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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS


UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: TÉCNICAS DE EDIFICAÇÕES
PROFESSOR: DR. MILTON BEZERRA DAS CHAGAS FILHO

PROJETO DE TÉCNICAS

COMPONENTES:
BRENO ANDRÉ VELOSO ANTONINO
FLÁVIA DO SOCORRO DE SOUSA CARVALHO
JÔNATAS SOUZA COELHO
LUCAS RAFAEL REIS SOARES
TÚLIO DE SOUZA FREIRE

CAMPINA GRANDE, AGOSTO DE 2017.


BRENO ANDRÉ VELOSO ANTONINO
FLÁVIA DO SOCORRO DE SOUSA CARVALHO
JÔNATAS SOUSA COELHO
LUCAS RAFAEL REIS SOARES
TÚLIO DE SOUZA FREIRE

PROJETO DE TÉCNICAS

Trabalho entregue ao curso de graduação em


Engenharia Civil da Universidade Federal de
Campina Grande, em cumprimento às
exigências da disciplina de Técnicas de
Edificações.

CAMPINA GRANDE, AGOSTO DE 2017.


LISTA DE FIGURAS
Tabela 1 - Composição do BDI. ........................................................................................... 24
Tabela 2 – Dimensões das Sapatas. ...................................................................................... 27
Tabela 3 – Volume de Escavação das Sapatas. ..................................................................... 28
Tabela 4 – Cronograma físico financeiro (TCPO 14) ............................................................ 31
Tabela 5 – Quadro Resumo (TCPO 14) ................................................................................ 33
Tabela 6 – Cronograma físico-financeiro (boletim de custos) ............................................... 35
Tabela 7 – Quadro Resumo (Boletim de Custos) .................................................................. 37
LISTA DE TABELAS
Figura 1 – Curvas de Nível .................................................................................................. 20
Figura 2 – Perfil Longitudinal .............................................................................................. 20
Figura 3 – Curva ABC (TCPO). ........................................................................................... 32
Figura 4 - Composição dos custos da limpeza do terreno. ..................................................... 32
Figura 5 – Curva ABC de insumos – Boletim de Custos. ...................................................... 36
Figura 6 – Curva ABC de serviços – Boletim de Custos. ...................................................... 36
Figura 7 – Gráfico comparativo – TCPO x Boletim de Custos.............................................. 38
LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIAÇÕES

BDI = margem de acréscimo no orçamento da obra, incluindo a bonificação da construtora e as


despesas indiretas;
O = orçamento dos demais itens;
C = custo de todos os serviços listados no formulário do contratante;
Pr = Preço;
Cs = Custo;
Io = taxa de despesa indireta na obra;
AL = orçamento da administração local (R$);
C = custo da obra (R$);
N = número de obras simultâneas da construtora;
T = prazo da obra;
Canual = custo de todas as obras da empresa nos próximos 12 meses;
Ic = taxa de despesa indireta central;
AC = orçamento administrativo da sede da empresa;
CV = custo total da obra (R$);
TC = tempo de construção (nº de meses);
TP = tempo de pagamento das faturas (meses);
PE = prazo entre faturas (nº de meses);
PV = preço de venda (R$);
N’ = número de faturas do contrato;
CA = taxa de caução/retenção mensal sobre o faturamento (%);
TR = tempo de devolução do total retido (meses);
NF = necessidade de financiamento global do contrato (R$);
F = taxa de acréscimo a ser aplicada sobre a soma do custo com as despesas administrativas
(%);
I = taxa de juros mensais sobre o saldo devedor do caixa (%);
IR = taxa de juros mensais sobre os valores retidos pela contratante (%);
TR = tempo de devolução do total retido (meses);
NF = necessidade de financiamento global do contrato (R$);
VR = valor a ser devolvido (R$);
CV = custo total da obra (R$);
IE = inclusão dos impostos na formação do preço de contratos de empreitada;
Cofins = é a contribuição para o fundo de investimento social (%);
PIS = é o plano de integração social (%);
IR = imposto de renda de pessoa jurídica (%);
CS = contribuição social sobre o lucro presumido ou estimado (%);
ISS = é o imposto sobre serviços que incide sobre a receita global ou sobre a receita da mão-
de-obra em alíquotas diferenciadas nos municípios brasileiros;
Io = taxa porcentual de despesa indireta na obra (%);
Ic = taxa porcentual da despesa indireta central (%);
F = taxa porcentual de contingências (%);
CT = taxa porcentual de contingências (%);
B = taxa porcentual de lucro líquido estimado (%);
IE = soma de todos os impostos incidentes sobre o preço (%);
DC = despesa comercial prevista sobre o preço (%);
BDI0 = estimativa inicial da taxa de BDI por administração;
BDI1 = estimativa atualizada da taxa de BDI por administração;
Ic = taxa porcentual da despesa indireta central (%);
B = taxa porcentual de lucro bruto estimado (%);
IA = soma de todos os impostos incidentes sobre o preço (%);
DC = despesa comercial prevista sobre o preço (%);
L = comprimento da parede;
h = pé direito;
e = espessura da parede;
 = peso específico;
As = Área de base da sapata;
QT = Carga total no pilar;
σadm = Tensão admissível do solo.
SUMÁRIO

1 Introdução ......................................................................................................................... 10

1.1 Apresentação .............................................................................................................. 10

2 Objetivos .......................................................................................................................... 10

2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................ 10

2.2 Objetivos Específicos ................................................................................................. 10

3 Revisão Bibliográfica ........................................................................................................ 11

3.1 Contrato Engenheiro-Cliente ...................................................................................... 11

3.2 Modalidades De Contrato ........................................................................................... 12

3.3 Contrato Com Mão-De-Obra ...................................................................................... 13

3.4 Prazo De Início E Entrega Dos Trabalhos ................................................................... 14

3.5 Responsabilidade Civil Do Engenheiro ...................................................................... 14

3.6 Responsabilidade Criminal Do Engenheiro................................................................. 15

3.7 Responsabilidades Previdenciária E Trabalhista Do Engenheiro ................................. 15

3.8 A Licitação E Suas Modalidades ................................................................................ 15

3.9 Modalidades De Licitação .......................................................................................... 16

4 Estudos Preliminares ......................................................................................................... 16

4.1 Implantação De Um Canteiro De Obra ....................................................................... 18

4.2 Instalações De Força .................................................................................................. 18

4.3 Instalações Hidro Sanitárias....................................................................................... 18

4.4 Sondagem Do Terreno................................................................................................ 19

4.4.1 Execução Da Sondagem ...................................................................................... 19

4.5 Terraplenagem ........................................................................................................... 20

4.6 Fundações .................................................................................................................. 21

4.6.1 Tipos De Fundações ............................................................................................ 21

4.6.2 Locação De Obra ................................................................................................. 21

4.7 Discriminação Orçamentária ...................................................................................... 22


4.8 Anteprojeto ................................................................................................................ 22

5 Projetos, Memorial Descritivo E Caderno De Encargos. .................................................... 22

5.1 Custo Direto ............................................................................................................... 23

5.2 Custo Indireto............................................................................................................. 23

5.3 BDI ............................................................................................................................ 23

5.3.1 Considerações Sobre BDI .................................................................................... 25

5.3.2 Utilidades Do BDI ............................................................................................... 25

