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VOZ AUDIÇÃO
FONOAUDIOLOGIA
LINGUAGEM
Gerontologia:
Estudo científico (INTER/TRANSdisciplinar) do processo de envelhecimento
de todas as coisas vivas, abrangendo aspectos biológicos e biopsicossociais.
GIGANTES DA GERIATRIA
Is Incontinência vesical;
Iatrogenia.
Incapacidade Cognitiva
•Delirium
•Depressão
•Demência;
Imobilidade;
Instabilidade postural;
FONOAUDIOLOGIA EM GERONTOLOGIA:
OBJETIVOS:
• Prevenir;
• Manter atividades físicas, cognitivas;
• Adequar e propiciar melhor qualidade de vida.
MOTRICIDADE ORAL
•MASTIGAÇÃO
•DEGLUTIÇÃO
Etiologias da disfagia:
neurogênica
mecânica (iatrogênica)
induzida por drogas (iatrogênica)
psicogênica
presbifagia
Disfagia/Envelhecimento:
No idoso há uma deterioração do sistema sensitivo e da função
motora, decorrente do processo natural de envelhecimento
SINAIS E SINTOMAS
"engasgos, tosses e pigarros constantes sem estar se alimentando voz
molhada tempo de refeição prolongado
" aumento da freqüência de refeições evitar algum tipo de
alimento/consistência isolamento durante a refeição
" emagrecimento significativo
" desidratação
"regurgitação nasal
"sensação de estase dificuldade na mastigação
" ingerir líquidos para auxiliar a deglutição realizar múltiplas deglutições
para o bolo alimentar pequeno engasgos, tosse e pigarro freqüentes antes,
durante e/ou após a refeição apresentar incontinência salivar e alimentar,
dor torácica
" febre
DEGLUTIÇÃO/ENVELHECIMENTO
Língua hipertrófica (crescimento de tecido conectivo e depósito de
gordura);
Diminuição da mobilidade de língua;
Alteração da força de movimentação;
Alteração de paladar (perda papilas gustativas);
Perdas dentárias ou próteses mal adaptadas;
Diminuição da força mastigatória;
Fadiga alimentar.
FISIOLÓGICO PATOLÓGICO
Diminuição salivar Boca muito seca
Lentificação da mastigação e Presença de bába
deglutição
Escolha de alimentos mais moles Grande dificuldade de mastigação
Evitar várias refeições Movimentos repetitivos e
incoordenados de língua e mandíbula
durante mastigação
Pouca tosse Deglutição múltipla do mesmo
alimento
Alterações do sabor Tosses e engasgos frequentes
Refluxo nasaL
Restos de alimentos em cavidade oral
pós alimentação
Pigarro e halitose
Febres constantes
Voz rouca após as refeições
¼Anamnese/rapport;
¼ História clínica (HPP/HMA) e levantamento de dados;
¼Avaliação clínica: cognição, aspectos anatomorfológicos e
anatomofuncionais de OFAS, sensibilidade, sistema estomatognático, estado
dentário e/ou uso de próteses; qualidade vocal, avaliação funcional da
deglutição ( direta e indireta / ausculta cervical, oximetria de pulso,
monitoramento vocal, aspectos gerais), avaliação da linguagem
(testes,conversa espontânea),AVDs, AVDIs
AVALIAÇÃO DA DEGLUTIÇÀO:
•Clínica (Fonoaudiologia);
• Videofluoroscópica;
• Nasofibrolaringoscópica;
¼Diagnóstico;
¼Planejamento terapêutico
Estimulações orofaciais extra e intra orais; estimulações
sensoriais (órgãos dos sentidos: olfativas, gustativas, visuais,
auditivas, táteis); estimulações direta e indireta da deglutição;
estimulações lingüísticas, estimulações cognitivas;
¼Exames complementares (nível cognitivo);
¼Discussão do caso.
PROCEDIMENTOS FONOTERAPÊUTICOS:
#HIGIENE ORAL
- Retirada de restos alimentares e outros resíduos, como secreções, fluídos
ou excesso de saliva instalados na cavidade bucal;
- Objetivo: propriocepção oral, melhorar a aferência oral (gosto,
temperatura,tato);
- Diminuir risco de proliferação de bactérias;
- Modificação ao longo do tempo da configuração do tecido que recobre
a língua (cobertura esbranquiçada formada por resíduo alimentar, de
difícil retirada);
- Procedimento ensinado ao cuidador e auxiliar de enfermagem ou
realizado pelo próprio idoso se o mesmo apresentar condições para
efetuação de tal procedimento;
Fatores: frequência de alimentação via oral, presença ou ausência de estase
salivar em cavidade bucal, hiposalivação, produção abundante de secreção,
dificuldade para cuspir.
