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FÍSICA
CIÊNCI
e suas
Ca
AS
t
D
e
A
c
NA
n
TU
o
RE
l
ZA
o g i a s
co Basileus, Herlan Fellini
, Felipe Filatte e Kevork Soghomonian
1
© Hexag Sistema de Ensino, 2018
Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino. São Paulo, 2018
Todos os direitos reservados.
Autores
Caco Basileus
Herlan Fellini
Felipe Filatte
Kevork Soghomonian
Diretor geral
Herlan Fellini
Coordenador geral
Raphael de Souza Motta
Responsabilidade editorial
Hexag Sistema de Ensino
Diretor editorial
Pedro Tadeu Batista
Revisora
Maria Cristina Lopes Araújo
Pesquisa iconográfica
Stephanie Lippi Antonio
Programação visual
Hexag Sistema de Ensino
Editoração eletrônica
Claudio Guilherme da Silva
Eder Carlos Bastos de Lima
Fernando Cruz Botelho de Souza
Matheus de Oliveira Ferretti
Raphael de Souza Motta
Raphael Campos Silva
Stephanie Lippi Antonio
Foto da capa
pixabay (http://pixabay.com)
Impressão e acabamento
Meta Solutions
ISBN: 978-85-9542-011-3
Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusivo o
ensino. Caso exista algum texto, a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à disposição
para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos direitos sobre
as imagens publicadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra está sendo usado apenas para fins didáticos, não represen-
tando qualquer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora.
2018
Todos os direitos reservados por Hexag Sistema de Ensino.
Rua Luís Góis, 853 – Jd. Mirandópolis – São Paulo – SP
CEP: 04043-300
Telefone: (11) 3259-5005
www.hexag.com.br
contato@hexag.com.br
CARO ALUNO
O Hexag Medicina é referência em preparação pré-vestibular de candidatos à carreira de Medicina. Desde 2010, são centenas de aprovações nos princi-
pais vestibulares de Medicina no Estado de São Paulo, Rio de Janeiro e em todo Brasil. O material didático foi, mais uma vez, aperfeiçoado e seu conteúdo
enriquecido, inclusive com questões recentes dos relevantes vestibulares de 2018.
Esteticamente, houve uma melhora em seu layout, na definição das imagens, criação de novas seções e também na utilização de cores.
No total, são 105 livros e 6 cadernos de aula.
O conteúdo dos livros foi organizado por aulas. Cada assunto contém uma rica teoria, que contempla de forma objetiva e clara o que o aluno
realmente necessita assimilar para o seu êxito nos principais vestibulares do Brasil e Enem, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar.
Todo livro é iniciado por um infográfico. Esta seção, de forma simples, resumida e dinâmica, foi desenvolvida para indicação dos assuntos mais abordados
nos principais vestibulares, voltados para o curso de medicina em todo território nacional.
O conteúdo das aulas está dividido da seguinte forma:
TEORIA
Todo o desenvolvimento dos conteúdos teóricos, de cada coleção, tem como principal objetivo apoiar o estudante na resolução de questões
propostas. Os textos dos livros são de fácil compreensão, completos e organizados. Além disso, contam com imagens ilustrativas que complementam
as explicações dadas em sala de aula. Quadros, mapas e organogramas, em cores nítidas, também são usados, e compõem um conjunto abrangente de
informações para o estudante, que vai dedicar-se à rotina intensa de estudos.
TEORIA NA PRÁTICA (EXEMPLOS)
Desenvolvida pensando nas disciplinas que fazem parte das Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. Nesses
compilados nos deparamos com modelos de exercícios resolvidos e comentados, aquilo que parece abstrato e de difícil compreensão torna-se mais aces-
sível e de bom entendimento aos olhos do estudante.
Através dessas resoluções é possível rever a qualquer momento as explicações dadas em sala de aula.
INTERATIVIDADE
Trata-se do complemento às aulas abordadas. É desenvolvida uma seção que oferece uma cuidadosa seleção de conteúdos para complementar
o repertório do estudante. É dividido em boxes para facilitar a compreensão, com indicação de vídeos, sites, filmes, músicas e livros para o aprendizado do
aluno. Tudo isso é encontrado em subcategorias que facilitam o aprofundamento nos temas estudados. Há obras de arte, poemas, imagens, artigos e até
sugestões de aplicativos que facilitam os estudos, sendo conteúdos essenciais para ampliar as habilidades de análise e reflexão crítica. Tudo é selecionado
com finos critérios para apurar ainda mais o conhecimento do nosso estudante.
INTERDISCIPLINARIDADE
Atento às constantes mudanças dos grandes vestibulares, é elaborada, a cada aula, a seção interdisciplinaridade. As questões dos vestibulares
de hoje não exigem mais dos candidatos apenas o puro conhecimento dos conteúdos de cada área, de cada matéria.
Atualmente há muitas perguntas interdisciplinares que abrangem conteúdos de diferentes áreas em uma mesma questão, como biologia e
química, história e geografia, biologia e matemática, entre outros. Neste espaço, o estudante inicia o contato com essa realidade por meio de explicações
que relacionam a aula do dia com aulas de outras disciplinas e conteúdos de outros livros, sempre utilizando temas da atualidade. Assim, o estudante
consegue entender que cada disciplina não existe de forma isolada, mas sim, fazendo parte de uma grande engrenagem no mundo em que ele vive.
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Um dos grandes problemas do conhecimento acadêmico é o seu distanciamento da realidade cotidiana no desenvolver do dia a dia, dificultando
o contato daqueles que tentam apreender determinados conceitos e aprofundamento dos assuntos, para além da superficial memorização ou “decorebas”
de fórmulas ou regras. Para evitar bloqueios de aprendizagem com os conteúdos, foi desenvolvida a seção "Aplicação no Cotidiano". Como o próprio
nome já aponta, há uma preocupação em levar aos nossos estudantes a clareza das relações entre aquilo que eles aprendem e aquilo que eles têm
contato em seu dia a dia.
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Elaborada pensando no Enem, e sabendo que a prova tem o objetivo de avaliar o desempenho ao fim da escolaridade básica, o estudante deve
conhecer as diversas habilidades e competências abordadas nas provas. Os livros da “Coleção vestibulares de Medicina” contêm, a cada aula, algumas
dessas habilidades. No compilado “Construção de Habilidades”, há o modelo de exercício que não é apenas resolvido, mas sim feito uma análise expo-
sitiva, descrevendo passo a passo e analisado à luz das habilidades estudadas no dia. Esse recurso constrói para o estudante um roteiro para ajudá-lo a
apurá-las na sua prática, identificá-las na prova e resolver cada questão com tranquilidade.
ESTRUTURA CONCEITUAL
Cada pessoa tem sua própria forma de aprendizado. Geramos aos estudantes o máximo de recursos para orientá-los em suas trajetórias. Um
deles é a estrutura conceitual, para aqueles que aprendem visualmente a entender os conteúdos e processos por meio de esquemas cognitivos, mapas
mentais e fluxogramas. Além disso, esse compilado é um resumo de todo o conteúdo da aula. Por meio dele, pode-se fazer uma rápida consulta aos
principais conteúdos ensinados no dia, o que facilita sua organização de estudos e até a resolução dos exercícios.
A edição 2018 foi elaborada com muito empenho e dedicação, oferecendo ao aluno um material moderno e completo, um grande aliado para
o seu sucesso nos vestibulares mais concorridos de Medicina.
Herlan Fellini
FÍSICA
CINEMÁTICA
Aulas 1 e 2: Vetores 7
Aulas 3 e 4: Introdução ao estudo dos movimentos 37
Aulas 5 e 6: Movimento Retilíneo Uniforme 67
Aulas 7 e 8: Gráficos do M.R.U. 99
Aulas 9 e 10: M.R.U.V. 131
ELETROSTÁTICA
Aulas 1 e 2: Princípios da eletrostática 333
Aulas 3 e 4: Lei de Coulomb 365
Aulas 5 e 6: Campo elétrico 385
Aulas 7 e 8: Força elétrica e campo elétrico 415
Aulas 9 e 10: Potencial elétrico 439
INFOGRÁFICO:
Abordagem da CINEMÁTICA nos principais vestibulares.
FUVEST - A cinemática sempre está presente nas provas da Fuvest, com enunciados curtos,
bem elaborados e objetivos, quase sempre havendo manipulação matemática das
equações do MRU e MRUV.
LD
ADE DE ME
D
UNICAMP - Com questões curtas e objetivas as
U
IC
FAC
INA
BO
1963
T U C AT U
provas da Unicamp quase sempre relacionam
cinemática com dinâmica em suas questões disserta-
tivas.
ENEM / UFRJ - A cinemática possui grande incidência nas provas do ENEM, sempre
relacionando com o cotidiano e em praticamente em todas as questões, e quase
sempre possuem análise gráfica.
Aulas 1e2
Vetores
Competência 5
Habilidade 17
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Grandezas vetoriais
Existem dois tipos de grandezas físicas: as escalares e as vetoriais. Uma grandeza escalar é caracterizada apenas
pela sua intensidade, ou seja, o valor numérico, acompanhado de sua unidade de medida. O tempo, a massa e
a temperatura de um corpo são exemplos de grandezas escalares. Já as grandezas vetoriais necessitam, além da
intensidade, da informação quanto à sua direção e seu sentido. Ao dizer, por exemplo, que um carro se move a
40 km/h, a informação sobre sua velocidade está incompleta. A velocidade é uma grandeza vetorial e, portanto,
é necessário informar a direção e o sentido de deslocamento do carro. Neste caso, poderia ser dito que o carro
trafega na Avenida Paulista (direção) em sentido à Rua da Consolação (sentido).
A tabela a seguir apresenta algumas grandezas vetoriais e algumas grandezas escalares:
Grandezas Grandezas
escalares vetoriais
tempo velocidade
massa aceleração
temperatura deslocamento
trabalho posição
vazão momento
capacitância impulso
9
Vetor
É um ente matemático representado por um segmento de reta orientado (flecha). A notação de um vetor é dada
por uma letra (maiúscula ou minúscula) com uma pequena flecha para a direita acima da mesma. Representam-se
algumas grandezas físicas (grandezas vetoriais) por meio de vetores.