6 Cálculo Das Cargas Dos Pilares Pelo Método Das Áreas De Influência............................. 25

6.1 Processo Das Áreas De Influência .............................................................................. 25

6.1.1 Peso Próprio Do Pilar .......................................................................................... 26

6.1.2 Outras Cargas Sobre Pilares................................................................................. 26

7 Orçamento Do Projeto – Fichas De Composição De Custo Unitário (Tcpo 14).................. 28

7.1 Serviços Preliminares ................................................................................................. 28

7.1.1 Limpeza Do Terreno............................................................................................ 28

7.1.2 Abrigo Provisório ................................................................................................ 28

7.1.3 Ligação Provisória De Água E Instalação Sanitária.............................................. 28

7.1.4 Ligação Provisória De Luz E Força ..................................................................... 29

7.1.5 Tapume Em Chapa De Madeira Compensada ...................................................... 29

7.1.6 Locação Da Obra ................................................................................................. 29

7.2 Movimentação De Terra ............................................................................................. 29

7.2.1 Corte Em Aterro .................................................................................................. 29

7.2.2 Escavação Mecanizada De Valas ......................................................................... 29

7.2.3 Reaterro Mecanizado Sem Empréstimo ............................................................... 30

7.2.4 Expurgo ............................................................................................................... 30

7.2.5 Aterro .................................................................................................................. 30

7.3 Infraestrutura .............................................................................................................. 30

7.3.1 Alvenaria De Pedra Argamassada ........................................................................ 30


7.4 Cronograma Físico – Financeiro ................................................................................. 30

7.5 Curvas Abc De Insumos E Serviços (Tcpo 14) ........................................................... 32

7.6 Quadro Resumo (Tcpo 14) ......................................................................................... 33

8 Orçamento Do Projeto – Fichas De Composição De Custos Unitários (Stabile – Boletim De


Custos) ................................................................................................................................ 33

8.1 Serviços Preliminares ................................................................................................. 33

8.1.1 Limpeza Do Terreno............................................................................................ 33

8.1.2 Abrigo Provisório ................................................................................................ 33

8.1.3 Ligação Provisória De Luz E Força ..................................................................... 33

8.1.4 Ligação Provisória De Água E Instalação Sanitária.............................................. 33

8.1.5 Tapume Em Chapa De Madeira Compensada ...................................................... 34

8.1.6 Locação Da Obra ................................................................................................. 34

8.2 Movimentação De Terra ............................................................................................. 34

8.2.1 Corte Em Terreno ................................................................................................ 34

8.2.2 Escavação Manual De Valas ................................................................................ 34

8.2.3 Aterro Sem Empréstimo ...................................................................................... 34

8.2.4 Transporte De Expurgo ........................................................................................ 34

8.3 Infra-Estrutura ....................................................................................................... 34

8.3.1 Alvenaria De Pedra Argamassada ................................................................... 34

8.4 Cronograma Físico Financeiro O Boletim De Custos ............................................. 34

8.5 Curvas Abc De Insumos E Serviços ........................................................................... 36

8.5 Quadro Resumo (Boletim De Custos) .................................................................... 36

9 Considerações Finais......................................................................................................... 37

ANEXO ............................................................................................................................... 39
1 INTRODUÇÃO

Um orçamento é a quantificação de insumos, mão-de-obra ou equipamentos necessários


para a realização de uma obra ou serviços relacionados com os respectivos custos e tempo
necessário para execução dos mesmos. Orçar é prever o custo de uma obra antes da sua
execução. É uma previsão de custos ou estabelecimento de preços dos serviços a serem
realizados. Um orçamento pode se referir ao todo de um empreendimento, ou se referir apenas
a alguns serviços de uma obra.
Para profissionais ligados a engenharia civil, um orçamento consiste num conjunto de
procedimentos e planilhas úteis envolvendo preços ligados à construção ou reforma. Para que
um orçamento seja montado corretamente, é necessário conhecer coeficientes de produtividade
da mão-de-obra, consumo de materiais e consumo de tempo dos equipamentos ligados a certos
serviços.
O sucesso de uma obra não está ligado apenas a uma boa execução, também depende
muito do orçamento. Um orçamento mal feito poderá reduzir bastante os lucros, ou até mesmo
acarretar em um prejuízo para a empreiteira.

1.1 APRESENTAÇÃO

Este trabalho faz parte da primeira etapa de um projeto da disciplina de Técnicas de


Edificações da Universidade Federal de Campina Grande, ministrada pelo professor Dr. Milton
Bezerra das Chagas Filho.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Realizar o orçamento dos serviços preliminares de movimentação de terra, locação da


obra e infraestrutura da construção de um edifício de seis pavimentos, baseando-se nas planilhas
de custo da TCPO (Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos) e do Boletim de
Custo.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


 DEMONSTRAR O MEMORIAL DE ORÇAMENTO REFERENTE AOS
SERVIÇOS PRELIMINARES, MOVIMENTAÇÃO DE TERRA, LOCAÇÃO
DE OBRA E INFRAESTRUTURA DA CONSTRUÇÃO;
 Análise e controle das etapas da obra, períodos para execução e o custo previsto
de cada uma;
 Expor e analisar a curva ABC da obra, para obter uma informação gerencial
importante para o planejamento e controle de custo do empreendimento.

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo será feita uma breve revisão bibliográfica para melhor entendimento do que
será visto nesta e nas próximas etapas do projeto.
A construção civil pode ser definida como a ciência que estuda as disposições e métodos
seguidos na realização de uma obra arquitetônica, sólida e econômica, visando à obtenção de
um suporte que sirva a atividades e necessidades da vida humana.
A execução dos serviços construtivos pode ser subdividida nas seguintes etapas:
1. Trabalhos preliminares;
2. Trabalhos de execução;
3. Trabalhos de acabamento.

3.1 CONTRATO ENGENHEIRO-CLIENTE

Quando um cliente recorre a um engenheiro para a execução de uma determinada obra,


estabelece-se automaticamente um contrato entre ambos. Denominamos de “contrato verbal”
casos como este, por não possuírem documentos.
Para evitar acidentes e incidentes durante o tempo, relativamente longo, de vigência do
contrato, torna-se necessário a troca de documentos. Dessa forma, evita-se uma longa série de
dúvidas, diferenças de interpretações e também de incidentes.
Portanto, a exigência do contrato por ambas as partes (engenheiro/cliente) se torna mais
prudente.
Qualquer contrato é composto das seguintes partes:
 Indicação e descrição das partes contratantes;
 Deveres e direitos de cada uma das partes contratantes;
 Indicação do valor de contrato, multa para a parte que não respeita-ló, sede, data e
assinatura.

3.2 MODALIDADES DE CONTRATO

Existem, de maneira geral, duas modalidades de contrato:


 Por administração;
 Por empreitada.
Na prática, podem-se combinar esses dois tipos em um novo tipo de contrato:
 O misto.

a) Contrato por Administração

O engenheiro será remunerado com uma porcentagem do custo total da obra. O


proprietário deve arcar com todos os custos até o final da obra.
O orçamento prévio, fornecido pelo engenheiro, não representa termo de
responsabilidade sobre qualquer um dos itens nele expostos.

b) Contrato por Empreitada

O engenheiro se compromete a executar uma obra por um preço previamente determinado.


