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PASCOAL LACROIX
< 0. F. M. BUENO DE SEQUEIRA
O ESPIRITISM O
À LUZ DA RAZÃO
1941
F fli.l: Rua São Jo ié , 38 - T el.fone 4 2 -8 7 8 7
RIO DE JANEIRO
N IH IL O BSXAT.
T a u b a tö , ln festo C o rp o ris C h risti, 1 940.
P . Ferd. Baumhoff S. C. J.
lib r. c en so r a d -h o c.
N IH IL O BSTA T .
Rio, 17 d e J u lh o de 1940.
Padre ] . Bat. da Siqueira.
IM P R IM A T U R
V ig. G eral.
Mons. R. Costa Re go
R io, 2 3-7-1940.
IM P R IM I P O T E S T .
T aubatO , in te sto A ssu m p tio n is B. M. V,
a n n l 1940
P . P . Storms
P ra e p . p ro v . b rasll.
ÍNDICE
Prefácio . . . 9
P R IM E IR A P A R T E : FE N Ô M E N O S O U FA T O S
A L E G A D O S .................................................................31
Cap. 1." — Relatório dos fenômenos supranormais . 33
A ) — Fenômenos experimentais ou provocados 33
1.*) Telccinésia — Levitação —Transporte 33
2.°) T e l e p a tia .................................................... 39
n) As pancadinhas ou tiptologia . . 61
b) Toque com membros invisíveis . . 63
c) Fenômenos telecinéticos . . . . 64
d) Fenômenos lu m in o so s....................... 64
B) — Fenômenos espontâneos.............................76
Série 1.* — Fatos cujos autores preternatu-
rais parecem bem definidos . . . .
1.” — Cenas b a r u lh e n ta s ........................
2.° — Telccinésia — transportes . . 81
3.° — Idem — em Paris, Berlim, na
Bélgica, em Java, etc.....................82
4." — Fenômenos ligados a pessoas . . 87
Série 2.* — Fatos cujos autores preternatu-
rais parecem mal d e fin id o s .....................89
— 6 —
SE G U N D A P A R T E : CO M U N IC A Ç Õ E S OU M E N
SA G E N S .......................................................................... 259
Cap. 1.° — H istórico do Espiritismo moderno . . 262
Cap. 2.° — Mensagens de caratcr profano . . . 272
Cap. 3.° — Mensagens de carater religioso —A re
ligião e s p i r i t a 287
Cap. 4.° — Ainda as mensagens — A rcencarnação 314
T E R C E IR A P A R T E : C O N S E Q U Ê N C IA S LÓ G I
CA S v í . . . . 335
Cap. 1.° — Superstição c cepticismo . . . 337
Cap. 2° — I m o r a l i d a d e ...................................... 342
Cap. 3.”— I.oucura e suicidio . . 356
Cap. 4.” — Condenação . . . . 379
I : Pela autoridade religiosa . . . . 379
I I : Pela autoridade c i v i l ............................... 383
C o n c lu sõ e s......................................................... 386
E xortação f i n a l ....................................................... 403
PREFÁCIO
Plano Geral
MATERIALISMO
ESPIRITISMO
NOÇÕES PRELIMINARES
DIVISÃO
* a ) com o in s tru m e n to o m é d iu m ,
b ) com o c a u sa p rin c ip a l, u m e n te in te le c tu a l
oc u lto ,
c) com o fo rg a d e q u e se se rv o o a g e n te in te le c tu a l,
a lg u m a e n e r g ia g e ra lm e n te d e sco n h e cid a .
Os fen ô m e n o s m e ta p s íq u ic o s se d iv id e m e m :
a ) F e n ô m e n o s p a ra p síq u ic o s,
b ) F e n ô m e n o s p a ra ffsic o s.
Os p r im e iro s são os d e o rd e m p u r a m e n te p s íq u i
ca, com o a te le p a tia , e se d izem a ssim p a ra se d is tin
g u ire m do s fen ô m e n o s p síq u ico s c o m u n s. Os se g u n d o s
s ã o os de o rd e m físic a , e s e d izem a ssim p a ra se d is
tin g u ire m d os fen ô m e n o s físico s n o rm a is o u n a tu ra is ,
com o os d a le i d a g ra v id a d o , etc.
P a r a n o s o rie n ta r m o s n e ste la b ir in to q u e é o E s
p iritism o , v a lem o -n o s de u m a c e n te n a d e o b ra s esp e
c ia liz a d a s, ta n to a n tig a s com o m o d e rn a s.
FENÔMENOS OU FA T O S
ALEGADOS
CAPÍTULO I
A — FENÔMENOS EXPERIMENTAIS:
SiSÍ*Si
- 39 —
A-niiutlc, a telecinésia é acom panhada
de fenôm enos lum inosos e auditivos.
2) TELEPLASTIA, ou M aterialização.
O fenôm eno m ais surpreendente e, m es
mo, o mais discutido e posto cm dúvida, do
hodierno ocultism o, c o cham ado Teleplas-
lia ou e c lo p la s m ia .. . (28). Surgem form as
fantásticas, m em bros, m ãos e até fantasm as
inteiros, vivos e anim ados. Iiá, prim eiro, um
sim ples filam ento, uma form ação esponjosa
e indistinta, que se avolum a e se condensa
até form ar o membro ou o fantasm a. E’ o pe-
riodo de MATERIALIZAÇÃO. Depois, a for
m a fantástica se dilui, se sutiliza, regride: é
o período de D esm aterialização. Num caso
e noutro, o espectro é ligado ao corpo do m é
dium, e parece estar em sim biose com ele,
p ercebendo-se a ligação, entre o m édium e o
fantasm a, por m eio de um filam ento a que
chamaram “cordão u m bilical.” A 'desmate
rialização é, quase sem pre, rápida, e feita
por obscurecim ento dos contornos ou por
reabsorção no corpo do m édium .
N otabilizaram -se nesta espécie de fe n ô
m enos os m édiuns seguintes:
F lorence Coolc a qual, em 1873, durante
quatro m eses, trabalhou com o sábio C roo-
kes, em Londres. Em presença do m édium
pbysIkallRchen Phaeuom ene d e r r r o u e n Medlen, pg.
J25-273.
(28) Tclei>liiN«ln, do grego, q u e r dizer form oçao no
longe: _ te lc - longe, plmaso, . fo rm ar. E cto p ln sm la. - fo r-
m aoáo dc dentro pa ra fo ra: e x tes, — fora. Uxtoplnsiun,
como term o de zoologia, já era usado a n tes de IUchot.
S ignifica: zona perifé ric a do p ro to p lasm a da ameba.
— 40 —
aparecia um fantasm a fem inino, m uito pa
recido com o m édium , e que se dava o nome
de Iialie King. Esse fantasm a-fêm ea ca
m inhava no recinto, conversava com os as
sistentes, oferecia presentes. Oito anos mais
tarde, Florence Cook, tendo trocado de nome
e passando a cham ar-se Comer, foi apanhada
em fraude. Ela, e o fantasm a que pretendia
m aterializar, eram uma só pessoa. (29).
Além disso, o m édium Douglas H om e, que,
durante m uitos anos, tinha trabalhado sob
a direção de Crookes em sessões experim en
tais, afiançou a C am ilo F lam m arion que a en
cantadora e gentil senhorita Florence Cook
havia ludibriado o bom de Crookes no epi
sódio de K atie King. (30) Tudo isso fez crer
que as cenas de Katie King não passavam de
uma farça pregada a um velho, dem asiado
crédulo, por uma moça, bastante esperta.
Não obstante, Crookes, que era m íope c que
nunca tocou no fantasm a, eslava convencido
da realidade deste. “Tenho absoluta certeza,
— disse ele, — que K atie K in g e Florence
Cock, são duas individu alid ad es com pleta
mente d iferentes.”
G ráfico n.o 1
— 46 —
com u m a ti r a de pa p el, n a q u a l e s tá le g ív el a in d a o
no m e D in g w al, m e m b ro d a S. P . R ., le m b ra n ç a d e u m a
se ssão a n te r io r . N a f re n te d a c o rtin a , a c h a m -s e d u a s
m e sas com o b je to s, q u e d evem se rv ir p a ra o p e ra çõ e s
de te le c in é sia , m o v im en ta çõ e s à d is tâ n c ia : v io lin o ,
ta m b o ril, b a stõ e s fo sfo re sc e n te s , c a m p a in h a , a rg o la s,
m a rim b a , c o n c e rtin a , etc. T o d o s sã o r e v e stid o s d e m a
té r i a f o rte m e n te fo sfo re sc e n te , d e m odo q u e p o ssa
s e r n o ta d o , com b a s ta n te se g u ra n ç a , o sitio d e les, m e s
m o em c o m p leta escuT idão.
E m r e d o r d a s m e sin h a s, p a ra a fre n te , h á u m a
e spécie de b iom bo , f o rra d o de v éu p re to , m a s tr a u s -
p a re n te , o q u a l de v e im p e d ir, n ã o a o b se rv a çã o , m a s
sim , q u a lq u e r in tro m issã o f ra u d u le n ta d o s e sp ec tad o -
d o res. E sse biom bo é, de um la d o , lig a d o com a p a
red e , de o u tr o fica c e rc a d e 50 c tm s. d is ta n te d ela.
Em r e d o r do biom bo, p o r* fo ra , e stã o os a sse n to s dos
esp ec tad o re s. *
Às o ito d a n o ite , n a h o r a d e te r m in a d a , fu i à a n
te -s a la , o n d e v á rio s c o n v id ad o s j á e sta v a m re u n id o s :
o G e n e ra l P e d ro , con h ec id o e s c r ito r e s p ir ita , v á rio s
p ro fe sso re s d a U n iv e rsid a d e d e M u n iq u e, e n fim o ve
lh o S c h n e id e r com o filh o R u d i, d e 16 a n o s, q u e v ai
f u n c io n a r com o m é d iu m . R u d i d á a im p re ssão de r a
p az sa d io , v ig o ro so , e te m a p a r ê n c ia sim p á tic a , m o
d e sta . D epois de c u m p rim e n ta r a to d o s oã c o n vid ad o s,
o B a rã o von S c h r e n k c h am a os q u e v ie ra m p e la p ri
m e ira vez, ju n ta m e n te com o m é d iu m , p a ra se u g a
b in e te d e tr a b a lh o , o nd e R u d i, so b c o n tro le m in u c io
so, v e s te o tr a j e d e te rm in a d o p a ra a s sessõ es. C o n sis
te em c a lç a s la rg a s e p a le tó lev e, im p re g n a d o , n as
a rtic u la ç õ e s do s p és o m ão s, de m a té r ia fo sfo re sc e n te ,
p a rn q u e o c o n tro le do m é d iu m p o ssa s e r feito a té no
e scu ro e p o r to d o s os e sp e c ta d o re s. D epois de e sta rm o s
co n v en c id o s de q u e R u d i n ã o te m co n sig o q u a lq u e r
m eio ou a p a r e lh a m e n to m ecâ n ico d e f ra u d e , e n tra
- 47 —
ele, a co m p a n h a d o po r uóa, n a a a la d a se ssão , In sp ec
c io n ad a pouco a n te s .
Som os em n.° de 12; c ad a u m to m a lu g a r: S c h ren k -
N o tz in g no a sse n to n.° 1 ; n o q u a d ra d o p r e to , o m é
d iu m ; em S e 9 os c o n tro la d o re s. A lu z c la r a e b r a n
ca é s u b s titu íd a p e la v e rm e lh a , r e d u z id a p o r um reó s-
ta to . D epois dc poucos m in u to s, cai o m é d iu m em
tr a n s e com a lg u n s e stre m e c im e n to s . Os c o n tro la d o re s
se g u ra m a s m ã o s e os pés do m é d iu m . I m e d ia ta m e n
te a n u n c ia e ste, co ch ic h an d o , q u e c h eg o u a “ in te li
g ê n c ia ”, d a q u a l se c rê p o ssu id o e d o m in a d o em tr a n
se. " O lg a ” a n u n c ia -s e , p e la voz do m é d iu m , com “ D eus
te s a lv e ” , o q ue é resp o n d id o pelos p re se n te s.
S c h re n k já m e tin h a e x p lica do a n te s q u e, com o
os m é d iu n s são e s p ir ita s , — c o n seq u ê n cia d e s u a e d u
cação e rr a d a , — d evem os, b om o u m a u g r a d o , con
d e sc e n d e r com s u a s id é ias, se q u ise rm o s o b te r r e s u l
ta d o n a s se ssõ es; q u a n to a ele, e sta v a c o n v en c id o de
q u e niso n ão se tr a t a v a d e in te rv e n ç ã o do v e rd a d e i
ro s e sp írito s, m a s d e m a n ife sta ç õ e s m ú ltip la s d a p e r
so n a lid a d e , pelo im p é rio d a c h a m a d a su b c o n clê n cia.
P o r e sse m o tiv o , o d ir e to r d a s e x p e riê n c ia s d irig e a
“ O lg a ” v e rd a d o iro d isc u rso d e sa u d a ç ã o ; u m a m i
go tin h a tra z id o a té u m ra m a lh e te d e v io le ta s.
E m se g u id a, são a p re s e n ta d o s os a s s is te n te s , u m
p o r u m , p a ra q u e “ O lg a ” q u e ira m o s tra r os se u s b elo s
fe ito s, s e r g e n til p a ra com o s no v o s h ó sp e d e s e não
n o s d e ix a r e s p e r a r m u ito .
D ep ois de u m a h o r a in te ir a , d u r a n te a q u a l n a d a
se deu d e im p o r ta n te , d e s e ja “ O lg a ” q n e q u a tr o s e n h o
re s d e ix em n snln, e n tr e e les ta m b é m o g e n e r a l P e d r o
e S c h n e id c r p a i.
A sse n tam o -n o s, u m p e rto do o u tr o e, a d e sejo
do m é d iu m , fo i-se a lte r n a n d o u m a c o n v ersaç ão a n i
m a d a a o som do g ram o fo n e . A d v ertid o p elo v iz in h o ,
perc eb o qu e o p a n o p re to q u e c o b ria o s in s tru m e n to s
— 48 —
d a m e sa e s ta v a se n d o tir a d o ; n o to a in d a o m o v im en
to d a c o rtin a do g a b in e te , re c o n h ec ív el pelo b a lan ç a-
m e n to d a s tir a s fo sfo re sc e n te s a ta d a s a e la. D u ra n te
a m a rc h a a le g re , m a rc a v a “ O lg a " o c o m p asso com o
b a stã o fo sfo re sc e n te . F in a lm e n te m o v im en ta -se o v io
lino, à m in h a f re n te ; v ai su b in d o e d e scen d o p o r ci
m a d a m e sa e to c an d o a m a rc h a com to q u e s r e tu m
b a n te s. Com tu d o isso, n ã o p erco d e v is ta o m é d iu m ;
os b a rb a n te s de m ã o s e pés e sta v a m em seu lu g a r.
D os e sp e c ta d o re s ouv e m -se a c la m aç õ e s se m p re m ais
a n im a d o r a s ; o e x p e r im e n ta d o r e sfo rç a -se p o r te m p e
r a r o e fe ito . D ebalde. S e m p re m a is r e tu m b a n te s se
to r n a m a s p a n c a d in h a s. P e rce b e-se, pelo som , q u e o
in s tru m e n to e s tã a c h a ta d o ; c o n tin u a , p o rem , a m a r
c a r o c om passo e x a ta m e n te , e m b o ra com ta n ta v io
lê n c ia q u e , em d a d o m o m e n to , cai em p ed aç o s. O u
tr o s fe n ô m e n o s p ro d u z id o s sã o ; f o rte m o v im en ta çã o
d a c o rtin a , to q u e fra co d a c o n c e rtin a , to q u e do ta m
b o ril, o e rg u e r e p a lra r n o a r, d a c a m p a in h a , q u e é
to c a d a e, em se g u id a , a tir a d a p o r c im a do b io m b o , ao
pé de u m a a s s is te n te . F in a lm e n te o u v e-se g r a n d e b a
r u lh o a tr á s do b iom bo, no re c in to de e x p e riê n c ia . T o
d os os o b je to s d e ita d o s cm c im a d a s d u a s m e sin h a s
6ão la n ç a d o s u n s p o r cim a do s o u tr o s ; a s p ró p ria s
m e sin h a s fin a lm e n te d e rr u b a d a s , a c o rtin a e o b io m
bo v io le n ta m e n te p u x a d o s em se n tid o c o n trá r io . E m
luz c la r a v e rific o u -se o h o r r o r d a d e v asta çã o .
D u ra n te um in te r v a lo , d e sen ro lo u -se e n tre o B a
rã o S c h re n k c m im u m a p e q u e n a c o n v ersa, o u v id a pe
lo m é d iu m , q ue tin h a v o lta d o ao e sta d o n o rm a l. E m
se g u id a , c o n tin u a m o s a se ssão com lu z v e rm e lh a ; m as,
nã o a p a re c e n d o m a is o u tr o s fen ó m e n o s, fo i te rm in a d a
a sessão.
S e g u e o p ro to co lo ex ato d a se ssão , o q u a l fo i d ita
do d u r a n te a m e sm a pelo B a rão S c h re n k a u m a este-
n ó g r a f a , lo c a liz a d a n o fu n d o d a sa la.
SESSÃ O D E 17 D E JA N . D E 1 0 2 5
Com R u d i S c h n c id c r, 110 la b o ra tó r io do D r. B a rã o
Ton S c lire n k -N o tz in g , em M u n iq u e.
P R E S E N T E S : D r. K a e m m e re r, m ed ico , p ro f. n a
U n iv e rsid a d e de M u n iq u e ; D r. K a r l G ru b e r, p ro f. de
z oo lo g ia n a P o lité c n ic a d e M u n iq u e ; D r. K u r t S lerp ,
p ro f. o rd . de b o tâ n ic a n a U n iv e rsid a d e d e M u n iq u e ;
D r. em filo so fia A. G a tte r e r , p ro f. no I n s titu t o d e fi
lo so fia , le n te a g re g a d o n a U n iv e rsid ad e de In n s b ru c k ;
G e n e ra l P e d ro ; D r. em m e d ic in a e filo so fia K rle g , le n
te a g re g a d o ; S tu d ic n r a t L a m b e r t ( S t u t t g a r t ) ; p in to r
E b e r s ; e s c r ito r S c h u lte - S tr a th a u s ; c o n d essa A .; S ch n ei-
d e r, p a i; d ir e to r d a s e x p eriên c ia s.
O sr. P ro f. G a tte r e r , d e I n n s b ru c k , à s 3 e m e la
h o ra s, p ro ce d eu a ex am e m in u c io so do la b o ra tó r io , in
c lu siv e d a s p a re d e s, e c o n v en c eu -se de q u e n ã o h a v ia
a ccesso po ssíve l ao g a b in e te , n e m d e fo ra , n em d e
d e n tro , n e m p o r c im a do te lh a d o .