#POSTURA:
Com o envelhecimento ocorre uma diminuição de estatura, devido ao
achatamento das vértebras, cifose dorsal e presença de osteófitos; que
muitas vezes agravam a deglutição. Faz-se necessário o uso de manobras
posturais com o objetivo de adequar o padrão de deglutição.
O posicionamento do paciente durante alimentação é um dos
principais cuidados tomados, a fim de evitar a ocorrência da aspiração
pulmonar.
# ESTIMULAÇÃO DA DEGLUTIÇÃO
espelho laríngeo 00 ou 0 gelado
água congelada numa seringa de 5ml ou menor
água congelada na luva ou dedeira
gelo picado/ água gelada
(utilizar técnica dos 4 dedos para verificar elevação e anteriorização laríngea)
#P
PROTEÇÃO DA VIA AÉREA
empuxo,
ataque vocal brusco,
tosse + som vocálico,
deglutição incompleta sonorizada,
pressão sobre a cartilagem tireóide,
mudança de postura de cabeça,
variação tonal
protrusão e retração da língua
Terapia indireta:
Exercícios de motricidade oral
Trabalhar a sensibilidade extra e intra oral (Materiais diferentes,
temperatura)
Inibição dos reflexos patológicos
Terapia direta:
CONSISTÊNCIA - Começar com o que for mais fácil para o paciente e
ir aumentando a dificuldade a medida em que a terapia evolui;
VOLUME - Deve ser de acordo com as possibilidades do paciente
Os volumes muito pequenos são utilizados mais para a
estimulação gustativa;
Em pacientes com hipo sensibilidade intra-oral para quantidades
pequenas podem provocar micro-aspirações;
Volumes maiores como de 3 a 5 ml fornecem mais pistas para o
paciente sendo mais funcional.
TEMPERATURA - ROSENBEK et al. relata que os alimentos frio tem um
tempo diminuído no transito oral, com melhora no disparo do reflexo da
deglutição.
Os alimentos frios dão mais pistas ao paciente porque diferem da
temperatura da cavidade oral.
Os alimentos com temperatura mais morna podem relaxar as
estruturas da cavidade oral dando ao paciente maior tempo de preparo
do bolo.
POSTURA CORPORAL – Sempre que possível 90°
Procedimento:
•Antes de deglutir, prender a respiração (apnéia)
•Deglutir
•Pigarrear
•Deglutir
•Volta a respirar
Procedimento:
•Antes de deglutir, prender a respiração (apnéia)
•Deglutir com muita força cervical
•Pigarrear
•Deglutir com esforço
•Volta a respirar
Procedimento:
•Passivo: terapeuta eleva laringe e a mantém
•Ativo: Pc inicia a deglutição, mantem a laringe elevada até o término
Terapia direta:
Procedimento:
•Deglutir com a língua entre os dentes
#PRODUÇÃO DE SALIVA
Quanto à produção de saliva, ocorre uma diminuição com o avanço da idade
que poderá influenciar o desempenho da fase de preparo e ejeção do bolo,
levando o idoso a consumir maiores quantidades de líquidos durante as
refeições.
#DEGLUTIÇÃO
•Monitoramento verbal;
•Intermediação com colher vazia;
• Inspeção oral;
# TRAQUEOSTOMIA:
o Altera coordenação deglutição/respiração;
o Limita a elevação laríngea;
o Diminui a sensibilidade laríngea por desvio do fluxo aéreo e com a
presença do balonete;
o Disfunção nas pregas vocais
o Compressão esofágica com o balonete;
o Pressão subglótica: probabilidade de aspiração.