No entanto, o preço poderá ser alterado, se for alterado o serviço a ser executado, mediante
negociação.
Nessa modalidade de contrato, portanto, além da indicação das partes, as obrigações e
deveres de cada uma, as importâncias a serem pagas e a forma parcelada do pagamento, juntam-
se às plantas e o memorial descritivo completo. Esse memorial deve possuir alto grau de
detalhamento, pois materiais mais caros que os orçados trarão prejuízo para o engenheiro, e
mais barato que os orçados trarão prejuízo para o cliente.

c) Contrato Misto

Não contendo características de apenas um dos dois contratos anteriormente citados,


denomina-se o contrato como misto. O engenheiro se responsabiliza por parte do custo e
determinado setor da obra. Os exemplos mais comuns de sistema misto ocorrem quando o
engenheiro se compromete a construir por um preço fixo, desde que:
 Os salários dos operários não sofram aumentos durante os trabalhos;
 Os preços dos materiais não sofram variações, sendo feito reajuste de preço, já que o
engenheiro se responsabiliza apenas com as quantidades de materiais e não com seu
preço.
 Quando o engenheiro se torna o empreiteiro da mão de obra, poderá haver o sistema
misto, cabendo ao cliente o risco de alterações do custo real dos materiais, já que o preço
pela mão-de-obra não sofre alterações mediante contrato.

3.3 CONTRATO COM MÃO-DE-OBRA

Durante a execução de uma obra tem-se a necessidade de contratar operários de


diferentes especialidades, sob duas formas básicas de contrato com mão-de-obra:

a) Contrato por Hora

Os operários, trabalhando por hora, poderão ser contratados pelo proprietário ou pelo
escritório de construções.
No primeiro caso, o escritório atua apenas como fiscal da mão-de-obra, sendo o
proprietário o empregador, devendo registrar-se como tal nos órgãos competentes: INSS e
Ministério do Trabalho.
No segundo caso, o escritório é o empregador, sendo este o responsável perante os
órgãos competentes.
O escritório atuará apenas como empreiteiro perante o cliente ou proprietário,
elaborando um contrato que especifique todas as condições.

b) Contrato com Tarefa

Em um regime de empreitada entre os operários e o cliente, pode-se escolher o método


de pagamento por tarefa. Esta opção também é válida em um regime de empreitada entre os
operários e o escritório de construção.
Um empreiteiro é o responsável pelo contrato, sendo este o responsável pelas ligações
com o escritório e órgãos controladores do trabalho (INSS, Ministério do Trabalho, entre
outros).
Em uma obra de grande porte, se torna impossível que apenas um empreiteiro se
responsabilize pela grande quantidade de operários, envolvendo risco e emprego de grande
capital. Portanto, a solução seria a contratação de operários por hora.
Em obras pequenas, onde há um controle melhor do contingente de operários e suas
especialidades, o sistema mais vantajoso, tanto para o engenheiro quanto para o cliente, será o
de empreitada. Nessa situação, não convém, por motivos financeiros, a permanência constante
de um fiscal de obra. Assim, os operários horistas apresentaram baixo rendimento.

3.4 PRAZO DE INÍCIO E ENTREGA DOS TRABALHOS

Torna-se necessário a fixação do prazo para início e entrega da obra, visando evitar o
prolongamento desnecessário desta por desleixo ou incapacidade do empreiteiro. Porém, as
palavras em um contrato servem mais como advertência e aviso, não sendo levadas com rigidez.
Apenas as assinaturas do contratante (proprietário) e do contratado (empreiteiro) são
indispensáveis em um contrato.
No final da obra, deve-se requerer à Prefeitura a vistoria para efeito de “habite-se”. Esse
requerimento só é aceito pela prefeitura caso venha a acompanhado de um documento emitido
pela Secretaria das Finanças do Município, documento esse de quitação com a receita. A
quitação será obtida no departamento da Secretaria de Finanças do Município, obedecendo a
sua obtenção ao seguinte andamento: o setor de arquitetura da Prefeitura, ao aprovar o “habite-
se”, entregará um documento onde estará especificada a área total construída e o tipo de
acabamento.

3.5 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ENGENHEIRO

É aquela em que se responde com indenizações, como no caso de imperícia no exercício


da profissão. Como por exemplo, na falta de conhecimento técnico em executar uma edificação,
onde não se respeitou o recuo mínimo frontal estabelecido pela prefeitura da cidade, o que irá
gerar o embargo da obra e a necessidade de demolir as paredes e construí-las de novo, com total
custeio do serviço por conta do engenheiro responsável.
3.6 RESPONSABILIDADE CRIMINAL DO ENGENHEIRO

Ocorre quando o Código Penal é infringido, por uma ação ou omissão do engenheiro no
exercício da profissão. Ex: Morte de operário por omissão do engenheiro em não obrigá-lo em
usar o equipamento de segurança.

3.7 RESPONSABILIDADES PREVIDENCIÁRIA E TRABALHISTA DO ENGENHEIRO

Cabe ao engenheiro responsável, assegurar os direitos trabalhistas aos funcionários da


obra, como:
 Salários reajustados de acordo com os sindicatos dos trabalhadores e empregadores;
 Pagamento do 13° salário, com incidência do FGTS;
 Férias remuneradas;
 Seguro de acidentes de trabalho;
 Auxílio Maternidade e Paternidade;
 Aviso-prévio;
 Feriados e dias santificados;
 Pagamento de 40% por demissão sem justa causa, etc.

3.8 A LICITAÇÃO E SUAS MODALIDADES

Quando um proprietário ou gerenciador observa a necessidade de solicitar a execução


de obras por terceiros, torna-se então, conveniente a definição de um grupo que seja pré-
qualificado para a execução das atividades requeridas.
A licitação é um processo administrativo que visa assegurar a igualdade a todos que
queiram realizar um contrato com o Poder Público. A licitação é disciplinada por lei (Lei 8666
de 1993). Esta estabelece critérios objetivos de seleção das propostas de contratação mais
vantajosas para o interesse público. (MELLO, 1998).
Sendo assim podemos concluir que a licitação torna-se um meio seletivo pelo qual o
proprietário ou gerenciador abre determinada (s) atividade (s) à execução por terceiros. Esta
poderá ser lançada por entidades privadas nas quais valem as condições licitatórias baseadas
em preceitos livremente adotados por ela, e entidades públicas onde as condições de licitação
sujeitam-se às especificações legais a serem atendidas na licitação e contratação.
3.9 MODALIDADES DE LICITAÇÃO

 Concorrência: A modalidade mais abrangente de licitação. Com preços superiores a


R$ 1.500.000,00 em obras e serviços de engenharia. Impõe mais exigências para a
habilitação das empresas concorrentes, devido aos altos valores envolvidos.

 Tomada de preços: É a segunda modalidade mais abrangente. Nela só podem tomar


parte empresas já cadastradas no órgão contratante, ou que atendam às condições
exigidas no cadastramento até três dias antes da data de recebimento das propostas. Para
obras e serviços de engenharia, com preços até R$ 1.500.000,00.