O CO N T RO L E PR É V IO DO M ÉDIUM fo i e fe tu a
do no g a b in e te d e tr a b a lh o do d ir e to r d a s e x p e riên c ia s
pe lo Sr. P r o r . S lerp ., P ro f. G a tte r e r e D r. K rie g . O
m é d iu m foi m in u c io sa m e n te e x am in a d o e m to d o o c o r
po, a té n a c av id a d e d a bo ca, in c lu siv e n a riz e o u v i
d os. D a m e sm a f o rm a os v e stid o s do m é d iu m , n a s
d o b ra s e c o stu ra s. R e su lta d o n e g a tiv o . R u d i c alç a b o
tin a s com a ta c a d o r e s ; u sa m e las, c am isa, cu eca, co la
r in h o e g r a v a ta . P o r c im a d a p r ó p ria c alç a, v e s te a in
d a c a lç a e c a s a q u in h o p e rte n c e n te s ao d ir e to r d a s ex
p e riê n c ia s, a m b o s g u a rn e c id o s com b a rb a n te s fo sfo
r e sc e n te s em r e d o r d a s a rtic u la ç õ e s d a s m ã o s e pés.
CO NDIÇOES DAS E X P E R IÊ N C IA S : O b io m b o
q u a d ra n g u la r s e p a r a , com o d e c o stu m e , o re c in to d e
e x p e riê n c ia s do d o s e sp e c ta d o re s. A a b e r tu r a , do la d o
do m é d iu m , e n tr e o b io m b o tr a n s p a r e n te e a c o rtin a
do g a b in e te , é de cinco c e n tím e tro s. D e n tro do c am
— 50 —
po de e x p eriên c ia s e n c o n tra m -se d u a s m e sin h a s, colo
c ad a s n m a ao la d o d a o u tr a . S o b re a p e q u en a m e sa do
f u m a r e s tá o ta m b o r il e u m b a stã o fo sfo re sc e n te . So
b re a m e sa d e 4 p é s e n c o n tra m -se c o n c e rtin a , v io li
no, a rg o la s fo sfo re sc e n te s , c a m p a in h a , a lem de u m r a
m a lh e te de v io le ta s, tr a z id o pelo sr . S c h u lte - S tr a th a u s
p a ra "O lg a " , e to r n a d o v isiv el p o r um b a rb a n te fo sfo
r e sc e n te em re d o r d a s h a ste s . Ao la d o d a m e sin h a h á
u m cesto d e pa p éis.
A d is tâ n c ia do m é d iu m ( o m b ro s) a té a a b e r tu r a
(m eio ) d a c o rtin a é de l,m .2 0 .
A s 8,40 h o ra s, Inicio d a se ssão . A 6 ala d e expe
riê n c ia s fica f e c h a d a p o r d e n tro , à ch av e. A p ag a -se
a luz b ra n c a .
O R D E M D E A SS E N T O S :
C O N T R O L E DO M áD IU M : P ro f. G ru b e r, no c an
to d ire ito , S c h u lte - S tr a th a u s , d ep o is D r. K rie g , E b ers,
C on d e ssa A., P r o f . G a tte r e r , S t u d le n r n t L a m b o rt, P ro f.
Sierp , e x p e rim e n ta d o r.
2.* F IL E IR A — G en e ra l P e d ro , S c h n o id e r, pai.
O p ro f. K a e m m e re r, c h eg a d o com p e q u en o a tra s o , à s
8,44 h o r a s e n tra no circ u lo .
8,4 5 : com eço do tr a n s e , p rim e iro com fra co , dep o is
c&m f o rte e stre m e c im e n to .
S ,4 9: “ O lg a ” a n u n c ia -s e com “ D eu s v o s s a lv e ! ”
8 ,5 0 : “ O lg a " d e s e ja p a u sa de 16 m in u to s, a -fim -
de q u é p o ssa s e r v e n tila d a a sa la , d e m a sia d a m e n te
a q u e n ta d a .
8,6 2 : o m é d iu m a c o rd a.
P a u s a d e 16 m in u to s.
9 ,0 5 : O s a s s is te n te s re to m a m os se u s lu g a re s nos
a s s e n to s a n te s a ssin a la d o s. A lu z b ra n c a é a p a g a d a , a
p o r ta f e c h a d a p o r d e n tro .
9 .0 8 : O m é d iu m cai em tr a n s e com f o rte e stre m e
cim en to . E ’ a p a g a d a a lu z v e rm e lh a . T o d o s os p re se n
- 51 -
te s c o n tro la m -se m u tu a m e n te , se g u ra n d o -s e p e las m ão s
e fo rm a n d o c o rre n te s. A lem d isso , e stã o a sse n ta d o s
tã o p e rto u n s dos o u tro s, q u e n in g u o m d e fo ra p ode
p a s s a r a c o rre n te .
9.0 9 : “ O lg a ” p e d e c o n v ersaç ão v iv a ,
9 .4 0 : " O lg a ” d e s e ja que o Sr. G e n e ra l P e d ro ,
P ro f. S lerp ., U r. K rlc g e S c h n e id er, p a i, a b a n d o n e m ,
p o r e n q u a n to , a, sa la .
9 .4 2 : T ro c a de c o n tro le . P ro f. J a e m m e r e r su b s-
tlt u e o P ro f. G ru b e r. A c o rr e n te é .r e d u z id a , de m o
do qu e o s a s s e n to s do s a u s e n te s fiq u em o c u p a d o s p e
lo s p re se n te s.
9 .5 0 : A d e se jo de " O lg a ”, a 6 e c r c tá r la fnz o g r a
m o fo n e to c a r v á ria s p e ça s (m a r c h a s e d a n ç a s) com
r itm o m u ito d is tin to .
1 0 .0 5 : N ov a tr o c a d e c o n tro le .
1 0 .2 2 : L ev e s m o v im en to s d a c o rtin a . O p a n o p r e
to , com q u e o s o b je to s d e cim a d a s m e sas fo ra m co
b e rto s , p a ra d im in u ir o s e u e fe ito fo sfo re sce n te, fo i
t ir a d o p o r m ã o Invisível.
1 0 .2 6 : O sr . E b e r s a n u n c ia s e n tir c o rr e n te f ria
d e a r.
1 0 .2 7 : O b a lan c eio d a c o rtin a , m o rm e n te da
m e ta d e do la d o do m é d iu m , é m u lto v iv o ; m a io re s
e x cu rsõ es do s b a rb a n te s fo sfo re sce n tes .
1 0 .2 8 : “ O lg a ” m a rc a , com o b a stã o fo sfo re sc e n
te , o com p asso p a ra a m a rc h a to c a d a pelo g ra m o
fo n e.
1 0 .3 0 : O v io lin o co m eç a a m o v im e n ta r-se . T o
qu e co m p assad o , com c re sc e n te fo rç a. O v io lin o cal
ao chão.
1 0 .3 1 : O P r o f . S ierp r e o c u p a o lu g a r a n te r io r .
1 0 .3 1 : N o v a tr o c a do c o n tro le . E m lu g a r do sr.
E b e rs, a c e ita de novo o c o n tro le o s r. K am m e re r.
“ O lg a ” e s ta b e le c e n o v a o rd e m d e a sse n to s. E n q u a n to
e sse d e se jo é c o m p rid o , o s r . S c h u lte - S tr a th a u s e n tra
— 52 —
no re c in to d e e x p eriên c ia s, p a ra re c o lo c a r o v io lin o so
b re a m e sa, de ta l fo rm a q u e o cab o do in s tru m e n to
fica sse v ira d o p a ra a a b e r tu r a d a c o rtin a .
1 1 .0 8 : A s o n d u la sõ e s d a c o rtin a reco m eg am .
1 1 .1 0 : T o q u es c o m p assad o s e c re sc e n te s do v io
lino.
1 1 .1 2 : M o vim ento s c o n tin u a d o s d a c o rtin a . O
vio lin o m a rc a c om passo fo rtíssim o .
1 1 .1 3 : V ee m e n tes b a lan c eio s d a c o rtin a .
1 1 .1 4 : O m é d iu m se n te-se a n im a d o a p e d ir m a io
re s fe ito s ; dep o is disso , o to q u e c o m p assad o do v io
lin o v a i s e m p re cre sce n d o a té d a r g o lp es v io le n to s.
C o n tín u a s su g e stõ e s a o m é d iu m , d a p a rte do s a ssis
te n te s , faz em c re sc e r a in d a d e v io lê n cia os fen é m en o s.
A fo rç a d e se n c a d e a d a se d e sen v o lv e e d e sp e d a ç a o
in s tru m e n to , a té q u e d ele n ã o r e s ta se n ão o cab o , co
m o r e s u lta d a v e rific aç ão p o ste rio r.
1 1 .1 6 : T o q u e su a v e do ta m b o ril.
1 1 .1 7 : C om eçam to q u e s m a is su rd o s so b re a pele
do ta m b o ril, com o com u m o b je to m eio d u ro , q u e po
d e ria s e r um m e m b ro h u m a n o . A a la d a p o rtin h o la
v ir a d a p a ra o m é d iu m m o v e-se p a ra tr á s ; os b a rb a n
te s f o sfo re sc e n te s c o m p rid o s são p u x a d o s, fo rte m e n te ,
p a ra o in te r io r do g a b in e te .
1 1 .1 9 : F a z -se e n tã o o u v ir a c a m p a in h a ; e le v a n
do-se no a r, é la n ç a d a p o r cim a do b io m b o , e cai ao
pé da c o n d e ssa A.
1 1 .2 0 : A c o n c e rtin a m o v e-se; o u v e m -se a lg u n s
so n s, a ssim com o um g o lp e de in s tru m e n to n a m esa.
O p ro f. S ierp e o d ir e to r d a s e x p eriên c ia s e rg u e m -se
p a ra m e lh o r o b se rv a r os fe n ô m e n o s p o r c im a do
biom bo.
1 1 .2 1 : O ta m b o ril, d e ita d o n a m e sin h a d e p a lh a ,
é to c ad o , d e a c ô rd o co m o ritm o d a m ú sica , e, depois,
a tir a d o ao chão.
— 53 —
1 1 .2 2 : O uve-se, dep o is, u m b a ru lh o e x tra o r d in á -
dio a tr á s do b iom bo, no re c in to d as e x p e riên c ia s. T o
do s o s o b je to s d e ita d o s n a s m e sas sáo a tir a d o s , co n
f u sa m e n te , u n s em c im a do s o u tro s, e a s m e sas, fin a l
m e n te, to m b a m no chão.
11 .2 4 : E ’ lig a d a a lu z b r a n c a p a ra se v e rif ic a r
o re s u lta d o d e ssas f o rte s in flu ê n c ia s.
11 .2 5 : k lu z c la r a , v e m o s a s d u a s m e sas v ira d a s
no c h ã o ; por a{, em to d o s o s se n tid o s, os p ed aço s do
v io lin o . A lem d isso, v e rific a m o s q u e o b io m b o , do la
do do m é d iu m fo i p u x a d o a té p e rto d a c o rtin a . No
e n ta n to , n ã o p u d e m o s a p u r a r se esse f e c h a m e n to se d e u
a n te s o u a p ó s d o ú ltim o fen ô m e n o .
O d ir e to r p u x a a m esa m a io r p a ra tr á s d a c o r ti
na, d e n tro do g a b in e te , e, so b re a m e sin h a de f u m a r,
c oloca u m a c a ix in h a de m ú sic a de c ria n ç a , o ta m b o ril,
a c a m p a in h a e u m a a rg o la fo sfo re sce n te.
O e x p e rim e n ta d o r to r n a a f e c h a r o c am p o d e ex
p e riê n c ia s, de m odo qu e a b e ira do b io m b o 'se u n a à
ti r a fo sfo re sc e n te d a c o rtin a .
1 1 .3 0 : S egue p e q u e n a p a u sa , à s e s c u ra s, d u r a n te
a q u a l o m é d iu m fica so b c o n tro le e p o d e d e sc a n sa r.
O s a s s is te n te s fica m to d o s em se u s lu g a re s.
1 1 .4 2 : Os m o v im en to s d a c o rtin a rec o m eç am .
1 1 .5 0 : “ O lg a ” p e d e u m a p a u s a d e 1 8 m in u to s.
C o n tin u a ra m d e p o is a s e x p e rin c la s n a s m e sm a s c o n
dições.
1 1 .5 5 : R u d i a c o rd a .
18 m in u to s d e p a u sa.
D u ra n te e s te rec re io , no lo c al c o n tíg u o , e n tre te m -
se os p re se n te s so b re o r e s u lta d o ; e u m e sp e c ta d o r,
q u e p e la p r im e ira vez em su a v id a a s s is tiu a u m a se s
sã o , e x te rn o u a p o ssib ilid a d e d e u m do s p r e s e n te s te r-
s e in tro d u z id o no g a b in e te , e te r , fra u d u le n ta m e n te ,
p ro d u z id o to d o s esses fen ô m e n o s. Com e ssa f a l t a d e
c o m p re e n s ã o d o v a lo r c ie n tífic o d o m é to d o , e r a d e ro -
— 54 —
c c a r q u e a c o n v ersa, n m ta n to Im p ru d e n te , p u d e sse
d e p rim ir o to lh e r a s disp o siçõ e s d o m é d iu m .
1 2 .1 2 :R e in fc io d a se ssão , com o d e co stu m e .
1 2 .2 2 : T ra n se . N ão se d a n d o , p o rem , m a is fen ô
m eno a lg u m , foi le v a n ta d a a se ssão à 1 h o ra .
A c a u sa do fra c a sso d a ú ltim a p a n o d eve so r
a trib u íd a à p e rd a d e d isp o siçã o d o m é d iu m , p ro v o ç a d a
p e la o b se rv a ç ã o m e n c io n a d a so b re a po ssiv e l fra u d e .
B a se ad o n a su a e x p e riê n c ia de m u ito s a n o s, S c h n e id er,
p a i, p e n sa q u e o m é d iu m e sta v a h o je p a rtic u la rm e n te
fo rte , e q u e te r i a d a d o r e s u lta d o ta m b e m a ú ltim a
p a rte , se tiv e s s e sid o o m itid a n q u e lq c o n v ersa.
1 .0 6 : R u d l a c o rd a .
O B SER V A Ç Õ ES F IN A IS DO D IR E T O R DAS
E X P E R IÊ N C IA S
SESSÃ O D E 5 D E O U TU B RO D E 1 0 3 5
COM RU D I, N A CASA DOS P A IS , E M BRAU N A U
O s r . J. S c h n e ld e r, p a l do m é d iu m , p a ra tir a r- m e
a s d ú v id a s, te v e a b o n d a d e, d e c o n v ld ar-m e m a is v ezes
p a ra B r a u n a u . D u as sessõ es d lstln g u lra m -se p a rtic u
la rm e n te p e la rlq u o za de fe n ô m e n o s d e te le c in é sia e
m a te ria liz a ç ã o . P o r isso p a sso a f a z e r o r e la tó r io
d e las.
A S S IS T E N T E S : M e d lc ln a lra t D r. E . R e h , C a p i
tã o K o g eln ik , S. R lb el, o sr . e s r a . R a m sb a c h e r, p a i
e m ã e do m é d iu m , a ssim com o o irm ã o m a is v elho,
C a rlo s, com s u a m u lh e r R o sa , e o r e la to r D r. G a tto re r.
A n te s d a se ssão tiv e b a s ta n te o c asiã o p a ra e x a
m in a r tu d o , m in u c io sa m e n te , no lo c al, m o rm e n te no
c a n to do q u a rtò q u e d e v ia s e rv ir d e g a b in e te . D e m o
do a lg u m p u d e d e sc o b rir alg o d e su sp e ito . E m m in h a
p rese n ça , S c h n e id er, p ai, p r e p a ra o g a b in e te . O so a lh o
do c a n to e sq u e rd o do q u a rto é c o b erto com p an o p r e
to, d e K a té K v a i u m a c o rtin a p r e ta p e n d u ra d a , q u e
s e a b re com c o rd a s, a p a r ti r do m eio. J a n e la I ( d e n
tr o do g a b in e te ) e ja n e la I I f o ra d ele, (a m b a s dão p a
r a a p r a ç a m u n ic ip a l) , sã o ig u a lm e n te c o b e rta s com
p a n o p re to , a -fim -ú e qu e a lu z d a p ra ç a n ão p e n e tre
no lo c al d a sessão . C ad a p a n o é p o r m im m in u c io sa -
— 56 —
m e n te e x am in a d o . A lim p a d a , em f re n te ao g a b in e te ,
e stá se n d o e m b a c ia d a com p ap el v e rm e lh o . De u m la
do d a c o rtin a ( K l ) , to r a d e la, o m é d iu m R u d l; à f re n
te d ele, o M e d ic in a lra t D r. E . R e h , q u e s e g u ra a s a r
tic u la ç õ e s d a s m ã o s d e R u d i e a p o rta a s p e rn a s con
t r a a s s u a s ; se g u em e n tã o o s d e m ais a s s is te n te s ; q u a n
to a m im , floo no so fá ( K ) ,e m f re n te a R u d l. A dls-
— 57 —
tã n c la d e ste à m e ta d e d a c o rtin a é d e l,m .5 0 . D epois
de a c e sa a lu z v e rm e lh a , R u d l c al, p o r sl só, em t r a n
se. E m voz c o ch ic h ad a , a n u n c la -s e a " in te lig ê n c ia "
qu e é s a u d a d a p o r to d o s, em c o ro : “ D eu s t e sa lv e,
O lg a ! ” S c h n e ld e r p a i, a e x em p lo do B a rão v o n S c h ren k ,
faz u m d isc u rso d e b oas v in d a s. “ O lg a ” p cd o e n tã o 12
m in u to s do p a u s a . L u z b ra n c a . F a ç o q u e stã o de que
n ln g u e m e n tr e no g a b in e te .
R e com eça a se ssã o ; tr a n s e . N ad a su c ed e . P e r g u n
ta d a p elo m o tiv o , r e s p o n d e “ O lg a ” q u e o g a b in e te não
e s tá s u f ic ie n te m e n te e sc u re c id o . E n tr o n o g a b in e te
em c o m p an h ia do sr. C a rlo s S c h n e ld er.
Iso la m o s a lu z b ra n c a e to rn a m o s a s a ir ju n to s .
O lga p e d e m ú sic a e c o n v ersaç ão . C a n ta m -s e d iv e rs a s
c a n tig a s p o p u la re s. A lg u n s do s p r e s e n te s d e c la ra m p e r
c eb e r f ig u r a b r a n c a ; q u a n to a m im , n a d a en x erg o .
