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CULTURA DO CAJU
(Anacardium occidentale L.)
GOIÂNIA, GO
Janeiro/2004
ii
SUMÁRIO
iii
8.3.9 Manganês 44
8.4 CALAGEM E ADUBAÇÃO 44
8.4.1 Calagem 44
8.4.2 Adubação 44
8.5 REFERÊNCIAS 45
9 PRAGAS 46
9.1 INTRODUÇÃO 46
9.2 BROCA-DAS-PONTAS (Anthistarcha binoculares) 46
9.3 TRAÇA DAS CASTANHAS (Anacampsis sp.) 47
9.4 PULGÃO-DAS-INFLORESCÊNCIAS (Aphis gossypii) 47
9.5 TRIPES (Selenotrips rubrocinctus) 47
9.6 VÉU-DE-NOIVA (Thagona sp.) 48
9.7 BROCA DO CAULE (Marshallius sp.) 48
9.8 LAGARTA-SAIA-JUSTA (Cicinnus callipius) 49
9.9 LAGARTA VERDE (Eacles imperialis magnífica) 49
9.10 MOSCA BRANCA (Aleurodiclis cocois) 50
9.11 BESOURO VERMELHO (Crimissa cruralis) 50
9.12 DÍPTERO DAS FOLHAS (Contarinia sp.) 50
9.13 REFERÊNCIAS 51
10 DOENÇAS 52
10.1 DOENÇAS FÚNGICAS 52
10.1.1 Antracnose (Glomerella cingulata; Colletotrichum gloeosporioides) 52
10.1.2 Oídio ou Cinza do cajueiro (Erysiphe polygoni; Oidium anacardii) 53
10.1.3 Mancha de pestalotia ou Pestalosiose (Pestalotiopsis guepinii) 54
10.1.4 Mancha de phopmopsis (Phomopsis anacardii) 55
10.1.5 Mofo preto (Perisporiopsella anacardii) 55
10.1.6 Fumagina (Capnodium spp.) 56
10.2 DOENÇAS BACTERIANAS 56
10.2.1 Murcha bacteriana ( Ralstonia solanacearum = P. solanacearum) 56
10.3 DOENÇAS VIRÓTICAS 56
10.4 NEMATÓIDES 57
10.4.1 Xiphinematose das raízes (Xiphinema sp.) 57
10.5 REFERÊNCIAS 57
11 COLHEITA E PÓS-COLHEITA 59
11.1 TRANSPORTE 60
11.2 SELEÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E BENEFICIAMENTO 61
11.3 ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO 62
11.4 REFERÊNCIAS 63
12 PROCESSAMENTO 64
12.1 PRODUTOS OBTIDOS DO PEDÚNCULO 64
12.1.1 Suco integral 64
12.1.2 Suco clarificado – cajuína 67
12.1.3 Resíduo da extração do suco 68
12.1.4 Outros produtos do pedúnculo 68
12.2 CASTANHA DE CAJU 68
12.3 REFERÊNCIAS 70
5
1.1 REFERÊNCIAS
2 ASPECTOS ECONOMICOS
Tabela 2.1. Produção mundial de castanha de caju (t) - Principais países produtores.
Ano
Produção de castanha (t)
1999 2000 2001
Mundo 1.278.239 1.350.229 1.418.724
Índia 450.000 450.000 450.000
Nigéria 176.000 184.000 184.000
Brasil 130.841 114.467 180.229
Tanzania. United Rep of 106.500 121.200 121.900
Indonésia 75.000 78.000 80.000
Guinea-Bissau 73.156 80.000 80.000
Côte d'Ivoire 40.795 69.689 69.689
Viet Nam 35.600 67.600 68.000
Mozambique 58.720 57.894 57.894
Benin 26.000 26.000 26.000
Thailand 22.000 22.000 22.000
Senegal 15.000 15.000 15.000
Sri Lanka 15.000 15.000 15.000
Malaysia 13.000 13.000 13.000
Ghana 7.500 7.500 7.500
Philippines 7.000 7.000 7.000
Madagascar 7.000 6.500 6.500
El Salvador 4.000 4.000 4.000
Kenya 7.000 4.000 4.000
Peru 3.265 2.717 2.350
Burkina Faso 1.000 1.000 1.000
China 1.200 1.000 1.000
Dominican Republic 950 950 950
Angola 800 800 800
Honduras 450 450 450
México 300 300 300
Togo 152 152 152
Bangladesh 10 10 10
Segundo SOARES (1986), até 1955, a Índia supria quase 100% das
amêndoas de caju comercializadas no mercado mundial.
