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Dimensionamento de Edifício em concreto armado

Concepção de projeto
Pré-dimensionamento
Dimensionamento
Detalhamento

Eng. Felipe G. Rodrigues


Sumário

1- Considerações iniciais ..................................................................................................................... 1


2- Sequência de elaboração e procedimentos de cálculos ................................................................. 1
2.1- Critérios de projeto: ..................................................................................................................... 1
2.2- Concepção estrutural: .................................................................................................................. 1
2.3- Dimensionamento das lajes: ........................................................................................................ 1
2.4- Dimensionamento das vigas: ....................................................................................................... 1
2.5- Dimensionamento de Pilares: ...................................................................................................... 1
3- Elementos estruturais ..................................................................................................................... 2
3.1- Elementos lineares: ...................................................................................................................... 2
3.2- Elementos bidimensionais: .......................................................................................................... 2
3.2.1- Placas..................................................................................................................................... 3
3.2.2- Chapas ................................................................................................................................... 3
3.2.3- Cascas (abóbodas ou cúpulas) .............................................................................................. 3
3.2.4- Abóboda: ............................................................................................................................... 3
3.2.5- Cúpula: .................................................................................................................................. 3
3.3- Elementos tridimensionais:...................................................................................................... 4
4- Principais elementos estruturais em uma edificação em concreto armado. ................................. 4
4.1- Lajes ............................................................................................................................................. 4
4.2- TIPOS: ........................................................................................................................................... 5
4.3- PROCESSO DE PRODUÇÃO: .......................................................................................................... 5
4.3.1- Lajes maciças ......................................................................................................................... 5
4.3.2- Lajes nervuradas: .................................................................................................................. 6
4.3.3- Lajes cogumelo:..................................................................................................................... 7
4.3.4- Lajes pré-fabricadas .............................................................................................................. 8
4.3.5- Painéis alveolares ................................................................................................................ 10
5- Vigas .............................................................................................................................................. 11
6- Pilares ............................................................................................................................................ 14
7- Escadas .......................................................................................................................................... 16
8- Conceitos de projeto das estruturas de concreto ......................................................................... 17
8.1- Requisitos gerais de qualidade .................................................................................................. 17
8.2- Requisitos de qualidade do projeto ........................................................................................... 17
8.3- Condições impostas ao projeto.................................................................................................. 18
8.4- Diretrizes para durabilidade das estruturas de concreto .......................................................... 18
8.5- Deterioração do concreto .......................................................................................................... 18
8.6- Deterioração da armadura ......................................................................................................... 19
9- Critérios de projeto ....................................................................................................................... 20
9.1- Classe de agressividade.............................................................................................................. 20
9.2- Qualidade do concreto............................................................................................................... 21
9.3- Cobrimento ................................................................................................................................ 22
10- Ações nas estruturas de concreto armado ............................................................................... 23
10.1- Ações Permanentes Diretas ..................................................................................................... 23
10.2- Ações Permanentes Indiretas .................................................................................................. 23
10.3- Ações variáveis diretas ............................................................................................................. 23
10.4- Ações variáveis indiretas .......................................................................................................... 23
10.5- Ações excepcionais .................................................................................................................. 23
10.6- Coeficiente de ponderação ...................................................................................................... 24
11- O projeto! .................................................................................................................................. 24
11.1- Como fazer a distribuição dos elementos estruturais em nossa edificação! .......................... 25
11.1.1- Pilares: ............................................................................................................................... 25
11.1.2- Vigas: ................................................................................................................................. 25
11.1.3- Lajes: ................................................................................................................................. 26
11.2- Numeração dos elementos ...................................................................................................... 26
12- Pré-dimensionamento das lajes maciças: ................................................................................. 28
12.1- Pré-dimensionamento das espessuras (Equações).................................................................. 30
12.2- Pré-dimensionamento das espessuras – Mãos à obra! ........................................................... 30
12.2.1- L201=L202=L221=L222 (Laje da sacada) ........................................................................... 30
12.2.2- L203=L204=L219=L220 ...................................................................................................... 31
12.2.3- L205=L208=L214=L217 ...................................................................................................... 31
12.2.4- L206=L207=L215=L216 ...................................................................................................... 32
12.2.5- L209=L211=L213=L218 ...................................................................................................... 32
12.2.6- L210 (única) ....................................................................................................................... 33
12.2.7- L212 (única) ....................................................................................................................... 33
13- Carga nas lajes ........................................................................................................................... 36
13.1- Laje 201 .................................................................................................................................... 37
13.2- Laje 203 .................................................................................................................................... 37
13.3- Laje 205 .................................................................................................................................... 38
13.4- Laje 206 .................................................................................................................................... 38
13.5- Laje 209 .................................................................................................................................... 39
13.6- Laje 210 .................................................................................................................................... 39
13.7- Laje 212 ................................................................................................................................... 40
14- Reações nas lajes....................................................................................................................... 41
14.1- Planta de reações nas lajes ...................................................................................................... 52
15- Equilíbrio de momentos (Método simplificado de forma empírica)......................................... 54
15.1- Momento negativo .................................................................................................................. 54
15.2- Momento positivo.................................................................................................................... 54
15.3- Equilíbrio das lajes 203/205/206 ............................................................................................. 55
15.4- Equilíbrio das lajes 209/205/206 ............................................................................................. 56
15.5- Equilíbrio das lajes 219/213/209/203 ...................................................................................... 57
15.6- Equilíbrio das lajes 221/214/205/201 ...................................................................................... 58
15.7- Taxas mínimas de armadura (𝝆𝒎𝒊𝒏) segundo a NBR 6118 .................................................... 58
16- Dimensionamento das armaduras ............................................................................................ 59
16.1- Roteiro de cálculo lajes 203/205/206 ...................................................................................... 60
16.2- Roteiro de cálculo lajes 209/205/206 ...................................................................................... 61
16.3- Roteiro de cálculo Lajes 219/213/209/203 .............................................................................. 62
16.4- Roteiro de cálculo Lajes 221/214/205/203 .............................................................................. 63
17- Verificações do estado limite de serviço (ELS) .......................................................................... 64
17.1- Deslocamento vertical ............................................................................................................. 66
17.1.1- Deslocamento vertical da laje 201 .................................................................................... 67
17.1.2- Deslocamento vertical da laje 203 .................................................................................... 67
17.1.3- Deslocamento vertical da laje 205 .................................................................................... 67
17.1.4- Deslocamento vertical da laje 206 .................................................................................... 67
17.1.5- Deslocamento vertical da laje 209 .................................................................................... 67
17.2- Abertura de fissuras: Laje 219 ................................................................................................. 68
17.3- Verificação da cortante: L219 .................................................................................................. 69
17.4- Armadura perimetral ............................................................................................................... 69
18- Cargas dinâmicas ....................................................................................................................... 70
19- Cargas devido ao vento ............................................................................................................. 71
20- Valor característico do vento para nossa edificação................................................................. 74
21- Coeficiente Gama Z ................................................................................................................... 75
21.1- Estruturas de nós Fixos: ........................................................................................................... 75
21.2- Estrutura de nós flexíveis: ........................................................................................................ 75
22- Cálculos das cargas atuantes nos pórticos planos .................................................................... 76
23- Vigas de concreto armado ........................................................................................................ 80
23.1- Esquema estático ..................................................................................................................... 81
23.2- Definição das seções da viga (Retangular ou T) ....................................................................... 81
24- Dimensionamento das armadura de flexão (positivas e negativas) ......................................... 82
24.1- O processo e roteiro de cálculo: .............................................................................................. 83
24.2-Dimensionamento de armaduras duplas.................................................................................. 84
24.3- Armadura de flexão em várias camadas .................................................................................. 85
24.3.1- Erros aceitáveis método do centroide .............................................................................. 85
25- Dimensionamento ao cisalhamento ......................................................................................... 86
25.1- Armadura mínima (cisalhamento) segundo NBR 6118:........................................................... 87
25.2- Espaçamento longitudinal máximo:......................................................................................... 87
26- Roteiro de cálculo das vigas ............................................................................................................ 89
26.1- Viga 201.................................................................................................................................... 89
26.2- Viga 203.................................................................................................................................... 90
26.3- Viga 204.................................................................................................................................... 91
26.4- Viga 206.................................................................................................................................... 92
26.5- Viga 207.................................................................................................................................... 93
26.6- Viga 208.................................................................................................................................... 94
26.7- Viga 210.................................................................................................................................... 95
26.8- Viga 213.................................................................................................................................... 96
26.9- Viga 218.................................................................................................................................... 97
26.10- Viga 219.................................................................................................................................. 98
26.11- Viga 220.................................................................................................................................. 99
26.12- Viga 221................................................................................................................................ 100
............................................................................................................................................................. 101
26.13- Viga 222................................................................................................................................ 101
27- Comprimento de ancoragem e decalagem dos diagramas .......................................................... 102
27.1- Cálculo do comprimento de ancoragem ................................................................................ 102
28- Detalhamento das armaduras ...................................................................................................... 103
28.1 – Detalhamento da armadura viga 201 .................................................................................. 103
28.2 – Detalhamento da armadura viga 203 .................................................................................. 104
29- Pilares de concreto armado .................................................................................................... 105
30- Esforços nos pilares ................................................................................................................. 105
30.1- Compressão Simples .............................................................................................................. 106
30.2- Flexão Composta .................................................................................................................... 106
30.3- Flambagem............................................................................................................................. 107
30.3.1- Índice de esbeltez ........................................................................................................... 107
31- NOÇÕES DE CONTRAVENTAMENTO DE ESTRUTURAS ............................................................ 109
31.1- Estruturas de Nós Fixos e Móveis .......................................................................................... 110
31.2- Estruturas de nós móveis ....................................................................................................... 111
31.3- Elementos Isolados ................................................................................................................ 112
32- EXCENTRICIDADES ................................................................................................................... 113
32.1- Excentricidade de 1a Ordem .................................................................................................. 113
32.2- Excentricidade Acidental........................................................................................................ 113
32.3- Excentricidade de 2a Ordem .................................................................................................. 114
32.4- Excentricidade Devida à Fluência........................................................................................... 116
33- Método do Pilar-Padrão com Curvatura Aproximada............................................................. 116
34- Método do Pilar-Padrão com Rigidez k Aproximada .............................................................. 119
35- SITUAÇÕES BÁSICAS DE PROJETO ........................................................................................... 120
35.1- Pilar Intermediário ................................................................................................................. 120
35.2- Pilar de Extremidade .............................................................................................................. 120
35.3- Pilar de Canto ......................................................................................................................... 121
35.4- RELAÇÃO ENTRE A DIMENSÃO MÍNIMA E O COEFICIENTE DE PONDERAÇÃO ...................... 121
36- Cargas nos pilares.................................................................................................................... 122
37- Cálculo dos pilares................................................................................................................... 123
37.1- Cálculo do Pilar P15................................................................................................................ 123
37.2 - Cálculo Pilar 4 – Pilar de extremidade .................................................................................. 128
37.3- Cálculo Pilar 1 ......................................................................................................................... 132
38- Armadura transversal .............................................................................................................. 137
38.1 -Proteção contra flambagem .................................................................................................. 137
39- Detalhamento das armaduras................................................................................................. 138
39.1- Detalhamento Pilar 15 (1º Lance) .......................................................................................... 138
39.2- Detalhamento Pilar 4 (1º Lance) ............................................................................................ 139
39.3- Detalhamento Pilar 1 (1º Lance) ............................................................................................ 140
40- Dimensionamento das escadas ............................................................................................... 150
40.1- Dimensionamento lance 2 ..................................................................................................... 151
40.2- Dimensionamento lance 1 ..................................................................................................... 152
41- Dimensionamento da viga inclinada: ...................................................................................... 154
42- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................... 157
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1- Considerações iniciais

Com objetivo de esclarecer e nortear os engenheiros e projetistas na área de cálculo estrutural, neste
conteúdo abordaremos os principais métodos de dimensionamento de estruturas (Concreto armado),
métodos esses baseados nas principais normativas em curso no país. Neste curso abordaremos a
concepção do projeto, onde através de um estudo sobre uma planta de arquitetura, iremos realizar a
distribuição dos elementos estruturais que irão integrar o edifício, todos os passos deste curso seguirá
a sequência mais lógica no tratar o dimensionamento, facilitando o entendimento e refinando os
procedimentos de cálculos para os trabalhos futuros de nossos leitores.

Com a escassez de informação na área, temos total ciência da importância que este conteúdo fará
na carreira de cada um, e por isso faremos o melhor possível para alcançar e quem sabe superar as
expectativas de todos que acompanharem nosso trabalho!

2- Sequência de elaboração e procedimentos de cálculos


Neste trabalho seguiremos esta sequência de elaboração:

2.1- Critérios de projeto:


-Classe de agressividade do ambiente
-Resistencia dos materiais que serão utilizados na edificação
-Características desses materiais

2.2- Concepção estrutural:


-Distribuição dos elementos estruturais que irão compor o edifício, tais como pilares, vigas e lajes

2.3- Dimensionamento das lajes:


-Pré-dimensionamento das espessuras
-Cargas nas lajes
-Esforços solicitantes
-Dimensionamento no estado limite último (ELU)
-Verificações no estado limite de serviço (ELS)

2.4- Dimensionamento das vigas:


-Levantamento das cargas
-Esquema estático
-Inércia da seção
-Dimensionamento das armaduras longitudinais
-Dimensionamento das armaduras transversais
2.5- Dimensionamento de Pilares:
-Cargas nos pilares
-Dimensionamento pilares de carga centrada
-Dimensionamento de pilares de canto
-Dimensionamento de pilares de extremidade
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3- Elementos estruturais

3.1- Elementos lineares:

Aqueles que têm a espessura da mesma ordem de grandeza da altura, mas ambas muito menores que
o comprimento. São as “barras” (vigas, pilares, etc.).

3.2- Elementos bidimensionais:


Aqueles onde duas dimensões, o comprimento e a largura, são da mesma ordem de grandeza e muito
maiores que a terceira dimensão (espessura). São os elementos de superfície (lajes, as paredes de
reservatórios, etc.)
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3.2.1- Placas - superfícies que recebem o carregamento perpendicular ao seu plano (lajes).
3.2.2- Chapas - tem o carregamento contido neste plano (viga-parede)

3.2.3- Cascas (abóbodas ou cúpulas)


Quando a superfície é curva

3.2.4- Abóboda:
Casca cilíndrica sujeita principalmente a esforços normais de compressão.

3.2.5- Cúpula:
Casca de dupla curvatura sujeita a principalmente a esforços de compressão
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3.3- Elementos tridimensionais:


Aqueles onde as três dimensões têm a mesma ordem de grandeza. São os elementos de volume
(blocos, sapatas de fundação, consolos e etc.).

4- Principais elementos estruturais em uma edificação em concreto armado.


4.1- Lajes

São elementos planos que recebem a maior parte das ações (cargas) aplicadas numa construção. As
ações, comumente perpendiculares ao plano da laje, podem ser: distribuídas na área, distribuídas
linearmente e forças concentradas. As ações são transferidas para as vigas de apoio nos bordos da laje.
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4.2- TIPOS:
- Maciças

- Nervuradas

- Cogumelo

4.3- PROCESSO DE PRODUÇÃO:


- Moldada in loco

- Pré-moldadas

4.3.1- Lajes maciças


As lajes maciças têm espessuras de 7 cm a 15 cm. São comuns em edifícios e construções de grande
porte (escolas, indústrias, hospitais, pontes, etc.). Geralmente não são aplicadas em construções de
pequeno porte (casas, sobrados, galpões, etc.).

Lajes maciças – Execução – IMAGENS DA INTERNET


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4.3.2- Lajes nervuradas:


“Lajes nervuradas são as lajes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração
para momentos positivos está localizada nas nervuras entre as quais pode ser colocado material
inerte”

Laje nervurada- IMAGENS DA INTERNET

Laje nervurada execução IMAGENS DA INTERNET Laje nervurada concretagem- IMAGENS DA INTERNET
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4.3.3- Lajes cogumelo:


Lajes cogumelo são lajes apoiadas diretamente em pilares com capitéis.

Lajes lisas são as apoiadas nos pilares sem capitéis.

Lajes lisa e cogumelo - também chamadas lajes sem vigas.

Esquema laje lisa e laje cogumelo

Esquemática laje cogumelo e tipos de capiteis mais usuais

Laje cogumelo mista com nervurada IMAGENS DA INTERNET


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4.3.4- Lajes pré-fabricadas


Apresentam bom custo e bom comportamento estrutural e facilidade de execução. São comumente
aplicadas em construções residenciais de pequeno porte e edifícios de baixa altura.

Laje pré-fabricada – execução IMAGENS DA INTERNET

Vigota treliçada IMAGENS DA INTERNET


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Vigota “T” simplesmente armada IMAGENS DA INTERNET

Vigota “T” protendida IMAGENS DA INTERNET


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4.3.5- Painéis alveolares


Painéis alveolares - largamente utilizadas nas construções de concreto pré-moldado. Em geral são
protendidas.

Painel alveolar IMAGENS DA INTERNET

Painel alveolar – Montagem IMAGENS DA INTERNET


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5- Vigas
São elementos lineares em que a flexão é preponderante. São elementos de barras, normalmente
retas e horizontais. Recebem ações (cargas) das lajes, de outras vigas, de paredes de alvenaria, e
eventualmente de pilares, etc. A função é basicamente vencer vãos e transmitir as ações nelas
atuantes para os apoios, geralmente os pilares.

As ações (concentradas ou distribuídas) são geralmente perpendiculares ao seu eixo longitudinal. Mas
podem receber forças normais de compressão ou de tração, na direção do eixo longitudinal. As vigas
também fazem parte da estrutura de contraventamento, responsável por proporcionar a estabilidade
global dos edifícios às ações verticais e horizontais.

Detalhe de viga
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Obra de médio porte com viga moldada in-loco IMAGENS DA INTERNET

Obra de médio porte com vigas moldadas in-loco (detalhe de fôrmas) IMAGENS DA INTERNET
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Detalhe de fôrma viga baldrame IMAGENS DA INTERNET

Viga invertida com laje maciça IMAGENS DA INTERNET


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6- Pilares
As ações são provenientes geralmente das vigas, bem como de lajes também.

- São os elementos estruturais de maior importância nas estruturas, pois são responsáveis por
receber e transferir as principais cargas até as fundações! (capacidade resistente dos edifícios e
segurança).

- Comumente fazem parte do sistema de contraventamento responsável por garantir a estabilidade


global dos edifícios às ações verticais e horizontais.

Detalhe pilar

Principais disposições de pilares presentes nas edificações


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Detalhe de fôrma pilar IMAGENS DA INTERNET

Fôrma pilar de papelão IMAGENS DA INTERNET


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7- Escadas
Elementos estruturais responsáveis pela
mudança de nível de uma edificação pelos
ocupantes, esses elementos tem a função de
resistir aos esforços de peso próprio e utilização
dos usuários, podem ser executadas de inúmeras
formas, desde as mais comuns, retas de apenas
um lance, até as mais complexas com vigas curvas
e degraus suspensos!

IMAGENS DA INTERNET
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8- Conceitos de projeto das estruturas de concreto

Principais normas brasileiras para concreto:


ABNT NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento
ABNT NBR 9062 – Projeto de estruturas de concreto pré-moldado
ABNT NBR 6120 – Cargas para cálculo de estruturas de edificação – Procedimentos
ABNT NBR 8681 – Ações e segurança nas estruturas – Procedimentos

ABNT NBR 12655 – Concreto de cimento Portland – Preparo, controle, recebimento e


aceitação - Procedimento

8.1- Requisitos gerais de qualidade


1- Requisitos de qualidade da estrutura

As estruturas de concreto devem atender a requisitos mínimos de qualidade, durante sua construção
e serviço, e aos requisitos adicionais estabelecidos em conjunto entre o autor do projeto e o
contratante.

As estruturas de concreto devem obrigatoriamente apresentar:

a) Capacidade Resistente: significa que a estrutura deve ter capacidade de suportar as ações
previstas que ocorrerem na construção, com conveniente margem de segurança contra a ruína
ou a ruptura;

b) Desempenho em Serviço: consiste na capacidade da estrutura manter-se em condições plenas


de utilização durante sua vida útil, não devendo apresentar danos que comprometam em
parte ou totalmente o uso para o qual foi projetada.

c) Durabilidade: consiste na capacidade da estrutura resistir às influências ambientais previstas


e definidas em conjunto pelo autor do projeto estrutural e pelo contratante, no início dos
trabalhos de elaboração do projeto.

8.2- Requisitos de qualidade do projeto


- Qualidade da solução adotada

A qualidade da solução adotada deve atender os requisitos de qualidade estabelecidos nas normas
técnicas e considerar as condições arquitetônicas, funcionais, construtivas, de integração com os
demais projetos (elétrico, hidráulico, ar-condicionado, etc.), e exigências particulares, como resistência
a explosões, impacto, sismos, ou ainda relativas à estanqueidade e isolamento térmico e acústico.
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8.3- Condições impostas ao projeto


Restrições de normas, durabilidade e desempenho

- Documentação da solução adotada

O produto final do projeto estrutural é constituído por desenhos, especificações e critérios de projeto.
O projeto estrutural deve proporcionar as informações necessárias para a execução da estrutura.
Projetos complementares (escoramento e fôrmas) não fazem parte do projeto estrutural.

- Avaliação de conformidade do projeto

Deve ser realizada por profissional habilitado, independente e diferente do projetista, requerida e
contratada pelo contratante e registrada em documento específico.

A avaliação da conformidade do projeto deve ser realizada antes da fase de construção e, de


preferência, simultaneamente com a fase de projeto.

8.4- Diretrizes para durabilidade das estruturas de concreto


As estruturas de concreto devem ser projetadas e construídas de modo que, sob as condições
ambientais previstas na época do projeto e quando utilizadas conforme preconizado em projeto,
conservem sua segurança, estabilidade e aptidão em serviço, durante o prazo correspondente à sua
vida útil.

Entende-se por vida útil de projeto o período de tempo durante o qual se mantêm as características
das estruturas de concreto, sem intervenções significativas, desde que atendidos os requisitos de uso
e manutenção prescritos pelo projetista e pelo construtor, bem como de execução dos reparos
necessários decorrentes de danos acidentais.

O conceito de vida útil aplica-se à estrutura como um todo ou às suas partes. Dessa forma,
determinadas partes das estruturas podem merecer consideração especial com valor de vida útil
diferente do todo, como, por exemplo, aparelhos de apoio e juntas de dilatação.

8.5- Deterioração do concreto


a) lixiviação: por ação de águas puras, carbônicas agressivas ou ácidas que dissolvem e carreiam os
compostos hidratados da pasta de cimento. Para prevenir sua ocorrência, recomenda-se restringir a
fissuração

b) Expansão por sulfato: por ação de águas e solos que contenham ou estejam contaminados com
sulfatos, dando origem a reações expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado. Para
prevenir pode ser feito o uso de cimentos resistente a sulfatos

c) Reação álcali-agregado: expansão por ação das reações entre os álcalis do concreto e agregados
reativos.
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8.6- Deterioração da armadura


a) despassivação por carbonatação: por ação do gás carbônico da atmosfera sobre o aço da armadura

b) despassivação por ação de cloretos: ruptura local da camada de passivação, causada pelo elevado
teor de íon-cloro.

A carbonatação no concreto é um dos principais agentes iniciadores da corrosão, provoca alteração na


condição de equilíbrio da alta alcalinidade, havendo assim, redução generalizada do pH para valores
menores que 10.5, ocasionando a susceptibilidade das armaduras (quebra da instabilidade química do
filme de óxidos passivantes) no que tange a corrosão das armaduras.

“As armaduras se encontram passivas em decorrência da elevada alcalinidade do concreto (pH da


ordem de 12 a 13), que favorece a formação de um filme de óxidos submicroscópico passivante,
compacto, resistente e aderente sobre a superfície da armadura, que inviabiliza o desenvolvimento da
corrosão das armaduras no concreto armado”.

A profundidade ou espessura de carbonatação avança progressivamente para o interior do concreto,


formando uma “frente de carbonatação”, que separa duas zonas de pH muito distintas (13 e 8). Danos
causados pela corrosão das armaduras por carbonatação causam expansão, fissuração, destacamentos
do cobrimento, perda da aderência e redução significativa de seção da armadura, subtraindo o
comportamento da vida em serviço da estrutura para qual foi projetada, elevando assim os custos de
manutenção e reparo.

O cobrimento da armadura é uma ação isolante, ou de


barreira, sendo exercida pelo concreto interpondo-se entre o
meio corrosivo e a armadura, principalmente em se tratando
de um concreto bem dosado, pouco permeável, compacto e Cnom
apresentando uma espessura adequada de cobrimento. Estribo
Cnom
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9- Critérios de projeto
Antes de iniciarmos um projeto temos que nos ater a algumas considerações iniciais importantes, essas
considerações irão nos acompanhar até o final desta empreitada e são de extrema valia para um bom
desempenho e durabilidade da nossa edificação.

9.1- Classe de agressividade


A agressividade do meio ambiente está relacionada às ações físicas e químicas que atuam nas
estruturas, independentemente das ações mecânicas, das variações volumétricas de origem térmica,
da retração hidráulica e outras previstas no dimensionamento das estruturas de concreto. Nos
projetos das estruturas correntes, a agressividade ambiental deve ser classificada de acordo com o
apresentado na Tabela 1 e pode ser avaliada, simplificadamente, segundo as condições de exposição
da estrutura ou de suas partes.

De acordo com a NBR 6118-2014 temos de analisar a CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL


(CAA)

Classe de agressividade Ambiental

Classificação geral do tipo de Risco de deterioração da


Classe de agressividade Agressividade
ambiente para efeito de projeto estrutura
Ambiental

Rural
I FRACA Insignificante
Submersa

II MODERADA Urbana (a,b) Pequeno

Marinha (a,b)
III FORTE Grande
Industrial (a,b)

Industrial (a,c)
IV MUITO FORTE Elevado
Respingos de maré

a - Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (uma classe acima) para
ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentos
residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura).

b - Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (uma classe acima) em obras em regiões
de clima seco, com umidade média relativa do ar menor ou igual a 65 %, partes da estrutura protegidas
de chuva em ambientes predominantemente secos ou regiões onde raramente chove.

c - Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em indústrias


de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas.

Tabela 1 – Classe de agressividade ambiental


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9.2- Qualidade do concreto

Com a definição da classe de agressividade ambiental podemos decidir o tipo de concreto empregado
em nossa edificação, a modo de resistir aos esforços mecânicos e cumprir com requisitos de
durabilidade estipulados pela norma vigente no país.

Correspondência entre a classe de agressividade e a qualidade do concreto

Classe de agressividade (Tabela 1)


Concreto Tipo (b,c)
I II III IV

Relação água/cimento CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45


em massa CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,50 ≤ 0,45

Classe de concreto CA ≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40

(ABNT NBR 8953) CP ≥ C25 ≥ C30 ≥ C35 ≥ C40

a O concreto empregado na execução das estruturas deve cumprir com os requisitos estabelecidos na
ABNT NBR 12655.
b CA corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto armado.
c CP corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto protendido.

Tabela 2 – Correspondência entre a classe de agressividade e a qualidade do concreto

Na tabela acima podemos observar a relação entre a qualidade do concreto a agressividade do


ambiente, com esses parâmetros é possível decidir a relação Água/cimento da mistura de
amassamento, que estará ligada diretamente com a resistência do concreto escolhido para a nossa
edificação.

A relação água/cimento deve ser atendida, pois quanto maior o volume de água presente na mistura
menor será a nossa resistência, esse parâmetro pode mudar significativamente as características
mecânicas do concreto, e caso não seja elaborada com um certo controle pode vir a causar problemas
estruturais na edificação.

Obs.: Para se obter o melhor resultado possível na edificação é essencial ter bom conhecimento das
normas, neste conteúdo iremos nos ater apenas nas informações necessárias para a elaboração da
nossa edificação, mas nas normas há inúmeras informações que devem ser lidas e quando necessária
atendidas para o excelente desempenho em serviços de nossos projetos!

Itens da norma que devem ser checados neste ponto do projeto:

De 6 a 7 (NBR 6118-2014)
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9.3- Cobrimento

O cobrimento das armaduras devem seguir alguns critérios para garantir a durabilidade do material,
evitando qualquer tipo de alteração química em sua composição por agentes externos, o cobrimento
deve garantir que a armadura se mantenha com suas características ideais, assim como definidas em
projeto.

