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PECULIARIDADES DA ADORAÇÃO:

Algumas dessas definições de adoração são:

1) “a superabundância de um coração grato, consciente do favor divino”;

2) “o derramamento de uma alma sossegadamente na presença de Deus”;

3) “a ocupação do coração, não com as necessidades, nem mesmo com as bênçãos,

mas com o próprio Deus”;

4) “o desabrochar de um coração que conhece o Pai como Aquele que deu o Filho

como Salvador, e o Espírito Santo como o Hóspede que habita em nós”3 .

Rick Atchley definiu adoração como “reco-nhecer Deus por quem Ele é,

reconhecer-nos a nós mesmos por quem somos, e reagir devida-mente a isso”4 .

A adoração confirma a excelência de Deus e a fragilidade do homem. Ela nos faz

lembrar de nossa dependência de Deus. Embora todas essas definições contribuam

para a com-preensão do que deve ser adoração, nenhuma delas pode explicá-la

totalmente. Não é minha pretensão tentar mais uma outra definição a esta altura.

QUANDO DEVEMOS ADORAR?

Quando pensamos em “adoração”, geral-mente pensamos na reunião pública

dos cristãos. Entretanto, se não estivermos adorando Deus em particular, não

estaremos espiritualmente equipados para adorá-lo aos domingos (o “pri-meiro dia

da semana”), às vezes descrito como “o Dia do Senhor”. (Veja Atos 20:7; 1 Coríntios

16:2; Apocalipse 1:10.)6

DOIS ASPECTOS DA ADORAÇÃO – COMO ESTILO DE VIDA E

COMUNITÁRIO

COMO DEVEMOS ADORAR?

O que Fazer

1. Devemos nos ajuntar para o melhoramento de todos (I cor 11:17). Os versículos

seguintes descrevem facções e divisões que dilaceraram as reuniões dos cristãos

coríntios. Muito do que eles faziam em suas assembléias era prejudicial ao desenvol-
vimento espiritual. Em vez de honrarem a Deus, estavam honrando a si mesmos. Tais

atos tinham de ser direcionados a Deus e não a si mesmos.

2. Devemos manter em mente o propósito da adoração (11:27–29). O contexto

desse princípio está na participação da ceia do Senhor. A expres-são “indignamente”

(v. 27) obviamente significa “para o propósito errado e no espírito errado”. Em

Corinto, o propósito da reunião e, especial-mente, da ceia do Senhor, havia sido

perdido. Paulo advertiu esses cristãos a examinarem a si mesmos (v. 28) e

reconhecerem o verdadeiro propósito para o qual se reuniam.

3. Devemos funcionar como um só corpo (12:12– 21). Deus quer que o Seu povo se reúna

para adorar (Hebreus 10:25). A adoração dever ser tanto vertical quanto horizontal.

Isto é, deve edificar relacionamentos não somente com Deus, mas também entre os

irmãos. A adoração em família ou em particular é muito importante para o

crescimento espiritual, mas a adoração coletiva provê algo que a adoração em

particular não pode oferecer. A participação conjunta num momento de edificação da

fé alimenta um senso de comunhão e estímulo mútuo. Isto é perdido se existirem

divisões dentro da igreja reunida. Quando alguns têm uma preferência e outros

discordam, os relacionamentos horizontais so-frem. O que nem sempre admitimos é

que quando os relacionamentos horizontais sofrem, os rela cionamentos verticais

(nossos relacionamentos individuais com Deus) também sofrem.

4. Devemos nos preocupar uns com os outros, dando honra aos membros

aparentemente menos dignos de honra (12:22–25; compare Tiago 2:1–13). Podemos ser

tentados a ignorar ou evitar os membros do corpo que não são como nós. Tiago

falou especificamente do problema de mostrar parcialidade para com os ricos. A

reunião de adoração é um refúgio seguro na presença de Deus, onde todo o povo

de Deus deve ser igual. A igreja não trata os pobres, os menos desejáveis, ou os

rejeitados como o mundo trata. A reunião é uma retirada do mundo para os

rejeitados, os oprimidos e aqueles que sofrem abusos de uma sociedade cruel. Entrar

na reunião deve ser como tomar um ar fresco. Nela, devemos encontrar preocupação

mútua e honra igual para todos.

