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Apostila BB AtendimentoLegislacao TatianaMarcello Site+ PDF
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CENTRO-OESTE
Tarley Martins Bastos ‒ Anápolis ‒ GO SUDESTE
Luciano Francisco Tesche ‒ Bonito ‒ MS
Fernando Espinosa Cappe ‒ Cabo Frio ‒ RJ
Cristfan Cândido ‒ Rio de Janeiro ‒ RJ
Marcelle Olivia Marconi ‒ Rio de Janeiro ‒ RJ
Rodrigo Dantas Moriglia ‒ Jundiaí ‒ SP
Luiza Cristina M. Zuicker ‒ Lins ‒ SP
Marcos Ribeiro de Toledo ‒ Juiz de Fora ‒ MG
SUL Fernando Seabra Espinossi ‒ Pouso Alegre ‒ MG
Fernando Henrique Grillo Santos ‒ Sete Lagoas ‒ MG
Diego Sänger ‒ Novo Hamburgo ‒ RS Diogo Alves Araújo ‒ Varginha ‒ MG
Allan Jonas Bitencourt Teixeira Batista ‒ Pelotas ‒ RS Aline De Paula Ribeiro ‒ Santo Amaro ‒ SP
Heron Morales ‒ Pelotas ‒ RS
Tassiane de Lima da Rosa ‒ Porto Alegre ‒ RS
Mônica Gomes Kmiliauskis ‒ Blumenau ‒ SC
Nilton Mendes Nunes Júnior ‒ Tubarão ‒ SC
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Sumário
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d) pela garantia dos produtos e serviços III – criação de delegacias de polícia
com padrões adequados de qualidade, especializadas no atendimento de
segurança, durabilidade e desempenho. consumidores vítimas de infrações penais
de consumo;
III – harmonização dos interesses dos
participantes das relações de consumo IV – criação de Juizados Especiais de
e compatibilização da proteção do Pequenas Causas e Varas Especializadas
consumidor com a necessidade de para a solução de litígios de consumo;
desenvolvimento econômico e tecnológico,
de modo a viabilizar os princípios nos quais V – concessão de estímulos à criação e
se funda a ordem econômica (art. 170, da desenvolvimento das Associações de Defesa
Constituição Federal), sempre com base do Consumidor.
na boa-fé e equilíbrio nas relações entre § 1º (Vetado).
consumidores e fornecedores;
§ 2º (Vetado).
IV – educação e informação de fornecedores
e consumidores, quanto aos seus direitos e
deveres, com vistas à melhoria do mercado CAPÍTULO III
de consumo;
DOS DIREITOS BÁSICOS DO
V – incentivo à criação pelos fornecedores CONSUMIDOR
de meios eficientes de controle de qualidade
e segurança de produtos e serviços, assim Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
como de mecanismos alternativos de
I – a proteção da vida, saúde e segurança
solução de conflitos de consumo;
contra os riscos provocados por práticas
VI – coibição e repressão eficientes de no fornecimento de produtos e serviços
todos os abusos praticados no mercado de considerados perigosos ou nocivos;
consumo, inclusive a concorrência desleal
II – a educação e divulgação sobre o
e utilização indevida de inventos e criações
consumo adequado dos produtos e serviços,
industriais das marcas e nomes comerciais
asseguradas a liberdade de escolha e a
e signos distintivos, que possam causar
igualdade nas contratações;
prejuízos aos consumidores;
III – a informação adequada e clara sobre
VII – racionalização e melhoria dos serviços
os diferentes produtos e serviços, com
públicos;
especificação correta de quantidade,
VIII – estudo constante das modificações do características, composição, qualidade,
mercado de consumo. tributos incidentes e preço, bem como
sobre os riscos que apresentem;
Art. 5º Para a execução da Política Nacional das
Relações de Consumo, contará o poder público IV – a proteção contra a publicidade
com os seguintes instrumentos, entre outros: enganosa e abusiva, métodos comerciais
coercitivos ou desleais, bem como contra
I – manutenção de assistência jurídica, práticas e cláusulas abusivas ou impostas no
integral e gratuita para o consumidor fornecimento de produtos e serviços;
carente;
V – a modificação das cláusulas
II – instituição de Promotorias de Justiça contratuais que estabeleçam prestações
de Defesa do Consumidor, no âmbito do desproporcionais ou sua revisão em razão
Ministério Público; de fatos supervenientes que as tornem
excessivamente onerosas;
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Seção II II – o produto for fornecido sem identificação
DA RESPONSABILIDADE PELO FATO DO clara do seu fabricante, produtor, construtor
PRODUTO E DO SERVIÇO ou importador;
III – não conservar adequadamente os
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, produtos perecíveis.
nacional ou estrangeiro, e o importador
respondem, independentemente da existência Parágrafo único. Aquele que efetivar o
de culpa, pela reparação dos danos causados pagamento ao prejudicado poderá exercer
aos consumidores por defeitos decorrentes de o direito de regresso contra os demais
projeto, fabricação, construção, montagem, responsáveis, segundo sua participação na
fórmulas, manipulação, apresentação ou causação do evento danoso.
acondicionamento de seus produtos, bem como
Art. 14. O fornecedor de serviços responde,
por informações insuficientes ou inadequadas
independentemente da existência de culpa,
sobre sua utilização e riscos.
pela reparação dos danos causados aos
§ 1º O produto é defeituoso quando não consumidores por defeitos relativos à prestação
oferece a segurança que dele legitimamente dos serviços, bem como por informações
se espera, levando-se em consideração as insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição
circunstâncias relevantes, entre as quais: e riscos.
I – sua apresentação; § 1º O serviço é defeituoso quando não
fornece a segurança que o consumidor dele
II – o uso e os riscos que razoavelmente dele pode esperar, levando-se em consideração
se esperam; as circunstâncias relevantes, entre as quais:
III – a época em que foi colocado em I – o modo de seu fornecimento;
circulação.
II – o resultado e os riscos que razoavelmente
§ 2º O produto não é considerado dele se esperam;
defeituoso pelo fato de outro de melhor
qualidade ter sido colocado no mercado. III – a época em que foi fornecido.
II – que, embora haja colocado o produto I – que, tendo prestado o serviço, o defeito
no mercado, o defeito inexiste; inexiste;
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§ 2º O fornecedor imediato será responsável pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las
quando fizer a pesagem ou a medição e o e a reparar os danos causados, na forma
instrumento utilizado não estiver aferido prevista neste código.
segundo os padrões oficiais.
Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre
Art. 20. O fornecedor de serviços responde os vícios de qualidade por inadequação
pelos vícios de qualidade que os tornem dos produtos e serviços não o exime de
impróprios ao consumo ou lhes diminuam o responsabilidade.
valor, assim como por aqueles decorrentes da
disparidade com as indicações constantes da Art. 24. A garantia legal de adequação do
oferta ou mensagem publicitária, podendo o produto ou serviço independe de termo
consumidor exigir, alternativamente e à sua expresso, vedada a exoneração contratual do
escolha: fornecedor.
I – a reexecução dos serviços, sem custo Art. 25. É vedada a estipulação contratual de
adicional e quando cabível; cláusula que impossibilite, exonere ou atenue
a obrigação de indenizar prevista nesta e nas
II – a restituição imediata da quantia paga, seções anteriores.
monetariamente atualizada, sem prejuízo
de eventuais perdas e danos; § 1º Havendo mais de um responsável
pela causação do dano, todos responderão
III – o abatimento proporcional do preço. solidariamente pela reparação prevista
nesta e nas seções anteriores.
