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Formação das Palavras

Existem dois processos básicos pelos quais se forma as palavras:

A derivação e a composição.

A diferença entre ambos consiste basicamente em que, no processo de derivação, partimos


sempre de um único radical, enquanto no processo de composição sempre haverá mais de um
radical.

Derivação

Derivação é o processo pelo qual se obtem uma palavras nova, chamada derivada, a partir de
outras existente, chamada primitiva.

Primitiva Derivada

Mar Marítimo, marinheiro, marujo

Terra Enterrar, terreiro, aterrar

Observamos que o “mar” e a “terra” não se forma de nenhuma outra palavra,mas aucontrario,
possibilitam a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, Mar e
Terra são palavras primitivas, e as de mais derivadas.

Tipos de derivação

Derivação prefixal ou prefixação

Resulta do acréscimo de “prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado.

Ex.:

Crer – descrer

Ler – reler

Capaz – incapaz
Derivação sufixal ou Sufixação

Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou
mudança de classe gramatical.

Ex.:

Alfabetização

No exemplo acima, o sufixo – ção transforma em subistantivo o verbo alfabetizar. Este por sua
vez , já é derivado do subistantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo – izar.

A derivação sufixal pode ser:

a) Nominal – formando substantivo e adjectivos.

Ex.:

Pepel – papelaria

Riso – risonho

b) Verbal – formando verbos.

Ex.:

Actual – actualizar

c) Adverbial – formando advérbios.

Ex.:

Feliz – felizmente

Derivação prefixal e sufixal

Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo não simultâneo de prefixo e sufixo à
palavra primitiva.

Ex.:

Palavra Inicial Prefixo Radical Sufixo Palavra Formada

Leal Des Leal Dade Deslealdade

Feliz In Feliz Mente Infelizmente


a presença de apenas um desses afixo é sufuciente para formar uma nova palavra, pois em nossa
língua existem as palavras “desleal”, “lealdade” e “infeliz”, “felizmente”.

Derivação parassintética ou parassíntese

Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo a palavra
primitiva.

Ex.: o adjectivo “triste”. Do radical “trist” – formamos o verbo entristecer pela junção
simultânea do prefixo “en –“ do sufixo “ecer”. Podemos notar que a presença de apenas um
desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não existem
as palavras “entriste”, nem “tristecer”.

Ex.:

Palavra Inicial Prefixo Radical Sufixo Palavra Formada

Mudo e mud ecer Emudecer

Alma des alm ado Desalmado

Para estabelecer a diferença entre derivação prefixal e sufixal e parassintética. Basta retirar o
prefixo ou sufixo da palavra na qual se tem duvida. Feito isso observaremos a palavra que sobrou
existe: caso isso aconteca será derivação prefixal e sufixal, caso contrario será derivação
parassintética.

Morfologia, sintaxe e semântica

A língua portuguesa é baseada em um sistema com formatos e significações entrelaçados. Por


esse motivo, decidiu-se que seu estudo compreenderia três formas de análise dos elementos que a
constituem.

São eles a morfologia, a sintaxe e a semântica. Veja a diferença entre os três:

morfologia: estudo individualizado das palavras de uma oração;

sintaxe: estudo da organização e relacionamento das palavras na oração;

semântica: estudo do sentido que as palavras apresentam de acordo com o contexto de uma
oração.
Morfologia: classe de palavras variáveis e invariáveis

De forma geral, a morfologia da língua portuguesa abarca origens, derivações e tipos de flexão
de cada palavra de todas as classes morfológicas citadas anteriormente.

Para a realização de uma análise morfológica, o primeiro critério utilizado é de acordo com
a variação que uma palavra pode apresentar. Sendo assim, essas classes podem ser separadas
em variáveis e invariáveis.

Palavras variáveis

Os elementos morfológicos considerados variáveis são aqueles que se modificam segundo os


critérios de género, número e, em alguns casos, grau. Confira agora quais são eles:

Morfologia: substantivo

Palavra utilizada para nomear pessoas, objectos, fenómenos e seres em geral.

Ex.: João é muito Bonzinho bacana.

A morfologia e a gramática são matérias óptimas de estudar.

Estou sempre procurando a felicidade.

Os substantivos são subdivididos em 5 classes de acordo com o tipo nomeado, são elas:

 Substantivo comum;
 Substantivo próprio;
 Substantivo concreto;
 Substantivo colectivo;
 Substantivo abstracto.

Morfologia: verbo

Palavra que incita uma ação, representa um estado ou aponta um fenómeno da natureza.

Ex.:

Essa criança está chorando demais, deve estar com fome.

Quando ele vier até nós, daremos as chaves do carro.

Ela tenta de tudo, mas nunca consegue.

Morfologia: adjectivo

Palavra que qualifica um substantivo.


Ex.:

Letícia é bonita.

Que carro moderno!

Conversar com ele é impossível, que pessoa insuportável.

Morfologia: pronome

Palavra que substitui ou acompanha o substantivo.

Ex.:

Preciso me controlar antes que eu perca a cabeça;

Não cabe a mim julgar o cidadão;

Onde estão as meninas? Não as encontramos no lugar marcado.

Podemos dividir os pronomes em seis classes de acordo com a sua função:

 Pronomes pessoais;
 Pronomes possessivos;
 Pronomes demonstrativos;
 Pronomes interrogativos;
 Pronomes relativos;
 Pronomes indefinidos.

Morfologia: artigo

Palavra que antecede o substantivo para determiná-lo ou indeterminá-lo na oração.

Ex.:

Você pode chamar o porteiro?

Acho que um tal de Joaquim esteve aqui hoje.

A janela estava fechada quando o Daniel foi embora.

Morfologia: numeral

Palavra que exerce função de quantificar os seres ou posicioná-los em uma determinada ordem.
Ex.:

Ayrton era sempre o primeiro.

Dois é muito, três é demais.

Tenho apenas uma maçã aqui.

Podemos dividir os numerais em quatro categorias. São elas:

 Numeral cardinal;
 Numeral ordinal;
 Numeral multiplicativo;
 Numeral fraccionário.

Palavras invariáveis

Nesse tipo de palavra, não podemos observar variações em relação a gênero, número ou grau.
Elas sempre mantêm a mesma forma, sem depender do contexto da oração ou das outras palavras
nela inseridas.

Morfologia: preposição

Palavra que conecta dois termos, elucidando a relação existente entre eles.

Ex.:

Ele está feliz com sua maneira de ser.

Elas cantaram muito com o Davi até o karaokê fechar.

Venha com mais calma hoje.

Morfologia: conjunção

Palavra que conecta dois termos da mesma oração que exercem a mesma função sintáctica ou de
duas orações diferentes, estabelecendo relação de sentido entre elas.

Ex.:

Ela gritou quando viu a barata.

Hoje vai ser sanduíche ou pizza.

Eu falei que era mentira, mas você acreditou.


Morfologia: advérbio

Palavra que modifica um verbo, um adjetivo ou outro advérbio.

Ex.:

Ele corre rapidamente.

Estamos muito felizes com a notícia!

Elisa não gosta de conversa fiada.

Morfologia: interjeição

Palavra que determina uma ação emotiva.

Ex:

Meus Deus! Não faça isso!

Cuidado! Vai dar errado!

Ai! Bati de cara na parede!

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