 Carta Convite: É a modalidade de licitação por meio do qual a administração pública


convida diretamente as empresas que irão participar da disputa. As empresas não
precisam estar cadastradas no órgão. Geralmente o convite é feito a três empresas,
contudo, não é exclusivo delas; outras sabendo da licitação, podem se habilitar até 24
horas antes da abertura das propostas. Para obras e serviços de engenharia. Para obras e
serviços de engenharia, com preços até R$ 150.000,00.
 Concurso: É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de
trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmio ou
remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes do edital publicado na
imprensa oficial com antecedência mínima de 45 dias.

 Leilão: É a modalidade de licitação utilizada quando a Administração Pública deseja


vender produtos que não lhe servem mais, legalmente aprendidos ou penhorados. No
leilão, vence quem der o lance mais alto.

 Pregão: É a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns, em que


a disputa pelo fornecimento é feita em seção pública, por meio de propostas e lances,
para classificação e habilitação do licitante com a proposta de menor preço.

4 ESTUDOS PRELIMINARES

No estudo preliminar são focalizados os aspectos social, técnico e econômico, a


localização do lote e suas características, as características de uso, as opções possíveis, as
avaliações de custo e de prazo.
Para esse estudo, o projetista deverá dirigir-se ao local e fazer identificação do lote
medindo a testada e o perímetro do mesmo, verificar a área de localização e a situação do lote
dentro da quadra (medidas do lote às esquinas), medidas de ângulos se for o caso, orientação
do lote com relação à linha NS.
Anotar os números das casas vizinhas ou mais próximas do lote, para eventual
identificação, verificar se existe rede elétrica, rede de água, rede de esgoto, rede de gás, cabos
telefônicos na via pública, tipo de pavimentação existente na rua e largura da mesma, e nível
econômico das construções vizinhas.
1 - Não existindo rede de água, haverá a necessidade de colher informações dos
vizinhos, que possam diminuir dúvidas no projeto, como a profundidade média dos poços,
quantidade de água no período da seca e a qualidade da água.
2 - Verificar o tipo de solo existente: se é natural, aterro ou depósito de lixo, se possui
"olhos d'água" (nascentes) e fazer uma avaliação.
3 - A mão-de-obra local é de grande importância na elaboração da peça "orçamento",
pois, dependendo do local, a mão-de-obra será difícil (zonas industriais). Se a construção for
fora da capital, informar-se a respeito dos meios de transportes, da capacidade do comércio de
materiais de construção e da rede bancária local.
Devem ser tomadas as seguintes providências imediatas.
Limpeza do terreno - a limpeza do terreno é necessária para maior facilidade de trabalho
no levantamento plano-altimétrico, permitindo obter-se um retrato fiel de todos os acidentes do
terreno, assim como para os serviços de reconhecimento do subsolo (sondagens). Para se fazer
a limpeza do terreno pode-se carpir, roçar ou destocar, de acordo com o que exige a vegetação.
Carpir quando a vegetação é rasteira e com pequenos arbustos, usando para tal, unicamente a
enxada, deve-se juntar o mato após a carpa, removê-la ou queimá-lo em um canto do lote, roçar
quando além da vegetação rasteira houver árvores de pequeno porte, que poderão ser cortadas
com foice. Destocar quando houver árvores de grande porte, necessitando desgalhar, cortar ou
serrar o tronco e remover parte da raiz. Esse serviço pode ser feito com máquina de grande porte
ou manualmente com machado, serrote e enxadão.
Levantamento plano-altimétrico - no qual deverão constar: 1) a poligonal; 2) as curvas
de níveis, geralmente deverão ser de 0,50 m em 0,50 m, de acordo com a inclinação do terreno.
Em terreno muito acidentado os espaçamentos poderão ser maiores, na ordem de 1,00m. Em
terrenos de pouco caimento (quase plano), as curvas de níveis deverão ser de maior precisão,
ordem de 0,10 m, para o projeto do escoamento das águas pluviais; 3) as dimensões perimetrais;
4) os ângulos dos lados; 5) a área; 6) a fixação do RN (referencial de nível); 7) as construções
existentes; 8) as árvores; 9) as galerias de águas pluviais ou o esgoto; 10) os postes e seus
respectivos números (mais próximos do lote); 11) as ruas adjacentes; 12) o croqui de situação,
com o aparecimento da via de maior importância ou qualquer obra de maior vulto (igreja, ponte,
viaduto, etc.) do loteamento ou do bairro e 13) a fixação da linha NS.

4.1 IMPLANTAÇÃO DE UM CANTEIRO DE OBRA

A implantação de um canteiro no local da obra requer um projeto específico e bem


elaborado, porém antes mesmo da implantação do canteiro há necessidade dos chamados
serviços preliminares, esses que compreendem: verificação da disponibilidade de instalações
provisórias; as demolições, quando existem construções remanescentes no local em que será
construído o edifício; a retirada de entulho e também, o movimento de terra necessário para a
obtenção do nível de terreno desejado para o edifício.

4.2 INSTALAÇÕES DE FORÇA

Deve-se calcular toda a potência que será necessária para o funcionamento de todo o
equipamento da obra e acrescer um coeficiente de demanda, após esse levantamento o
responsável deve entrar em contato com a concessionária local e ver se a rede atende a
necessidade da obra. Caso a rede não atenda, fazer uma solicitação para que a concessionária
faça as devidas alterações na rede próxima a obra.

4.3 INSTALAÇÕES HIDRO SANITÁRIAS

Compreendem as instalações de água fria e esgoto sanitário. A água em uma obra de


construção é de fundamental importância, pois presta-se tanto para higiene dos operários como
também é componente fundamental nas argamassas e concreto, devendo assim ser uma água de
boa qualidade a distribuída pela concessionária local. Caso não haja possibilidade de
fornecimento por parte da concessionária deve-se recorrer a outro meio de obtenção como, por
exemplo, a água provinda de poços.
Seja qual for a forma de obtenção da água deve-se atentar para uma forma de reservá-
la distribuí-la por todo o canteiro.
4.4 SONDAGEM DO TERRENO

É sempre aconselhável a execução de sondagens, no sentido de reconhecer o subsolo e


escolher a fundação adequada, fazendo com isso, o barateamento das fundações. As sondagens
representam média, apenas 0,05 a 0,005% do custo total da obra.
Os requisitos técnicos a serem preenchidos pela sondagem do subsolo são os seguintes
(Godoy, 1971):
 Determinação dos tipos de solo que ocorrem, no subsolo, até a profundidade de interesse
do projeto;
 Determinação das condições de compacidade (areais) ou consistência (argilas) em que
ocorrem os diversos tipos de solo;
 Determinação da espessura das camadas constituintes do subsolo e avaliação da
orientação dos planos (superfícies) que as separam;
 Informação completa sobre a ocorrência de água no subsolo.

