Você está na página 1de 5

Como perder o desejo pela pornogra a e luxúria

Publicado em 09/02/2019

(Traduzido de Covenant Eyes Blog, original por Noah Filipiak)

Para muitos que tem problemas com a pornogra a, o objetivo número 1 é parar de
procurar por isso e assistir. Essa é a razão que nos leva a instalar algum software para
bloquear certos conteúdos e cercarmo-nos de pessoas que possam nos ajudar a manter o
rme propósito. Mas será que apenas parar de assistir, mas continuar a desejar, é
realmente libertar-se da pornogra a?

Aqui é onde muitos cristãos se encontram. Pode fazer até alguns anos que eles não se
entregam à pornogra a, mas, por algum motivo, há um descontentamento latente em suas
vidas, seja no casamento ou na vida de solteiro. O “aroma” da pornogra a ainda é sentido
de forma tão tentadora como antes, mesmo que eles não estejam se entregando
diretamente. A capacidade de parar de assistir e procurar veio através do controle dos
sintomas, mas o desejo interior continua.

O trabalho em conjunto com esse desejo é o subproduto dos anos de consumo da


pornogra a – ou eu diria ser, na verdade, a razão de se buscar por tal mal: a luxúria.
Quando a pornogra a não é mais acessível, o homem ou a mulher que você vai correr atrás
todo dia torna-se a xação da sua fantasia. Seu olhar involuntariamente é disparado para
os seios, ou pernas, ou a estrutura corporal de cima abaixo, ao invés do rosto e você vê as
pessoas como conjunto de partes do corpo para saborear e consumir, e não como almas
dignas que valem muito mais que seus corpos. Esses olhares e fantasias luxuriosas são tão
involuntárias que di cilmente podem ser chamados de hábitos, uma vez que os hábitos
parecem frágeis. Mais do que hábitos, eles parecem auto-programados em nossas atitudes
até o ponto de parecer que nada possa mudá-los e que não há saída. Novamente: isso
di cilmente pode ser chamado de liberdade.

Não me entenda mal, é in nitamente melhor e unicamente possível isso ser feito através
do rompimento com a pornogra a e da luta contra a luxúria, do que simplesmente
continuar assistindo pornogra a. Acredito que todos os que estão nessa metade do
caminho atestam isso. Mas eu também posso imaginar que, para os que estão nessa altura,
eles não se sintam verdadeiramente livres e tem dúvidas que possam estar livres algum dia.

Existe verdadeira liberdade do desejo por pornogra a?


Eu não presumo ser “o cara com as respostas” em se tratando desse assunto, nem acredito
que um post de blog possa “consertar” tanta coisa assim. Mas eu sei que há, sim, um
pornogra-a, que você possa realmente
caminho de liberdade verdadeira do desejo por pornogra-a
chegar ao ponto de não mais querer ou desejar isso. Aqui é o ponto onde eu me encontro
agora e eu percorri um caminho para chegar até aqui (a propósito, eu ainda uso um
software de ltragem de conteúdo e sempre irei usar!). Eu gostaria de compartilhar
algumas características desse caminho e te convidar a trilhá-lo também.
É o mesmo caminho que tem me levado ao ponto de sequer desejar mais pela luxúria. Há
uma distinção sútil que é muito importante aqui. Eu posso dizer para mim mesmo “não
olhe!” e forçar meu olhar para longe (o que é muito melhor do que render-se e olhar), mas
isso é diferente da liberdade de não querer olhar já no primeiro instante. A distinção se dá
no nível do processo automático e da conexão física, em que sua resposta automática para
a oportunidade de desejar outra pessoa (nesse sentido malicioso) torna-se uma pergunta:
“por que eu iria querer fazer isso?”. Isso é processado da mesma maneira que você
processaria (espero eu) a ideia de roubar a carteira de alguém. Você não precisa amarrar
suas mãos nas suas costas como a única forma de resistir o desejo de roubar. Você não
rouba a carteira porque você não quer. Você sabe o que aconteceria com a pessoa roubada
e também com sua vida.

Como perder esse desejo por


pornogra a

1. Abandone os seus “direitos” diante de um Deus que é Santo.


“Senhor, Tu me destes algo muito injusto”, disse a pessoa solteira que sente como se Deus
devesse a ela um marido ou uma esposa.

“Senhor, Tu me destes algo muito injusto”, disse a pessoa já casada que sente como se Deus
devesse a ela um cônjuge melhor.

Esses “direitos” normalmente abastecem nossa vontade por pecados sexuais. Nós não
temos nossas “necessidades” atendidas ao seguir o caminho de Deus, logo nós sentimos
que não temos outra escolha senão a de procurar outro caminho.