Para a definição desses cobrimentos seguimos a tabela abaixo:

Cobrimento das Armaduras

COMPONETE OU ELEMENTO CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL

TIPO DE ESTRUTURA I II III IV

COBRIMENTO NOMINAL EM (mm)

Lajes (b) 20 25 35 45

Vigas/Pilar 25 30 40 50
Concreto Armado
Elementos estruturais em
30 40 50
contato com o solo (d)

Laje 25 30 40 50
Concreto protendido
Viga/Pilar 30 35 45 55

a - Cobrimento nominal da bainha ou dos fios, cabos e cordoalhas. O cobrimento da armadura passiva deve
respeitar os cobrimentos para concreto armado.
b - Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contra-piso, com revestimentos
finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento, como pisos de
elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e outros, as exigências desta Tabela podem ser
substituídas pelas de 7.4.7.5, respeitado um cobrimento nominal ≥ 15 mm.
c - Nas superfícies expostas a ambientes agressivos, como reservatórios, estações de tratamento de água e
esgoto, condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes química e intensamente
agressivos, devem ser atendidos os cobrimentos da classe de agressividade IV.
d - No trecho dos pilares em contato com o solo junto aos elementos de fundação, a armadura deve ter
cobrimento nominal ≥ 45 mm.

Para garantir o cobrimento mínimo (Cmín) o projeto e a execução devem considerar o cobrimento nominal (Cnom)

𝐶𝑛𝑜𝑚 = 𝐶𝑚í𝑛 + ∆𝐶
Nas obras correntes ∆C deve ser maior ou igual a 10mm, que pode ser reduzido para 5mm quando houver um controle
de qualidade adequado e rígido limites de tolerância da variabilidade das medidas durante a execução das estruturas de
concreto.

Tabela 3 – Cobrimento das armaduras


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10- Ações nas estruturas de concreto armado


NBR 8681 – Ações e segurança nas estruturas – Procedimentos

Ações: “causas que provocam o aparecimento de esforços ou deformações nas


estruturas.”
Forças (ações diretas).

Deformações impostas (ações indiretas) são aquelas oriundas de variações de temperatura, retração
e deformação lenta (fluência) do concreto, recalques de apoio, etc.

Classificação: permanentes, variáveis e excepcionais.

10.1- Ações Permanentes Diretas


São constituídas pelo peso próprio e pelos pesos dos elementos construtivos fixos e das instalações
permanentes.

Peso Próprio

Massas específicas:

- concreto simples: 24 kN/m³ (2,4 tf/m3)

- concreto armado: 25 kN/m³ (2,5 tf/m3)

10.2- Ações Permanentes Indiretas


São constituídas pelas deformações impostas por retração e deformação lenta (fluência) do
concreto, deslocamentos de apoio, imperfeições geométricas e protensão.

10.3- Ações variáveis diretas


São constituídas pelas cargas acidentais, pela ação do vento e da águas.

Cargas acidentais são as “Ações variáveis que atuam nas construções em função de seu uso (pessoas,
mobiliário, veículos, materiais diversos, etc.)”. Na BR 6120 constam os valores mínimos a serem
adotados para as cargas acidentais.

10.4- Ações variáveis indiretas


Variação de temperatura

10.5- Ações excepcionais


“As que têm duração extremamente curta e muito baixa probabilidade de ocorrência durante a vida
da construção, mas que devem ser consideradas nos projetos de determinadas estruturas.
Consideram-se como excepcionais as ações decorrentes de causas tais como explosões, choques de
veículos, incêndios, enchentes ou sismos excepcionais.”
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10.6- Coeficiente de ponderação


As ações devem ser majoradas pelo coeficiente de segurança γf . Em construções residenciais
normalmente o cálculo fica muitas vezes simplificado como:

Fd = γg Fgk + γq Fqk

11- O projeto!

O nosso projeto neste material será baseado em um edifício real de 5 Pavimentos (sendo térreo e
mais 4), Todos os pavimentos serão de apartamentos de dois quartos, banheiro, cozinha, área de
serviço, sala de jantar e sala de estar com sacada, cada pavimento com 4 apartamentos de 63,85 m²,
cada pavimento terá uma área de 276,43m², a área total da edificação será de 1382,15m² de área útil!

O local da obra será uma área urbana em desenvolvimento, em zona residencial

J2 J2

VARANDA
Área = 2.98 m2

Área = 2.98 m2
VARANDA
BANHO

BANHO
Área = 2.68 m2 J4 J4 Área = 2.68 m2
J3 J3

P3 P3

DORMITÓRIO A.S. A.S. DORMITÓRIO


J1
J1 Área = 10.40 m2 ESTAR ESTAR Área = 10.40 m2
P2 P2

Área = 8.51 m2 Área = 8.51 m2


sobe
P1 P1

Área = 16.85 m2 Área = 16.85 m2 P1


P1
COZINHA COZINHA
SHAFT
DORMITÓRIO JANTAR P1 P4 P1 JANTAR DORMITÓRIO J1
J1 Área = 10.12 m2 Área = 10.12 m2

P1 P1
HALL
Área = 11.74 m2
P1 P1

DORMITÓRIO DORMITÓRIO
J1 J1
Área = 10.12 m2 P1 J5 J5 P1 Área = 10.12 m2
JANTAR JANTAR

P1 COZINHA COZINHA P1
Área = 16.85 m2 Área = 16.85 m2
P1 P1
Área = 8.51 m2 Área = 8.51 m2

J1 P2 ESTAR ESTAR P2
Área = 2.98 m2

Área = 2.98 m2

DORMITÓRIO A.S. A.S. DORMITÓRIO J1


BANHO

BANHO

Área = 10.40 m2 Área = 10.40 m2


P3 P3

J3 J3
VARANDA VARANDA
Área = 2.68 m2 Área = 2.68 m2

J2 J2

PLANTA BAIXA - PAV. TIPO

Planta do pavimento tipo


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11.1- Como fazer a distribuição dos elementos estruturais em nossa edificação!

Para realizar a locação de cada elemento em nossa edificação, temos que analisar primeiramente
toda a planta de arquitetura, que deverá ser seguida rigorosamente. Sabemos que muitas vezes isso é
complexo, e que a possibilidade de alteração da planta de arquitetura se faz bem mais interessante
que uma solução estrutural mirabolante, porém a grande maioria desses problemas podem ser
solucionados com um pouco de criatividade e lógico, paciência!

11.1.1- Pilares:
Os primeiros elementos que devemos alocar em nossos projetos são os pilares, eles são responsáveis
pelo recebimento de todas as cargas da edificação, e para a distribuição dessas cargas para os
elementos de fundação, que por sua vez dissipam para o solo, porém esses elementos na grande
maioria dos projetos, tendem a ficar escondidos e/ou embutidos em paredes, pois a grande maioria
das pessoas não gosta de ter um pilar no meio da sala não é verdade? E as dicas que vamos te dar são
as seguintes:

-Comece a locação dos pilares pelos vértices principais, nos quatro cantos da edificação.

-Faça a locação dos pilares das áreas comuns tais como: foço de escada, hall de distribuição, foço do
elevador, etc....

-Os pilares internos, coloque-os nas paredes de divisa principais, como por exemplo na divisa entre os
apartamentos.

-Não coloque pilares muito longe e nem muito perto uns dos outros, tente colocar com distâncias
acima de 3 e abaixo de 6 metros de eixo a eixo.

-Verifique o posicionamento dos pilares, tire proveito da inércia deles para aumentar estabilidade da
edificação, posicionando os pilares com o eixo de maior inércia perpendicular ao eixo mais suscetível
as cargas dinâmicas do vento.

11.1.2- Vigas:
As vigas são responsáveis pelo recebimento das cargas das lajes e de alvenarias, elas diferente dos
pilares trabalham individualmente em cada pavimento, ou seja, elas são responsáveis pelas cargas de
apenas um pavimento, não tendo qualquer tipo de ligação com os pavimentos posteriores, com
exceção apenas das vigas de transição, que é um assunto para outro curso!

Para a distribuição desses elementos as dicas que daremos são as seguintes:

-Inicie a locação desses elementos pelas extremidades, fazendo a ligação entre os pilares externos, a
modo de fazer o contorno completo da edificação.

-Evite vigas muito extensas, respeitando a mesma regra dos 6 metros.

-Aproveite a continuidade das vigas, com a continuidade conseguiremos realizar uma distribuição
melhor entre as armaduras e manter seções menores.

-Respeite a largura das paredes

-Procure coloca-las em baixo das alvenarias, para que possamos receber essas cargas diretamente.
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-Quando houver vigas externas, como no caso das sacadas evite vigas com pontas expostas, coloque
sempre uma viga de bordo para dar o arremate.

11.1.3- Lajes:
As lajes, são responsáveis por receber as chamadas cargas de utilização, são os elementos que
efetivamente receberam a grande maioria das cargas produzidas por aqueles que irão utilizar a
edificação, que são nada mais e nada menos do que, cargas das pessoas, móveis, automóveis e
também algumas cargas permanentes, como revestimentos, alvenarias, forros, etc...

Para a distribuição desses elementos as dicas são:

-Colocá-las sempre em um perímetro de vigas

-Evitar balanços muito grandes

-Evitar vãos muito grandes

-Evitar a colocação de muita alvenaria sobre as lajes

11.2- Numeração dos elementos


A numeração dos elementos tem extrema importância para o bom desenvolvimento do projeto,
sendo assim existem alguns procedimentos para a numeração desses elementos para que fiquem o
mais organizado possível, facilitando o entendimento de todos os envolvidos no período de projeto!

A numeração deve começar de CIMA PARA BAIXO e da ESQUERDA PARA A DIREITA!


P1 P2

V201 V202
L201 L202

P3 P6
P4 V203 P5

V218
L203 L204
V229

Locação dos elementos


L205 L206 L207 L208
P7 V204 P8 V206 P9 V205 P10

L210

V223
L209 L211

V224
V225

V222
V227

V226

V220
V221
P11 V207 P12

L212

V219
P13 P14 P15 P16 P17 P18
V208 V209

P19 P20
L213 L218
V210

P21 P24
L214 L215 L216 L217

V211 P22 P23 V212

L219 L220

V217
V229

V213 V214
P25 P28
L221 P26 P27 L222
V215 V216

P29 P30
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12- Pré-dimensionamento das lajes maciças:

O pré-dimensionamento das lajes, é nada mais e nada menos do que uma consideração a ser feita
sobre a sua espessura. Essa estimativa e baseada na relação entre suas vinculações, dimensões e os
parâmetros que encontramos anteriormente.

Para analisarmos essa relação, temos que responder 3 perguntas, essas perguntas irão nos permitir
descobrir se esse painel de laje, é continuo ou não, caso seja continuo, consideraremos cada painel
com suas bordas continuas engastadas, ou seja, quando uma borda for continua o esquema estático
do painel estudado será como a figura abaixo:

LAJE

Engaste (borda contínua)

Corpo da laje

As 3 perguntas são:

1ª – Há Laje vizinha ao lado da borda estudada?

2ª – A laje vizinha está no mesmo nível?

3ª – Mais de 2/3 da borda da laje vizinha é contínua e está no mesmo nível?


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Se todas as perguntas tiverem resposta positivas, a borda da laje que estamos estudando pode ser
considerada contínua, por tanto, com esquema estático de engaste na borda estudada!

Vamos pegar um exemplo:

L201
P1

V201
L201

P3
P4 V203
V218

L203

L205 L206
P7 V204 P8 V206

V223
L210

V222
A laje 201 tem vizinhos na parte de baixo e na lateral esquerda, 1ª pergunta – Positiva
L209
V220

V221
Porém a laje 201 é uma laje de sacada, que por consequência não estará no mesmo nível das demaisP11 V207

2ª pergunta – Negativa, desta forma, não podemos considerar nenhuma das bordas desta laje como
V219

L212
contínua (engastada), tendoP13
qualquer uma das perguntas negativas, se desconsidera a continuidade!
V208 P14 P15
Agora vejamos a laje 203
P19
1ª Tem vizinhos? – Sim, do lado direito L213
e abaixo
V210
2ª A laje vizinha está no mesmo nível? - Sim, com exceção apenas de um trecho da laje 201, porém
todas as demais estãoP21no mesmo nível!
L214 L215
3ª Mais de 2/3 da borda da laje vizinha é contínua e está no mesmo nível? – Sim, apesar de não termos
V211 P22
qualquer tipo de cota no desenho, constatamos nitidamente que há mais de 2/3 da borda contínua e
no mesmo nível.

Neste caso podemos considerar a lajeL219


203 contínua, nas laterais direita e na parte de baixo assim como
V217

mostra a figura abaixo!


V213
P25
L221 P26
V215

P29 LAJE 203

Engaste (Continuidade)
Nas laterais onde não se tem engaste, consideraremos uma borda simplesmente apoiada
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12.1- Pré-dimensionamento das espessuras (Equações)


Tendo entendido todos os passos anteriores podemos partir para os cálculos!

O primeiro cálculo que faremos neste material será o pré-dimensionamento das espessuras, para
realizar esse procedimento seguimos o roteiro de cálculo abaixo!

Calculo da altura útil:

(2,5−0,1.𝑛).𝑙
𝐷 ú𝑡𝑖𝑙 =
100
Sendo:

n= Número de bordas engastadas

𝑙 = É o menor valor entre o Lx e 0,7.Ly (Lx é o menor vão ou o vão que tiver o maior número de
engastes)

A constante de 2,5 (cm) é a soma dos valores de cobrimento e da bitola de 10 mm (Bitola máxima
geralmente utilizada nas lajes)

A espessura será então finalizada com a equação abaixo:

(𝐻 = 𝐷 ú𝑡𝑖𝑙 + 2,5) ≥ 8 𝑐𝑚
A espessura da laje, de acordo com norma NBR 6118-2014 tem de ser maior ou igual a 8 cm, para as
lajes piso e 10 cm para as lajes piso em balanço.

12.2- Pré-dimensionamento das espessuras – Mãos à obra!

Como já estamos craques nos passos anteriores, podemos partir para os cálculos de verdade, vamos
lá?

12.2.1- L201=L202=L221=L222 (Laje da sacada)


Nesta laje não temos engaste, portanto, a espessura
será:

n=0 L201
(2,5−0,1.0).105
𝐷 ú𝑡𝑖𝑙 = = 2,625
100
(𝐻 = 2,625 + 2,5) = 5,13 ≤ 8 𝑐𝑚 ∴ 8 𝑐𝑚
L203
Obs.: Como a espessura calculada está abaixo da espessura mínima adotaremos a espessura mínima
(8 cm)

L205
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12.2.2- L203=L204=L219=L220
Nesta laje temos engaste na lateral direita e embaixo, portanto a espessura será:

n=2

Verificação da regra dos 2/3:


3,92 2
= 0,81 ≥ ∴ 𝐸𝑛𝑔𝑎𝑠𝑡𝑒 L
4,85 3

2,71 2
3,75
= 0,72 ≥ ∴ 𝐸𝑛𝑔𝑎𝑠𝑡𝑒
3
L203

Encontrando o "𝑙"

𝑙 = 𝑙𝑥 𝑜𝑢 0,70 𝑙𝑦 (𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠)

𝑙𝑥 = 375
0,70 𝑥 485(𝑙𝑦) = 340

(2,5−0,1.2).340
L209
𝐷 ú𝑡𝑖𝑙 = = 7,82
100
(𝐻 = 7,82 + 2,5) = 10,3 ≥ 8 𝑐𝑚 ∴ 10 𝑐𝑚
Obs.: Adotaremos 10 cm, um valor um pouco abaixo do calculado, todavia desta forma podemos
L201mantê-la!
verificar mais a frente se será necessário aumentar essa espessura, ou se poderemos

12.2.3- L205=L208=L214=L217 L213


L203 esquerda e
Nesta laje temos engaste na lateral direita,
embaixo, o Lx será neste caso, o vão com maior número de
engastes (3,00 m), portanto a espessura será:

n=3

Encontrando o "𝑙"
L205 L206
𝑙 = 𝑙𝑥 𝑜𝑢 0,70 𝑙𝑦 (𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠)

𝑙𝑥 = 300
0,70 𝑥 555(𝑙𝑦) = 388 cm
L209 L219

(2,5−0,1.3).300
𝐷 ú𝑡𝑖𝑙 = = 6,60
100 L
(𝐻 = 6,6 + 2,5) = 9,1 ≥ 8 𝑐𝑚 ∴ 9 𝑐𝑚

NUMERAÇÕES DAS
L213
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L201
12.2.4- L206=L207=L215=L216
Nesta laje temos engaste na lateral esquerda e embaixo, o Lx será
neste caso, o menor vão (2,22 m), portanto a espessura será:

n=2
L203
Encontrando o "𝑙"

𝑙 = 𝑙𝑥 𝑜𝑢 0,70 𝑙𝑦 (𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠)


𝑙𝑥 = 222 𝑐𝑚
0,70 𝑥 555(𝑙𝑦) = 388 cm L205 L206

(2,5−0,1.2).222
𝐷 ú𝑡𝑖𝑙 = = 5,11 L210 L2
100
L209
(𝐻 = 5,11 + 2,5) = 7,6 ≤ 8 𝑐𝑚 ∴ 8 𝑐𝑚
Obs.: Não há engaste do lado direito, pois não tem laje, por se
tratar do foço da escada! L203
LE
Ca

12.2.5- L209=L211=L213=L218
Nesta laje temos engaste na lateral direita, em cima L
e embaixo, L213
o Lx será neste caso, será o vão com
maior número de engastes (2,84m), portanto a
espessura será:

n=3
L214 L209 L215
Encontrando o "𝑙"

𝑙 = 𝑙𝑥 𝑜𝑢 0,70 𝑙𝑦 (𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠)


𝑙𝑥 = 284 𝑐𝑚
0,70 𝑥 392(𝑙𝑦) = 274 𝑐𝑚
L219
(2,5−0,1.3).274
𝐷 ú𝑡𝑖𝑙 = = 6,03 𝑐𝑚
100 L213
L221
(𝐻 = 6,03 + 2,5) = 8,53 ≥ 8 𝑐𝑚 ∴ 9 𝑐𝑚
L

NUMERAÇÕES DAS LAJES E ESPESSU


L219
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33

05 12.2.6- L210 (única)


L206
Nesta laje temos engaste na lateral esquerda e embaixo, o Lx será neste caso o menor vão (1,07 m),
portanto a espessura será:

n=2

Encontrando o "𝑙"

𝑙 = 𝑙𝑥 𝑜𝑢 0,70 𝑙𝑦 (𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠)


𝑙𝑥 = 107 𝑐𝑚
L201 L210
0,70 𝑥 134(𝑙𝑦) = 94 𝑐𝑚

(2,5−0,1.2).94
𝐷 ú𝑡𝑖𝑙 = = 2,15 𝑐𝑚
100

(𝐻 = 2,15 + 2,5) = 4,65 ≤ 8 𝑐𝑚 ∴ 8 𝑐𝑚

Obs.: Não há engaste do lado direito, pois não tem laje, por se tratar do foço do shaft! L212
L205 L206 Esp.: 8 cm
Carga: 6 Kn/m² L2

12.2.7- L212 (única)


L210
Nesta laje temos engaste na lateral esquerda e direita, o Lx será neste caso, será o vão com maior
número de engastes (3,29m), portanto a espessura será:

n=2

Encontrando o "𝑙"

𝑙 = 𝑙𝑥 𝑜𝑢 0,70 𝑙𝑦 (𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠)

𝑙𝑥 = 329 𝑐𝑚
L212
0,70 𝑥 238(𝑙𝑦) = 167 𝑐𝑚

14 L215
(2,5−0,1.2).167
𝐷 ú𝑡𝑖𝑙 = = 3,84 𝑐𝑚
100

(𝐻 = 3,84 + 2,5) = 6,35 𝑐𝑚 ≤ 8 𝑐𝑚 ∴ 8 𝑐𝑚


Obs.: Não há engaste em cima, o trecho que há laje é inferior a 2/3 do vão!
L214 L215 L2
L201
Esp.: 8cm
L202
Esp.: 8cm

L203 L204
Esp.: 10 cm
Esp.: 10 cm

L205 L206 L207 L208


Esp.: 8 cm Esp.: 9 cm
Esp.: 9 cm Esp.: 8 cm

L210
Esp.: 8 cm

L209 L211
Esp.: 8 cm Esp.: 8 cm

L212
Esp.: 8 cm

L213 L218
Esp.: 8 cm Esp.: 8 cm

L214 L215 L216 L217


Esp.: 9 cm Esp.: 8 cm
Esp.: 8 cm Esp.: 9 cm

L219 L220
Esp.: 10 cm Esp.: 10 cm

L221 L222
Esp.: 8cm Esp.: 8cm
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NUMERAÇÕES DAS LAJES E ESPESSURAS


34
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35

NBR 6120/1980

Tabela 2 - Valores mínimos das cargas verticais


2
Unid.: kN/m

Local Carga

1 Arquibancadas 4

2 Balcões Mesma carga da peça com a qual se comunicam e as -


Previstas em 2.2.1.5

3 Bancos Escritórios e banheiros 2


Salas de diretoria e de gerência 1,5

Sala de leitura 2,5


Sala para depósito de livros 4
4 Bibliotecas Sala com estantes de livros a ser determinada em cada caso ou 2,52 kN/m
por metro de altura observado, porém o valor mínimo de 6

5 Casas de (incluindo o peso das máquinas) a ser determinada


máquinas em cada caso, porém com o valor mínimo de 7,5

Plateia com assentos fixos 3


6 Cinemas Estúdio e plateia com assentos móveis 4
Banheiro 2

Sala de refeições e de assembleia com assentos fixos 3


7 Clubes Sala de assembleia com assentos móveis 4
Salão de danças e salão de esportes 5
Sala de bilhar e banheiro 2

Com acesso ao público 3


8 Corredores Sem acesso ao público 2

9 Cozinhas não A ser determinada em cada caso, porém com o mínimo de


residenciais 3

A ser determinada em cada caso e na falta de valores experimentais


10 Depósitos Conforme o indicado em 2.2.1.3 -

11 Edifícios Dormitórios, sala, copa, cozinha e banheiro 1,5


residenciais Despensa, área de serviço e lavanderia 2

12 Escadas Com acesso ao público (ver 2.2.1.7) 3


Sem acesso ao público 2,5

Anfiteatro com assentos fixos


13 Escolas Corredor e sala de aula 3
Outras salas 2

14 Escritórios Salas de uso geral e banheiro 2

15 Forros Sem acesso a pessoas 0,5

16 Galerias de A ser determinada em cada caso, porém com o mínimo


3
arte
17 Galerias de A ser determinada em cada caso, porém com o mínimo 3
lojas

18 Garagens e Para veículos de passageiros ou semelhantes com carga máxima de


estacionamentos 25 kN por veículo. Valores de indicados em 2.2.1.6 3

19 Ginásios de
esportes 5
/continua – Consultar norma
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36

13- Carga nas lajes


Para as cargas de utilização nas lajes, devemos seguir a tabela acima (Tabela 2 – NBR 6120 – Cargas
para cálculo das estruturas de edificações).

Teremos 2 tipos principais de cargas na nossa edificação: Cargas permanente e Cargas de utilização,
também conhecida como sobrecarga.

Entre as cargas permanentes temos: Peso próprio do elemento, revestimento e alvenarias

Nas cargas de utilização temos: móveis, automóveis, pessoas e qualquer outra carga que ocorra
eventualmente na edificação!

Cargas

PERMANENTES:

Peso próprio das lajes: Espessura (m) x Gama do concreto armado (25 kN)

Cargas de alvenaria sobre laje:


(𝑆𝑂𝑀𝐴 𝐿𝐼𝑁𝐸𝐴𝑅 𝐷𝐴𝑆 𝑃𝐴𝑅𝐸𝐷𝐸𝑆) 𝑥 𝑃.𝐷 𝑥 𝑃𝐸𝑆𝑂 𝑃𝐴𝑅𝐸𝐷𝐸
= "𝑋" 𝑘𝑁/m²
(Á𝑅𝐸𝐴 𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 𝐷𝐴 𝐿𝐴𝐽𝐸)

Revestimento: 1 Kn/m² (Valor fixo para todo o projeto)

CARGAS VARIÁVEIS (Sobrecarga)

De acordo com a utilização do ambiente (Tabela 2)


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37

13.1- Laje 201


Cargas permanentes

P.P = 0,08 x 25 =2 KN/m²


J2
Revestimento= 1 KN/m²

Total: 3,0 KN/m²


VARANDA
Área = 2.98 m2
BANHO

Cargas variáveis
Área = 2.68 m2 Tabela 2J3
– Sacadas: 2 KN J4
Total geral: 5 KN/m²
P3

A.S.
ESTAR
2
13.2- Laje 203
Área = 8.51 m2
J2
sobe
Cargas permanentes

P.P = 0,10 x 25 =2,5 KN/m²


VARANDA
Área = 2.98 m2
BANHO

Área = 16.85 m2 Área (3,75+1,45)𝑥2,8𝑥1,8


Alvenaria=
= 2.68 m2
J3
= 1,43 𝑘𝑁/m² J4
P1
COZINHA
(3,75 𝑥 4,85)
P3
Revestimento= 1 KN/m²
DORMITÓRIO Total: 4,93 KN/m² A.S.
J1 Área = 10.40 m2 ESTAR
Cargas variáveis
JANTAR P2
P1
Tabela 2 – Dormitórios: 1,5 KN/m²
P4
Área = 8.51 m2
sobe
P1 Total geral: 6,43 KN/m²

Área = 16.85 m2
P1 P1COZINHA
HAL
DORMITÓRIO JANTAR
J1 Área = 10.12 m2
P1
Área
P4 = 1

P1
P1
H
Área
P1

P1 J5
J1 JANTAR
DORMITÓRIO
Área = 10.12 m2 J5
P1
JANTAR
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38

J2

13.3- Laje 205


VARANDA
Área = 2.98 m2

VARANDA
BANHO

Área = 2.68 m2 J4 J4 Área = 2.68 m


J3 J3

P3 P3

TÓRIO A.S. Cargas permanentes A.S.


10.40 m2 ESTAR ESTAR
P.P = 0,09 x 25 =2,25 KN/m²
P2

Revestimento=
Área = 8.51 m2 1 KN/m² Área = 8.51 m2
sobe
P1 Total: 3,25 KN/m²
Área = 16.85 m2 Cargas variáveis Área = 16.85
P1
COZINHA COZINHA
Tabela 2 – Sala de estar: 1,5 KN/m²
SHAFT
DORMITÓRIO JANTAR P1 P4 P1 JANTAR
Área = 10.12 m2 Total geral: 4,75 KN/m²

P1 P1
HALL
Área = 11.74 m2
P1 P1

VARANDA
DORMITÓRIO VAR
Área
Área== 2.68 m2 13.4- Laje 206
10.12 m2 P1 J4 J5
J4 J5 P1 Área
JANTAR
J3 J3 JANTAR

P3
P1 COZINHA Cargas permanentes COZINHA
Área = 16.85 m2 Área = 16.85
P1
A.S. P.P = 0,08 x 25 =2,0 KN/m² A.S.
ESTAR Área = 8.51 m2
(2,22+2,22)𝑥2,8𝑥1,8
Área = 8.51 m2
E
Alvenaria= (5,55 𝑥 2,22)
= 1,82 𝑘𝑁/m²
P2 ESTAR ESTAR
Revestimento= 1 KN/m²
Área = 8.51 m2 Área =A.S.
8.51 m2
Área = 2.98 m2

TÓRIO A.S.
BANHO

a = 10.40 m2 sobe
Total: 4,82 KN/m²
P3 P3

J3 Cargas variáveis J3
VARANDA VARAND
Área = 16.85 m2 Área = 2.68 m2 Tabela 2 – Cozinha/A.S: 2,0 KN/m² Área = Áre
2.68
COZINHA COZINHA
J2 Total geral: 6,82 KN/m²
SHAFT
NTA
JANTARBAIXA
P1 - PAV. TIPO
P4 P1 J

P1 P1
HALL
Área = 11.74 m2
P1 P1

P1 J5 J5 P1
JANTAR J
Área =
P3

B
DORMITÓRIO
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A.S. 39
J1 Área = 10.40 m2 ESTAR
P2

13.5- Laje 209 Área = 8.51 m2


sobe
P1
Cargas permanentes
J4 P1
J4Área = 16.85 m2 J3
P.P = 0,08 x 25 =2,0 KN/m² COZINHA
Revestimento= 1 KN/m²
DORMITÓRIO JANTAR
Total: 3,0 KN/m² P1 P4
J1 Área = 10.12 m2
Cargas variáveis

Tabela 2 – Dormitório: 1,5 KN/m² A.S. P1

Total geral: 4,50 KN/m²


HALL
Área = 11
P1

DORMITÓRIO
m2 J1
Área = 10.12 m2
JANTAR
Área
P1 = 8.51 m2J5
sobe
P1 COZINHA
Área = 16.85 m2
13.6- Laje 210 P1
Área = 8.51 m2
Cargas permanentes

A P.P = 0,08 x 25 =2,0 KN/m² COZINHA


J1 P2 ESTAR
Revestimento= 1 KN/m²
SHAFT
Área = 2.98 m2

DORMITÓRIO A.S.
BANHO

Total: 3,0 KN/m²


Área = 10.40 m2
P3 Cargas variáveis
P4 J3
P1
Tabela 2 – Corredores: 3,0 KN/m2
VARANDA
Área geral:
Total = 2.686,0
m2KN/m²

J2

P1 P1
PLANTAHALL
BAIXA - PAV. TIPO
Área = 11.74 m2
P1 P1

J5 J5 P1
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Área = 16.85 m2
OZINHA COZINHA 40

SHAFT
13.7- Laje
P4 212 P1 JANTAR
Cargas permanentes

P.P = 0,08 x 25 =2,0 KN/m²

Revestimento= 1 KN/m²
P1 P1
HALL Total: 3,0 KN/m²

Área = 11.74 m2 Cargas variáveis

P1 Tabela 2 – Hall c/ acesso: 3,0 KN/m²


P1
Total geral: 6,0 KN/m²

J5 J5 P1
JANTAR

ZINHA COZINHA
CARGAS ATUANTES NAS LAJES
CARGA
LAJE ESPESSURA (cm) AMBIENTE (kN/m²) Área = 16.85 m2
L201=L202=L221=L222 8 SACADA 5
= 8.51 m2 L203=L204=L219=L220 10 Área = 8.51
DORMITÓRIO m26,43
L205=L208=L214=L217 9 SALA DE ESTAR 4,75
L206=L207=L215=L216 8 COZINHA/A.S 6,82
L209=L211=L213=L218 8 DORMITÓRIO 4,5
L210 8 CORREDOR C/ ACESSO 6 ESTAR
L212 8 HALL C/ ACESSO 6
A.S. Tabela 3 - cargas nas lajes
A.S.
P3

J3 J3
VARANDA
Área = 2.68 m2

TIPO
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41

14- Reações nas lajes


Para o cálculo das reações nas lajes iremos utilizar a tabela de Marcus, com ela poderemos nos casos
das lajes armadas em duas direções, trabalhar com a consideração de solidariedade entre as
armaduras, ou seja, as armaduras trabalhando em conjunto para resistir aos esforços solicitantes.