N
NO NE
O L
SO SE
S
r (reta suporte)
→
v ou v B (final ou extremidade: sentido)
“para onde”
→
v (vetor v)
θ (direção) linha
horizontal
A (origem)
Resumo:
§§ módulo ou intensidade: é dado pelo comprimento do segmento orientado (nº. + unidade)
§§ direção: é dada pelo ângulo formado entre o vetor e o eixo horizontal
§§ sentido: é dado pela orientação do segmento
Características de um vetor
Como vimos um vetor pode ser representado por uma letra e um segmento orientado (flecha) sobre a letra, con-
forme a figura.
___›
a
___›
b
Lembrando que as três características de um vetor são: módulo (ou intensidade), direção e sentido.
A direção de dois vetores são iguais, caso eles estejam sobre retas paralelas ou sobre a mesma reta (denomina-
__ suporte). Como exemplo, suponha que as retas r e _s__, na figura a seguir, sejam paralelas. Desse modo, os vetores
da _reta
___› › _›_ _›_ ›
a , b
e c
possuem a mesma direção, mas os vetores c
e d
têm direções diferentes.
Os sentidos de dois vetores são iguais quando possuem a mesma direção e estiverem orientados para _o__
___› ___› ›
mesmo lado. Os vetores a e___b , na figura a seguir, estão orientados em sentidos opostos, assim como os vetores b
_›_ › _›_
e c
. Entretanto, os vetores a
e c
têm sentidos iguais.
10
Observações:
§§ Vetor nulo: Denomina-se vetor nulo a todo vetor cujo representante é um segmento de reta orientado,
nulo, isto é, o início e o fim deste segmento de reta coincidem. A representação do vetor___nulo é um ponto
›
(.). Também pode ser representado pelo número zero com uma flecha acima do mesmo ( 0 ) .
§§ Vetores paralelos: Diz-se que 2 ou mais vetores são paralelos entre si, quando suas direções (inclinações)
forem idênticas, não importando os sentidos dos mesmos.
§§ Vetores iguais: 2 vetores são iguais se, e somente se, tiverem o mesmo módulo, a mesma direção e o
mesmo sentido.
§§ Vetores simétricos ou opostos: Quando 2 vetores possuem o mesmo
módulo, a mesma direção, porém sentidos opostos, diz-se que os mesmos são
simétricos ou opostos entre si.
Teoria na prática
1. (UFB – Adaptado) Observe a figura a seguir e determine quais os vetores que:
Resolução:
___
› ___
› __
› ___
› ___
›
a) Podemos perceber pelo desenho que os vetores E ___ , A ___
e F estão na direção vertical, os vetores C e D estão
› ›
em uma direção oblíqua___(inclinada)
__
e os vetores B e G estão na horizontal.
___ ___
› › › ›
b) No desenho, os vetores A e F estão no sentido norte e os vetores C e D estão no sentido nordeste.
c) Para que um vetor seja igual ao outro, as três características (módulo, direção e sentido) devem ser iguais.
___› __›
Pelo desenho, vemos que os vetores___A
e___F
são iguais, pois compartilham de um módulo 2u, direção
› › __
vertical e sentido norte. Os vetores C também são iguais por terem módulo 2 √
e D 2 u,
uma direção
oblíqua e sentido nordeste.
11
A intensidade, módulo ou norma de uma grandeza vetorial, é o módulo do valor numérico do vetor. O módu-
lo de um vetor, graficamente, é proporcional ao seu comprimento. Suponha, por exemplo, que um automóvel esteja
se deslocando com velocidade escalar de 80 km/h em sentido norte. Na figura, a flecha (apontando para o norte)
__› __›
representa o vetor velocidade v do automóvel; o módulo desse vetor será v = 80 km/h. É importante destacar que
todo vetor que possuir mesma direção, mesmo sentido e mesma intensidade, representando, portanto, a mesma
grandeza, representa uma classe de equipotência.
_›_
v N
O L
S
_›_
|v | = 80 km/h
Uma grandeza pode ter valor numérico igual a zero. _Se__› um objeto estiver em repouso, por exemplo, sua
velocidade será nula. Desse modo, o vetor nulo, denotado por 0 , pode ser utilizado para representar essa grandeza.
A direção e o sentido não são definidos para o vetor nulo.
O deslocamento vetorial é o exemplo mais elementar de grandeza vetorial.
Na figura abaixo, suponha que uma partícula desloca-se do ponto P até o ponto Q, seguindo a trajetória
descrita pela figura.
Q Q
___›
d
P P
___›
O vetor d
representa o deslocamento vetorial realizado pela partícula.
Esse vetor une o ponto inicial P (chamado origem do vetor) ao ponto final Q (chamado extremidade do vetor).
Teoria na prática
1. (UEM) O desenho abaixo ilustra um trabalhador puxando por uma corda um carrinho que se desloca em
linha reta.
O puxão da corda efetuado pelo trabalhador pode ser descrito como uma força que:
a) possui somente magnitude.
b) possui somente direção.
c) possui direção e magnitude.
d) não possui nem direção nem magnitude.
e) realiza um torque.
Resolução:
O puxão da corda é caracterizado como um vetor força, assim ele tem um módulo (magnitude), uma direção e
um sentido. Nesse caso, o módulo não é citado, porém a direção é oblíqua (inclinada) e o sentido é nordeste.
Alternativa C
12
Surgimento do vetor
Foram os trabalhos de alguns matemáticos e físicos que estudavam os números complexos que originou
o conceito formal de vetores, entre eles podemos destacar Willian Rowan Hamilton (1805-1865), Josian Willard
Gibbs (1839-1903) e Carl Friedrich Gauss (1777-1855). Porém, conceitos mais intuitivos remontam a Aristóteles
(385-322 a.C.) e a Herão de Alexandria (século I).
Adição de vetores
As grandezas vetoriais podem ser somadas (ou adicionadas), porém, essa operação é realizada de modo diferente
da soma de grandezas escalares. Por exemplo, ao efetuar a soma de1 kg de tomates com mais 2 kg de tomates, o
resultado sempre será 3 kg de tomates.
No entanto, outra abordagem é necessária para somarmos vetores. Na _figura
__ abaixo, uma partícula efetua
___› ›
um deslocamento a
do ponto M ao ponto N e, em seguida, um deslocamento b
do ponto N ao ponto P.
_›_
O deslocamento final da partícula, que se moveu do ponto M ao ponto P, é indicada na figura pelo vetor s .
_›_
Desse modo, os dois deslocamentos anteriores
___ podem ser substituídos por um deslocamento único, o vetor s . Esse
___› ›
vetor é a soma (ou resultante) de a e b
, e indicamos:
_›_ ___› ___›
s = a + b
Regra do polígono
___› ___›
Dois vetores quaisquer (não nulos), a e b
, são somados, de modo
___›
geral, de acordo com os seguintes passos:
Como ilustra a figura, desenhamos um vetor igual a b (mesmo módulo, mesma direção e mesmo sentido)
___›
a partir da extremidade_ __ do vetor a . ___›
___› › _›_ ___›
A soma de a e b
, o vetor s
, é obtida ligando a origem de a à extremidade de b
.
13
_›_ ___› ___›
Para obter o vetor s
, que é a soma dos vetores, ligamos a origem de b
à extremidade de a
.
___›
a
_›_
s
___› ___›
b b ___›
a
___› ___›
b a
Teoria na prática
__› _›_
1. Na figura abaixo, vamos determinar o módulo da resultante dos vetores x e y . Cada quadradinho mede uma
unidade.
_›_
x
_›_
y
_›_
Resolução: y
__› _›_
A soma de x
e y está efetuada na figura a seguir:
_›_
O módulo de s é obtido aplicando o teorema de Pitágoras ao triângulo retângulo sombreado na figura:
_›_
x
_›_
_›_
y
s
3
_ _ ›
s 2 = _3_ 2 + 42___
= 9 + _16 = 25
_›_ _
s 2 = 25 ä s › = √ 25 ä s › = 5 unidades
14
Esse processo realizado para obter a soma de dois vetores também pode ser aplicado para fazer a soma de
três ou mais vetores. ___ ___› › _›_
Na figura a seguir, estão representados os vetores a , b e c
. Para obter a soma dos três vetores, isto é, o
_›_
vetor s , tal que:
A regra do polígono pode ser aplicada para qualquer quantidade de vetores, basta adicionar a origem de
um vetor à extremidade do vetor anterior e, por fim, traçar o vetor resultante.
Regra do paralelogramo
__› _›_
Para exemplificar a regra do paralelogramo, considere os vetores x
e y
representados na figura.
_›_ _›_
x y
_›_
M _›_
M M
_›_
x x x _›_
P P Q P s Q
_›_ _›_
y y
N N N
15
A seguinte relação pode ser usada para calcular o módulo da soma de dois vetores quaisquer.
___› ___›
a a
_›_
θ θ s
___› ___›
b b
A soma de vetores utilizando a regra do paralelogramo é uma prática comum, cujo autor é desconhecido.
1N 1N b
_____
› _____ _____
›
›
a) Represente na figura reproduzida a força R , resultante das forças a e b , e determine o valor de seu
módulo, em newtons. ___
___› ›
b) Determine o cosa formado entre os vetores a
e b
.
Resolução:
___
›
a) Pela regra do paralelogramo, temos que |R | = 3N.
___
a) Fr = √__19 N
b) Fr = √ 8 N
___
c) Fr = √___
34 N
d) Fr = √49 N
__
e) Fr = √2 N
Resolução:
Devemos lembrar que o ângulo de 120° está no segundo quadrante, no qual o cosseno é negativo. O valor
de cos(120°) é –0,5.
