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Exposição à língua
E ainda por cima, a exposição à língua abre espaço para que os alunos desenvolvam regras
incompletas e erradas sobre a determinada língua, pois, com a falta de reforço permanente
as possibilidades de desenvolver códigos errados tornam-se ainda maiores.
Além dos aspectos à cima mencionados, o facto de ser impossível colocar o aluno a
desenvolver os códigos de cada elemento linguístico numa multiplicidade de contextos,
também constitui um factor limitador para o aperfeiçoamento e descoberta das regras e
significados da língua exposta.
Deste modo, torna-se necessário expor a língua aos alunos sistematicamente sendo
permanentemente assistidos e estimulados nas suas descobertas. No entanto, esta
permanente assistência deve ser acompanhada dum processo de reflexão consciente sobre
o uso e funcionamento das regras gramaticais da língua. De outro modo, dificultar-se-ia
o processo de descoberta.
Para comunicar numa língua, não basta ser capaz de formular enunciados sem erros, é
necessário saber que modos interlocutivos são apropriados para cada situação, para a
realização do objectivo que se pretende alcançar. Por esse motivo, estariam de certa forma
limitados os indivíduos que tenham aprendido em contexto escolar a produzir enunciados
correctos na LE, pois não fariam o uso apropriado dos modos interlocutivos, assim sendo,
não seriam, de modo algum, capazes de comunicar devidamente nessa língua perante
situações de comunicação real.