Como utilizar a tabela:

1° Passo!

Encontrar a relação Ly/Lx, essa é informação de entrada para a utilização da tabela, a tabela tem uma
variação de 0,50 até 2, para 6 diferentes tipos de lajes, de diferentes tipos de engastamento, quando
o valor dessa relação for superior a 2, a laje será armada em apenas uma direção, descartando a
utilização da tabela, ou seja, poderemos fazer a análise por estática simples!

Seguiremos o exemplo da laje 203

Relação Ly/Lx
L201
4,85
= 1,29
3,75

L203

L205 L206

L209

L213

L214 L215
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42

Nossa laje é do tipo “3” na tabela de Marcus, ou seja, duas bordas livre e duas engastadas ou
contínuas!

O resultado da nossa relação ly/lx = 1,29, como indica a figura acima, podemos encontrar
todos os demais fatores para a composição das equações de momentos positivos e
negativos, esses fatores são:

Kx – Esse fator é o grau de solidariedade entre as duas dimensões que compõe o elemento,
quanto maior for a relação entre ly e lx, maior será esse fator!

mx- Esse fator será responsável pela parcela do momento positivo na direção “x” do nosso
painel de laje.
nx- Esse fator será responsável pela parcela do momento negativo na direção “x” do painel
de laje, esse fator só será necessário para painéis com uma ou mais bordas engastadas!
my- Esse fator será responsável pela parcela do momento positivo na direção “y” do nosso
painel de laje
ny- Esse fator será responsável pela parcela do momento negativo na direção “y” do painel
de laje, esse fator só será necessário para painéis com uma ou mais bordas engastadas!
Encontrando todos esses valores podemos partir para composição das equações de
momento positivo, negativo e reações de apoio!

A primeira laje que vamos analisar é a 201=202=221=222

Carga: 5 kN/m²
J2
B

VARANDA
Área = 2.98 m2
BANHO

Área = 2.68 m2 J4
J3
A

P3
ʎ=ly/lx - ʎ=3,0/1,05= 2,85 (Laje armada em uma direção!)

A.S.
Obs.: Como o valor é superior a dois faremos a resolução por estática simples!

𝑀𝑥 =
q.lx²
8
, ESTAR
𝑀𝑥 =
5 . 1,05²
8
= 0,70 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚

P2 𝑅𝑥 =
q.lx
, 𝑅𝑥 =
5 . 1,05
= 2,63 𝑘𝑁/𝑚
2 2

𝑅𝑦 = 𝑞 . 0,3; 𝑅𝑦 = 5 . 0,3 = 1,5 𝑘𝑁/𝑚 Área = 8.51 m2


sobe

Área = 16.85 m2
P1
COZINHA
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43

Laje: 203=204=219=220
Carga: 6,5 kN/m²
J2

A
VARANDA

Área = 2.98 m2
BANHO
Área = 2.68 m2 J4
J3

P3

DORMITÓRIO A.S.

L
J1 Área = 10.40 m2 ESTAR
P2

Área = 8.51 m2
sobe
P1

B
Área = 16.85 m2
P1
COZINHA
A B

DORMITÓRIO JANTAR P1 P4
J1 Área = 10.12 m2
L

P1

ʎ=ly/lx - ʎ=4,85/3,75= 1,29 (Laje armada em duas direções!)


Á
Laje com duas bordas engastadas, tabela 3 (Marcus) P1

Valores dos coeficientes para (1,29):


DORMITÓRIO
J1
Kx=0,735; mx=24,40;Área
my=40,61;
= 10.12nx=10,89;
m2 ny=18,12 P1 J5
JANTAR

Cálculos de momentos fletores positivos eP1negativos no eixo “x”! COZINHA


q.lx² 6,5 . 3,75² Área = 16.85 m2
𝑀𝑥 = , 𝑀𝑥 = = 3,74 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚
mx 24,40 P1
Área = 8.51 m2
−q.lx² −6,5 . 3,75²
𝑋𝑥 = , 𝑋𝑥 = = −8,39 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚
nx 10,89
J1 P2 ESTAR
Área = 2.98 m2

DORMITÓRIO A.S.
BANHO

Cálculos da reação de apoio em “x”


Área = 10.40 m2
P3
𝑃𝑥 = 𝐾𝑥 . 𝑞 , 𝑃𝑥 = 0,735 . 6,5 = 4,78 𝑘𝑁/𝑚,
J3
Sendo Px: Parcela equivalente da carga total considerandoVARANDA
a solidariedade entre as duas
armaduras do painel. Área = 2.68 m2

𝑃𝑦 = 𝑞 − 𝑃𝑥, 𝑃𝑦 = 6,5 − 4,78 = 1,72


J2 𝑘𝑁/𝑚,

PLANTA BAIXA - PAV. TIPO


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44

Sendo Py: Parcela equivalente da carga total considerando a solidariedade entre as duas
armaduras do painel.

DESLOCAMENTO (FLECHAS) NAS LAJES


Tipo Deslocamento (Flecha)
A B 𝑝 . 𝑙𝑥 𝑝 . 𝑙𝑥² 5 . 𝑃 . 𝑙4
𝑅𝐴 = 𝑀𝑥 = 𝑓=
2 8 384 . 𝐸 . 𝐼
L
𝑝 . 𝑙𝑥 𝑋𝑥 = 0
𝑅𝐵 =
2
A B 3. 𝑝. 𝑙𝑥 𝑝 . 𝑙𝑥² 2 . 𝑃 . 𝑙4
𝑅𝐴 = 𝑀𝑥 = 𝑓=
8 14,22 384 . 𝐸 . 𝐼
L 5. 𝑝. 𝑙𝑥 𝑝 . 𝑙𝑥²
𝑅𝐵 = 𝑋𝑥 =
8 8
A B 𝑝 . 𝑙𝑥 𝑝 . 𝑙𝑥² 𝑃 . 𝑙4
𝑅𝐴 = 𝑀𝑥 = 𝑓=
2 24 384 . 𝐸 . 𝐼
L 𝑝 . 𝑙𝑥 𝑝 . 𝑙𝑥²
𝑅𝐵 = 𝑋𝑥 =
2 12

3 .Px .lx 3 . 4,78 . 3,75


𝑅𝑎𝑥 = , 𝑅𝑎𝑥 = = 6,72 𝑘𝑁/𝑚,
8 8

5 .Px .lx 5 . 4,78 . 3,75


𝑅𝑒𝑥 = , 𝑅𝑒𝑥 = = 11,20 𝑘𝑁/𝑚,
8 8

Cálculos de momentos fletores positivos e negativos no eixo “y”!


q.lx² 6,5 . 3,75²
𝑀𝑦 = , 𝑀𝑦 = = 2,25 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚
my 40,61

−q.lx² −6,5 . 3,75²


𝑋𝑦 = , 𝑋𝑦 = = −5,04 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚
ny 18,12
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45

Cálculos da reação de apoio em “Y”

3 .Py .ly 3 . 1,72 . 4,85


𝑅𝑎𝑦 = , 𝑅𝑎𝑦 = = 3,13 𝑘𝑁/𝑚,
8 8

5 .Py .ly 5 . 1,72 . 4,85


𝑅𝑒𝑦 = , 𝑅𝑒𝑦 = = 5,21 𝑘𝑁/𝑚,
8 8

Lajes: 205=208=214=217
J2
Carga: 5 kN/m²
VARANDA
Área = 2.98 m2

VARANDA
BANHO

Área = 2.68 m2 J4 J4 Área = 2.68 m2


J3 J3

P3 P3

A.S. A.S.
ESTAR ESTAR
P2

Área = 8.51 m2 Área = 8.51 m2


sobe
P1

Área = 16.85 m2 Área = 16.85 m2


P1
COZINHA COZINHA
SHAFT
MITÓRIO JANTAR P1 P4 P1 JANTAR
= 10.12 m2

P1 P1
HALL
Área = 11.74 m2
P1 P1

MITÓRIO
= 10.12 m2 P1 J5 J5 P1
JANTAR JANTAR
ʎ=ly/lx - ʎ=5,55/3,00= 1,85 (Laje armada em duas direções!)
P1 COZINHA COZINHA
Laje com três bordas engastadas, tabela 5 (Marcus)
Área = 16.85 m2 Área = 16.85 m2
P1
Valores dos coeficientes para
Área (1,85):
= 8.51 m2 Área = 8.51 m2

Kx=0,96; mx=27,09; my=109,63; nx=12,50; ny=57,67


P2 ESTAR ESTAR
Área = 2.98 m2

A.S. A.S.
BANHO

0 m2
P3 P3

J3 J3
VARANDA VARANDA
Área = 2.68 m2 Área = 2.68 m2

J2
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46

Cálculos de momentos fletores positivos e negativos no eixo “x”!


q.lx² 5 . 3,0²
𝑀𝑥 = , 𝑀𝑥 = = 1,66 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚
mx 27,09

−q.lx² −5 . 3,0²
𝑋𝑥 = , 𝑋𝑥 = = −3,60 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚
nx 12,50

Cálculos da reação de apoio em “x”


𝑃𝑥 = 𝐾𝑥 . 𝑞 , 𝑃𝑥 = 0,96 . 5 = 4,8 𝑘𝑁/𝑚,
Sendo Px: Parcela equivalente da carga total considerando a solidariedade entre as duas
armaduras do painel.

𝑃𝑦 = 𝑞 − 𝑃𝑥, 𝑃𝑦 = 5 − 4,8 = 0,2 𝑘𝑁/𝑚,


Sendo Py: Parcela equivalente da carga total considerando a solidariedade entre as duas
armaduras do painel.

Px . lx 4,8 . 3,0
𝑅𝑒𝑥 = , 𝑅𝑒𝑥 = = 7,2 𝑘𝑁/𝑚,
2 2

Cálculos de momentos fletores positivos e negativos no eixo “y”!


q.lx² 5 . 3,0²
𝑀𝑦 = , 𝑀𝑦 = = 0,41 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚
my 109,63

−q.lx² −5 . 3,0²
𝑋𝑦 = , 𝑋𝑦 = = −0,78 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚
nx 57,67

Cálculos da reação de apoio em “y”

3 .Py .ly 3 . 0,20 . 5,55


𝑅𝑎𝑦 = , 𝑅𝑎𝑦 = = 0,693 𝑘𝑁/𝑚,
8 8
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47

5 .Py .ly 5 . 0,20 . 5,55


𝑅𝑒𝑦 = , 𝑅𝑒𝑦 = = 0,416 𝑘𝑁/𝑚,
8 8

Lajes: 206=207=215=216
Carga: 6,9 kN/m²

ANDA VARAND
= 2.68 m2 J4 J4 Área = 2.68
J3 J3

3 P

A.S. A.S.
AR ESTAR

Área = 8.51 m2 Área = 8.51 m2


sobe

= 16.85 m2 Área = 16
COZINHA COZINHA
SHAFT
NTAR P1 P4 P1 JANTA

P1 P1
HALL
Área = 11.74 m2
P1 P1
ʎ=ly/lx - ʎ=5,55/2,22= 2,5 (Laje armada em uma direção!)
Obs.: Como o valor é superior a (2) faremos a resolução por estática simples!
P1 J5 J5 P1
NTAR q.lx²
𝑀𝑥 = 14,22 ,
6,9 . 2,22²
𝑀𝑥 = 14,22 = 2,39 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚 JANTA
q.lx² 6,9 . 2,22²
𝑋𝑥 = ,, 𝑋𝑥 = = 4,25 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚 ,
COZINHA
8 8
COZINHA
5.q.lx 5 .6.9 .2,22
= 16.85 m2 𝑅𝑒𝑥 = 8
, 𝑅𝑥 = 8
= 9.57 𝑘𝑁/𝑚 Área = 16

𝑅𝑎𝑥Área
= 8= 8.51 m2 Área = 8.51 m2
3.q.lx 3 .6.9 .2,22
, 𝑅𝑥 = = 5.74 𝑘𝑁/𝑚
8

𝑅𝑎𝑥 = 03 . 𝑞 𝑅𝑥 = 0.3 . 6.9 = 2.07 𝑘𝑁/𝑚


STAR ESTA

A.S. A.S.
BA
Área =
P3
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DORMITÓRIO A.S. 48
J1 Área = 10.40 m2 ESTAR
P2
Laje: 209=211=213=218 Área = 8.51 m2
sobe
Carga: 4,5 kN/m² P1

Área = 16.85 m2
P1
COZINHA

DORMITÓRIO JANTAR P1 P4
J1 Área = 10.12 m2

P1
H
Área
P1

DORMITÓRIO
J1
Área = 10.12 m2 P1 J5
JANTAR
ʎ=ly/lx - ʎ=3,92/2,84= 1,38 (Laje armada em duas direções!)
Laje com três bordas engastadas, tabela 5 (Marcus)
Valores dos coeficientes para (1,38):
P1 COZINHA
Área = 16.85 m2
Kx=0,879; mx=31,02; my=69,10; nx=13,65; ny=34,67
P1
Área = 8.51 m2

J1 Cálculos de momentos fletores


P2 positivos e negativos no eixo “x”!
ESTAR
q.lx² 4,5 . 2,84²
𝑀𝑥 = mx , 𝑀𝑥 = = 1,17 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚
Área = 2.98 m2

DORMITÓRIO A.S.
BANHO

31,02
Área = 10.40 m2
−q.lx² −4,5 . 2,84² P3
𝑋𝑥 = , 𝑋𝑥 = = −2,65 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚
nx 13,65
J3
VARANDA
Área = 2.68 m2
Cálculos da reação de apoio em “x”
𝑃𝑥 = 𝐾𝑥 . 𝑞 , 𝑃𝑥 = 0,879 . 4,5J2
= 3,95 𝑘𝑁/𝑚,

PLANTA BAIXA - PAV. TIPO


Sendo Px: Parcela equivalente da carga total considerando a solidariedade entre as duas
armaduras do painel.

𝑃𝑦 = 𝑞 − 𝑃𝑥, 𝑃𝑦 = 4,5 − 3,95 = 0,55 𝑘𝑁/𝑚,


Sendo Py: Parcela equivalente da carga total considerando a solidariedade entre as duas
armaduras do painel.
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49

Px . lx 3,95 . 2,84
𝑅𝑒𝑥 = , 𝑅𝑒𝑥 = = 5,61 𝑘𝑁/𝑚,
2 2

Cálculos de momentos fletores positivos e negativos no eixo “y”!


q.lx² 4,5 . 2,84²
𝑀𝑦 = , 𝑀𝑦 = = 0,52 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚
my 69,10

−q.lx² −4,5 . 2,84²


𝑋𝑦 = , 𝑋𝑦 = = −1,05 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚
ny 34,67

J4 J4 J3
Cálculos da reação de apoio em “y”

3 .Py .ly 3 . 0,55 . 3,92


𝑅𝑎𝑦 = , 𝑅𝑎𝑦 = = 0,81 𝑘𝑁/𝑚,
. 8 8
A.S.
5 .Py .ly 5 . 0,55 . 3,92
𝑅𝑒𝑦 = , 𝑅𝑒𝑦 = = 1,35 𝑘𝑁/𝑚,
8 8

.51 m2 Área = 8.51 m2


Laje 210
sobe
Carga: 6 kN/m²

NHA COZINHA
SHAFT
P4 P1

ʎ=ly/lx - ʎ=1,35/1,07= 1,26 (Laje armada em duas direções!)


P1 P1
HALL
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50

Laje com duas bordas engastadas, tabela 3 (Marcus)


Valores dos coeficientes para (1,26):
Kx=0,716; mx=25,18; my=39,98; nx=11,17; ny=17,74

Cálculos de momentos fletores positivos e negativos no eixo “x”!


q.lx² 6 . 1,07²
𝑀𝑥 = , 𝑀𝑥 = = 0,27 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚
mx 25,58

−q.lx² −6 . 1,07²
𝑋𝑥 = , 𝑋𝑥 = = −0,61 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚
nx 11,17

Cálculos da reação de apoio em “x”


𝑃𝑥 = 𝐾𝑥 . 𝑞 , 𝑃𝑥 = 0,716 . 6 = 4,3 𝑘𝑁/𝑚,

Sendo Px: Parcela equivalente da carga total considerando a solidariedade entre as duas
armaduras do painel.

𝑃𝑦 = 𝑞 − 𝑃𝑥, 𝑃𝑦 = 6 − 4,3 = 1,7 𝑘𝑁/𝑚,


Sendo Py: Parcela equivalente da carga total considerando a solidariedade entre as duas
armaduras do painel.

3 .Px .lx 3 . 4,3 . 1,07


𝑅𝑎𝑥 = , 𝑅𝑎𝑥 = = 1,72 𝑘𝑁/𝑚,
8 8

5 .Px .lx 5 . 4,3 . 1,07


𝑅𝑒𝑥 = , 𝑅𝑒𝑥 = = 2,87 𝑘𝑁/𝑚,
8 8

Cálculos de momentos fletores positivos e negativos no eixo “y”!


q.lx² 6 . 1,07²
𝑀𝑦 = , 𝑀𝑦 = = 0,17 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚
my 39,98

−q.lx² −6 . 1,07²
𝑋𝑦 = , 𝑋𝑦 = = −0,39 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚
nx 17,74
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L202
51
Esp.: 8cm
Carga: 5 Kn/m²

Cálculos da reação de apoio em “y”

3 .Py .ly 3 . 1,7 . 1,07


𝑅𝑎𝑦 = , 𝑅𝑎𝑦 = = 0,86 𝑘𝑁/𝑚,
8 8

5 .Py .ly 5 . 1,7 . 1,07


𝑅𝑒𝑦 = , 𝑅𝑒𝑦 = = 1,43 𝑘𝑁/𝑚,
8 8

L206 L207 L208


Laje 212
Carga: 6kN/m²
L210

L212

ʎ=ly/lx - ʎ=2,38/3,29= 0,72 (Laje armada em duas direções!)


L215 L216
Laje com duas bordas paralelas engastadas, tabela 4 (Marcus) L217
Valores dos coeficientes para (0,72):
Kx=0,573; mx=60,42; my=44,34; nx=20,93

Cálculos de momentos fletores positivos e negativos no eixo “x”!


q.lx² 6 . 3,29²
𝑀𝑥 = , 𝑀𝑥 = = 1,07 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚
mx 60,42

−q.lx² −6 . 3,29²
𝑋𝑥 = nx
, 𝑋𝑥 = 20,93
= −3,102 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚

L222
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52

Cálculos da reação de apoio em “x”


𝑃𝑥 = 𝐾𝑥 . 𝑞 , 𝑃𝑥 = 0,573 . 6 = 3,44 𝑘𝑁/𝑚,

Sendo Px: Parcela equivalente da carga total considerando a solidariedade entre as duas
armaduras do painel.

𝑃𝑦 = 𝑞 − 𝑃𝑥, 𝑃𝑦 = 6 − 3,44 = 2,56 𝑘𝑁/𝑚,

Sendo Py: Parcela equivalente da carga total considerando a solidariedade entre as duas
armaduras do painel.

Px . lx 3,44 . 3,29
𝑅𝑒𝑥 = , 𝑅𝑒𝑥 = = 5,66 𝑘𝑁/𝑚,
2 2

Cálculos de momentos fletores positivos e negativos no eixo “y”!


q.lx² 6 . 3,29²
𝑀𝑦 = , 𝑀𝑦 = = 1,46 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚
my 44,34

Cálculos da reação de apoio em “y”

Py .ly 2,56 . 2,38


𝑅𝑎𝑦 = , 𝑅𝑎𝑦 = = 3,05 𝑘𝑁/𝑚,
2 2

14.1- Planta de reações nas lajes


xRax=2,63 kN.m Rax=2,63 kN.mx
0 0
Rax=6,72 kN.m Rax=6,72 kN.m
Mx=0,7 kN.m Mx=0,7 kN.m
Ray=1,5 kN.m Ray=1,5 kN.m Ray=1,5 kN.m Ray=1,5 kN.m
y y
My=0 My=0
Rax=2,63 kN.m Rax=2,63 kN.m
x x

0 0 0 0
Ray=0,42 kN Rey=2,07 kN Rey=2,07 kN Ray=0,42 kN
Mx=3,74 kN.m Mx=3,74 kN.m

y y
0 My=2,25 kN.m Xy=-5,04 kN.m Xx=-3,6 kN.m Xx=-3,6 kN.m Xx=-4,25 kN.m 0 0 Xx=-4,25 kN.m Xx=-3,6 kN.m Xx=-3,6 kN.m Xy=-5,04 kN.m My=2,25 kN.m 0
Ray=3,13 kN Rey=5,21 kN Rex=7,2 kN Rex=7,2 kN Rex=9,57 kN Rax=5,74 kN Rax=5,74 kN Rex=9,57 kN Rex=7,2 kN Rex=7,2 kN Rey=5,21 kN Ray=3,13 kN

y y y y

Rex=11,20 kN Rex=11,20 kN
My=0,41 kN.m My=0 My=0 My=0,41 kN.m
Xx=-8,39 kN.m Xx=-8,39 kN.m

Rex=5,61 kN Rex=5,61 kN
Xx=-2,65 kN.m Xx=-2,65 kN.m
x x x x
Mx=1,66 kN.m Mx=2,39 kN.m Mx=2,39 kN.m Mx=1,66 kN.m
x 0 x
x Rax=1,72 kN

Xy=-0,39 kN.m
Rey=1,43 kN Mx=0,27
Mx=1,17 kN.m Mx=1,17 kN.m
0
Ray=0,86 kN

y
My=0,17
Xx=-0,61 kN.m
Rex=2,87 kN

y y
0 My=0,52 kN.m Xy=-1,05 kN.m Xx=-3,6 kN.m Ray=3,05 kN Xx=-3,6 kN.m Xy=-1,05 kN.m My=0,52 kN.m 0
Ray=0,81 kN Rey=1,35 kN Rex=7,2 kN 0 Rex=7,2 kN Rey=1,35 kN Ray=0,81 kN

Xy=-0,78 kN.m 0 0 Xy=-0,78 kN.m


Rex=5,61 kN Rey=0,7 kN Rey=2,07 kN Rey=2,07 kN Rey=0,7 kN Rex=5,61 kN
My=1,46 kN.m
Xx=-2,65 kN.m Xx=-2,65 kN.m

Xx=-2,65 kN.m Xx=-2,65 kN.m


Rey=0,7 kN Rey=2,07 kN x Rey=2,07 kN Rey=0,7 kN
Rex=5,61 kN Rex=5,61 kN
Xy=-0,78 kN.m 0 Mx=1,07 kN.m Rex=5,66 kN 0 Xy=-0,78 kN.m
Rex=5,66 kN
Xx=-3,102 kN.m Xx=-3,102 kN.m

Ray=3,05 kN
Ray=0,81 kN Rey=1,35 kN Rex=7,2 kN Rex=7,2 kN Rey=1,35 kN Ray=0,81 kN
Xy=-1,05 kN.m 0 Xy=-1,05 kN.m
0 My=0,52 kN.m Xx=-3,6 kN.m Xx=-3,6 kN.m My=0,52 kN.m 0
y y

Mx=1,17 kN.m Mx=1,17 kN.m

x x
Mx=1,66 kN.m Mx=2,39 kN.m Mx=2,39 kN.m Mx=1,66 kN.m
x x x x
Xx=-2,65 kN.m Xx=-2,65 kN.m
Rex=5,61 kN Rex=5,61 kN

Xx=-8,39 kN.m My=0,41 kN.m My=0 My=0 My=0,41 kN.m Xx=-8,39 kN.m
Rex=11,20 kN Rex=11,20 kN

y y y y

Ray=3,13 kN Rey=5,21 kN Rex=7,2 kN Rex=7,2 kN Rex=9,57 kN Rax=5,74 kN Rax=5,74 kN Rex=9,57 kN Rex=7,2 kN Rex=7,2 kN Rey=5,21 kN Ray=3,13 kN
0 My=2,25 kN.m Xy=-5,04 kN.m Xx=-3,6 kN.m Xx=-3,6 kN.m Xx=-4,25 kN.m 0 0 Xx=-4,25 kN.m Xx=-3,6 kN.m Xx=-3,6 kN.m Xy=-5,04 kN.m My=2,25 kN.m 0
y y

Mx=3,74 kN.m Ray=0,42 kN Rey=2,07 kN Rey=2,07 kN Ray=0,42 kN Mx=3,74 kN.m


0 0 0 0

x x
Rax=2,63 kN.m Rax=2,63 kN.m
My=0 My=0
y y
Ray=1,5 kN.m Ray=1,5 kN.m Ray=1,5 kN.m Ray=1,5 kN.m
Mx=0,7 kN.m Mx=0,7 kN.m
Rax=6,72 kN.m Rax=6,72 kN.m
0 0
xRax=2,63 kN.m Rax=2,63 kN.mx

REAÇÕES E MOMENTOS NAS LAJES


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53
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54

15- Equilíbrio de momentos (Método simplificado de forma empírica)


15.1- Momento negativo
O momento negativo comum entre as lajes adjacentes deve ser tomado como sendo o maior
valor entre a média dos dois valores ou 80% do maior momento.
15.2- Momento positivo
Na direção do momento negativo considerado, somente o lado do momento negativo maior
entre as duas lajes adjacentes deverá ter seu momento equilibrado, mantendo-se o outro
momento positivo com o mesmo valor encontrado para o painel de laje isolado. Ou seja, o
momento positivo só poderá ser modificado para um valor superior ao original, nunca para
um inferior!