Aplicando a regra do paralelogramo, temos (Fr)² = (3)² + (5)² + 2 · 3 · 5 · cos(120°)
___
⇔ (Fr)² = 9 + 25 + 30(–0,5) ⇔ (Fr)² = 34 –15 ⇔ (Fr)² = 19 ⇔ Fr = √ 19 N.
Alternativa A
Oposto de um vetor
___› ___›
Seja um vetor a não nulo. Um vetor com a mesma direção e o mesmo módulo de a , mas com sentido contrário, é
___›
denominado oposto de a .
___› ___›
O vetor oposto de a é indicado por –a .
s
r
___›
a
___›
–a
Subtração de vetores
___› ___›
A diferença de dois vetores a
e b
é obtida de modo semelhante ao que se faz com os números reais:
___› _ __› ___› _ __›
a – b = a + (–b )
___› ___› ___› ___›
Isto é, o vetor a
– b
é obtido efetuando a adição do vetor a
com o oposto de b
.
Exemplo
___› ___› ___› ___› ___› ___›
§§ Dados os vetores a e b da figura, determinaremos o vetor d tal que d = a – b . Utilizando a relação apre-
sentada acima, temos:
_ __› ___› _ __› ___› _ __›
d = a – b = a + (–b )
17
_____
___› ›
Então, fazemos a adição de a
com –b
:
O módulo da diferença de dois vetores quaisquer pode ser calculado usando a seguinte relação:
___ ___ ___
d › ² = _a __› ² + b › ² – 2 · _a __› · b › cos u
___› ___›
Onde u é o ângulo formado entre os vetores a e b
, quando ambos estão partindo da mesma origem.
Teoria na prática
1. (UFPI) Os vetores mostrados na figura a seguir representam 4 forças, todas de mesmo módulo F. Marque a
alternativa que representa uma força resultante nula.
Resolução:
Através da regra do polígono, podemos montar o seguinte diagrama vetorial:
Tomando como partida qualquer um desses vetores, temos que o ponto inicial sempre coincide com o ponto
final, tornando a resultante nula.
Alternativa A
18
___
› ___
› ___
›
2. Dados os vetores representados na figura, obtenha D = X
–
Y .
Resolução:
___
› ___
›
Para fazer a subtração
___ ___ ___ ___ ___
vetorial,
___
devemos somar o vetor X
com o oposto do vetor Y
.
› › › › › ›
D
= X ⇔ D
– Y = X
+ (–1) Y
___
› ___›
Invertemos o sentido do vetor Y
e aplicamos a regra da poligonal para encontrar o vetor D
.
___›
Exemplo
___› ___› ___› ___› ___›
§§ Na figura, representamos os vetores a
, 2a e –2a . Note que tanto 2a como –2a têm módulos iguais ao
___› ___› ___› ___›
dobro do módulo de a
. O vetor 2a tem o mesmo sentido do vetor a
e o vetor –2a tem sentido oposto ao
___›
do vetor a
.
___›
___› 2a ___›
a –2a
19
___› _›_
por k, obtendo o vetor c :
Podemos também dividir o vetor a
_›_ ___›
a
c = __
k
Sendo:
___
›
_›_ a
|
|
c = __
k
__›
Quanto à direção e ao sentido de___ c , valem as mesmas considerações feitas para a multiplicação.
›
a .
Se k = 0, não podemos calcular __
k
Teoria na prática
__› _›_
1. Determine a resultante da soma dos vetores x
e y
nos casos a seguir, admitindo-se que cada quadradinho
tenha lados iguais a uma unidade.
a)
_›_
x
_›_
y
b)
_›_
x
_›_
y
Resolução:
_›_
s
_ _ _ _ _ _
s › = x › + y › = 3 + 2 = 5 unidades
_›_ __› _›_
b) O vetor s
é a soma de x
e y
, isto é:
_›_
x
_›_ _›_
s y
_›_ _›_ _›_
s = x + y
20
Observação:
§§ Versor – é um vetor unitário que possui a mesma direção e mesmo sentido do eixo que o contém.
y
y →
→
→ 1 j
i
1 j →
→ j =1u →
0 1 x j =1u →
→
i
→
i k =1u x
0 1
i =1u 0 1 x →
1
→ → i =1u
i =1u k
z
u ... unidade de medida
Toda representação vetorial, como vimos, está pautada em um sistema de referências. O plano cartesiano é o sistema
___›
de referenciais que auxilia adequadamente essa representação. Seja um vetor a , conforme a representação abaixo:
_›_
a
θ
x
___› ___› ___›
A projeção desse vetor a, no eixo (x) pode ser representada pelo vetor a x , bem como a projeção do vetor a
___›
no eixo (y) pode ser representado pelo vetor a y .
O vetor analisado pode ser representado como uma soma vetorial, ou seja:
___› ___› ___›
a = ax + ay
Neste caso:
___› ___›
ax = 3 i
___› ___›
ay = 3j
___› ___›
Sendo i e j os vetores unitários nas direções indicadas pelos eixos (x) e (y) respectivamente, desta forma o
vetor também pode ser representando por:
___› ___› ___›
a = 3 i + 3j
21
Devemos lembrar que os módulos dos componentes também podem ser representados por relações trigo-
nométricas:
ay
sen θ = __
a → ay = a · sen θ
a__x
cos θ = a → ax = a · cos θ
Os vetores unitários, quando indicarem sentido oposto aos eixos considerados, serão representados por:
___› ___›
– i e – j
Teoria na prática __
› __
› __
› __
› __
› __
›
1. Num ponto material P, estão aplicadas seis forças coplanares F
1 , F
2 , F
3 ,F 4 , F
5 e F
6 , representadas conforme
figura a seguir, cujas intensidades são, respectivamente, 12 N, 8,0 N, 15 N, 6,0 N, 8,0 N e 7,0 N.
Resolução:
__
› __
› __
› __
›
Primeiramente, vamos decompor os vetores F
2 e F
5 nos eixos i
e j
:
__
› __
› __
› __
› __
› __
› __
› __
› __
›
O vetor F
será: __F
__ = (|F 2 |__cos x) i __
+ (|F 2 | senx) __ j ⇔ __F
= (8cosx)
__ i
+ (8senx)
__ j
(N) __
›2 ›2 › › › ›2 › › ›
O vetor __F 5 será: __F
5 =(–1)(|
__ F 5 | cosx)
__ __ i
+(–1)(|
__ F 5 | senx) j ⇔ F
5 =(–8cosx) i
+ (–8senx) j
(N)
› › › › › ›
O vetor __F 1 será: F i ⇔ F
= |__F 1 | = 12 j __
(N)
› __
›1 › __ › __
›1 ›
O vetor F
será: __F
__ j __ ⇔__F
= |F 3 | = 15 j (N)__
›3 › 3 › › 3 __ › ›
O vetor F
4 será: F
__ __ 4 = (–1) |F __ i__ ⇔ __F
4 | 4 = –6 __ i (N)
› › › › › ›
O vetor F
6 será: F 6 = (–1) |F 6 | j ⇔ F 6 = –7 j (N)
Alternativa A
22
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
Fonte: Youtube
Fonte: Youtube
Fonte: Youtube
24
ACESSAR
www.respondeai.com.br /resumos/1/capitulos/1
pt.khanacademy.org/math/precalculus/vectors-precalc
LER
tt
Livros
Leonard Mlodinow - A janela de Euclides
Livro que aborda de maneira simples, divertida e curiosa a
evolução de conceitos-chave de geometria e o modo com
que o Homem compreende o espaço.
25
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Apesar de algumas pessoas pensarem que a utilização de conceitos vetoriais está restrita aos campos da Física e
da Matemática, elas o fazem sem perceber. Atualmente, muitas pessoas utilizam GPS para se localizar ou localizar
um destino. Só no fato de localizar um ponto em relação a um referencial já temos um vetor, mas quando localiza-
mos um destino e seguimos os passos designados pelo GPS, cada passo trata-se de um vetor, e, a cada instrução
realizada, estamos compondo uma soma vetorial pela regra do polígono.
Se nos dias atuais pequenos deslocamentos nas cidades se dão através da utilização de aplicativos de locali-
zação como o WAZE, é possível imaginar a necessidade e a importância da localização em mapas cartográficos,
cartas de navegação e a revolução que foi a organização utilizando latitude e longitude.
INTERDISCIPLINARIDADE
Para a aplicação da noção de vetores, algumas ideias matemáticas são necessárias, utilizamos praticamente
conceitos de geometria espacial e geometria analítica. Noções de ponto, reta, espaço, segmento orientado e as
operações entre os vetores são conceitos puramente matemáticos. É sempre importante lembrar que existe diferen-
ça nas operações entre grandezas escalares e operações entre grandezas vetoriais.
Da matemática de Euclides ficaram definidos os conceitos de ponto, reta, plano e segmento de reta. O ponto,
“o que não tem partes”, sendo um elemento desprovido de tamanho, sem dimensões, sem forma. A reta é definida
como um ente geométrico de apenas uma dimensão, de maneira simplista podemos dizer que uma reta é formada
por infinitos pontos “alinhados”; duas retas podem ser classificadas como paralelas, concorrentes, perpendicula-
res, coincidentes ou ainda como reta tangente ou reta secante.
26
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Modelo
(Enem) Um foguete foi lançado do marco zero de uma estação e após alguns segundos atingiu a
posição (6, 6, 7) no espaço, conforme mostra a figura. As distâncias são medidas em quilômetros.
Considerando que o foguete continuou sua trajetória, mas se deslocou 2 km para frente na direção
do eixo-x, 3 km para trás na direção do eixo-y, e 11 km para frente, na direção do eixo-z, então o
foguete atingiu a posição
a) (17, 3, 9).
b) (8, 3, 18).
c) (6, 18, 3).
d) (4, 9, - 4).
e) (3, 8, 18).
27
Análise Expositiva
Habilidade 17
No ensino médio o contato inicial que se tem em física com vetores é em cinemática. A ideia
de representar a posição de um objeto no espaço é o exemplo mais clássico da utilização de
vetores, além de ser um dos motivadores de sua criação.