C a rlo s c a l em tr a n s e , com o m é d iu m s e c u n d á rio . “ Ol
g a " d e s e ja u m a p o ltr o n a ( c a d e ir a sem e s p a ld a r ) com
c a m p a in h a . Coloco a m b o s em f re n te d a c o rtin a . D e-re-
p e n te , p õ e-se e s ta em m o v im en to v iv az, e n q u a n to a
p o ltr o n a e s tá se n d o p u x a d a p a ra to d o s os s e n tid o s ; a
c a m p a in h a m a rc a o cam p a sso p a ra a c an ç ão q u e 6e
v a i e n to a n d o . Os m o v im en to s, a v iv a d o s p e las a c la m a
ções d os e sp e c ta d o re s, to r n a m -s e m u lto v e e m e n te s e
desen v o lv e m -se à m in h a f re n te . C o n tin u a a c a m p a i
n h a a s e r s a c u d id a , com o p o r m ão In v isív el, c o rtin a a
d e n tro . D e -rep e n te é jo g a d a p o r cim a dos m e u s o m
bro s, to c an d o -m o ao de lev e. P o r in d ic aç ão do m é d iu m ,
" O lg a ” e n c o n tr a - a logo, a tr á s de m im . “ O lg a ” d e se ja
q u e e u a se g u re em cim a d a p a lm a, p a ra tlr á - la d a í.
S e g u ro , po is, a c am p a in h a em c im a d a p a lm a d a m ão,
deb aix o d a lâ m p a d a . N a p o sição em q u e m e a c h a v a n ão
p o d ia d e ix a r de a v is ta r q u a lq u e r do s p re s e n te s q u e te n
ta s s e c h e g a r p a ra p e rto de m im . A p ro x im an d o m in h a
m ã o m a is um p ouco (1 0 cm .) d a c o rtin a , v ejo a p a
rec e n d o , d e -c h o fre, em d ire ç ã o à. fle c h a , u m a p e q u en a
— 58 —
m ão. V ejo -a , pelo m ano s, tã o c la ra m e n te com o a m i
n h a p ró p ria , à lu z v e rm e lh a , m a s m u ito p e q u e n a e de
lic ad a . P e rce b o q u a tro d ed o s s e p a ra d o s, se m o p o le
g a r. A m ão e ra v isív el só a té a a rtic u la ç ã o . U m ta n
to tím id a e p rec av id a , fo i a m ão a p a lp a n d o , ao de
le ve, a m in h a , s e n tin d o e u alg o d e frio h ú m id o . D e-re-
p e n te a p a n h a a m ã o zin h a a c am p a in h a e r e tira -a , jo
g a n d o -a com ra p id e z. F e ito isso, d e sap a re ce . A m a te
ria liz a ç ã o f o ra visiv el p elo e sp aço de 3 a 4 se g u n d o s.
O dr. R e h c ertific o u -m e d e q u e c o n tin u a v a s e g u ra n d o
R u d i. Os d e m a is e sp e c ta d o re s e ra m to d o s te s te m u n h a s
d a a p a riç ã o , e não p o d ia m , n a s c o n d içõ es d á d a s, tô -la
p ro d u zid o p o r f r a u d e ; a m ão sa iu p o r d e trá s d a co r
t in a e e ra a n o rm a lm e n te p e q u e n a ; a d is tâ n c ia d o s a s
s is te n te s e ra m in lm a.
E m s e g u id a , q u e r " O lg a ” to c a r o a la u d e . O in s
tr u m e n to e s tá p reso ao pescoço com a caix a d e re sso
n â n c ia . Com o a fisc aliz aç ã o se m e a fig u r a in su fic ie n
te , to m o e u e se g u ro o in s tru m e n to . A d e s e jo d a “ in te
l ig ê n c ia " , a p ro x im o -m e d a c o rtin a , e in c lin o e n tã o o
in s tru m e n to p a ra m e u la d o e sq u erd o , em se n tid o co n
tr á r io ao do c írc u lo do s a s siste n te s, d e m odo q u e as
c o rd a s fiq u em bem j u n ta s à c o rtin a . S eg u em -se e n
tã o puxões no in s tru m e n to , a o s q u a is re sisto p a ra v e
r if ic a r o g r a u de in te n s id a d e . D epois, a rr a n h õ g s n a s
co rd a s, com o se a lg u e m p a ssasse a s u n h a s so b re e las
b r u ta lm e n te . A clam ações a “ O lg a ”.
N a ja n e la II, d e -re p e n te , to q u e s v e em e n tes . D e
se ja -se c e rto n u m e ro de p a n c a d a s, e isso se faz e x a ta
m e n te . E u so lic ito : 2 g o lp e s rá p id o s e 3 v a g aro so s, o
q u e , a p ó s p e q u e n a d e m o ra , se e x e c u ta p ro n ta m e n te .
A o m esm o m odo f u i c o rresp o n d id o q u a n d o p e d i q u e se
b a te ss e n a ja n e la I.
E m se g u id a a ssu m o eu p ró p rio a fisc aliz aç ã o , m as,
te n d o -s e v e rific a d o só m o v im en to s d a c o rtin a , e n c e r
r a m o s a se ssão , à s 11 h o r a s d a n o ite .
— 59 —
S e m e lh a n te m ão m a te r ia liz a d a a p a re c e u m a is t a r
d e, v á ria s vezes, em o u tr a s o casiõ e s, com o n a se ssão
d e 12 d e a b ril d e 1926. Com o e s ta a p re s e n ta m a is o u
tr o s p o rm e n o re s in te r e s a n te s , d e la faço a se g u ir, u m a
de scriç ão , de a c o rd o com o p ro to co lo .
SESSÃ O D E 1 2 D E A B R IL D E 1 0 2 «
COM R U D I S C H N E ID E R , em casa d o s p ais.
M EM BR O S D A SESSÃ O : P r o f . B e u le r ( Z u e r lc h ) ,
Sr. K ., c a p itã o K o g e ln lk e s r a . P o ld i O fe n m u e lle r,
F r a n z C llli, R a n sb a c h e r, R o sa e C a rlo s S c h n e id er, os
p a is do m é d iu m e o r e la to r D r. G a tte re r.
P a r a o b te r c o m p le ta c e rte z a , fo i e x e c u ta d o pelo
ú ltim o , a u x ilia d o pelo sr. K ., e x am e m in u c io so de to
dos os o b je to s do lo c al d a s sessõ es e do s q u a rto s co n
tíg u o s ; n a d a foi o m itid o , n e n h u m a g a v e ta , o u caixa,
ou c am a , fica n d o de p o is a s p o r ta s f e c h a d a s e la c r a
da s. A in d a a ssim c o n tin u a m o s a e x a m in a r c u id a d o sa
m e n te , com a lâ m p a d a e lé tric a , to d o s o s d e m a is c a n
tin h o s.
I n ício da se ssão à s 8.26 h o r a s . S eg u em 12 m in u
to s de p a u sa . R e in ic io à s 8 .3 7 . T ra n se . C o n tro le (p elo
c áp itã o K o g e ln ih ), com o se m p re . " O lg a " * p e d e a p o l
tr o n a . P u x o u -a em d iv e rs o s se n tid o s, d ep o is fê -la c air.
C olocada n o v a m e n te em pé, foi c o b e rta com b rin q u e d o s
p a ra " O lg a " ( ta m b o ril, c a m p a in h a ) . C a rlo s S c h n e id e r
cai ta m b e m em tr a n s e . “ O lg a ” to c a o ta m b o r il, c o n ti
n u a a to c a r o ta m b o r n a ja n e la I I e, a p e d id o , ta m b e m
n a ja n e la I. O uvem -se e n tã o p a n c a d in h a s n o e s p a ld a r
do so fá e n a p a re d e , a tr á s do m é d iu m . A s c o rtin a s são
le v a n ta d a s p a ra o a r, a té fic a re m q u a se p a ra le la s ao
chão. A c a m p a in h a é le v a n ta d a e to c a d a . “ O lg a ” p e d e
q u e o g ra m o fo n e s e ja co lo cad o em c im a d a p o ltro n a .
Com o o m a is pró x im o , q u e é o s r . K ., n ã o c o n seg u e
faz ê-lo fu n c io n a r , d e c la ra g I n te lig ê n c ia : “ V ou faz ê-lo
— 60 —
eu p r ó p r i a ” . A p arec e o u tr a vez, b em v isív el, ã lu z v e r
m e lh a, a m ão m a te r ia liz a d a ; je ito s a m e n te faz o in s
t r u m e n to to c a r, p e g a do ta m b o ril, e m a rc a com e le o
c om passo. M a n ife sta m e n te m a l s a tis f e ita com a m ú
sic a, m a n d a " O lg a ” : “F o r a com a v e lh a p e ç a ! ”
O P ro f. B e u le r, o s r. K . e D r. G a tte r e r e n tre g a m
le nços. P e g a d o s com m u lto je ito p e la m ão d e “ O lg a ”,
d e sa p a re c e m a tr á s d a c o rtin a , e de lá r e a p a re c e m
c heios d e nó s, se ndo r e e n tr e g u e s a se u s p ro p rie tá rio s .
Ao s r. K ., p o ssu id o r de b e la b a rb a c o m p rid a, lh e p e
dem se a p ro x im e u m pouco d a c o rtin a . A p en a s feito
Isso, r e a p a re c e , d e t r á s d a c o rtin a , a m ão m a te r ia li
zad a , e p u x a -lh e v io le n ta m e n te a b a rb a . C o m eça “ Ol
g a ” e n tã o a o c u p ar-se com o “ a n jo fo s fo re s c e n te ” ( fi
g u r a d e c a r tã o ) . Com o e ste é fix a d o com a lfin e te de
se g u ra n ç a em cim a d a c o rtin a p r e ta , e sta , d e -c h o fre,
se r a s g a p o d e ro sa m e n te , n o m esm o fio, de b aixo p a ra
cim a, d e m odo q u e o a n jo fica liv re , m o v e n d o -se a le
g re m e n te no a r e c ain d o fin a lm e n te no c h ão . O re la
to r o rec o lh e , m a s “ O lg a ” lh o t i r a d a m ã o c o m e x tra
o r d in á r ia v io lê n cia.
E m to d a s e ssas m a n ip u la ç õ e s, a p e q u e n a m ão
m a te r ia liz a d a e ra m u lta s v ezes b e m v lslv el. A lém d is
so, a p a r e c e u u m f a n ta s m a in te ir o ; o r e la to r v iu a fi
g u r a n e b u lo sa , bem c o n fu sa , q u e o r a foi c re sce n do ,
o r a d im in u in d o , ta n to n o ta m a n h o , com o n a clarez a.
A s m ln u d ê n c ia s n ã o s e p o d ia m d is tin g u ir .
No fim d a se ssão " O lg a ” e n sa ia v a a in d a e fe tu a r
u m a le v ita ç ã o do m é d iu m . A fo rç a, p o rem , lh e p a re c ia
e sg o ta d a , d e m odo q u e o r e la to r n ã o p o d e d is tin g u ir
o fen ô m e n o .
FE N Ô M E N O S COM M A R IA SELB ER T
(D o G ra z — Á u stria )
a ) A S P A N C A D IN H A S (R a p s ) o u TEPTO LO GIA (8 5 )
A s p a n c a d a s m e d lú n lc a s sã o , de c erto , o fen ô m e
no m a is fre q u e n te com d. S ilb e rt. P o d e m s e r v e rif i
c ad a s em q u a se to d a v isita , e a c a d a h o ra do d ia . A s
i c o n tin u a m e n te , q u a n to ao lu g a r, à
e ritm o . As m a is d a s vezes, pa-
í o o u v id o em c im a
ra p s f o r t e s ) , a v ib ra -
. S ilb e rt se a s s e n ta à
js p a ra a fre n te , v isi-
T cm an d o -se lu g a r ju n to a u m a m e sa, e à lu z de
u m a lâ m p a d a d e 50 ve las, um ou o u tr o a s s is te n te d e
c lara-se logo s u r p re s o o u e sp a n ta d o : a lg u e m m e to
cou. O rd in a r ia m e n te te m -se a Im p ressã o de um m e m
b ro m ole, e m b o tad o . Âs vezes, se n te -se ta m b em , b em
d is tin ta m e n te , um a b ra ç o o u «aperto n a p a rte su p e
r io r ou in f e r io r d a coxa, ou do s jo e lh o s. A p e d id o , o
to q u e m u d a de c a r a te r . E ste n d e n d o -se , d e -re p e n te , a
m ào, p o r baixo d a m e sa, e p ed in d o -se a “N e ll” a p e r -
tá -la , c o stu m a s e r e n tã o sa c u d id a fo rto ou le v em e n te .
D á-se ta m b em f re q u e n te m e n te a se g u in te e x p e riê n c ia :
o m é d iu m e a p e sso a f ro n te ir a u n e m u m a d a s m ão s
em cim a d a m e sa, e p ro c u ra m J u n ta r , ig u a lm e n te , as
o u tr a s debaixo d a m esa. No m o m e n to em q u e se to
cam , ju n ta -s e -lh e s , não ra r o , so b u m v islu m b re , o u tr o
m e m b ro m is te rio so . E ’ I n te r e s s a n te q u e a té d. S ilb e rt
se s e n te se m p re to c ad a , q u a n d o o u tr o s o são.
N a tu ra lm e n te , com to d a s e ssas e x p eriên c ia s, su s
p e ita -se d a e x istê n c ia de u m se creto m eca n ism o , do
q u a l o m é d iu m se se rv e h a b ilm e n te . U m ex am e m i
n uc ioso, po rem , conv en ce lo g o d a c o m p leta in o c ên c ia
do rú stic o e p e sad o m o v ei d e c a rv a lh o . P re su m e -se ,
em se g u id a , q u e d. S ilb e rt te n lia p o d id o , com seu
pé, p ro d u z ir e sses to q u e s fra u d u le n ta m e n te . T am b em
e sta obje çã o se d e sfa z p o r si m e sm a . E m si, Já é im
possíve l q u e u m a sra ., id o sa e d o e n tia , fize sse p o r b a i
xo, com os pés, se m e lh a n te s a rtifíc io s a cro b á tic o s, sem
m o v e ria p a rte s u p e rio r do co rp o . A d em ais, liq u id a -se
a o b je çã o pelos to q u e s de p a rte s s u p e rio re s ; e o m é
diu m p e rm ite q u a lq u e r v e rific a ç ã o do s pés com lâ m p a
d a e lé tr ic a ; su a s m ã o s fica m , q u a se se m p re, p o r cim a
— 64 —
e bem v isiv eis. O r e la to r , q u e fa z ia m u lto uso d a lâm -
p nd a e lé tric a , e re c e b ia m u ito s to q u e s, n u u c a p o de
p e rc eb e r m otivo p a ra a m ín im a su sp e ita .
c) FE N Ô M E N O S T E L E C IN im C O »
São os se g u in te s q u e so o b se rv a m : le v a n ta m e n to ,
p a rc ia l o u to ta l, d a m e sa p e sad a d e se ssã o ; to q u e b re
ve d os In s tru m e n to s q u e se e n c o n tta i$ 110 q u a rto o à
b oa d is tâ n c ia do m é d iu m ( a té 4 m e tr o s ). F r e q u e n te
m e n te são m ovidos, te le c in e tlc a m e n te , o b je to s c o lo ca
dos d ebaixo d a m e sa de se ssão . C a ix in h a s de c ig a rro s,
reló g io s, ta m p a s e fo lh a s , c a m p a in h a s , tu d o isso é c a r
reg a d o e a rr a s ta d o pelo ch ão , e n i c irc u ito s c o m p rid o s,
pelo m is te rio so “ a lg u é m ” . N ão ra ro , esses o b je to s s a l
ta m bem a lto e a té a c im a d a m e sa. Às vezes, d e sa p a
rec em d e -sú b ito , e m b o ra o b se rv a d o s com m a io r a te n
ção, e v o lta m d e -rc p e n te pelo a r, “ tr a z id o s " p o r in
te rm é d io do m é d iu m , a -p e sar-d o e ste se m p re c o n se r
v a r a s m ãos v isiveis, em cim a da m e sa. A té c h lca ra s
c h e ia s fazem essas v ia g en s m e d iú n ic a s, se m d e ra m n r
u m a g o ta 6 e q u er do c o n teú d o . E m s e m e lh a n te s “ tr a n s
p o r te s ” c ai o m é d iu m em tr a n s e ; a luz é d im in u íd a . A
e xp re ssão e o ge sto n o tr a n s e são m is te rio so s e um
ta n to te a tr a is . O e n to a r d o can ç õ es inclodiQ 6as, e a de-
clam a çã o d e poe sias q u e se re f e r e m ao m u n d o d o s e s
p ír ito s (tó p ic o s de F a u s to , e tc .) , fav o rec em m u ito a
p ro d u çã o de fen ó m e n o s.
d) FE N Ô M E N O S LU M IN O SO S
P o s to q u e e fe ito s lu m in o so s a q u i se r e la te m ( a n
te rio re s a 1 9 2 2 ), r e strin g e -se , a m in h a e x p e riê n c ia
pessoa], a fen ô m e n o s m en o s im p o r ta n te s d e 3 t^ g ô n e ro .
N a p ro x im id a d e do m é d iu m a p a re c e m , Içe q u e n te m e n -
te, fa ix a s c la riv e rd e s ou raio s q u e, com o m e te o ro m i
n úsc ulo, tra ç a m u m a lin h a d e fogo. T am b em dos de-
- 65 -
d os do m é d iu m irro m p e m , à s vozes, no e s t i r o , ra lo s
a u riv e rd e s . * *
Pe lo que m o in fo rm a m ^ o s c o m p a n h e iro s d a se s
sã o , ta m b e m d^o corpo do m é d iu m s a S n n e v o eiro s f r a
c a m e n te lu z e n te s, fo rm an d o m a te ija liz a ç õ s s m à is d e n
sa s. O r e la to r n u iic u c h eg o u a v c rlfia a r, co m c e rte z a ,
e sse (p n ô m en o . »
B e p çis d e s ta «xplic liç ão , p o d e rã o os p ro to co lo s,
e m s u a f e r ^ a b re v e e e s c a ssa , d a r u m a id é ia c la r a e
c o m p re en sív el - d o s fen ô m e n o s. M ais o u tr a s o b se rv a
çõ es c rític a s so b re a fisc aliz aç ã o e x ercid a se rã o r e la
ta d a s n a II p a rte destar jsecção. D u ra n te a s sessõ es,
ío r a m ^ s e m p r e to m a d o s A p o n ta m en to s, e, lo g o n a se
g u in te m a n h ã , re d ig id o o p ro to co lo . Só a s se ssõ es m e-
lh o r* su c c d id a s é q u e sertio a q u i m e n cio n a d as .
S E S S â O D E 2 5 DIO G U T üB K O D E 1 0 2 5
c om D .*M nrla S ilb e rt, c m s u a c asa , em tir a z .
A S S IS T E N T E S : P ro f. D r. J o ã o U de e se u p rim o .
D. S ilb e r t o o re la to r . Com eço d a se ssão à s 8 h o r a s d a
n o ite . C om g local s e rv e u m q u a rto a ssaz eepaço so , ro-
ta u g u t . QyaOe no m eio se a c h a u m a mêsa. p e sad a ,
de m a d e ira , c u jo s q u a tro pés se U £am p o r tra v e ssa s
c ru z a d a s; em cim a, a lâ m p a d a e lé tr ic a (5 0 .* e la 6 ) ; m e
d ia n te c e rto didfeositivo p ode s e r re d u z id a a luz. C ada
qu a l to m a a sse n to o o u tro lad o efe m esa.
