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DAVID BRAINERD

Foi nessa ocasião que escreveu: "Continuei lutando com Deus em oração pelo
rebanho aqui e, especialmente, pelos índios em outros lugares, até a hora de deitar-me.
Oh! como senti ser obrigado a gastar o tempo dormindo! Anelava ser uma chama de
fogo, constantemente ardendo no serviço divino e edificando o reino de Deus, até o
último momento, o momento de morrer."
Por fim, depois de cinco anos de viagens árduas no ermo, de aflições inumeráveis
e de sofrer dores incessantes no corpo, Davi Brainerd, tuberculoso e com as forças físicas
quase inteiramente esgotadas, conseguiu chegar à casa de Jônatas Edwards.
O peregrino já completara a sua carreira terrestre e esperava o carro de Deus para
levá-lo à Glória. Quando, no seu leito de sofrimento, viu alguém entrar no quarto com a
Bíblia, exclamou: "Oh! o querido Livro! Breve hei de vê-lo aberto. Os seus mistérios me
serão então desvendados!"
Minguando sua força física e aumentando sua percepção espiritual, falava com
mais e mais dificuldade: "Fui feito para a eternidade. Como anelo estar com Deus e
prostrar-me perante Ele! Oh! que o Redentor pudesse ver o fruto do trabalho da sua alma
e ficar satisfeito! Oh! vem,Senhor Jesus! Vem depressa! Amém!" - e dormiu no Senhor.
Depois desse acontecimento, a noiva de Brainerd, Jerusa Edwards, começou a
murchar como uma flor e, quatro meses depois também foi morar na cidade celeste.
Dum lado do seu túmulo, está o de Davi Brainerd e do outro lado está o túmulo de seu
pai, Jônatas Edwards.
O desejo veemente da vida de Davi Brainerd era o de arder como uma chama,
por Deus, até o último momento, como ele mesmo dizia: "Anelo ser uma chama de fogo,
constantemente ardendo no serviço divino, até o último momento, o momento de
falecer."
Brainerd findou a sua carreira terrestre aos vinte e nove anos. Contudo apesar de
sua grande fraqueza física, fez mais que a maioria dos homens faz em setenta anos.
Sua biografia, escrita por Jônatas Edwards e revisada por João Wesley, teve mais
influência sobre a vida de A. J. Gordon do que qualquer outro livro, exceto a Bíblia.
Guilherme Carey leu a história da sua obra e consagrou a sua vida ao serviço de Cristo,
e nas trevas da Índia! Roberto McCheyne leu o seu diário e gastou a sua vida entre os
judeus. Henrique Martyn leu a sua biografia e se entregou para consumir-se dentro de
um período de seis anos e meio no serviço de seu Mestre, na Pérsia.
O que Davi escreveu a seu irmão, Israel Brainerd, é para nós um desafio à obra
missionária: "Digo, agora, morrendo, não teria gasto a minha vida de outra forma, nem
por tudo que há no mundo."

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