse material destina-se única e exclusivamente aos assinantes da Suno Research, sua copia ou
distribuição integral ou parcial sem a expressa autorização acarretará multa de até 2000 mil
vezes o valor desse relatório, apreensão das copias ilegais além de responsabilização em
processo civil.