§ 1º A reexecução dos serviços poderá
ser confiada a terceiros devidamente § 2º Sendo o dano causado por componente
capacitados, por conta e risco do fornecedor. ou peça incorporada ao produto ou serviço,
são responsáveis solidários seu fabricante,
§ 2º São impróprios os serviços que se construtor ou importador e o que realizou a
mostrem inadequados para os fins que incorporação.
razoavelmente deles se esperam, bem
como aqueles que não atendam as normas Seção IV
regulamentares de prestabilidade. DA DECADÊNCIA E DA PRESCRIÇÃO
Art. 21. No fornecimento de serviços que
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios
tenham por objetivo a reparação de qualquer
aparentes ou de fácil constatação caduca em:
produto considerar-se-á implícita a obrigação
do fornecedor de empregar componentes de I – trinta dias, tratando-se de fornecimento
reposição originais adequados e novos, ou de serviço e de produtos não duráveis;
que mantenham as especificações técnicas
do fabricante, salvo, quanto a estes últimos, II – noventa dias, tratando-se de
autorização em contrário do consumidor. fornecimento de serviço e de produtos
duráveis.
Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas
empresas, concessionárias, permissionárias ou § 1º Inicia-se a contagem do prazo
sob qualquer outra forma de empreendimento, decadencial a partir da entrega efetiva do
são obrigados a fornecer serviços adequados, produto ou do término da execução dos
eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, serviços.
contínuos. § 2º Obstam a decadência:
Parágrafo único. Nos casos de I – a reclamação comprovadamente
descumprimento, total ou parcial, das formulada pelo consumidor perante o
obrigações referidas neste artigo, serão as
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Parágrafo único. Cessadas a produção ou § 1º É enganosa qualquer modalidade de
importação, a oferta deverá ser mantida por informação ou comunicação de caráter
período razoável de tempo, na forma da lei. publicitário, inteira ou parcialmente falsa,
ou, por qualquer outro modo, mesmo
Art. 33. Em caso de oferta ou venda por por omissão, capaz de induzir em erro
telefone ou reembolso postal, deve constar o o consumidor a respeito da natureza,
nome do fabricante e endereço na embalagem, características, qualidade, quantidade,
publicidade e em todos os impressos utilizados propriedades, origem, preço e quaisquer
na transação comercial. outros dados sobre produtos e serviços.
Parágrafo único. É proibida a publicidade § 2º É abusiva, dentre outras a publicidade
de bens e serviços por telefone, quando a discriminatória de qualquer natureza, a
chamada for onerosa ao consumidor que a que incite à violência, explore o medo ou
origina. a superstição, se aproveite da deficiência
Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é de julgamento e experiência da criança,
solidariamente responsável pelos atos de seus desrespeita valores ambientais, ou que
prepostos ou representantes autônomos. seja capaz de induzir o consumidor a se
comportar de forma prejudicial ou perigosa
Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços à sua saúde ou segurança.
recusar cumprimento à oferta, apresentação
ou publicidade, o consumidor poderá, § 3º Para os efeitos deste código, a
alternativamente e à sua livre escolha: publicidade é enganosa por omissão
quando deixar de informar sobre dado
I – exigir o cumprimento forçado essencial do produto ou serviço.
da obrigação, nos termos da oferta,
apresentação ou publicidade; § 4º (Vetado).
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Art. 42–A. Em todos os documentos de cobrança Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do
de débitos apresentados ao consumidor, consumidor manterão cadastros atualizados
deverão constar o nome, o endereço e o de reclamações fundamentadas contra
número de inscrição no Cadastro de Pessoas fornecedores de produtos e serviços, devendo
Físicas – CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoa divulgá-lo pública e anualmente. A divulgação
Jurídica – CNPJ do fornecedor do produto ou indicará se a reclamação foi atendida ou não
serviço correspondente. pelo fornecedor.
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III – se mostra excessivamente onerosa para Art. 53. Nos contratos de compra e venda
o consumidor, considerando-se a natureza de móveis ou imóveis mediante pagamento
e conteúdo do contrato, o interesse das em prestações, bem como nas alienações
partes e outras circunstâncias peculiares ao fiduciárias em garantia, consideram-se nulas
caso. de pleno direito as cláusulas que estabeleçam a
perda total das prestações pagas em benefício
§ 2º A nulidade de uma cláusula contratual do credor que, em razão do inadimplemento,
abusiva não invalida o contrato, exceto pleitear a resolução do contrato e a retomada
quando de sua ausência, apesar dos do produto alienado.
esforços de integração, decorrer ônus
excessivo a qualquer das partes. § 1º (Vetado).
§ 3º (Vetado). § 2º Nos contratos do sistema de consórcio
de produtos duráveis, a compensação ou
§ 4º É facultado a qualquer consumidor a restituição das parcelas quitadas, na
ou entidade que o represente requerer ao forma deste artigo, terá descontada, além
Ministério Público que ajuíze a competente da vantagem econômica auferida com a
ação para ser declarada a nulidade de fruição, os prejuízos que o desistente ou
cláusula contratual que contrarie o disposto inadimplente causar ao grupo.
neste código ou de qualquer forma não
assegure o justo equilíbrio entre direitos e § 3º Os contratos de que trata o caput deste
obrigações das partes. artigo serão expressos em moeda corrente
nacional.
Art. 52. No fornecimento de produtos ou
serviços que envolva outorga de crédito ou Seção III
concessão de financiamento ao consumidor, DOS CONTRATOS DE ADESÃO
o fornecedor deverá, entre outros requisitos,
informá-lo prévia e adequadamente sobre: Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas
cláusulas tenham sido aprovadas pela
I – preço do produto ou serviço em moeda
autoridade competente ou estabelecidas
corrente nacional;
unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou
II – montante dos juros de mora e da taxa serviços, sem que o consumidor possa discutir
efetiva anual de juros; ou modificar substancialmente seu conteúdo.
§ 3º (Vetado).
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Art. 58. As penas de apreensão, de inutilização § 2º (Vetado)
de produtos, de proibição de fabricação de
produtos, de suspensão do fornecimento de § 3º (Vetado).
produto ou serviço, de cassação do registro do
produto e revogação da concessão ou permissão
de uso serão aplicadas pela administração, TÍTULO II
mediante procedimento administrativo,
assegurada ampla defesa, quando forem Das Infrações Penais
constatados vícios de quantidade ou de
Art. 61. Constituem crimes contra as relações de
qualidade por inadequação ou insegurança do
consumo previstas neste código, sem prejuízo
produto ou serviço.
do disposto no Código Penal e leis especiais, as
Art. 59. As penas de cassação de alvará condutas tipificadas nos artigos seguintes.
de licença, de interdição e de suspensão
Art. 62. (Vetado).
temporária da atividade, bem como a de
intervenção administrativa, serão aplicadas Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre
mediante procedimento administrativo, a nocividade ou periculosidade de produtos,
assegurada ampla defesa, quando o fornecedor nas embalagens, nos invólucros, recipientes ou
reincidir na prática das infrações de maior publicidade:
gravidade previstas neste código e na legislação
de consumo. Pena – Detenção de seis meses a dois anos e
multa.
§ 1º A pena de cassação da concessão
será aplicada à concessionária de serviço § 1º Incorrerá nas mesmas penas quem
público, quando violar obrigação legal ou deixar de alertar, mediante recomendações
contratual. escritas ostensivas, sobre a periculosidade
do serviço a ser prestado.
§ 2º A pena de intervenção administrativa
será aplicada sempre que as circunstâncias § 2º Se o crime é culposo:
de fato desaconselharem a cassação de Pena – Detenção de um a seis meses ou
licença, a interdição ou suspensão da multa.
atividade.
Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade
§ 3º Pendendo ação judicial na qual competente e aos consumidores a nocividade ou
se discuta a imposição de penalidade periculosidade de produtos cujo conhecimento
administrativa, não haverá reincidência até seja posterior à sua colocação no mercado:
o trânsito em julgado da sentença.