4.4.1 EXECUÇÃO DA SONDAGEM

A sondagem é realizada contando o número de golpes necessários à cravação de parte


de um amostrador no solo realizada pela queda livre de um martelo de massa e altura de queda
padronizada. A resistência a penetração dinâmica na solo medida é denominada S.P.T. –
Standart Penetration Test.
A execução de uma sondagem é um processo repetitivo, que consiste em abertura de
furo, ensaio de penetração e amostragem a cada metro de solo sondado. Desta forma, em cada
metro faz-se, inicialmente, a abertura do furo com um comprimento de 55 cm utilizando um
trato manual ou através de jato de água, e o restante dos 45cm é utilizado para a realização do
ensaio de penetração.
As fases de ensaio e de amostragem são realizadas simultaneamente, utilizando um
tripé, um martelo de 65kg, uma haste e o amostrador. (Godoy, 1971)
Os pontos de sondagem devem ser criteriosamente distribuídos na área em estudo, e
devem ter profundidade que inclua todas as camadas do subsolo que possam influir,
significativamente, no comportamento da fundação. No caso de fundação para edificações para
edifícios, o número mínimo de pontos de sondagens a realizar é função da área a ser construída.
4.5 TERRAPLENAGEM

A Terraplenagem é a operação destinada a conformar o terreno existente aos gabaritos


definidos em projetos. De maneira geral ela engloba os serviços de corte (escavação de
materiais) e de aterro (deposição e compactação de materiais escavados).

Figura 1 – Curvas de Nível

Figura 2 – Perfil Longitudinal

1.1. Serviços Preliminares

Conforme destacado anteriormente, a terraplenagem consiste, em termos gerais, na


execução de cortes e de aterros. Porém, antes de dar início as operações básicas, são necessárias
a retirada de todos os elementos, naturais ou artificiais, que não participarão diretamente ou que
possa interferir nestas duas operações. Os naturais são constituídos pelas árvores, arbustos,
tocos e raízes e os artificiais por construções, cercas, posteamentos, entulho e etc.

4.6 FUNDAÇÕES

Fundações são elementos estruturais destinados a transmitir ao terreno as cargas da


estrutura. Devem ter resistência adequada para suportar as tensões causadas pelos esforços
solicitantes. O solo deve ter resistência e rigidez apropriada para não sofrer ruptura e não
apresentar deformações exageradas ou diferenciais.
O sistema de fundação é composto pelo elemento estrutural do edifício que fica abaixo
do solo (podendo ser constituído por bloco, estaca ou tubulão, por exemplo) e o maciço de
solo envolvente sob a base e ao longo do fuste.

4.6.1 TIPOS DE FUNDAÇÕES

 As fundações diretas ou rasas são aquelas em que a carga da estrutura é transmitida


diretamente ao solo pela fundação. São executadas em valas rasas, com profundidade
máxima de 3,0 metros, e caracterizadas por blocos, alicerces, sapatas e radies.
 As fundações indiretas ou profundas são aquelas que transferem a carga por efeito de
atrito lateral do elemento com o solo e por meio de um fuste. Estas estruturas de
transmissão podem ser estacas ou tubulões. São aquelas cujas bases estão implantadas
a mais de duas vezes as suas menores dimensão, e a mais de 3,0m de profundidade.

4.6.2 LOCAÇÃO DE OBRA

A locação da obra é a indicação no terreno, de onde serão assentadas as fundações, e


alvenarias. É feita através de vários métodos, sendo utilizado aquele que mais se adéqua a obra
a ser construída.
Um erro de locação traz inconvenientes às vezes onerosos para quem constrói. Os erros
de locação dão margens a diferenças dimensões dos compartimentos e, refletindo nas fachadas,
alterando eixos de esquadrias, e interferindo no consumo de revestimento de piso pois isso gera
muitos retalhos.
4.7 DISCRIMINAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

A discriminação orçamentária é uma sequência dos diferentes serviços que entram na


composição de um orçamento e que podem ocorrer na construção de uma edificação. Tem por
finalidade sistematizar o roteiro a ser seguido na execução de orçamentos, de modo que não
seja omitido nenhum dos serviços a serem executados durante a construção, como também
aqueles necessários ao pleno funcionamento e utilização do edifício.

4.8 ANTEPROJETO

De acordo com seu nome, anteprojeto é um estudo feito antes de organizarmos o projeto
definitivo. Normalmente são necessários vários anteprojetos, até que se consiga um que,
satisfazendo as necessidades, torna-se, com ligeiros retoques, o projeto definitivo (BORGES;
MONTEFUSCO; LEITE, 1996).
Para tal elaboração, são necessários os seguintes elementos:
 Uso permitido do edifício (plano diretor do município): Residencial; comercial;
industrial; recreativo; religioso; outros usos;
 Densidade populacional do edifício; Avaliação para cada uso (plano diretor do
município); Área construída prevista;
 Gabarito permitido (código de obras do município): Altura do edifício; Recuo (frente,
fundo e lateral); Coeficiente de ocupação do lote; Coeficiente de aproveitamento do
lote.
 Elementos geográficos naturais do local: Latitude; Meridiano (orientação magnética);
Regime de ventos predominantes; Regime pluvial; Regime de temperatura;

5 PROJETOS, MEMORIAL DESCRITIVO E CADERNO DE ENCARGOS.

No projeto nós temos as plantas, cortes e fachadas, que descrevem a forma do produto
a ser construído. Nas plantas nós temos as indicações de quais materiais devem ser adotados,
mas não consta como será executado o projeto, nem a sequência de construção. Essas indicações
estão nos memoriais descritivos e caderno de encargos.
No memorial descritivo nós temos uma relação dos materiais, suas marcas e
equipamentos que irão ser aplicados na obra, devendo nele, constar todos os detalhes que o
gerente de obra possa fazer as devidas aquisições.
No caderno de encargos nós temos o detalhamento de partes do projeto e especificações
de equipamentos e serviços auxiliares, tamanho e complexidade das instalações do canteiro de
obras, bem como complemento outras determinações técnicas e gerenciais estabelecidas em
contato.

5.1 CUSTO DIRETO

É resultado da soma de todos os custos unitários dos serviços necessários para a


construção da edificação, obtidos pela aplicação dos consumos dos insumos sobre os preços de
mercado, multiplicados pelas respectivas quantidades, mais os custos da infraestrutura
necessária para a realização da obra (TCPO, 2010).
Sendo assim qualquer gasto ocorrido com materiais, pessoal, equipamentos,
administração local, canteiro de obras, mobilização e desmobilização, ou qualquer outro gasto
ocorrido no âmbito da obra deve ser lançado no Centro de Custo da obra, constituindo-se assim,
obrigatoriamente no Custo Direto da obra.

5.2 CUSTO INDIRETO

A melhor definição para custo indireto talvez seja uma definição por exclusão: custo
indireto que não apareceu como mão-de-obra, material ou equipamento nas composições de
custos unitários do orçamento. Em outras palavras, é todo custo que não entrou no custo direto
da obra, não integrando os serviços de campo orçados (escavação, aterro, concreto,
revestimentos, etc.) (MATTOS, 2006).
Enquanto o custo direto é função direta da quantidade produzida, o mesmo não se pode
dizer do custo indireto. O salário do mestre, a alimentação da equipe e o custo da vigilância do
canteiro vão ser o mesmo, quer a obra produza 200m³ de concreto em um mês, quer produza
30m³.

5.3 BDI
O BDI representa o rateio dos custos das obras não discriminados na Planilha de
Quantidades e Preços Unitários (definidos como Custos Indiretos) aplicados sobre os Custos
Unitários Diretos dos Serviços. O BDI não tem percentual médio nem máximo, é calculado
obra a obra.
Em termos práticos, o BDI é o percentual que deve ser aplicado sobre o custo direto dos
itens da planilha da obra para se chegar ao preço de venda. A tabela do BDI é apresentada a
seguir:

Tabela 1 - Composição do BDI.