Adotando como referência “para trás” como sendo no sentido negativo e “para frente” como
um deslocamento no sentido positivo de cada eixo, devemos somar o número inteiro corres-
pondente ao deslocamento em cada coordenada, sendo assim temos que:
(6 + 2,6 – 3,7 + 11) = (8, 3, 18).
Alternativa B
Estrutura Conceitual
Processo
Módulo geométrico
Direção
Vetor
Processo
Sentido analítico
28
E.O. Aprendizagem Os diagramas que, corretamente, represen-
tam a relação vetorial F = A – B são apenas:
a) I e III.
1. Assinale a opção correta. b) II e IV.
a) Um escalar pode ser negativo.
c) II e III.
b) A componente de um vetor não pode ser ne-
d) III e IV.
gativa.
e) I e IV.
c) O módulo de um vetor pode ser negativo.
d) A componente de um vetor é sempre dife-
rente de zero. 5. Considere as seguintes grandezas físicas me-
cânicas: TEMPO, MASSA, FORÇA, VELOCIDADE
2. Dados os vetores A, B e C, representados na e TRABALHO. Dentre elas, têm caráter veto-
figura em que cada quadrícula apresenta rial apenas:
lado correspondente a uma unidade de me- a) força e velocidade.
dida, é correto afirmar que a resultante dos b) massa e força.
vetores tem módulo: c) tempo e massa.
d) velocidade e trabalho.
e) tempo e trabalho.
A F F A
I III
B B a) Zero
___
b) √20
B B c) 1
d) 2___
II A IV F A
F e) √52
29
8. Observe a figura a seguir e determine quais 2. Uma pessoa caminha em um passeio, num
as flechas que têm a mesma direção. dia de domingo, 180 m do sul para o norte. A
seguir, desloca-se 240 m de oeste para leste.
Qual é o valor do deslocamento final dessa
pessoa?
a) 200 m
b) 300 m
c) 250 m
d) 350 m
e) 650 m
a) A e B, C e D, E e F 3. Analisando a disposição dos vetores BA, EA,
b) B e C, A e F, D e E CB, CD e DE, conforme figura a seguir, assi-
c) A e D, B e F, C e E nale a alternativa que contém a relação veto-
e) A e D, B e C, E e F rial correta.
a) CB + CD + DE = BA + EA
b) BA + EA + CB = DE + CD
c) EA – DE + CB = BA + CD
O módulo desse vetor é: d) EA – CB + DE = BA – CD
a) 1 e) BA – DE – CB = EA + CD
b) 3
c) 4 4. A localização de um lago, em relação a uma
d) 5 caverna pré-histórica, exigia que se cami-
e) 2 nhasse 200 m numa certa direção e, a seguir,
480 m numa direção perpendicular à primei-
10. Dois vetores de módulos de 12 unidades e 5 ra. A distância em linha reta, da caverna ao
unidades foram somados. Indique o interva- lago era, em metros:
lo no qual o módulo do vetor resultante se a) 680.
encontra. b) 600.
a) Entre 5 e 12 unidades. c) 540.
b) Entre 5 e 17 unidades. d) 520.
c) Entre 17 e 27 unidades. e) 500.
d) Entre 7 e 17 unidades.
e) Entre 5 e 15 unidades. 5. (Acafe) Considere a árvore de natal de veto-
res, montada conforme a figura a seguir.
E.O. Fixação
1. Para o diagrama vetorial abaixo, a única
igualdade correta é:
30
A alternativa correta que apresenta o módu- Considere que a velocidade da correnteza é a
lo, em cm, do vetor resultante é: mesma em todos os pontos do rio.
a) 4 Nesse caso, para alcançar a segunda boia, o
b) 0 menino deve nadar na direção indicada pela
c) 2 linha:
d) 6 a) K.
b) L.
6. Um homem caminha, sobre uma superfície c) M.
plana, a partir de um ponto A, 4,0 m para o d) N.
norte e 3,0 m para o leste. Qual a distância
entre a posição final do homem e o ponto A? 10. A figura adiante mostra o mapa de uma ci-
a) 5,0 m
dade em que as ruas retilíneas se cruzam
b) 1,0 m
c) 7,0 m perpendicularmente e cada quarteirão mede
d) 10,0 m 100 m. Você caminha pelas ruas a partir de
e) 4,5 m sua casa, na esquina A, até a casa de sua avó,
na esquina B. Dali segue até sua escola, si-
7. Num estacionamento, um coelho se desloca, tuada na esquina C. A menor distância que
em sequência, 12 m para o oeste, 8 m para você caminha e a distância em linha reta en-
o norte e 6 m para o leste. O deslocamento tre sua casa e a escola são, respectivamente:
resultante tem módulo:
a) 26 m.
b) 14 m.
c) 12 m.
d) 10 m.
e) 2 m.
E.O. Complementar
1. Qual o___cosseno__ do ângulo _›_
formado _pelos ve-
› › ___› ›_ _›_
tores A _=_ 4__ · i + 3 · j e B = –1 · i + 1 · j ,
› ›
a) 0,0. em que i e j são vetores unitários?
b) 0,5.
c) 1,0.
d) 1,5.
e) 2,0.
31
2. Para se posicionar frente ao gol adversário,
um jogador efetua deslocamentos rápidos e
sucessivos em linha reta, com módulos de
1,8 m e 2,4 m, deixando completamente para
trás a defesa oponente. Para que o desloca-
mento resultante da bola seja de 3,0 m, o ân-
gulo entre estes deslocamentos deve ser de:
a) 0°.
b) 30°.
c) 60°.
d) 90°.
e) 120°. B .
a) – ___
A
b) – ___ A .
3. Os automóveis A e B se movem com velocida- B
des constantes vA = 50 km/h e vB = 30 km/h, c) – A ∙ B .
em relação ao solo, ao longo das estradas EA d) A ∙ B .
e EB, indicadas na figura. Sabendo que a ve-
locidade relativa entre os carros é dada pela
diferença entre suas velocidades, determine
o módulo da velocidade relativa, em km/h.
E.O. Dissertativo
1. Dois vetores encontram-se numa mesma
reta suporte. Quando eles são adicionados, a
soma vale 48u e quando eles são subtraídos,
a diferença vale 14u. Determine a intensida-
de destes dois vetores.
5. A intensidade do vetor
___ soma de dois vetores,
de 3u e 4u, é de √
37 u.
Determine o ângulo
formado entre os dois vetores.
32
8. Considerando que os vetores A, B e C satis-
fazem a equação vetorial A + B = C e seus
módulos estão relacionados pela equação es-
calar A + B = C, responda ao que se pede.
a) Como está orientado o vetor A em relação ao
vetor B? Justifique o seu raciocínio.
b) Considere agora que a relação entre os seus
módulos seja dada por A2 + B2 = C2 Qual seria Suponha que o pardal tenha sido calibrado
a nova orientação do vetor B em relação ao para registrar velocidades superiores a V,
vetor A? Justifique seu raciocínio. quando o ângulo θ = 0°.
A velocidade v do veículo, que acarretará o
9. Um jogador de golfe necessita de quatro ta- registro da infração pelo pardal, com relação
cadas para colocar a bola no buraco. Os qua- à velocidade padrão V, será de:
tro deslocamentos estão representados na fi- a) V senθ.
gura. Sabendo-se que d1 = 15 m, d2 = 6,0 m, b) V cosθ.
d3 = 3,0 m e d4 = 1,0 m, qual era a distância V
c) ____ .
inicial da bola ao buraco? senθ
V
d) ____ .
cosθ
E.O. UERJ
Exame Discursivo
1. (UERJ) A tabela a seguir apresenta os preços
unitários de três tipos de frutas e os núme-
33
__›
Determine: 2. (Unifesp)
____› __› Na figura, são dados os vetores a ,
a) o valor arrecadado, em reais, com a venda de v e v
.
dez mamões, quinze abacaxis e vinte melões;
b) o cosseno do ângulo formado pelos vetores
___› ___›
v e ϖ
, sabendo que x, y e z são respectiva-
mente proporcionais a 3, 2 e 1.
E.O. Gabarito
6. A 7. D 8. E 9. A 10. C
1. (Unesp) Um caminhoneiro efetuou duas en-
tregas de mercadorias e, para isso, seguiu
o itinerário indicado pelos vetores desloca- E.O. Complementar
mentos d1 e d2 ilustrados na figura. 1. A 2. D 3. A 4. B 5. B
E.O.__› Dissertativo
___›
a + b
= 48u
1. __› ___›
– b
a = 14u
__›
2 a
= 62u ___›
__›
= 31u ä b
a = 17u
Para a primeira entrega, ele deslocou-se 10
S2 = a2 + b2 + 2 ab cos u
2.
km e para a segunda entrega, percorreu uma
S2 = 52 + 62 + 2 · 5 · 6 · cos 60º
distância de 6 km. Ao final da segunda en-
S2 = 25 + 36 + 30
trega, a distância a que o caminhoneiro se
S2 = 91
___
encontra do ponto de partida é: S=√ 91 cm
a) 4 km. D2 = a2 + b2 – 2 ab cos u
b) 8 km.
___ D2 = 52 + 62 – 2 · 5 · 6 · cos 60º
c) 2√__
19 k
m. D2 = 25 + 36 – 30
√
d) 8 3 km. D2 = 31
___
e) 16 km. D=√ 31 cm
34
|a| __ 9.
___ = 3
3. |b| 4
__› __› ___›
S ² + b
² = a ²
__› ___
3 b
›
= __
a
4
___ ___›
(150u)² = ___ 9 b › ² + b
²
16
___
25 b 2
›
(150u)2 = ___ d2 = (5)2 + (12)2
16 d = 13 m
___ __
5 b
›
150u = __ 10. |A + B| = 8√3 m
___› 4 __› |A – B| = |B – A| = 8 m
b
= 120u e a = 90u
__› __› ___› Observe a figura a seguir:
S
4. _ _² + b ² __
² = a
› ›
20u² = a _ _² + (2 a )²
›
20u² = 5 a
²
__›
4u² = a
²
___› ___›
a
= 2u ä b = 4u
O maior é 4u.