Pena – Detenção de seis meses a dois anos e
Art. 60. A imposição de contrapropaganda será multa.
cominada quando o fornecedor incorrer na
prática de publicidade enganosa ou abusiva, nos Parágrafo único. Incorrerá nas mesmas
termos do art. 36 e seus parágrafos, sempre às penas quem deixar de retirar do mercado,
expensas do infrator. imediatamente quando determinado
pela autoridade competente, os produtos
§ 1º A contrapropaganda será divulgada nocivos ou perigosos, na forma deste artigo.
pelo responsável da mesma forma,
freqüência e dimensão e, preferencialmente Art. 65. Executar serviço de alto grau de
no mesmo veículo, local, espaço e horário, periculosidade, contrariando determinação de
de forma capaz de desfazer o malefício da autoridade competente:
publicidade enganosa ou abusiva.
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Pena – Detenção de seis meses a dois anos e que exponha o consumidor, injustificadamente,
multa. a ridículo ou interfira com seu trabalho,
descanso ou lazer:
Parágrafo único. As penas deste artigo são
aplicáveis sem prejuízo das correspondentes Pena – Detenção de três meses a um ano e
à lesão corporal e à morte. multa.
Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do
ou omitir informação relevante sobre a consumidor às informações que sobre ele
natureza, característica, qualidade, quantidade, constem em cadastros, banco de dados, fichas
segurança, desempenho, durabilidade, preço e registros:
ou garantia de produtos ou serviços:
Pena – Detenção de seis meses a um ano ou
Pena – Detenção de três meses a um ano e multa.
multa.
Art. 73. Deixar de corrigir imediatamente
§ 1º Incorrerá nas mesmas penas quem informação sobre consumidor constante de
patrocinar a oferta. cadastro, banco de dados, fichas ou registros
que sabe ou deveria saber ser inexata:
§ 2º Se o crime é culposo;
Pena – Detenção de um a seis meses ou multa.
Pena – Detenção de um a seis meses ou multa.
Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o
Art. 67. Fazer ou promover publicidade que termo de garantia adequadamente preenchido
sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva: e com especificação clara de seu conteúdo;
Pena Detenção de três meses a um ano e multa. Pena – Detenção de um a seis meses ou multa.
Parágrafo único. (Vetado). Art. 75. Quem, de qualquer forma, concorrer
Art. 68. Fazer ou promover publicidade que para os crimes referidos neste código, incide
sabe ou deveria saber ser capaz de induzir o as penas a esses cominadas na medida de
consumidor a se comportar de forma prejudicial sua culpabilidade, bem como o diretor,
ou perigosa a sua saúde ou segurança: administrador ou gerente da pessoa jurídica
que promover, permitir ou por qualquer modo
Pena – Detenção de seis meses a dois anos e aprovar o fornecimento, oferta, exposição
multa: à venda ou manutenção em depósito de
produtos ou a oferta e prestação de serviços nas
Parágrafo único. (Vetado).
condições por ele proibidas.
Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos,
Art. 76. São circunstâncias agravantes dos
técnicos e científicos que dão base à publicidade:
crimes tipificados neste código:
Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
I – serem cometidos em época de grave crise
Art. 70. Empregar na reparação de produtos, econômica ou por ocasião de calamidade;
peça ou componentes de reposição usados,
II – ocasionarem grave dano individual ou
sem autorização do consumidor:
coletivo;
Pena Detenção de três meses a um ano e multa.
III – dissimular-se a natureza ilícita do
Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de procedimento;
ameaça, coação, constrangimento físico
IV – quando cometidos:
ou moral, afirmações falsas incorretas ou
enganosas ou de qualquer outro procedimento
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a) por servidor público, ou por pessoa crimes e contravenções que envolvam relações
cuja condição econômico-social seja de consumo, poderão intervir, como assistentes
manifestamente superior à da vítima; do Ministério Público, os legitimados indicados
no art. 82, inciso III e IV, aos quais também é
b) em detrimento de operário ou rurícola; facultado propor ação penal subsidiária, se a
de menor de dezoito ou maior de sessenta denúncia não for oferecida no prazo legal.
anos ou de pessoas portadoras de
deficiência mental interditadas ou não;
V – serem praticados em operações que
TÍTULO III
envolvam alimentos, medicamentos ou Da Defesa do Consumidor em Juízo
quaisquer outros produtos ou serviços
essenciais .
CAPÍTULO I
Art. 77. A pena pecuniária prevista nesta Seção DISPOSIÇÕES GERAIS
será fixada em dias-multa, correspondente ao
mínimo e ao máximo de dias de duração da Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos
pena privativa da liberdade cominada ao crime. consumidores e das vítimas poderá ser exercida
Na individualização desta multa, o juiz observará em juízo individualmente, ou a título coletivo.
o disposto no art. 60, §1º do Código Penal.
Parágrafo único. A defesa coletiva será
Art. 78. Além das penas privativas de liberdade exercida quando se tratar de:
e de multa, podem ser impostas, cumulativa ou
alternadamente, observado odisposto nos arts. I – interesses ou direitos difusos, assim
44 a 47, do Código Penal: entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível, de
I – a interdição temporária de direitos; que sejam titulares pessoas indeterminadas
II – a publicação em órgãos de comunicação e ligadas por circunstâncias de fato;
de grande circulação ou audiência, às II – interesses ou direitos coletivos, assim
expensas do condenado, de notícia sobre os entendidos, para efeitos deste código, os
fatos e a condenação; transindividuais, de natureza indivisível de
III – a prestação de serviços à comunidade. que seja titular grupo, categoria ou classe
de pessoas ligadas entre si ou com a parte
Art. 79. O valor da fiança, nas infrações de que contrária por uma relação jurídica base;
trata este código, será fixado pelo juiz, ou pela
autoridade que presidir o inquérito, entre cem e III – interesses ou direitos individuais
duzentas mil vezes o valor do Bônus do Tesouro homogêneos, assim entendidos os
Nacional (BTN), ou índice equivalente que decorrentes de origem comum.
venha a substituí-lo. Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único,
Parágrafo único. Se assim recomendar a são legitimados concorrentemente:
situação econômica do indiciado ou réu, a I – o Ministério Público,
fiança poderá ser:
II – a União, os Estados, os Municípios e o
a) reduzida até a metade do seu valor Distrito Federal;
mínimo;
III – as entidades e órgãos da Administração
b) aumentada pelo juiz até vinte vezes. Pública, direta ou indireta, ainda que sem
personalidade jurídica, especificamente
Art. 80. No processo penal atinente aos crimes
destinados à defesa dos interesses e direitos
previstos neste código, bem como a outros
protegidos por este código;
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CAPÍTULO II tiveram sido fixadas em sentença de liquidação,
DAS AÇÕES COLETIVAS PARA A sem prejuízo do ajuizamento de outras
DEFESA DE INTERESSES INDIVIDUAIS execuções.
HOMOGÊNEOS § 1º A execução coletiva far-se-á com base
em certidão das sentenças de liquidação, da
Art. 91. Os legitimados de que trata o art. qual deverá constar a ocorrência ou não do
82 poderão propor, em nome próprio e no trânsito em julgado.
interesse das vítimas ou seus sucessores, ação
civil coletiva de responsabilidade pelos danos § 2º É competente para a execução o juízo:
individualmente sofridos, de acordo com o
I – da liquidação da sentença ou da ação
disposto nos artigos seguintes.
condenatória, no caso de execução
Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a individual;
ação, atuará sempre como fiscal da lei.
II – da ação condenatória, quando coletiva
Parágrafo único. (Vetado). a execução.
Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Art. 99. Em caso de concurso de créditos
Federal, é competente para a causa a justiça local: decorrentes de condenação prevista na Lei n.º
7.347, de 24 de julho de 1985 e de indenizações
I – no foro do lugar onde ocorreu ou deva pelos prejuízos individuais resultantes do
ocorrer o dano, quando de âmbito local; mesmo evento danoso, estas terão preferência
II – no foro da Capital do Estado ou no do no pagamento.