1.0 CUSTOS DIRETOS 7,90%
1.1 Administração 4,30%
1.2 Seguros + Garantias 1,00%
1.3 Riscos 1,40%
1.4 Despesas Financeiras 1,20%

2.0 TRIBUTOS 8,65%


2.1 PIS 0,65%
2.2 CONFINS 3,00%
2.3 ISS 5,00%

3.0 LUCROS 8,50%


3.1 Lucro 8,50%

BDI = 29,45%

Segundo Acórdão 2622/2013 do Tribunal de Contas da União – TCU, o cálculo


do BDI deve ser feito da seguinte maneira:
(1 + 𝐴𝐶 + 𝑆 + 𝑅 + 𝐺 ) ∗ (1 + 𝐷𝐹) ∗ (1 + 𝐿)
𝐵𝐷𝐼 = −1
1−𝐼
AC = ADMINISTRAÇÃO
S = SEGURO
R = RISCOS
G = GARANTIA
D = DESPESAS FINANCEIRAS
L = TAXA DE LUCRO/REMUNERAÇÃO
I = INCIDÊNCIA DE IMPOSTOS (PIS, COFINS e ISS)

5.3.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE BDI

 Nem toda obra tem o mesmo BDI


 O BDI não tem limite superior
 Numa concorrência, duas empresas proponentes não necessariamente chegam
ao mesmo BDI.
 Obras grandes, longas e simples tendem a ter um BDI reduzido, enquanto que
obras complexas, rápidas e pequenas trabalham com BDI mais elevado.

5.3.2 UTILIDADES DO BDI

O conhecimento do BDI usado na definição do preço de venda de uma obra tem algumas
utilidades. É justamente para isso que alguns órgãos contratantes exigem que as construtoras
indiquem na proposta qual o percentual de BDI adotado.

6 CÁLCULO DAS CARGAS DOS PILARES PELO MÉTODO DAS ÁREAS DE


INFLUÊNCIA

6.1 PROCESSO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA

Na prática usamos, muitas vezes, um processo expedito para o cálculo das cargas nos
pilares, chamado processo das áreas de influência, somente aceitável quando a planta do vigamento
é muito regular e os pilares estão situados nos cruzamentos das vigas. Por esse processo é necessário
considerar não só as cargas das lajes como também, o peso das vigas e paredes. Neste método,
traçamos as linhas de influência, em geral, dividindo as lajes em vãos iguais. Mas isto não é uma
regra, dependendo da disposição de lajes, pilares e vigas. Há casos em que os pilares não estão
alinhados, surgindo dúvidas na limitação das áreas de influência. Nestes casos o processo das áreas
de influências pode conduzir a erros sérios, principalmente quando há vigas apoiadas em outras
vigas com disposição em planta sem regularidade, como acontece muitas vezes em pisos de
edifícios de apartamentos. Será preferível, quando isto acontecer, usar o processo das reações.
(ROCHA).
O cálculo das cargas provenientes do peso próprio das vigas e paredes, por este processo,
não pode ser feito de modo muito rigoroso.
Alguns profissionais admitem como carga em cada pilar o peso total das vigas e paredes
que se acham dentro da área de influência do pilar, mais a metade do peso próprio das paredes
e vigas cuja posição coincide ou está muito próxima do contorno desta área.

6.1.1 PESO PRÓPRIO DO PILAR

O cálculo do peso próprio do pilar é feito de modo aproximado, quando as dimensões


dos mesmos ainda não foram fixadas.
As dimensões das diversas peças de uma estrutura não são, porém, escolhidas depois de
calculados os esforços. O engenheiro tem a obrigação de lançar a estrutura com suas dimensões
prefixadas, antes do procedimento do cálculo definitivo. Para isso, o calculista deve possuir
conhecimentos de Arquitetura e prática de construção. De fato, o cálculo apenas determina
apenas as dimensões mínimas, que nem sempre serão as usadas.

6.1.2 OUTRAS CARGAS SOBRE PILARES

Nos edifícios, há a considerar também as cargas que provêm da caixa d’água superior e
da casa de máquinas de elevadores, além das cargas de forro e telhado.
As cargas provenientes do forro e telhado podem ser calculadas pelo processo das áreas
de influência, sem grandes erros, ou pelo processo das reações mais rigorosamente. Para a
determinação da carga do telhado sobre os pilares, é preciso verificar a disposição do
madeiramento da cobertura, examinando se se trata de um dos dois casos: cobertura que se
apoia em vários pontos do forro (pontaletes) e coberturas que se apoiam no contorno por meio
de tesouras. No primeiro caso, a carga do telhado pode ser considerada como uniformemente
distribuída sobre toda a área do forro e, no segundo caso, a carga se aplica apenas aos pilares
da periferia.
Para a carga por metro quadrado de forro e telhado, para efeito de cálculo das cargas
nos pilares, podem ser adotados os seguintes valores médios (para kN/m² dividir por 100):
 Forro sem vigamento.............................. 200 kg/m²
 Forro com vigamento.............................. 300 kg/m²
 Cobertura de fibro-amianto..................... 200 kg/m²
 Cobertura de telhas de cerâmica.............. 300 kg/m²
 Terraços não habitados............................. 200 kg/m²
 Terraços habitados.................................... 300 kg/m²
O cálculo das cargas provenientes da caixa d’água e casa de máquinas deve ser feito
estudando cada caso especificamente. De um modo aproximado, podemos avaliar o peso total
da caixa d’água como sendo de 1,6 a 2,0 vezes o peso da água, para prever o peso da estrutura
da caixa. Neste projeto, usamos o valor de 1,6 vezes o peso da água. O peso total da caixa
d’água, distribuído igualmente nos pilares em que se apoia a caixa, dará a carga aproximada
nestes pilares.
Para a casa de máquinas dos elevadores, pode-se, para efeito de cálculo das cargas dos
pilares dos pavimentos inferiores, tomar para peso total de 15 a 25 vezes a capacidade de carga
do elevador. Admitimos um elevador com capacidade de carga de 1200 kg, e usamos o peso da
casa de máquinas do elevador como 20 vezes a carga de 1200 kg. Este cálculo não deve servir
para o dimensionamento dos dois últimos pavimentos superiores, para os quais as cargas devida
à casa de máquinas deve ser calculada com mais precisão, por meio das reações das lajes e
vigas, considerando o peso exato do elevador e máquinas.
Apesar da grande imprecisão deste método, como não será calculada a estrutura neste
projeto, utilizamos o processo das áreas de influência apenas para obtermos as cargas nos
pilares, com o intuito de encontrar as dimensões das sapatas, para sabermos o volume das valas
das mesmas. Foram definidas duas dimensões para os pilares sendo: P1 (20x30) cm e P2
(30x40).

Tabela 2 – Dimensões das Sapatas.

