1. INTRODUÇÃO
O presente manual tem como horizonte prioritário “transformar” o futuro
profissional em um observador atento, curioso e “desconfiado” dos fenômenos
cotidianos em sua aparência imediata. Um profissional do dia-a-dia que se pergunta
sobre a cidade em que vive, sobre a cultura que compartilha, sobre sua origem; suas
crenças e valores, sobre os problemas da sociedade de que faz parte; sobre o
exercício dos seus direitos como cidadão e sobre o papel do estado; sobre os seus
hábitos de consumo; sobre suas expectativas e horizontes de vida, ou seja, tudo
aquilo que forma e interfere no psiquismo humano. Um profissional mobilizado,
sempre que possível, para o exercício da comparação histórica, para o olhar sensível
em relação ao “outro”, para a relativização cultural e para a comparação com outros
contextos regionais e internacionais.
2. Histórico da Sociologia:
A. Idéia do SOCIAL: Origem da Sociologia: O homem sempre indagou sobre dois
tipos de fenômenos: o físico e o social; o físico primeiramente, daí o surgimento
inicial das ciências da natureza (ciência = comprovação da investigação, antes desta
havia o senso comum); e depois, a ciência dos fenômenos sociais, do
comportamento, dá-se então o surgimento das ciências sociais.
O século XIX foi palco de mudanças na política, através da Revolução Francesa que,
ao instaurar os direitos civis e a ideia da soberania popular, passa a denominar
estrutura político-social do “Antigo Regime” como tradição. Foi também o palco das
transformações operadas pela chamada Revolução Industrial, que garantiria ao
mundo urbano o seu caráter moderno e racional em contraposição ao mundo rural,
visto como tradicional, ou seja, baseado ainda em uma concepção de tempo
orientada pela natureza e por uma estrutura social estática e atrasada. Do ponto de
vista social, a complexidade dessas transformações promoverá a emergência do
mercado de trabalho, de novos grupos de referência, novas atividades no mundo do
trabalho, novos valores e crenças, novas relações de poder, configurando uma
estrutura de pertencimento social diversificada, com diferentes atores e papéis
sociais. É nesse contexto que o saber sociológico se impõe como uma ciência capaz
de identificar e classificar as transformações em curso. Esse saber avança sob
impacto da rápida expansão das cidades, pela precariedade das condições da vida
social, pelos deslocamentos populacionais e pelo rompimento de costumes
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B. QUESTÕES PERTINENTES
• Como as transformações do século XIX alteraram as relações entre indivíduo e
sociedade?
• Como a sociedade passa a expressar contradições em sua estrutura social com a
emergência de novos grupos sociais?
• Como se deu a modernidade?
C. Precursores da Sociologia
Idade Antiga: Aristóteles e Platão
Idade Média (Idade das Trevas): Santo Agostinho e São Thomas de Aquino
Idade Moderna: Maquiavel, Thomas Hobbes, Montesquieu e Jean Jacques
Rousseau.
D. CONCEITO
A Sociologia é a Ciência que estuda os fatos sociais para sua melhor compreensão.
Enquanto estuda a vida social humana, grupos e sociedades.
É uma tarefa fascinante e constrangedora, na medida em que o tema de estudo é o
nosso próprio comportamento enquanto seres sociais.
A esfera de ação do estudo sociológico é extremamente abrangente, podendo ir da
análise de encontros casuais entre indivíduos que se cruzam na rua até à
investigação de processos sociais globais [como, por exemplo, as migrações e as
novas tecnologias de comunicação].
A maior parte de nós vê o mundo em termos das características das nossas próprias
vidas, com as quais estamos familiarizados. A Sociologia mostra que é necessário
adotar uma perspectiva mais abrangente do modo como somos e das razões pelas
quais agimos. Ensina-nos que o que consideramos natural, inevitável, bom ou
verdadeiro pode não o ser, e que o que tomamos como 'dado' nas nossas vidas é
fortemente influenciado por forças históricas e sociais. Compreender as maneiras ao
mesmo tempo sutis, complexas e profundas, pelas quais as nossas vidas individuais
refletem os contextos da nossa experiência social é essencial à perspectiva
sociológica.
QUESTÃO: Por que podemos dizer que a Sociologia é fruto da Revolução Industrial?
3 POSITIVISMO
Segundo esta teoria os estudos da sociedade só deveriam ter validade quando feitos
com caráter científico.