Distrito Federal, para os danos de âmbito Parágrafo único. Para efeito do disposto
nacional ou regional, aplicando-se as regras neste artigo, a destinação da importância
do Código de Processo Civil aos casos de recolhida ao fundo criado pela Lei nº7.347
competência concorrente. de 24 de julho de 1985, ficará sustada
Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital enquanto pendentes de decisão de
no órgão oficial, a fim de que os interessados segundo grau as ações de indenização pelos
possam intervir no processo como litisconsortes, danos individuais, salvo na hipótese de o
sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios patrimônio do devedor ser manifestamente
de comunicação social por parte dos órgãos de suficiente para responder pela integralidade
defesa do consumidor. das dívidas.
Art. 95. Em caso de procedência do pedido, Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem
a condenação será genérica, fixando a habilitação de interessados em número
responsabilidade do réu pelos danos causados. compatível com a gravidade do dano, poderão
os legitimados do art. 82 promover a liquidação
Art. 96. (Vetado). e execução da indenização devida.
Art. 97. A liquidação e a execução de sentença Parágrafo único. O produto da indenização
poderão ser promovidas pela vítima e seus devida reverterá para o fundo criado pela
sucessores, assim como pelos legitimados de Lei n.º 7.347, de 24 de julho de 1985.
que trata o art. 82.
Parágrafo único. (Vetado).
Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo
promovida pelos legitimados de que trata o art.
82, abrangendo as vítimas cujas indenizações já
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TÍTULO IV a fiscalização de preços, abastecimento,
Do Sistema Nacional de Defesa do quantidade e segurança de bens e serviços;
Consumidor IX – incentivar, inclusive com recursos
financeiros e outros programas especiais,
Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa a formação de entidades de defesa do
do Consumidor (SNDC), os órgãos federais, consumidor pela população e pelos órgãos
estaduais, do Distrito Federal e municipais e as públicos estaduais e municipais;
entidades privadas de defesa do consumidor.
X – (Vetado).
Art. 106. O Departamento Nacional de Defesa
do Consumidor, da Secretaria Nacional de XI – (Vetado).
Direito Econômico (MJ), ou órgão federal que
venha substituí-lo, é organismo de coordenação XII – (Vetado)
da política do Sistema Nacional de Defesa do XIII – desenvolver outras atividades
Consumidor, cabendo-lhe: compatíveis com suas finalidades.
I – planejar, elaborar, propor, coordenar e Parágrafo único. Para a consecução de seus
executar a política nacional de proteção ao objetivos, o Departamento Nacional de
consumidor; Defesa do Consumidor poderá solicitar o
II – receber, analisar, avaliar e encaminhar concurso de órgãos e entidades de notória
consultas, denúncias ou sugestões especialização técnico-científica.
apresentadas por entidades representativas
ou pessoas jurídicas de direito público ou
privado; TÍTULO V
III – prestar aos consumidores orientação Da Convenção Coletiva de Consumo
permanente sobre seus direitos e garantias;
Art. 107. As entidades civis de consumidores e
IV – informar, conscientizar e motivar o as associações de fornecedores ou sindicatos
consumidor através dos diferentes meios de de categoria econômica podem regular, por
comunicação; convenção escrita, relações de consumo que
V – solicitar à polícia judiciária a instauração tenham por objeto estabelecer condições
de inquérito policial para a apreciação de relativas ao preço, à qualidade, à quantidade,
delito contra os consumidores, nos termos à garantia e características de produtos e
da legislação vigente; serviços, bem como à reclamação e composição
do conflito de consumo.
VI – representar ao Ministério Público
competente para fins de adoção de medidas § 1º A convenção tornar-se-á obrigatória
processuais no âmbito de suas atribuições; a partir do registro do instrumento no
cartório de títulos e documentos.
VII – levar ao conhecimento dos órgãos
competentes as infrações de ordem § 2º A convenção somente obrigará os
administrativa que violarem os interesses filiados às entidades signatárias.
difusos, coletivos, ou individuais dos § 3º Não se exime de cumprir a convenção o
consumidores; fornecedor que se desligar da entidade em
VIII – solicitar o concurso de órgãos e data posterior ao registro do instrumento.
entidades da União, Estados, do Distrito Art. 108. (Vetado).
Federal e Municípios, bem como auxiliar
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Considerações sobre Código de Defesa do Consumidor
1. CONCEITOS BÁSICOS
Esquema
Constituição Federal, art. 5º, XXXII: O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do
consumidor − cláusula pétrea.
Código de Defesa do Consumidor, Lei nº 8.078/1990, cujas normas são de interesse
social e de ordem pública.
Vulnerabilidade (art. 4º, I, CDC): Todo consumidor é presumidamente vulnerável.
Considerações
1. Para iniciar o estudo sobre Direito do Consumidor, é importantíssimo fazer uma leitura
atenta do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990). Trata-se de uma lei
pequena, com menos de 120, redigidos de forma clara e linguagem simplificada, pois a
intenção é de que o próprio consumidor em geral consiga entendê-los.
3. Como se tratam de normas de ordem pública, têm aplicação obrigatória, não podendo ser
derrogadas pelas partes. É uma legislação especial, cujo regime jurídico é aplicável sempre
que se tratar de relação de consumo.
4. Para que haja uma relação de consumo, é necessário que de um lado esteja alguém que se
enquadre no conceito de consumidor e, de outro, alguém que se enquadre no conceito de
fornecedor.
5. Ao estudar o Direito do Consumidor, deve-se ter como premissa que todo consumidor é
presumidamente vulnerável na relação de consumo. A intenção do legislador foi de criar
uma situação jurídica mais favorável à parte mais fraca na relação (consumidor), a fim de
equilibrar as desigualdades.
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Esquema
CONCEITO DE CONSUMIDOR
GERAL (art. 2º)
POR EQUIPARAÇÃO
Considerações
1. Segundo o conceito padrão, trazido pelo CDC, consumidor é toda pessoa física ou jurídica
que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatária final.
2. No entanto, o CDC prevê categorias que, mesmo não se enquadrando nesse conceito
padrão, também receberão a proteção como se consumidores fossem. São os chamados
consumidores por equiparação:
I − a coletividade de pessoas que haja intervindo nas relações de consumo;
II − todas as vítimas de acidente de consumo;
III − todas as pessoas expostas às práticas comerciais e contratuais.
Esquema
CONCEITO DE FORNECEDOR
Art. 3º Fornecedor é toda pessoa: física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, incluindo entes despersonalizados (exemplo: massa falida, sociedade
de fato), que desenvolvam atividade de: produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos
ou prestação de serviços.
CONCEITO DE PRODUTO
Art. 3º, § 1º: Produto é qualquer bem móvel, imóvel, material ou imaterial. O legislador
deixou o conceito bem amplo, a fim de abranger todo e qualquer bem oferecido no
mercado de consumo.
CONCEITO DE SERVIÇO
Art. 3º, § 2º: Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado, mediante
remuneração, salvo as decorrentes de relação de trabalho.
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Considerações
2. Em relação aos serviços, além daqueles expressamente citados pelo CDC, importante
conhecer o teor das seguintes Súmulas do STJ:
•• Súmula nº 297: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições
financeiras.
3. Quanto à remuneração do serviço, deve-se compreender não apenas a direta como
também a indireta (serviço aparentemente gratuito), ou seja, quando o custo do serviço
vem embutido na própria atividade do fornecedor (exemplo: estacionamentos gratuitos
de supermercado, ou frete gratuito na compra de determinado produto, cujos custos estão
diluídos nos produtos vendidos).