Dimensões usadas Dimensões usadas


Sapatas Sapatas

A (m) B (m) A (m) B (m)


S1 1,20 1,60 S18 0,80 1,20
S2 1,20 1,60 S19 0,80 1,20
S3 1,20 1,60 S20 0,80 1,20
S4 1,20 1,60 S21 0,80 1,20
S5 0,80 1,20 S22 0,80 1,20
S6 0,80 1,20 S23 0,80 1,20
S7 0,80 1,20 S24 0,80 1,20
S8 0,80 1,20 S25 0,80 1,20
S9 0,80 1,20 S26 0,80 1,20
S10 0,80 1,20 S27 0,80 1,20
S11 0,80 1,20 S28 0,80 1,20
S12 0,80 1,20 S29 0,80 1,20
S13 0,80 1,20 S30 0,80 1,20
S14 0,80 1,20 S31 0,80 1,20
S15 0,80 1,20 S32 0,80 1,20
S16 0,80 1,20 S33 0,80 1,20

Tabela 3 – Volume de Escavação das Sapatas.

1ª Categoria

258,27

7 ORÇAMENTO DO PROJETO – FICHAS DE COMPOSIÇÃO DE CUSTO


UNITÁRIO (TCPO 14)

7.1 SERVIÇOS PRELIMINARES


As fichas unitárias estão em anexo.

7.1.1 LIMPEZA DO TERRENO

Capinagem de vegetação, roçagem de arbustos com foice, retirada de tocos e raízes de


árvores. O mato deverá ser cortado, juntado, removido e queimado.
As fichas unitárias estão em anexo.
7.1.2 ABRIGO PROVISÓRIO

Contém um depósito para materiais, um escritório destinado ao engenheiro responsável e


um WC num total de 20 m² de área.
Sendo o piso em concreto simples, virado em obra manualmente; fechamentos, janelas e
portas em chapa de madeira compensada; telhado com telha de fibrocimento ondulada
(espessura 4 mm), suportadas por estrutura de madeira.
As fichas unitárias estão em anexo.

7.1.3 LIGAÇÃO PROVISÓRIA DE ÁGUA E INSTALAÇÃO SANITÁRIA


Para executar a ligação provisória é necessário o requerimento à companhia de águas
local (CAGEPA).
As fichas unitárias estão em anexo

7.1.4 LIGAÇÃO PROVISÓRIA DE LUZ E FORÇA

Como no caso da concessionária de água, é preciso fazer requerimento à concessionária


local após cálculo da demanda necessária para uso de equipamentos na obra (ENERGISA-
Borborema).
As fichas unitárias estão em anexo.

7.1.5 TAPUME EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA

Tapume em chapa de madeira compensada fixa em pontaletes por pregos, devendo ter
altura mínima de 2,00 m em relação ao nível do terreno.
As fichas unitárias estão em anexo.

7.1.6 LOCAÇÃO DA OBRA

Gabarito é formado por guias de madeira, niveladas, pregadas a uma altura mínima de
60 cm em caibros, devidamente afastados do prédio a construir.
As fichas unitárias estão em anexo.

7.2 MOVIMENTAÇÃO DE TERRA

7.2.1 CORTE EM ATERRO

Escavação mecanizada em campo aberto de modo a atender as especificações


necessárias para a configuração desejada do solo.
As fichas unitárias estão em anexo

7.2.2 ESCAVAÇÃO MECANIZADA DE VALAS


Escavação de valas é realizada para execução da alvenaria de embasamento em pedra
rachão e sapatas.
As fichas unitárias estão em anexo

7.2.3 REATERRO MECANIZADO SEM EMPRÉSTIMO

As fichas referentes ao reaterro mecanizado sem empréstimo estão em anexo.

7.2.4 EXPURGO

As fichas referentes ao expurgo estão em anexo.

7.2.5 ATERRO

As fichas referentes ao aterro estão em anexo.

7.3 INFRAESTRUTURA

7.3.1 ALVENARIA DE PEDRA ARGAMASSADA

Alvenaria de embasamento executada em pedra rachão, empregando argamassa mista


de cimento, massame e areia grossa no traço 1:4:6.
Após os cálculos das fichas de composição intermediárias e as principais, calcula-se os
custos parciais e totais de cada serviço, desde os serviços preliminares, movimento de terra e a
infraestrutura de alvenaria de embasamento.
As fichas unitárias estão em anexo

7.4 CRONOGRAMA FÍSICO – FINANCEIRO

Segue abaixo a tabela que mostra detalhadamente um possível cronograma físico-financeiro


para as etapas do projeto, executadas até esse momento, pela utilização dos dados da TCPO 14.
CR ON OGR AM A F Í S I C O - F I N A N C E I R O - TCPO 14
MESES CONSECUTIVOS
SERVIÇOS 1 MÊS 2 MÊS
Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4
Item Discriminação % R$ R$ R$
R$ 902,35 R$ 902,35
1 Limpeza do terreno 1,82% R$ 1.804,71 50% 50%
R$ 2.491,62
2 Ligação provisória de água e esgoto 2,51% R$ 2.491,62 100%
R$ 2.036,13
3 Ligação provisória de luz e força 2,05% R$ 2.036,13 100%
R$ 20.023,90
4 Tapumes 20,17% R$ 20.023,90 100%
R$ 8.571,79
5 Instalação do barracão 8,63% R$ 8.571,79 100%
R$ 1.553,44
6 Locação da obra 1,56% R$ 1.553,44 100%
R$ 1.529,31
7 Corte mecânico 1,54% R$ 1.529,31 100%
R$ 9.736,44 R$ 9.736,44 R$ 9.736,44 R$9.736,44
8 Expurgo 39,23% R$ 38.945,77 25% 25% 25% 25%
R$ 2.548,73
9 Escavação Manual das Valas 2,57% R$ 2.548,73 100%
R$ 770,00 R$ 770,00
Tabela 4 – Cronograma físico financeiro (TCPO 14)

10 Aterro 1,55% R$ 1.540,00 50% 50%


R$ 1.048,43
Compactação de aterro 1,06% R$ 1.048,43 100%
R$ 8.591,75 R$8.591,75
11 Alvenaria de Pedra 17,31% R$ 17.183,50 50% 50%
1 MÊS 2 MÊS
Valor mensal 75% R$ 60.032,51 25% R$ 39.244,81

RES
Valor mensal acumulado 75% R$ 60.032,51 100% R$ 99.277,32
7.5 CURVAS ABC DE INSUMOS E SERVIÇOS (TCPO 14)

Em anexo estão as tabelas usadas para calcular o consumo dos insumos.

Figura 3 – Curva ABC (TCPO).

Figura 4 - Composição dos custos da limpeza do terreno.