A. Pontos do Positivismo:
1. Todo Conhecimento vem da experiência dos sentidos.
2. O modelo de conhecimento vem a ser o matemático e o científico.
3. A linguagem mais adequada à ciência fica sendo a matemática.
4. Todo conhecimento metafísico não é levado em conta.
5. A matéria fica sendo o princípio supremo.
6. O único Deus que merece nosso culto é a Humanidade. Humanismo: libertar o
homem das opressões religiosas e políticas.
7. Lema: Amor por princípio; Ordem por base e Progresso por fim.
O fato social deve ser entendido normal, a partir das características apresentadas
acima. Mas podemos também perceber o fato social quando ele não está
respondendo as necessidades da sociedade, ou seja, quando existem problemas
que dificultam as sociedades de se desenvolverem de forma harmônica, nós termos
uma patologia social, ou seja, uma doença social. Exemplo: Casamento – nos 3
casos.
C. Divisão do Trabalho
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A ação afetiva, que é aquela definida pela reação emocional do sujeito quando
submetido a determinadas circunstâncias. Uma serenata pode ser vista como uma
ação afetiva para quem ama, não é mesmo? -
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6. MARXISMO
O marxismo surge após a era do desenvolvimento do capitalismo industrial, com a
ampliação da capacidade tecnológica de domínio da natureza pelo trabalho e pela
técnica. Nesta esfera acaba acontecendo muitas injustiças sociais, como excesso de
carga horária, exploração de mulheres e crianças, a robotização do operário
mediante a produção em série, etc.
É neste contexto que surge Karl Marx, juntamente com amigo Frederic Engels, com
quem vai escrever algumas obras. Para eles a natureza é dinâmica em sua evolução.
As condições materiais é que determinam as espirituais e não o contrário, como
Hegel diz. Por isto, o processo todo é chamado de materialismo dialético.
6.4 Ideologia
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Marx elabora também o seu conceito de ideologia. Antes dele, seguindo-se Antoine
Destutt de Tracy no século XVIII, a ideologia era considerada como conjunto de
idéias de uma sociedade. Neste sentido, qualquer grupo tem a sua ideologia: as
associações, partidos políticos, grupos de Rock, grupos pastorais das igrejas, etc.
Para Marx e Engels, ideologia se apresenta como uma “falsa consciência”, ou seja,
um conjunto de idéias usado pela classe dominante para manter a classe explorada
na ignorância de sua situação.
Questões
1. Como a teoria de Marx nos ajuda a entender a sociedade contemporânea?
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2. A pobreza no Brasil e no mundo pode ser pensada como sendo uma das
consequências do sistema capitalista? Por quê?
7. SOCIEDADE HUMANA
7.1. Estrutura Social
Estrutura social é, portanto, um conjunto ordenado de partes encadeadas que
formam um todo. Dito de outro modo, a estrutura social integra os indivíduos
dentro de uma ordem e aí define, por exemplo, o papel de cada um de seus
membros.
· O que é a Sociedade Humana: Veja a seguir algumas teorias que tentam explicar
sua origem:
A. Natureza Social (Aristóteles): segundo esta teoria o homem é inerentemente
social;
B. Necessidades Humanas (Platão): De acordo com esta teoria , desde cedo os
homens tem necessidades para suprir, pois há as diferenças nas aptidões. Com isso
o homem teria se unido ao outro, formando-se a sociedade.
C. EGOÍSMO OU INTERESSES INDIVIDUAIS (Maquiavel e Hobbes): Para essa Teoria,
o homem foi de início, pouco mais que selvagem, levando uma vida egoísta, visando
apenas a satisfação de seus desejos e impulsos. Com o tempo, no entanto,
compreendeu que vivendo em grupo e em paz conseguiria prosperidade material.
D. CONTRATO SOCIAL (Rousseau e Locke): Nesta teoria é caracterizado que o
homem não era bom, nem mau, mas simplesmente da natureza. Mas as forças que
o afetavam só poderiam ser controladas em cooperação, através de um contrato.
1 Introdução:
“A sociedade é uma realidade, logo, dinâmica, ou seja, está sempre em processo
(em ação).
2 Formas de interagir:
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3 Tipos de Contato:
· Espacial: fatores geográficos dificultam a comunicação;
· Estrutural: diferenças biológicas isolam determinados grupos;
· Psíquico: ocorre por diferenças de interesses e ponto de vista;
· Habitual: diferenças de hábitos e costumes.