5.
S2 ___
= a2 + b2 + 2 ab cos u
(√37 u)²
= (3u)² + (4u)² + 2(3u)(4u) · cos u
37 u2 = 9 u2 + 16 u2 + 24 u2 cos u
12 u2 = 24 u2 cos u
12u2
2
cos u = _____
24u
cos u = 1 [ u = 60º
__
2 E.O. UERJ
S2 = a2 + b2
6. Exame de Qualificação
S2 = (3)2 + (4)2 1. D 2. B
S2 = 9 + 16
S2 = 25
S=√
___
25 E.O. UERJ
S=5m Exame Discursivo
7.
Caminho = 4 Leste + 3 Norte + 3 Leste + 6 Sul 1.
+ 3 Oeste + 3 Sul + 3 Oeste + 3 Sul + 2 Leste a) 100 reais.
b) __5
+ 2 Leste + 2 Leste + 2 Sul + 2 Oeste + 6 Norte 7
+ 2 Leste 2.
Teremos:
_____
› _____
›
Como Oeste = –Leste ( BC = 90 – 4,6 – 2,6 – 4) ⇒ BC
= (– 4,4,2)
_____
› _____
›
Sul = –Norte AD = BC ⇒ D(– 4,4,2)
_____
›
Temos: A medida do lado do quadrado será |AD
| =
Caminho = 4 L + 3 N + 3 L – 6 N – 3 L – 3 N dXXXXXXXXXXXXXX
(-
4)2 + 42 + 22 = 6
–3L–3N+2L+2L+2L–2N–8L+6N
+2L
Caminho = 1 L –______
5N
E.O. Objetivas
___
√ =√
[ Distância = 1 + 52
2
26 quadras (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
8. 1. C 2. B
a) Mesma direção e o mesmo sentido, pois
somente neste caso a soma de dois veto-
res corresponde à soma de seus módulos.
b) A relação mencionada é o teorema de Pi-
tágoras, logo, os dois vetores são perpen-
diculares.
35
© Foto011/Shutterstock
Aulas 3e4
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Introdução
O ramo da Mecânica que descreve os movimentos é a cinemática, que tem por objeto o estudo do movimento
dos corpos sem levar em conta os agentes que o produzem. Os conceitos de posição, velocidade e aceleração ao
longo do tempo são tópicos estudados por esse ramo. Os corpos serão considerados pontos materiais, isto é, as
dimensões dos corpos não interferem no estudo de determinado fenômeno.
Note que o marco zero, chamado origem dos espaços, foi escolhido arbitrariamente. A partir dessa posi-
ção, são medidos os comprimentos que indicam a posição do corpo. O marco zero é o referencial.
39
Deslocamento (grandeza vetorial) e distância percorrida
(grandeza escalar)
§§ Deslocamento escalar – é a diferença entre as posições final e inicial ocupadas numa determinada trajetória.
+ ∆S = S - S0
0 S0 S
S0 .... posição inicial
S0 ∆S S ...... posição final
∆S ... variação de posição
S
ou deslocamento escalar
Teoria na prática
1. Um indivíduo parte de um ponto X de uma trajetória e caminha até uma posição Y e, em seguida, retorna
para o ponto Z. Verifique a figura dada e responda:
t0 t2 t1
40
2. Uma pessoa partindo de X, efetua voltas em torno de uma praça retangular como mostra a figura a seguir,
Calcule o deslocamento e a distância percorrida, desde o instante da partida, nas seguintes situações:
X 400
40
00 m Y
300
000 m
Z W
Resolução:
⇔ d = 1.400 m
e o deslocamento é ΔS = 0, pois a posição inicial e final são o mesmo lugar (X).
Referencial
Um corpo está em movimento se a sua posição é alterada ao longo do tempo em relação a um referencial. Pode-
-se analisar o movimento de um corpo comparando sua posição em relação a outro corpo, que, nesse caso, será o
referencial. Assim, o estado de movimento ou repouso de um corpo depende do referencial escolhido. Um mesmo
corpo pode estar em repouso em relação a um referencial e em movimento em relação a outro. A trajetória do
corpo também é dependente do referencial. Os corpos, por sua vez, também possuem uma classificação. Se a
dimensão do corpo, comparada com a dimensão da trajetória for desprezível, esse será chamado de ponto material;
se ele não puder ser desprezado, será chamado de corpo extenso. Existem muitos casos em que o tamanho do
corpo deverá ser considerado. Veremos alguns casos em exercícios posteriores.
41
Definição de movimento e repouso
Um ponto material é considerado em movimento quando sua posição em relação a um referencial é alterada
durante o intervalo de tempo considerado.
Um ponto material é considerado em repouso quando sua posição em relação a um referencial não é alte-
rada durante o intervalo de tempo considerado.
É importante lembrar que a escolha do referencial é totalmente arbitrária. A escolha é feita de modo a
facilitar a resolução dos exercícios.
42
Teoria na prática
1. Um ônibus escolar está parado no ponto de ônibus e um aluno está sentado em uma das poltronas. Quando
o ônibus entra em movimento, sua posição no espaço se altera, afastando-se do ponto de ônibus. Nessa
situação, podemos afirmar que a conclusão ERRADA é que:
a) o aluno sentado na poltrona acompanha o ônibus e, portanto, também se afasta do ponto de ônibus.
b) podemos dizer que um corpo está em movimento em relação a um referencial quando a sua posição
muda em relação a esse referencial.
c) o aluno está parado em relação ao ônibus e em movimento em relação ao ponto de ônibus, se o refe-
rencial for o próprio ônibus.
d) se o referencial for o ponto de ônibus, o aluno está em movimento em relação ao ônibus.
e) para dizer se um corpo está parado ou em movimento, precisamos relacioná-lo a um ponto ou a um
conjunto de pontos de referência.
Resolução:
Observamos que o aluno está em movimento se o referencial adotado for o ponto de ônibus ou a rua; pois,
como vimos, a escolha do referencial é arbitrária e é necessário escolher apenas um único ponto como re-
ferencial. Porém, caso o referencial escolhido seja o próprio ônibus, ou o motorista do ônibus, a posição do
aluno não irá se alterar em relação ao motorista ou ao ônibus.
Alternativa D
2. (PUC-SP) Leia com atenção a tira da Turma da Mônica mostrada a seguir e analise as afirmativas que se
seguem, considerando os princípios da Mecânica Clássica.
43
Resolução:
I. Incorreta, pois Cascão está em repouso em relação ao skate, mas em relação ao Cebolinha ele está em
movimento.
II. Correta.
III. Correta, pois a Terra gira constantemente em torno de seu eixo e em torno do Sol; em relação a um
referencial fixo fora da Terra, Cascão jamais poderia estar em repouso.
Alternativa D
S –S
___ = _____
vm = DS 2 1
Dt t2 – t1
A unidade de velocidade escalar (média ou instantânea) é expressa em unidade de comprimento por uni-
dade de tempo: km/h (quilômetros por hora), m/s (metros por segundo), mi/h (milhas por hora), cm/s (centímetros
por segundo) etc.
As unidades de velocidades podem ser convertidas umas nas outras, por exemplo, de km/h para m/s e vice-
-versa.
1 km = 1.000 m
Sabemos que: 1 h = 60 min e 1 min = 60 s Então: 1 ___ 1.000 m
km = _______ 1 m
= ____
1 h = 60 · 60 s = 3.600 s h 3.600 s 3,6 s
km = ___
Portanto: 1 ___ 1 __
m e 1 m/s = 3,6 km/h
h 3,6 s
× 3,6
km
___ : 3,6 m
__
h s
Sendo assim, para converter km/h em m/s, divide-se o valor da velocidade por 3,6; para converter m/s em
km/h, multiplica-se o valor da velocidade por 3,6.
44
Teoria na prática
1. O edifício Taipei 101 é um ícone de Taiwan e combina tradição e modernidade.
Suas características de segurança permitem-lhe suportar tufões e terremotos, que são frequentes nessa
região. O edifício possui 61 elevadores, sendo dois de ultravelocidade.
Divulgação
Sabendo que um desses elevadores de ultravelocidade sobe, do térreo até o 89º andar percorrendo 380
metros em 40 segundos, conclui-se que a sua velocidade média vale, em m/s:
a) 4,7.
b) 7,2.
c) 9,5.
d) 12,2.
e) 15,5.
Resolução:
De acordo com as informações fornecidas pelo enunciado, o deslocamento do elevador foi de DS = 380 m
e o intervalo de tempo de Dt = 40 s.
Assim, a velocidade média do elevador é calculada da seguinte forma:
vm = ___ 380 ä v = 9,5 m/s
DS = ___
Dt 40 m
Alternativa C
2. (Cefet) Num shopping, há uma escada rolante de 6 m de altura e 8 m de base que transporta uma pessoa entre
dois andares consecutivos num intervalo de tempo de 20 s. A velocidade média desta pessoa, em m/s, é:
a) 0,2.
b) 0,5.
c) 0,9.
d) 0,8.
e) 1,5.
Resolução:
45
O espaço percorrido por uma pessoa na escada rolante é a hipotenusa do triângulo pitagórico. Aplicando o
teorema de Pitágoras, temos:
____
DS² = 6² + 8² ⇔ DS² = 100 ⇔ DS = √
100 ⇔ DS = 10 m
Assim, a velocidade média da escada rolante será:
vm= ___ 10 ⇔ vm = 0,5 m/s
DS ⇔ vm= ___
Dt 20
Alternativa B
3. (UFJF) O motorista de um caminhão pretende fazer uma viagem de Juiz de Fora a Belo Horizonte, passando
por Barbacena (cidade situada a 100 km de Juiz de Fora e a 180 km de Belo Horizonte). A velocidade má-
xima no trecho que vai de Juiz de Fora a Barbacena é de 80 km/h e de Barbacena a Belo Horizonte é de 90
km/h. Determine qual o tempo mínimo, em horas, de viagem de Juiz de Fora a Belo Horizonte, respeitando-
-se os limites de velocidades.
a) 4,25 h
b) 3,25 h
c) 2,25 h
d) 3,50 h
e) 4,50 h
Resolução:
Fazendo um desenho ilustrativo do exercício, temos:
Assim, o intervalo de tempo total será: Δttotal = Δt1 + Δt2 ⇔ Δttotal = 1,25 + 2
46
Movimentos progressivo e retrógrado
O movimento de um ponto material é progressivo quando sua posição varia no sentido da orientação positiva da
trajetória. Desse modo, os valores da sua posição aumentam ao longo do tempo e sua velocidade escalar é positiva.