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Esquema
Considerações
1. Um dos direitos básicos arrolados que merece atenção especial é a inversão do ônus da
prova: para sua concessão, que pode ser de ofício e somente em favor do consumidor,
é necessário que o juiz verifique a presença de verossimilhança ou hipossuficiência (não
necessariamente ambos).
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3. Diferenciar: Vulnerabilidade (que pode ser técnica, jurídica, fática ou informacional) é uma
presunção legal conferida a todo o consumidor. Já a hipossuficiência é um dos requisitos
para a inversão do ônus da prova e sua existência deve ser analisada no caso concreto.
Assim, todo o consumidor é vulnerável, mas nem todo é hipossuficiente.
RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR
Esquema
RESPONSABILIDADE OBJETIVA – PRODUTO OU SERVIÇO
Considerações
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3. Entretanto, o próprio CDC traz uma exceção a essa regra da responsabilidade objetiva,
ao dispor que o profissional liberal responderá mediante a verificação de culpa, ou seja,
responderá de forma subjetiva.
Se for vício aparente ou de fácil constatação, o prazo começa a contar da entrega efetiva do
produto ou do final da execução do serviço.
Se for vício oculto, o prazo começa a contar do momento em que ficar evidenciado o vício.
7. Não sendo resolvido o problema no prazo acima, caberá ao consumidor escolher umas
dessas opções:
•• Substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
•• Restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos;
•• Abatimento proporcional do preço.
8. O consumidor poderá fazer uso imediato das opções acima (ou seja, sem precisar aguardar
o prazo dos 30 dias para o fornecedor sanar o vício) sempre que em razão da extensão do
vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características
do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.
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10. Quando se trata de vício do serviço, também não há prazo para o fornecedor saná-lo,
podendo o consumidor exigir, imediatamente, à sua escolha, dentre as opções abaixo:
•• Reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível (que poderá ser
realizada por terceiros, mas por conta e risco do fornecedor);
•• Restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos;
•• Abatimento proporcional do preço.
11. Como a responsabilidade do fornecedor é objetiva, sua ignorância sobre os vícios dos
produtos ou serviços não o exime da responsabilidade.
12. Quem responde pelo vício? A regra é a da solidariedade, ou seja, o consumidor poderá
se dirigir a qualquer um dos fornecedores. Todos (qualquer um deles) têm o dever de
solucionar o problema perante o consumidor, e depois, entre eles, que apurem e façam
os ressarcimentos conforme acordarem. Exemplo: é comum o consumidor se dirigir ao
comerciante para reclamar um vício do produto e esse fornecedor alegar que o problema
deve ser reclamado diretamente com o fabricante; na verdade, independentemente de
ser “problema de fábrica” ou qualquer outro tipo de vício, por disposição legal, todos são
solidariamente responsáveis perante do consumidor.
13. Fato (também chamado de acidente de consumo): Caracteriza-se por um dano decorrente
de defeito do produto ou serviço. Exemplo: liquidificador que, ao ser utilizado normalmente,
em razão de defeito técnico, explode, causando lesões físicas ou psíquicas ao consumidor
ou estragando outros objetos que estejam próximos.
14. O produto ou serviço defeituoso é aquele que não apresenta a segurança que dele se espera,
levando-se em consideração, obviamente, o modo de fornecimento ou sua apresentação, o
resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam e a época em que foi fornecido ou
colocado no mercado. Entretanto, o produto não será considerado defeituoso em razão de
outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado, da mesma forma que o serviço
não será considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.
16. Como o fato gera um dano (que vai além do prejuízo do produto ou serviço em si), a
responsabilidade do fornecedor será de indenizar, o que, em regra, será buscado através
de uma ação judicial.
17. O prazo para a propositura da ação será prescricional de 5 anos, a contar do conhecimento
do dano e sua autoria. Observe-se que, em se tratando de relação de consumo, o prazo
para o consumidor é mais favorável do que a regra geral do Código Civil, que prevê o prazo
prescricional de 3 anos para pretensão de reparação civil.
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19. Quem responde pelo fato? O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro
e o importador. Entretanto, o comerciante somente responderá em 3 hipóteses:
•• Quando o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser
identificados;
•• Quando o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor,
construtor ou importador;
•• Quando não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
Isso significa dizer que, o comerciante responde de forma subsidiária, pois somente será
responsável nas 3 hipóteses acima.
20. Quando tratamos da relação de consumo, nos conceitos iniciais, foi mencionada a figura
do consumidor por equiparação quando vítima de acidente de consumo (fato). Agora
fica mais fácil entender esse conceito, pois se trata de terceiro que, mesmo não tendo
adquirido o produto ou serviço como destinatário final, acabou sendo atingido pelo
acidente de consumo. Exemplo: um veículo que, por um defeito no sistema de freios,
não consegue frear, se chocando com outro e causando danos a ambos os condutores. O
primeiro condutor, por ter adquirido o produto como destinatários final, já é considerado
consumidor e o segundo, que simplesmente sofreu danos oriundos do fato também
será considerado consumidor (por equiparação), utilizando-se das mesmas regras que o
primeiro ao buscar a reparação dos danos.
Para fixar:
Fato Vício
O liquidificador explode e causa danos ao O liquidificador para de funcionar.
consumidor ou a terceiro.
O salto do sapato descola, causando uma lesão O salto do sapato descola.
no tornozelo de quem está calçando-o.
O alimento vendido com prazo de validade O alimento é vendido com o prazo de validade
vencido é ingerido e causa algum dano ao vencido.
consumidor.
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3. PRÁTICAS COMERCIAIS (OFERTA, PUBLICIDADE E PRÁTICAS ABUSIVAS)
Esquema
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Considerações
1. Oferta: Toda informação, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio
de comunicação, obriga o fornecedor e integra o contrato que eventualmente vier a ser
celebrado.
ENGANOSA ABUSIVA
Falsa, que induz em erro Desrespeita valores
Informação ou comunicação de caráter Discriminatória de qualquer natureza, a
publicitário, inteira ou parcialmente falsa, que incite à violência, explore o medo ou
ou, por qualquer outro modo, mesmo a superstição, se aproveite da deficiência
por omissão, capaz de induzir em erro de julgamento e experiência da criança,
o consumidor a respeito da natureza, desrespeita valores ambientais, ou que
características, qualidade, quantidade, seja capaz de induzir o consumidor a
propriedades, origem, preço e quaisquer se comportar de forma prejudicial ou
outros dados sobre produtos e serviços. perigosa à sua saúde ou segurança.
Pode ser enganosa por omissão, quando
deixa de informar dados essenciais.
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10. As práticas abusivas, cujo rol exemplificativo segue abaixo, são vedadas (art. 39, CDC).
“I − condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou
serviço (venda casada), bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
II − recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas
disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes;
III − enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer
qualquer serviço (caso ocorra essa prática, os produtos ou serviços remetidos ao consumidor
equiparam-se a amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento);
IV − prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde,
conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;
V − exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
VI − executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do
consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes;
VII − repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exercício
de seus direitos;
VIII − colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as
normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem,
pela ABNT ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial (Conmetro);
IX − recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a
adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em
leis especiais;
X − elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços;
XI − deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu
termo inicial a seu exclusivo critério;
XII − aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente estabelecido.”
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Esquema
Considerações
1. Bancos de dados e cadastros de consumidores: (Como SPC, SERASA, etc.) São considerados
entidades de caráter público e devem permitir ao consumidor o acesso às informações
existentes. As informações negativas sobre o consumidor não podem permanecer
registradas por período superior a 5 anos. Da mesma forma, não poderão ser fornecidas
por esses órgãos informações sobre débitos cuja cobrança já esteja prescrita. O consumidor
tem direito ao acesso às informações sobre si, e, sempre que encontrar inexatidão nos seus
dados e cadastros, poderá exigir sua imediata correção, devendo o arquivista, no prazo de
5 dias úteis, comunicar a alteração aos eventuais destinatários das informações incorretas.