Xy1

Xy2
My1

Xy12
Mx1

My1

Mx1

Xy12 será o maior valor entre:


(xy1 + xy2)/2
80% do maior valor entre xy1 e xy2
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55

15.3- Equilíbrio das lajes 203/205/206


Diagrama de momentos não equilibrados

-5,04 -3,6 -3,6 -4,25

0 0
2,25 1,66 2,39

Momentos negativos (-5,04 e -3,6)


|5,04+3,6|
Média: = 4,32 𝑘𝑁. 𝑚 *
2

80% do maior: (5,04 𝑥 0,8) = 4,032 𝑘𝑁. 𝑚

Momentos negativos (-3,6 e -4,25)


|3,6+4,25|
Média: = 3,92 𝑘𝑁. 𝑚 *
2

80% do maior: (4,25 𝑥 0,8) = 3,40 𝑘𝑁. 𝑚

Momento positivo (2,25)


|5,04−4,32|
2,25 + = 2,61 𝑘𝑁. 𝑚 *
2

Momento positivo (2,39)


|4,25−3,925|
2,39 + = 2,55 𝑘𝑁. 𝑚 *
2

Diagrama com momentos equilibrados

-4,32 -3,925

0 0
2,61 1,66 2,55
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56

15.4- Equilíbrio das lajes 209/205/206


Diagrama de momentos não equilibrados

-1,05 -3,6 -3,6 -4,25

0 0,52 -3,6
1,66
2,39

Momentos negativos (-5,04 e -3,6)


|1,05+3,6|
Média: = 2,325 𝑘𝑁. 𝑚
2

80% do maior: (3,8 𝑥 0,8) = 2,88 𝑘𝑁. 𝑚*

Momentos negativos (-3,6 e -4,25)


|3,6+4,25|
Média: = 3,92 𝑘𝑁. 𝑚 *
2

80% do maior: (4,25 𝑥 0,8) = 3,40 𝑘𝑁. 𝑚

Momento positivo (0,52)

0,52 𝑘𝑁/𝑚 *
Momento positivo (1,66)
|3,6−2,88|
1,66 + = 2,02 𝑘𝑁. 𝑚 *
2

Momento positivo (2,39)


|4,25−3,925|
2,39 + = 2,55 𝑘𝑁. 𝑚 *
2

Diagrama com momentos equilibrados

-2,88 -3,925

0 0,52 -3,6
2,02
2,55
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15.5- Equilíbrio das lajes 219/213/209/203


Diagrama de momentos não equilibrados

-8,39 -8,39

-2,65 -2,65 -2,65 -2,65

0 1,17 1,17 0
3,74 3,74

Momentos negativos (-8,39 e -2,65)


|8,39+2,65|
Média: = 5,52 𝑘𝑁. 𝑚
2

80% do maior: (8,39 𝑥 0,8) = 6,71 𝑘𝑁. 𝑚 ∗

Momentos negativos (-2,65)

2,65 𝑘𝑁. 𝑚 *

Momento positivo (3,74)


|8,39−6,71|
3,74 + = 4,58 𝑘𝑁. 𝑚 *
2

Diagrama com momentos equilibrados

-6,71 -6,71
-2,65

0 0
1,17 1,17
4,58 4,58
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15.6- Equilíbrio das lajes 221/214/205/201


Diagrama de momentos não equilibrados (não necessita equilíbrio)

-0,78

0 0
0,70 1,66 1,66 0,70

15.7- Taxas mínimas de armadura (𝝆𝒎𝒊𝒏) segundo a NBR 6118


𝐴𝑠
𝜌𝑠 = 𝑒 𝐴𝑠, 𝑚𝑖𝑛 = 𝜌𝑚𝑖𝑛 𝑥 𝑏𝑤 𝑥 ℎ
𝑏𝑤 𝑥 ℎ

Forma da Valores de ρmin (As,min/Ac) %


seção
20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90

0,150 0,150 0,150 0,164 0,179 0,194 0,208 0,211 0,219 0,226 0,233 0,239 0,245 0,251 0,256
Retangular
Os valores de ρmin estabelecidos nesta tabela pressupõem o uso de aço CA-50, d/h=0,8 e γc=1,4 e γs=1,15. Caso esses
fatores sejam diferentes, ρmin deve ser reticulado

Armadura secundária

20% 𝐴𝑠 𝑝𝑟𝑖𝑛𝑐𝑖𝑝𝑎𝑙
{ 0,9 𝑐𝑚2 /𝑚
0,5 𝐴𝑠 𝑚𝑖𝑛
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59

16- Dimensionamento das armaduras


Para o dimensionamento das armaduras utilizaremos a tabela do tipo K.
TABELA DO TIPO K
Dimensionamento de seções retangulares submetidas a flexão simples armadura simples

𝑏𝑤 . 𝑑² 𝐴𝑠 . 𝑑
𝐾𝑐 = 𝑐𝑚2 /𝑘𝑁 𝐾𝑠 = 𝑐𝑚2 /𝑘𝑁 Domínio
βx=x/d 𝑀𝑠𝑑 𝑀𝑠𝑑
C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50 CA-25 CA-50 CA-60
0,02 51,9 41,5 34,6 29,6 25,9 23,1 20,8 0,046 0,023 0,019
0,04 26,2 20,9 17,4 14,9 13,1 11,6 10,5 0,047 0,023 0,019
0,06 17,6 14,1 11,7 10 8,8 7,8 7 0,047 0,024 0,019
0,08 13,3 10,6 8,9 7,6 6,6 5,9 5,3 0,048 0,024 0,020
0,1 10,7 8,6 7,1 6,1 5,4 4,8 4,3 0,048 0,024 0,020
0,12 9 7,2 6 5,1 4,5 4 3,6 0,048 0,024 0,020
0,14 7,8 6,2 5,2 4,5 3,9 3,5 3,1 0,049 0,024 0,020
2
0,16 6,9 5,5 4,6 3,9 3,4 3,1 2,7 0,049 0,025 0,020
0,18 6,2 4,9 4,1 3,5 3,1 2,7 2,5 0,05 0,025 0,021
0,2 5,6 4,5 3,7 3,2 2,8 2,5 2,2 0,05 0,025 0,021
0,22 5,1 4,1 3,4 2,9 2,6 2,3 2,1 0,051 0,025 0,021
0,4 4,7 3,8 3,2 2,7 2,4 2,1 1,9 0,051 0,025 0,021
0,259 4,4 3,6 3 2,5 2,2 2 1,8 0,051 0,026 0,021
0,28 4,1 3,3 2,8 2,4 2,1 1,8 1,7 0,052 0,026 0,022
0,3 3,9 3,1 2,6 2,2 1,9 1,7 1,6 0,052 0,026 0,022
0,32 3,7 3 2,5 2,1 1,8 1,6 1,5 0,053 0,026 0,022
0,34 3,5 2,8 2,3 2 1,8 1,6 1,4 0,053 0,027 0,022
0,36 3,3 2,7 2,2 1,9 1,7 1,5 1,3 0,054 0,027 0,022
0,38 3,2 2,6 2,1 1,8 1,6 1,4 1,3 0,054 0,027 0,023
0,4 3,1 2,5 2 1,8 1,5 1,4 1,2 0,055 0,028 0,023
0,42 2,9 2,4 2 1,7 1,5 1,3 1,2 0,055 0,028 0,023
0,44 2,8 2,3 1,9 1,6 1,4 1,3 1,1 0,056 0,028 0,023
3
0,46 2,7 2,2 1,8 1,6 1,4 1,2 1,1 0,056 0,028 0,023
0,48 2,7 2,1 1,8 1,5 1,3 1,2 1,1 0,057 0,028 0,024
0,5 2,6 2,1 1,7 1,5 1,3 1,1 1 0,058 0,029 0,024
0,52 2,5 2 1,7 1,4 1,2 1,1 1 0,058 0,029 0,024
0,54 2,4 2 1,6 1,4 1,2 1,1 1 0,059 0,029 0,024
0,56 2,4 1,9 1,6 1,4 1,2 1,1 1 0,059 0,030 0,025
0,585 2,3 1,8 1,5 1,3 1,2 1 0,9 0,06 0,030 0,025
0,6 2,3 1,8 1,5 1,3 1,1 1 0,9 0,061 0,030
0,628 2,2 1,8 1,5 1,3 1,1 1 0,9 0,062 0,031
0,64 2,2 1,7 1,4 1,2 1,1 1 0,9 0,062
0,66 2,1 1,7 1,4 1,2 1,1 0,9 0,8 0,063
0,68 2,1 1,7 1,4 1,2 1,1 0,9 0,8 0,063
0,7 2 1,6 1,4 1,2 1 0,9 0,8 0,064
4
0,72 2 1,6 1,3 1,2 1 0,9 0,8 0,065
0,74 2 1,6 1,3 1,1 1 0,9 0,8 0,065
0,76 2 1,6 1,3 1,1 1 0,9 0,8 0,066
0,772 1,9 1,5 1,3 1,1 1 0,9 0,8 0,067

Valores de Kc e Ks para os aços CA-25, CA-50 e CA-60 (para concretos do Grupo I de


resistência – fck ≤ 50 MPa, γc = 1,4, γs = 1,15)
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60

16.1- Roteiro de cálculo lajes 203/205/206

-5,04 -3,6 -3,6 -4,25

0 0
2,25 1,66 2,39

-4,32 -3,925
L203 espes: 10 cm L205 espes: 09 cm L206 espes: 08 cm

M: 2,61 / Espes.: 10cm / Conc: 30 Mpa 0 0


2,61 1,66 2,55
Kc = 100 x 8² =17,51 Ks = 0,023
1,4 x 261
As = 0,023 x 1,4 x 261 = 1,05 cm²
8

Verificação As min > 0,15% da seção


1,05 cm² / (10x100)= 0,00105 < 0,0015 478 300 222
Não ok! usar (0,0015 x (10 x 100)) = 1,50 cm²
Espaçamento dos estribos
n= 1,50 = 7,55 100 =13,2 cm
0,20 7,55
Ø6,3 c/ 15 cm Ø6,3 c/ 14 cm

M: -4,32 / Espes.: 09cm / Conc: 30 Mpa comp: 200 cm comp: 135 cm

Kc = 100 x 7² =8,10 Ks = 0,024


1,4 x 432
As = 0,024 x 1,4 x 432 = 2,07 cm²
7
121 75 75 56
Verificação As min > 0,15% da seção
2,07 cm² / (09x100)= 0,0023 > 0,0015
ok! usar 2,07 cm²
Espaçamento dos estribos
n= 2,07 = 6,57 100 =15,2 cm
0,315 6,57

M: 1,66 / Espes.: 09cm / Conc: 30 Mpa

Kc = 100 x 7² =21,08 Ks = 0,023 Ø5 c/ 14 cm


1,4 x 166 Ø5 c/ 15 cm
Ø5 c/ 13 cm
comp: 222 cm
As = 0,023 x 1,4 x 166 = 0,77 cm² comp: 300 cm
7 comp: 4,78 cm

Verificação As min > 0,15% da seção


0,77 cm² / (09x100)= 0,0009 < 0,0015
Não ok! usar (0,0015 x (09 x 100)) = 1,35 cm²
Espaçamento dos estribos
n= 1,35 = 6,75 100 =15 cm
0,20 6,75

M: 3,925 / Espes.: 08cm / Conc: 30 Mpa

Kc = 100 x 6² =6,55 Ks = 0,024


1,4 x 393
As = 0,024 x 1,4 x 393 = 2,2 cm²
6

Verificação As min > 0,15% da seção


2,2 cm² / (08x100)= 0,0028 > 0,0015
ok! usar 2,2 cm²
Espaçamento dos estribos
n= 2,2 = 7 100 =14 cm
0,315 7

M: 2,55 / Espes.: 08cm / Conc: 30 Mpa

Kc = 100 x 6² =10,1 Ks = 0,024


1,4 x 255
As = 0,024 x 1,4 x 255 = 1,42 cm²
6

Verificação As min > 0,15% da seção


1,42 cm² / (8x100)= 0,0017 > 0,0015
ok! usar 1,42 cm²
Espaçamento dos estribos
n= 1,42 = 7,1 100 =14 cm
0,20 7,1
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61

16.2- Roteiro de cálculo lajes 209/205/206

-1,05 -3,6 -3,6 -4,25

0 0,52 -3,6
1,66
2,39

-2,88 -3,925
L209 espes: 8 cm L205 espes: 9 cm L206 espes: 8 cm

M: 52 / Espes.: 08cm / Conc: 30 Mpa 0 0,52 -3,6


2,02
Kc = 100 x 6² =49,45 Ks = 0,023 2,55
1,4 x 52
As = 0,023 x 1,4 x 52 = 0,28 cm²
6

Verificação As min > 0,15% da seção


0,28 cm² / (08x100)= 0,0003 < 0,0015
Não ok! usar (0,0015 x (08 x 100)) = 1,2 cm²
390 300 222
Espaçamento dos estribos
n= 1,20 =6 100 =16 cm
0,20 6
Ø5 c/ 12 cm Ø6,3 c/ 14 cm
M: 2,88 / Espes.: 08cm / Conc: 30 Mpa
comp: 177 cm comp: 135 cm
Kc = 100 x 6² =8,9 Ks = 0,024
1,4 x 288
As = 0,023 x 1,4 x 288 = 1,61 cm² 100 75 75 56
7

Verificação As min > 0,15% da seção


1,32 cm² / (9x100)= 0,0014 < 0,0015
Não ok! usar (0,0015 x (09 x 100)) = 1,35 cm²
Espaçamento dos estribos
n= 1,61 = 8,06 100 =12 cm
0,20 8,06

M: 2,02 / Espes.: 09cm / Conc: 30 Mpa

Kc = 100 x 7² =17,32 Ks = 0,023


1,4 x 202

As = 0,023 x 1,4 x 202 = 0,93 cm²


7 Ø5 c/ 16 cm Ø5 c/ 14 cm
Ø5 c/ 15 cm
Verificação As min > 0,15% da seção comp: 390 cm comp: 222 cm
comp: 300 cm
0,93 cm² / (9x100)= 0,0010 < 0,0015
Não ok! usar (0,0015 x (09 x 100)) = 1,35 cm²
Espaçamento dos estribos
n= 1,35 = 6,75 100 =15 cm
0,20 6,75

M: 3,925 / Espes.: 08cm / Conc: 30 Mpa

Kc = 100 x 6² =6,55 Ks = 0,024


1,4 x 393

As = 0,024 x 1,4 x 393 = 2,2 cm²


6

Verificação As min > 0,15% da seção


2,2 cm² / (08x100)= 0,0028 > 0,0015
ok! usar 2,2 cm²
Espaçamento dos estribos
n= 2,2 = 7 100 =14 cm
0,315 7

M: 2,55 / Espes.: 08cm / Conc: 30 Mpa

Kc = 100 x 6² =10,1 Ks = 0,024


1,4 x 255
As = 0,024 x 1,4 x 255 = 1,42 cm²
6

Verificação As min > 0,15% da seção


1,42 cm² / (8x100)= 0,0017 > 0,0015
ok! usar 1,42 cm²
Espaçamento dos estribos
n= 1,42 = 7,1 100 =14 cm
0,20 7,1
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62

16.3- Roteiro de cálculo Lajes 219/213/209/203

-8,39 -8,39

-2,65 -2,65 -2,65 -2,65

0 1,17 1,17 0
3,74 3,74

-6,71 -6,71
-2,65
L219 espes: 10 cm L213 espes: 8 cm L209 espes: 8 cm L203 espes: 10 cm
M: -4,58 / Espes.: 09cm / Conc: 30 Mpa
0 0
1,17 1,17
Kc = 100 x 8² =9,98 Ks = 0,024
1,4 x 458 4,58 4,58
As = 0,024 x 1,4 x 458 = 1,92 cm²
8

Verificação As min > 0,15% da seção


1,92 cm² / (10x100)= 0,0019 > 0,0015
ok! usar 1,92 cm²
Espaçamento dos estribos
375 284 284 375
n= 1,92 = 6,1 100 =16 cm
0,315 6,1

Ø6,3 c/ 8 cm Ø5 c/ 13 cm Ø6,3 c/ 8 cm
M: -6,71 / Espes.: 08cm / Conc: 30 Mpa
comp: 190 cm comp: 146 cm comp: 190 cm
Kc = 100 x 6² =8,10 Ks = 0,025
1,4 x 671
As = 0,025 x 1,4 x 671 = 3,91 cm² 115 71 71 71 71 115
6

Verificação As min > 0,15% da seção


3,91 cm² / (08x100)= 0,0048 > 0,0015
ok! usar 3,91 cm²
Espaçamento dos estribos
n= 3,91 = 12,41 100 = 8 cm
0,315 12,41

M: 1,17 / Espes.: 08cm / Conc: 30 Mpa

Kc = 100 x 6² =21,9 Ks = 0,023


1,4 x 117
As = 0,023 x 1,4 x 117 = 0,63 cm² Ø5 c/ 16 cm Ø5 c/ 16 cm
6 Ø6,3 c/ 16 cm Ø6,3 c/ 16 cm
comp: 484 cm comp: 484 cm
Verificação As min > 0,15% da seção comp: 375cm comp: 375cm
0,63 cm² / (8x100)= 0,0008 < 0,0015
Não ok! usar (0,0015 x (08 x 100)) = 1,20 cm²
Espaçamento dos estribos
n= 1,20 =6 100 =16 cm
0,20 6

M: -2,65 / Espes.: 08cm / Conc: 30 Mpa

Kc = 100 x 6² =9,70 Ks = 0,024


1,4 x 265

As = 0,024 x 1,4 x 265 = 1,48 cm²


6

Verificação As min > 0,15% da seção


1,48 cm² / (8x100)= 0,0018 < 0,0015
ok! usar 1,48 cm²
Espaçamento dos estribos
n= 1,48 = 7,4 100 =13 cm
0,20 7,4
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63

16.4- Roteiro de cálculo Lajes 221/214/205/203

-0,78

M: 70 / Espes.: 08cm / Conc: 30 Mpa 0 0


0,70 0,41 0,41 0,70
Kc = 100 x 6² =36,7 Ks = 0,023
1,4 x 70
As = 0,023 x 1,4 x 70
6
= 0,37 cm²
105 555 555 105
Verificação As min > 0,15% da seção
0,37 cm² / (08x100)= 0,0005 < 0,0015
Não ok! usar (0,0015 x (08 x 100)) = 1,2 cm²
Espaçamento dos estribos
n= 1,20 =6 100 =16 cm
0,20 6
Ø5 c/ 16 cm
M: 1,66 / Espes.: 09cm / Conc: 30 Mpa

Kc = 100 x 7² =85,4 Ks = 0,023 comp: 284 cm


1,4 x 41
As = 0,023 x 1,4 x 41
7
= 0,19 cm² 140 140
Verificação As min > 0,15% da seção
0,77 cm² / (09x100)= 0,0009 < 0,0015
Não ok! usar (0,0015 x (09 x 100)) = 1,35 cm²
Espaçamento dos estribos
n= 1,35 = 6,75 100 =15 cm
0,20 6,75

M: 78 / Espes.: 08cm / Conc: 30 Mpa

Kc = 100 x 6² =32,7 Ks = 0,023


1,4 x 78 Ø5 c/ 15 cm

As = 0,023 x 1,4 x 78 = 0,41 cm² comp: 670 cm


6 Ø5 c/ 15 cm

Verificação As min > 0,15% da seção comp: 670 cm


0,37 cm² / (08x100)= 0,0005 < 0,0015
Não ok! usar (0,0015 x (08 x 100)) = 1,2 cm²
Espaçamento dos estribos
n= 1,20 =6 100 =16 cm
0,20 6
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64

17- Verificações do estado limite de serviço (ELS)


No estado limite de serviço, faremos as verificações de:

-Deslocamento vertical – Também conhecido como flecha, essa verificação é necessária para
o atendimento da NBR 6118-14 que estabelece limites a esse deslocamento para que não haja
um desconforto visual ou até mesmo problemas na estrutura em sí.
𝒍
• Para deslocamentos visíveis em elementos estruturais limite: 2 x f ≤ 𝟐𝟓𝟎 ≤ 2,5 cm

-Vibrações – Nesses casos recomenda-se a utilização somente dos valores devido às cargas
acidentais “q”.

Como efeito da deformação lenta (Fluência), podemos tomar das mesmas prerrogativas
anteriores, ou seja, podemos dobrar os valores dos deslocamentos calculados de maneira que:
𝒍
• Vibrações sentidas no piso: 2 x f ≤ 𝟑𝟓𝟎

-Efeito em elementos não estruturais - Os deslocamentos das lajes também devem ser
limitados a fim de se evitar danos nos elementos não estruturais de uma obra, tais como as
alvenarias, divisórias, etc. Assim, quando houver a existência de paredes construídas sobre as
lajes, os deslocamentos deverão ter limites específicos e serão calculados para a atuação da
carga permanente [g] proveniente do peso próprio [gp] e do peso das paredes [ga], pois nas
construções em geral, as paredes são executadas antes de se executarem os revestimentos.
Nesses casos pode-se desprezar no cálculo dos deslocamentos a deformação lenta ou fluência,
em vista de que as cargas ocorrerão quase que de forma imediata à construção, enquanto que
os efeitos da fluência atuam ao longo do tempo. Assim temos:

𝒍
• Elementos não estruturais: f ≤ 𝟓𝟎𝟎

-Abertura de fissura – A importância dessa verificação tem relação direta com as armaduras,
pois quando há um número excessivo de fissuras, ou fissuras com uma abertura muito grande,
isso pode prejudicar a vida útil da edificação por conta da oxidação das armaduras que serão
atacadas por meio dessas aberturas.

De acordo com o estabelecido pela NBR 6118, “a fissuração de elementos estruturais de


concreto armado é inevitável, devido à grande variabilidade e à baixa resistência do concreto
à tração” (...) Visando obter bom desempenho relacionado à proteção das armaduras quanto
à corrosão e à aceitabilidade sensorial dos usuários, busca-se controlar a abertura dessas
fissuras.

Tendo em vista um dos principais objetivos da NBR 6118, conforme já vimos, é o de


proporcionar uma durabilidade considerável às estruturas de concreto, a abertura máxima
característica wk das fissuras, não deverá exceder o valor de
0,3 mm (para Classe de Agressividade Ambiental II e III), sob a ação das condições frequentes.
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65

As ações frequentes mais desfavoráveis nos levam à condição de adotarmos para o momento
fletor positivo (equilibrado): Mx = Mx[g] + 0,7 Mx[q], sendo que essa verificação poderá ser
efetuada para cada laje. O índice x não se refere ao eixo utilizado para cálculo dos esforços
nas lajes e sim uma indicação genérica.

O valor característico da abertura de fissuras, wk, deve ser o menor entre os obtidos pelas
expressões a seguir:
∅ 𝜎𝑠 3𝜎𝑠
𝑊𝑘 = 𝑥 𝑥 ≤ 0,3𝑚𝑚
12,5 𝜂1 𝐸𝑠 𝑓𝑐𝑡𝑚

∅ 𝜎𝑠 4
𝑊𝑘 = 𝑥 𝑥 ( + 45) ≤ 0,3𝑚𝑚
12,5 𝜂1 𝐸𝑠 𝜌𝑟
Onde:

𝜂1 é o coeficiente de conformidade superficial da armadura (1,0 para barras lisas, 1,4 para
barras entalhadas e 2,25 para barras nervuradas)

𝐴𝑠
𝜌𝑟 = 0,25 . 𝑏 . ℎ

𝑀𝑥𝑘 𝐴𝑠 . 𝛼𝑒
𝜎𝑠 = 𝑥
(𝑑− ) . 𝐴𝑠
e𝑥 = 𝑏
−1 + √𝛼𝑒 2. 𝜌𝑑 , onde 𝜌𝑑 = 𝑏𝐴𝑠
. 𝑑
3

Obs.: Mxk = (100% [g] + 70% [q]), g (carga permanente), q (carga acdental)

𝐸𝑠 𝑘𝑁
𝛼𝑒 = 𝐸𝑐 { Es= 21000 kN/cm² e Ec=Eci= 560 𝑥 √𝑓𝑐𝑘 (𝑐𝑚2 )

-Verificação a cortante – Nesta verificação analisamos qual o comportamento do painel de


laje em relação aos esforços cortantes, verificando se a seção do elemento estrutural
juntamente com as armaduras de tração conseguem resistir sem que haja a necessidade de
uma armadura complementar, para isso:

𝑉𝑠𝑑 ≤ 𝑉𝑟𝑑1
Onde:

𝑉𝑠𝑑 = 𝛾𝑓. 𝑉𝑠𝑘 , 𝑉𝑠𝑘 = 𝐶𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 (𝑟𝑒𝑎çã𝑜) 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑒𝑠𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑙

𝑉𝑟𝑑1 = 𝜏𝑅𝑑 𝑘(1,2 + 40𝜌1) + 0,15 𝜎𝑐𝑝 𝑏𝑤𝑑


Com,

𝜏𝑅𝑑 = 0,25𝑓𝑐𝑡𝑑 , onde 𝑓𝑐𝑡𝑑 = 𝑓𝑐𝑡𝑘, 𝑖𝑛𝑓/𝛾𝑐,


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66

𝑓𝑐𝑡𝑘, 𝑖𝑛𝑓 = 0,7𝑓𝑐𝑡𝑚 , 𝑓𝑐𝑡𝑚 = 0,3𝑓𝑐𝑘 2/3


𝐴𝑠1
𝜌1 = , 𝑛ã𝑜 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑞𝑢𝑒 |0,02|
𝑏𝑤𝑑

𝑁𝑠𝑑
𝜎𝑐𝑝 = (= 0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜)
𝐴𝑐

Onde ainda:
K é um coeficiente que tem os seguintes valores:
- Para elementos onde 50% da armadura inferior não chega até o apoio: K=|1|
-Para os demais casos: K=|1,6-d|, não menor que |1|, com d em metros

17.1- Deslocamento vertical


Para o desenvolvimento do deslocamento vertical, que a partir de agora chamaremos de
flecha, é realizada considerando que o concreto armado se comporta como um elemento
elástico, esses resultados apesar de seguirem um modelo irreal, seus resultados são
satisfatórios para os métodos manuais, para que tenhamos valores mais preciso precisaríamos
de auxilio de ferramentas computacionais com a utilização do método dos elementos finitos,
por exemplo, o que não é o caso deste curso!
Equação da flecha para elementos lineares de seção retangular de concreto armado

DESLOCAMENTO (FLECHAS) NAS LAJES


Tipo Deslocamento (Flecha)
A B 5 . 𝑃 . 𝑙4
𝑓=
384 . 𝐸 . 𝐼
L

A B 2 . 𝑃 . 𝑙4
𝑓=
384 . 𝐸 . 𝐼
L

A B 𝑃 . 𝑙4
𝑓=
384 . 𝐸 . 𝐼
L

Sendo P a parcela da carga na faixa unitária de “X” multiplicada por Kx (Tabela de Marcus)
caso a laje seja armada em duas direções, do contrário parcela da carga pura.

𝐸 = 𝐸𝑐𝑠 ; 𝐸𝑐𝑠 = 0,85 . 𝐸𝑐𝑖; 𝐸𝑐𝑖 = 560. √𝑓𝑐𝑘 * Obs: fck neste projeto (30Mpa)
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17.1.1- Deslocamento vertical da laje 201


5 .0,05 .1054
𝑓201 = 100 . 83
= 0,007 𝑐𝑚
384 .(0,85 .3067) .( 12
)

Limite da flecha: 2 x f < L/250


2 x 0,007 = 0,014 cm < 105/250 = 0,42 cm Portanto, Ok!

17.1.2- Deslocamento vertical da laje 203


2 .0,064 .0,735 .3754
𝑓203 = 100 . 103
= 0,23 𝑐𝑚
384 .(0,85 .3067) .( )
12

Limite da flecha: 2 x f < L/250


2 x 0,24 = 0,48 cm < 375/250 = 1,5 cm Portanto, Ok!

17.1.3- Deslocamento vertical da laje 205


0,05 .0,96 .3004
𝑓205 = 100 . 93
= 0,064 𝑐𝑚
384 .(0,85 .3067) .( 12
)

Limite da flecha: 2 x f < L/250


2 x 0,070 = 0,14 cm < 300/250 = 1,2 cm Portanto, Ok!

17.1.4- Deslocamento vertical da laje 206


2 . 0,069 . 2224
𝑓206 = 100 . 83
= 0,078 𝑐𝑚
384 .(0,85 .3067) .( 12 )

Limite da flecha: 2 x f < L/250


2 x 0,043 = 0,083 cm < 222/250 = 0,888 cm Portanto, Ok!