Im e d ia ta m e n te se fazem o u v ir p a n c a d in h a s. Co
m eça um d ita d o . Sai, com o p rim e ira p a la v r a : “ Coc-
m c te iiu m ” . A d m iram o -u o s do la tim . Seg u e o d ita d o :
“ Si pa cc m d c d e r ltis , lu x o r . . . “ D c d e ritis” fo i p a rc ia l
m e n te d e cifrad o p o r m im . O a b r ir d a p o r ta in te r ro m
pe o d ita d t. E m vez de c o n tin u a r o te x to , b a te-se
“ e jo n y ” e, à p e rg u n ta , so e stã ex ato , re sp o u d e -s e: sim .
Segue d e pois: T u l se m p re lu x , ov io tx m ” . P o r m im ,
o r lc t dcv la se r c o m p letad o pela silab a “ u r ; d o u , po-
— 66 —
rem , d e -p ro p ó slto , a s le tr a s e rr a d a s “x ” e “ m ”. F o -
Tam a fir m a d a s a m b a s. E m se g u id a b a te ••NeU”, em
a le m ã o : “ E u nãó e n g an o , não e n g a n e is ta m b e m v ó s” .
D epois s e g u e “e x tltlt” . " O u v is te -n o s ,' a c r e d ita s te na
n ossa e x is tê n c ia ”. O p rim o do P ro f. U de p e rg u n ta :
"Q ue m a c r e d ita ? Meu t io ? ” “ N ã o ”. " P r o f. G a t te r e r ? ”
“ N ã o ” . “ E u ? ” “ S im .".
A m e sa com eça a m o v o r-se e. a e rg u ê r-se de um
lado. Com m u ita s u r p re s a n o ssa , p a re ce , à s vezes, m o
dific a r-s e o seu peso. D estes fen ô m e u o s, p o rcin , n ã o
te n h o c e rte z a a b s o lu ta . T o q u es p o r m e m b ro s in v isí
veis. B a te -se n a m e sa, e rec eb e -se o m esm o n ú m e ro
do p a n ca d as, com o re sp o sta.
R eco m eça o d ita d o : “ H o je não e sto u so z in h o , in
te rro m p e s e m p r e ”. L ig u e i, p rim e iro , sem se n tid o . F u i
co rrig id o . O m é d iu m q u e ix a-se d e q u e tu d o v ai h o je
tã o d e so rd e n a d a m e n te ; p a re c e q u e u m a in te lig ê n c ia
e sto rv a a o u tr a . Às vezes, re sso a d e to d o s os lad o s
v e rd a d e iro c o n ce rto de p a n ca d as. V em e n tã o a co m u
nic aç ão : “ b tp tn ro so m n in lo ” , n a q u a l a lg u m a s le tr a s
Sllbeit
G ráfico n .“ 3
— 67 —
fo ra m ta lv ez p o r n ó s m al e n te n d id a s. A -fin a l c h eg a d e
novo um la tim m u tila d o : “ D co s i t le p o e lo m ln e ttc r -
m im ” . T alv ez a te n ta tiv a de p ro d u z ir: D eo s lt ln u s ln
c oelo ln n e te r m u n ” .
F im d a se ssão à s 11 h o ra s.
SESSÃO D E 2 6 D E O U TU B RO D E 1 0 2 5
com D. M a ria S ilb e r t, cin s u a c a sa .
P A R T IC IP A N T E S : Sr. E. J . D in g w all (S .P .R . de
L o n d re s) e su a esp o sa, C a p itã o S c h a rl, P ro f. D. W al-
te r , m é d iu m e re la to r .
Com oço d a sessão à s 9.12 h o ra s d a n o ite . S a u d a
da a “ I n te lig ê n c ia " p elo s o u tro s. V em o s e g u in te d i
ta d o : “ F i r m a i v o ssos se n tid o s, e r r a r e i s se ” — Es-»
tro n d o , com u n ica çã o in te rro m p id a , tr a n s fe rê n c ia n o
tá v e l d a m e sa.
9.30 lio ra s. F o rm a ç ã o d a c o rre n te , e sc u rec im e n to
d a luz. D. S ilb e rt p a re ce e s ta r em tr a n s e . D ita d o : “ O
s in a l a p a r e c e r á , q u a n d o a m issão fo r c u m p rid a ”. Os
a s s is te n te s se n te m fo rte s to q u e s.
N a çru z q u e e s tà sob a m e sa, e n c o iitra m -se os
o b je to s em q u e ‘‘N e ll" d ev e a tu a r : 1 c a ix in h a ( p a r a
g r a v a r ) , 2 a rg o la s d e p a p el p a ra se c o m p e n e tra re m ,
c a r ta bem fe c h a d a (com la p isin h o d e n tro p a ra e sc ri
tu r a d ir e ta , a m b o s m e u s ) , u m a ta m p a em fo lh a, um
violino. ’
D. S ilb e rt descrev e o a p a re c im e n to d e u m f a n ta s
m a e s p ir itu a l. D en tro d a m e sa, fo rte s e stro n d o s. V á
rio s p u xões no v io lin o ; ta m p a , v á ria s vezes a b a tid a no
chão. Às 10,45 resso a m tr ê s sé rie s d if e r e n te s de p a n
ca d in h a s. D ita d o s: “ A c re d ita re is, q u a n d o fa la r d e s ( ? )
s in a is e m ila g r e s ” ( o rá c u lo ). M aio r re d u ç ã o da lu z. A
m e sa le v a n ta -se p o r do is la d o s. O s r . D in g w all se n te
f o rte to q u e no braç o su p e rio r; P ro f. W a lte r e M me.
D in g w all ta m b e m rec eb e m to q u e s. A ta m p a é a tir a d a
— 68 —
ao a r. D ita d o : “A c e ita o sin a l, e te r n a é tu a a lm a ” .
O r e la to r s e n te fo rte to q u e n a s p e rn a s.
“ N e ll”, p o r m eio d e tr ê s p a n c a d a s f o rte s, d á si
n a l de q u e re r te rm in a r a se ssão . M in lia c a r ta (ab s-
tr a in d o -s e de um s in a l de la p is no e n v elo p e ) fico u em
bran c o . M as, com s u r p re s a do to d o s, e n c o n tra m o s, g r a
vado n a ta m p a de fo lh a, n u m tr iâ n g u lo : “ X e’.l" . Com o
c u n ã o tiv e sse e x a m in a d o o o b je to a n te s , n a d a p o sso
a flr m n r a c e rc a d a r e a lid a d e d o fe n ô m e n o .
SESSÃO D E 3 D E A B R IL D E 1 9 26
C om a S ia . M . S ilb ev t, c m s n » c asa , e m G raz.
P A R T IC IP A N T E S : P ro f. D r. M lc h elitsc b , M inis-
tc r i a lr a t , D r. M inibeck, D r. H o b e n w a rte r, s r . R h o d e n ,
R . M achado, m é d iu m e re la to r . ( 3 6 ) .
O B JE T O S A PO N TAD O S P A R A E X P E R IÊ N C IA :
S ílb e tt M íelUfckcft
SESSÃ O D E 4 D E A B R IL D E 1 0 26 .
C om D . M a ria S ilb e r t, em s u a c a sa , e m G ra z.
P A R T IC IP A N T E S : Os m e sm o s d a se ssão p rec e
de n te.
O B JE T O S A PO N TA D O S: R eló g io I, I I, III , e sto jo
do c ig a rro s c o n te n d o : c ig a rro s, ped aço d e p a p el e lá
pis, a ssim com o c a r ta com p e rg u n ta s , c a m p a in h a .
O RD EM D E A SSE N T O S: com o no esboço d a se s
sã o p re c e d e n te .
* As 8,35 h o r a s , com eço d a se ssão . E x am e do s sa
p a to s. C onversa-so so b re os f e n ô m e n o s d e D. S ilb ert
em L o n d res, e e x a m in a m -se os r e tr a to s de “ e s p ír ito s ”,
rec e b id o s de lá.
As 9,00, “ D eus te s a lv e ” . P r o f . M ieh elitsch fisc a
liz a rig o ro s a m e n te os p és, e v e rific a v á rio s to q u e s do
lado c o n trá r io . D iv e rs a s ' p a n c a d in h a s, bem fra c a s,
in sig n ific a n te s . P a re c e f a lt a r e n e r g ia , p o rq u e D. Sll-
b e rt se a c h a um pouco in d is p o sta e a ta c a d a . A sso b iam -
se c c a n ta m -se d iv e rs a s m e lo d ia s; a s m e sm a s sã o e x a
ta m e n te to c ad a s no ta m b o ril e c o n tin u a d a s. T am b cm
tim n c an ç ã o b r a s ile ir a . C a n ta -se e m co ro : “ Z u M an-
tu a in B a n d e n ” , “ S te ir c r- ld e d e r ” , “ S a n ta L u c in ” . F o r
m ação de c o rre n te . D. S ilb e rt cai em tr a n s e . Ilu m in a ç ã o
re d u z id a p o r a v e n ta l a z u l, em r e d o r d a l& m pada. Sr.
M in ls te r ia lr a t d e c la m a “ D io K ra n ic h c d e s Ib ic u s ” , e
faz a lg u n s risc o s m a g n é tic o s p o r cim a d e D. S ilb ert,
pelos q u a is e la se s e n te b em re f rig e r a d a . A lg u n s lo-
— 73 -
q u e s. R e ca i em tr a n s e , le v a n ta -se , a v a n ç a , a n d a com o
p a ra o p ia no, e faz, n a d ire ç ã o d a p o r ta fro n te ir a ,
g e stic u laç õ es p ro ib itiv a s, com o se tiv e sse em su a f r e n
te um f a n ta s m a pav o ro so . O s r . M in is tc r ia lr a t d e slig a a
lu z p o r u m m o m e n to , m a s n e n h u m d e n ó s p e rc e b e a
a p a riç ã o . D. S ilb e r t tr a n q u iliz a - s e e p ro p õ e-se te rm i
n a r d e -p re ss a a se ssão , d ev id o a g r a n d e can sa ço . R e s
soam e n tã o , com o p ro te s to , f o rte s p a n c a d in h a s, e o
m é d iu m rec ai em tr a n s e à s 1 0 ,3 0 . L e v a n ta -se , e ste n d e
a s m ã o s, como p ro c u ra n d o a lg o , e s fr e g a - a s u m a c o n tra
a o u tr a . Logo de p o is a p a re c e cm su a s m ã o s o reló g io
do re la to r . A brim o-lo, se m e n c o n tr a r g rav a çã o . A
c a m p a in h a , co lo ca d a n a s tr a v e s s a s c ru z a d a s d a m e sa,
r e tin e v á ria s vezes. V eem -se e rg u e r v á rio s re ló g io s e
r e c a ir, com o se a fo rç a n ã o d e sse p a ra su stê -lo s. O
r e ló g io do P ro f. M ichelltch , co lo cad o p e rto dos pés
d ele, fo i e n c o n tra d o do o u tr o la d o e n tr e o m é d iu m e
o sr. R h o d e n , m elo m e tro d is ta n te d a m e sa e com o
v id ro p a ra baixo. E ste n d e m -se a s m ão s d eb aix o d a m e
sa. S en te m -se, p o r d u a s vezes, to q u e s de u m te rc e iro
m e m b ro .
E n c e r ra m e n to à s 1 1 ,1 6 .
SE SSÃ O D E O D E A B R IL D E 1 0 2«
Com D. M a ria S ilb e rt, c m s u a casa , e m G raz.
P A R T IC IP A N T E S : P r o f . D r. J . U de, P r o f . D r. A.
M ic helitsc h, D r. A u er, sr. M ach ad o , s r. R h o d e n , r e
la to r.
O B JE T O S A PO N T A D O S: reló g io do s r. R h o d e n ,
lig a d o n u m fio de lin h o c u ja p o n ta g u a rd a s e m p re n a
m ã o ; reló g io do P ro f. M ic h elitsc h ; d u a s c h a p a s u ltr a -
r á p id a s de H a u ff, g u a rd a d a s e m p a p el p ró p rio , do r e
l a to r ; u m a c a m p a in h a , d o is v id r in h o s a ta d o s u m a
o u tr o , v á ria s c a r ta s do P io f. U de. E x am e d o s calç ad o s
a b o to a d o s do m é d liim , p elo sr. M achado.
— 74 —
O RD EM D E A SS E N T O S : c o n fo rm e o esboco an ex o.
As 8 ,3 7 : L e v a n ta m e n to su r p re e n d e n te d a m esa,
do lado do sr. R h o d e n . A lu z f o rte fica d im in u id a p o r
a v e n ta l a zu l.
Às 9 ,00 : C h e g ad a do P ro f. U de. P a n c a d in h a s.
D uas m e lo d ia s são bem im ita d a s p o r “ N e ll”. E s te d i
t a : S e m p re se p r e f e r e a h o r a « o d ia . " D ev eis faz e r
isso ? " P e r g u n ta s a N ell p ela o rd e m d e a sse n to s. De
te rm in a q u e o P ro f. M lc h elltscli tro q u e com o r e la to r ,
o que so e x e c u ta . O P ro f. M ic h elitsc h p e d e q u e o la p ls
do Dr. G a tte r e r s e ja tir a d o de d eb aix o d a m e sa. V eri-
fica m -se v á rio s to q u e s do la p is. A p ed id o do P ro f.
M ic helitsc h, a s p a n c a d in h a s to rn a m -s e cad a v ez m a is
f o rte s. D ão-se a s m ã o s d eb aix o d a m e sa, ju n ta n d o - s e
à do m é d iu m . O P ro f. U de e o sr. M achado v erife am
to q u e s de um te rc e iro . S eg u e d ita d o : “ A te n ta n o sin a l
q tie te re v e la r á m u ita s c o u sas q u o t e sã o e s c u r a s a in
d a ” . P e r g u n ta - s e a qu e m isso se d irig e . A r e sp e ito
d e R h o d e n o M ach a d o a re s p o s ta 6 d u v id o sa ; p a ra
c om o D r. A u er, n e g a tiv a .
G o ã le X í t Silbext
— 75 —
9,55. A c am p a in h a é d e rr u b a d a d eb aix o d a m e sa
e la n ç a d a ao chão. se n te m -se v ã rio s to q u e s.
10,00. D. S ilb e r t cai em tr a n s e , a c c rd a e rec ai. O
P ro f. U de to m a a d ireç ão d a se ssão .
1 0 ,35 . T r a n s e p ro fu n d o . O m é d iu m m u r m u r a , le
v a n ta -se v á ria s vezes e faz d iv e rs o s m o v im en to s. C a n
ta m os p a rtic ip a n te s “ S a n ta L n c la ” , “ A m B r u n n e n v o r
<lcm T o re ” . “ A n do n M o n d ". D. S ilb e r t a c o r d a ; e la sd
p e rc eb e u m a p e q u en a m a te ria liz a ç ã o no o m b ro do sr.
R h o d e n . Com o a lâ m p a d a d a m e sa v a i s e r a p a g a d a , o
r e la to r se rv e -se d e s u a lâ m p a d a e lé tr ic a ( d e b o lso ).
O p ró p rio sr. R h o d e n n ão p e rc e b e n a d a , m a s se n te
(a p ó s a viso do m é d iu m ) u m to q u e b em d is tin to no
b raç o. O s r . R h o d e n s e n te d is tin ta m e n te a p ressã o do
fa n ta s m a , que d e sap a re ce .
P o r c erca d e 11,0 0 , tr o c a o sr. R h o d e n o lu g a r
com o s r. M achado, qu e v em , po is, a s s e n ta r -s e a o la d o
e sq u e rd o do m é d iu m . O sr. R h o d e n v ira o se u reló g io ,
a ta d o no fio, v e rific a n d o o P ro f. U d e a co lo ca çã o ; o
r e sto do fio e s tá e n v o lto no b raç o do sr. R h o d e n . A vi
s a o m é d iu m a fo rm aç ão d e u m a m a te ria liz a ç ã o no
braç o do s r . R h o d e n . D. S ilb e r t a c o r d a e r e c a i em
tr a n s e , re p e tin d o 3 ve ze s: “ L u z ” . O s r . R h o d e n d e i
xou a lâ m p a d a e lé tric a , a ce sa, v ir a d a so b re a m esa.
D. S ilb e r t pede a to d o s os a s s is te n te s q u e o lh e m p a ra
o b raç o do sr. M achado. No b raç o su p e rio r d ire ito a p a
rec eu um o b je to b ran c o , red o n d o , c u ja luz foi c re sce n
do. O D r. A u e r o perc eb e , e n q u a n to e s tá a in d a d e b a i
xo do b raç o . O P ro f. U de n o ta q u e so b re os o m b ro s
do sr. M achado p a ssa um o b je to lu m in o so , d e scen d o do
b ra ç o ; d e -re p e n te , D. S ilb e rt e ste n d e a m ão e o p e g a:
6 o reló g io do sr . R h o d e n . M ãos e pés do m é d iu m e s
ta v a m , d e -c o n tfn u o , c o n tro la d o s d u r a n te e sse p ro ce s
so. O fio , com q u e o sr. R h o d e n e s ta v a se g u ra n d o o
reló g io , ro m p e ra p e rto do reló g io . R ece b e-se o reló g io
— 76-
do m é d iu m . C o n fo rm e a v iso d e N ell, d e v ia lia v e r g r a
v ação p o r d e n lro d a ta m p a , m a s n ã o se e n c o n tr a n a d a .
1 1 ,15. D eixa o sr. A u e r a se ssão . A m e sa se le
v a n ta , v e e m e n te , d e u m la d o e re c a i com e stro n d o . O
r o la to r a s s e n ta -s e a lg u m te m p o n o c h ão , p a r a m e lh o r
o b s e rv a r o qu o se p a s s a d e b aix o d a m e sa. O s fen ô m e
n o s to r n a m -s e v isiv ilm e n tc m a is f ra c o s. O b serv a , p o
r em , ju n ta m e n te com o P ro f. M ic h elitsc h , u m f o rte
fen ô m e n o lu m in o so , u m a c la rid a d e , d e b aix o d a m e sa,
p e la s p e rn a s do m é d iu m .
N ovo tr a n s e é su g e rid o ao m é d iu m p eio p ro f. U de.
D iz a d. S ilb e r t: " P r o c u r o q m a te r ia liz a ç ã o " . O m é
diu m le v a n ta -se , a -fin a l, e v a i p ro c u ra n d o e a p a lp a n
do no c írc u lo “ R e co lh e fo rç a com os srs. M ach ad o e
R h o d e n ” . A -fin a l, c h eg a à, p o r ta q u e le v a ao q u a rto d e
d o rm ir, cal a li, e sp a n ta d o , com o q u e m v iu um e sp ec tro
a m e a ç a d o r, e ste n d e os b raç o s com o p a ra se d e fe n d e r:
d e -re p e n te , dá-se um fo rte e sto u ro de r a io lu m in o so
v e rde . A su g e stiv a in flu ê n c ia do m é d iu m lo g ra efe ito
m a is d u a s vezes, d a n d o com o r e s u lta d o o m esm o fe n ô
m eno de a n te s .