CURVA ABC DE SERVIÇOS


120%
94% 96% 97% 99% 100%
100% 87% 90% 92%
85%
77%
80%
59%
60%
39%
40%
20%
0%
7.6 QUADRO RESUMO (TCPO 14)

Tabela 5 – Quadro Resumo (TCPO 14)


CUSTO CUSTO CUSTO
ITEM DISCRIMINAÇÃO UNIDADE QUANTIDADE (% )
UNITÁRIO (R$) PARCIAL (R$) TOTAL (R$)
1 SERVIÇOS PRELIMINARES E INSTALAÇÃO CANTEIRO
1,1 Limpeza do terreno m² 520,2 3,47 1.804,71
Ligação provisória de água e
1,2 und 1 2.491,62 2.491,62
esgoto
Ligação provisória de luz e
1,3 und 1 2.036,13 2.036,13 36.481,58 36,75%
força
1,4 Tapumes m² 206,32 97,05 20.023,90
1,5 Instalação do barracão m² 20 428,59 8.571,79
1,6 Locação da obra m² 93,78 16,56 1.553,44
2 MOVIMENTO DE TERRA
2,1 Corte mecânico m³ 368,51 4,15 1529,31
2,2 Expurgo m³ 383,83 101,47 38945,77
Escavação Mecanizada de
2,3 m³ 329,38 7,74 2548,73 45612,24 45,94%
Valas
2,4 Aterro m³ 241,1 6,39 1540,00
2,5 Compactação de aterro m³ 241,1 4,35 1048,43
3 INFRAESTRUTURA
3,1 Alvenaria de embasamento m³ 44,11 389,56 17183,50 17.183,50 17,31%
Custo Total Orçado para a primeira etapa do projeto (R$) 99.277,32 100%

8 ORÇAMENTO DO PROJETO – FICHAS DE COMPOSIÇÃO DE CUSTOS


UNITÁRIOS (STABILE – BOLETIM DE CUSTOS)

8.1 SERVIÇOS PRELIMINARES

8.1.1 LIMPEZA DO TERRENO

As fichas unitárias estão emanexo

8.1.2 ABRIGO PROVISÓRIO

As fichas unitárias estão emanexo

8.1.3 LIGAÇÃO PROVISÓRIA DE LUZ E FORÇA

As fichas unitárias estão emanexo

8.1.4 LIGAÇÃO PROVISÓRIA DE ÁGUA E INSTALAÇÃO SANITÁRIA


As fichas unitárias estão emanexo

8.1.5 TAPUME EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA

As fichas unitárias estão emanexo

8.1.6 LOCAÇÃO DA OBRA

As fichas unitárias estão emanexo

8.2 MOVIMENTAÇÃO DE TERRA

8.2.1 CORTE EM TERRENO

As fichas unitárias estão emanexo

8.2.2 ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALAS

As fichas unitárias estão emanexo

8.2.3 ATERRO SEM EMPRÉSTIMO

As fichas unitárias estão emanexo

8.2.4 TRANSPORTE DE EXPURGO

As fichas unitárias estão emanexo

8.3 INFRA-ESTRUTURA

8.3.1 ALVENARIA DE PEDRA ARGAMASSADA

As fichas unitárias estão emanexo

8.4 CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO O BOLETIM DE CUSTOS


CR ON OGR AM A F Í S I C O - F I N A N C E I R O - TCPO 14
MESES CONSECUTIVOS
SERVIÇOS 1 MÊS 2 MÊS
Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4
Item Discriminação % R$ R$ R$
R$ 1.867,52 R$1.867,52
1 Limpeza do terreno 3,82% R$ 3.735,04 50% 50%
R$2.855,47
Ligação provisória de
2 2,92% R$ 2.855,47 100%
água e esgoto
R$ 830,82
Ligação provisória de luz
3 0,85% R$ 830,82 100%
e força
R$14.327,29
4 Tapumes 14,65% R$ 14.327,29 100%
R$14.803,94
5 Instalação do barracão 15,14% R$ 14.803,94 100%
R$ 800,06
6 Locação da obra 0,82% R$ 800,06 100%
R$ 3.434,51
7 Corte mecânico 3,51% R$ 3.434,51 100%
R$ 7.131,21 R$7.131,21 R$7.131,21 R$7.131,21
8 Expurgo 29,18% R$ 28.524,83 25% 25% 25% 25%
R$4.626,75
Escavação Manual das
9 4,73% R$ 4.626,75 100%
Valas
R$1.714,41 R$ 1.714,41
Tabela 6 – Cronograma físico-financeiro (boletim de custos)

10 Aterro 3,51% R$ 3.428,81 50% 50%


R$3.115,36
Compactação do
11 3,19% R$3.115,36 100%
terreno de aterro
R$8.641,69 R$8.641,69
12 Alvenaria de Pedra 17,68% R$ 17.283,38 50% 50%
1 MÊS 2 MÊS
Valor mensal 75% R$ 59.676,29 25% R$ 38.089,97

RES
Valor mensal acumulado 75% R$ 59.676,29 100% R$ 97.766,26
8.5 CURVAS ABC DE INSUMOS E SERVIÇOS

Figura 5 – Curva ABC de insumos – Boletim de Custos.

Figura 6 – Curva ABC de serviços – Boletim de Custos.

8.5 QUADRO RESUMO (BOLETIM DE CUSTOS)


Tabela 7 – Quadro Resumo (Boletim de Custos)
CUSTO
CUSTO CUSTO
ITEM DISCRIMINAÇÃO UNIDADE QUANTIDADE UNITÁRIO (% )
PARCIAL (R$) TOTAL (R$)
(R$)
1 SERVIÇOS PRELIMINARES E INSTALAÇÃO CANTEIRO
1,1 Limpeza do terreno m² 520,20 7,18 3735,04
Ligação provisória de água e
1,2 und 1,00 2855,47 2855,47
esgoto
Ligação provisória de luz e
1,3 und 1,00 830,82 830,82 37352,61 38%
força
1,4 Tapumes m² 206,32 69,44 14327,29
1,5 Instalação do barracão m² 20,00 740,20 14803,94
1,6 Locação da obra m² 93,78 8,53 800,06
2 MOVIMENTO DE TERRA
2,1 Corte mecânico m³ 368,51 9,32 3434,51
2,2 Expurgo m³ 383,83 74,32 28524,83
2,3 Escavação Manual das Valas m³ 329,38 14,05 4626,75 43130,26 44%
2,4 Aterro m³ 241,10 14,22 3428,81
Compactação do terreno de
2,5 m³ 241,10 12,92 3115,36
aterro
3 INFRAESTRUTURA
3,1 Alvenaria de Pedra m³ 44,11 391,82 17283,38 17283,38 18%
Custo Total Orçado para a primeira etapa do projeto (R$) 97766,26 100%

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao término desta primeira etapa do projeto, pode-se analisar através do cronograma


físico-financeiro que a primeira etapa da obra (serviços preliminares, movimento de terra e
infraestrutura) terá duração de dois meses completos.
Observou-se também que o custo da obra pela tabela de composição dos custos da
TCPO 14 foi ligeiramente superior que pelo Boletim de Custo, como pode ser observação
pela figura7.
Pela Figura tem-se que a maior disparidade de valores está no custo do expurgo. Em
relação as outras atividades pode-se considerar um equilíbrio entre os custos. O orçamento
calculado pelo TCPO foi 101443,26 reais e pelo boletim de custos foi 10249,74 reais.
Resultando assim que o orçamento pelo boletim de custos em relação ao TCPO gerou uma
diferença de 1126,61 R$ ou 1.1%.
Figura 7 – Gráfico comparativo – TCPO x Boletim de Custos.

Pelo gráfico acima tem-se que a maior disparidade de valores está no custo do expurgo.
Em relação as outras atividades pode-se considerar um equilíbrio entre os custos. O orçamento
calculado pelo TCPO foi 99227,32 reais e pelo boletim de custos foi 97766,26 reais. Resultando
assim que o orçamento pelo boletim de custos em relação ao TCPO gerou uma diferença de
1461,06 R$ ou 1.4%.
ANEXO

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