5. Devemos nos tratar uns aos outros com amor (13:1–8). Até que um amigo e eu

discursássemos sobre essas passagens e o que elas ensinam sobre adoração, eu não
havia notado que o tratado de amor do capítulo 13 aparece bem no meio das

instruções sobre adoração7 . Sem dúvida, esse ensino tem aplicações em outras áreas

também, mas o contexto específico consiste em como tratar cada um na adoração

coletiva. O amor deveria ser o alvo principal desses cristãos (14:1). O amor nos leva a

considerar primeiro as necessidades e preferências dos outros. Quando li o capítulo 13

aplicando-o ao comportamento dos cristãos numa reunião de adoração, o

capítulo inteiro assumiu um novo sentido para mim.

6. Devemos procurar edificar uns aos outros (14:3, 4, 5, 12, 17, 26, 31). A palavra

chave do capítulo 14 é “edificar” em suas várias formas. Pelo menos sete vezes,

dependendo da versão utilizada, vemos Paulo enfatizando a necessidade da adoração

ser edificante. “Edificar” significa “construir, erigir”. A edificação deve ser o

resultado coletivo dos cinco princípios anterior-mente apresentados. O que Satanás e

o mundo tentam destruir a adoração reconstrói novamente. A adoração não deve ser

um peso para a igreja, mas deve edificá-la.

7. Devemos fazer tudo com decência e ordem (14:40). Deus não gera nem apóia

confusão.

Qualquer confusão numa reunião de adoração é criada pelo homem. Se há um

espírito dentro da assembléia criando confusão, certamente não é o Espírito Santo.

O que não Fazer

Uma das nossas maiores preocupações deve ser que não cheguemos à

assembléia, simulando o certo, dizendo as palavras certas, cantando os cânticos

certos sem, contudo, realizarmos a adoração. Isto pode acontecer por

diversas razões, a saber:

Primeiramente, podemos não estar adorando por termos um propósito errado ao nos

reunirmos. Em Mateus 15:8 Jesus alertou sobre esse perigo citando Isaías 29:13:

“Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim”. Em

segundo lugar, podemos não estar adorando

por causa do pecado em nossas vidas. O profeta Amós descreveu uma condição

que tornou inaceitável a adoração. O povo de sua época observava os dias


festivos, oferecia ofertas queimadas e cantava cânticos espirituais; mas Deus

não aceitou a adoração deles por causa da corrupção em suas vidas (Amós 5:21–

27).

Em terceiro lugar, podemos não estar adorando por termos feito algo que ofendeu um

irmão. Jesus disse: “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que

teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro

reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta” (Mateus 5:23,

24).

O falecido irmão Andy T. Ritchie Jr., que por muitos anos lecionou o curso

“Adoração na Igreja”, na Harding University, disse: “A adora-ção não é aceitável a

Deus quando a vida diária não está em harmonia com Ele”8 . Deus ordenou a

adoração para mudarmos a maneira como vivemos. A adoração desenvolve

dentro de nós as qualidades de vida que nos moldam e nos transformam à

imagem de Deus. Deus não nos chamou para adorá-lO porque Ele precisa disso. Ele

é soberano, completo em Si mesmo. Ele não precisa de nada que tenhamos a

oferecer. Ele nos chamou à adoração porque nós precisamos dela. Através da

adoração, Ele nos chama para a grandeza espiritual.C

ALGUMAS ORIEMTAÇÕES PRATICAS DA ADORACAO

1. Mantenha o devocional regular – adoração como estilo de vida

2. Celebre o culto domestico – ore com a sua familia

3. Domingo é o dia do Senhor, não permita que nada roube o seu foco

4. Antes de sair de casa ore pela celebração

5. Não pergunte – o qye vou receber hoje e sim o que vou oferecer hoje

6. Chegando na celebração mantenha-se em oração

7. Desligue o celular. Sua conexão é com o trono da graça

8. Tome da noite da ministração. Voce pode aprofundar no seu devocional ou no

culto domestico

9. Não saia logo, permaneça um pouco para aprofundar a comunhão com os

irmãos

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