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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO – UEMANET


UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL-UAB

PÓLO CESPE PEDREIRAS-MA


CURSO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

FRANCISCA SOUSA DAMASCENO GOMES


JANIEL RODRIGUES LUSTOSA
RAIZA JORDANIA SALVINO DE ALMEIDA
VALQUILENE LOPES DA SILVA

ADMINISTRAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS: Gestão Pública, há lugar


para inovação?

PEDREIRAS – MA
2018
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA
NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO – UEMANET
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL-UAB

FRANCISCA SOUSA DAMASCENO GOMES


JANIEL RODRIGUES LUSTOSA
RAIZA JORDANIA SALVINO DE ALMEIDA
VALQUILENE LOPES DA SILVA

ADMINISTRAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS: Gestão Pública, há lugar


para inovação?

Trabalho apresentado a Universidade


Estadual do Maranhão – UEMA, na disciplina
Seminário Temático III, como requisito
avaliativo para obtenção de notas.

PEDREIRAS – MA
2018
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1 - INTRODUÇÃO

O processo inovativo é uma necessidade fundamental para toda e qualquer


organização, mas este se faz presente com maior e mais excelente exercício, nas
organizações privadas. As organizações públicas tem abarcado o processo inovativo
de gestão de forma gradativa e parcial.
A história da Administração Pública no Brasil, deu-se através de relevantes
mudanças e isso explica-se prioritariamente no que diz respeito as formas de governo
adotadas ao longo dos anos: patrimonialismo, burocracia e administração gerencial.
Ambas com interesses distintos e tornando retrogradas umas as outras, porem esse
emaranhado de formas de gerir, desenvolveu em si, deficiências complexas de
contornar e é exatamente nessas deficiências que o processo inovativo finaliza-se a
consertar.

2 - JUSTIFICATIVA

O Brasil é acometido por traços da burocracia, isso torna todo e qualquer


processo das administrações públicas menos eficiente, tendo em vista que os
entraves ocasionados pela mesma, torna faccioso e pouco eficiente o processo de
inovação. O processo inovativo no âmbito das empresas privadas é uma realidade e,
esta, a passos lentos tem sido inserida no contexto das administrações publicas.
O tema abordado neste contexto objetiva-se a ressaltar a importância no
processo inovativo dentro de uma organização e como este pode ser um excelente
aliado na esfera publica. Outro fator relevante é a dificuldade de inovar na
administração publica que é lenta no exercício de seus processos.
A medida em que o Brasil evolui, é importante que a esfera publica
acompanhe essa evolução, pois o contrario, que fatalmente é o que tem ocorrido,
torna a prestação de serviços ociosa e retrograda.
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3. IMPORTÂNCIA DO TEMA PARA A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL EM


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A escolha do tema pela equipe deu-se por motivos de grande interesse pela
inovação da administração pública e a curiosidade em descobrir os entraves que
impedem o processo de mudança da mesma, e por acreditarmos que assim como a
administração privada se reinventa a cada oportunidade, essa inovação no setor
público também é possível.
Acreditamos que o tema escolhido nos capacita para o amadurecimento de
novos conceitos com relação aos desafios da gestão pública, que encontra - se ainda
presa nas disfunções da Teoria da Burocracia e também na patrimonialista, que
dificulta o andamento mais eficaz ao atendimento das necessidades da população e
que precisa de uma transformação nos seus processos.
E por entendermos que essas mudanças estruturais não são fáceis, pois todo
processo de mudança exige conforme afirma Chiavenato (2004, p.298) que mudança
implica ruptura, interrupção, variação, transformação, perturbação, percebemos que
toda mudança tem seus desafios, e no setor público torna-se ainda mais complicado
devido ao fato das pessoas se encontrarem imersas em um estado de um cômodo
status quo, e não almejam alçar voos diferentes, ou seja, não será uma tarefa fácil
para os futuros administradores, porém o conhecimento prévio desses desafios, torna
a tarefa administrativa mais estratégicas e passível de novas soluções.
Dessa forma, fica bastante evidente a relevância do tema escolhido, pois de
fato é um desafio a ser enfrentado pelos amantes da administração, que reconhecem
que a administração é um processo de constantes ajustes, e que de maneira alguma
pode estagnar diante da internacionalização dos negócios e também do sistema
financeiro.
Chiavenato (2004, p.12) discorre que:

Nos próximos anos o mundo verá o fim da forma organizacional de hoje - a


organização burocrática que ainda predomina em muitas organizações – e
novas arquiteturas organizacionais surgirão para as novas demandas da era
pós-industrial.
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Ainda segundo o autor, cada época desenvolve formato próprio de


gerenciamento das organizações que se adequa as características e exigências
vigentes, desse modo, o autor acredita que a organização burocrática são os germes
dos futuros sistemas organizacionais, apontando três motivos pelos quais o mesmo
reforça essa ideia que são: mudanças rápidas e inesperadas, crescimento e expansão
organizacional e atividades que exigem pessoas de diversas competências.
Seguindo essa linha de pensamento, podemos observar que as organizações
públicas já iniciaram o processo de mudança na sua estrutura organizacional, porém,
de modo ainda muito tímido, devido a uma cultura firmada na burocracia. Contudo em
conformidade com o autor citado acima, essas mudanças são essenciais diante da
nova gestão que aos poucos vem ganhando espaços, com foco nas pessoas,
contribuindo para que o setor público possa se reinventar e conseguir os objetivos
esperados.
Dessa forma reiteramos o interesse e a importância do tema para a nossa
formação acadêmica, bem como profissionais, pois adquirimos conhecimento daquilo
que precisa ser reestruturado para que a administração pública possa ser mais
eficiente.

4 - REFERENCIAL TEÓRICO

Desde a década de 70, a inovação tem sido referência obrigatória em todos


os campos do conhecimento, empregada quase sempre, para melhorar o estado de
coisas vigente. Em anos anteriores, a inovação era apenas uma proposta predefinida
para ser adotada por outros em seus ambientes. Nas décadas seguintes o tema
passou a ser autogerado. Porém, a literatura sobre o tema, identifica dois
componentes que distinguem a inovação: a) a alteração de sentido a respeito da
prática corrente e b) o caráter intencional, sistemático e planejado, em oposição às
mudanças espontâneas (MESSINA, 2001).
A literatura sobre inovação é vasta e aborda seus temas afins e termos
associados – criatividade, empreendedorismo, tecnologia, etc. Nos últimos anos,
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tomou uma enorme proporção no contexto mundial, levando a avanços importantes
quanto à teoria da inovação, ciência e tecnologia.
Um dos primeiros estudiosos que introduziu o conceito de inovação
tecnológica, no âmbito econômico foi Schumpeter em seu livro Teoria do
Desenvolvimento Econômico, quando chamou de inovações ou “novas combinações”
como introdução de um novo bem, novo método de produção, abertura de um novo
mercado, conquista de novos materiais, chegando ao estabelecimento de uma nova
organização (SCHUMPETER, 1982).
O conceito de inovação da ANPEI (2009, p.13) é originário do Manual Frascatti
e do Manual de Oslo, e adotado na Lei do Bem (BRASIL, 2005). É um conceito de uso
consagrado, adotado em todos os países e está expresso como sendo:

A concepção de novo produto ou processo de fabricação, bem como a


agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou
processo que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade
ou produtividade, resultando maior competitividade no mercado.

Mas a visão tradicional de inovação tecnológica linear e unidimensional


baseada em conceitos, como cita Souza e Arica (2006), tem sido ampliada e, em
alguns casos, substituída, incorporando diferentes aspectos. No aspecto tecnologia e
inovação são vistos mais como um processo interativo entre homem, organização e
contexto ambiental, e relacionados a ativos invisíveis e a conceitos evolucionários
(DOSI, 1982, 1988; EDQUIST, 1997; ZIMAN, 2000; SAVIOTTI & NOOTEBOOM, 2000
apud SOUZA; ARICA,2006, p.81).
Souza e Arica (2006) dizem que, conceitualmente, o termo inovação
tecnológica muda de sentido, pois a inovação descola-se do conceito tradicional de
tecnologia para uma visão mais ampla e sistêmica, incorporando aspectos ambientais,
políticos, sociais e culturais, além dos de mercado. Essa cultura da inovação pode ser
considerada um elemento essencial para a sobrevivência das empresas e
conseqüente melhoria da competitividade de um país. Sabe-se que a inovação está
intimamente ligada a novas tecnologias, sendo necessária a sua adequação
(CHERUBIN, 2006, p.21).
É possível afirmar que estão ocorrendo mudanças no padrão das políticas
públicas brasileiras, sobretudo na esfera local de governo. Tais mudanças podem ser
entendidas como parte de um processo de construção de novas formas de gestão
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pública e verificadas a partir de práticas inovadoras na prestação de serviços por
governos subnacionais no país.
Baracchini (2002), contextualizou clara e objetivamente, sobre as dificuldades
enfrentadas na administração, salientando seus principais problemas e intensificando
o debate da participação da sociedade civil nas políticas públicas. A autora deixa claro
que é possível melhorar a eficiência e eficácia dos serviços, apresentou o exemplo
prático, o programa gestão de resíduos sólidos, como um mecanismo de solução, para
aquele problema da coleta do lixo, que produziu uma serie benefícios a todos.
A inovação é um processo que acontece a todo o momento, ao pensar no
termo , já está avançando, mesmo que o primeiro passo, concretamente, não tenha
sido dado ainda