7.4.1. Conceito:
Modo como os homens se organizam na sociedade.
A. Classes sociais:
Conjunto de pessoas com posições semelhantes. Ex.: por renda familiar, por
escolaridade, por profissão, por nível de consumo,...
* classes abertas: permitem a entrada de pessoas na classe;
* classes fechadas: castas
B. Mobilidade Social:
Mudança de indivíduo de uma classe para outra.
OBS.: O HOMEM SE ORGANIZA PARA O MELHOR ATENDIMENTO DE SUAS
NECESSIDADES.
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1. Origem:
· As instituições se originam nas necessidades dos homens, na falta e carência de
alguma coisa e a busca da satisfação destas;
· Nos costumes: (tradições e mores).
2. Função:
O objetivo ou função para a qual foi criada.
EX: Família = procriação, manutenção da sociedade.
Educacional= socialização do saber
Econômica= regular a produção e consumo de bens.
3 Estrutura:
Deve possuir uma organização pessoal e equipamentos, tudo que dá condições para
seu funcionamento.
4. Conceitos:
· Conjunto de normas, valores, ideias e padrões de conduta cristalizados, que
atendem a uma atividade vital básica ou a um conjunto de interesses fundamentais
para a vida social.
· São modos de agir, pensar e sentir, ideias e padrões de conduta relacionados com
a satisfação das necessidades fundamentais do grupo, tais como: segurança,
alimentação e etc.
· É uma estrutura relativamente permanente, de padrões, papéis e relações que os
indivíduos realizam segundo determinadas formas sancionadas e unificadas, com o
objetivo de satisfazer às necessidades básicas do homem.
5. Características:
ORIGEM: A instituição social é toda crença, todo o comportamento instituído pela
sociedade. As instituições desenvolveram-se dos costumes, onde continua radicada,
a instituição social divide-se em regulativa ou primária, cuja função tem importância
vital para a existência da sociedade e operativa a qual se atribui funções mais
restritas e que interessam a determinados grupos, em determinado tempo.
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1.1 Introdução :
“O ser humano é a única criatura do reino animal capaz de criar e manter cultura.
Cada sociedade humana possui sua cultura própria, de maneira que os membros de
uma sociedade comportam-se diferentemente dos membros de qualquer outra
sociedade, com relação a alguns aspectos significativos de comportamento.”
1.2 Conceito:
Cultura é um complexo total de conhecimentos, crenças, arte, moral, costumes e
quaisquer outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma
sociedade.
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1.3 Características:
- Processo Universal - Dinâmica e contínua
- Variabilidade: - Aprendida e transmitida de geração
- Tempo e Espaço para geração.
- Cumulativa
Crítica: Ora, as sociedades capitalistas têm em sua gênese a dominação como forma
de se impor e um dos meios de legitimação é a cultura. Portanto, quem tem o
acesso dos meios institucionais, como a educação, os meios de comunicação de
massa, etc., consegue, de um certo modo, ditar algumas “regras” na sociedade.
Principais Características:
1. A Cultura é inventada. Não surgiu do nada, foi criada pelos indivíduos. Esta
invenção é composta por três elementos interdependentes:
• Um sistema ideológico ou componente mental constituído por crenças,
valores, costumes que o homem aceita ao definir o correto ou o incorreto;
• Um sistema tecnológico: habilidades, artes e ofícios que lhe permitem fabricar
bens materiais;
• Um sistema organizativo para coordenar eficientemente a conduta de um
indivíduo com os demais.
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Identidade Cultural.
A identidade cultural é um sistema de representação das relações entre
indivíduos e grupos, que envolve o compartilhamento de patrimônios comuns como
a língua, a religião, as artes, o trabalho, os esportes, as festas, entre outros. É um
processo dinâmico, de construção continuada, que se alimenta de várias fontes no
tempo e no espaço.
A identidade cultural é vista como uma forma de identidade coletiva
característica de um grupo social que partilha as mesmas atitudes. Está apoiada
num passado com um ideal coletivo projetado e se fixa como uma construção social
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Componentes da Cultura.
A cultura é todo orgânica, um sistema, um conjunto cujas partes se relacionam
estreitamente. Para melhor compreender o que é uma cultura, vamos estudar
alguns de seus componentes.
Os principais aspectos de uma cultura são: os traços culturais, o complexo
cultural, a área cultural e a subcultura.