Eu estava bem aí há três anos dentro do meu casamento e queria o divórcio. A solução foi
inesperada – Deus, em Sua bondade, me mostrou o que eu realmente merecia: uma
eternidade separada d’Ele. Esse conceito pode fazer com que alguns se sintam
desconfortáveis, dependendo de seu contexto teológico, mas que verdade profunda! Deus
basicamente me disse: “Não me pergunte mais sobre o que você merece. Con e em mim,
você não vai querer isso!”

A boa notícia: Ele não terminou a conversa aqui.

2. Nós não merecemos a misericórdia de Deus, mas Ele derrama-a em nós.


A razão principal para entender que eu mereço a ira de Deus existe para que eu possa,
então, experimentar a riqueza das riquezas daquilo que Ele me deu: Sua misericórdia.

Essa é a base, a fundação para uma vida de liberdade verdadeira. Apesar das circunstâncias
de nossa vida de solteiro ou casado, nós podemos sentir uma abundância de gratidão pelas
riquezas da misericórdia de Deus para conosco. Uma pessoa grata é uma pessoa livre!
3. O conteúdo da misericórdia de Deus nos traz o que procurávamos na
pornogra a.
Perceber o tamanho da misericórdia de Deus é só metade da batalha. Pergunte a si mesmo
o que é que você estava desejando no nível mais profundo ao procurar pela pornogra a, ao
render-se a luxúria. O nível mais profundo desse desejo não é por partes do corpo ou
sensações físicas, mas é por a-rmação. Queremos nos sentir valorizados, abraçados,
confortados e aceitos e acreditamos que essa outra pessoa – ou aquele vídeo – nos fará
sentir dessa maneira.

Se o seu estomago está vazio, você sempre vai querer qualquer porcaria de comida.

Eu fui cristão durante a maior parte da minha vida, mas foi somente nos últimos anos que
descobri como encontrar essa a rmação, essa validação e aceitação do Senhor e minha
identidade n’Ele – uma riqueza que eu estava sentado em cima, mas não aplicando nos
lugares mais profundos da minha alma.

Quando você está cheio e cercado de coisas boas, aquela comida-porcaria perde o poder
de persuasão sobre você. Na verdade, ela se torna muito repulsiva.

4. A reconexão começa.
Com a insaciável sede de valor de nossa alma, Deus pode agora iniciar o processo de
“reconexão” em nós. Como pessoas por inteiro, completas, nós podemos aprender a ver
outros homens e mulheres como pessoas completas, igualmente. Podemos começar a
Deus e desconstruir as mentiras
entender o modelo “uma só carne” de sexo, como criado por Deus,
que acreditamos no passado de que as pessoas são apenas partes de corpo ajuntadas e o
sexo nada mais é que consumo egoísta – mentiras que também muitas pessoas casadas
acreditaram. Começamos a ver homens e mulheres como lhos e lhas de Deus, como, de
fato, são. Homens e mulheres a quem perdemos aquele desejo de transformar em objetos e
consumi-los para nosso prazer egoísta.

Quando eu vejo a carteira de alguém, eu não preciso amarrar minhas mãos nas costas para
garantir que eu não vou rouba-la. Eu não quero roubar, porque eu sei o dano que irá causar
na outra pessoa, dona da carteira, e o dano causado em minha alma. Eu posso sentir a
mesma coisa em relação a pornogra a e a luxúria, e isso é a verdadeira liberdade.

Espero que essa publicação te dê um gosto dessa liberdade verdadeira que você pode
experimentar. E eu sei que você pode experimentar, porque isso não está enraizado nessa
publicação ou em mim, mas na misericórdia in nita de Deus e na força ilimitada de Sua
Palavra. Às vezes, precisamos apenas de um pouco de orientação para encontrar isso!

Esta entrada foi publicada em Blog, Recuperação. Adicione o link permanente aos seus
favoritos.
← Como a pornogra a afeta os jovens Mito: “eu vou parar de ver pornogra a
quando casar” →

Deixe uma resposta


Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

Pesquisar …

POSTS RECENTES

Como fortalecer as relações contra a pornogra a

O ronco de um estômago vazio

A pornogra a e a Igreja Católica

Licença para a luxúria: Como a pornogra a treina a objeti cação

Mito: “eu vou parar de ver pornogra a quando casar”

CATEGORIAS

Artigos Cientí cos

Blog

Recuperação

Relatos

Vídeos

ÚLTIMOS TÓPICOS DO FÓRUM

Pequenas meditações
Por Weaver, 3 semanas atrás

Da morte à vida. Das quedas à luta. Minha história.


Por TomasdeAquino, 3 semanas atrás
Mais um guerreiro no campo de batalha...
Por Mr. Thomas de Hookton, 3 semanas atrás

Algumas coisas que fui percebendo


Por Weaver, 4 semanas atrás

contato@adrogainvisivel.com.br

A Droga Invisível 2018


Todos os direitos reservados.

Você também pode gostar