A produção brasileira de castanha de caju está quase exclusivamente concentrada
na região Nordeste do país, onde se encontram as indústrias, que são responsáveis por cerca de
90% da produção (Tabela 2). O Estado do Ceará é o principal produtor, sendo responsável por
mais de um terço da produção total do ano de 2000, seguido pelo Piauí (24,09%) e Rio Grande
do Norte (22,04%).
Brasil 157.721
Maranhão 4.057
Piauí 16.814
Produção
(Toneladas) Ceará 102.431
2002
Rio Grande do Norte 26.285
Paraíba 2.794
Bahia 5.340
Brasil 655.951
Maranhão 13.121
Piauí 141.691
Área
(Hectares) Ceará 362.226
2002
Rio Grande do Norte 112.304
Paraíba 7.516
Bahia 19.095
Brasil 297
Maranhão 371
Piauí 283
Rendimento (kg/ha)
Ceará 293
2002
Rio Grande do Norte 321
Paraíba 389
Bahia 265
2.1 REFERÊNCIAS
RENESTO, O. V. & VIEIRA, L. F. Aspectos econômicos da produção e mercado. In: MEDINA, J. C.;
BLEINROTH, E. W.; BERNHARDT, L. W. HASHIZUME, T.; RENESTO, O. V & VIEIRA, L. F. Caju: da
cultura ao processamento e comercialização. Campinas: ITAL. 1978. p. 5. (Série Frutas Tropicais, 4)
3 MELHORAMENTO
Saulo Araújo de Oliveira
cajueiro no Brasil (ALMEIDA et al., 1993). A formação de uma coleção base foi, no
entanto, muito importante nos anos seguintes, com contribuições marcantes até os dias
atuais.
A terceira fase, entre as décadas de 60 e 70, caracterizou-se pelos plantios
comerciais. Neste período as atividades de pesquisas convergiram-se para identificação
e controle da produção de castanha de plantas individuais, selecionadas a partir de
informações, em propriedades particulares da região de Pacajus. Após a identificação
das plantas que se destacavam em produção, seguiu-se a formação de novos plantios
com sementes colhidas destas plantas.
Na quarta fase, foram obtidos e avaliados clones do tipo comum e anão
precoce, o que culminou com a recomendação de alguns clones do tipo anão precoce
para o plantio comercial (BARROS et al, 1984, ALMEIDA et al., 1993; BARROS &
CRISÓSTOMO, 1995). A partir dessa época vem sendo priorizada, nas ações de
pesquisa realizadas na EEP, a seleção de plantas dentro do tipo anão precoce, devido
suas características. Constatou-se, no entanto, a estreita base genética deste material.
Para ampliá-la, principalmente os caracteres de interesse agroindustrial, novos
genótipos têm sido introduzidos e selecionados através de plantios feitos por sementes,
além da seleção de plantas em populações segregantes, seguida da formação de novas
populações, com a recombinação genética pelo método do policruzamento. O método
da hibridação artificial também tem sido utilizado entre plantas superiores do tipo anão
precoce e entre cruzamentos dos tipos anão e comum (BARROS & CRISÓSTOMO,
1995).
A quinta fase, ainda em andamento, prioriza as pesquisas para atender às
demandas atuais da cajuicultura, com enfoque na fruticultura irrigada e no
aproveitamento do pedúnculo para o consumo in natura. Desta maneira, a seleção está
orientada para a obtenção de plantas com porte baixo, pedúnculo com coloração, sabor,
textura, consistência e teor de tanino que satisfaçam às preferências do consumidor e
que possuam maior período de conservação. Castanhas de tamanho e peso superiores a
10g, facilidade de destaque do pedúnculo, rendimento superior a 28% e amêndoas
resistentes são também objetivos da pesquisa. Na fase de avaliação dos clones estes
devem ser testados tanto em condições de irrigação como de sequeiro e em diferentes
ecossistemas (CRISÒSTOMO et al., 1999).