5. METODOLOGIA

O desenvolvimento do presente trabalho deu-se por meio da pesquisa


bibliográfica, definida por GIL (2010) com uma pesquisa realizada com base em
material já publicado com o objetivo de analisar vários posicionamentos sobre
determinado assunto. Dessa forma, foram analisados vários artigos e trabalhos
acadêmicos publicados a respeito do tema abordado, onde foi possível uma melhor
compreensão da relevância da inovação no setor público, diante de um cenário que
exige essa renovação na administração das organizações públicas.

6 - DISSEMINAÇÃO DE INOVAÇÕES NO SETOR PÚBLICO

O primeiro fator que contribui para que uma política ou programa se dissemine
consiste em características intrínsecas à política ou programa inovador relacionadas
à sua capacidade de dar uma resposta efetiva a problemas e desafios enfrentados
por uma administração ou governo. Sendo uma inovação, trata-se da capacidade de
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dar uma resposta a novos problemas ou de dar uma resposta a velhos problemas de
uma forma nova e bem sucedida.
Estudos revelaram que os principais tipos de inovação estudados no setor
público são inovação em serviços e processos, e nesse último, podem estar incluídas
inovações em estruturas e sistemas administrativos e inovações de cunho
tecnológico.
Entre as pesquisas analisadas, destaca-se a de Pires (2016) como
possibilidade de inovação no setor público: o estabelecimento de parcerias entre as
organizações objetivando alcançar a flexibilidade na prestação dos serviços e
processos; a horinzontalização da estrutura organizacional, que permite o aumento
da comunicação através de feedbacks proporcionando assim uma maior
descentralização das decisões; o estímulo a geração de ideias utilizando- se das
reuniões presenciais, reuniões virtuais, treinamentos oficiais presenciais, treinamento
e etc, e por último a adoção de novas Tecnologias de Informação e Comunicação
permitindo uma atualização rápida e descentralizada das informações, de forma a
beneficiar a tomada de decisões e adoção de novos métodos de trabalho.

7 - CONCLUSÃO

Para inovar precisamos saber para onde estamos caminhando e aonde


queremos chegar e a realidade nos mostra como agir e para onde seguir e como traçar
os objetivos a serem alcançados. Inovação nas gestões publicas municipais é um
processo que acontece a todo momento, porém existe uma valorização da inovação
diante da construção de projetos programas e atividades, e os programas inovadores
promovidos por governos municipais são parte o processo de mudanças nos
processos da politica publica.
Muito ainda á de ser feito para o avanço da politicas publica neste pais, pois
em termos de inovação o pais já está avançando, mesmo em passos lentos. É muito
importante o conhecimento dos programas, atividades e projetos inovadores para uma
melhor inovação na administração pública.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANPEI - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO E


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BARACCHINIA, Sabrina Addison. Inovação presente na administração pública


brasileira. RAE - Revista de Administração de Empresas. Abr./Jun. 2002. Disponível
em: <http://www.scielo.br/pdf/rae/v42n2/v42n2a10.pdf>. Acesso 18-02-19.

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<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11196.htm>. Acesso em 19-
02-19.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 3.ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2004.

DINIZ, E. Crise, reforma do Estado e governabilidade: Brasil: 1985–1995. 2. ed.


Rio de Janeiro : Editora FGV, 1997. Cap. 3, p. 175-201.

FARAH, M. F. S. Governo local, políticas públicas e novas formas de gestão


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GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas,
2010.

MESSINA, G. Mudança e inovação educacional: notas para reflexão. Cad. Pesqui.,


São Paulo, n. 114, nov. 2001. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/cp/n114/a10n114.pdf>. Acesso em: 21-02-19.

PIRES, Maria Cristina Ferreira Silva et al. Inovação na gestão pública no Brasil:
Análise dos limites e Possibilidades. Disponível em:
<http://www.profiap.org.br/profiap/eventos/2016/i-congresso-nacional-de-mestrados-
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16-02-19.

SCHUMPETER, J. A. (1911). A Teoria do Desenvolvimento Econômico. São Paulo:


Abril Cultural, 1982.

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Disponível em . Acesso em: 28 mar.2010

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