17.1.5- Deslocamento vertical da laje 209


0,045 .0,879 . 2844
𝑓209 = 100 . 83
= 0,06 𝑐𝑚
384 .(0,85 .3067) .( 12
)

Limite da flecha: 2 x f < L/250


2 x 0,23 = 0,46 cm < 392/250 = 1,56 cm Portanto, Ok!
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17.2- Abertura de fissuras: Laje 219


As = ∅ 6,3 c/ 16 cm = 1,97 cm²

1,97
𝜌𝑟 = 0,25 𝑥 100 𝑥 10 = 0,008

1,97
𝜌𝑑 = 100 𝑥 6 = 0,002

1,92 𝑥 21000 2
560 𝑥 30
𝑥= 100

−1 + √ 21000 =1,33 cm
.0,002
560 𝑥 √30

Mxk= (100% [g] + 70%[q])

Carga permanente= 5 kN
Carga acidental= 1,5 kN – 0,7 x 1,5 = 1,05

Mxk:
6,5 ----------------------4,58
6,05---------------------x
X=4,26 kN.m/m ≈ 426 kN.cm/m

426 𝑘𝑁
𝜎𝑠 = 1,15 = 28,6 𝑐𝑚 2 /𝑚
(8− ) 𝑥 1,97
3

𝑓𝑐𝑡𝑚 = 0,3𝑓𝑐𝑘 2/3 , 𝑓𝑐𝑡𝑚 = 0,3 𝑥 302/3 = 2,896 𝑀𝑝𝑎 𝑜𝑢 0,29 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

0,63 28,4 3 𝑥 28,4


𝑊𝑘 = 𝑥 𝑥 = 0,009 ≤ 0,3𝑚𝑚 𝑂𝑘!
12,5 𝑥 2,25 21000 0,29

0,63 28,4 4
𝑊𝑘 = 𝑥 𝑥 ( + 45) = 0,017 ≤ 0,3𝑚𝑚 𝑂𝑘!
12,5 2,25 21000 0,008
,
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17.3- Verificação da cortante: L219


𝑓𝑐𝑡𝑚 = 0,3𝑓𝑐𝑘 2/3 , 𝑓𝑐𝑡𝑚 = 0,3 𝑥 302/3 = 2,896 𝑀𝑝𝑎

𝑓𝑐𝑡𝑘 = 0,7𝑓𝑐𝑡𝑚 , 𝑓𝑐𝑡𝑘 = 0,7 𝑥 2,896 = 2,02 𝑀𝑝𝑎


𝑓𝑡𝑐𝑘 2,02
𝑓𝑐𝑡𝑑 = , 𝑓𝑐𝑡𝑑 = = 1,44 𝑀𝑝𝑎 𝑜𝑢 0,144 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
1,4 1,4

𝜏𝑅𝑑 = 0,25 𝑥 0,144 = 0,036 𝑘𝑁/𝑐𝑚²


K=|1,6 – 0,08|=1,52
1,97
𝜌1 = = 0,0025
100 𝑥 8

𝑉𝑟𝑑1 = 0,036 𝑥 1,52 𝑥 (1,2 + 40 𝑥 0,0025) 100𝑥8 = 56,91 𝑘𝑁/𝑚


𝑉𝑠𝑑 = 1,4 . 11,20 = 15,68 𝑘𝑁/𝑚 ∴ 𝑂𝑘!

17.4- Armadura perimetral


As armadura perimetrais, são armaduras construtivas encontradas de maneira indireta para o
combate de fissuras entre a interface, laje/viga, para o dimensionamento dessas armadura devemos
seguir os critérios abaixo!

Lx/5
0.15 ou 3 viga
1

h-cnom

Com todas essas verificações, podemos encerrar as nossas análises em relação as lajes!
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70

18- Cargas dinâmicas

Nas edificações verticais, sejam de grandes alturas ou não, estão sujeitas a diferentes tipos de
cargas; cargas essas que devem ser analisadas caso a caso para uma maior precisão nos
cálculos de dimensionamento. Uma das principais cargas nas edificações verticais são, as
cargas dinâmicas, ou para ser mais objetivo cargas devido ao vento, tende ser analisadas com
muito cuidado, pois temos de coletar inúmeros dados para que possamos iniciar as
composições de cálculo, essas composições se devem exclusivamente devido as cargas de
vento, pois como todos nós sabemos, o vento não age sempre de uma mesma forma, está em
constante mudança de intensidade e direção!

Para analisarmos a estrutura, devemos fazer o levantamento dos dados sobre as


características da região onde será instalada a nossa edificação, informações como topografia,
rugosidade, densidade de vegetações e edificações vizinhas, o tipo de uso da edificação e
logicamente a velocidade do vento dessa região, para isso podemos contar com dados
estatísticos já disponíveis para nós engenheiros nas NBRs, no gráfico abaixo, podemos
observar a velocidade média do vento para diferentes regiões no território nacional.
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71

19- Cargas devido ao vento


Para o levantamento das cargas dinâmicas devemos nos atentar a três fatores característicos,
que são:

S1 – Fator Topográfico
O fator topográfico considera as variações topográficas da região e as implicações que essas
formações podem causar na edificação, por exemplo: formações montanhosas e/ou colinas
causam um aumento na velocidade, ou seja, uma aceleração do vento, mudanças de
comportamento que devem ser consideradas no dimensionamento dessas estruturas, desta
forma podemos dividir essas diferentes formações topográficas em 3 casos que tem o seu
devido peso numérico para considerarmos nos cálculos mais à frente!

Tabela – Fator S1

Caso Topografia S1
a) Terreno Plano ou fracamente acidentado 1,0
Taludes e morros: taludes e morros alongados, nos quais pode ser admitido um
fluxo de ar bidimensional sorando no sentido indicado na figuras a abaixo No
b) ponto A (morros) e nos pontos A e C (taludes) 1,0
c) Vales Profundos, protegidos de ventos de qualquer direção 0,9
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S2 – Fator de Rugosidade
Este fator leva em consideração os obstáculos da vizinhança, tais como: prédios, vegetações
ou qualquer obstáculo com dimensão suficiente para mudar o fluxo do vento na região.
Podemos dividir em cinco diferentes categorias, são elas:
Categoria I – Superfícies lisas de grandes dimensões, com mais de 5 km de extensão, medidas
na direção e no sentido do vento. Exemplo: mar calmo; lagos e rios; pântanos sem vegetação.
Categoria II – Terrenos abertos em nível ou aproximadamente em nível, com poucos
obstáculos isolados, como árvores e edificações baixas. Exemplo: zonas costeiras planas;
pântanos com vegetação rala; campos de aviação; pradarias; fazendas sebes ou muros
Categoria III – terrenos planos ou ondulados com obstáculos com sebes e muros, poucos
quebra-ventos de árvores, edificações baixas e esparsas. Exemplos: Granjas e casas de campo,
com exceção das partes com vegetação; fazendas com sebes ou muros; subúrbios a
considerável distância do centro, com baixas e esparsas.

Categoria IV – Terrenos coberto de obstáculos numerosos e pouco espaçados, em zona


florestal, industrial ou urbana. Exemplos: Zonas de parques e bosques com muitas árvores;
cidades pequenas e seus arredores; subúrbios densamente construídos de grandes cidades;
áreas industriais plena ou parcialmente desenvolvidas.
A cota média dos obstáculos é considerada igual a 10 m.

Categoria V – Terrenos cobertos por obstáculos numerosos, grandes e pouco espaçados.


Exemplo: Florestas com árvores altas de copas isoladas; centros de grandes cidades;
complexos industriais bem desenvolvidos.

Dentro dessas categorias devemos relacionar as dimensões e características da nossa


edificação, identificando e/ou classificando em três diferentes classes:
Classe A – Todas as unidades de vedação, seus elementos de fixação e peças individuais da
estrutura sem vedação. Toda edificação na qual a maior dimensão horizontal ou vertical não
exceda 20 metros.

Classe B – Toda edificação ou parte de edificação para qual a maior dimensão horizontal ou
vertical esteja entre 20 e 50 metros.
Classe C – Toda edificação ou parte de edificação para a qual a maior dimensão horizontal
ou vertical que exceda 50 metros.
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73

Tabela 2.1 Fator S2 – relação entre rugosidade do terreno e caracteristicas da edfificação

S3 – Fator estatístico
Fator que prevê o grau de segurança requerido e a vida útil da edificação, tendo por base um
período de 50 anos para a determinação de V0 e a probabilidade de 63% que a velocidade do
vento exceda, ou seja, igual nesse período.
Tabela 3 fator S3 – Fator estatístico

Grupo Descrição S3
1
Edificação cuja ruina total ou parcial pode afetar a segurança ou
possibilidade de socorro a pessoas após uma tempestade destrutiva
(Hospitais; quarteis de bombeiros e de forças de segurança, centrais de
comunicação) 1,1
2 Edificações para hotéis e residências. Edificações para comercio e indústria
com alto fator de ocupação. 1
3 Edificações e instalações industriais com baixo fator de ocupação
(depósitos, silos, construções rurais) 0,95
4
Edificações temporárias. Estruturas dos grupos 1 a 3 durante a construção. 0,88
5 0,83
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20- Valor característico do vento para nossa edificação


Dados e características da edificação

Para a região de Sorocaba/SP, vamos utilizar a velocidade do vento em 45 m/s, seguindo o


mapa do vento da pag. 70
Fator topográfico S1:
Vamos considerar: Terreno plano ou fracamente acidentado (S1 = 1,0)
Fator de rugosidade S2:
Categoria IV (Zona industrial e/ou urbana)
Classe B (Edificação de 20 a 50 metros) (S2 = 0,88)
Fator estatístico S3
Grupo 2 (instalação residenciais) (S3 = 1)

Cálculo da pressão dinâmica do vento


Para o cálculo da pressão dinâmica podemos utilizar da seguinte expressão:
𝑉𝐾 = 𝑉𝑜 𝑥 𝑆1 𝑥 𝑆2 𝑥 𝑆3
Desta forma substituindo os valores de V0, S1, S2 e S3 temos:

𝑉𝐾 = 45 𝑥 1,0 𝑥 0,88 𝑥 1,0


𝑉𝑘 = 39,60 𝑚/𝑠
Com a nova velocidade calculada podemos encontrar a pressão exercida na superfície da
nossa edificação, utilizando da seguinte fórmula:

𝑉𝑘²
𝑞= ∴ 𝑞 = 39,60²
16 = 98,01 𝑘𝑔𝑓/𝑚²
16

Ou Conforme a norma NBR6123

𝑞 = 0,613. 𝑉𝑘² ∴ 0,613 .39,60 ² = 980,1 𝑁/𝑚²


980,1 𝑁/𝑚² = 98,01 𝑘𝑔𝑓/𝑚²
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75

21- Coeficiente Gama Z


O coeficiente de instabilidade Gama z, visa enxergar as deformações causadas devido aos
carregamentos presentes na estrutura, junta interface de cargas estáticas e dinâmicas, de
modo a categorizar essas deformações em duas instancias:
21.1- Estruturas de nós Fixos:
Quando a estruturas tem uma rigidez suficiente para absorver os esforços devido aos
carregamentos verticais (Peso próprio e sobrecargas) e as cargas horizontais (vento), apesar
da estrutura sofrer sim, uma deformação, ela é tão pequena que podemos simplesmente
ignora-la e considerar nossa estrutura como indeformável, Coeficiente γz ≤ 1,1

21.2- Estrutura de nós flexíveis:


Quando a edificação não tem uma inercia suficiente para absorver os esforços, sem sofrer
“grandes deslocamentos/deformações”, excedendo um certo limite estabelecido em norma
γz > 1,1 ,quando esse efeito ocorre temos de considerar nossa estrutura como flexível,
considerando assim os efeitos de 2° ordem globais, os efeitos de segunda ordem globais, nada
mais são que uma consideração das cargas verticais em relação ao deslocamento que a
estrutura sofrerá durante sua vida útil, as cargas verticais juntamente com o deslocamento
causaram uma excentricidade que por sua vez gerará uma momento a mais nos elementos
estruturais da nossa edificação, por isso a importância de uma boa concepção estrutural,
considerando nossos elementos (pilares) de maior inércia posicionados de forma
perpendicular aos eixos/faces mais desfavoráveis as cargas de vento!
1
𝛾𝑧 =
𝛥𝑀𝑡𝑜𝑡, 𝑑
1−
𝑀1𝑡𝑜𝑡, 𝑑
Onde:
M1,tot,d: Soma dos momentos de todas as forças horizontais, da combinação considerada,
com seus valores de cálculo, em relação à base da estrutura (momento de tombamento).
ΔMtot,d: Soma dos produtos de todas as forças verticais atuantes na estrutura, na
combinação considerada, com seus valores de cálculo, pelos deslocamentos horizontais de
seus respectivos pontos de aplicação, obtidos da análise de 1ª ordem com todas as
componentes de força horizontal de cálculo agindo.

Obs: Nós neste trabalho faremos a combinação de todas as cargas (100%) do vento
característico mais as cargas horizontais, que vamos considerar como 10 kN/m² por
conveniência devido ao fato de não termos as informações exatas de peso próprio dos pilares
e vigas. Tendo essas informações em mente, podemos prosseguir com os cálculos do
coeficiente gama z.

Para a facilitação do nosso trabalho utilizaremos o software Ftool para encontrar o


deslocamento relativos aos pórticos no núcleo resistente do nosso edifício, dessa forma
otimizaremos o nosso tempo.
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22- Cálculos das cargas atuantes nos pórticos planos

Pórticos a (0° graus):


Á𝒓𝒆𝒂 𝒙 𝑪𝒂𝒓𝒈𝒂 𝟏𝟐𝟖,𝟐𝟖 .𝟏𝟎
Fv – → = 𝟏𝟔𝟎, 𝟑𝟓 𝒌𝑵
𝒏° 𝒑𝒊𝒍𝒂𝒓𝒆𝒔 𝟖

Fh- Á𝒓𝒆𝒂𝒗 𝒙 𝒗𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒙 𝜸 → 𝟑𝟕, 𝟒𝟗 . 𝟎, 𝟗𝟖 . 𝟏, 𝟒 = 𝟓𝟏, 𝟒𝟑 𝒌𝑵

Cargas pórtico plano a 0°


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Deslocamento “a” devido as cargas do pórtico plano

Instabilidade GAMA Z - Eixo 0°


Andar Cota piso(m) Fh (kN) M1,tot,d Fv (kN) d(m) Δmtot,d
5° 14,4 21 302,4 1282,8 0,014 17,9592
4° 11,52 42 483,84 1282,8 0,0106 13,59768
3° 8,64 42 362,88 1282,8 0,0074 9,49272
2° 5,76 42 241,92 1282,8 0,0041 5,25948
1° 2,88 42 120,96 1282,8 0,001 1,2828
Terreo 0 0 0 0 0 0
1512 47,59188

γz 1,03

1
𝛾𝑧 = = 1,0325 < 1,1 ∴ 𝑛ó𝑠 𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠
47,59
1−
1512
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Pórticos a (90° graus):


Á𝒓𝒆𝒂 𝒙 𝑪𝒂𝒓𝒈𝒂 𝟐𝟕𝟔,𝟓 . 𝟏𝟎
Fv – → = 𝟏𝟏𝟓, 𝟑 𝒌𝑵
𝒏° 𝒑𝒊𝒍𝒂𝒓𝒆𝒔 𝟐𝟒

Fh- Á𝒓𝒆𝒂𝒗 𝒙 𝒗𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒙 𝜸 → 𝟔𝟕, 𝟗𝟏 . 𝟎, 𝟗𝟖 . 𝟏, 𝟒 = 𝟗𝟑, 𝟏𝟕 𝒌𝑵

Instabilidade GAMA Z - Eixo 90°


Andar Cota piso(m) Fh (kN) M1,tot,d Fv(kN) d(m) Δmtot,d
5° 14,4 38 547,2 1282,8 0,005 6,414
4° 11,52 76,1 876,672 1282,8 0,0043 5,51604
3° 8,64 76,1 657,504 1282,8 0,0033 4,23324
2° 5,76 76,1 438,336 1282,8 0,002 2,5656
1° 2,88 76,1 219,168 1282,8 0,0007 0,89796
Terreo 0 0 0 0 0 0
2738,88 19,62684

γz 1,01

1
𝛾𝑧 = = 1,007 < 1,1 ∴ 𝑛ó𝑠 𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠
19,63
1−
2738,9

Com essas analises, vimos que não será necessário considerar os efeitos de 2ª ordem globais
na nossa edificação, pois em ambas as direções considerando as cargas máximas do vento
majoradas em 1,4 ainda assim ficamos abaixo de γz 1,1, por conta das nossas decisões quanto
a bom posicionamento dos pilares!
Apesar disso temos de analisar os efeitos de 2ª ordem locais, porem deixemos isso para o
tema pilares!
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23- Vigas de concreto armado


Para iniciarmos nossos estudos em relação as vigas temos que observar algumas
características importantes em relação ao desenvolvimento de todos os passos para um bom
dimensionamento desses elementos!
Cargas – As cargas que atuam nesses elementos são provenientes, em geral, de:

• Peso próprio (pp)


𝑝𝑝 = 𝛾𝐶𝐴 𝑥 𝑏𝑤 𝑥 ℎ
Sendo:
𝛾𝐶𝐴 : peso específico do concreto armado (apróx.: 25 kN/m³)
bw: largura da seção da viga
h: altura da seção da viga

• Cargas das lajes (Rlaje)

Carga linearmente distribuída na viga proveniente das reações de apoio das lajes
anteriormente calculadas

• Alvenarias (Alv)

Carga linear distribuída uniformemente


𝑎𝑙𝑣 = 𝑔𝑎𝑙𝑣 𝑥 ℎ
Sendo:
galv.: Carga da alvenaria por metro quadrado (Tabelado)
h: altura da alvenaria

• Apoios indiretos: vigas que se apoiam em vigas e pilares, que nascem em vigas.

Cargas pontuais provenientes das reações de apoio de vigas que se apoiam em vigas
ou pilares, que nascem em vigas

L201 L202

L204

L205 L206 L207 L208

L210
L211

L212

L218

L214 L215 L216 L217

L220
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23.1- Esquema estático


O cálculo dos esforços solicitantes do elemento é indispensável, para o desenvolvimento
podemos utilizar de métodos mais tradicionais como o método de Cross por exemplo, para
calcular reações, esforços cortantes e momentos, que se mostra bem preciso nos resultados
ao mesmo tempo fácil de desenvolver!
Para este trabalho, todas as vigas que serão estudadas, terão seus resultados de esforços
solicitantes derivados desse método!
23.2- Definição das seções da viga (Retangular ou T)
A definição das vigas deve partir primariamente da arquitetura, que poderá limitar sua largura
e altura devido sua configuração, cabe a nós adaptar essas seções de forma a absorver todos
os esforços nela presentes, contudo podemos utilizar de algumas técnicas para o
enrijecimento dessas seções através da definição de seções com mesa colaborante ou
também conhecida, seção “T”

L201

bf

L203
L

b1e b1d

b2e b2d

L205 L206

𝑏𝑓 = 𝑏1 + 𝑏𝑤 + 𝑏1𝑑
L209

𝑏1 ≤ 0,10 𝑥 𝑎
𝑏1 ≤ 0,5 𝑥 𝑏2 , o menor entre as duas condicionais

L213
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Sendo:
a= Distância entre pontos de momento nulo, pois a mesa colaborante só nos é interessante
para vigas que sofrem compressão na face superior e tração na face inferior, sendo dispensada
para trechos de momento negativo por exemplo, o valor de “a” pode ser estimado conforme
a seguir:

• Vigas simplesmente apoiada: a= 1,0 x L


• Tramo com momento em uma só extremidade: a=0,75 x L
• Tramo com momento em duas extremidade: a=0,60 x L
• Tramo em balanço: a= 2,0 x L
b2=Distância entre a face da viga da seção considerada e a face da viga paralela no lado
considerado de b1.
Obs: Necessário verificar caso a caso no desenho de forma do pavimento!

24- Dimensionamento das armadura de flexão (positivas e negativas)


Com essas considerações podemos partir para as teorias em relação ao dimensionamento
desses elementos, tendo como primeiro passo o dimensionamento das armadura de flexão.
Para o cálculo da área de aço utilizaremos novamente a tabela do tipo K, para um ganho
significativo de produtividade uma vez que nos devolve como resultado, valores precisos!
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83

24.1- O processo e roteiro de cálculo:


1) Calcula-se o valor de Kc pela expressão:

𝑏𝑤 𝑥 𝑑²
𝐾𝑐 = , sendo “d”= Altura útil da seção e Md= Mk x γf
𝑀𝑑

2) Com o auxílio da tabela do tipo K (pág: xx), obtemos o valor de Ks (A partir do concreto
e do aço utilizados)

3) Determina-se então a área de aço necessária para resistir a esses esforços!


𝐴𝑠 𝑥 𝑑 𝐾𝑠 𝑥 𝑀𝑑
𝐾𝑐 = , 𝐴𝑠 =
𝑀𝑑 𝑑
Para seção com mesa colaborante calcula-se o valor de Kc utilizando bw=bf. Com o auxílio da
tabela tipo K, obtemos o valor de 𝛽𝑥 para o cálculo de x (profundidade da linha neutra).
Verificando as condições da linha neutra temos:

• Se 𝑥 < ℎ𝑓: seção T – 1° Caso (Prossegue-se com o dimensionamento como seção T


com auxilio da tabela tipo K)
• Se Se 𝑥 > ℎ𝑓: Seção T – 2° caso, neste caso o dimensionamento deve ser feito
conforme a considerações a seguir:
Calcula-se:

Mdf: Momento equilibrado na zona de compressão pelas áreas laterais da mesa, como largura
bf-bw:
ℎ𝑓 𝑀𝑑𝑓
𝑀𝑑𝑓 = 0,85 𝑥 𝑓𝑐𝑑 𝑥 ℎ𝑓 𝑥 (𝑏𝑓 − 𝑏𝑤)𝑥 (𝑑 − ) , 𝐴𝑠𝑓 =
2 ℎ𝑓
(𝑑 − 2 ) 𝑥𝑓𝑦𝑑

𝑏𝑤 𝑥 𝑑2 𝐾𝑠 𝑥 𝑀𝑑𝑤
𝑀𝑑𝑤 = 𝑀𝑑 − 𝑀𝑑𝑓 → 𝐾𝑐 = → 𝐾𝑠 → 𝐴𝑠𝑓 =
𝑀𝑑𝑤 𝑑

A armadura total longitudinal será : 𝐴𝑠 = 𝐴𝑠𝑓 + 𝐴𝑠𝑤


Obs: Armadura de pele NBR 6118/2014
“A mínima armadura lateral deve ser 0,10 % Ac,alma em cada face da alma da viga e composta
por barras de CA-50 ou CA-60, com espaçamento não maior que 20 cm e devidamente
ancorada nos apoios, respeitado o disposto em 17.3.3.2, não sendo necessária uma armadura
superior a 5 cm2/m por face.
Em vigas com altura igual ou inferior a 60 cm, pode ser dispensada a utilização da armadura
de pele.
As armaduras principais de tração e de compressão não podem ser computadas no cálculo da
armadura de pele.”
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24.2-Dimensionamento de armaduras duplas

A's
bw 𝐾𝑠 𝑥 𝑀1
𝐴𝑠 =
𝑑
d'

𝐾𝑠2 𝑥 𝑀2
= + 𝐴𝑠2 =
d

𝑑 − 𝑑′
h

𝐾′𝑠 𝑥 𝑀2
𝐴′𝑠 =
𝑑 − 𝑑′
As As1 As2

𝑏𝑤 𝑥 𝑑²
𝑀1 = 𝑀2 = 𝑀𝑑 − 𝑀1
𝐾𝑐,𝑙𝑖𝑚

Obs.: Para garantir boas condições de ductilidade (Conforme NBR 6118) devemos limitar a
posição da linha neutra utilizando Kc,lim para ralação x/d=0,45
Taxas mínimas de armadura (𝝆𝒎𝒊𝒏) segundo a NBR 6118
𝐴𝑠
𝜌𝑠 = 𝑒 𝐴𝑠, 𝑚𝑖𝑛 = 𝜌𝑚𝑖𝑛 𝑥 𝑏𝑤 𝑥 ℎ
𝑏𝑤 𝑥 ℎ

Forma da Valores de ρmin (As,min/Ac) %


seção
20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90

0,150 0,150 0,150 0,164 0,179 0,194 0,208 0,211 0,219 0,226 0,233 0,239 0,245 0,251 0,256
Retangular
Os valores de ρmin estabelecidos nesta tabela pressupõem o uso de aço CA-50, d/h=0,8 e γc=1,4 e γs=1,15. Caso esses
fatores sejam diferentes, ρmin deve ser reticulado
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24.3- Armadura de flexão em várias camadas


Para garantir que todas as barras da armadura longitudinal sejam envolvidas pelo concreto,
evitando-se falhas de concretagem, devem ser respeitados os espaçamentos indicados:
Espaçamento horizontal:
2𝑐𝑚
𝑒ℎ ≥ { 𝜙
1,2𝑑𝑚á𝑥
dmáx=Diâmetro máximo do agregado

dn
(19mm em geral)
LN
d
h
Espaçamento vertical:

2𝑐𝑚 centróide

0 𝑒𝑣 ≥ { 𝜙
ev

y0
0,5𝑑𝑚á𝑥

eh
24.3.1- Erros aceitáveis método do centroide
Quando as armaduras forem colocadas em mais de uma camada, o dimensionamento não
está rigorosamente correto.
O erro cometido é aceitável?
Se, 𝑦0 ≤ 0,10 h - pode-se considerar toda a
armadura concentrada no centroide dn= d - yo
Se, 𝑦0 ≥ 0,10 h - o erro cometido poderá ser
grande e deve-se verificar a capacidade
resistente da seção com a real disposição das
dn

LN barras
d
h

centróide
ev

y0
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25- Dimensionamento ao cisalhamento


A ABNT NBR 6118 admite dois modelos de cálculo, que pressupõem analogia em treliça, de
banzos paralelos, associado a mecanismos resistentes complementares desenvolvidos no
interior do elemento estrutural e traduzidos por uma componente Vc:
Modelo de cálculo 1 – Considera (item 17.4.2.2 da ABNT NBR 6118):
-Bielas com inclinação de θ=45°
-Vc constante, independente de Vsd (Vsd é a força cortante de cálculo na seção)
Modelo de cálculo 2 – Considera (item 17.4.2.3 da ABNT NBR 6118):
-Bielas com inclinação θ entre 30° e 45°
-Vc diminui com o aumento de Vsd

Em ambos os modelos devemos considerar as seguintes etapas de cálculo:

a) Dimensionamento a compressão, verificação da biela de compressão:

𝑉𝑠𝑑 ≤ 𝑉𝑟𝑑2
𝑉𝑅𝑑2 = 0,27 . 𝛼𝑣2 . 𝑓𝑐𝑑 . 𝑏𝑤. 𝑑
𝛼 𝑣2 = (1 – 𝑓𝑐𝑘 / 250) 𝑓𝑐𝑘 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎
VRd2 é a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína da biela; no modelo I (item
17.4.2.2 da NBR 6118, 2003):

b) Dimensionamento a tração, cálculo da armadura transversal

𝑉𝑠𝑑 ≤ 𝑉𝑟𝑑3 = 𝑉𝑐 + 𝑉𝑠𝑤


Cálculo de Vc
- Para o Modelo de Cálculo I, na flexão simples item 17.4.2.2.b da ABNT NBR 6118:

𝑉𝑐 = 𝑉𝑐0

- Para o Modelo de Cálculo II, na flexão simples item 17.4.2.3.b da ABNT NBR 6118:

𝑉𝑐 = 𝑉𝑐1
Sendo:
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𝑉𝑐1 = 0 , 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑉𝑠𝑑 = 𝑉𝑅𝑑2


𝑉𝑐1 = 𝑉𝑐0 , 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑉𝑠𝑑 ≤ 𝑉𝑐0
Interpolar linearmente para valores de Vsd
entre Vc0 e VRd2.
25.1- Armadura mínima (cisalhamento) segundo NBR 6118:
𝐴𝑠𝑤 𝑓𝑐𝑡𝑚
𝜌𝑠𝑤 = ≥ 0,20 𝑥
𝑏𝑤 𝑥 𝑠 𝑥 𝑆𝑒𝑛 𝛼 𝑓𝑦𝑤𝑘
Todavia, para simplificar o processo de dimensionamento, podemos calcular o valor de
Vsd,min, que corresponde ao máximo valor de Vsd para Asw,min/S, e comparamos com o Vsd,
se Vsd > Vsd,min, calculamos Asw/S correspondente, se Vsd < Vsd,min Utilizamos Asw,min/s.
Assim considerando o modelo 1, α=90° e aço CA50, temos:
3
𝑉𝑠𝑑, 𝑚𝑖𝑛 = 0,0137 𝑥 𝑏𝑤 𝑥 𝑑 𝑥 √𝑓𝑐𝑘 2 , 𝑐𝑜𝑚 𝑓𝑐𝑘 𝑒𝑚 𝑀𝑝𝑎

𝐴𝑠𝑤 0,2 𝑥 𝑓𝑐𝑡, 𝑚


, 𝑚𝑖𝑛 = 𝑥 𝑏𝑤 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝛼
𝑆 𝑓𝑦𝑤𝑘

25.2- Espaçamento longitudinal máximo:

𝑆𝑒 𝑉𝑑 ≤ 0,67𝑉𝑅𝑑2: 𝑆𝑚á𝑥 = 0,6 𝑥 𝑑 ≤ 30𝑐𝑚


7 𝑐𝑚 ≤ 𝑆 ≤ {
𝑆𝑒 𝑉𝑑 > 0,67𝑉𝑅𝑑2: 𝑆𝑚á𝑥 = 0,3 𝑥 𝑑 ≤ 20𝑐𝑚
Tabela com valores de calculo (Vco)
fck (Mpa) fctm (Mpa) fctk,inf (Mpa) fctd (Mpa) fctm (kN/m²) fctk,inf (kN/m²) fctd (kN/m²) fctm (kN/cm²) fctk,inf (kN/cm²) fctd (kN/cm²)
20 2,210 1,547 1,105 2210 1547 1105 0,221 0,155 0,111
25 2,565 1,795 1,282 2565 1795 1282 0,256 0,180 0,128
30 2,896 2,028 1,448 2896 2028 1448 0,290 0,203 0,145
35 3,210 2,247 1,605 3210 2247 1605 0,321 0,225 0,160
40 3,509 2,456 1,754 3509 2456 1754 0,351 0,246 0,175
45 3,795 2,657 1,898 3795 2657 1898 0,380 0,266 0,190
50 4,072 2,850 2,036 4072 2850 2036 0,407 0,285 0,204
55 4,339 3,037 2,169 4339 3037 2169 0,434 0,304 0,217
60 4,598 3,218 2,299 4598 3218 2299 0,460 0,322 0,230
70 5,095 3,567 2,548 5095 3567 2548 0,510 0,357 0,255
80 5,570 3,899 2,785 5570 3899 2785 0,557 0,390 0,278
90 6,025 4,217 3,012 6025 4217 3012 0,602 0,422 0,301
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Tabela de calculo VRd2