Os procedimentos mais adotados no melhoramento de plantas de reprodução
assexuada são a introdução de germoplasma, seleção clonal e hibridação. Além destes,
15
3.1 REFERÊNCIAS
ALMEIDA, J. I. L.; ARAÚJO, F.E.; LOPES, J.G.V. Evolução do cajueiro anão precoce na
Estação Experimental de Pacajus, Ceará. Fortaleza, EPACE, 1993. 17p. EPACE, Documentos,
6.
BARROS, L. M.; ARAÚJO, F.E.; ALMEIDA, J.I.L.; TEIXEIRA, L.M.S. A cultura do Cajueiro
Anão. Fortaleza, EPACE. 1984. 67p. EPACE, Documentos, 3.
PAIVA, J.R.; BARROS, L.M.; CRISÓSTOMO, J.R.; ARAÚJO, J.P.P.; ROSSETTI, A.G.;
CAVALCANTE, J.J.V.; FELIPE, E.M. Depressão por endogamia em progênies de cajueiro anão
precoce (Anacardium occidentale L.) var. nanum. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.33, n.4,
p.425-431. 1998.
19
4 CULTIVARES
Rosângela Vera
Tarciso Albuquerque de Farias
4.1 REFERÊNCIAS
PAIVA, J. R.; CAVALCANTI, J. J. V.; BARROS, L. M.; CRISÓSTOMO, J. R. Clones. Introdução. In:
Caju, produção – aspectos técnicos. Brasília. Embrapa Agroindústria Tropical. Fortaleza.
5 CONDIÇÕES EDAFOCLIMÁTICAS
22
5.1.1 Solos
5.2.1 Temperatura
5.2.4 Altitude
5.2.5 Latitude
entre 27ºN, no sul da Flórida, a 28ºS na África do Sul (JOUBERT & THOMAS, 1965;
citados por AGUIAR et al., 2002).
5.2.6 Ventos
5.3 REFERÊNCIAS
AGNOLONI, M. & GIULIANI, F. Cashew cultivation. New Delhi, Ist. Agronomico per
L’Oltremare, 1977, 168p.
6 PROPAGAÇÃO
Luciene Teixeira Mazon
Tadeu Cavalcante
6.1 REFERÊNCIAS
ALBERGARIA, M. S. de. Enxertia do cajueiro. Revista Agrícola de Moçambique, 9 (84): 14-6, 1967.
7.1 IMPLANTAÇÃO
7.1.3 Plantio
7.1.4 Espaçamento
7.2.2 Consorciação
7.2.3 Desbrota
7.2.5 Podas
colheita, de modo que um máximo de rendimento econômico seja atingido com a menor
interferência possível no comportamento da planta.
7.2.6 Irrigação
custo inicial maior é, porém, recuperado em poucos anos em função da menor demanda por
mão-de-obra e energia.
Na irrigação localizada podem ser usados como emissores microaspersores,
gotejadores e orifícios (xiquexique). O mais comum para o cajueiro anão tem sido o uso
de microaspersores, principalmente em solos arenosos.
Considerando o porte do cajueiro anão, devem ser utilizados
microaspersores com vazão de 30 a 100 litros por hora, que apresentem um diâmetro
molhado de 4 a 6 m.
Se o microaspersor permitir, é recomendável a redução do diâmetro molhado para 1 a 2
m durante o primeiro ano de cultivo.
7.3 REFERÊNCIAS
CRISÓSTOMO, L. A.; SEIXAS SANTOS, F. J.; OLIVEIRA, V. H.; RAIJ, B.; BERNARDI,A.
C. C.; SILVA, C. A.; SOARES, I. Cultivo do cajueiro anão precoce: aspectos fitotécnicos com
ênfase na adubação e na irrigação. Circular Técnica 10. Fortaleza, CE. Outubro, 2001. 8 p.