Traços Culturais - são componentes mais simples da cultura. Eles são as unidades
de uma cultura. Ex. um lápis, um carro, uma pulseira, uma capa. Os traços culturais
são os componentes mais simples da cultura, e eles só têm significado quando
considerados no contexto de uma cultura especifica.
Complexo Cultural - a combinação dos traços culturais em torno de uma
atividade básica forma um complexo cultural. Ex: carnaval no Brasil é um complexo
cultural que reúne um grupo de traços culturais relacionados uns com os outros.
Área Cultural - região em que predominam determinados complexos culturais.
Esta consiste, portanto, em um espaço geográfico no qual se manifesta certa
cultura.
Padrão Cultural - conjunto de normas que regem o comportamento dos
indivíduos de determinada cultura ou sociedade. Quando os membros de uma
sociedade agem de uma mesma forma estão expressando os padrões culturais do
grupo. Ex. o casamento monogâmico.
O padrão cultural tem, portanto, uma relação direta com o processo de
socialização dos indivíduos.
Cultura e Progresso.
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Difusão Cultural.
Alguns traços culturais, como uma nova moda ou um equipamento
recentemente inventado, difundem-se não só na sociedade em que tiveram origem,
mas também entre outras culturas, geralmente por intermédio dos meios de
comunicação (jornais, televisão, cinema, rádio, Internet etc.).
Quando isso ocorre, dizemos que está havendo um processo de difusão cultural.
Retardamento Cultural.
Toda vez que há um desequilíbrio no ritmo de desenvolvimento dos diversos
aspectos da cultura, pode-se falar de retardamento ou demora cultura.
As mudanças são mais aceleradas em relação à cultura material do que em
relação à cultura não material.
Ex: A invenção da pílula anticoncepcional na década de 1960, encontra grande
resistência por parte dos setores religiosos, enquanto milhões de mulheres se
beneficia de tal invenção.
O fenômeno da aculturação.
Quando seres humanos de grupos diferentes entram em contato direto e
contínuo, geralmente ocorrem mudanças culturais, pois se verifica a transmissão de
traços culturais de uma sociedade para outra. Alguns traços são rejeitados; outros
são aceitos e incorporados, quase sempre com mudanças significativas, à cultura
resultante.
Esse processo de mudança cultural provocada pelo entre dois ou mais povos
culturalmente distintos, e no qual um grupo assimila cultura de outro grupo é
chamado de aculturação.
Marginalidade Cultural.
Quando duas culturas entram em contato e uma delas se impõe à outra pela
força, geralmente ocorrem – além da aculturação – conflitos emocionais nos
indivíduos que pertencem à cultura dominada. Aqueles que não conseguem se
integrar totalmente a nenhuma das culturas que os rodeia ficam à margem da
sociedade.
Cultura e Contracultura.
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IDEOLOGIA E ALIENAÇÃO
Ideologia
Ideologia trata-se de um conjunto de ideias, modos de pensar e de se relacionar
para com os valores, as crenças, os costumes, as normas e os modos de encarar os
fatos de certos grupos de pessoas da sociedade.
Furter (1976) comenta que a ideologia burguesa opera com o poder das classes
dirigentes, através da reprodução de seus interesses, alienando as outras classes, e
impedindo que estas tomem a consciência de tal processo. Ele trata a ideologia
fragmentária, onde “a ideologia é fragmentária, isto é, sempre é elaborada em
função de objetivos concretos” (58p.). Para tanto, as classes dominantes “(...)
favorecem a elaboração de ideologias que justificam o status quo e impedem a
tomada de consciência autêntica” (53p.). Estas ideologias alienam, pois, de acordo
com o mesmo, “quebram a unidade dialética do pensar e do atuar” (53p.).
Alienação
Alienação trata-se de outro conceito que resulta em diferentes compreensões.
Quando referimos à pessoas alienadas, no senso comum, associamos à pessoas
desligadas, usuários de drogas, pessoas com desconhecimento ou desinteresse com
relação aos assuntos relatados nos jornais, entre outras conotações que, em geral,
referem-se ao desligamento da pessoa com o que é visto como algo que seria,
inicialmente, parte da vida dela. No caso dos exemplos acima citados, poderiam ser,
por exemplo, desligamento da sua consciência através do uso de drogas ou
desligamento de assuntos que são socialmente vistos como de importância.