Sobre o assunto, observar as seguintes Súmulas do STJ:
•• Súmula nº 323: A inscrição do nome do devedor pode ser mantida nos serviços de
proteção ao crédito até o prazo máximo de cinco anos, independentemente da
prescrição da execução.
•• Súmula nº 385: Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe
indenização por dano moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o
direito ao cancelamento.
•• Súmula nº 359: Cabe ao órgão mantenedor do cadastro de proteção ao crédito a
notificação do devedor antes de proceder à inscrição.
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5. PROTEÇÃO CONTRATUAL (DIREITO DE ARREPENDIMENTO E GARANTIAS)
Esquema
Considerações
2. Atenção para que a prática cotidiana não confunda: somente há direito de arrependimento
(desistência do negócio) quando a contratação foi fora do estabelecimento comercial e
somente há direito à troca nos casos já vistos em que o produto ou serviço apresentam
vícios. Exemplo: é comum, após as datas festivas (Natal, Dia das Mães, etc.), os
consumidores se dirigirem às lojas por não terem gostado da cor ou modelo do produto, ou
por terem ganhado de presente e não ter servido o tamanho, e os comerciantes efetuarem
as trocas; no entanto, isso é uma faculdade do fornecedor, que pretende conquistar o
cliente, mas não há qualquer obrigação legal em efetuar tal troca (exceto quando o próprio
fornecedor se obrigou, no momento da oferta ou contratação, hipótese em que deverá
cumprir o ofertado ou pactuado).
3. Garantia: Trata-se de um prazo para reclamar por vícios dos produtos ou serviços. Portanto,
a garantia legal é reclamada nos prazos decadenciais do art. 26 do CDC (30 ou 90 dias).
4. A garantia legal é obrigatória, imposta por lei, não precisando de termo escrito, sendo vedada
e exoneração do fornecedor. (Exemplo: é comum que um fornecedor venda determinado
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produto e “avise” que não há garantia alguma; entretanto, essa informação deve ser
desconsiderada, já que a garantia legal não é dada pelo fornecedor e sim imposta pela lei,
sendo obrigatória em qualquer produto ou serviço fornecidos no mercado de consumo).
CONSIDERAÇÕES:
1. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor,
sendo que os contratos não obrigarão o consumidor quando não lhe for dada a
oportunidade de tomar conhecimento prévio do seu conteúdo ou quando forem redigidos
de modo a dificultar a sua compreensão.
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2. São abusivas, nulas de pleno direito, as cláusulas que:
I − impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de
qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos
(nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização
poderá ser limitada, em situações justificáveis);
II − subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos no
CDC;
III − transfiram responsabilidades a terceiros;
IV − estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em
desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade;
V – vetado;
VI − estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor;
VII − determinem a utilização compulsória de arbitragem;
VIII − imponham representante para concluir ou realizar outro negócio jurídico pelo consumidor;
IX − deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora obrigando o
consumidor;
X − permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira unilateral;
XI − autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual direito seja
conferido ao consumidor;
XII − obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação, sem que igual
direito lhe seja conferido contra o fornecedor;
XIII − autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do
contrato, após sua celebração;
XIV − infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais;
XV − estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor;
XVI − possibilitem a renúncia do direito de indenização por benfeitorias necessárias.
3. Cláusulas abusivas são nulas de pleno direito. Entretanto, pelo Princípio da Conservação
dos Contratos, a nulidade de uma das cláusulas não invalida o contrato, salvo se apesar
dos esforços de integração, ocorrer ônus excessivo a uma das partes.
4. Atenção: Muito embora a doutrina entenda que a abusividade das cláusulas pode ser
declarada de ofício pelo julgador, o STJ tem o seguinte entendimento:
Súmula nº 381: “[...] nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da
abusividade das cláusulas”.
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3. Legitimados concorrentemente para a defesa coletiva dos consumidores (art. 82, CDC):
•• Ministério Público;
•• União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;
•• Entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem
personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos
protegidos pelo CDC;
•• Associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus
fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos pelo CDC, dispensada a
autorização assemblear.
Observação: O MP, quando não ajuizar a ação, atuará sempre como fiscal da lei.
4. Atenção: a Defensoria Pública é legítima para propor Ação Civil Pública em defesa coletiva
dos consumidores. Porém, não consta no rol dos legitimados do CDC e sim no art. 5º, II da
lei nº 7.347/1985 (Lei da ACP, cujo artigo foi alterado pela Lei nº 11.448/2007)
5. Para a defesa dos direitos e interesses protegidos do CDC, são admitidas todas as espécies
de ações capazes de propiciar a adequada e efetiva tutela dos consumidores.
6. Foro competente – nas ações de repsonsabilidade civil do fornecedor de produtos ou
serviços, o consumidor poderá optar pelo ajuizamento no foro do seu domicílio, a fim
de facilitar sua defesa e acesso ao Judiciário. Em contrato de adesão, caso haja claúsula
de eleição de foro, impedindo o consumidor de ajuizar ação no seu domicílio, esta será
considerada nula de pleno direito.
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5. (19020) CÓDIGO DE DEFESA DO já o estudaram, como fonte de referência,
CONSUMIDOR | CESPE | CEF | 2005 para a confecção de códigos em seus
ASSUNTOS: CONCEITOS BÁSICOS países. Com base no CDC, julgue os itens
subsequentes.
O Código Brasileiro de Defesa do
Consumidor (CDC) é considerado, por O objetivo do CDC é a defesa dos menos
muitos estudiosos, o mais completo favorecidos, tanto que, nesse Código, a
instrumento de defesa do consumidor do definição de consumidor é a pessoa física
mundo. Vários observadores internacionais que adquire ou utiliza produto ou serviço
já o estudaram, como fonte de referência, como destinatário final.
para a confecção de códigos em seus ( ) Certo ( ) Errado
países. Com base no CDC, julgue os itens
subsequentes.
8. (11201) CÓDIGO DE DEFESA DO
Produto, para efeito de consumo, é CONSUMIDOR | CESPE | TJ – DF | 2013
qualquer bem, móvel ou imóvel, material ASSUNTOS: DIREITO DO CONSUMIDOR
ou imaterial.
Acerca de direitos do consumidor, julgue os
( ) Certo ( ) Errado itens subsequentes.
O consumidor que adquire um produto
6. (11195) CÓDIGO DE DEFESA DO pela Internet poderá exercer o direito de
CONSUMIDOR | FCC | BANCO DO BRASIL arrependimento no prazo máximo de sete
| 2010 ASSUNTOS: DECADÊNCIA E dias, contado do recebimento do produto,
PRESCRIÇÃO tendo, nesse caso, direito de ser ressarcido
dos valores eventualmente pagos.
As questões de números 61 a 64 referem-
se à Lei nº 8.078/90 Código de Defesa do ( ) Certo ( ) Errado
Consumidor.
9. (11189) CÓDIGO DE DEFESA DO
Tratando-se de fornecimento de serviços CONSUMIDOR | CESPE | CEF | 2006
e de produtos não duráveis, o direito de ASSUNTOS: CONCEITOS BÁSICOS
reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil
constatação caduca em: O Código Brasileiro de Defesa do
Consumidor (CDC) é considerado, por
a) 360 dias. muitos estudiosos, o mais completo
b) 180 dias. instrumento de defesa do consumidor do
c) 120 dias. mundo. Vários observadores internacionais
d) 90 dias. já o estudaram, como fonte de referência,
e) 30 dias. para a confecção de códigos em seus
países. Com base no CDC, julgue os itens
7. (11188) CÓDIGO DE DEFESA DO subsequentes.