#ORIENTAÇÕES:
o Estar acordado, alerta e bem disposto enquanto come;
o Alimentar-se sentado (se não for possível, elevar cabeceira da cama);
o Quem oferece o alimento deve se posicionar na mesma altura do paciente
Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005
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Vias de Alimentação:
o Sonda nasoenteral; üGastrostomia;
o Oral;
o Mista: Transição da alimentação / Manutenção do prazer
alimentar;
EXAMES COMPLEMENTARES
Indicação: avaliação clínica prévia; pacientes com desordem da deglutição
com risco de broncoaspiração; obter excelência no diagnóstico da alteração
da deglutição e sua etiologia; definição conduta;
Contra-indicações : Segurança na deglutição / julgamento clínico; Sinais
clínicos de aspiração; Comprometimento respiratório grave; Rebaixamento
cognitivo; Instabilidade clínica importante
Fibronasolaringoscopia da deglutição
•Avaliação estrutural
•Não é possível quantificar penetração ou aspiração
•Black out deglutição
•Testar a efetividade das manobras e das posturas
• Definição de condutas
•Avaliação estrutural
(cavidade nasal, E.V.F., faringe, laringe)
•Avaliação funcional : Fibroscópio na nasofaringe
Voz : Emissão de vogal sustentada
(Coaptação glótica, movimento mucoondulatório)
VANTAGENS
•Detecção de alterações estruturais
•Avaliação da sensibilidade laríngea
•Avaliação no leito/consultorio
•Ausência da radiação e de contraste
•Menor custo
DESVANTAGENS
AUDIÇÃO/EQUILÍBRIO
Fisiologia da audição:
O ouvido humano é um órgão altamente sensível que nos capacita a
perceber e interpretar ondas sonoras em uma gama muito ampla de
frequências (20 a 20.000 Hz). A captação do som até sua percepção e
interpretação é uma seqüência de transformações de energia iniciando pela
sonora, passando pela mecânica, hidráulica e finalizando com a energia
elétrica dos impulsos nervosos que chegam ao cérebro. A energia sonora é
captada pelo pavilhão auditivo (orelha) e penetra pelo conduto auditivo que
termina em uma delicada membrana - o tímpano. O tímpano transforma as
vibrações sonoras em vibrações mecânicas que são comunicadas aos
ossículos (martelo, bigorna e estribo). Os ossículos funcionam como
alavancas, aumentando a força das vibrações mecânicas e reduzindo sua
amplitude. E também através dos ossículos que o ouvido tem a capacidade
de "ouvir mais" ou "ouvir menos". Esse controle é feito através de pequenos
músculos que posicionam os ossículos em condições de transferirem toda ou
apenas parte da energia mecânica recebida do tímpano. O último ossículo, o
estribo, pressiona a janela oval da cóclea. Aí as vibrações mecânicas se
transformam em ondas de pressão hidráulica que se propagam no fluído que
a preenche. Finalmente, as ondas no fluído são detectadas pelas células
ciliadas que enviam ao cérebro sinais nervosos (elétricos) que são
Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005
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cóclea
Perdas auditivas:
•Presbiacusia:
–Decréscimo fisiológico da audição;
–Cuidados: exposição a ruidos intensos, uso indiscriminado de
medicamentos, histórico (atividade profissional, hábitos de vida, doenças)
– Problemas de alerta e defesa;
–Dificuldades de comunicação
–Isolamento social;
–Diminuição da compreensão da fala;
PRINCIPAIS EXAMES:
- EXAME VESTIBULAR
Objetivos:
- Analisar o a função do labirinto e suas correlações com demais
órgãos e sistemas, dentre os quais o sistema-óculo motor, o
cerebelo e o tronco encefálico;
- Determinar a existência ou não de alterações vestibulares;
- Identificar o(s) lado(s) que está (ão) lesados: D, E, D e E;
Indicações:
- Alteração de equilíbrio: tontura, instabilidade postural, sensação de
andar sobre algodão, vertigem;
- Alterações auditivas: sensação de abafamento, flutuação auditiva,
zumbido;
- Síndromes neurológicas de fossa posterior p/ localizar nível da
lesão;
- Distúrbio de aprendizagem.
* Reabilitação vestibular:
- Conjunto de exercícios que promovem a recuperação funcional do equilíbrio
corporal.
- Necessidade de realização de anamnese detalhada, exame vestibular
completo, lesão vestibular estável e incompleto processo de compensação.
- Utilização de movimentos normais, naturais e não artificiais ;
- Visam promover a compensação vestibular para propiciar ao paciente uma
adaptação para reestruturar seu equilíbrio e retomar suas atividades
rotineiras;
- Exercícios de habituação para estimular a compensação central e
exercícios de controle postural para eliminação de respostas patológicas
relacionadas com movimentação de cabeça e atividades gerais de
condicionamento.