O movimento é retrógrado quando o ponto material se move no sentido oposto à orientação positiva
da trajetória. Assim, os valores da sua posição decrescem ao longo do tempo e sua velocidade escalar é negativa.
v>0 v<0
Teoria na prática
1. Um móvel realiza um movimento uniforme e seu espaço varia com o tempo segundo a tabela:
t(s) 0 1 2 3 4 5
S(m) 20 17 14 11 8 5
Resolução:
a) Podemos perceber pela tabela que o móvel se locomove no sentido contrário à trajetória, pois o espaço
ao longo do tempo diminui. Logo, temos um movimento retrógrado (v < 0).
b) Vamos utilizar o tempo t = 0 s e o tempo t = 4 s. No primeiro, temos a posição de 20 metros e, no se-
gundo, de 8 metros. Assim, a velocidade escalar será:
(S – S ) (8 –20)
v = ΔS
__ ⇔ v = _______
f o ⇔ v = _____ ⇔ v = –12
___ ⇔ v = –3 m/s
Δt (tf – to) (4–0) 4
Resposta: –3 m/s
Observação: Em um movimento uniforme retrógrado, a velocidade só pode ser negativa, o que con-
firmamos na letra b.
c) A posição inicial será localizada no início do movimento (t = 0 s). Temos que para t = 0 s a posição é de
20 metros.
47
Função horária
Função horária da posição é a função que relaciona o espaço S com os instantes de tempo t correspondentes, e
é representada genericamente por S = f(t). Essa expressão é lida: S é uma função de t.
Ao fornecer uma função horária, deve-se indicar as unidades do espaço e do tempo: caso S esteja em metros
(m) e t em segundos (s), podemos apenas informar que as unidades são as do SI. Nesse caso, a unidade da veloci-
dade v será m/s. Se S estiver em quilômetros (km) e t em horas (h), a unidade de v será km/h.
Teoria na prática
1. A posição de uma partícula em função do tempo é mostrada no gráfico abaixo. A partícula se desloca ao
longo do eixo x. Calcule a velocidade média da partícula no intervalo entre t = 2 s e t = 8 s, em m/s.
Resolução:
Observando o gráfico, o corpo encontrava-se na posição –40 m no instante de tempo t = 2 s e estava na po-
sição +20 m no instante de tempo t = 8 s. Desse modo, a velocidade média é calculada da seguinte maneira:
x – x0 ________
20 – (–40)
vm = ___
Dx = _____
= = 10 m/s
Dt Dt 6
48
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
Fonte: Youtube
ACESSAR
pt.khanacademy.org/science/physics/one-dimensional-motion/displacement-velocity-time/a/
what-is-displacement
www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/06/1288476-sao-paulo-tera-radar-que-multa-pela-
velocidade-media-do-veiculo.shtml
efisica.if.usp.br/mecanica/basico/referenciais/intro/
mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/velocidade-escalar-media.htm
www.estudopratico.com.br/referencial-movimento-espaco-e-repouso/
50
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
O conceito de velocidade média tem importantes aplicações cotidianas, entre elas podemos citar o custo no trans-
porte de mercadorias, aplicações no cálculo da vazão de reservatórios, o cálculo do custo da energia elétrica no sis-
tema metroviário. Na indústria, seu conceito é utilizado na produção. Atualmente, com a introdução da matemática
e estatística nos esportes, o conceito de velocidade média é amplamente utilizado na estratégia dos esportistas, seja
desde um maratonista, nadador ou mesmo um jogador de futebol (é possível analisar a velocidade média do joga-
dor durante uma partida, a distância efetivamente percorrida por ele, sua aceleração média e muito mais). No filme
Moneyball, que foi baseado em fatos reais, Billy Beane emprega conceitos estatísticos para a elaboração do seu time.
INTERDISCIPLINARIDADE
"Nada me produz tanta perplexidade como o tempo e o espaço. E, entretanto, nada me preocupa menos que o tempo
e o espaço, já que nunca penso neles."
Charles Lamb
Muitos filósofos já discutiram sobre o tempo e para alguns é um conceito indefinível em palavras. Zenão de Eleia
(490-430 a.C.) foi um filósofo que se opôs à ideia de movimento, para ele o movimento era uma ideia que não poderia existir:
“Um móvel que está no ponto A e tenta atingir o ponto B. Isso é impossível, pois antes de atingir o ponto B, o
móvel tem que atingir o meio do caminho entre A e B, isto é, um ponto C. Mas para atingir C, terá que primeiro atingir
o meio do caminho entre A e C, isto é, um ponto D. E assim, infinitamente.”
Ou seja, antes de atingir o destino final, o móvel teria que passar por sucessivos pontos intermediários infinita-
mente, jamais chegando ao seu destino. Seu paradoxo mais famoso trata de Aquiles, o velocista, e a tartaruga:
“Imagine uma corrida entre Aquiles e uma tartaruga. Por questões de justiça, é dada para a tartaruga uma
vantagem inicial, já que ela é mais lenta, a tartaruga irá começar a disputa na metade do caminho. Aquiles jamais a
alcançará, porque quando ele chegar ao ponto de onde a tartaruga partiu, ela já terá percorrido uma nova distância; e
quando ele atingir essa nova distância, a tartaruga já terá percorrido uma outra nova distância, e assim, infinitamente.”
Desse modo, a ideia de encontro entre dois móveis é impossível.
Platão (427-348 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.) disseram que o tempo tem origem cosmológica. Devido a
inúmeros eventos periódicos na Natureza, a ideia de tempo cíclico foi sendo desenvolvida pela Humanidade (gregos,
egípcios, maias etc. tinham a ideia de ciclos). A cultura ocidental-cristã incorporou a ideia de tempo linear, sendo esse
uma grandeza absoluta. Para o filósofo Santo Agostinho (345-430), não seria correto definir o tempo em termos do
movimento periódico dos astros, pois na hipótese da ausência de movimento dos astros, automaticamente o tempo
desapareceria, o que seria um absurdo. Para filósofos mais modernos, como Immanuel Kant (1724-1804), o tempo é
uma criação da mente humana, assim como para Baruch Spinoza (1632-1677).
51
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
52
Modelo 1
Um pesquisador avaliou o efeito da temperatura do motor (em velocidade constante) e da veloci-
dade média de um veículo (com temperatura do motor constante) sobre a emissão de monóxido
de carbono (CO) em dois tipos de percurso, aclive e declive, com iguais distâncias percorridas em
linha reta. Os resultados são apresentados nas duas figuras.
A partir dos resultados, a situação em que ocorre maior emissão de poluentes é aquela na qual o
percurso é feito com o motor
Análise Expositiva 1
Habilidade 2
Este é um excelente exercício pertencente ao modelo ENEM, exemplo típico do que é exigido
neste exame. Além de solicitar que o aluno faça a leitura e compreensão correta dos gráficos
individualmente, permite ao aluno analisar dois diferentes gráficos da mesma situação-
-problema. Desse modo requer que o aluno saiba ligar problemas cotidianos, relacionados ao
transporte e saúde, ao mundo técnico-científico relacionado ao movimento do móvel.
A primeira figura nos permite concluir que para menores temperaturas (motor frio) e
em pista em aclive a emissão de CO é maior ao compararmos o gráfico de aclive (mais es-
curo) com o gráfico de declive (claro e tracejado). Desse modo é interessante perceber que
a emissão é maior para a temperatura mais baixa nos dois casos do movimento do veículo,
diminuindo conforme aumenta a temperatura (funcionamento) do motor.
A segunda figura mostra que a emissão de CO é maior para baixas velocidades médias e
em pista em aclive. A análise acontece do mesmo modo que no primeiro gráfico, sendo que
é interessante notar que o veículo emite menos CO quanto maior é a velocidade média, fato
interessante nas grandes cidades aonde o congestionamento de veículos nas grandes vias, e
consequentemente a baixa velocidade média, aumenta a emissão de poluentes.
Alternativa D
53
Modelo 2
(Enem) Uma empresa de transportes precisa efetuar a entrega de uma encomenda o mais breve
possível. Para tanto, a equipe de logística analisa o trajeto desde a empresa até o local da entrega.
Ela verifica que o trajeto apresenta dois trechos de distâncias diferentes e velocidades máximas
permitidas diferentes. No primeiro trecho, a velocidade máxima permitida é de 80 km/h e a dis-
tância a ser percorrida é de 80 km. No segundo trecho, cujo comprimento vale 60 km, a velocidade
máxima permitida é 120 km/h.
Supondo que as condições de trânsito sejam favoráveis para que o veículo da empresa ande con-
tinuamente na velocidade máxima permitida, qual será o tempo necessário, em horas, para a
realização da entrega?
a) 0,7
b) 1,4
c) 1,5
d) 2,0
e) 3,0
Análise Expositiva 2
Habilidade 20
Atualmente as provas do ENEM cobram cada vez mais dos alunos, este é um claro exemplo,
no qual o aluno deve saber de antemão conceitos básicos de movimento e além de dominar a
manipulação matemática em equações e fórmulas.
Apesar dessa cobrança maior, esse exercício ainda produz uma situação-problema per-
tencente ao cotidiano do aluno.
Primeiramente, temos os seguintes dados, o primeiro deslocamento ∆S1 = 80 km com a
seguinte velocidade v1 = 80 km/h, já o segundo deslocamento é de ∆S2 = 60 km com a seguin-
te velocidade média v1 = 120 km/h.