A os poucos a c o rd a o m é d iu m . L u z fo rte . D. S il
b e rt, os sr s . R h o d e n e M ach ad o d e ita m a s m ão s ju n -
tin h a s s o b re a m e sa. D. S ilb e rt n o tific a q u e receb e
e n e rg ia . O s r . R h o d e n te m se n saç ão de p a ra lis ia no
b raço s u p e rio r. D e-rep e n te, põe-se a m e sa em m o
v im e n to e se g u e todo m o v im en to d a s m ã o s. Os.' pés do
m é d iu m c o n tin u a m v ig ia d o s pelo re la to r .
E n c e r ra m e n to d a sessão ã s 12,0 0 h o ra s.
B. — FENÔMENOS ESPONTÂNEOS
46 c h u v as de c a sc alh o s ou de p e d ra s;
39 c asos d e to q u e s e sp o n tâ n e o s de sin o s;
7 d e in c ên d io s e sp o n tâ n e o s;
7 d e voz d ir e ta .
Cenas barulhentas
O sr. Illig , e d ito r do d lú rio D er H o h c n s ta u fe n , d e
G o e ttin g c n , A le m a n h a , c o n ta o q u e lh e a c o n te c e u a
ele p e sso a lm e n te . N o te m o s, a n te s de tu d o , q u e o sr.
Illig , so g u n d o s u a p ró p ria c o n fissão , f o ra rac lo n alis.ta
d u r a n te m u ito s a n o s. O se u p ra z e r, d iz e le, e ra d e s
p r e s tig ia r , iro n ic a m e n te , tu d o o q u e c h e ira s se a d o g m a .
Com e ssa d isposição e s p ir itu a l, fixou re s id ê n c ia
n u m a c ld a d e z in h a d a F lo re s ta N eg ra, n a m e ia -ã g u a
d e u m a c asa, c u jo se n h o rio o a v iso u logo de q u e, no
q u a rto que s e ria p o r elo o c u p ad o , s e d a v am c en a s e s
tr a n h a s ; to d o s sa b ia m , a fir m o u ele, q u e o ch am a d o
“ L o ts c h e r ” ro n d a v a p o r ai.
I llig a c o lh e u e sta n o tic ia com h ila r id a d e , a f ir
m a n d o q u e em b rev e h a v ia -d e se e n te n d e r bem com
esse e sp irito d a casa .
A p rin cíp io a coisa p a re c ia in o fe n s iv a ; m a s, a o s
poucos, a s Im p o rtu n a ç õ e s do L o tc h c r to r n a r a m -s e in
su p o rtá v e is. E ’ o p ró p rio I llig q u e m d e sc re v e os h o r
ro re s de u m a n o ite ;
“ N a n o ite de 23 p a ra 24 d e fe v e re iro de 1 892,
m eu v iz in h o de q u a rto e s ta v a d e v ia g em , e n ão h a v ia
o u tr o m eio se n ão “ e n te n d e r-m e so zin h o com o L o ts
c h e r ” . Isso n ã o m e e ra a g ra d a v e l. D e p rev e n çã o , só
p ro c u re i o m e u q u a rto m ela h o r a d ep o is d e m e ia n o i
te . F e c h ei e a fe rr o lh e i bem to d a s a s p o r ta s e ja n e la s .
N ão a p a g u e i, p o rem , a lu z e d e ix ei a v e la so b re a c a
d e ira , ao la d o d a c am a. No e n ta n to , a e x cita çã o d a
e s p e c ta tiv a nã o m e p e rm itiu d o rm ir.
“ D e-fato , com eçou L o tsc lic r d e -p ress a o se u tr a b a
lho. O ra fo i com o s e q u e b ra se c esm agas© b o tõ e s, b e n
g a la s, g u a rd a -c h u v a s ; o r a a tir a v a u m a b o la c o n tra os
p a u s, a q u a l cho ca v a c o n tra a p a re d e e re s s a lta v a . M ui
ta s vezes, o “ d e sco n h e cid o ” p a re c ia d e rr u b a r le n h a
e m p ilh a d a . D ep ois d e u m a h o r a d e b a ra fu n d a in f e r
n a l, q u e m e c an so u a té ao d e se sp e ro , d ir-se -ia q u e ia
d e ix ar-m e em paz. P r o c u re i d o rm ir. A p en a s p e g u ei no
p rim e iro sono, a liá s m u ito le v e, logo fu i d e sp e rta d o
p o r e s tr a n h o s son id o s, ja m a is o u v id o s p o r m im . E r a
coino um r e s p ira r, s u s p ir a r e g e m e r, p ro v in d o d e
g u e la p ro fu n d a . N âo se i d e screv ê-lo . O uvi-o c la ro e
te rr ív e l d e m a i s .. . O uvi p a sso s, c a d a q u a l a c o m p a
n h a d o d e go m ld o s e ran g id o s , v in d o s do p ro fu n d e z a s.
P e rc e b i d is tin ta m e n le q u e o fa n ta sm a se a p ro x im a v a
de m éu le ito . Q ue fa z e r? H av ia e u d e a b a la n ç a r-m e
a in d a g a r a c au sa ? R e f le ti nisso u m m o m e n to , m a s
n ã o tiv e c o ra g em d e e x ec u tá-lo . E u m e a c h a v a d e i
ta d o do la d o e sq u e rd o , v ir a d a a cab e ça p a ra a p a re
de. O f a n ta s m a se a p ro x im a v a p o r d e trá s de m in h a s
c o stas. C he g ad o q u e foi ao m eu le ito e b u fa n d o p o r
c im a d e m im , s e n ti n a n u c a u m v e n to g e lad o . T al
se n sa ç ã o n ão e ra , a b s o lu ta m e n te , c o n seq u ê n cia d e ex
c ita ç ã o e de su sto , p o rem e fe ito d a re a lid a d e . No m es
m o m o m e n to e m que o f a n ta s m a tin h a c h eg a d o , ge
m e ndo e b u fa n d o , sa c u d iu v á ria s vezes o m eu le ito ,
com o a sig n ific a r q u e a v is ita e ra e sp e c ia lm e n te p a ra
m im . A s p a n c a d a s e ra m sin g u la re s , s o n o ra s, se ca s e
o c a s. . . D a m e sm a f o rm a q u e se tin h a a p ro x im ad o
d o m eu le ito , a ssim ta m b e m se foi, a fa sta n d o -se , p a s
so a pa sso, d a n d o g e m id o s h o rrív e is. D irig iu -se p a ra
a p o r ta e s a iu do q u a r to ” .
— 2 —
A s c ria n ç a s d e c la ra r a m v e r f a n ta s m a s d e a n im a is.
No d ia 13 de m aio h o u v e o p o n to c u lm in a n te : “ U m a
a c h a de le n h a s e pOs a d a n ç a r em c im a do fo g ão " .
— 82 —
U m la v ra d o r d a a ld e ia v iz in h a a tir o u a a c h a p e la ja
n e la ; e la v o lto u , p o rem , ra p id a m e n te , sem q u e n in
g u é m pu d e sso ve r com o. Isso se r e p e tiu v á ria s vezes.
A a c h a p a ssa v a do c o rr e d o r p a ra o p rim e iro a n d a r e
vo lta v a . Logo depois, novo fen ô m e n o : Um toco voou
p e la c o zin h a . À ta rd e , cin co boiõcs de le ite c a lra m da
p r a te le ira , q u e b ra ra m -se e d e rr a m a r a m o co n teú d o .
De 15 de m a io em d ia n te , os fe n ô m e n o s d e d e n tro da
c a sa a n d a r a m d e -p a r com os d o s c u rr a is . Os a n im a is
fo ra m ta m b e m e sp an c ad o s. Os p o te s d e g o rd u ra , le ite
e ^ ç id ra , a s f rig id e ir a s , os p r a to s e b a ld es, s a lta ra m
de se u s lu g a re s, vo a n d o p elo q u a rto e a té p e la p o rta
d a e n tra d a ; m u ito s d e sses o b je to s fo ra m m e sm o la n
çad o s c o n tra v á ria s pesso as. C e rto la v ra d o r , q u e p r e
te n d e u d o m in a r o fe n ô m e n o a c h ico te , sa lu -se m u lio
m a l. A b a ix ela q u e se a c h a v a com co m id a, so b ro a
m e sa ou n a copa, le v a n to u -se n o a r e c aiu no chão.
’ Um p e sado toco, d e r a c h a r le n h a , fo i d e rru b a d o . Os
p o te s c h eio s le v a n ta r a m - s e no a r sç m d e rr a m a r u m a
g o ta se q u e r. U m d o s p re se n te s to m o u um p o te d e ci
d r a e o fo i re p o r n o se u lu g a r, so b re a m e sa, m a s r e
c ebeu, a to c o n tín u o , u m a f o rte p a n c a d a n a c ab e ça , p ro
v e n ie n te do p o te d e le ite . T u d o o q u e h a v ia n a s ca
m a s ío l a tir a d o fo ra e d a n ifica d o . Os p ró p rio s le ito s
se le v a n ta r a m , a a lg u m a a ltu r a , a c im a do c h ão . P a r a
c o m p le ta r o caso, s a ir a m a -ftn a l a s p o r ta s do s g onzos
e c a lra m p o r c im a dos d e stro ço s. A lem disso tu d o , a l
g u m a s p e sso as fo ra m fe rid a s pelo s o b je to s v o la n tes.
A c asa f a tíd ic a foi, e n tã o , a b a n d o n a d a e fe c h ad a
em 15 de m aio.
T E L E C IN É S IA — T R A N S P O R T E , c tc.
C h u v a s d e c a sc alh o s o u d c p e d ra s
E M P A R IS
N a "Gaascttc d es T r ib u u a u x ” , — o rg ã o o ficial d a
p o líc ia fra n c e sa cm o n.o de 2 de fe v e re iro d e 1 8 4 6 ,
lê-se:
“ F a to e x tra o r d in á r io q u e n a s tr ê s ú ltim a s se m a
n a s se r e p e tiu to d a ta rd e e to d a n o ite ,- s e m q u e a s
m a is a tiv a s in v e stig a çõ e s, a m a is e s te n s a e c o n sta n te
v ig ilâ n c ia , fossem c apazes d e lh e d e sc o b rir a c au sa .
Tc-m sido m u ito a g ita d o o p o p u lo so b a irr o d e L a M on-
(a g n c -S a ln te G cnevièvc, d a S o rb o n a e d a P la c e S a in t
M icliel. O q ue, pois, a co n te ce u ê o s e g u in te : N a re g iã o
d a s d em olições, e m p re e n d id a s p a ra a b r ir n o v a ru a ,
q u e deve lig a r a S o rb o n a com o P a n té o n , e n c o n tra -se
um p á te o com m a d e ira m e n to e c arv ão , p e rte n c e n te
a u m a c asa de um só a n d a r . E ssa casa, q u e fica a p o u
ca d isâ n c ia d a r u a , e é s e p a r a d a d a s d e m a is c asa s p o r
la rg a s excavagões, to d a s a s ta rd e s e d u r a n te as n o i
te s, te m sido a ta c a d a com c h u v a d e p r o je te is, os q u a is,
em c o n seq u ê n cia do n ú m e ro e d a v e em ê n cia com que
sã o a tir a d o s , p e rf u ra m a s p a re d e s em v á rio s lu g a re s,
e d e stro g am p o rta s e ja n e la s com su a s g u a rn iç õ e s , co
m o se a li tiv e sse h a v id o um cerco re a liz a d o com b a
te ria s de p e d ra s e tiro s d e g ra n a d a s.
— 84 —
E sse s p r o je te is c o n siste m em p a ra le le p íp e d o s o
f ra g m e n to s d a s p a re d e s d e rr u b a d a s , e em p e d ra s In
te ir a s de c o n stru ç ã o , que, a ju lg a r pelo p eso e p ela
d is tâ n c ia d on d e são a tir a d a s , só o p o d e m s e r à m ão.
Do o n d e p r o c e d e ria m e les? A re sp o sta fica a in d a à
e s p e r a de so lu ç ão . D eb a ld e h o u v e v ig ilâ n c ia d ia e n o i
te , so b a d ireç ão p e sso al do c o m issá rio d e p o líc ia . E m
v ão ficou no lo c a l o c lièfe d e se rv iço d e se g u ra n ç a .
E ra vão fo ra m so lto s c ães p o lic ia is n a s v iz in h an ç as .
N ad a p ode e x p lic a r os fen ó m e n o s, a trib u íd o s pelo po
vo a a u to r e s m is terio so s. Os p r o je te is ch o v iam c o n ti
n u a m e n te , com g ra n d e r u id o , s o b r e a c a s a . e o ram
a tira d o s^ d e a ltu r a c o n sid e rá v e l, so b re a cab e ça d a
q u e le s q u e se tin h a m p o sta d o n o s te to s d a s c asa s v i
z in h a s m a is ba ixas. A s p e d ra s p a re cia m v ir de g r a n d e
d istâ n c ia . N ão o b s ta n te , a tin g ia m o alv o com p rec isã o
m a te m á tic a , se m se d e sv iare m de s u a c u rv a p a ra b ó
lica. N ão q u e re m o s e n tr a r em to d o s os p o rm e n o re s
d e ste s fa to s , q ue, se m d ú v id a , re c e b e rã o e sc la re c im e n
to rá p id o , g ra ç a s à a te n ç ã o g e ra l q u e p ro v o ca ra m . No
e n ta n to , é de n o ta r q u e , cm c irc u n s tâ n c ia s a n á lo g a s,
q u e d e s p e r ta ra m em P a r is g ra n d e a te n ç ã o , se v iu u m a
c h n v n d e d in h e ir o qu e a tr a ía os v a d io s de P a r is , to d a s
a s ta rd e s , p a ra a R n a M o n te sq n ie n ; ao m esm o te m p o,
a s c a m p a in h a s d e u m a c asa d a r u a d e M a lte fo ra m
p u x a d a s p o r m ão in v isív el. E sa b e -se q u e fo i im p o s
sív e l d e sc o b rir a lg u e m o u a lg u m a c a u sa ta n g iv e l p a ra
e x p lic a r os fen ó m e n o s. Q u erem o s e s p e r a r q u e , d o sta
vez, c h eg u e m o s a um r e s u lta d o m e lh o r ”.
D ois d ia s d e p o is escrev e u o m esm o jo r n a l:
“ O fato s in g u la r n ão p o de a té h o jo s e r e lu cid a d o ,
te u d o -s e re p e tid o a c h u v a d e p e d ra s, a -p e s a r d a co n
tín u a v ig ilâ n c ia sob qu e se a c h a to d a a re g iã o . P o r
ta s e ja n e la s da c a sa fo ra m s u b s titu íd a s p o r tá b o a s,
p re g a d a s de d e n tro , p a ra p r o te g e r os m o ra d o re s co n
tr a a s p e d ra s q u e d e s tr o ç a ra m to d o s os m o v e is”.
— 85 —
O s r. M lrv ille p ublic o u em se u liv ro “ D es e sp rits
e t le u rs m a n if e s ta tio n s ” m a is o u tr a s p a rtic u la rid a d e s ,
que lh e fo ra m c o m u n ica d as p elo p r o p rie tá rio d a casa.
C on fo rm e re la ta , c o n tin u a ra m os fe n ô m e n o s d u r a n te
u m a s t r ê s se m a n a s, a pó s a s q u a is tu d o c esso u e o p ú
blico se fo i tr a n q u iliz a n d o . N a v is ita q u e fez, v iu
M lrv ille os d e stro ço s dos m a is d if e r e n te s o b je to s de
uso. O p r o p rie tá rio d a c asa m o stro u -lh e u m q u a rto
cheio de p e d ra s e de f ra g m e n to s d e tijo lo s c h a to s e
co m p rid o s. P e r g u n ta n d o M irv llle q u a l a raz âo d a f o r
m a s in g u la r d e sse s tijo lo s, d e c la ro u o in te r ro g a d o :
“ P a r a p ro te g e r-n o s c o n tra a s p e d ra d a s, fec h am o s a j a
n e la, de ix an d o a p e n a s u m a fen d a , c o m p rid a e e s tr e i
ta . F e c h a d o que o r a o b a te n te d a ja n e la , to d a s a s p e
d r a s v ie ra m com e s ta fo rm a e a ssim p u d e ra m p a ssa r
pe la f e n d a , do m esm o ta m a n h o q u e e la s ” .
N A BÉ L G IC A
( J a n e ir o e fe v e re iro d e 1 9 1 3 )
O sr. V on Z a n te n , m o ra d o r de u m a c asa d a r u a
C e sa r d e F a iy e , d e c la ro u , em 3 d e fe v e re iro de 1913,
a o r e d a to r de um jo r n a l de A n tu é rp ia , a n o tíc ia que
h a v ia colh id o n ^ p o líc ia lo c al:
"O qu e no s cau so u m a io r a d m ira ç ã o fo i q u e nem
u m a d as tr e z e n ta s p e d ra s a tir a d a s fe riu u m a só pes
soa. No p rim e iro d ia, m eu filh o e sta v a n a h o r ta , e m i
n h a filh ln h a d o rm ia em seu b e rç o ; n e n h u m foi m o
le sta d o . A p en a s a c ria d a rec eb e u u m p ed aço d e tijo lo
n a cabeça, m a s se m f ic a r f e rid a . T en d o m e u so g ro
sido a tin g id o p o r u m a p e d ra n a c ab eça, e x cla m o u : " E
essa! N ão s e n ti n a d a ! ”
O e x tra o r d in á r io d e ste fa to é q u e a s p e d ra s, não
te n d o m a g o ad o a s pesso as, fiz e ra m e m p e d aç o s to d o s
os o b je to s q u e b rá v eis . A liás, é e s te u m c a ra c te rístic o
dos fe n ô m e n o s o c u lto s: e v ita m c u id a d o sa m e n te to d o
e q u a lq u e r fe rim e n to h u m a n o . C o n firm a n d o isso , d is
se o X a tlo n a lr a t J o l l e r :
“ M u itas vezes fo ra m a tir a d a s p e d ra s do a lto d a
c h am in é sem n a d a d e s tr u ir ou f e r ir . A té a s p e d ra s q u e
cairo m so b re u m a ou o u tr a d a s p e sso as p re se n te s, ri-
co c h e ta ra m qu a se lm p e rc e p tiv e lm e n te ”.
E M .TAVA
F e n ô m e n o s lig a d o s a p esso as
O Q U E A C O N T EC E U A UM V IG Á RIO
E ’ p a ra n o ta r q u e os fen ô m e n o s a p a re c ia m e s
p e c ia lm e n te q u a n d o o c u ra , p e la b e n ção do r itu a l, t i
n h a liv ra d o d e se m e lh a n te s In q u ietaç õ es a lg u m a c a sa
dos se u s p a ro q u ia n o s.