8.1 INTRODUÇÃO
8.3.1 Nitrogênio
8.3.2 Fósforo
8.3.3 Potássio
Este elemento é um dos mais absorvidos pelas plantas, porém, ainda não foi
determinado nenhum composto na planta em que o potássio esteja fazendo parte de sua
42
composição. Apesar disto, este elemento é muito importante, pois participa da ativação
de muitas enzimas, participa do processo fotossintético, abertura e fechamento
estomático e regulação osmótica das células das plantas (BRADY, 1989).
Os sintomas de deficiência de potássio começam pelas folhas mais velhas,
que se tornam amareladas no ápice e ao longo das bordas, até próximo ao pecíolo.
Posteriormente a clorose avança para o limbo das folhas, permanecendo a coloração
verde apenas na base e até próximo ao centro. As margens e o ápice necrosam no
estágio mais avançado e os sintomas passam para as folhas superiores. As plantas não
desenvolvem ramos laterais e, na ausência total do elemento, morrem aos quatro meses
de idade (BARROS, 1988).
8.3.4 Cálcio
8.3.5 Magnésio
do seu crescimento, pelo contrário, crescem mais que as plantas sem carência deste
nutriente (BARROS, 1988).
8.3.6 Enxofre
8.3.7 Boro
8.3.8 Ferro
8.3.9 Manganês
8.4.1 Calagem
8.4.2 Adubação
As informações, da experimentação, no Brasil, não são suficientemente
consistentes para a elaboração de uma recomendação de adubação para o cajueiro.
Foram encontradas recomendações para os Estados do Maranhão e Ceará (Malavolta
1981; citado por BARROS, 1988) (Tabela 5).
Tabela 5. Recomendação de adubação para o cajueiro nos Estados do Maranhão e Ceará.
8.5 REFERÊNCIAS
BRADY, N. C. Natureza e propriedades dos solos. (trad. Antônio B. Neiva Figueiredo Filho) 7
ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1989. 898 p.
PRIMAVESI, A. Manejo ecológico do solo: a agricultura em regiões tropicais. 6ed. São Paulo:
Nobel, 1984. 549 p.
46
9 PRAGAS
Aline Cavalcante Rodrigues de Oliveira
Rosana Gonçalves Barros
Osvaldo Antunes de Souza
9.1 INTRODUÇÃO
(GALLO, 1988).
O controle pode ser realizado por meio de pulverizações a serem iniciadas
no começo da floração e frutificação. Entre os inseticidas indicados estão produtos à
base de fenitrotiom CE 50, malatiom 50 CE, carbaryl 80 PM.
Causa graves danos econômicos, visto que sua ação resulta na destruição da
amêndoa. O inseto adulto é um microlepdóptero com cerca de 2 cm de comprimento,
coloração escura com pequenas áreas claras nas asas. Na fase de lagarta ataca
internamente a castanha; destruindo toda a amêndoa e tornando-a imprestável para a
comercialização. Próximo a atingir a fase pupal e após destruir toda a amêndoa, a larva
faz um orifício na parte apical da castanha por onde deverá sair o adulto. O controle
pode ser feito com a pulverização dos frutos ainda novos com produtos à base de
fenitrotion CE 50 ou malathion 50 CE.
que estes vão secando. Para o controle dessa praga é recomendável o corte e queima de
galhos das plantas atacadas, evitando a sua disseminação (CAVALCANTE, 1974).
A forma adulta assemelha-se a uma pequena mosca, de cor branca, daí seu
nome vulgar. São insetos alados, com 4 asas membranosas cobertas por uma secreção
pulverulenta, com 2 mm de comprimento e 4 mm de envergadura. Suas ninfas são
achatadas, elípticas, presas às folhas, medindo 1 mm de comprimento, de coloração
amarelada, mas que ficam envolvidas e rodeadas por uma cerosidade branca que pode
recobrir toda a folha atacada.