CONSUMIDOR | CESPE | CEF | 2006
ASSUNTOS: DEFINIÇÃO CONSUMIDOR E Uma coletividade de pessoas equipara-
FORNECEDOR se a consumidor, desde que os membros
dessa coletividade sejam devidamente
O Código Brasileiro de Defesa do determinados e identificados e que tenham
Consumidor (CDC) é considerado, por participado nas relações de consumo.
muitos estudiosos, o mais completo
instrumento de defesa do consumidor do ( ) Certo ( ) Errado
mundo. Vários observadores internacionais
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convencê-lo da necessidade de alterar alguns 16. (19193) CÓDIGO DE DEFESA DO
dados no referido documento. Entretanto, CONSUMIDOR | CESPE | IFB | 2011
passada uma semana, João constatou que ASSUNTOS: RESPONSABILIDADE CIVIL
as alterações solicitadas não haviam sido Julgue os itens a seguir, a respeito da
efetuadas. Nessa situação, do ponto de vista prevenção e da reparação dos danos
do Código de Defesa do Consumidor, João causados aos consumidores.
nada poderá fazer, pois o código é omisso
com relação a esse tipo de problema. Caso um profissional liberal da área médica
cause danos a paciente consumidor, no
( ) Certo ( ) Errado exercício da prestação de serviços, a
responsabilidade pessoal desse profissional
14. (19021) CÓDIGO DE DEFESA DO liberal será apurada mediante a verificação
CONSUMIDOR | CESPE | CEF | 2006 de sua culpa.
ASSUNTOS: CONCEITOS BÁSICOS ( ) Certo ( ) Errado
O Código Brasileiro de Defesa do Consumidor
(CDC) é considerado, por muitos estudiosos, 17. (11194) CÓDIGO DE DEFESA DO
o mais completo instrumento de defesa do CONSUMIDOR | FCC | MPE – RS | 2010
consumidor do mundo. Vários observadores ASSUNTOS: DISPOSIÇÕES GERAIS
internacionais já o estudaram, como fonte
de referência, para a confecção de códigos Tendo em vista o Código de Defesa do
em seus países. Com base no CDC, julgue os Consumidor, considere as seguintes
itens subsequentes. afirmações:
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IV – A reexecução dos serviços, sem 25. (11174) CÓDIGO DE DEFESA DO
custo adicional e quando cabível, pode CONSUMIDOR | CESPE | TRE – BA | 2010
ser confiada a terceiros devidamente
capacitados, por conta e risco do fornecedor. ASSUNTOS: CONTRATO DE CONSUMO
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Para ver a explicação do professor sobre as questões, clique no link a seguir ou baixe
um leitor QR Code em seu celular e fotografe o código.
http://acasadasquestoes.com.br/prova-imprimir.php?prova=30770
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§ 6º As cooperativas singulares de crédito § 12. Nas hipóteses previstas nos §§ 7º e 8º,
filiadas a cooperativa central podem o convênio somente pode ser realizado com
firmar convênio com a respectiva central, associação de classe, ou bolsa de valores,
confederação ou banco cooperativo do ou bolsa de mercadorias e de futuros,
sistema, para compartilhamento e utilização ou cooperativa central, ou federação ou
de componente organizacional de ouvidoria confederação de cooperativas de crédito
único, mantido em uma dessas instituições. que possua código de ética e/ou de
autorregulação efetivamente implantados
§ 7º As cooperativas singulares de crédito aos quais a instituição tenha aderido.
não filiadas a cooperativa central podem
firmar convênio com cooperativa central, Art. 2º Constituem atribuições da ouvidoria:
ou com federação ou confederação
de cooperativas de crédito, ou com I – receber, registrar, instruir, analisar
associação representativa da classe, para e dar tratamento formal e adequado
compartilhamento e utilização de ouvidoria às reclamações dos clientes e usuários
mantida em uma dessas instituições. de produtos e serviços das instituições
referidas no caput do art. 1º que não forem
§ 8º As instituições não referidas nos §§ solucionadas pelo atendimento habitual
5º, 6º e 7º podem firmar convênio com a realizado por suas agências e quaisquer
associação de classe a que sejam afiliadas outros pontos de atendimento;
ou com as bolsas de valores ou as bolsas de
mercadorias e de futuros nas quais realizam II – prestar os esclarecimentos necessários
operações, para compartilhamento e e dar ciência aos reclamantes acerca
utilização da ouvidoria mantida em uma do andamento de suas demandas e das
dessas entidades. providências adotadas;
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II – informar o nome do ouvidor, que deverá do Brasil pelo prazo mínimo de cinco anos,
ser o do ouvidor da associação de classe, acompanhado da revisão e da apreciação
bolsa de valores ou bolsa de mercadorias de que tratam os incisos I e II.
e de futuros, entidade ou empresa que
constituir a ouvidoria. Art. 5º As instituições não obrigadas, no termos
desta resolução, à remessa do relatório do
§ 4º Os dados relativos ao diretor diretor responsável pela ouvidoria ao Banco
responsável pela ouvidoria e ao ouvidor Central do Brasil, devem manter os relatórios
devem ser inseridos e mantidos atualizados ainda não enviados na forma exigida pela
em sistema de informações, na forma Resolução nº 3.477, de 26 de julho de 2007, na
estabelecida pelo Banco Central do Brasil. sede da instituição, conforme previsto no art.
4º, § 6º, inciso IV.
§ 5º O diretor responsável pela ouvidoria
deve elaborar relatório semestral, na Art. 6º As instituições referidas no caput do art.
forma definida pelo Banco Central do 1º devem adotar providências para que todos
Brasil, relativo às atividades da ouvidoria os integrantes da ouvidoria sejam considerados
nas datas-base de 30 de junho e 31 de aptos em exame de certificação organizado por
dezembro e sempre que identificada entidade de reconhecida capacidade técnica.
ocorrência relevante.
§ 1º O exame de certificação de que trata
§ 6º O relatório de que trata o § 5º deve ser: o caput deve abranger, no mínimo, temas
relacionados à ética, aos direitos e defesa
I – revisado pela auditoria externa, a qual do consumidor e à mediação de conflitos,
deve manifestar-se acerca da qualidade e bem como ter sido realizado após 30 de
adequação da estrutura, dos sistemas e dos julho de 2007.
procedimentos da ouvidoria, bem como
sobre o cumprimento dos demais requisitos § 2º A designação dos membros da
estabelecidos nesta resolução, inclusive nos ouvidoria fica condicionada à comprovação
casos previstos no art. 1º, §§ 7º, 8º e 10; de aptidão no exame de certificação de
que trata o caput, além do atendimento às
II – apreciado pela auditoria interna ou pelo demais exigências desta resolução.
comitê de auditoria, quando existente;
§ 3º As instituições referidas no caput do
III – encaminhado ao Banco Central art. 1º são responsáveis pela atualização
do Brasil, na forma e periodicidade periódica dos conhecimentos dos
estabelecida por aquela Autarquia: integrantes da ouvidoria.
a) pelas instituições que possuem comitê § 4º O diretor responsável pela ouvidoria
de auditoria, bem como pelas cooperativas deve atender à formalidade prevista no
centrais de crédito, confederações e caput somente na hipótese prevista no art.
bancos cooperativos que tenham instituído 4º, § 1º, inciso III.
componente organizacional único para
atuar em nome das respectivas cooperativas § 5º Nas hipóteses previstas no art. 1º,
de crédito singulares conveniadas nos §§ 7º, 8º e 10, os respectivos convênios
termos do art. 1º, § 6º; e devem conter cláusula exigindo exame
de certificação de todos os integrantes
b) pelas instituições referidas no caput das ouvidorias das associações de classe,
do art. 1º, no caso de ocorrência de fato entidades e empresas conveniadas, nos
relevante; termos desta resolução.