— 92 —
P o r u m a a titu d e in tim o r a ta e e n é rg ic a , e d a n d o
o rd e n s em n o m e de D eu s, co n seg u iu re s ta b e le c e r a
paz, p e lo -m e n o s pov a lg u m te m p o . O caso é tã o e v i
d e n te q u e .u m a e x plicação p o r ír a u d e o u ilu s ã o p a re ce
im possível.
O OASO D E UMA R E L IG IO S A
A os a c o n te c im e n to s m a is in te r e s s a n te s do cam p o
dos fe n ó m e n o s e s p o n tâ n e o s p e rte n c e m os e x em p lo s d e
sin a is d e ix ad o s im p re sso s n u m o b je to .
A lg u n s de sses c aso s e stã o so lid a m e n te c o m p ro v a
dos o n ão d eixam p a lr a r d ú v id a raz o av e l so b re su a
r e a lid a d e . T r a ta -s e do f a n ta s m a d e u m m o rto que,
p a r a p r o v a r a re a lid a d e d a s u a v o lta , im p rim e a m ão
e n c a n d e c id a em pa n o , m a d e ira , p a p el & a té em m e ta l.
Com o exem plo s ir v a a a p a riç ã o d a f r e ir a M a rg a
r id a G esta. O a co n te c im e n to v e rific o u -s e, se g u n d o se
a fir m a , em 16 d e no v e m b ro de 1 8 6 9 , no co n v en to das
I rm ã s te rc e ira s f ra n c isc a n a s em F o lig n o . (3 9 )
D epois d e v id a s a n ta , fale ce u a m e n c io n a d a irm ã
a 4 de n o v e m b ro d e 1 8 5 9 . T ré s d ia s d ep o is d e su a
m o rte , o u v iram -se , n a p ro x im id a d e do se u q u a rto , so
luços c o n tín u o s a que n in g u é m d e u a te n ç ã o . A 16 do
m ês, indo a ir m ã A n a F e llc e M e n g h in i, d e -m a n h ã ce
do, à ro u p a r la , ouv iu váriaB v e ze s a m esm a voz, e n
q u a n to a b ria o s a rm á r io s . M ui d is tin ta m e n te p e rc eb e u ,
e n tã o , a s p a la v r a s d a fa le c id a a b a d e ssa : “ O’ m eu
D eus, qua g ra n d e d o r ! ” M esm o c h eia d e te m o re s, re
solv e u p e rg u n ta r o m o tiv o . E n q u a n to a fa le c id a d av a
in fo rm aç õ es, p a re c ia m o v e r-se , em fo rm a de so m b ra ,
n a d ireç ão d a p o rta . C h e g ad a a li, d isse , em a lta voz:
" Q u e eu te a p a re ç a é u m a g ra n d e g ra ç a . N u n ca m a is
SESSÃO D E 2 4 D E M A IO D E 1 0S9
G ra n d e p a r te d a a ssistê n c ia fico u em d ú v id a so
b r e se a s m ú sic a s do g ra m o fo n e p a rtia m d ê le m esm o
o u d e a lg u m a c aix a f e c h a d a . . .
A n o ta c a r a c te r ís tic a d a n o ite fo i a v a ria d a a p re
se n ta ç ã o de q u a d ro s v iv o s com os d o is m é d iu n s. P a r
te d esse tr a b a lh o foi feito ã m e la-lu z q u e o p ró p rio
e sp irito se e n c a rr e g o u de fo rn e c e r. A lu z a p ag o u -se
p o r fim , c o n tin u a n d o a e n tr a r no r e c in to a fra c a lu z
d a n o ite e s tr e la d a .
J á q u a se a o fim d o s tr a b a lh o s , um e sp irito se
d iv e rtiu em fa z e r cóceg as a u m a m oça q u e se a c h a v a
n a v iz in h a n ç a do s r . G astão . E ssa m o ça, d u r a n te m i
n u to s, deu g o sto sa s g a rg a lh a d a s .
— 98 —
SESSÃ O D E 3 D E JU N H O D E 1 0 8 0
SESSÃ O D E 7 D E JU N H O D E 1 0 3 9
C a sa do s r . G astão — A ssistê n c ia : U m as s e te n ta
p e sso as — M é d iu n s: D. Nfenen, M a ria, O rcem y.
S essão m u lto p a re c id a com a s o u tr a s . O e sp irito
D eolindo m a n ife sto u -se , b a te n d o » p a lm a s f o rtíssim a s.
F ra n c is c o e u tro u com o se u a c o stu m a d o a sso b io .
L ogo dep o is c a n to u com igo o h iu o a le m ã o : ' ‘H eilig e
N a c h t" .
SESSÃ O D E 2 8 D E JU N H O D E 1 9 3 9
(D iálo g o so b re a s s u n to s b a n a is, do in te r e s s e p a r
tic u la r de a lg u n s dos a s s is te n te s ).
S u s p e n sa a se ssão , foi Teaberta d epo is d e um p e
que n o in te rv a lo .
A s m e sm a s pe sso as, de o lh o s fec h ad o s, m a n e ja
ra m a tá b o a .
D isse o e sp írito :
— ‘‘Boa n o ite ” .
P e r g u n ta d o pelo no m e, re sp o n d e u :
— “ P e d ro ”.
— " P e d ro , q u e m ? ” p e rg u n ta m o s. R e sp o n d e u :
— “ P e d ro , c h av e iro do Céu. V ou d a r u m a c h av e
p a ra o velh o a b rir o p u r g a tó r io ” .
V endo q u e no s h a v ía m o s com um e s p ir ito zom
b e te iro , d e sp ed im o-lo.
SESSÃ O D E 2 4 D E S E T E M B R O D E 1 9 3 9
E m c a sa do sr. V a ld e m a r d a Silva.
E m u m a se ssão de in c o rp o ra ç ã o , se n d o m é d iu m
o sr. M ichel, d e u -se u m “ tr a n s p o r te ”. A p arec eu um
p e q u en o ta llsm a n , u m a e sp écie d e m e d a lh a d o u ra d a ,
de f o rm a c irc u la r, te n d o d e n tro do circ u lo o n ú m e ro
13; p re n d ia -se a u m a p e q u e n a a rg o la , pelo la d o de
fo ra do c írc u lo . F o i p re se n te a d o a d. A lz ira , u m a d as
p e sso as p re se n te s.
D. M ary A lvim e o sr. P a tro c ín io d isse ra m q u e
tin h a m v isto o o b je to c a ir. E u e a s d e m a is p e sso as
p r e se n te , se is a o to d o , n ã o v im o s, m a s o u v im o s cia-
— 101 —
r a m e n te o so n id o d a m e d a lh a q u a n d o c aiu so b re a
m esa.
I n te r r o g a d o o e sp irito a c e rc a d e se u n o m e, r e s
pondeu:
— “ E d u a r lo C a rlo s P e r e ir a ”.
P e r g u n te i com o e ra po ssív e l e s ta rm o s a li como
e s p ír ita s , e le, m in istro p r e s b ite r ia n o o u tr o r a , o s r.
V ald em a r, ta m b e m p r e s b ite r ia n o e e u , m e to d ista . R e s
pondeu:
“ Os c a m in h o s são d if e r e n te s , m a s o d e stin o é o
m esm o. H o je , irm a n a d o s n a m e sm a fé o v e rd a d e , s e
g u im o s de c ab e ça e rg u id a e p e ito a b e r to . N ão te m o s
luz, m a s viv e m o s d e refle x o . N ão c o n d u zim o s; som os
con d u zid o s em b u sc a do m esm o id e a l”.
P e r g u n ta n d o - lh e o sr. V a ld e m a r se o N ovo T es
ta m e n to não e n c e rr a a sín te s e d a v e rd a d e relig io sa ,
resp o n d eu :
— “ M eus a m ig o s, a v e rd a d e é u m a -s ó — D eus.
Os e sc re v in h a d o re s (sic ) do N ovo T e s ta m e n to fo ra m
m é d iu n s e x tra o r d in á r io s , q u e ta m b e m :tr a b a lh a ra m
p a ra a tin g ir o m á x im o d e p e rfe iç ã o ; m a s h á co isas
q u e n ã o podem s e r r e v e la d a s. T u d o c h e g a rá a seu te m
po p a ra a h u m a n id a d e , p a ra a s u a e v o lu ção n a tu r a l" .
SESSÃ O D E 17 D E JA N E IR O D E 1 9 4 0
C O N C L U S Ã O
De todo o im enso material que nos con
fiou o dr. Shalders. procuram os transcrever
apenas, resum indo-o, o relato de algum as
sessões em que houve fenôm enos objetivos.
Nessas sessões, com o em todas, aliás,
não houve o controle rigorosam ente cientifi
co que observam os nas sessões européias a
que estiveram presentes o dr. Gatterer e o ba
rão Schrenk-Notzing.
E ’ natural. Foram reuniões de adeptos
fervorosos, que dispensam provas. Por isso,
torna-se d ificil verificar, nas sessões paulis
tas relatadas, a dosagem de realidade ou a
estensão de fraude que, por ventura, haveria
nelas. Acham os, porem , que o dr. Shalders,
criterioso com o é, seria o prim eiro a denun
— 103 —
ciar as fraudes das sessões a que assistiu, se
houvesse notado algum a.
De-fato, em seu relatório, o dr. Shalders
a-m iude chama a atenção para a fraqueza
de certos fenôm enos. N ão raro, acha, para
alguns, explicação natural.
D e-propósito, transcrevem os dois peque
nos diálogos, — fenôm enos subjetivos, — em
que a feição anti-católica e anti-religiosa do
espiritism o c evidente: as palavras do espíri
to Eduardo Carlos Pereira e as do espírito P e
dro, pseudo-chaveiro do Céu.
Vim os tambem, num a sessão, a inconve
niência de um espírito, fazendo cócegas nu
ma moça. Fatos que tais não são raros em
sessões espiritas.
E stado da questão
A — CRITÉRIOS GERAIS
D ois pontos a elucidar:
1.® Que confiança m erecem os relatores e
observadores no terreno oculto?
2.® Que confiança merecem os m édiuns
nas suas produções?
Estado da questão
A — PRIMEIRO PONTO
OS FENÓMENOS SUPRANORMAIS
EXCEDEM AS FORÇAS
HUMANAS.
Art. I.
FENÔMENOS PARAPSÍQUICOS DE
TELEVISÃO E DE TELEPATIA.
C riptestesia
TELEPATIA
TELEVISÃO
O se g u in te f a to lh e su c e d e u em S. G onçalo, e
v á ria s te s te m u n h a s sã o a in d a v iv as. F o i em 1923. O
sr. M ngid tin h a negócio d e fa z e n d a s e m u m a c asa, à
R u a R u i B a rb o sa, e m o ra v a co m a fa m ília em o u tr a
casa , n a R u a R a im u n d o C o rrê a . U m a n o ite , so n h o u
q uo v ia dois in d iv id u o s ro u b a n d o -lh e o n egócio. V iu
os la d rõ e s d is tin ta m e n te , te n d o n o ta d o a e s ta t u r a , os
sin a is de c ad a u m e a s ro u p a s. Um e ra b ra n c o , e o u
tro , n e g ro . À co rd an d o , so b re ss a lta d o , d isse è. e sp o sa:
“ F o m o s ro u b a d o s: vi os la d rõ e s em s o n h o ”.
L ogo d e -n ia n h â cedo, a o ir a te n d e r a u m irm ã o
q ue lh e b a tia á p o rta , o sr. M a g id d isse : “ J á se i o que
vem fa z e r: V ocê vem d a r-m e n o tíc ia d e q u e fo m o s
r o u b ad o s.
‘‘E ’ isto m e sm o ”, — c o n firm o u o irm ã o .
C ie n tific a d a a políc ia , e s ta co m u n ico u o fa to a o s
d e leg a d o s dos m u n ic íp io s v iz in h o s e, d e p o is d e v á ria s
b a tid a s , fo ra m d e sc o b e rto s t p re so s o s d o is la d rõ e s,
se n d o a p re e n d id a s a s m e rc a d o ria s. A p risã o d e u -se no
d is trito de C areassA . O ito ou d ez p esso as, c o n v id ad a s
p e la po lic ia , fo ra m e n c a rr e g a d a s d e e sc o lta r os p r e
— 140 —
sos p a ra S. G onçalo. E ’ d e n o ta r q u e , u esse te m p o , co
mo não lia v ia po líc ia n o s d is trito s , os d e le g a d o s I n ti
m a v am p o p u la re s p a ra s e rv ire m de so ld a d o s em caso
de n e ce ssid a d e. S ab e n d o d a p risã o do s g a tu n o s , a p o
lic ia de S. G ongalo fo i ao e n c o n tro d e les, n a e s tr a d a
de C a ren ssú . F o r c u rio s id a d e , o sr. M a g id q u is a co m
p a n h a r os so ld a d o s. U m a h o r a d e p o is, com o a e sco lta
que c o n d u z ia os p re so s j á e ra v is ta a o lo n g e , o sr.
M agid disse p a ra o c o m a n d a n te do d e s ta c a m e n to :
“ Sou capaz de in d ic a r os d o is la d rõ e s e n tre os
h o m e n s d a e s c o lta ”.
D e-fato , q u a n d o a p o líc ia se a p ro x im o u , os la
drõ e s e se u s g u a rd a s , (e s te s à p a is a n a ) , e sta v a m a s
se n ta d o s a m eio d a e s tr a d a .
“ O sr. M agid v a i in d ic a r-n o s os la d rõ e s " , — d is
se o c o m a n d a n te .
N ote-so qu e ta n to os la d rõ e s com o os g u a rd a s
e ra m d e sco n h e cid o s de M agid.
E m v is ta d a o rd e m do c o m a n d a n te , o sr. M agid
a p ro x im o u -se e, o lh a n d o p a ra o g ru p o , d is tin g u e lo
go um dos p re se n te o d iz:
— “ E s te é o b ra n c o q u e e u v i no so n h o ”.
D epois, a p o n ta n d o u m p r e to :
— “ O n e g ro q u e eu vi é a q u e le ”.
D e-fato, o s do is in d ic ad o s e ra m os la d rõ e s.
Art. II.
FENÔMENOS PARAFÍSICOS
DE TELECINÉSIA E DE TELEPLASTICA.
Art. III.
FENÔMENOS ESPONTÂNEOS
l3 to m a is e v id e n te se to r n a , q u a n d o a s a p a riç õ e s
m a n ife sta m te n d ê n c ia p e rse g u id o ra ou d e s tr u id o ra .
P e lo s r e la tó r io s c itad o s , co n h ec em o s o caso d e O els
(S ilé sia ) do an o de 1 916. O a lv o d a p e rse g u iç ã o e ra m
— 160 —
d u a s f ilh a s do o le iro F e n s c k e ; e tã o p e rs is te n te se to r
n o u , q u e a s p o b res m e n in a s , d e e sp a n to , se r e f u g ia
v a m o r a n u m q u a rto , o r a em o u tr o . O a co n te cim en to
se T ep e rcu te n o tr ib u n a l, o n d e F c n s c k e e x ig iu a d ev o
lu ç ão do a lu g u e l pago a d ia n ta d a m e n te , re tira n d o -s e
im e d ia ta m e n te da c asa . Q uem ir ia su p o r q u e a m b as
e ssa s c ria n ç a s tiv e sse m p e rse g u id o , c ru e lm e n te , a si
p ró p ria s, d u r a n te um m ês, p e la in fe liz " d e s c a r g a '’ de
se u su b c o n c ie n te ? !
M ais f a n tá s tic a a in d a se to r n a a e x p lica çã o an i-
m is ta , q u a n d o in im iza d es d e g e n e ra m em d istú rb io s
com o v en te s, com o, p. ex:, em G ro s sc rla g C W uertem -
b c rg ) , n a casa da s ra . K lc in k n c c h t, m a io d e 191G. Sem
q u e se p u d e sse v e rif ic a r q u a lq u e r lig a çã o com p esso a
a li p re se n te , o d u e n d e tra n s fo r m o u e d e v a sto u tu d o ,
deix an d o só r u in a s e d eso laç ão . P o d e r ia o su b c o n cie n
te de a lg u m m é d iu m desco n h e cid o c a u s a r ta n to s e s tr a
gos, c h e g a n d o a té a a r r a n c a r a s p o r ta s do s go n zo s e
a tir á - la s em c im a do s d e stro ç o s? !
“ E m v is ta d a a n á lis e c o m p arattV ft do m a te r ia l
a té lio je a d q u irid o , deve-se c o n ce d er q u e o m é to d o ex-
— 161 —
p lic atlv o a n im ls la só é su f ic ie n te p a ra d e te rm in a d o s
c asos, niio se n d o de n e n h u m m odo a p lic a r e i a n u m e
ro so s o u tr o s " .
B — SEGUNDO PONTO
OS FENÓMENOS SUPRANORMAIS
NÃO SÃO PRODUZIDOS PELOS
DESENCARNADOS
Estado da questão.
a) PELA FILOSOFIA.
A alm a e o corpo form am um só indiví
duo; assim com o o corpo precisa da alm a, —
anima, — para ser m atéria viva ou animada,
assim a alm a precisa do corpo para adquirir
conhecim entos das coisas. A ciência hum ana,
pois, só tem duas origens naturais: sentidos
orgânicos e raciocínio. Todo o conhecim ento
que a alma possa ter das coisas ou foi adqui
rido por m eio dos sentidos naturais, ou foi
deduzido de outros conhecim entos. Mas estes,
cm últim a análise, tambem lhe vieram pelos
sentidos do corpo. N ão há outra fon te natu
ral de conhecim entos. É vendo uma áruore,
é tocando uma pedra, m esm o sem vê-la, isto
é, é pondo em função um dos cinco sentidos,
que eu tenho idéia de áruore ou de pedra. A
alm a que habitasse um corpo privado dos cin
co sentidos, desde o nascim ento, não saberia
o que é coisa algum a, — cor, extensão, chei
ro, calor, dores, sons, g o s to s ... Só poderia ter
conciência de sua própria existência, porque,
conform e, Santo Tom az, o conhecim ento de
si m esm a, para a alm a, é intuitivo: seipsam
cognoscit directe, suam essentiam intuendo.
(81) O cego de nascença pode saber o nome
das cores; nunca terá idéia de cor, nunca sa
berá o que é cor.
A razão disto é que “o conhecim ento exi-
b) PELA TEOLOGIA.
As Sagradas Escrituras nos dão inform a
ção exata do que se segue após a m orte: pri
m eiro, o ju izo particu lar:
” E ’ facU p a r a D eu s r e tr ib u ir a c a d a u m n o d ia
d a m o r te ” . (L iv ro do E c le siá stic o , 1 1 :2 8 ) .
“ E s tá d e c re ta d o qu e o s h o m e n s m o r r a m ü m a só
vez; d e p o is d a m o rte , p o rem , v e m o ju lz o ” . (A o s H e
bre u s, 9 :2 7 ) .
O inferno é um a prisão:
“S e rã o fec h ad o s no c á r c e re ” . (Isa la s, 2 4 :2 2 ) .
a) TEORIA DO PERISPÍRITO
Definição.