Localizam-se na face inferior das folhas, agrupadas em colônias numerosas,
protegidas por secreção pulverulenta branca. Na face dorsal desenvolvem-se colônias de
fungos, exibindo um contraste de coloração negra, opaca, dando à planta um aspecto
característico do ataque (LIMA, 1988).
9.13 REFERÊNCIAS
GALLO, DOMINGOS et al. Manual de Entomologia agrícola São Paulo, Ed. Agronômica
Ceres, 2a edição, 1988, 649p.
MELO, Q.M.S.; CAVALCANTE, M.S.L.; MELO, F.I.O. & CAVALCANTE, R.D. Incidência
de pragas nos cajueiros do Ceará. 1979. 1.ed. 13p. (Com. Téc.).
10. DOENÇAS
Iron Daniel da Silva
Cecília Peixoto do Nascimento
Jair Inácio de Oliveira Júnior
Este fungo cresce na superfície inferior da folha, onde forma uma massa
escura, constituída pelas estruturas do patógeno. Emite haustórios para dentro do tecido
56
10.4NEMATÓIDES
10.5 REFERÊNCIAS
MAJULE, A. E.; TOPPER, C. P. & NORTCLIFF, S. The environmental effects of dusting cashew
(Anacardium occidentale L.) trees with sulphur in Southern Tanzania. Tropical Agriculture, v. 74, n.
1, p. 25-33, 1997. (Abs.)
MASAWE, P.A.L.; CUNDAL, E. P. & CALIGARI, P.D.S. Powdery mildew (Oidium anacardii) onset
and development on flowering panicles of cashew clones (Anacardium occidentale L.) as a measure of
clone resistance. Tropical Agriculture, v. 74, n. 3, p. 229-233, 1997. (Abs.)
MENEZES, M. Doenças do cajueiro (Anacardium occidentale L.). In: KIMATI, H.; AMORIM, L.
BERGAMIN FILHO, .A.; CAMARGO, L.E.A.; REZENDE, J.A.M. Manual de Fitopatologia:
Doenças das plantas cultivadas. v.2. São Paulo: Editora Agronômica Ceres, 1997, p. 201-206.
NATHANIELS, N.Q.R. Methods, including visual keys for the assessment of cashew powdery
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p. 199-205, 1996. (Abs.)
NATHANIELS, N.Q.R. & KENNEDY, R. Variation in severity of cashew powdery mildew (Oidium
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PONTE, J.J. Doenças do cajueiro no nordeste brasileiro, Brasília, EMBRAPA-DDT, p. 9-35, 1984.
SHIOMI, T.; MULYA, K. & ONIKI, M. Bacterial wilt of cashew (Anacardium occidentale L.) caused
by Pseudomonas solanacearum in Indonesia. Industrial Crops Research Journal, v. 2, n. 1, p. 29-
35, 1991. (Abs.)
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277-281, 1998. (Abs.)
58
SHOMARI, S.H. Potential sources for initial inoculum and dispersal pattern of cashew powdery
mildew disease. Tanzania Journal of Agricultural Sciences, v. 2, n. 1, p. 63-70, 1999. (Abs.)
SIJAONA, M.E.R. & MANSFIELD, J.W. Studies on cashew resistance to powdery mildew (Oidium
anacardii Noack). In: INTERNATIONAL CASHEW AND COCONUT CONFERENCE: Trees for
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against powdery mildew (Oidium anacardii). Tanzania Journal of Agricultural Sciences, v. 2, n. 1,
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SIJAONA, M.E.R.; CLEWER, A.; MADDISON, A. & MANSFIELD, J.W. comparative analysis of
powdery mildew development on leaves, seedlings and flower panicles of different genotypes of
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SMITH, D.N.; KING, W.J.; TOPPER, C.P.; BOMA, F. & COOPER, J.F. Alternative techniques for the
application of sulphur dust to cashew trees for the control of powdery mildew caused by fungus of
Oidium anacardii in Tanzania. Crop Protection, v. 14, n. 7, p. 555-560, 1995. (Abs.)