Objetivos fundamentais da reabilitação:
- Promover a estabilização visual durante os movimentos da cabeça;
- Melhorar a interação vestibulovisual durante a movimentação
cefálica;
- Ampliar a estabilidade postural estática e dinâmica nas condições
que produzem informações sensoriais conflitantes;
- Diminuir a sensibilidade individual à movimentação cefálica;
VOZ
Orientações:
•Hidratação constante;
•Dieta equilibrada e diversificada;
•Exercícios respiratórios;
•Alongamento e atividades físicas;
•Não cometer abusos vocais.
Deve-se pesquisar pelo motivo da alteração vocal (tumores, doenças
musculares e/ou degenerativas progressivas...).
LINGUAGEM
DEMENCIA AFASIA
Início gradual do problema Início rápido do problema
(geralmente)
Lesão cerebral bilateral Lesão no hemisfério esquerdo
Pode apresentar variações de Apresenta humor apropriado,
humor, retraimento, agitação embora ocorram fases de depressão
e demonstração de frustração
Cognição moderada ou severamente Habilidades de linguagem
comprometida, mas as habilidades comprometidas, mas a cognição
de linguagem mantém-se até preservada
estágios mais tardios
Problemas de memória em graus Memória preservada
variados
Comportamento desorganizado e Comportamento organizado e
socialmente inapropriado socialmente apropriado
Confusão mental e desorientação de Aspectos mentais e orientação
tempo e espaço espaço-temporal preservados
Desorientação do “eu” nos estágios Não há desorientação do “eu”
mais tardios
Deterioração progressiva da Performances sintático-semântica e
performance semântica para a fonológica comprometidas ao
sintática e fonológica mesmo tempo.
Fluência até o início do estágio Fluência e não- fluência
severo
Respostas pouco corretas para Respostas relativamente corretas
tarefas de reconhecimento espacial para tarefas de reconhecimento
e verbal espacial verbal
Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005
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Afasia e demência podem ocorrer juntas: um paciente afásico pode desenvolver uma doença
neurológica que resulte em demência; um paciente com demência pode sofrer um AVE que
resulte em uma afasia e, ainda há casos em que pacientes com afasia podem ser confundidos
com pacientes com demência e há pacientes com demência que apresentam sintomas afásicos
(Mac Kay et al, 2003)
ANAMNESE FONOAUDIOLÓGICA
I - IDENTIFICAÇÃO:
Nome, Sexo; Idade; DN; Peso; Endereço; Bairro; Cidade; UF; Fone;
Escolaridade; Profissão; Estado Civil; Encaminhamento; Responsável;
Profissional; Data de realização.
II - MOTIVO DA CONSULTA:
III- HPP:
IV – DADOS ESPECÍFICOS:
AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA
IDENTIFICAÇÃO:
3 – Funções Neurovegetativas:
• Respiração: Tipo, Modo, Capacidade respiratória
• Deglutição:
• Avaliação sem dieta (indireta):
• Desencadeamento do ato de deglutição
(presente, ausente, lentificado);
• Posicionamento da laringe;
• Selamento labial
• Presença de sialorréia;
• Qualidade vocal;
• Coloração facial;
• Aspectos respiratórios
• Ausculta cervical (presença de ruídos)
• Prazer alimentar
• Tempo de trânsito oral
4 – Linguagem:
• Pragmática: Atenção conjunta; Função regulatória; Interação
social; Intenção comunicativa; Troca de turno
• Linguagem não– verbal: Expressão facial; Gestos;
Contato visual; Expressão corporal;
• Linguagem verbal
• Linguagem oral:
- Fala: Fluência; Velocidade; Ritmo; Entonação;
Prosódia; Discurso; Fonética; Fonologia;
• Aspectos morfo-sintático-semantico;
• Linguagem Escrita:
- Emissão:
a-) aspectos morfo-sintático-semântico (coerência temporal,
temática semântica e nível de construção);
b-) Aspectos grafêmicos;
c-) Aspectos motores
- Recepção:
• Leitura: Nível, Velocidade; Entonação; Respeito a
pontuação;Tipo
• Interpretação
HD:
CONDUTA: Ass. / CRfa
PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO:
• Aspectos a serem trabalhados:
• Orientações
• Número de sessões
OBS:_________________________________________________________
_________________________________________________________
Referências Bibliográficas:
www.abraz.com.br
www.ciape.org.
www.sbgg.org.br
www.who.org,br
www.gerontologia.com.br
www.parkinson.org.br
http://www.psiqweb.med.br/geriat/alzh.html