Os espiritas, indo na esteira dos ocultis-
tas, adm item um a com posição ternária do ho-
(91) Po. HERED IA — O CHplrltlHmo e o. bom sen«»,
T rad. b rasileira, ps, 175.
— 171 —
SINÔNIM OS
IMPORTÂNCIA.
HISTÓRICO.
DEMONSTRAÇÃO.
l.o) A FILOSOFIA.
a) Se o hom em tivesse espirito e perispí-
rito, — isto é, dois princípios de operações v i
tais. essas operações seriam com pletam ente in
dependentes entre si; m as a biologia atesta
que elas não são independentes. L ogo proce-
2.°) A EXPERIÊNCIA.
A experiência é contra a existência do p e
rispirito. De-fato, a existência do corpo pro
va-se pelos sentidos; a da alm a demonstra-se
pelas suas operações e pela conciência. Mas
a do perispirito não tem nenhum a prova. Ob
serva o dr. P o o d t:
CONCLUSÃO.
“ Segundo os espiritas, a revelação nova
está estreitam ente ligada à sorte do perispíri-
lo. Mas este não existe.” Provem, portanto,
antes de tudo. a existência deste estranho per
sonagem . (123).
P a r a P e sq u isa s P s íq u ic a s,
de de seu e sp irito , dep o is
veu u m a com unicação,
tó rio espesso e se lad o , e qi
p o r in te rm é d io d e O liv c r
m e m b ro d a m e sm a Soci<
1891. D eve ria s e r a b e r ta d epo is <
e de p o is q u e a lg u m m é d iu m decl
m u n ic aç ão com o e sp írito
cação.
m o rre u (1 2 G ).
> e s p ir ita a d re -
m é d iu m sen h o -
i to d a s a s
p rec au ç õ es
dos m e m b ro s d a S .P .R ., v e rific o u -s e “ q u e n ã o h a v
se m e lh a n ç a a lg u m a e n tr e o c o n te ú d o d a c a r ta e o <
e s c r ita a u to m á tic a de V c rra ll, q u e p r e te n d ia e s ta r e
com u n ica çã o com o d e se n c a rn a d o M y e rs em pe
s o a ”. ( 1 2 7 ).
ido, O liv e r E o d g e te v e d e a le g a r qu
s h o u v e sse e sq u ec id o , no A lem , o q u e e
— 183 —
c re v e ra n a c a r ta , q u a n d o vivo. E d o d d c ita u m a c a r
t a de E v e le e n M ye rs, v iu v a do filó so fo , d e c la ra n d o que
o e sp írito de se u m a rid o n ã o se c o m u n ic a ra n u n c a,
n e m com e la n e m com se u filh o . ( 1 2 8 ). M esm o a n te s
da v e rific a ç ã o d e fin itiv a , j á S ir O liv e r D odge tin h a
te n ta d o , In u tilm e n te , u m a co m u n ica çã o e n tr e o e s
p ír ito do M ye rs e o m é d iu m s e n h o rita P lp e r . ( 1 2 9 ).
Nós católicos acreditam os que a prova não
seria definitiva, ainda que a com unicação fo s
se verdadeira, porque o dem ônio poderia reve
lar ao m édiu m o mie se continha na carta, Mas
D eus não perm itiu que o espirito das trevas
tivesse aqui a m ínim a intervenção, e assim o
espiritism o ficou desm ascarado por iniciativa
de seu s.próprios fautores.
TERCEIRO PONTO
OS FENÔMENOS SUPRANORM AIS SÃO
PRODUZID OS POR ESPÍRITOS, E E S
TES SÓ PODEM SER OS MAUS-ESPI-
R ITOS OU DEM ÔNIOS DA CON
CEPÇÃO CATÓ LICA.
E stado da questão
I — FENÔMENOS ESPONTÂNEOS
A prova, realm ente convincente, de que
são espíritos do outro mundo que produzem
— 189 —
P adre Mainagc:
“ C onfesso, sim p le sm e n te , e se m e s p e r a r o v e re -
d ito d e fin itiv o d á ciôncia, c o n fe sso a c r e d it a r n a o b
je tiv id a d e dos fe n ô m e n o s e s p ir ita s . H á m e sa s q u e
g ira m e q u e fa la m . A e s c r itu r a m e d iú n ic a n ã o é in v e n
ção de im a g in a çõ e s em d e lírio . N em to d a s a s a p a r i
ções são o r e s u lta d o de h a lu c in a ç õ e s fa ls a s, n e m to d a s
a s m a te ria liz a ç õ e s o b tid a s pelo D r. G eley sã o p u ra s
q u im e r a s " . ( 1 4 6 ).
“ Sob a condição d e não e n c a ra rm o s o e x am e do s
fe n ô m e n o s com a id é ia p rec o n ce b id a de n e g a r tu d o ,
e sem se rm o s, d e n e n h u m m od o , o b rig a d o s a p a r ti lh a r
o p o n to d e v ista e s p ir ita , p o d em o s c o n ce d er u m lu
g a r, no e stu d o filosófico d a so b re v iv ê n c ia d a a lm a ,
a e s te c o n ju n to de f a to s sin g u la r e s , a g ru p a d o s h o jo
sob o te rm o de m e ta p s lq u ic a ” . ( 1 4 7 ).
IiU clcn H o u re : “ J á se d isse r e p e tid a m e n te que. os
f a to s e s tr a n h o s , d e sc o n c e rta n te s, do e sp iritism o e do
p siq u ism o , sob to d a s a s su a s f o rm a s, são tã o n u m e
ro so s e a te s ta d o s p o r te s te m u n h a s tã o g rav e s q u e, não
a d m ití-lo s, é r e n u n c ia r a to d a c e rte z a h is tó ric a . A tr i
b u ir to d o s e sses f a to s a u m a co lo ssa l m is tific a ç ã o , d e-
II
QUEM É ESSE AGENTE EXTRA-TERRES
TRE OU ESSA INTELIGÊNCIA?
N ão pode ser Deus, nem os anjos bons,
nem as almas. Logo ó o dem ônio. A esta con
clusão, para os poucos fenôm enos, chegaram
os próprios autores anti-diabolistas. Alguns
d e le s:
“ N e sta q u e stã o do p r e te r n a tu r a l , n ã o se h á-d e
a d m itir u m a c a u sa p r e te r n a tu r a l se n ão n o s c aso s em
que to d a e x plicação n a tu r a l f o r im p o s sív e l”. ( 1 5 S ) .
“ O u tro s a u to re s a firm a m q u e a p e n a s u m c erto
s u b s tr a tu m , s e rá d evid o à in te rv e n ç ã o d ia b ó lic a ” .
( 1 5 9 ).
“ D o q u e fica d ito não se s e g u e q u e a e x p licação
d ia b ó lic a de v a s e r s is te m a tic a m e n te r e je ita d a ” . ( 1 6 0 ).
“ N in g u é m d u v id a q u e o e sp iritism o s e ja u m t e r
ren o pro p ício à in te rv e n ç ã o d o s e sp írito s. Os p ró p rio s
e s p ir ita s se g a b am d e e s ta r em r e la ç ã o com o m u n d o
dos e s p ír ito s d e se n c a rn a d o s, q u e, j á o v im o s, só p o
d e rá s e r o m u n d o dos e s p írito s m a u s . . . C e rto s fa to s
dos - m a is p e rtu r b a d o re s d a h is tó ria do e sp iritism o
te n d em a d e m o n s tr a r q u e e s ta ação do s e sp írito s
( m a u s ) foi, a lg u m a s v ezes, r e a l ”. ( 1 6 1 ).
“ U m a p a rte d os fe n ó m e n o s deve s e r a trib u íd a &
in te rv e n ç ã o de a g e n te s so b re-liu m an o s, q u e, se g u n d o o
que foi d ito , só podem se r e s p írito s m a u s. C oncebe-se
m esm o, d a p a rte de les, u m a in te rv e n ç ã o m a is la rg a ...
q u a n d o se tr a t a de e s tim u la r c e r ta s p r á tic a s q u e
(158) Rev. PA TRICK J. GEARON, O. C. C. -A
Splrltlxraci Sn F n llllte ”. Paris, ed. L cthlellcux, pa
(159) Id„ Ibldcm .
(160) D. OTÁVIO CHAGAS D E MIRANDA — «O»? 9
ndnw noi Pxlqulcon e o Explrltlxm o p ern n te n I*cri
1926, pç. 40-41.
(161) LUCIEN ROURE — “ I.e M ervelllenx Splx
PST. 336-337.
— 205 —
de s e r p a ra os h u m a n o s a f o n te de ta n ta s decepções,
de d e so rd e n s e de d is tú rb io s ” . ( 1 6 2 ).
1 ?vrs. i*«s
— 207 —
Espírito enganador, de poder apenas re
la tivo dentro da criação, o dem ônio é capri
choso. Tendo .ambiente preparado, intervem
quando lhe apraz e se Deus lh’o perm ite. É o
que pensam os Padres do Segundo Concílio
de Baltim ore e os senhores B ispos do N or
te do Brasil. D izem os prim eiros:
“Vix clubltandum tam en videtur qunedam saltem
cx ©ls a Satanlco ln terventu repetenda esse, cuin vix
alio modo satis explicarl possint; isto é: Dificilmente
se poderá duvidar que ao menos alguns desses fenô
menos devam ser atribuídos à intervenção de Sata-
áaz, já que dificilmente se poderão explicar de outro
modo”. (166).
E os segundos confessam :
“Não nos custa pensar que, de-fato, algum a vez,
nas sessões espiritas, se faça sentir a intervenção
diabólica”. (167).
O ESPIRITISMO É D IA B Ó L IC O :
Art. I.
Art. II.
QUANTO AO MÉDIUM
O dem ônio, teoricam ente falando, não
precisa de interm ediários. Provam -no as suas
aparições espontâneas, a Cristo no deserto, e
aos hom ens, várias vezes, com o consta da his
tória.
Para a organização, porem , de uma Re
ligião ou Sistem a de com unicações, a Insti
tuição do M édium foi necessária. O m édiu m :
Prim eiro, serve para ocultar Satanaz; c,
segundo, é o seu procu rador bastante no ca
so da ausência do Chefe.
Assim, podem os definir o m édium :
PESSOA EM PRESENÇA DA QUAL OU
POR MEIO DA QUAL O DEMÔNIO OPERA
FENÔMENOS TRANSCENDENTAIS.
O m édiu m é:
A — Pessoa em presença da qual o de
m ônio opera fenôm enos transcendentais.
M axw ell tam bem entendia que o agente
dos fenôm enos era outro que o m édiu m , sen
do este apenas um a condição para os fen ô
m enos :
“M édium , — diz ele, — é a pessoa em pre
sença da qual p odem ser observados os fenô
m enos psíq u icos.” (168)
(168) Citado por CARLOS IMBASSAHY — «O E sp iri
tism o & lu s do« Fa to « ”. PÇ. 165.
— 211 —
Neste caso, o m édiu m não opera. Fica im ó
vel, com o extático, no seu gabinete, ou no m eio
dos assistentes.
Quem realiza os fenôm enos é o demônio
em pessoa, e os fenôm enos, então, excedem as
forças naturais. É assim que a força da gravi
dade, a lei da inércia e o poder de percepção
dos orgãos sensoriais do hom em são im pedi
dos por forças contrárias, acionadas por
agente in visível: é o caso de E usápia Palla-
dino, R udi Schneider, M aria S ilbert, etc.
O estado de inconciência e inibição m en
tal em que cai o m édiu m , é efeito da união
:oom o espírito do Alem. É o que se chama,
geralm ente, transe; o m édiu m é um quase
possesso, senão um possesso total. Os pró
prios espiritas confessam que a possessão dia
bólica, cujos sinais são descritos no Ritual Ro
m ano, está m uito próxim a do estado de tran
se. (Cf. Ritual Rom ., Tit. XI, c. I, n.° 3.
Carlos Im bassahy escreve: "P or esse fenômeno o
espírito so incorpora ao médium, por cujos sentidos se
m anifesta”. (1G 9). E, à pagina 3S0, descreve a me-
diunidade do médium MirnbclU como verdadeira pos
sessão diabólica, tanto assim que a aproximação do
exquisito personagem causa a todos verdadeira re
pulsa.
Observações.
O bservação.
&
CONCLUSÃO.
CONCLUSÃO.
Da exposição rápida que fizem os ressal
ta a relação do ESPIRITISMO MODERNO
com a MAGIA e a N ecrom ância de todos os
tem pos.
A identidade entre a magia e o espiritis
m o m oderno evidencia-se pelos processos e
ritos usados por um e outro.
E videncia-se tambcm pelos resultados,
que são sem pre nefastos, tanto na magia co
m o no espiritism o. Aliás, os próprios autores
espiritas confessam que m agia e espiritism o
é uma só coisa. Diz C arlos Im bassahy, o che-
fe m en tal dos espiritas brasileiros contem po
râneos:
‘‘Os c h in ese s c onhec em a d iv isão de e sp írito s, em
su p e rio re s e in te r io re s , e n ã o lh e s é e s tr a n h a a n o
ção do p e ris p írito . OS SE U S F E IT IC E IR O S E Q U IV A
L IA M E E Q U IV A LE M , — COMO EM TO DA A P A R
T E , — AOS NOSSOS M É D IU N S”. (2 3 1 ).
APARIÇÕES DE ALMAS
EM CONCLUSÃO:
Aparições de alm as dos mortos, — p ro
vocadas, — não existem .
Aparições espontâneas, raras, podem dar-
se. Mas, m esm o estas continuam no rol da
queles casos de causalidade m al defin ida, a
que aludim os no princípio do livro, pois, se
gundo S anto T om az, ninguém terá certeza de
que se trata de alm as dos m ortos: podem,
conform e o caso, ser anjos bons, — e tais se
riam as vozes de Santa Joana d’Are., — ou
dem ônios, com o nos casos de infestações ou
m alfeitorias. (241)
COMUNICAÇÕES OU MENSAGENS
COMUNICAÇÕES OU MENSAGENS
I
Antes de tudo, convem firm ar que a m aio
ria das m ensagens são forjadas pela esperteza
dos m édiu ns e diretores dos círculos. Esses es
píritos vagabundos que aparecem, — um, o de
II
III
**
O dr. F elicio dos Santos não fora hom em
tido com o dem asiado crédulo; p olítico notá
vel na m onarquia e na república, hom em de
ciência, m édico notável, abandonara a reli
gião católica, que era a de sua fam ilia, e tor
nara-se, prim eiro, m aterialista e, depois, es
pirita praticam ente. Voltando ao grêm io da
A RELIGIÃO ESPIRITA
JESÜS-CRISTO.
ANJOS.
a) D e negação*em negação, toda a dou
trina dê Jesús se esboroa no ensino espiriti-
tico.
A Bíblia adm ite três categorias de cria
turas:
— 300 —
NOVÍSSIM OS.
a) A alm a hum ana, separada do corpo,
segue para um dos três destinos: purgató
rio, que é temporal, Céu e inferno, que são
eternos.
Nada há m ais certo, segundo o texto b í
blico. Quanto ao Céu e inferno, se conside
rarmos, no segundo, o tormento íniim o do
condenado, — o rem orso, a pena de dano,
— e, no prim eiro, a felicidade perfeita dos
bem -aventurados, — podem os dizer que são
dois estados, e, com o tais, são independentes
de lugares. Mas não há dúvida que, tanto o
Céu com o o inferno, são tam bem dois luga
res determ in ados, onde as alm as gozam ou
sofrem o seu estado definitivo.
Quanto ao Céu, consulle-se, por exem
plo, S. Marcos, 16:19; aí se lê que Jesús su
biu para o Céu, onde está sentado à m ão di-
(311) ALLiAN KARDEC — In stru ctlo n p ratiq u e, s. v.
demon, pg. 10.
— 304 —
OUTRAS VERDADES.
Indo dc negação em negação, os espiri
tas destroem toda a doutrina de Nosso Se
nhor Jesús-Cristo:
N egam a econom ia da Graça, — porque
a graça dc Deus c in u til;
N egam a ressu rreição da carne, — por
que o corpo é apenas uma roupa que a al
ma veste e despe, à vontade; a alm a não tem
m ais relação com o corpo de uma encarna-
(31G) ALLAN KARDEC — IiiH truction P ra tiq u e aur
ManlfcHtatloiiu Splrltcn, |)g. 13.
(317) Idem, Ibldem, pg. 41, 31 e 36.
(31S) e (310) ALLAN KARDEC — O C íi i e o In fern a,
c. 3 c seguintes. E O Livro dos KsptrlloM, p a rte 4.*, c. 2.
(320) Jdem. In stru c tlo n p ratiq u e sn r Ich aian lfc stn -
tloiiN Spi-Ut-x. ps. 33 o 34.
— 306 —
MORAL.
15
(327) ALLAN KARDEC — I.e Livre <Ich EsprlÍM, .»
G!>7, ) . 297. — FIG U IEK — H lntolre dn M ervelllcuv, pE.
11
‘ (32S) I.c L ivre iIch E sprllx, n.-> 937, p E. 397.
— 309 —
B. - O espiritism o científico-indigena.
Há um grupo de espiritas nacionais que
se intitulam , m odestam ente, científicos, ra
cionais e cristãos. Constituem, entre nós, a ala
esqu erda do espiritism o. R eferim o-nos aos
sócios do “C entro E spirita Redentor."
D e cristãos nada tem. São tão científicos
e cristãos com o os m ussulm anos e os bu
distas.
A fii’mam que Jesús-Cristo é sim ples hu
m ano:
“ E ’ sab id o q u e e le fo i C rish m a n a fn d la , H erm e s
no E g ito , C onfúcio n a C h in a, P la tã o n a G récia, e o
q uo e le preg o u n e ssa s e n c a rn a ç õ e s d e v ia s e r c o n ti
n u a d o n a ú ltim a " . (3 3 4 ).
A INDA A S M ENSAGENS
A REENCARNAÇÃO
b) NOMES DA REENCARNAÇÃO:
c) DIFERENÇAS.
d) HISTÓRICO.
e) REFUTAÇÃO.
I - PELA SAG RA DA ESCRITURA.
Segundo a D ou trin a R evelada, há, no fim
II - PELA FILOSOFIA.
A trib u to s de D eus.
1.°) A reencarnação c contra a justiça di
vina. Ora, negar a justiça de Deus é negar o
próprio Deus, porque em Deus os atributos
não se distinguem realm ente da essência di
vina. Logo a reencarnação é uma doutrina
ím pia.
Provem os que a reencarnação é contra
a justiça divina. Duas hipóteses se apre
sentam :
A) A alm a reencarna-se para expiar cri
m es de uma existência passada;
B) A alm a reencarna-se para seguir o
processo da evolução e aperfciçoar-se.
a) Na prim eira hipótese, temos que Deus
nos im pôs a condição dc nos rccncarnarmos
para expiar faltas com etidas numa existência
anterior. Mas, pode Deus im por-nos castigos
por faltas dc que não temos lem brança nem
conciência? N ão é isto indigno dc sua ju s
tiça? Logo, é falso que estejam os expiando
faltas passadas.