SMITH, D.N.; TOPPER, C.P. & COOPER, J.F. Comparison and evaluation of alternative methods for
the application of fungicides to cashew trees for the control of powdery mildew disease. In:
INTERNATIONAL CASHEW AND COCONUT CONFERENCE: Trees for life – the key to
development. Kilimanjaro Hotel, Dar es Salaam, 17-22 Feb, 1997. Proceedings…, p. 282-285, 1998.
(Abs.)
TEIXEIRA, L.M.S. Doenças. In: LIMA, V.P.M.S. Cultura do cajueiro no Nordeste do Brasil.
Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil. Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste,
1988. p. 231-266. (Série: Estudos Econômicos e Sociais, 35)
UCHOA, C.N. & CARDOSO, J.E. Progresso da antracnose em folhas de cajueiro anão suscetíveis e
resistentes. Fitopatologia Brasileira, v. 27 (Suplemento), agosto, 2002. p. S173. (Resumo)
59
11 COLHEITA E PÓS-COLHEITA
Ana Flávia Costa Lima Felipe
Arcângela C. da C. Pedreira Pereira
maneira mais adequada para a colheita do caju é através do emprego de varas, tendo na
extremidade um aro de ferro fino (3/16”) de aproximadamente 20 cm de diâmetro e, preso a
este uma sacola, suficiente para colher de 5 a 8 cajus. Com o emprego deste método evita-se
machucaduras, ou cortes prejudiciais à estrutura do vegetal, que constituem portas abertas à
penetração e crescimento de microorganismos indesejáveis (SOARES, 1986).
Os pedúnculos devem estar no estágio adequado de maturação, isentos de
pragas e doenças e apresentarem uma boa conformação e aparência. Na prática,
observou-se que os cajus de coloração vermelha são de constituição mais firme, e,
portanto, apresentam maior potencial de conservação do que os de película amarela,
assim como uma maior aceitação no mercado (SOARES, 1986).
Os cajus colhidos são colocados em baldes de plástico de 15 a 20 litros de
capacidade, contendo cerca de 1/3 de água fria. Esse procedimento impede que os cajus
fiquem machucados e que a temperatura se eleve demasiadamente. Outra opção,
recomendada pelo Centro de Informações Tecnologicas e Comerciais para Fruticultura
Tropical (2003), é colher os frutos e colocá-los em caixas de plástico com aberturas nas
laterais e no fundo, com aproximadamente 15 cm de profundidade e forradas com
espuma (aproximadamente 1cm de espessura). Ainda no campo, pode ser feita uma pré-
seleção, desde que se observe o cuidado de manter os frutos à sombra e pelo menor
tempo possível.
11.1 TRANSPORTE
11.4 REFERÊNCIAS
MOURA, C. F. H.; ALVES, R. E.; INNECCO, R.; FILGUEIRAS, H. A. C.; MOSCA, J. L.;
PINTO, S. A. A. Características físicas de pedúnculo de cajueiro para comercialização in
natura. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 23, n. 3, p. 537-540, 2001.
12 PROCESSAMENTO
despolpado, através de palhetas de aço inoxidável que prensam a polpa do caju contra
telas também de aço inoxidável com furos de 0,6 mm a 0,8 mm. As fibras e resíduos
destas operações são enviados a um conjunto extrator expeller tipo prensa de parafuso,
onde o material fibroso é prensado contra uma tela de aço inoxidável para remoção do
suco residual que o bagaço contenha. O rendimento na extração do suco em relação ao
peso do pedúnculo é em torno de 65 a 70% (SOARES, 1986).
Colheita
Transporte
Recepção da fruta
Seleção inicial
Lavagem
Descastanhagem
Lavagem
Despelagem
Extração do suco
Formulação
Desaeração
Pasteurização
Embalagem
Armazenamento
são imersas em água por 2 a 5 minutos, seguindo-se um período de repouso de até dois
dias para permitir absorção de água até atingir 11 a 12% de umidade (SOARES, 1986).