Em ambos os casos, tratam o conceito de alienação como algo que a pessoa deveria
ter - consciência de si ou do que é relatado nos jornais, no caso do exemplo acima
citado – e que esta, de alguma maneira, não se importa em ter. No caso deste
trabalho, a alienação será tratada como o desligamento da pessoa de si mesma, de
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sua existência e isso é visto como consequência de uma ideologia que faz com que
este se torne submisso a mesma, passando para si desejos alheios, sentimentos
alheios, normas alheias, pensamentos alheios, e toda uma existência alheia. Assim,
o indivíduo torna-se alheio a si, para dar espaço ao que é trazido pelos outros, neste
processo, “o eu desaparece” (BASBAUM, 1982, 46p.). De acordo com Basbaum (1982), as
máquinas de alienação são, em primeiro, a família e em segundo, a escola, ele
comenta que o antídoto para a alienação seria a rua, pois a família, a escola e o
trabalho são instituições que estão a serviço da alienação, se a situação das
instituições continuar como se encontra, a marginalização será o único meio de se
livrar da alienação.
2. Socialização:
Socialização é o processo pelo qual o indivíduo adquire as maneiras de agir, pensar,
sentir do grupo, da sociedade e da civilização em que vive. É o processo pelo qual se
transmite a cultura, ou seja, os valores e os costumes.
Influenciam neste processo a família, vizinhos, a comunidade, a escola, carga
genética.
Por meio do processo socialização, o indivíduo vai ocupar várias posições na
sociedade:
• Status: posição ocupada por um indivíduo na sociedade. É a posição
social ou o status que determina o comportamento ou papel social do
indivíduo, as normas de conduta a seres seguidas.
O Status pode ser atribuído ou adquirido. Status atribuído é aquele que não é
escolhido voluntariamente pelo indivíduo e não depende de suas ações e
qualidades. Por exemplo, o status de “primogênito” ou de “filho de operário”.
Já o status adquirido é obtido de acordo com as qualidades pessoais do
indivíduo. Por exemplo, Pelé tem status adquirido pelas qualidades de seu
futebol. O status adquirido está, então, associado à capacidade profissional,
intelectual e de liderança do indivíduo na sociedade.
• A cada posição social – status – corresponde um papel social, que é um
comportamento e conjunto de direitos, obrigações, e expectativas.
• É por meio do processo de socialização que se aprende o significado das
coisas na sociedade em que se está inserido: os valores e os costumes.
1 Métodos sociológicos.
Distinguem-se sete métodos na sociologia: histórico, comparativo, funcional, formal
ou sistemático, compreensivo, estatístico e monográfico. O método histórico ocupa-
se do estudo dos acontecimentos, processos e instituições das civilizações passadas
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1. ESCOLHA DO TEMA
2. FORMULAÇÃO DA HIPÓTESE
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA – REVISÃO DE LITERATURA
4. ELABORAÇÃO DO QUESTIONÁRIO
5. DEFINIÇÃO DA AMOSTRAGEM
6. APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO
7. RECEPÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS – RESULTADO, GRÁFICO
8. CONCLUSÃO DA PESQUISA
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3. A MANIPULAÇÃO SOCIOLÓGICA
O linguista e filósofo norte americano Noam Chomsky elaborou a lista das “10
estratégias de manipulação” através dos meios de comunicação. Ele afirma que nas
décadas de 80 e 90 elaborou-se toda uma estratégia de manipulação dos povos
através dos meios de comunicação, facilitando assim o controle da opinião pública
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3- A estratégia da gradação.
Para que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, a conta-
gotas, por anos consecutivos. Dessa maneira, condições socioeconômicas
radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 80 e 90.
Mudanças como privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa,
salários baixos... provocariam uma revolução se fossem aplicados de uma só vez.
Quanto mais se tenta enganar o espectador, mais se tende a adotar um tom infantil.
Por quê? Se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos,
pela sugestão, ela terá, provavelmente, uma resposta ou uma reação também
desprovida de um sentido crítico, como uma criança.
a três questões: “o que é”, “como funciona” e “como deveria ser configurado” o
direito.
No decorrer da história do direito surgiram várias escolas jurídicas. Estas devem ser
consideradas como produto de determinadas épocas e culturas jurídicas. Isto não
significa, porém, que cada época tenha uma única escola jurídica. Ao analisar um
determinado período histórico podemos nos defrontar com a existência de várias
tendências, não sendo incomum detectar uma forte rivalidade entre elas
(concorrência entre teorias).