Lembrando a velocidade média é dada pela razão entre o deslocamento do móvel pelo
intervalo de tempo correspondente.
∆S
v = ___
∆t
Uma vez que o tempo total é a soma dos dois tempos parciais, temos que:
∆S1 ____ ∆S2 ___
∆ = ∆t1 + ∆t2 ⇒ ∆t = ____
v
+ v
60 = 1 + 0,5 ⇒ ∆t = 1,5 h.
= 80 + ____
1 2 80 120
Alternativa C
54
Estrutura Conceitual
Espaço
A
B
Posição Deslocamento
inicial Posição km/h
final
Velocidade
min max
média
Tempo Rapidez
Intervalo
de tempo
55
E.O. Aprendizagem Desprezando-se a resistência do ar, podemos
afirmar que:
01) o observador A vê a bola se mover ver-
1. Um professor de física, verificando em sala
ticalmente para cima e cair nas mãos do
de aula que todos os seus alunos encontram-
garoto.
-se sentados, passou a fazer algumas afirma-
02) o observador B vê a bola descrever uma
ções para que eles refletissem e recordassem
parábola e cair nas mãos do garoto.
alguns conceitos sobre movimento. Das afir-
04) os dois observadores veem a bola se mo-
mações seguintes formuladas pelo professor,
ver numa mesma trajetória.
a única correta é:
08) o observador B vê a bola se mover verti-
a) Pedro (aluno da sala) está em repouso em calmente para cima e cair atrás do garoto.
relação aos demais colegas, mas todos nós 16) o observador A vê a bola descrever uma
estamos em movimento em relação à Terra. parábola e cair atrás do garoto.
b) Mesmo para mim (professor), que não paro
de andar, seria possível achar um referencial Dê como resposta a soma dos números asso-
em relação ao qual eu estivesse em repouso. ciados às proposições corretas.
c) A velocidade dos alunos que eu consigo ob-
servar agora, sentados em seus lugares, é 4. (Uemg) “A moça imprimia mais e mais velo-
nula para qualquer observador humano. cidade a sua louca e solitária maratona.”
d) Como não há repouso absoluto, nenhum de EVARISTO, 2014, p. 67.
nós está em repouso, em relação a nenhum
referencial. Conceição Evaristo refere-se claramente a
e) O Sol está em repouso em relação a qualquer uma grandeza física nesse texto: “imprimia
referencial. mais e mais velocidade.” Trata-se de uma
grandeza relacionada não à velocidade, mas à
2. Júlia está andando de bicicleta, em um pla- mudança da velocidade, em relação ao tempo.
A unidade dessa grandeza física, no sistema
no horizontal e com velocidade constante,
internacional de unidades, é:
quando deixa cair uma moeda. Tomás está
a) m.
parado na rua e vê a moeda cair.
b) s.
Considere desprezível a resistência do ar.
c) m.s-1
Assinale a alternativa em que melhor estão d) m.s-2
representadas as trajetórias da moeda, como
observadas por Júlia e por Tomás.
5. Um automóvel que trafega ao longo de uma
a) rodovia passa pelo marco de estrada 115 km
às 19 h 15 min e pelo marco 263,5 km às 20 h
54 min. A velocidade escalar média desse
automóvel, nesse intervalo de tempo, é:
b) a) 148,5 m/s.
b) 106,8 m/s.
c) 29,7 m/s.
d) 25,0 m/s.
e) 90,0 m/s.
c)
56
7. Numa corrida de revezamento, dois atletas, 10. O quadro seguinte mostra a velocidade mé-
por um pequeno intervalo de tempo, andam dia de corrida de alguns animais.
juntos para a troca do bastão. Nesse interva-
lo de tempo: Animais Velocidade média
I. num referencial fixo na pista, os atletas
cavalo 1,24 km/min
têm velocidades iguais.
II. num referencial fixo em um dos atletas, a coelho 55 km/h
velocidade do outro é nula.
girafa 833 m/min
III. o movimento real e verdadeiro dos atle-
tas é aquele que se refere a um referen- zebra 18 m/s
cial inercial fixo nas estrelas distantes.
Disponível em: <http://curiosidades.tripod.com/
Está(ão) correta(s): velocidade.htm>. Acesso em: 11 out. 2012.(Adaptado)
a) apenas I.
b) apenas II. Dentre os animais citados, o que possui
c) apenas III. maior velocidade média é a(o):
d) apenas I e II. a) cavalo.
e) I, II e III. b) coelho.
c) girafa.
8. Hoje sabemos que a Terra gira ao redor do Sol d) zebra.
(sistema heliocêntrico), assim como todos
os demais planetas do nosso sistema solar.
Mas, na Antiguidade, o homem acreditava
ser o centro do Universo, tanto que conside- E.O. Fixação
rava a Terra como centro do sistema planetá-
rio (sistema geocêntrico). Tal consideração 1. Sete crianças saíram em uma van para vi-
estava baseada nas observações cotidianas, sitar as obras de um dos estádios da Copa
pois as pessoas observavam o Sol girando em do Mundo de 2014, distante 20 km de suas
torno da Terra. casas. Durante a primeira metade do cami-
É CORRETO afirmar que o homem da Antigui- nho, a van conseguiu desenvolver velocidade
dade concluiu que o Sol girava em torno da máxima da pista e chegar a 90 km/h. Porém,
Terra devido ao fato que: para a infelicidade do grupo, na segunda
a) considerou o Sol como seu sistema de refe- parte do trajeto, havia muito congestiona-
rência. mento em que levaram 30 minutos.
b) considerou a Terra como seu sistema de refe- Portanto, podemos concluir que a velocidade
rência. média, em km/h, em todo percurso foi de,
c) esqueceu de adotar um sistema de referência.
aproximadamente:
d) considerou a Lua como seu sistema de referência.
a) 32.
e) considerou as estrelas como seu sistema de
b) 38.
referência.
c) 42.
d) 48.
9. Dois aviões do grupo de acrobacias (Esqua-
e) 62.
drilha da Fumaça) são capazes de realizar
manobras diversas e deixam para trás um
rastro de fumaça. Nessas condições, para que 2. (FMP 2017) A Maratona é uma prova olím-
os aviões descrevam duas semirretas parale- pica das mais famosas. Trata-se de uma cor-
las verticais (perpendiculares ao solo, con- rida em uma distância de 42,195 km, nor-
siderado plano), de tal sorte que o desenho malmente realizada em ruas e estradas. Na
fique do mesmo tamanho, os pilotos contro- Alemanha, ao vencer a Maratona de Berlim,
lam os aviões para que tenham velocidades o queniano Dennis Kimetto quebrou o recorde
constantes e de mesmo módulo. mundial completando o percurso no tempo de
Considerando o mesmo sentido para o mo- duas horas, dois minutos e 57 segundos.
vimento dos aviões durante essa acrobacia, Tal façanha correspondeu a uma velocidade
pode-se afirmar corretamente que: média com valor próximo de:
a) os aviões não se movimentam em relação a) 2,1 m/s.
ao solo. b) 5,7 m/s.
b) os aviões estão parados, um em relação c) 21 m/s.
ao outro. d) 2,1 km/h.
c) um observador parado em relação ao solo e) 5,7 km/h.
está acelerado em relação aos aviões.
d) um avião está acelerado em relação ao outro.
57
3. Nessa malha metroviária, a velocidade mé-
dia de um trem que se movimenta da pri-
meira até a última estação é, em km/h, de:
a) 72.
b) 68.
c) 64.
d) 60.
e) 56.
d)
58
10. (EEAR 2017) Uma aeronave F5 sai da base 2. Três amigos, Antônio, Bernardo e Carlos, saí-
aérea de Santa Cruz às 16h30min para fazer ram de suas casas para se encontrarem em uma
um sobrevoo sobre a Escola de Especialistas lanchonete. Antônio realizou metade do per-
de Aeronáutica (EEAR), no momento da for- curso com velocidade média de 4 km/h e a ou-
matura de seus alunos do Curso de Formação tra metade com velocidade média de 6 km/h.
de Sargentos. Sabendo que o avião deve pas- Bernardo percorreu o trajeto com velocidade
sar sobre o evento exatamente às 16h36min média de 4 km/h durante metade do tempo
que levou para chegar à lanchonete e a outra
e que a distância entre a referida base aérea
metade do tempo fez com velocidade média
e a EEAR é de 155 km, qual a velocidade mé-
de 6 km/h. Carlos fez todo o percurso com
dia, em km/h que a aeronave deve desenvol-
velocidade média de 5 km/h. Sabendo que os
ver para chegar no horário previsto? três saíram no mesmo instante de suas casas
e percorreram exatamente as mesmas distân-
cias, pode-se concluir que:
a) Bernardo chegou primeiro, Carlos em segun-
do e Antônio em terceiro.
b) Carlos chegou primeiro, Antônio em segun-
do e Bernardo em terceiro.
c) Antônio chegou primeiro, Bernardo em se-
gundo e Carlos em terceiro.
d) Bernardo e Carlos chegaram juntos e Antô-
nio chegou em terceiro.
e) os três chegaram juntos à lanchonete.
59
4. Um automóvel e um ônibus trafegam em uma 5. (Espcex) Um automóvel percorre a metade
estrada plana, mantendo velocidades constan- de uma distância D com uma velocidade mé-
tes em torno de 100 km/h e 75 km/h, respec- dia de 24 m/s e a outra metade com uma
tivamente. Os dois veículos passam lado a lado velocidade média de 8 m/s. Nesta situação, a
em um posto de pedágio. Quarenta minutos
velocidade média do automóvel, ao percorrer
(2/3 de hora) depois, nessa mesma estrada, o
toda a distância D, é de:
motorista do ônibus vê o automóvel ultrapas-
sá-lo. Ele supõe, então, que o automóvel deve a) 12 m/s.
ter realizado, nesse período, uma parada com b) 14 m/s.
duração aproximada de: c) 16 m/s.
a) 4 minutos. d) 18 m/s.
b) 7 minutos. e) 32 m/s.
c) 10 minutos.
d) 15 minutos.
e) 25 minutos.