0,27xαv2xfcd
fck (Mpa) αv2 fcd (Mpa) VRd2= 0,27 x αv2 x fcd x bw x d
(Kpa)
20 0,92 14286 3549 VRd2= 3549 x bw x d
25 0,90 17857 4339 VRd2= 4339 x bw x d
30 0,88 21429 5091 VRd2= 5091 x bw x d
35 0,86 25000 5805 VRd2= 5805 x bw x d
40 0,84 28571 6480 VRd2= 6480 x bw x d
45 0,82 32143 7116 VRd2= 7116 x bw x d
50 0,80 35714 7714 VRd2= 7714 x bw x d
55 0,78 39286 8274 VRd2= 8274 x bw x d
60 0,76 42857 8794 VRd2= 8794 x bw x d
70 0,72 50000 9720 VRd2= 9720 x bw x d
80 0,68 57143 10491 VRd2= 1049 x bw x d
90 0,64 64286 11109 VRd2= 1111 x bw x d

bw e b (em metros), VRd2 em kN

ρsw, mín
CONCRETO
AÇO C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50
CA-25 0,1768 0,2052 0,2317 0,2568 0,2807 0,3036 0,3257
CA-50 0,0884 0,1026 0,1159 0,1284 0,1404 0,1580 0,1629
CA-60 0,0737 0,0855 0,0965 0,1070 0,1170 0,1265 0,1357
Tabela de cálculo armadura mínima Asw,min= ρsw,min x bw

Valores de Asw/s para estribos de 2 ramos


Espaçamento Espaçamento
Φ5 mm Φ6,3 mm Φ8 mm Φ10 mm Φ5 mm Φ6,3 mm Φ8 mm Φ10 mm
(s) cm (s) cm
5 8,00 19 2,11 3,32 5,26 8,42
6 6,67 10,50 16,67 26,67 20 2,00 3,15 5,00 8,00
7 5,71 9,00 14,29 22,86 21 1,90 3,00 4,76 7,62
8 5,00 7,88 12,50 20,00 22 1,82 2,86 4,55 7,27
9 4,44 7,00 11,11 17,78 23 1,74 2,74 4,35 6,96
10 4,00 6,30 10,00 16,00 24 1,67 2,63 4,17 6,67
11 3,64 5,73 9,09 14,55 25 1,60 2,52 4,00 6,40
12 3,33 5,25 8,33 13,33 26 1,54 2,42 3,85 6,15
13 3,08 4,85 7,69 12,31 27 1,48 2,33 3,70 5,93
14 2,86 4,50 7,14 11,43 28 1,43 2,25 3,57 5,71
15 2,67 4,20 6,67 10,67 29 1,38 2,17 3,45 5,52
16 2,50 3,94 6,25 10,00 30 1,33 2,10 3,33 5,33
18 2,22 3,50 5,56 8,89
tabela de área dos estribos
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89

26- Roteiro de cálculo das vigas


26.1- Viga 201
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90
26.2- Viga 203
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91
26.3- Viga 204
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92
26.4- Viga 206
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93
26.5- Viga 207
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94
26.6- Viga 208
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95
26.7- Viga 210
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96
26.8- Viga 213
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97
26.9- Viga 218
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98
26.10- Viga 219
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99
26.11- Viga 220
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100
26.12- Viga 221
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101
26.13- Viga 222
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102

27- Comprimento de ancoragem e decalagem dos diagramas

Durante o detalhamento das vigas devemos levar em consideração o comprimento de


ancoragem das armaduras com a interface de concreto, de modo a garantir uma boa ligação
entre os dois componentes. Para isso devemos analisar dois parâmetros em relação ao aço e
o concreto, que são: Rugosidade da barra de aço e condição de aderência da região onde se
encontra essa barra dentro da seção de concreto, em determinante a rugosidade podemos
utilizar alguns índices que indicam a condição de rugosidade da barra, esses índices são:

𝜂1: 𝑅𝑢𝑔𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑎ç𝑜


𝜂1 = 1,0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 𝑙𝑖𝑠𝑎𝑠
𝜂1 = 1,4 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙ℎ𝑎𝑑𝑎𝑠
𝜂1 = 2,25 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 𝑛𝑒𝑟𝑣𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠

𝜂2: 𝐶𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑑𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎


𝜂2 = 1,0 𝐵𝑜𝑎 𝑎𝑑𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 (𝐹𝑎𝑐𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜)
𝜂2 = 0,7 𝑀á 𝑎𝑑𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 (𝐹𝑎𝑐𝑒 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜)

𝑛3: 𝐵𝑖𝑡𝑜𝑙𝑎 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎


𝜂3 = 1,0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑖𝑡𝑜𝑙𝑎𝑠 𝑎𝑡é 32𝑚𝑚
132 − 𝜙
𝜂3 = 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑖𝑡𝑜𝑙𝑎𝑠 𝑎𝑐𝑖𝑚𝑎 32𝑚𝑚
100

27.1- Cálculo do comprimento de ancoragem


𝜙 . 𝑓𝑦𝑑
𝑙𝑏 =
4 . 𝑓𝑏𝑑
Sendo:
𝜙: 𝐷𝑖𝑎𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑖𝑡𝑜𝑙𝑎 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑎 𝑒𝑚 𝑐𝑚
𝑘𝑁
𝑓𝑦𝑑: 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑎ç𝑜 (43,5 )
𝑐𝑚2
𝑓𝑏𝑑: 𝑛1 𝑥 𝑛2 𝑥 𝑛3 𝑥 𝑓𝑐𝑡𝑑
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103
28- Detalhamento das armaduras
28.1 – Detalhamento da armadura viga 201
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104
28.2 – Detalhamento da armadura viga 203
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105

29- Pilares de concreto armado


Pilares são “Elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as forças
normais de compressão são preponderantes.” (NBR 6118/20141, item 14.4.1.2).

Pilares-parede são “Elementos de superfície plana ou casca cilíndrica, usualmente dispostos na vertical
e submetidos preponderantemente à compressão. Podem ser compostos por uma ou mais superfícies
associadas. Para que se tenha um pilar-parede, em alguma dessas superfícies a menor dimensão deve
ser menor que 1/5 da maior, ambas consideradas na seção transversal do elemento estrutural.” (item
14.4.2.4).

O dimensionamento dos pilares é feito em função dos esforços externos solicitantes de cálculo, que
compreendem as forças normais (Nd), os momentos fletores (Mdx e Mdy) e as forças cortantes (Vdx
e Vdy) no caso de ação horizontal.

A NBR 6118, na versão de 2003, fez modificações em algumas das metodologias de cálculo das
estruturas de Concreto Armado, como também em alguns parâmetros aplicados no dimensionamento
e verificação das estruturas. Especial atenção é dada à questão da durabilidade das peças de concreto.
Particularmente no caso dos pilares, a norma introduziu várias modificações, como no valor da
excentricidade acidental, um maior cobrimento de concreto, uma nova metodologia para o cálculo da
esbeltez limite relativa à consideração ou não dos momentos fletores de 2a ordem e, principalmente,
com a consideração de um momento fletor mínimo, que pode substituir o momento fletor devido à
excentricidade acidental. A versão de 2014 mantém essas prescrições, e introduziu que a verificação
do momento fletor mínimo pode ser feita comparando uma envoltória resistente, que englobe a
envoltória mínima com 2ª ordem.

No item 17.2.5 (“Processo aproximado para o dimensionamento à flexão composta oblíqua”) a NBR
6118 apresenta um método simplificado para o projeto de pilares sob flexão composta normal e
oblíqua, que não será apresentado neste texto.

Os três itens seguintes (2,3 e 4) foram inseridos no texto porque são muito importantes no projeto de
estruturas de concreto, especialmente o cobrimento da armadura pelo concreto.

30- Esforços nos pilares


Solicitações normais, Os pilares podem estar submetidos a forças normais e momentos fletores,
gerando os seguintes casos de solicitação:
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106

30.1- Compressão Simples


A compressão simples também é chamada compressão centrada ou compressão uniforme. A
aplicação da força normal Nd é no centro geométrico (CG) da seção transversal do pilar, cujas tensões
na seção transversal são uniformes:

Figura x.x - Solicitação de compressão simples ou uniforme.

30.2- Flexão Composta


Na flexão composta ocorre a atuação conjunta de força normal e momento fletor sobre o pilar. Há
dois casos:

- Flexão Composta Normal (ou Reta): existe a força normal e um momento fletor em uma direção,
tal que Mdx = e1x . Nd (Figura “a”);
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107

- Flexão Composta Oblíqua: existe a força normal e dois momentos fletores, relativos às duas
direções principais do pilar, tal que M1d,x = e1x . Nd e M1d,y = e1y . Nd (Figura “b”).

a) Normal b) Oblíqua

30.3- Flambagem

Flambagem pode ser definida como o “deslocamento lateral na direção de maior esbeltez, com força
menor do que a de ruptura do material” ou como a “instabilidade de peças esbeltas comprimidas”. A
ruína por efeito de flambagem é repentina e violenta, mesmo que não ocorram acréscimos bruscos
nas ações aplicadas.
Uma barra comprimida feita por alguns tipos de materiais pode resistir a cargas substancialmente
superior à carga crítica (Ncrít), o que significa que a flambagem não corresponde a um estado-limite
último. No entanto, para uma barra comprimida de Concreto Armado, a flambagem caracteriza um
estado-limite último.

30.3.1- Índice de esbeltez


O índice de esbeltez é a razão entre o comprimento de flambagem e o raio de giração, nas direções a
serem consideradas (NBR 6118, 15.8.2):

𝑙𝑒
𝜆=
𝑖

𝐼
Com raio de giração (i): 𝑖=√
𝐴

Para seção retangular podemos simplificar para:

3,46 . 𝑙𝑒
𝜆=

onde:
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108

𝑙𝑒 = comprimento de flambagem;
𝑖 = raio de giração da seção geométrica da peça (seção transversal de concreto, não considerando a
presença de armadura);
𝐼 = momento de inércia;
𝐴 = área da seção;
ℎ = dimensão do pilar na direção considerada.

O comprimento de flambagem de uma barra isolada depende das vinculações na base e no topo,
conforme os esquemas mostrados na figura abaixo:

Figura 30.1 – Comprimento de flambagem.

Em edifícios, a linha deformada dos pilares contraventados apresenta-se como ilustrada na Figura “a”.
Uma simplificação pode ser feita como indicada a figura “b”.

a) Situação real b) Situação simplificada

“Nas estruturas de nós fixos, o cálculo pode ser realizado considerando cada elemento comprimido
isoladamente, como barra vinculada nas extremidades aos demais elementos estruturais que ali
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109

concorrem, onde se aplicam os esforços obtidos pela análise da estrutura efetuada segundo a teoria de
1a ordem.” (NBR 6118, 15.6).

Assim, o comprimento equivalente (e), de flambagem, “do elemento comprimido (pilar), suposto
vinculado em ambas as extremidades, deve ser o menor dos seguintes valores:

𝑙𝑜 + ℎ
𝑙𝑒 ≤ {
𝑙

com:
𝑙𝑜 = distância entre as faces internas dos
elementos estruturais, supostos horizontais, que
vinculam o pilar (xxx);
ℎ = altura da seção transversal do pilar, medida
no plano da estrutura em estudo;
𝑙 = distância entre os eixos dos elementos
estruturais aos quais o pilar está vinculado.”

Em função do índice de esbeltez, os pilares podem


ser classificados como:

a) Pilar curto se λ ≤ 35;


b) Pilar médio se 35 < λ ≤ 90;
c) Pilar medianamente esbelto se 90 < λ ≤ 140;
d) Pilar esbelto se 140 < λ ≤ 200.

Obs.: Os pilares curtos e médios representam a grande maioria dos pilares das edificações. Os pilares
medianamente esbeltos e esbeltos são bem menos frequentes.

31- NOÇÕES DE CONTRAVENTAMENTO DE ESTRUTURAS


Os edifícios devem ser projetados de modo a apresentarem a necessária estabilidade às ações verticais
e horizontais, ou seja, devem apresentar a chamada “estabilidade global”. Os pilares são os elementos
destinados à estabilidade vertical, porém, é necessário projetar outros elementos mais rígidos que,
além de também transmitirem as ações verticais, deverão garantir a estabilidade horizontal do edifício
à ação do vento e de sismos (quando existirem). Ao mesmo tempo, são esses elementos mais rígidos
que garantirão a indeslocabilidade dos nós dos pilares menos rígidos.

Com essas premissas classificam-se os elementos verticais dos edifícios em elementos de


contraventamento e elementos (pilares) contraventados.

Define-se o sistema de contraventamento como “o conjunto de elementos que proporcionarão a


estabilidade horizontal do edifício e a indeslocabilidade ou quase-indeslocabilidade dos pilares
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110

contraventados”, que são aqueles que não fazem parte do sistema de contraventamento. A NBR 6118
(item 15.4.3) diz que, “Por conveniência de análise, é possível identificar, dentro da estrutura,
subestruturas que, devido à sua grande rigidez a ações horizontais, resistem à maior parte dos esforços
decorrentes dessas ações. Essas subestruturas são chamadas subestruturas de contraventamento. Os
elementos que não participam da subestrutura de contraventamento são chamados elementos
contraventados.”

Os elementos de contraventamento são constituídos por pilares de grandes dimensões (pilares-parede


ou simplesmente paredes estruturais), por treliças ou pórticos de grande rigidez, núcleos de rigidez,
etc., como mostrados na Figura

Pilares contraventados e elementos de contraventamento (FUSCO, 1981).

As lajes dos diversos pavimentos do edifício também podem participar da estabilidade horizontal, ao
atuarem como elementos de rigidez infinita no próprio plano (o que se chama diafragma rígido),
fazendo a ligação entre elementos de contraventamento formados por pórticos, por exemplo.

Segundo SÜSSEKIND (1984, p. 175), “Toda estrutura, independentemente do número de andares e das
dimensões em planta, deve ter seu sistema de contraventamento estudado e adequadamente
dimensionado.”

31.1- Estruturas de Nós Fixos e Móveis


No item 15.4.2 a NBR 6118 define o que são, para efeito de cálculo, estruturas de nós fixos e de nós
móveis. A Figura 31.3 e a Figura 31.4 ilustram os tipos.

a) Estruturas de nós fixos

São aquelas “quando os deslocamentos horizontais dos nós são pequenos e, por decorrência, os efeitos
globais de 2a ordem são desprezíveis (inferiores a 10 % dos respectivos esforços de 1a ordem), Nessas
estruturas, basta considerar os efeitos locais e localizados de 2a ordem.”

No item 15.4.1 a NBR 6118 apresenta definições de efeitos globais, locais e localizados de 2a ordem:
“Sob a ação das cargas verticais e horizontais, os nós da estrutura deslocam-se horizontalmente. Os
esforços de 2a ordem decorrentes desses deslocamentos são chamados efeitos globais de 2a ordem. Nas
barras da estrutura, como um lance de pilar, os respectivos eixos não se mantêm retilíneos, surgindo
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111

aí efeitos locais de 2a ordem que, em princípio, afetam principalmente os esforços solicitantes ao longo
delas.

Em pilares-parede (simples ou compostos) pode-se ter uma região que apresenta não retilinidade
maior do que a do eixo do pilar como um todo. Nessas regiões surgem efeitos de 2 a ordem maiores,
chamados de efeitos de 2a ordem localizados (ver Figura 15.3). O efeito de 2a ordem localizado, além
de aumentar nessa região a flexão longitudinal, aumenta também a flexão transversal, havendo a
necessidade de aumentar a armadura transversal nessas regiões.” (ver Figura 31.1).

31.1 Efeitos de 2a ordem localizados (NBR 6118).

31.2- Estruturas de nós móveis


São “aquelas onde os deslocamentos horizontais não são pequenos e, em decorrência, os efeitos
globais de 2a ordem são importantes (superiores a 10 % dos respectivos esforços de 1a ordem). Nessas
estruturas devem ser considerados tanto os esforços de 2a ordem globais como os locais e localizados.”

As subestruturas de contraventamento podem ser de nós fixos ou de nós móveis, de acordo com as
definições acima .

Para verificar se a estrutura está sujeita ou não a esforços globais de 2 a ordem, ou seja, se a estrutura
pode ser considerada como de nós fixos, lança-se mão do cálculo do parâmetro de instabilidade α (NBR
6118, item 15.5.2) ou do coeficiente γz (item 15.5.3). Esses coeficientes serão estudados na disciplina
Estruturas de Concreto IV.
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112

Para mais informações sobre a estabilidade global dos edifícios devem ser consultados FUSCO (2000)
e SÜSSEKIND (1984).

31.2 Pilares contraventados e elementos de contraventamento (FUSCO, 1981).

31.3 -Estrutura deslocável 31.4 -Estrutura indeslocável

31.3- Elementos Isolados


A NBR 6118 (item 15.4.4) define que são “considerados elementos isolados os seguintes:

a) elementos estruturais isostáticos;

b) elementos contraventados;

c) elementos que fazem parte de estruturas de contraventamento de nós fixos;

d) elementos das subestruturas de contraventamento de nós móveis, desde que, aos esforços nas
extremidades, obtidos em uma análise de 1a ordem, sejam acrescentados os determinados por análise
global de 2a ordem.”
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113

Nesta apostila são apresentados somente os chamados elementos (pilares) contraventados.

32- EXCENTRICIDADES
Neste item são apresentadas outras excentricidades além da excentricidade de 2a ordem, que podem
ocorrer no dimensionamento dos pilares: excentricidade de 1a ordem, excentricidade acidental e
excentricidade devida à fluência.

32.1- Excentricidade de 1a Ordem


A excentricidade de 1a ordem (e1) é devida à possibilidade de ocorrência de momentos fletores
externos solicitantes, que podem ocorrer ao longo do comprimento do pilar, ou devido ao ponto
teórico de aplicação da força normal não estar localizado no centro de gravidade da seção
transversal, ou seja, existência da excentricidade inicial a, como indicada na Figura 14.

Considerando a força normal N e o momento fletor M (independente de N), a Figura 14 mostra os


casos possíveis de excentricidade de 1a ordem.

N suposta N suposta aplicada á N suposta N suposta aplicada á


centrada e M= 0 distancia “a” do CG centrada distancia “a” do CG
e1=0 𝑀 𝑀
M= 0, e1=a e1= e1= a + 𝑁
𝑁

32.2- Excentricidade Acidental


“No caso do dimensionamento ou verificação de um lance de pilar, dever ser considerado o efeito do
desaprumo ou da falta de retilinidade do eixo do pilar [...]. Admite-se que, nos casos usuais de
estruturas reticuladas, a consideração apenas da falta de retilinidade ao longo do lance de pilar seja
suficiente.” (NBR 6118, 11.3.3.4.2). A imperfeição geométrica pode ser avaliada pelo ângulo θ1 :

1
𝜃=
100√𝐻

com:

H = altura do lance, em metro, conforme mostrado na Figura;

𝜃 1mín = 1/300 para estruturas reticuladas e imperfeições locais;

𝜃 1max = 1/200 máx


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114

a) Elementos de b) Falta de retilinidade. c) Desaprumo do pilar


travamento (tracionado ou
comprimido) no pilar

A excentricidade acidental para um lance do pilar resulta do ângulo θ1 :

𝐻
𝑒𝑎 = θ1
2

32.3- Excentricidade de 2a Ordem


“A análise global de 2a ordem fornece apenas os esforços nas extremidades das barras, devendo ser
realizada uma análise dos efeitos locais de 2a ordem ao longo dos eixos das barras comprimidas, de
acordo com o prescrito em 15.8. Os elementos isolados, para fins de verificação local, devem ser
formados pelas barras comprimidas retiradas da estrutura, com comprimento 𝑙𝑒 , de acordo com o
estabelecido em 15.6, porém aplicando-se às suas extremidades os esforços obtidos através da análise
global de 2a ordem.” (NBR 6118, item 15.7.4).
Conforme a NBR 6118 (15.8.2), “Os esforços locais de 2a ordem em elementos isolados podem ser
desprezados quando o índice de esbeltez for menor que o valor-limite λ1 [...]. O valor de λ1 depende de
diversos fatores, mas os preponderantes são:
- a excentricidade relativa de 1a ordem e1 /h na extremidade do pilar onde ocorre o momento de 1a
ordem de maior valor absoluto;
- a vinculação dos extremos da coluna isolada;
- a forma do diagrama de momentos de 1a ordem.”

O valor-limite λ1 é:

𝑒1
25 + 12,5
𝜆1 = ℎ
𝛼𝑏
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115

com: 35 ≤ λ1 ≤ 90,
onde: e1 = excentricidade de 1a ordem (não inclui a excentricidade acidental ea);
e / h 1 = excentricidade relativa de 1a ordem.

No item 15.8.1 da NBR 6118 encontra-se que o pilar deve ser do tipo isolado, e de seção e armadura
constantes ao longo do eixo longitudinal, submetidos à flexo-compressão. “Os pilares devem ter índice
de esbeltez menor ou igual a 200 (λ ≤ 200). Apenas no caso de elementos pouco comprimidos com força
normal menor que 0,10fcd Ac , o índice de esbeltez pode ser maior que 200. Para pilares com índice

de esbeltez superior a 140, na análise dos efeitos locais de 2a ordem, devem-se multiplicar os esforços
solicitantes finais de cálculo por um coeficiente adicional γn1 = 1 + [0,01(λ – 140)/1,4].” O valor de
αb deve ser obtido conforme estabelecido a seguir (NBR 6118, 15.8.2):

“a) para pilares bi-apoiados sem cargas transversais:

𝑀𝐵
𝛼𝑏 = 0,6 + 0,4 ≥ 0,4
𝑀𝐴

sendo: 0,4 ≤ αb ≤ 1,0


MA e MB são os momentos de 1a ordem nos extremos do pilar, obtidos na análise de 1a ordem no
caso de estruturas de nós fixos e os momentos totais (1a ordem + 2a ordem global) no caso de
estruturas de nós móveis. Deve ser adotado para MA o maior valor absoluto ao longo do pilar bi-
apoiado e para MB o sinal positivo, se tracionar a mesma face que MA, e negativo, em caso
contrário.

b) para pilares bi-apoiados com cargas transversais significativas ao longo da altura:


αb =1

c) para pilares em balanço:

𝑀𝐶
𝛼𝑏 = 0,8 + 0,2 ≥ 0,85
𝑀𝐵

sendo: 0,85 ≤ αb ≤ 1,0,


MA = momento de 1a ordem no engaste;
MC = momento de 1a ordem no meio do pilar em balanço.

d) para pilares bi-apoiados ou em balanço com momentos menores que o momento mínimo
estabelecido em 11.3.3.4.3:

αb =1
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116

O fator αb consta do ACI 318 (1995) com a notação Cm (item 10.12.3.1). Porém, ao contrário da NBR
6118, que também considera a excentricidade relativa e1/h, tanto o ACI como o Eurocode 2 (1992) e o
MC-90 (1990) do CEB, calculam a esbeltez limite em função da razão entre os momentos fletores ou
entre as excentricidades nas extremidades do pilar.

32.4- Excentricidade Devida à Fluência

“A consideração da fluência deve obrigatoriamente ser realizada em pilares com índice de


esbeltez ʎ > 90 e pode ser efetuada de maneira aproximada, considerando a excentricidade adicional
ecc dada a seguir:” (NBR 6118, 15.8.4)

𝑀𝑔𝑠 𝜑𝑁𝑔𝑠
𝑒𝑐𝑐 = ( + 𝑒𝑎) . (2,718𝑁𝑒−𝑁𝑔𝑠 − 1)
𝑁𝑔𝑠

10 𝐸𝑐𝑖 𝐼𝑐
𝑁𝑒 =
𝑙𝑒²

onde: 𝑒𝑎 = excentricidade devida a imperfeições locais;

Msg e Nsg = esforços solicitantes devidos à combinação quase permanente;


ϕ = coeficiente de fluência;
𝐸𝑐𝑖 = módulo de elasticidade tangente;
𝐼𝑐 = momento de inércia;
𝑙𝑒 = comprimento de flambagem.

DETERMINAÇÃO DOS EFEITOS LOCAIS DE 2a ORDEM


De acordo com a NBR 6118 (15.8.3), o cálculo dos efeitos locais de 2a ordem pode ser feito pelo Método
Geral ou por métodos aproximados. O Método Geral é obrigatório para elementos com λ > 140.
A norma apresenta diferentes métodos aproximados, sendo eles: método do pilar-padrão com
curvatura aproximada (item 15.8.3.3.2), método do pilar-padrão com rigidez k aproximada
(15.8.3.3.3), método do pilar-padrão acoplado a diagramas M, N, 1/r (15.8.3.3.4) e método do pilar-
padrão para pilares de seção retangular submetidos à flexão composta oblíqua (15.8.3.3.5). Serão
agora apresentados os métodos do pilar-padrão com curvatura aproximada, que são simples de serem
aplicados no dimensionamento.

33- Método do Pilar-Padrão com Curvatura Aproximada


Conforme a NBR 6118 (15.8.3.3.2), o método pode ser “empregado apenas no cálculo de pilares com
λ ≤ 90, com seção constante e armadura simétrica e constante ao longo de seu eixo. A não linearidade
geométrica é considerada de forma aproximada, supondo-se que a deformação da barra seja senoidal.
A não linearidade física é considerada através de uma expressão aproximada da curvatura na seção
crítica.”
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117

A equação senoidal para a linha elástica foi definida na Eq. 16, que define os valores para a deformação
de 2a ordem (e2) ao longo da altura do pilar. A não linearidade física com a curvatura aproximada foi
apresentada na Eq. 11 e na Eq. 19.

O momento fletor total máximo no pilar deve ser calculado com a expressão:

𝑙𝑒² 1
𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 = 𝛼𝑏 𝑀𝑑1, 𝑎 + 𝑁𝑑 ≥ 𝑀1𝑑, 𝐴
10 𝑟
onde:

αb = parâmetro definido no item 7.3;


Nd = força normal solicitante de cálculo;
le = comprimento de flambagem.
1/r = curvatura na seção crítica, avaliada pela expressão aproximada (Eq. 19):

1 0,005 0,005
= ≤
𝑟 ℎ(𝑣 + 0,5) ℎ

Sendo:

𝑁𝑑
𝑣=
𝐴𝑐 𝑓𝑐𝑑

Com:

𝑀1𝑑, 𝐴 = valor de cálculo de 1a ordem do momento MA , como definido no item 7.3;


𝑀1𝑑, 𝑚í𝑛 = momento fletor mínimo como definido a seguir;
Ac = área da seção transversal do pilar;
𝑓𝑐𝑑 = resistência de cálculo à compressão do concreto (fcd = fck /γc);
ℎ = dimensão da seção transversal na direção considerada.

𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛 = 𝑁𝑑(0,015 + 0,03ℎ)

Sendo ℎ a altura total da seção transversal na direção considerada, em metro (m)

A NBR 6118 ainda informa que ao se considerar o momento fletor mínimo pode-se desconsiderar
a excentricidade acidental ou o efeito das imperfeições locais, e que ao momento mínimo devem ser
acrescidos os momentos de 2a ordem.
A rigor, o momento fletor total máximo deve ser calculado para cada direção principal do pilar.
Ele leva em conta que, numa seção intermediária onde ocorre a excentricidade máxima de 2a ordem,
o momento fletor máximo de 1a ordem seja corrigido pelo fator αb. Isto é semelhante ao que se
encontra no item 7.5.4 de FUSCO (1981), com a diferença de que novos parâmetros foram
estabelecidos para αb . Se o momento fletor de 1a ordem for nulo ou menor que o mínimo, então o
momento fletor mínimo, constante na altura do pilar, deve ser somado ao momento fletor de 2a
ordem. Ainda no item 11.3.3.4.3 da NBR 6118: “Para pilares de seção retangular, pode-se definir uma
envoltória mínima de 1ª ordem, tomada a favor da segurança,” conforme mostrado na Figura 19.
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118

𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛, 𝑥 2 𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛, 𝑦 2


( ) +( ) =1
𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛, 𝑥𝑥 𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛, 𝑦𝑦

𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛, 𝑥𝑥 = 𝑁𝑑(0,015 + 0,03ℎ)


𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛, 𝑦𝑦 = 𝑁𝑑(0,015 + 0,03𝑏)

Sendo:
𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛, 𝑥𝑥 e 𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛, 𝑦𝑦 = Componentes em flexão composta normal;
𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛, 𝑥 e 𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛, 𝑦 = Componentes em flexão composta oblíqua;

“Neste caso, a verificação do momento mínimo pode ser considerada atendida quando, no
dimensionamento adotado, obtém-se uma envoltória resistente que englobe a envoltória mínima de
1ª ordem. Quando houver a necessidade de calcular os efeitos locais de 2ª ordem em alguma das
direções do pilar, a verificação do momento mínimo deve considerar ainda a envoltória mínima com
2ª ordem, conforme 15.3.2.”

