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O Mito de Narciso
Daniela Diana
Professora licenciada em Letras
Narciso é um personagem da mitologia grega, filho do deus do rio Cefiso e da ninfa Liríope. Ele representa
um forte símbolo da vaidade, sendo um dos personagens mitológicos que foi muito citado nas áreas da
psicologia, filosofia, letras de música, artes plásticas e literatura.
Resumo do Mito
Segunda a lenda, Narciso nasceu na região grega da Boécia. Ele era muito belo e quando nasceu um dos
oráculos, chamado Tirésias, disse que Narciso seria muito atraente e que teria uma vida bem longa,
entretanto, ele não deveria admirar sua beleza, ou melhor, ver seu rosto, uma vez que isso amaldiçoaria
sua vida
Além de ter uma beleza estonteante, a qual despertava a atenção de muitas pessoas (homens e
mulheres), Narciso era arrogante e orgulhoso. E, ao invés de se apaixonar por outras pessoas que o
admiravam, ele ficou apaixonado por sua própria imagem, ao vê-la refletida num lago.
Narciso e Eco
A bela ninfa Eco esteve perdidamente apaixonada por Narciso, no entanto, seu amor nunca foi
correspondido, posto que Narciso ficou atraído por sua própria imagem.
A Flor de Narciso
Com o excessivo amor por si próprio e sobre menosprezar a ninfa Eco, ela lançou um feitiço sobre Narciso,
que ficou definhando até morrer no leito do rio.Com sua morte, o belo jovem foi transformado em flor.
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Narcisismo
Na psicologia, o narcisismo é o nome dado a um conceito desenvolvido por Sigmund Freud que determina
o amor exacerbado de um indivíduo por si próprio e sobretudo, por sua imagem.
O nome do transtorno de personalidade, está associado ao mito de narciso uma vez que recupera sua
essência egoísta de sobrevalorização de si. Ou seja, nos estudos da psicologia a pessoa narcisista
preocupa-se excessivamente com si próprio e com sua imagem.
Essa vaidade descontrolada e admiração excessiva por si próprio pode gerar outros problemas no
indivíduo que geralmente necessita ser admirado e não admite que sua presença passe despercebida em
determinado grupo.
Texto 2 A História de Narciso
Era uma vez um jovem muito belo e orgulhoso chamado Narciso. Ele era filho do deus-rio Cefiso e da ninfa
Liríope.
Quando Narciso completou 15 anos, Liríope consultou o adivinho Tirésias (ela foi a primeira que foi
consultar-se com tal) se o filho teria longa vida. Então, foi-lhe profetizado que Narciso jamais poderia ver
o seu reflexo, pois esta seria a sua ruína.
Realmente, Narciso era um lindo homem, o amor e paixão de muitas ninfas. Este, em contra-partida,
sempre rejeitou o amor de todas elas. E a ninfa que mais se destaca é Eco. Acontece que Narciso rejeitou
também o amor de Eco. A ninfa então, definhou por ter sido rejeitada, deixando apenas um sussurro débil
e melancólico.
Todavia, a deusa da vingança e retribuição, Nêmesis, apiedou-se da moça e fez com que Narciso visse o
próprio reflexo e se apaixonasse por ele. E o jovem ficou enamorado de si mesmo, e deitou-se no banco
do rio a admirar o próprio reflexo; onde definhou. Mais tarde as ninfas construíram-lhe uma mortalha
para que este fosse enterrado dignamente. Porém, quando foram encontrar seu corpo, somente
avistaram uma flor: O Narciso.
Nesta história, Amantis, um jovem, amava Narciso mas era desprezado. Para se livrar do chato Amantis,
Narciso deu-lhe uma espada de presente. Amantis usou essa espada para se matar à porta de Narciso e
rogou a Némesis que Narciso conhecesse um dia a dor do amor não correspondido. Esta maldição foi
cumprida quando Narciso ficou encantado pelo seu reflexo na lagoa e tentou seduzir o belo rapaz, não se
apercebendo de que aquele que ele olhava era ele próprio. Completando a simetria do conto, Narciso toma
a sua espada e mata-se por desgosto. (Fonte: Wikipédia).
Texto 3
O mito de Narciso e Eco pode ajudar a compreender a nossa forma de ser nas sociedades
contemporâneas.
Existem duas versões mais debatidas sobre o mito de Narciso. Uma, menos tradicional, oriunda do Poeta
grego Pausânias, diz que Narciso teria uma irmã gêmea e que ela era o seu reflexo. Outra, considerada a
versão original do mito, compreende que Narciso era uma das criaturas mais lindas já existentes. Por
causa de sua beleza, as mulheres ficavam encantadas pelo jovem mancebo, filho de Cefiso e Liríope.
O nome Narciso (tema narkhé = torpor, como em narcótico para nós) já parece indicar o que sua existência
significaria: sua beleza entorpece, atordoa, embaraça a todos aqueles por quem ela é vista. Mas também,
por sua ascendência, Narciso tem estreita relação com a ideia de água, escoamento e fertilidade, por
parte de pai, bem como mansidão, voz macia e leveza (por parte de mãe). Tudo isso influenciaria sua vida.
Conta-se que, certa vez, Narciso passeava nos bosques. Perto dali, a ninfa ECO, que era uma tagarela
incorrigível, acompanhava-o, admirando sua beleza, mas sem deixar que a notasse. Eco, em virtude de
sua tagarelice, foi punida por Hera, esposa de Zeus, para que sempre repetisse os últimos sons que ouvisse
(por isso, na física, chamamos de eco a reverberação do som). Por sua vez, Narciso, suspeitando de que
estava sendo seguido, perguntou: “quem está aí?”. E ouviu: “Alguém aí?” Então, ele gritou novamente:
“Por que foges de mim?”. E ouviu “foges de mim”. Até dizer “Juntemo-nos aqui” e ter como resposta
“juntemo-nos aqui”. Toda essa repetição acabou deixando Narciso angustiado por desejar amar algo que
Dessa forma, Narciso entristeceu-se e foi à beira de um lago, onde, de modo surpreendente, deparou-se
com sua imagem nos reflexos da água. Como nunca antes havia se olhado (pois sua mãe foi recomendada
a não permitir que isso ocorresse), enamorou-se perdidamente, acreditando ser a pessoa com quem
estava “dialogando”. Por isso, tentou buscar incessantemente o seu reflexo, imergindo nas águas nesse
intento, mas acabou morrendo afogado. A ninfa Eco sentiu-se culpada e transformou-se em um rochedo,
vivendo a emitir os últimos sons que ouve. Do fundo da lagoa, surgiu a flor que recebeu o nome de Narciso
outro que nos completa, é buscado fora de si, mas sempre como um retorno a si mesmo. Essa
compreensão mostra o quanto somos egoístas em relação às nossas necessidades, a ponto de ser possível
produção. Isso porque nesse sistema vivemos em busca de preencher o vazio libidinal que nos atormenta,
redirecionando nossas pulsões sexuais para a satisfação na aquisição de bens. Ora, é essa tentativa de
satisfação que promove um individualismo exarcebado no mundo contemporâneo, sendo, por isso,