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MOVIMENTO PSICANÁLISE, AUTISMO E SAÚDE PÚBLICA

 Manifestações contra a Psicanálise reação profissionais de Saúde


Mental organizaram movimento de defesa multiprofissional.

Objetivo: Refutar, baseado em pesquisas e estudos, tentativas


de tratamentos exclusivos e a implantação de políticas públicas
de saúde mental.

Contra: Edital da Secretaria de Saúde de SP, 04 de setembro de 2012.


Exclusividade para as terapias Cognitivo-Comportamental Tentativa de
fechamento do CRIA (Centro de Referencia da Infância e Adolescência) de
orientação psicanalítica.

Motivo: Psicanálise NÃO tem base cientifica.

 No Movimento Psicanálise, Autismo e Saúde Pública Jornada 2013 constam:

350 profissionais no território nacional


100 Instituições (Privadas, Públicas, Não governamentais, entre outras)
Composto por grupos de trabalhos temáticos divididos em 3 subgrupos

1- Políticas Públicas para atendimento de crianças com Autismo


2- Ciência e Psicanálise
3- A Clínica Psicanalítica para crianças com Autismo
POLITICAS PUBLICAS EM SAÚDE MENTAL PARA INFÂNCIA
(Grupo 1)

 Transtornos mentais podem chegar a 20% dessa população (2005)


 Instituições assistenciais, viés asilar, sem perspectivas terapêuticas.

Métodos isolados no tratamento? Ou as classificações das


doenças mentais criam essa realidade?
 Não generalização - Projeto terapêutico singular – remissão sintomática do
modelo biomédico
 Foco na Subjetividade

PANORAMA DAS QUESTÕES ENVOLVENDO A ANÁLISE E


AUTISMO NA FRANÇA (Grupo 5)

Da Terapia Cognitivo-Comportamental/ Fatores Econômicos e Sociais

Resultados rápidos e visíveis

TCCs e Farmacologia

Reforçar comportamentos desejáveis e eliminar os indesejáveis

 Roudinesco critica a psicanálise fechada, não a cita como vitima –


psicanalistas principais inimigos da Psicanálise.
A METODOLOGIA PSICANALÍTICA NO TRATAMENTO DO AUTISMO
(Grupo 7)

 NÃO contato com o objeto – todas as abordagens


 Complexidade – necessário a articulação das áreas de conhecimento
 Causa do autismo – pluralidade - orgânico e psíquico
 Benefícios nos tratamentos de interação com o outro
 Psicanálise – contribuir no caminho da constituição psíquica e aos que
tropeçam devido a patologias orgânicas.
 Sintoma como resposta e não como falha a ser suprimida
 Metodologia Psicanalítica - eixos de avaliações
1- Brincar e estatuto da fantasia
2- Corpo e imagem corporal
3- Falar e posição na linguagem
4- Reconhecimento das regras e posição diante da lei

 Mãe Geladeira (Bruno Bettelheim, 1953) – Culpar os pais pelas dificuldades


dos filhos. Termo não mais utilizado pelo próprio autor.
Tratar o sujeito ali, para evitar e prevenir o que ele possa fazer com o
psiquismo.

A PSICANÁLISE NO TRATAMENTO INTERDISSCIPLINAR DDO AUTISMO (Grupo


8)

 O tratamento interdisciplinar teve inicio na clínica com crianças com


problemas do desenvolvimento.
 Revolução Cientifica do século XVIII promoveu a proliferação de
disciplinas.

Aprofundamento nos estudos de determinados aspectos do objeto de cada disciplina


– Ideal da ciência do século XX pautado nos princípios de ordem, separação e
redução.
Consequências: Fragmentação do conhecimento, gerando impasses para o clinico
– infância. Por quantos especialistas deve passar uma criança que apresenta
problemas em seu desenvolvimento?

Tentativa de resolução do problema: Hipótese de adição de conhecimentos


multidisciplinar.

 Infinitas fragmentações do sujeito


 Comprovar, não a melhora do paciente, mas a eficácia de cada técnica
aplicada.

Outra proposta – a Interdisciplinar – aponta a ética na direção do tratamento

 Nenhum saber é total


 A criança deve ser considerada como sujeito desde o inicio da vida

 A Psicanálise não intervém e não avança no conhecimento sobre o


autismo do modo isolado.
DO DSM–I AO DSM-5: EFEITOS DO DIAGNÓSTICO
PSIQUIÁTRICO “ESPECTRO AUTISTA” SOBRE PAIS E
CRIANÇAS (GRUPO 11)

 Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM, da


Associação Psiquiátrica Americana - APA
 DSM (1918) – 22 classes de distúrbios

 DSM-I (1952)
 “Reação” – Reações da personalidade a fatores psicológicos, sociais e
biológicos.
 Etiologia do transtorno era levada em conta.
 Autismo: “Sintoma da “Reação Esquizofrênica tipo Infantil”.

 DSM-II (1968) – 182 classes de distúrbios


 Eliminou o termo “reação”.
 Autismo: “Esquizofrenia tipo infantil”.
 Comportamento autistico, permanece sendo um sintoma.
 Psiquiatria e Psicanálise com objetivos na origem dos sintomas

 DSM-III (1980) – 265 categorias de distúrbios. Revisão (1987), 292


categorias de distúrbios.
 Neutro em relação às teorias etiológicas
 As doenças são classificadas quando são claramente conhecidas.
 Conceitos psicanalíticos são vistos como vagos e NÃO científicos.
 Autismo como subcategoria do Transtorno Global do Desenvolvimento
 Autismo: “Transtorno Autistico”
 Esquizofrenia infantil – raro na infância, diagnosticada só depois do
“Transtorno autista”, se houverem delírios e alucinações.
 DSM-IV (1994) – 297 categorias de transtornos mentais. Revisão (2000).
 Os Transtornos Globais do desenvolvimento recebem outros subtipos
“Transtorno de Rett”
“Transtorno Desintegrativo da Infância”
“Transtorno de Asperger”
 Influencia da Farmacologia e das pesquisas neurocientificas.
 Exclusão da etiologia dos Sintomas

 DSM-5 (2013) – 300 categorias de transtornos mentais.


 Extinção dos “Transtornos Globais do Desenvolvimento”
 Única categoria
 Autismo: “Transtorno do espectro do Autismo”
 Diagnóstico com base nos comportamentos observáveis
 Radical
 Autismo, principal diagnóstico psiquiátrico para crianças.
 Generalização

DSM TRANSFORMOU A PSIQUIATRIA

 Falta de comprovação cientifica, pede a credibilidade.


 Psiquiatria sendo questionada cientificamente
 Mudanças a partir do DSM-III
 Classificação diagnóstica padronizada
 Atender as demandas dos convênios
 Atender as demandas das Indústrias Farmacêuticas
 Eliminação dos Sintomas/ Ind. Farmacêutica e TCC, mesmo
propósito.

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