IV – arquivado na sede da respectiva
instituição, à disposição do Banco Central
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Art. 7º A ouvidoria deve manter sistema de Art. 8º O Banco Central do Brasil poderá
controle atualizado das reclamações recebidas, adotar medidas complementares necessárias à
de forma que possam ser evidenciados o execução do disposto nesta resolução.
histórico de atendimentos e os dados de
identificação dos clientes e usuários de Art. 9º Esta resolução entra em vigor na data de
produtos e serviços, com toda a documentação sua publicação.
e as providências adotadas. Art. 10. Ficam revogadas as Resoluções nº
Parágrafo único. As informações e a 3.477, de 26 de julho de 2007, e nº 3.489, de 29
documentação referidas no caput devem de agosto de 2007.
permanecer à disposição do Banco Central Brasília, 25 de março de 2010.
do Brasil na sede da instituição, pelo prazo
mínimo de cinco anos, contados da data da Henrique de Campos Meirelles
protocolização da ocorrência.
Presidente
As instituições devem:
I – dar ampla divulgação sobre a existência da ouvidoria, bem como de informações
completas acerca da sua finalidade e forma de utilização;
II – garantir o acesso gratuito dos clientes e usuários de produtos e serviços ao atendimento
da ouvidoria, por meio de canais ágeis e eficazes; e
III – disponibilizar acesso telefônico gratuito, cujo número deve ser:
a) divulgado e mantido atualizado em local e formato visível ao público no recinto das suas
dependências e nas dependências dos correspondentes no País, bem como nos respectivos
sítios eletrônicos na internet e nos demais canais de comunicação utilizados para difundir os
produtos e serviços da instituição;
b) registrado nos extratos, nos comprovantes, inclusive eletrônicos, nos contratos
formalizados com os clientes, nos materiais de propaganda e de publicidade e nos demais
documentos que se destinem aos clientes e usuários dos produtos e serviços da instituição; e
c) registrado e mantido permanentemente atualizado em sistema de informações, na forma
estabelecida pelo Bacen.
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4. Estrutura das ouvidorias:
Instituições Ouvidoria
– bancos comerciais; Em regra, devem instituir o componente
– bancos múltiplos; organizacional de ouvidoria na própria instituição.
– caixas econômicas;
– sociedades de crédito, financiamento e
investimento;
– associações de poupança e empréstimo;
– sociedades de arrendamento mercantil
que realizem operações de arrendamento
mercantil financeiro →
– cooperativas singulares de crédito filiadas a Podem firmar convênio com a respectiva
cooperativa central → central, confederação ou banco cooperativo do
sistema, para compartilhamento e utilização de
componente organizacional de ouvidoria único,
mantido em uma dessas instituições.
– cooperativas singulares de crédito não Em regra, podem firmar convênio com cooperativa
filiadas a cooperativa central → central, ou com federação ou confederação de
cooperativas de crédito, ou com associação
representativa da classe, para compartilhamento
e utilização de ouvidoria mantida em uma dessas
instituições.
– demais instituições não referidas acima → Podem firmar convênio com a associação de
classe a que sejam afiliadas ou com as bolsas
de valores ou as bolsas de mercadorias e de
futuros nas quais realizam operações, para
compartilhamento e utilização da ouvidoria
mantida em uma dessas entidades.
– instituições que fazem parte de Podem instituir componente organizacional único
conglomerado financeiro → que atuará em nome de todos os integrantes do
grupo.
– instituições que não façam parte de podem firmar convênio com empresa não
conglomerado financeiro → financeira ligada, que possuir ouvidoria, para
compartilhamento e utilização da respectiva
ouvidoria.
– bancos comerciais sob controle direto ficam excluídos da exigência estabelecida (não
de bolsas de mercadorias e de futuros que precisam instituir ouvidorias)
operem exclusivamente no desempenho de
funções de liquidante e custodiante central
das operações cursadas →
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6. O serviço prestado pela ouvidoria aos clientes e usuários dos produtos e serviços das
instituições deve ser identificado por meio de número de protocolo de atendimento.
7. Os relatórios de que trata o inciso VI devem permanecer à disposição do Bacen pelo prazo
mínimo de 5 anos na sede da instituição.
O estatuto ou o contrato social das instituições deve conter, de forma expressa, entre
outros, os seguintes dados:
I – as atribuições da ouvidoria;
II – os critérios de designação e de destituição do ouvidor e o tempo de duração de seu mandato; e
III – o compromisso expresso da instituição no sentido de:
a) criar condições adequadas para o funcionamento da ouvidoria, bem como para que sua atuação
seja pautada pela transparência, independência, imparcialidade e isenção; e
b) assegurar o acesso da ouvidoria às informações necessárias para a elaboração de resposta
adequada às reclamações recebidas, com total apoio administrativo, podendo requisitar
informações e documentos para o exercício de suas atividades.
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9. Em sendo criada ouvidoria em instituição já em funcionamento, conforme a natureza
jurídica da sociedade, tal deve ser incluída no estatuto ou contrato social da instituição, na
primeira alteração que ocorrer após a criação da ouvidoria.
11. Relatório:
O diretor responsável pela ouvidoria deve elaborar relatório semestral, na forma definida
pelo Bacen, relativo às atividades da ouvidoria nas datas-base de 30/06 e 31/12 e sempre
que identificada ocorrência relevante. Esse relatório deve ser:
I – revisado pela auditoria externa, a qual deve manifestar-se acerca da qualidade e adequação da
estrutura, dos sistemas e dos procedimentos da ouvidoria, bem como sobre o cumprimento dos
demais requisitos estabelecidos nesta resolução;
II – apreciado pela auditoria interna ou pelo comitê de auditoria, quando existente;
III – encaminhado ao Bacen, na forma e periodicidade estabelecida por aquela Autarquia:
a) pelas instituições que possuem comitê de auditoria, bem como pelas cooperativas centrais de
crédito, confederações e bancos cooperativos que tenham instituído componente organizacional
único para atuar em nome das respectivas cooperativas de crédito singulares conveniadas nos
termos do art. 1º, § 6º; e
b) pelas instituições referidas no caput do art. 1º, no caso de ocorrência de fato relevante;
IV – arquivado na sede da respectiva instituição, à disposição do Bacen pelo prazo mínimo de 5
anos, acompanhado da revisão e da apreciação de que tratam os incisos I e II.
12. As instituições não obrigadas, no termos desta resolução, à remessa do relatório do diretor
responsável pela ouvidoria ao Bacen, devem manter os relatórios ainda não enviados, na
sede da instituição.
13. As instituições devem adotar providências para que todos os integrantes da ouvidoria sejam
considerados aptos em exame de certificação organizado por entidade de reconhecida
capacidade técnica. Esse exame deve abranger, no mínimo, temas relacionados à ética, aos
direitos e defesa do consumidor e à mediação de conflitos, bem como ter sido realizado
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14. As instituições são responsáveis pela atualização periódica dos conhecimentos dos
integrantes da ouvidoria. O diretor responsável pela ouvidoria deve passar pelo exame de
capacitação somente na hipótese na hipótese de recair a designação do diretor responsável
pela ouvidoria e do ouvidor sobre a mesma pessoa.
15. Nas hipóteses de instituições que firmaram convênios para compartilhamento e utilização
de ouvidorias, os respectivos convênios devem conter cláusula exigindo exame de
certificação de todos os integrantes das ouvidorias das associações de classe, entidades e
empresas conveniadas.
16. A ouvidoria deve manter sistema de controle atualizado das reclamações recebidas, de
forma que possam ser evidenciados o histórico de atendimentos e os dados de identificação
dos clientes e usuários de produtos e serviços, com toda a documentação e as providências
adotadas. Essas informações e documentação devem permanecer à disposição do Bacen
na sede da instituição, pelo prazo mínimo de 5 anos, contados da data da protocolização
da ocorrência.
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Questões
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