Para a extração do LCC as castanhas são imersas num tanque de ferro
contendo LCC quente (200 a 220ºC), por um tempo médio de retenção de 2 minutos,
conseguindo-se extrair de 30 a 40% do LCC contido na casca da castanha. Este método
de extração de baseia no principio de que matérias que contenham óleo, quando
aquecidas por esse mesmo óleo ou similar, liberam uma proporção de óleo contido em
suas estruturas. A água absorvida durante a umidificação e repouso, quando em contato
com o LCC aquecido, é removida da castanha e arrasta o LCC. Ao término do
cozimento as castanhas são transportadas para uma centrífuga, onde a força centrífuga
lhes remove o LCC aderido (SOARES, 1986).
Após a centrifugação, as castanhas são resfriadas em peneira vibratória e a
seguir, é realizada a decorticagem. A operação de decorticagem, ou quebra das
castanhas, é feita por centrifugação, mediante o arremesso das mesmas contra superfície
metálica. As amêndoas são separadas das cascas por sistema pneumático e peneiras
vibratórias (SOARES, 1986).
Em seguida à quebra da castanha, as amêndoas apresentam teor de umidade
entre 6 e 9% com a película firmemente aderida à amêndoa, dificultando a sua
despeliculagem. Para facilitar a retirada da película, as amêndoas são secas em estufa a
cerca de 80ºC até que atinjam em torno de 3% de umidade. Elas são transportadas até as
estufas em carrinhos com bandejas superpostas. Após a secagem as amêndoas passam por
um período de repouso (SOARES, 1986).
A despeliculagem, processo seguinte, consiste na remoção da película que envolve
a amêndoa, mediante injeção de ar comprimido que atritando as amêndoas, faz com que haja o
desprendimento ou quebra da película. O material segue então para as ventiladoras, que
separam os pedaços pequenos e películas das amêndoas dos pedaços maiores, por aspiração
(SOARES, 1986).
Após a tostagem da amêndoa, ocorre, conforme verificado por MELO et al.
(1998), alteração nos teores de acidez titulável total, possivelmente em conseqüência do
processo de tostagem em óleo.
As amêndoas são classificadas em inteiras e partidas e em brancas e
escurecidas ou chamuscadas. Cada uma destas classificações comporta “tipos”, com
denominações próprias e baseadas no número de amêndoas por libra-peso (453,59g)
(SOARES, 1986).
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12.3 REFERÊNCIAS
MELO, M.L.P.; MAIA, G..A.; SILVA, A.P.V.; OLIVEIRA, G.S.F.; FIGUEIREDO, R.W.
Caracterização físico-química da amêndoa da castanha de caju (Anacardium occidentale L.) crua e
tostada. Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos, v.18 n.2, Campinas, maio/jul., 1998. p. 50-56.
OLIVEIRA, M.E.B. de; DE OLIVEIRA, G.S.F.; MAIA, G.A.; MOREIRA, R.A.; MONTEIRO,
A.C.O. Aminoácidos livres majoritários no suco de caju: variação ao longo da safra. Revista
Brasileira de Fruticultura, v.24 n.1, Jaboticabal, abril, 2002, p. 133-137.
OLIVEIRA, M.E.B.; BASTOS, M.S.R.; FEITOSA, T.; BRANCO, M.A.A.C.; SILVA, M.G.G.
Avaliação de parâmetros de qualidade físico-químicos de polpas congeladas de acerola, cajá e
caju. Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos, v.19 n.3, Campinas, set./dez, 1999. p. 42-50.
SOARES, L.C.; OLIVEIRA, G.S.F.; MAIA, G.A.; MONTEIRO, J.C.S.; SILVA JR., A.
Obtenção de bebida a partir de suco de caju (Anacardium occidentale, L.) e extrato de guaraná
(Paullinia cupana sorbilis Mart. Ducke). Revista Brasileira de Fruticultura, v.23 n.2,
Jaboticabal, ago., 2001. p. 120-127.
SOUZA FILHO, M.S.M.; LIMA, J.R.; SOUZA, A.C.R.; SOUZA NETO, M.A.; COSTA, M.C.
Efeito do branqueamento, processo osmótico, tratamento térmico e armazenamento na
estabilidade da vitamina C de pedúnculos de caju processados por métodos combinados.
Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos, v.19 n.2, Campinas, maio/ago., 1999. p. 61-69.