No item 15.3.2 a norma reapresenta o diagrama da Figura 19, mas com a envoltória mínima acrescida
dos efeitos da 2a ordem, e mostrando também a envoltória resistente (Figura 20). “Para pilares de
seção retangular, quando houver a necessidade de calcular os efeitos locais de 2ª ordem, a verificação
do momento mínimo pode ser considerada atendida quando, no dimensionamento adotado, obtém-
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119

se uma envoltória resistente que englobe a envoltória mínima com 2ª ordem, cujos momentos totais
são calculados a partir dos momentos mínimos de 1ª ordem e de acordo com item 15.8.3. A
consideração desta envoltória mínima pode ser realizada através de duas análises à flexão composta
normal, calculadas de forma isolada e com momentos fletores mínimos de 1ª ordem atuantes nos
extremos do pilar, nas suas direções principais.”

34- Método do Pilar-Padrão com Rigidez k Aproximada


Conforme a NBR 6118 (15.8.3.3.3), o método pode ser “empregado apenas no cálculo de pilares com
λ ≤ 90, com seção retangular constante e armadura simétrica e constante ao longo de seu eixo. A não
linearidade geométrica deve ser considerada de forma aproximada, supondo-se que a deformação da
barra seja senoidal. A não linearidade física deve ser considerada através de uma expressão
aproximada da rigidez.
O momento total máximo no pilar deve ser calculado a partir da majoração do momento de 1a ordem
pela expressão: ”

𝛼𝑏 . 𝑀1𝑑, 𝐴
𝑀𝑠𝑑, 𝑡𝑜𝑡 = ≥ 𝑀1𝑑, 𝐴
𝜆²
1−
120 . 𝑘/𝑣

Sendo o valor da rigidez adimensional k dado aproximadamente pela expressão:

𝑀𝑅𝑑, 𝑡𝑜𝑡
𝑘𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥 = 32 (1 + 5 ).𝑣
ℎ . 𝑁𝑑

“Em um processo de dimensionamento, toma-se MRd,tot = MSd,tot . Em um processo de verificação, onde


a armadura é conhecida, MRd,tot é o momento resistente calculado com essa armadura e com Nd = NSd =
NRd .

Convergindo a equações anteriores obtém-se uma equação do 2o grau útil para calcular diretamente
o valor de MSd,tot , sem a necessidade de se fazer iterações:

𝑎𝑀𝑠𝑑, 𝑡𝑜𝑡 2 + 𝑏𝑀𝑠𝑑, 𝑡𝑜𝑡 + 𝑐 = 0

𝑎 = 5ℎ

𝑏 = ℎ^2. 𝑁𝑑 − (𝑁𝑑. 𝑙𝑒^2)/320 − 5ℎ. 𝛼𝑏. 𝑀1𝑑, 𝐴

𝑐 = −𝑁𝑑. ℎ^2. 𝛼𝑏. 𝑀1𝑑, 𝐴

−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐
𝑀𝑠𝑑, 𝑡𝑜𝑡 =
2𝑎
O cálculo do momento fletor total pode ser feito aplicando as três equações acima ,ou também com
a equação do segundo grau (com Md,tot ao invés de MSd):

19200 𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 2 + (3840 ℎ 𝑁𝑑 – 𝜆2 ℎ 𝑁𝑑 – 19200 𝛼𝑏 𝑀1𝑑, 𝐴)𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 – 3840 𝛼𝑏 ℎ 𝑁𝑑 𝑀1𝑑, 𝐴 = 0
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120

35- SITUAÇÕES BÁSICAS DE PROJETO


Para efeito de projeto, os pilares dos edifícios podem ser classificados nos seguintes tipos: pilares
intermediários, pilares de extremidade e pilares de canto. A cada um desses tipos básicos corresponde
uma situação de projeto diferente.

35.1- Pilar Intermediário


Nos pilares intermediários (Figura 21) considera-se a compressão centrada na situação de projeto, pois
como as lajes e vigas são contínuas sobre o pilar, pode-se admitir que os momentos fletores
transmitidos ao pilar sejam pequenos e desprezíveis. Não existem, portanto, os momentos fletores
MA e MB de 1a ordem nas extremidades do pilar, como descritos no item 7.3.

35.2- Pilar de Extremidade


Os pilares de extremidade, de modo geral, encontram-se posicionados nas bordas das edificações,
sendo também chamados pilares laterais ou de borda. O termo “pilar de extremidade” advém do fato
do pilar ser extremo para uma viga, aquela que não tem continuidade sobre o pilar, como mostrado
na Figura 22. Na situação de projeto ocorre a flexão composta normal, decorrente da não continuidade
da viga.

Existem, portanto, os momentos fletores MA e MB de 1a ordem em uma direção do pilar, como


descritos no item 7.3.

O pilar de extremidade não ocorre necessariamente na borda da edificação, ou seja, pode ocorrer na
zona interior de uma edificação, desde que uma viga não apresente continuidade no pilar.

Nas seções de topo e base ocorrem excentricidades e1 de 1a ordem, na direção principal x ou y do

𝑀𝐴 𝑀𝐵
𝑒1, 𝐴 = 𝑁𝑑
e 𝑒1, 𝐵 = 𝑁𝑑
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121

Os momentos fletores MA e MB são devidos aos carregamentos verticais sobre as vigas, e obtidos
calculando-se os pilares em conjunto com as vigas, formando pórticos planos, ou, de uma maneira
mais simples e que pode ser feita manualmente, com a aplicação das equações já apresentadas em
BASTOS (2015).

35.3- Pilar de Canto


De modo geral, os pilares de canto encontram-se posicionados nos cantos dos edifícios, vindo daí o
nome, como mostrado na Figura 24. Na situação de projeto ocorre a flexão composta oblíqua,
decorrente da não continuidade das vigas apoiadas no pilar. Existem, portanto, os momentos fletores
MA e MB de 1a ordem, nas suas duas direções do pilar, ou seja, e1x e e1y . Esses momentos podem ser
calculados da mesma forma como apresentado nos pilares de extremidade.

35.4- RELAÇÃO ENTRE A DIMENSÃO MÍNIMA E O COEFICIENTE DE PONDERAÇÃO


Os pilares com seção transversal retangular são diferenciados dos pilares-parede em função da
relação entre os lados, conforme a regra (Figura 33):
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122

h≤ 5 b → pilar

h > 5 b → pilar-parede

A NBR 6118 (item 13.2.3) impõe que “A seção transversal de pilares e pilares-parede maciços, qualquer
que seja a sua forma, não pode apresentar dimensão menor que 19 cm. Em casos especiais, permite-
se a consideração de dimensões entre 19 cm e 14 cm, desde que se multipliquem os esforços solicitantes
de cálculo a serem considerados no dimensionamento por um coeficiente adicional γn , de acordo com
o indicado na Tabela 13.1 e na Seção 11. Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal
de área inferior a 360 cm2.”, o que representa a seção mínima de 14 x 25,7 cm. A Tabela 4 apresenta
o coeficiente adicional. É importante salientar que o texto indica que todos os esforços solicitantes
atuantes no pilar devem ser majorados por γn , ou seja, a força normal e os momentos fletores que
existirem.

b ≥19 18 17 16 15 14
γn 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25
Nota: O coeficiente γn deve majorar os esforços solicitantes finais de
cálculo quando de seu dimensionamento.
γn = 1,95 – 0,05 b
b = menor dimensão da seção transversal (cm).

36- Cargas nos pilares


P1=P2=P29 P3=P6=P2 P7=P10= P8=P9=P
PILARES\NÍVEIS =P30 5=P28 P4=P5 P21=P24 22=P23 P11 P12 P13=P18 P14=P17 P15=P16 P19=P20 P26=P27
COBERTURA\RESERVATÓRIO - - 0 - - 0 0 - - - 0 -
BARRILETE - - 100 - - 100 100 - - - 100 -
COBERTURA 49,87 155,67 135,87 92,91 47,27 142,47 139,57 59,67 115,87 168,27 72,27 82,37
4º PAVIMENTO 49,87 155,67 135,87 92,91 47,27 142,47 139,57 59,67 115,87 168,27 72,27 82,37
3º PAVIMENTO 49,87 155,67 135,87 92,91 47,27 142,47 139,57 59,67 115,87 168,27 72,27 82,37
2º PAVIMENTO 49,87 155,67 135,87 92,91 47,27 142,47 139,57 59,67 115,87 168,27 72,27 82,37
1º PAVIMENTO 49,87 155,67 135,87 92,91 47,27 142,47 139,57 59,67 115,87 168,27 72,27 82,37
TÉRREO 44,4 150,2 130,4 78 41,8 137 134,1 54,2 110,4 162,8 66,8 76,9

Tabela de carga nos pilares


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123

37- Cálculo dos pilares


37.1- Cálculo do Pilar P15
Após toda a teoria vamos pôr em prática! Iniciaremos pelo dimensionamento do pilar P15 devido a
sua configuração, é um pilar intermediário de carga Nk=841,35 kN

le

hy
Nd x

hx

le=2,88 m

hy=19 cm

hx=40 cm

Resolução

a) Esforços solicitantes majorada e relacionada a seção adotada

𝑁𝑑 = 𝛾𝑛. 𝛾𝑓. 𝑁𝑘 = 1,0 . 1,4 . 841,35 = 1177,9 𝑘𝑁

com γn determinado na Tabela 4, em função da largura da seção transversal do pilar. Tratando-se de


um pilar intermediário, não existem momentos fletores e excentricidades de 1a ordem em ambas as
direções do pilar.

b) Índice de Esbeltez
3,46𝑙𝑒𝑥 3,46 . 288
𝜆𝑥 = = = 24,9
ℎ𝑥 40

3,46𝑙𝑒𝑥 3,46 . 288


𝜆𝑦 = = = 52,44
ℎ𝑥 19
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124

c) Momento fletor mínimo

𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛 = 𝑁𝑑(1,5 + 0,03ℎ)

Direção x:

𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛, 𝑥 = 1177,9(1,5 + 0,03 . 40) = 3180,3 𝑘𝑁. 𝑐𝑚;

3180,3
𝑒1𝑥, 𝑚𝑖𝑛, 𝑥 = = 2,7 𝑐𝑚 (Desconsiderar por ser pilar intermediário)
1177,9

Direção y:
𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛, 𝑦 = 1177,9(1,5 + 0,03 . 19) = 2438,2 𝑘𝑁. 𝑐𝑚;

2438,2
𝑒1𝑥, 𝑚𝑖𝑛, 𝑦 = 1177,9 = 2,07 𝑐𝑚 (Desconsiderar por ser pilar intermediário)

Obs.: Nos pilares intermediários não ocorrem momentos fletores e excentricidade de 1ª


Ordem, desde modo sendo e1=0 e αb=1,0

Deste modo:
𝜆𝑦 = 24,90 < 𝜆1𝑦 → Não se considera os efeitos locais de 2ª ordem na direção x

𝜆𝑦 = 52,44 > 𝜆1𝑦 → Se considera os efeitos locais de 2ª ordem na direção y

Em pilares retangulares correntes, geralmente há a necessidade de considerar a


excentricidade de 2a ordem na direção da largura do pilar.

d) Momentos de 2ª ordem
O momento de 2ª ordem será avaliado pelos métodos de pilar-padrão com curvatura
aproximada.

𝑙𝑒² 1 𝑀1𝑑, 𝑎
𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 = 𝛼𝑏 𝑀1𝑑, 𝐴 + 𝑁𝑑 ≥{
10 𝑟 𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛

Força normal adimensional


𝑁𝑑 1177,9
𝑣= = = 0,72
𝐴𝑐 𝑓𝑐𝑑 760 . 3
1,4

1 0,005 0,005 0,005


= = = 2,15 . 10−4 𝑐𝑚−1 ≤ = 2,63 . 10−4
𝑟 ℎ(𝑣 + 0,50) 19 . (0,72 + 0,50) 19

1
Usaremos = 2,15 . 10−4 𝑐𝑚−1
𝑟

𝑙𝑒² 1 288²
𝑒2𝑦 = . = . 2,15 . 10−4 = 1,78 𝑐𝑚
10 𝑟 10
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125

288²
𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 = 1,0 . 2438,2 + 1177,9 . 2,15 . 10−4 = 4540 𝑘𝑁. 𝑐𝑚 > 2438,2 𝑘𝑁. 𝑐𝑚 ∴ 𝑜𝑘!
10

𝑀2𝑑, 𝑚á𝑥, 𝑦 = 𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 − 𝑀1𝑑, 𝑚í𝑛 =4540 – 2438,2 =2102 kN.cm

2102 kN.cm

3180 kN.cm 2438 kN.cm

1,78
3,85
2,07

2,70

Cálculo de 𝝁 (Fator ábaco de VENTURINI)

Neste exemplo iremos calcular para ambos os momentos, em relação a “x” e á “y”

𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡𝑥 3180,3


𝜇𝑥 = = = 0,05
ℎ𝑥. 𝐴𝑐. 𝑓𝑐𝑑 40.760. 3,0
1,4
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126

𝑑′𝑥 4,0
Escolha do ábaco: ℎ𝑥
= 40
= 0,10 → Ábaco A-25 → ω=0,05

𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡𝑦 4540


𝜇𝑦 = = = 0,146
ℎ𝑦. 𝐴𝑐. 𝑓𝑐𝑑 19.760. 3,0
1,4

𝑑′𝑥 4,0
Escolha do ábaco: ℎ𝑥
= 19
= 0,21 → Ábaco A-4 → ω=0,35

Calcularemos a área de aço baseado no maior valor de ω (ω=0,35)

3,0
ω. Ac. fcd 0,35.760.
1,4
𝐴𝑠 = = = 14,9 𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑑 50
1,15

Cálculo pelo método de pilar-padrão com rigidez K aproximada:

Equação:
19200 𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 2 + (3840 ℎ 𝑁𝑑 – 𝜆2 ℎ 𝑁𝑑 – 19200 𝛼𝑏 𝑀1𝑑, 𝐴)𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 – 3840 𝛼𝑏 ℎ 𝑁𝑑 𝑀1𝑑, 𝐴 = 0

Substituindo:

19200 𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 2


+ (3840 19 1177,9 – 52,442 . 19 . 1177,9– 19200 1,0 .2438)𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 – 3840 1,0 . 19 . 1177,9 . 2438 = 0

𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 = 3939 𝑘𝑁. 𝑐𝑚


𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡𝑦 3939
𝜇𝑦 = = = 0,13
ℎ𝑦. 𝐴𝑐. 𝑓𝑐𝑑 19.760. 3,0
1,4
𝑑′𝑥 4,0
Escolha do ábaco: ℎ𝑥
= 19
= 0,21 → Ábaco A-4 → ω=0,30

3,0
ω. Ac. fcd 0,23.760. 1,4
𝐴𝑠 = = = 11,2 𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑑 50
1,15
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127

Momentos nos pilares de extremidade

Como consideramos os pilares de extremidade como um apoio fixo para as vigas, ou seja, não
gerou momento nas extremidades das vigas a serem absorvidas pelos pilares, todavia, podemos
utilizar o momento gerado pelar armaduras do porta estribos, que padronizamos como sendo 2Φ8mm
(1 cm²) e que já foi ancorada nos pilares conforme a NBR 6118 estabelece, esse procedimento é viável
para esse tipo de edificação de pilares com menor inércia gerando uma economia significativa de
armaduras, mas mantendo as características estruturais de ambos os elementos!

Para a realização deste procedimento, temos que encontrar o momento que a armadura de
2Φ 8mm (1cm²) é capaz de absorver nos dois tipos de seções presentes no projeto (19x40) e (14x40),
para isso seguiremos o processo de cálculo abaixo:

Cálculo da altura da linha neutra da seção:

0,68 . 𝑏𝑤 . 𝑥 . 𝑓𝑐𝑑 = 𝑓𝑦𝑘. 𝐴𝑠


X= Altura da linha neutra em cm

0,68 . 19 . 𝑥 .3/1,4 = 50/1,15.1


X=1,6 cm (domínio 2)

0,68 . 14 . 𝑥 .3/1,4 = 50/1,15.1


X=2,13 cm (domínio 2)

Limites dos domínios do concreto (seção de 40cm e d=37 cm):

x2lim = 0,26d = 0,26 . 37 = 9,62 cm

x3lim = 0,63d = 0,63 . 46 = 23,3 cm

Cálculo do momento (Mk)


50
1,4. 𝑀𝑘 = 𝐴𝑠 . . (𝑑 − 0,4. 𝑥)
1,15
Mk= Momento de projeto em kN.cm
50
1,4. 𝑀𝑘 = 1 . . (37 − 0,4.1,6)
1,15
Mk= 1129 kN.cm

50
1,4. 𝑀𝑘 = 1 . . (37 − 0,4.2,13)
1,15
Mk= 1122,6 kN.cm
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128

37.2 - Cálculo Pilar 4 – Pilar de extremidade

M1d,A,x
y

le

hy
Nd x

hx
M1d,A,x

Nk=779,35 kN

Mk=1129 kN.cm

le=2,88 m

hy=19 cm

hx=40 cm

Resolução

a) Esforços solicitantes majorada e relacionada a seção adotada

𝑁𝑑 = 𝛾𝑛. 𝛾𝑓. 𝑁𝑘 = 1,0 . 1,4 . 751 = 1091 𝑘𝑁

𝑀𝑑 = 𝛾𝑛. 𝛾𝑓. 𝑀𝑘 = 1,0 . 1,4 . 1129 = 1580,6 𝑘𝑁. 𝑐𝑚

com γn determinado na Tabela 4, em função da largura da seção transversal do pilar. Tratando-se de


um pilar intermediário, não existem momentos fletores e excentricidades de 1a ordem em ambas as
direções do pilar.

b) Índice de Esbeltez
3,46𝑙𝑒𝑥 3,46 . 288
𝜆𝑥 = = = 24,9
ℎ𝑥 40

3,46𝑙𝑒𝑥 3,46 . 288


𝜆𝑦 = = = 52,44
ℎ𝑥 19
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129

c) Excentricidade inicial devido ao momento já existente no pilar

1580,6
𝑒1𝑥 = = 1,45
1091

d) Momento fletor mínimo

𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛 = 𝑁𝑑(1,5 + 0,03ℎ)

Direção x:

𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛, 𝑥 = 1091(1,5 + 0,03 . 40) = 2945,9 𝑘𝑁. 𝑐𝑚;

2945,9
𝑒1𝑥, 𝑚𝑖𝑛, 𝑥 = 1091
= 2,7 𝑐𝑚 (Desconsiderar por ser pilar intermediário)

Direção y:
𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛, 𝑦 = 1091(1,5 + 0,03 . 19) = 2258,55 𝑘𝑁. 𝑐𝑚;

2258,55
𝑒1𝑥, 𝑚𝑖𝑛, 𝑦 = 1091
= 2,07 𝑐𝑚

Obs.: Como o momento inicial se mostra menor que o momento mínimo utilizaremos o nosso
fator αb=1

Desse modo:
𝜆𝑦 = 24,90 < 𝜆1𝑦 → Não se considera os efeitos locais de 2ª ordem na direção x

𝜆𝑦 = 52,44 > 𝜆1𝑦 → Se considera os efeitos locais de 2ª ordem na direção y

Em pilares retangulares correntes, geralmente há a necessidade de considerar a


excentricidade de 2a ordem na direção da largura do pilar.

e) Momentos de 2ª ordem
O momento de 2ª ordem será avaliado pelos métodos do pilar-padrão com curvatura
aproximada.

𝑙𝑒² 1 𝑀1𝑑, 𝑎
𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 = 𝛼𝑏 𝑀1𝑑, 𝐴 + 𝑁𝑑 ≥{
10 𝑟 𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛

Força normal adimensional


𝑁𝑑 1091
𝑣= = = 0,67
𝐴𝑐 𝑓𝑐𝑑 760 . 3
1,4

1 0,005 0,005 0,005


= = = 2,25 . 10−4 𝑐𝑚−1 ≤ = 2,63 . 10−4
𝑟 ℎ(𝑣 + 0,50) 19 . (0,67 + 0,50) 19
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130

1
Usaremos = 2,25 . 10−4 𝑐𝑚−1
𝑟

𝑙𝑒² 1 288²
𝑒2𝑦 = . = . 2,25 . 10−4 = 1,86 𝑐𝑚
10 𝑟 10

288²
𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 = 1,0 . 2258,55 + 1091 10
. 2,25 . 10−4 = 4294,13 𝑘𝑁. 𝑐𝑚>2258,5 𝑘𝑁. 𝑐𝑚 ∴ 𝑜𝑘!

𝑀2𝑑, 𝑚á𝑥, 𝑦 = 𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 − 𝑀1𝑑, 𝑚í𝑛 =4294,13 – 2258,5 =2035,6 kN.cm

2035 kN.cm

2945 kN.cm 1129 kN.cm 2258 kN.cm

2,07

1,45 2,7

Calculo de 𝝁 (Fator ábaco de VENTURINI)

Neste exemplo iremos calcular para ambos os momentos, em relação a “x” e á “y”

𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡𝑥 2945,9


𝜇𝑥 = = = 0,045
ℎ𝑥. 𝐴𝑐. 𝑓𝑐𝑑 40.760. 3,0
1,4
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131

𝑑′𝑥 4,0
Escolha do ábaco: ℎ𝑥
= 40
= 0,10 → Ábaco A-25 → ω=0,05

𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡𝑦 4294,13


𝜇𝑦 = = = 0,14
ℎ𝑦. 𝐴𝑐. 𝑓𝑐𝑑 19.760. 3,0
1,4

𝑑′𝑥 4,0
Escolha do ábaco: ℎ𝑥
= 19
= 0,21 → Ábaco A-4 → ω=0,25

Calcularemos a área de aço baseado no maior valor de ω (ω=0,25)

3,0
ω. Ac. fcd 0,25.760.
1,4
𝐴𝑠 = = = 9,4 𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑑 50
1,15

Cálculo pelo método de pilar-padrão com rigidez K aproximada:

Equação:
19200 𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 2 + (3840 ℎ 𝑁𝑑 – 𝜆2 ℎ 𝑁𝑑 – 19200 𝛼𝑏 𝑀1𝑑, 𝐴)𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 – 3840 𝛼𝑏 ℎ 𝑁𝑑 𝑀1𝑑, 𝐴 = 0

𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 = 3649 𝑘𝑁. 𝑐𝑚


𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡𝑦 3649
𝜇𝑦 = = = 0,12
ℎ𝑦. 𝐴𝑐. 𝑓𝑐𝑑 19.760. 3,0
1,4
𝑑′𝑥 4,0
Escolha do ábaco: ℎ𝑥
= 19
= 0,21 → Ábaco A-4 → ω=0,18

3,0
ω. Ac. fcd 0,18.760. 1,4
𝐴𝑠 = = = 6,75 𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑑 50
1,15
𝐴𝑠, 𝑚𝑖𝑛 = 0,004 . 𝐴𝑐 = 0,004 . 760 = 3,04 𝑐𝑚²
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132

37.3- Cálculo Pilar 1

,y
,A
1d
M
M1d,A,x

le

hy
Nd x

hx
M1d,B,x
,y
,B
1d
M

Nk=250 kN

Mkx=1129

Mky=1129

le=2,88 m

hy=19 cm

hx=40 cm

Resolução

a) Esforços solicitantes majorada e relacionada a seção adotada

𝑁𝑑 = 𝛾𝑛. 𝛾𝑓. 𝑁𝑘 = 1,0 . 1,4 . 250 = 350 𝑘𝑁

𝑀1𝑑, 𝑥 = 𝛾𝑛. 𝛾𝑓. 𝑀𝑘𝑥 = 1,0 . 1,4 . 1129 = 1580 𝑘𝑁

𝑀1𝑑, 𝑦 = 𝛾𝑛. 𝛾𝑓. 𝑀𝑘𝑥 = 1,0 . 1,4 . 1129 = 1580 𝑘𝑁

com γn determinado na Tabela 4, em função da largura da seção transversal do pilar. Tratando-se de


um pilar intermediário, não existem momentos fletores e excentricidades de 1a ordem em ambas as
direções do pilar.
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133

b) Índice de Esbeltez
3,46𝑙𝑒𝑥 3,46 . 288
𝜆𝑥 = = = 24,9
ℎ𝑥 40

3,46𝑙𝑒𝑥 3,46 . 288


𝜆𝑦 = = = 52,44
ℎ𝑥 19

c) Excentricidade inicial devido ao momento já existente no pilar

1580
𝑒1𝑥 = = 4,51
350

d) Momento fletor mínimo

𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛 = 𝑁𝑑(1,5 + 0,03ℎ)

Direção x:

𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛, 𝑥 = 350(1,5 + 0,03 . 40) = 945 𝑘𝑁. 𝑐𝑚;

945
𝑒1𝑥, 𝑚𝑖𝑛, 𝑥 = 350 = 2,7 𝑐𝑚

Direção y:
𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛, 𝑦 = 350(1,5 + 0,03 . 19) = 724,5 𝑘𝑁. 𝑐𝑚;

724,5
𝑒1𝑥, 𝑚𝑖𝑛, 𝑦 = 350
= 2,07 𝑐𝑚

Obs.: Como o momento inicial se mostra maior que o momento mínimo utilizaremos o nosso
fator αb como sendo:

𝑀𝐵 (−1580,6)
𝛼𝑏 = 0,6 + 0,4. 0,6 + 0,4. = 0,2 ≥ 0,4 ∴ 𝛼𝑏 = 0,4
𝑀𝐴 1580,6

Desse modo:
𝜆𝑦 = 24,90 < 𝜆1𝑦 → Não se considera os efeitos locais de 2ª ordem na direção x

𝜆𝑦 = 52,44 > 𝜆1𝑦 → Se considera os efeitos locais de 2ª ordem na direção y

Em pilares retangulares correntes, geralmente há necessidade de considerar a excentricidade


de 2a ordem na direção da largura do pilar.
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134

Esbeltez limite

𝑒1
25+12,5.

𝜆1 =
𝛼𝑏

4,51
25+12,5.
19
𝜆1 = = 69,9
0,4
Obs: Em teoria, não precisaríamos considerar os efeitos de segunda ordem devido ao fato da
esbeltez limite ser elevada pelo momento inicial, porém ainda assim consideraremos os efeitos
de segunda ordem para esse pilar de modo a avaliar os efeitos dessa consideração!

e) Momentos de 2ª ordem
O momento de 2ª ordem será avaliado pelos métodos de pilar-padrão com curvatura
aproximada.

