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SEE PROFILE
FAUSTO MAKISHI
GESSUIR PIGATTO
RUBENS NUNES
Como pensar uma cadeia produtiva agroindustrial que seja ambientalmente sus-
tentável, socialmente responsável e que ainda apresente lucratividade para todos
os seus atores? Certamente, o gestor contemporâneo defronta-se diariamente com
essa questão, bem como com os seus incontáveis desdobramentos nas atividades
que permeiam as suas rotinas de trabalho nas organizações, deixando-o em um
contexto produtivo pouco confortável. Podemos somar esse fato à pressão cada
vez maior dos consumidores para serem ofertados produtos e serviços com carac-
terísticas socioambientais distintas dos modelos atuais de produção agropecuária.
Quando olhamos esse cenário, começamos a visualizar um novo contexto produti-
vo, significativamente mais complexo do que aquele que vivenciávamos há apenas
uma década.
A complexidade parte do pressuposto da presença de uma infinidade de sentidos
que as pessoas1 atribuem aos produtos, processos e serviços sustentáveis e também
socialmente responsáveis. Acreditamos que o primeiro passo para se desenvolver
sistemas produtivos com essas características é instigar nos sujeitos, principalmente
nos gestores do agronegócio, um olhar sistêmico, já que esse olhar que os sujeitos
devem possuir somente é constituído por meio de uma postura dialógica.
Pensar de forma sistêmica e dialógica envolve uma abordagem diferente para os
fenômenos presentes nos atuais sistemas produtivos. Os olhares dos sujeitos não
podem ser mais reducionistas, mas, sim, amplos, buscando as interconexões entre
os mais variados elementos presentes nos territórios rurais. O objetivo do olhar
sistêmico e dialógico em um primeiro momento é visualizar as interdependên-
cias e dinâmicas entre os vários elementos constitutivos do sistema da produção
agropecuária. Esses elementos podem ser agrupados em três conjuntos, sendo:2
1. Todos os sujeitos que compõem uma cadeia produtiva e os consumidores dos seus produtos.
2. Zuin, L. F. S.; Zuin, P. B. Comunicação dialógica na gestão ambiental: novos caminhos metodológicos para a extensão rural.
In: Palhares, J. C. P.; Gebler, L. (Orgs.). Gestão ambiental na agropecuária V. II. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica,
2014. p. 13-48. Darnhofer, I.; Gibbon, D; Dedieu, B. Farming systems research: an approach to inquiry. In: Darnhofer, I.;
Gibbon, D; Dedieu, B. Farming systems research into the 21st century: the new dynamic. Dordrecht: Springer Science, 2012.
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Agradecemos pelo apoio recebido dos órgãos de fomento à pesquisa para a ela-
boração dos capítulos 1, 2 e 3, sendo: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
de São Paulo (FAPESP) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq-Brasil). Agradecemos a concessão ao Prof. Dr. Luís Fernando
Soares Zuin de uma bolsa produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e
Extensão Inovadora. Esses conjuntos de investigações contribuíram para o de-
senvolvimento desses capítulos. As opiniões, hipóteses e conclusões ou reco-
mendações expressas neste material são de responsabilidade dos autores e não
necessariamente refletem a visão da FAPESP. Contamos ainda com a colaboração
da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI/SP) e do Sindicato dos
Produtores Rurais de Paragominas.
Ficamos muito gratos a todos os extensionistas, empreendedores, produto-
res e funcionários pertencentes às organizações privadas e governamentais que
compõem as cadeias produtivas do agronegócio, os quais foram entrevistados
para as nossas pesquisas. Os seus relatos nos ajudaram a entender como se dão
as mais diversas interações nos territórios rurais e urbanos.
No mais, nós desejamos aos leitores e leitoras uma boa leitura!
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