T odos os Códigos Penais adm item que
- 325 -
V. - A REENCARNAÇÃO E A IGREJA.
A . D ragon respondeu:
" P o sso d iz e r: A R e e n c a rn a ç ã o , ta l com o te m sid o
e x p o sta a té h o je , n ã o p a ssa d e u m a te o ria b o a p a ra
m e n in o s d e esco la p r im á r ia ” . (3 6 G ).
CONSEQUÊNCIAS LÓGICAS
CAPÍTULO I
SUPERSTIÇÃO E CEPTICISMO
S I FR A C T U S IliL A B A T U R O R B IS ,
IM PA V I DUM F E R IE X T U U IN A E . ( 3 6 8 )
IM ORALIDADE
res. ( 3 7 6 ).
— 346 —
E m deze m b ro d e 192 5 , n a c id ad e de J a ú , S e b a s
tiã o G onça lv e s m a to u a c a c e ta d a s o seu p ró p rio tio ,
Jo sé C am ilo. S e b a stiã o fre q u e n ta v a o e sp iritism o e,
a ssistin d o à s sessões, v ie ra a c o n v en c er-se d e q u e seu
tio lh e p u n h a a g o u ro s m a u s, ( 3 7 7 ).
A
O dr. B. Ilatch, m arido de Cora Hatch,
célebre m édiu m am ericano, declara que o es
piritism o nenhum a couta faz do que se cha-
Mais:
“ Se ta is m u lh e re s q u e q u e re m p a s s a r p o r s e n h o
r a s v ir tu o s a s e r a in h a s do la r, com o m u ita s ex iste m
p o r to d a p a rte , tiv e sse m v e rg o n h a , n ão d e sc e ria m a
p o n to de se n iv e la re m com b o ç allssim o s p a is d e m esa
LOUCURA E SUICÍDIO
D r. J u lin n o M o re ira :
a ) T en h o visto m u ito s c aso s d e p e rtu r b a ç õ e s n e r
vosa s e m e n ta is e v id e n te m e n te d e s p e r ta d a s p o r se s
sõ e s e s p ir ita s . No H O S P IT A L N A CIO N A L, n ão r a ro ,
vem te r ta is c aso s".
b ) “A té h o je a in d a n ão tiv e a f o rtu n a de v e r um
m é d iu m , p r in c ip a lm e n te d o s c h a m a d o s v id e n te s , q u e
n ã o fosso n c v ro p a ta ” .
D r. J o a q u im D u tr a :
“ A s p r á lic a s e s p ir ita s e stã o in c lu íd a s, e eom c e r
ta p ro e m in ê n c ia , e n tr e e ssa s c a u s a s e e fe ito s, in f lu in
d o d ir e ta m e n te , p e la s p e rtu r b a ç õ e s e m o tiv a s, com o um
C O E F IC IE N T E AVOLUMADO p a ra a p o p u la çã o dos
m an icô m io s.
“ E x a g e ra d a s, a tó se to r n a r e m p reo c u p aç ão d o m in a n
te , e la s p r e p a ra m a lo u c u ra , q u a n d o n ã o sã o m esm o
u m a d e n ú n c ia d a s u a e x istê n c ia .
“ P o r im p re ssio n á v eis, ta is p r á tic a s c o n co rre m p a
r a a h a lu c in a ç ã o . . . e tc .”.
D r. H o m e m d e M elo:
a) “ C on sid ero o e sp iritism o , com o o p ra tic a m ,
um g r a n d e f a to r d e p e rtu r b a ç õ e s m e n ta is e n e rv o sa s;
a tu a lm e n te o e sp iritism o c o n c o rre com a h e ra n ç a ,
com a sífilis e com o álco ol, no fo rn e c im e n to dos h o s-
O d r. JU L IA N O M O R E IR A a ssim s e e x p re sso u :
P ro c u ra n d o , p o r a m o r à b r e v id a d e , c in g ir-n o s só
ao q u e d ir e ta m e n te se re f e r e a o q u e sito , o m itim o s a s
d iv a g aç õ es que p rec ed e m ou se g u em c e rta s re sp o sta s.
R e p ro d u z im o s o q u e sito .
3.« — A PR A T IC A DO E S P IR IT IS M O PO D E T R A
Z E R DANOS A SA U D E M E N T A L DO IN D IV ÍD U O ?
A u s tr e g é s ilo : “ Sim . E s to u c o n v en c id o q u e a s p r á
tic a s e s p ir ita s te m p ro d u z id o , em p re d is p o sto s, v e rd a
d e ira s p sicoses e a g ra v a d o m u ito s e s ta d o s m e n ta is
j á In ic ia d o s p o r p e q u e n o s d is tú rb io s p síq u ic o s”.
H e n r iq u e R o x o : “ O n ú m e ro d e a lie n a d o s, e m q u e
a s p e rtu r b a ç õ e s m e n ta is s u r g ir a m em c o n seq u ê n cia de
fre q u ê n c ia s de p r á tic a s e s p ir ita s n ã o te m d im in u íd o ,
e sim , pelo c o n trá r io , a u m e n ta d o ”.
E sp o z c l: “ A in flu ê n c ia d a p r á tic a do e sp iritism o
n a p ro d u çã o de d is tú rb io s m e n ta is é in c o n te s tá v e l;
b a s ta u m a p e q u e n a v id a c lín ic a n a e sp e c ia lid a d e p a ra
se te r oc asiã o de o b s e rv a r n u m e ro s o s c aso s, em q u e a s
p e rtu r b a ç õ e s p síq u ic a s g ir a m em to rn o d e f a to s o c o r
rid o s n a s se ssõ es e s p ir ita s . A ssim se n d o , re p ito , co n si
d e ro a p r á tic a e s p ir ita p o ssív el d e p ro d u z ir d e s a r ra n
jo s m e n ta is, m a x im é n a s p esso as p re d is p o sta s , a s q u a is
devem e v itá -la p o r p e rig o s a " .
T a n n e r do A b re u : “ Sim . B a s ta c o m p u lsa r os re
g isto s d e nosso H o sp ita l N ac io n a l d e P s ic o p a ta s, p a ra
te r a s e g u ra n ç a de q u e n ã o r a r o f ig u r a com o e lem e n to
e tio ló g lc o d a s d o e n ça s m e n ta is a p r á tic a do e s p ir itis
m o p e la c o m p a rê n c ia à s re sp e c tiv a s se s s õ e s ”.
“ E sse c once ito é, a d em a is, firm a d o p o r m o stre s
d a p s iq u ia tr ia . B a s ta rá c ita r o m a io r d e les, o sa u d o so
— 370 —
p ro fe sso r d a U n iv e rsid a d e d e M u n iq u e, E M IL IO
K R A E P E L IN , q u e , d epo is d e a lu d ir ao s c aso s do lo u
c u ra c o m u n ic a d a ou de c o n tá g io p síq u ico , a c e n tu a q u e
d e les p ode m s e r a p ro x im a d o s o s d is tú rb io s m e n ta is...
em c o n se q u ê n c ia e sob a in flu ê n c ia d e se ssõ es h ip n ó
tic a s ou d e E S P IR IT IS M O ” .
P o r to C a r rc ro : “ A ssim , e sp iritism o e n e u ro se te m
o m esm o c am in h o e e n c o n tra m -se , é b em d e v e r, o r a
no com eço, o r a no fim do tr a j e to .
“ Os h o s p ita is d e p slc o p a ta s e stã o r e p le to s d esses
caso s; e, em se m ió tica p s iq u iá tr ic a , é de re g r a , h o je , a
p e sq u isa de a n te c e d e n te s c s p ir itic o s ”.
J o ã o F r o is : “ C e rta m e n te a p r á tic a do e s p ir itis
mo pode t r a z e r e te m p ro d u zid o d a n o s à, sa u d e m e n
ta l d o s a d e p to s e fre q u e n ta d o r e s de sessõ es c h a m a d a s
e s p ir itis t a s ”.
F r a n c o d a R o c h a : “ No in d iv íd u o n o rm a l, e q u ili
b ra d o , ta is p r á tic a s não p ro d u ze m d a n o . A os d e seq u i
lib ra d o s, n a s c lasses de m e n ta lid a d e in fe rio r, p o d e f a
z er d a no , p ois q u e n ã o sa b em I n te r p r e ta r a s co isas co
m o a s pesso as e q u ilib r a d a s e a s d e m e n ta lid a d e s u
p e rio r.
“S o b esse p o n to de v ista , a p r á tic a do e sp iritism o ,
e n tre g e n te de b a ix a m e n ta lid a d e , é r e a lm e n te um
g r a n d e m a l”.
L e itã o d a C u n h a : "S im , e tã o g ra n d e s, a m e u v e r,
qu e ju lg o In d isp e n sáv e l e u r g e n te q u e s e e stab e le ça m
le is q u e r e g u le m e sse c a s ó ”.
P a c h e c o e S ilv a : “ Sim . A c red ito q u e o e s p ir itis
m o e x erça In flu ên c ia so b re a s a u d e m e n ta l do in d i
v íduo. E s ta é ta m b e m a o p in iã o do m eu e m in e n te m e s
tr e e a n te c e ss o r. F r a n c o d a R o c h a, — q u e, a re sp e ito ,
e screv e u v á rio s tr a b a lh o s ” .
P e rn a m b u c o F ilh o : “ E ’ e v id e n te . T o d os a q u e le s
q u e se d e d ica m a o e stu d o de d o e n ça s m e n ta is , te m
- 371 —
o b se rv a d o im im ero s c aso s d e d e so rd e n s p síq u ica s p ro
d u z id a s p e la p r á tic a do e s p ir itis m o ”.
E v e r a rd o B n c k o u sc r d e ix a d e r e sp o n d e r, p o r n ão
s e r m édico.
Q u an to ao 4.o q u e sito :
O E X E R C ÍC IO A BU SIV O DA A R T E D E CU RA R
P E L O E S P IR IT IS M O A C A R R E T A P E R IG O S PA R A A
SA U D E PU B L IC A ?
A u strc g ó silo : “ Sim . Os p re ju íz o s sã o re s u lta n te s
dos e rr o s ou c o m issão, n ã o só a tin e n te s ao in d iv íd u o
com o à c o le tiv id a d e " .
"A p lau d o , c a lo ro sa m e n te , a a titu d e d a d ig n a So
cied a d e d e M edicina, n e s ta c a m p a n h a de s a n e a m e n to
p síquico, e envio a lg u m a s liu h a s q u e e sc re v i s o b r e o
a s s u n to : O e sp iritism o é u r n a p sic o -n cu ro se, se m e lh a n
te ã h is te r ia , e tc .”.
H e n riq u o R o x o : “ F in a lm e n te , ao ú ltim o q u e sito
resp o n d o : o e x ercício d a a r t e de c u ra r p elo e s p ir itis
m o a c a r r e t a p re ju iz ó s p a ra a S a u d e P ú b lic a ”.
E sp o z c l: “ In c o n te s ta v e lm e n te ”.
T a n n e r d e A b re u : "S im . A esse r e sp e ito convem
le m b r a r a o m issão do tr a ta m e n to c o n v en ie n te, e n ão
c u m p rim e n to d a d isp osição re g u la m e n ta r , q u e im p õ e
o d e v er de n o tific a ç ã o c o m p u lsó ria de d e te r m in a d a s
d o e n ça s tr a n s m is s ív e is ”.
P o r to C n rre ro : “ Os p re ju iz ó s q u e o e sp iritism o
tr a z à S a u d e P ú b lic a são e v id e n te s. P r im e ir o , m e tem -
se os e s p ir ita s a c u ra n d e iro s, c ria n d o a m b u la tó rio s e
h o sp ita is, o n d e tr a t a m o s p sic o p n ta s a p a n c a d a s ».ve
ja m -se a s p u b lic aç õ es do p ró p rio “ C e n tro R e d e n to r" ) ,
e o n d e m e d ica m p e la h o m e o p a tia , — te ra p ê u tic a n e m
se m p re inó c u a.
“ Com isso , p re ju d ic a m a o d o e n te, a g in d o se m
c o n h ec im en to de c au sa , com m ed ica çã o in s u f ic ie n te ou
c o n tra -in d ic a d a , e c u ltiv a n d o a te n d ê n c ia pqsftlciosa
p a r a o m a ra v ilh o s o ”.
— 372 —
Jo ã o F r o is : “ N ão h á p o ssiv el d ú v id a em a fir m a r
q u e o e xercíc lp a b u siv o d a a r te de c u ra r pelo e s p ir i
tis m o a c a r r e t a p re ju íz o s & S a u d e P ú b lic a " .
L e itã o d a C u n h a : “ In q u e stio n a v e lm e n te , p o is o
c a r a te r m is te rio so , q u e te m e s s e e x ercíc io , d if ic u lta a
a p lica çã o d a s m e d id a s p ro filá tic a s, fa c ilita n d o o e n
tr e te n im e n to d a s e n d e m ia s e a d ifu sã o d as e p id e m ia s ”.
F r a n c o d a R o c h a : “ A cho q u e sim , com o em g e ra l
a p r á tic a do c u ra n d e lre sm o , q u e r s e ja e s p ir ita q u e r
não.
“VI m u ito s d o e n te s m e n ta is, c u ja afe cç ão ex p lo
d iu logo d epois d a s p r á tic a s d o e sp iritism o . M as n ã o
se deve a tr i b u ir e x clu siv am e n te a o e sp iritism o o m a l
q u e se te m o b s e rv a d o ”.
P e r n a m b u c o F i lh o : “ Sim . O s p re ju íz o s v em não
só d a d e fic iê n c ia ou e rr o de tr a ta m e n to , com o ta m b e m
p e la f a lt a de n o tific a ç ã o d e d o e n ça s c o n ta g io s a s, o q u e,
so b o p o n to d e v ista p ro filá tic o , é u m g r a n d e m a l” .
P a c h e c o e S ilv a: “ No m eu e n te n d e r, é u m a p r á ti
ca p e rn ic io sís sim a , q u e d e v e rá s e r c o m b a tid a a to d o
tr a n s e , p o r isso que, so b re p r e ju d ic a r a S a u d e P ú b lic a ,
c o n trlb u e p a r a a r u ln a de m u ito s la re s e d á m a rg e m
a e x p lo ra çõ e s a s m a is ig n ó b e is" .
O D r. C a rlo s S e id I d eu u m a bó re sp o sta a o s d o is
q u e sito s: “ F r is o e n tre ta n to , q u e o p in o se re m c o n d e
n á v e is a s p r á tic a s q u e se re a liz a m n a s sessõ es e s p ir i
ta s , com p r e te n s o s fin s te ra p ê u tic o s , e a s c h a m a d a s
evocações. A m in h a q u a lid a d e d e c a tó lico n ã o a d m ite
e s ta s ; e os m e u s e s tu d o s m é d ico s d e sa c o n selh am
a q u e la s ”.
O D r. M ig u e l O só rio d e A lm e id a a ssim se re fe re ,
r e la tiv a m e n te ao m a g n o p ro b le m a :
“ A in te rv e n ç ã o do e sp iritism o no tr a ta m e n to de
q u a lq u e r n e v ro se é s e m p re p r e ju d ic ia l. . . O e s p ir itis
m o é. n n d e-so d iz e r se m e x ag e ro , u m a v e rd a d e ir a fá -
bvica V tic o s. E n tr e os d e m e n te s q u e d ia ria m e n te
— 373 —
**
U m a s e n h o ra a m e r ic a n a , d a m a is a l t a so c ied a d e
do R o sto n , c n lo n q u cc en d o , p r a tic a a to s rid íc u lo s, p o r
ord e m d o s e sp írito s.
“ U m d ia o s in v isiv eis c o n v id a ra m -n a a ir ao p o
rã o da casa , se m lh e e x p lica rem p o r quê.
E la a ce d eu , c o n tra a v o n ta d e . L á c h eg a n d o , m a n
d a ra m - n a q u e v ira s se u m a tin a d e f u n d o p a ra b aixo e
— 375 —
se m e tes se d e n tro d e la. S e m p re r e lu ta n d o , e la a ca b o u
p o r o b e d ec er".
I n te r n a d a n u m hosp íc io , s a ro u , a b a n d o n a n d o , em
s e g u id a , a s p r á tic a s e s p ir ita s . ( B r a c k e t, n a R e v ista e s
p ir ita Iilg h t, 1 8 8 6 ). ( 4 1 8 ).
U m a c p ld e in la d e lo u c u ra , n a v ila d e A lg e zu r
( P o r tu g a l) , p o r c n u sa do e sp iritism o .
E n lo u q u e ce m h o m e n s, m u lh e re s e c ria n ç a s. Isto
o b rig a a p o lic ia a f e c h a r os c e n tro s. ( J o r n a l d o B r a
sil, 28-4 -1 9 2 9 ) ( 4 1 9 ).
CONDENAÇÃO
íils; S sãs
— 382 —
***
O que ai fica refere-se principalm ente às
práticas espiritas. Mas existe tambem a con
denação canônica relativa à parte dou trin á
ria do espiritism o. D e-fato, com o vim os em
outro lugar, a doutrina religiosa dos espiri
tas é a reafirm ação de m uitas heresias já con
denadas pela Igreja, antes de aparecer o es
piritism o moderno.
Os espiritas, por conseguinte, são equipa
rados aos herejes e, assim, estão incursos na
pen a de excom unhão, com inada pelo canon
n.° 2314, § 1.°, n.° 1, do Código de Direito
Canônico. Não podem receber os sacram en
tos da Igreja, a não ser que, prim eiro, se re
conciliem com a Igreja, pela abjuração do
erro, de acordo com o estatuído no art. 731,
§ 2.° do Código Canônico. Alem disso, há a
pena de excom unhão reservada, speciali m o
do, à Santa Sé, contra todos os que lerem ou
guardarem consigo livros espiritas, pena es
sa em que incorrem tambem os ediiores ou
defensores de tais livros.
A-propósito, já o Concilio Plenário La
tino-Am ericano havia resolvido:
“Visto como os sequazes do e s p iritis m o ... fre
quentem ente admitem e promovem operações diabó-
— 383 —
lieas o espalham m ultas h e r e s ia s ... não podem ser
reconciliados, nem no foro interno nem no externo,
apenas como pecadores ordinários, mas devem ser ju l
gados como herejes ou fautores de heresias; nem po
dem ser adm itidos aos sacramentos, a não ser que re
parem o escândalo, façam abjuração do espiritismo
e omitam a profissão de fé, segundo as norm as pres-
Gritas pela teologia”. (N.* 104).
RESUMINDO.
O ESPIRITISMO É CONDENADO, e suas
práticas são proibidas, NÃO SÓ PELAS LEIS
DIVINAS, MAS AINDA PELAS LEIS HU
MANAS.
CONCLUSÕES
III
IV
VI
*
**
VII
VIII
IX
XI
XII
XIII
XIV
XV
O. A. M. D. G.