𝑙𝑒² 1 𝑀1𝑑, 𝑎
𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 = 𝛼𝑏 𝑀1𝑑, 𝐴 + 𝑁𝑑 ≥{
10 𝑟 𝑀1𝑑, 𝑚𝑖𝑛

Força normal adimensional


𝑁𝑑 350
𝑣= = = 0,215
𝐴𝑐 𝑓𝑐𝑑 760 . 3
1,4

1 0,005 0,005 0,005


= = = 3,7 . 10−4 𝑐𝑚−1 ≤ = 2,63 . 10−4
𝑟𝑥 ℎ(𝑣 + 0,50) 19 . (0,215 + 0,50) 19

1
Usaremos = 2,63 . 10−4 𝑐𝑚−1
𝑟𝑥

1 0,005 0,005 0,005


= = = 1,8. 10−4 𝑐𝑚−1 ≤ = 2,63 . 10−4
𝑟𝑦 ℎ(𝑣 + 0,50) 40 . (0,215 + 0,50) 19

1
Usaremos = 1,81 . 10−4 𝑐𝑚−1
𝑟𝑦

𝑙𝑒² 1 288²
𝑒2𝑥 = . = . 2,63 . 10−4 = 2,18 𝑐𝑚
10 𝑟𝑥 10

𝑙𝑒² 1 288²
𝑒2𝑦 = . = . 1,8 . 10−4 = 1,50 𝑐𝑚
10 𝑟𝑦 10

2882
𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡𝑦 = 1,0 . 724,5 + 350. . 2,63 . 10−4 = 1488 𝑘𝑁. 𝑐𝑚 < 1580 𝑘𝑁. 𝑐𝑚
10

𝑀2𝑑, 𝑚á𝑥, 𝑦 = 𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 − 𝑀1𝑑, 𝑚í𝑛 =1580 – 724,5 =855,5 kN.cm
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135

2,07

4,51 2,70

Cálculo de 𝝁 (Fator ábaco de VENTURINI)

Neste exemplo iremos calcular para ambos os momentos, em relação a “x” e á “y”

𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡𝑥 1580


𝜇𝑥 = = = 0,024
ℎ𝑥. 𝐴𝑐. 𝑓𝑐𝑑 40.760. 3,0
1,4
𝑑′𝑥 4,0
Escolha do ábaco: ℎ𝑥
= 40
= 0,10 → Ábaco A-25 → ω=0,05
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136

𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡𝑦 1580


𝜇𝑦 = = = 0,05
ℎ𝑦. 𝐴𝑐. 𝑓𝑐𝑑 19.760. 3,0
1,4

𝑑′𝑥 4,0
Escolha do ábaco: ℎ𝑥
= 19
= 0,21 → Ábaco A-4 → ω=0,05

Calcularemos a área de aço baseado no maior valor de ω (ω=0,05)

3,0
ω. Ac. fcd 0,05.760.
1,4
𝐴𝑠 = = = 1,87 𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑑 50
1,15

𝐴𝑠, 𝑚𝑖𝑛 = 0,004 . 𝐴𝑐 = 0,004 . 760 = 3,04 𝑐𝑚²

Cálculo pelo método de pilar-padrão com rigidez K aproximada:

Equação:
19200 𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 2 + (3840 ℎ 𝑁𝑑 – 𝜆2 ℎ 𝑁𝑑 – 19200 𝛼𝑏 𝑀1𝑑, 𝐴)𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 – 3840 𝛼𝑏 ℎ 𝑁𝑑 𝑀1𝑑, 𝐴 = 0

𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡 = 1170,4 𝑘𝑁. 𝑐𝑚


𝑀𝑑, 𝑡𝑜𝑡𝑦 1170,4
𝜇𝑦 = = = 0,037
ℎ𝑦. 𝐴𝑐. 𝑓𝑐𝑑 19.760. 3,0
1,4
𝑑′𝑥 4,0
Escolha do ábaco: = = 0,21 → Ábaco A-4 → ω=0,05
ℎ𝑥 19

3,0
ω. Ac. fcd 0,05.760. 1,4
𝐴𝑠 = = = 1,87 𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑑 50
1,15

𝐴𝑠, 𝑚𝑖𝑛 = 0,004 . 𝐴𝑐 = 0,004 . 760 = 3,04 𝑐𝑚²


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137

38- Armadura transversal


A principal função dos estribos e a contenção da flambagem das barras que compõe o elemento
estrutural ao receber a carga axial, além de facilitar o procedimento de montagem e distribuição das
barras longitudinais durante a execução da edificação.

Para o dimensionamento dos estribos, precisamos simplesmente obedecer alguns parâmetros


relativos as armaduras longitudinais já calculadas que são:

“A armadura transversal de pilares, constituída por estribos e, quando for o caso, por grampos
suplementares, deve ser colocada em toda a altura do pilar, sendo obrigatória sua colocação na região
de cruzamento com vigas e lajes.” (NBR 6118, 18.4.3). O diâmetro dos estribos em pilares deve
obedecer a:

5𝑚𝑚
𝜙𝑡 ≥ {
𝜙𝑙/4
“O espaçamento longitudinal entre estribos, medido na direção do eixo do pilar, para garantir o
posicionamento, impedir a flambagem das barras longitudinais e garantir a costura das emendas de
barras longitudinais nos pilares usuais, deve ser”:
20 𝑐𝑚
𝑆𝑚á𝑥 ≤ { 𝑏
12𝜙 (𝐶𝐴50)

38.1 -Proteção contra flambagem

No item 18.2.4 da NBR 6118 encontra-se: “Sempre que houver possibilidade de flambagem das barras
da armadura, situadas junto à superfície do elemento estrutural, devem ser tomadas precauções para
evitá-la. Os estribos poligonais garantem contra a flambagem as barras longitudinais situadas em seus
cantos e as por eles abrangidas, situadas no máximo à distância 20 𝜙 t do canto, se nesse trecho de
comprimento 20 𝜙 t não houver mais de duas barras, não contando a de canto. Quando houver mais
de duas barras nesse trecho ou barra fora dele, deve haver estribos suplementares.
Se o estribo suplementar for constituído por uma barra reta, terminada em ganchos (90° a 180°), ele
deve atravessar a seção do elemento estrutural, e os seus ganchos devem envolver a barra
longitudinal.”
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138

39- Detalhamento das armaduras


Com a elaboração do cálculo dos três principais tipos de pilares, podemos realizar agora o
detalhamento desses elementos, fazendo a distribuição das barras longitudinais e transversais
escolhendo a bitola e espaçamento dessas armaduras.

39.1- Detalhamento Pilar 15 (1º Lance)


Área de aço calculada: 11,2 cm² → 6Φ 16mm (12 cm²)

Estribos:

5𝑚𝑚
𝜙𝑡 ≥ { ∴ 5𝑚𝑚
16/4 = 4

Espaçamento mínimo
20 𝑐𝑚
𝑆𝑚á𝑥 ≤ { 19 𝑐𝑚 ∴ 19 𝑐𝑚
12 𝑥 1,6 = 19,2 𝑐𝑚
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139

6Ø 16mm

4.00
1.90

est Ø5mm grampo Ø5mm

3.40
6
.3

1.30

39.2- Detalhamento Pilar 4 (1º Lance)

Área de aço calculada: 7,11 cm² → 6Φ 12,5mm (7,50 cm²)

Estribos:

5𝑚𝑚
𝜙𝑡 ≥ { ∴ 5𝑚𝑚
12,5/4 = 3,125

Espaçamento mínimo
20 𝑐𝑚
𝑆𝑚á𝑥 ≤ { 19 𝑐𝑚 ∴ 15 𝑐𝑚
12 𝑥 1,25 = 15 𝑐𝑚
Curso Edifício completo – O Canal da engenharia________________________________________
140

6Ø 12,5mm

.40
.19

est Ø5mm grampo Ø5mm

.34
4
.0

.13

39.3- Detalhamento Pilar 1 (1º Lance)

Área de aço calculada: 3,04 cm² → 6Φ 10mm (4,8 cm²)

Estribos:

5𝑚𝑚
𝜙𝑡 ≥ { ∴ 5𝑚𝑚
10/4 = 2,5

Espaçamento mínimo
20 𝑐𝑚
𝑆𝑚á𝑥 ≤ { 19 𝑐𝑚 ∴ 12 𝑐𝑚
12 𝑥 10 = 12 𝑐𝑚
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141

6Ø 10mm

.40
.19

est Ø5mm grampo Ø5mm

.34
4
.0

.13
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142
ROTEIRO DE CALCULO PILAR INTERMEDIÁRIO (P3=P6=P25=P28)
DADOS DO PILAR
Nk 778,35 kN
le 288 cm y
hy 19 cm
hx 40 cm

le
Ac 760 cm²

hy
Nd x
γn 1-
hx
γf 1,4 -
fck 3 kN/cm²
fcd 2,142857143 kN/cm²
fyk 50 kN/cm²
d'x 4 cm
αb 1-
a) ESFORÇOS SOLICITANTES MAJORADA E RELACIONADA A SEÇÃO ADOTADA

Nd 1089,69 kN
b) Índice de esbeltez
ʎx 24,912 NÃO APLICAR EFEITOS DE 2ª ORDEM
ʎy 52,44631579 APLICAR EFEITOS DE 2ª ORDEM

c) Momento minimo para x e y


M1d,min,x 2942,163 kN.cm
M1d,min,y 2255,6583 kN.cm
e1x,min,x 2,7 cm
e1x,min,y 2,07 cm
d) Momento de 2ª ordem
v 0,669
1/Rx 0 ≤ 0
1/Ry 0,000225093 ≤ 0,000263
1/rx 0
1/ry 0,000225093
e2x 0 cm
e2y 1,867010609 cm
Md,tot,x 2942,163 kN.cm
Md,tot,y 4290,12109 kN.cm
μx 0,045164783 d'x/hx 0,1 ωx 0,05
μy 0,138646573 d'x/hy 0,210526316 ωy 0,3
Asx 1,87 cm²
Asy 11,23714286 cm²
As min 3,04 cm²

Metódo da rigidez aproximada k


a 1 a 1
b 4366,461057 b -1080,933022
c -25648364,8 c -9340279,513
Δ 121659441,3 Δ 38529534,25
Msd,tot,x 3331,7 Msd,tot,y 3644,1
μx 0,05 d'x/hx 0,1 ωx 0,05
μy 0,12 d'x/hy 0,211 ωy 0,2
Asx 1,87 cm²
Asy 7,49 cm²
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143
ROTEIRO DE CALCULO PILAR INTERMEDIÁRIO (P8=P9=P22=P23)
DADOS DO PILAR
Nk 236,35 kN
le 288 cm y
hy 19 cm
hx 40 cm

le
Ac 760 cm²

hy
Nd x
γn 1-
hx
γf 1,4 -
fck 3 kN/cm²
fcd 2,142857143 kN/cm²
fyk 50 kN/cm²
d'x 4 cm
αb 1-
a) ESFORÇOS SOLICITANTES MAJORADA E RELACIONADA A SEÇÃO ADOTADA

Nd 330,89 kN
b) Índice de esbeltez
ʎx 24,912 NÃO APLICAR EFEITOS DE 2ª ORDEM
ʎy 52,44631579 APLICAR EFEITOS DE 2ª ORDEM

c) Momento minimo para x e y


M1d,min,x 893,403 kN.cm
M1d,min,y 684,9423 kN.cm
e1x,min,x 2,7 cm
e1x,min,y 2,07 cm
d) Momento de 2ª ordem
v 0,203
1/Rx 0 ≤ 0
1/Ry 0,000374241 ≤ 0,000263
1/rx 0
1/ry 0,000263158
e2x 0 cm
e2y 2,182736842 cm
Md,tot,x 893,403 kN.cm
Md,tot,y 1407,188094 kN.cm
μx 0,01371452 d'x/hx 0,1 ωx 0,05
μy 0,045476993 d'x/hy 0,210526316 ωy 0,05
Asx 1,87 cm²
Asy 1,872857143 cm²
As min 3,04 cm²

Metódo da rigidez aproximada k


a 1 a 1
b 1325,898466 b -328,2308983
c -2364944,949 c -861234,1191
Δ 11217786,54 Δ 3552671,999
Msd,tot,x 1011,7 Msd,tot,y 1106,5
μx 0,02 d'x/hx 0,1 ωx 0,05
μy 0,04 d'x/hy 0,211 ωy 0,05
Asx 1,87 cm²
Asy 1,87 cm²
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144
ROTEIRO DE CALCULO PILAR INTERMEDIÁRIO (P14=P17)
DADOS DO PILAR
Nk 579,35 kN
le 288 cm y
hy 19 cm
hx 40 cm

le
Ac 760 cm²

hy
Nd x
γn 1-
hx
γf 1,4 -
fck 3 kN/cm²
fcd 2,142857143 kN/cm²
fyk 50 kN/cm²
d'x 4 cm
αb 1-
a) ESFORÇOS SOLICITANTES MAJORADA E RELACIONADA A SEÇÃO ADOTADA

Nd 811,09 kN
b) Índice de esbeltez
ʎx 24,912 NÃO APLICAR EFEITOS DE 2ª ORDEM
ʎy 52,44631579 APLICAR EFEITOS DE 2ª ORDEM

c) Momento minimo para x e y


M1d,min,x 2189,943 kN.cm
M1d,min,y 1678,9563 kN.cm
e1x,min,x 2,7 cm
e1x,min,y 2,07 cm
d) Momento de 2ª ordem
v 0,498
1/Rx 0 ≤ 0
1/Ry 0,000263675 ≤ 0,000263
1/rx 0
1/ry 0,000263158
e2x 0 cm
e2y 2,182736842 cm
Md,tot,x 2189,943 kN.cm
Md,tot,y 3449,352325 kN.cm
μx 0,033617546 d'x/hx 0,1 ωx 0,05
μy 0,111474914 d'x/hy 0,210526316 ωy 0,05
Asx 1,87 cm²
Asy 1,872857143 cm²
As min 3,04 cm²

Metódo da rigidez aproximada k


a 1 a 1
b 3250,092135 b -804,57191
c -14209926,94 c -5174781,728
Δ 67402806,66 Δ 21346462,87
Msd,tot,x 2479,9 Msd,tot,y 2712,4
μx 0,04 d'x/hx 0,1 ωx 0,05
μy 0,09 d'x/hy 0,211 ωy 0,05
Asx 1,87 cm²
Asy 1,87 cm²
Curso Edifício completo – O Canal da engenharia________________________________________
ROTEIRO DE CALCULO PILAR INTERMEDIÁRIO (P11)
145

DADOS DO PILAR
Nk 812,35 kN
le 288 cm y
hy 19 cm
hx 40 cm

le
Ac 760 cm²

hy
Nd x
γn 1-
hx
γf 1,4 -
fck 3 kN/cm²
fcd 2,142857143 kN/cm²
fyk 50 kN/cm²
d'x 4 cm
αb 1-
a) ESFORÇOS SOLICITANTES MAJORADA E RELACIONADA A SEÇÃO ADOTADA

Nd 1137,29 kN
b) Índice de esbeltez
ʎx 24,912 NÃO APLICAR EFEITOS DE 2ª ORDEM
ʎy 52,44631579 APLICAR EFEITOS DE 2ª ORDEM

c) Momento minimo para x e y


M1d,min,x 3070,683 kN.cm
M1d,min,y 2354,1903 kN.cm
e1x,min,x 2,7 cm
e1x,min,y 2,07 cm
d) Momento de 2ª ordem
v 0,698
1/Rx 0 ≤ 0
1/Ry 0,000219603 ≤ 0,000263
1/rx 0
1/ry 0,000219603
e2x 0 cm
e2y 1,821473198 cm
Md,tot,x 3070,683 kN.cm
Md,tot,y 4425,733553 kN.cm
μx 0,047137678 d'x/hx 0,1 ωx 0,05
μy 0,143029247 d'x/hy 0,210526316 ωy 0,35
Asx 1,87 cm²
Asy 13,11 cm²
As min 3,04 cm²

Metódo da rigidez aproximada k


a 1 a 1
b 4557,197456 b -1128,150498
c -27938056,55 c -10174108,93
Δ 132520274,9 Δ 41969159,26
Msd,tot,x 3477,3 Msd,tot,y 3803,3
μx 0,05 d'x/hx 0,1 ωx 0,05
μy 0,12 d'x/hy 0,211 ωy 0,2
Asx 1,87 cm²
Asy 7,49 cm²
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ROTEIRO DE CALCULO PILAR INTERMEDIÁRIO (P19=P20) 146
DADOS DO PILAR
Nk 461,35 kN
le 288 cm y
hy 19 cm
hx 40 cm

le
Ac 760 cm²

hy
Nd x
γn 1-
hx
γf 1,4 -
fck 3 kN/cm²
fcd 2,142857143 kN/cm²
fyk 50 kN/cm²
d'x 4 cm
αb 1-
a) ESFORÇOS SOLICITANTES MAJORADA E RELACIONADA A SEÇÃO ADOTADA

Nd 645,89 kN
b) Índice de esbeltez
ʎx 24,912 NÃO APLICAR EFEITOS DE 2ª ORDEM
ʎy 52,44631579 APLICAR EFEITOS DE 2ª ORDEM

c) Momento minimo para x e y


M1d,min,x 1743,903 kN.cm
M1d,min,y 1336,9923 kN.cm
e1x,min,x 2,7 cm
e1x,min,y 2,07 cm
d) Momento de 2ª ordem
v 0,397
1/Rx 0 ≤ 0
1/Ry 0,000293507 ≤ 0,000263
1/rx 0
1/ry 0,000263158
e2x 0 cm
e2y 2,182736842 cm
Md,tot,x 1743,903 kN.cm
Md,tot,y 2746,800199 kN.cm
μx 0,026770441 d'x/hx 0,1 ωx 0,05
μy 0,08877009 d'x/hy 0,210526316 ωy 0,05
Asx 1,87 cm²
Asy 1,872857143 cm²
As min 3,04 cm²

Metódo da rigidez aproximada k


a 1 a 1
b 2588,124634 b -640,699492
c -9010956,069 c -3281489,835
Δ 42742213,4 Δ 13536455,18
Msd,tot,x 1974,8 Msd,tot,y 2159,9
μx 0,03 d'x/hx 0,1 ωx 0,05
μy 0,07 d'x/hy 0,211 ωy 0,05
Asx 1,87 cm²
Asy 1,87 cm²
Curso Edifício completo – O Canal da engenharia________________________________________
ROTEIRO DE CALCULO PILAR EXTREMIDADE (P13=P18) 147
DADOS DO PILAR
Nk 298,35 kN
Mk,A,x 1129
Mk,B,x -1129
M1d,A,x 1580,6 kN.cm
M1d,B,x -1580,6 kN.cm
le 288 cm M1d,A,x
y
hy 19 cm
hx 40 cm
Ac 760 cm²

le

hy
Nd x
γn 1 -
γf 1,4 - hx
fck 3 kN/cm² M1d,A,x
fcd 2,142857143 kN/cm²
fyk 50 kN/cm²
d'x 4 cm
αb 1 -
a) ESFORÇOS SOLICITANTES MAJORADA E RELACIONADA A SEÇÃO ADOTADA

Nd 417,69 kN
b) Índice de esbeltez
ʎx 24,912 NÃO APLICAR EFEITOS DE 2ª ORDEM
ʎy 52,44631579 APLICAR EFEITOS DE 2ª ORDEM
c) Momento minimo para x e y
M1d,min,x 1127,763 kN.cm M1d,A,x 1580,6 kN.cm
M1d,min,y 864,6183 kN.cm M1d,B,x -1580,6 kN.cm
e1x,min,x 2,7 cm e1x,A,x 3,784146137 cm
e1x,min,y 2,07 cm e1x,B,x -3,784146137 cm
d) Momento de 2ª ordem
v 0,256
1/Rx 0 ≤ 0
1/Ry 0,000347873 ≤ 0,000263
1/rx 0
1/ry 0,000263158
e2x 0 cm e1c 1,51 cm
e2y 2,182736842 cm
Md,tot,x 1580,6 kN.cm
Md,tot,y 1776,325652 kN.cm
μx 0,024263596 d'x/hx 0,1 ωx 0,05
μy 0,057406646 d'x/hy 0,210526316 ωy 0,05
Asx 1,87 cm²
Asy 1,872857143 cm²
As min 3,04 cm²

Metódo da rigidez aproximada k


a 1 a 1
b 1673,711899 b -414,3333552
c -3768442,62 c -1372341,187
Δ 17875082 Δ 5661036,879
Msd,tot,x 1277,1 Msd,tot,y 1396,8
μx 0,02 d'x/hx 0,1 ωx 0,05
μy 0,05 d'x/hy 0,211 ωy 0,05
Asx 1,87 cm²
Asy 1,87 cm²
Curso Edifício completo – O Canal da engenharia________________________________________
ROTEIRO DE CALCULO PILAR EXTREMIDADE (P26=P27) 148
DADOS DO PILAR
Nk 411,85 kN
Mk,A,x 1129
Mk,B,x -1129
M1d,A,x 1580,6 kN.cm
M1d,B,x -1580,6 kN.cm
le 288 cm M1d,A,x
y
hy 19 cm
hx 40 cm
Ac 760 cm²

le

hy
Nd x
γn 1 -
γf 1,4 - hx
fck 3 kN/cm² M1d,A,x
fcd 2,142857143 kN/cm²
fyk 50 kN/cm²
d'x 4 cm
αb 1 -
a) ESFORÇOS SOLICITANTES MAJORADA E RELACIONADA A SEÇÃO ADOTADA

Nd 576,59 kN
b) Índice de esbeltez
ʎx 24,912 NÃO APLICAR EFEITOS DE 2ª ORDEM
ʎy 52,44631579 APLICAR EFEITOS DE 2ª ORDEM
c) Momento minimo para x e y
M1d,min,x 1556,793 kN.cm M1d,A,x 1580,6 kN.cm
M1d,min,y 1193,5413 kN.cm M1d,B,x -1580,6 kN.cm
e1x,min,x 2,7 cm e1x,A,x 2,741289304 cm
e1x,min,y 2,07 cm e1x,B,x -2,741289304 cm
d) Momento de 2ª ordem
v 0,354
1/Rx 0 ≤ 0
1/Ry 0,000308131 ≤ 0,000263
1/rx 0
1/ry 0,000263158
e2x 0 cm e1c 1,10 cm
e2y 2,182736842 cm
Md,tot,x 1580,6 kN.cm
Md,tot,y 2452,085536 kN.cm
μx 0,024263596 d'x/hx 0,1 ωx 0,05
μy 0,079245608 d'x/hy 0,210526316 ωy 0,05
Asx 1,87 cm²
Asy 1,872857143 cm²
As min 3,04 cm²

Metódo da rigidez aproximada k


a 1 a 1
b 2310,434877 b -571,9564014
c -7181050,207 c -2615099,117
Δ 34062310,15 Δ 10787530,59
Msd,tot,x 1762,9 Msd,tot,y 1928,2
μx 0,03 d'x/hx 0,1 ωx 0,05
μy 0,06 d'x/hy 0,211 ωy 0,05
Asx 1,87 cm²
Asy 1,87 cm²
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149

Ligação viga/pilar
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150

40- Dimensionamento das escadas

As escadas do nosso edifício seguem uma distribuição de 4 lances para cada pavimento vencido, sendo
dois lances que se apoião diretamente em vigas e dois lances que se apoio em patamares.

O lance 1 se apoiado na viga 206 e na viga inclinada conforme indica o desenho, já o lance 2 se apoia
nos patamares do lance 1 e lance 3 que podem ser considerados gêmeos, desta forma podemos
desenvolver o esquema estático para ambos os lances (lances 1 e 3) e (lances 2 e 4).

As cargas presentes no dimensionamento do elemento escadas são:

Peso próprio do elemento:


𝑒 0,18
𝑃𝑃 = (ℎ + ) . 𝛾𝑐𝑎 ∴ 𝑃𝑃 = (0,12 + ) . 25 = 5,25 𝑘𝑁/𝑚
2 2
Sendo:

h: Altura da laje estrutural da escada


e: O espelho do degrau

Revestimento = 1,0 kN/m

Carga de utilização = 3,0 kN/m (escada com acesso público NBR 6120)

Total: 9,25 kN/m²


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151

40.1- Dimensionamento lance 2


9,25 kN/m

9,44 kN/m

9,44 kN/m

Carregamento do esquema estático lance 2

5,06

5,06
9,44 kN/m

5,06
5,06
9,44 kN/m
Diagrama de momento fletor lance 2

Dimensionamento:

𝑏𝑤 . 𝑑² 120 . 12²
𝐾𝑐 = ∴ 𝐾𝑐 = = 24,39
𝑀𝑠𝑑 1,4 . 506

𝑀𝑠𝑑 1,4 . 506


𝐴𝑠 = 𝐾𝑠 . ∴ 𝐴𝑠 = 0,023 . = 1,35 𝑐𝑚2 /𝑚
𝑏𝑤 12
𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 𝜌 min. 𝐴𝑐 ∴ 𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 0,0015 . 12 . 120 = 2,16 𝑐𝑚²

2,16 1.20
Espaçamento da armadura principal: 𝑛° 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠: 0,315
= 6,8 𝑆= 6,8
= 0,17

𝐴𝑠𝑝𝑟𝑖𝑛𝑐𝑖𝑝𝑎𝑙 2,16
5
= 5 = 0,43 𝑐𝑚²
Armadura de distribuição: 𝐴𝑠 𝑑𝑖𝑠𝑡 𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 2,16
2
= 2 = 1,08 𝑐𝑚²
{ 2
0,9 𝑐𝑚
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152

.20

.20

Ø5mm c/ 15

Ø6,3 mm c/ 14

Detalhamento da armadura lance 2

40.2- Dimensionamento lance 1

9,44 kN/m 9,44 kN/m

9,25 kN/m

Carregamento do esquema estático lance 1


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153

22,3

29,3 kN/m 22,3

23,3

22,3
22,3
29,3 kN/m

Carregamento do esquema estático lance 1

Dimensionamento:

𝑏𝑤 . 𝑑² 120 . 12²
𝐾𝑐 = ∴ 𝐾𝑐 = = 5,5
𝑀𝑠𝑑 1,4 . 2330

𝑀𝑠𝑑 1,4 . 2330


𝐴𝑠 = 𝐾𝑠 . ∴ 𝐴𝑠 = 0,024 . = 6,52 𝑐𝑚2 /𝑚
𝑑 12
𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 𝜌 min. 𝐴𝑐 ∴ 𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 0,0015 . 12 . 120 = 2,16 𝑐𝑚²

6,52 1.20
Espaçamento da armadura principal: 𝑛° 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠: = 8,15 𝑆= = 0,147
0,8 8.15

𝐴𝑠𝑝𝑟𝑖𝑛𝑐𝑖𝑝𝑎𝑙 6,52
5
= 5 = 1,304 𝑐𝑚²
Armadura de distribuição: 𝐴𝑠 𝑑𝑖𝑠𝑡 𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 2,16
= 2 = 1,08 𝑐𝑚²
2
{ 2
0,9 𝑐𝑚

Detalhamento da armadura lance 1

50 x Ø

50

Ø5mm c/ 15

Ø10mm c/ 14
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154

Obs.: O detalhamento deve evitar o fenômeno conhecido como empuxo no vazio, onde as barras dos
vértices da mudança de direção entre o lance e o patamar com angulação negativa, devemos fazer a
disposição com duas barras separadas a modo de evitar a tendência de reticulação quando submetidas
aos esforços solicitantes, deste modo realizamos o procedimento de armação como o detalhe abaixo:

50 x Ø

50

41- Dimensionamento da viga inclinada:

30 kN/m 30 kN/m
1,9 kN/m

Carregamento viga inclinada


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155

23,5

37,6 kN/m 23,5

24,0

23,5 37,6 kN/m


23,5

Diagrama momento fletor viga inclinada

37,6

1,6
1,2

-1,2
-1,6

37,6

Diagrama de cortante viga inclinada

Dimensionamento armadura de flexão:

Dimensionamento:

𝑏𝑤 . 𝑑² 19 . 37²
𝐾𝑐 = ∴ 𝐾𝑐 = = 7,74
𝑀𝑠𝑑 1,4 . 2400

𝑀𝑠𝑑 1,4 . 2400


𝐴𝑠 = 𝐾𝑠 . ∴ 𝐴𝑠 = 0,024 . = 2,2 𝑐𝑚2 /𝑚
𝑑 37
𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 𝜌 min. 𝐴𝑐 ∴ 𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 0,0015 . 19 . 40 = 1,4 𝑐𝑚²
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156

Ø5mm c/ 15

2Ø10 mm

2Ø12,5 mm

Armadura viga inclinada


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157

42- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas de concreto – Procedimento,


NBR 6118. Rio de Janeiro, ABNT, 2014, 238p.

BASTOS, P.S.S. Dimensionamento de vigas de concreto armado à força cortante. Disciplina 2123 – Estruturas
de Concreto II. Bauru/SP, Departamento Engenharia Civil, Faculdade de Engenharia - Universidade Estadual
Paulista (UNESP), abr/2015, 74p. Disponível em (30/07/2015):
http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/pag_concreto2.htm

BASTOS, P.S.S. Ancoragem e emenda de armaduras. Disciplina 2123 – Estruturas de Concreto II. Bauru/SP,
Departamento Engenharia Civil, Faculdade de Engenharia - Universidade Estadual Paulista (UNESP), maio/2015,
40p. Disponível em (30/07/2015):
http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/pag_concreto2.htm

FUSCO, P.B. Estruturas de concreto - Solicitações normais. Rio de Janeiro, Ed. Guanabara Dois, 1981, 464p.

PINHEIRO, L.M. ; BARALDI, L.T. ; POREM, M.E. Concreto Armado: Ábacos para flexão oblíqua. São Carlos,
Departamento de Engenharia de Estruturas, Escola de Engenharia de São Carlos – USP, 1994.

PINHEIRO, L.M. Instabilidade. Notas de Aula. São Carlos, Departamento de Engenharia de Estruturas, Escola de
Engenharia de São Carlos – USP, 1994.

SÜSSEKIND, J.C. Curso de concreto, v. 2, 4a ed., Porto Alegre, Ed. Globo, 1984, 280p.
VENTURINI, W.S. Dimensionamento de peças retangulares de concreto armado solicitadas à flexão reta. São
Carlos, Departamento de Engenharia de Estruturas, Escola de Engenharia de São Carlos – USP, 1987.

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