E.O. Dissertativo
1. Sentado em um ponto de ônibus, um estudante observa os carros percorrerem um quarteirão (100 m).
Usando seu relógio de pulso, ele marca o tempo gasto por 10 veículos para percorrerem essa dis-
tância. Suas anotações mostram:
Veículo 1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9° 10°
Tempo (s) 12 16 5 20 9 10 4 15 8 13
2. Numa corrida de carros, suponha que o vencedor gastou 1h30min para completar o circuito, desen-
volvendo uma velocidade média de 240 km/h, enquanto que um outro carro, o segundo colocado,
desenvolveu a velocidade média de 236 km/h. Se a pista tem 30 km, quantas voltas o carro vence-
dor chegou à frente do segundo colocado?
3. (Udesc) Um campista planeja uma viagem, no seu carro, para acampar em uma cidade situada a
660,0 km de Florianópolis. Para tal, considera os seguintes fatos:
I. Seu conhecimento de que, para longos percursos, tendo em vista o tempo gasto com paradas, é
razoável considerar uma velocidade média de 60,0 km/h, ao calcular o tempo de percurso;
II. Não chegar ao seu destino depois das 17,0 h, pois quer montar seu acampamento à luz do dia.
Conhecendo o problema do motorista campista, DETERMINE:
a) o tempo (em horas) que ele calculou gastar no percurso;
b) o horário de partida de Florianópolis, para chegar no seu destino às 17,0 h.
4. (UFPE) O gráfico a seguir mostra a posição de uma partícula, que se move ao longo do eixo x, em
função do tempo. Calcule a velocidade média da partícula no intervalo entre t = 2 s e t = 8 s, em m/s.
60
5. Admitindo que um circuito tenha 5 km de da rodovia, vê o ônibus passar e afirma que o
extensão, e que uma corrida disputada neste referido passageiro está em movimento.
tenha 78 voltas e que a média de velocidade
das voltas é de 195 km/h, em quanto tempo
o piloto termina a corrida?
61
metros, um piloto francês viu o que acredita-
va ser uma mosca parada perto de sua face. E.O. UERJ
Apanhando-a rapidamente, ficou surpreso ao
verificar que se tratava de um projétil alemão. Exame de Qualificação
PERELMAN, J. Aprenda física brincando.
São Paulo: Hemus, 1970. 1. (UERJ 2017) O rompimento da barragem de
contenção de uma mineradora em Mariana
O piloto consegue apanhar o projétil, pois: (MG) acarretou o derramamento de lama con-
a) ele foi disparado em direção ao avião fran- tendo resíduos poluentes no rio Doce. Esses
cês, freado pelo ar e parou justamente na resíduos foram gerados na obtenção de um
frente do piloto. minério composto pelo metal de menor raio
b) o avião se movia no mesmo sentido que o atômico do grupo 8 da tabela de classificação
dele, com velocidade visivelmente superior. periódica. A lama levou 16 dias para atingir o
c) ele foi disparado para cima com velocidade mar, situado a 600 km do local do acidente,
constante, no instante em que o avião fran- deixando um rastro de destruição nesse percur-
cês passou. so. Caso alcance o arquipélago de Abrolhos, os
d) o avião se movia no sentido oposto ao dele, recifes de coral dessa região ficarão ameaçados.
com velocidade de mesmo valor. Com base nas informações apresentadas no
e) o avião se movia no mesmo sentido que o texto, a velocidade média de deslocamento
dele, com velocidade de mesmo valor. da lama, do local onde ocorreu o rompimen-
to da barragem até atingir o mar, em km/h,
3. (Enem) Uma empresa de transportes preci- corresponde a:
sa efetuar a entrega de uma encomenda o a) 1,6.
mais breve possível. Para tanto, a equipe de b) 2,1.
logística analisa o trajeto desde a empresa c) 3,8.
até o local da entrega. Ela verifica que o tra- d) 4,6.
jeto apresenta dois trechos de distâncias di-
ferentes e velocidades máximas permitidas
diferentes. No primeiro trecho, a velocidade E.O. UERJ
máxima permitida é de 80 km/h e a distân-
cia a ser percorrida é de 80 km. No segundo Exame Discursivo
trecho, cujo comprimento vale 60 km, a ve-
locidade máxima permitida é 120 km/h. 1. (UERJ) Uma partícula se afasta de um ponto
Supondo que as condições de trânsito sejam de referência O, a partir de uma posição ini-
favoráveis para que o veículo da empresa cial A, no instante t = 0 s, deslocando-se em
ande continuamente na velocidade máxima movimento retilíneo e uniforme, sempre no
permitida, qual será o tempo necessário, em mesmo sentido.
horas, para a realização da entrega? A distância da partícula em relação ao ponto
a) 0,7 O, no instante t = 3,0 s, é igual a 28,0 m e, no
b) 1,4 instante t = 8,0 s, é igual a 58,0 m.
c) 1,5 Determine a distância, em metros, da posi-
d) 2,0 ção inicial A em relação ao ponto de refe-
e) 3,0 rência O.
62
2. (Fuvest) Um barco é erguido 24 m, no inte- Podemos afirmar que a relação v1/v2 vale:
rior de uma eclusa, num intervalo de tempo
de 40 min. Sua velocidade média de ascen-
são é:
1
a) __
2
b) 1__
a) 18 m/s. c) √2
b) 2,5 · 10-3 m/s. d) 2 __
e) 2√2
c) 5 · 10-3 m/s.
d) 10-2 m/s.
6. (Unesp) Ao passar pelo marco "km 200" de
e) 7,2 · 10-3 m/s. uma rodovia, um motorista vê um anúncio
com a inscrição: "ABASTECIMENTO E RES-
3. (Unesp) Há 500 anos, Cristóvão Colombo TAURANTE A 30 MINUTOS". Considerando
partiu de Gomera (Ilhas Canárias) e chegou que este posto de serviços se encontra junto
a Guanahani (Ilhas Bahamas), após navegar ao marco "km 245" dessa rodovia, pode-se
cerca de 3000 milhas marítimas (5556 km) concluir que o anunciante prevê, para os car-
durante 33 dias. Considerando que um dia ros que trafegam nesse trecho, uma veloci-
dade média, em km/h, de
tem 86400 segundos, a velocidade média da
a) 80.
travessia oceânica, no sistema Internacional b) 90.
(SI) de Unidades, foi aproximadamente c) 100.
a) 2 · 10-2 m/s. d) 110.
b) 2 · 10-1 m/s. e) 120.
c) 2 · 10-0 m/s.
d) 2 · 101 m/s. 7. (Unesp) Nos últimos meses assistimos aos
e) 2 · 102 m/s. danos causados por terremotos. O epicentro
de um terremoto é fonte de ondas mecâni-
cas tridimensionais que se propagam sob a
4. (Fuvest) Em um prédio de 20 andares (além
superfície terrestre. Essas ondas são de dois
do térreo) o elevador leva 36 s para ir do tipos: longitudinais e transversais. As on-
térreo ao 20º. andar. Uma pessoa no andar das longitudinais viajam mais rápido que
X chama o elevador, que está inicialmente as transversais e, por atingirem as estações
no térreo, e 39,6 s após a chamada a pessoa sismográficas primeiro, são também chama-
atinge o andar térreo. Se não houve paradas das de ondas primárias (ondas P); as trans-
intermediárias, e os tempos de abertura e versais são chamadas de ondas secundárias
fechamento da porta do elevador e de en- (ondas S). A distância entre a estação sis-
trada e saída do passageiro são desprezíveis, mográfica e o epicentro do terremoto pode
podemos dizer que o andar X é o: ser determinada pelo registro, no sismógra-
fo, do intervalo de tempo decorrido entre a
a) 9º.
chegada da onda P e a chegada da onda S.
b) 11º. Considere uma situação hipotética, extrema-
c) 16º. mente simplificada, na qual, do epicentro
d) 18º. de um terremoto na Terra são enviadas duas
e) 19º. ondas, uma transversal que viaja com uma
velocidade de, aproximadamente 4,0 km/s, e
5. (Fuvest) Os pontos A, B, C e D representam outra longitudinal, que viaja a uma velocida-
pontos médios dos lados de uma mesa qua- de de, aproximadamente 6,0 km/s. Supondo
que a estação sismográfica mais próxima do
drada de bilhar. Uma bola é lançada a partir
epicentro esteja situada a 1200 km deste,
de A, atingindo os pontos B, C e D, sucessi- qual a diferença de tempo transcorrido entre
vamente, e retornando a A, sempre com ve- a chegada das duas ondas no sismógrafo?
locidade de módulo constante v1. Num outro a) 600 s.
ensaio a bola é lançada de A para C e retorna b) 400 s.
a A, com velocidade de módulo constante v2 c) 300 s.
e levando o mesmo tempo que o do lança- d) 100 s.
mento anterior. e) 50 s.
63
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO 10. (Unicamp) Drones são veículos voadores
não tripulados, controlados remotamente
Andar de bondinho no complexo do Pão de e guiados por GPS. Uma de suas potenciais
Açúcar no Rio de Janeiro é um dos passeios aplicações é reduzir o tempo da prestação de
aéreos urbanos mais famosos do mundo. Mar- primeiros socorros, levando pequenos equi-
ca registrada da cidade, o Morro do Pão de pamentos e instruções ao local do socorro,
Açúcar é constituído de um único bloco de para que qualquer pessoa administre os pri-
granito, despido de vegetação em sua quase meiros cuidados até a chegada de uma am-
totalidade e tem mais de 600 milhões de anos. bulância.
O passeio completo no complexo do Pão de Considere um caso em que o drone ambulân-
Açúcar inclui um trecho de bondinho de cia se deslocou 9 km em 5 minutos. Nesse
aproximadamente 540 m, da Praia Vermelha caso, o módulo de sua velocidade média é de
ao Morro da Urca, uma caminhada até a se- aproximadamente
gunda estação no Morro da Urca, e um segun- a) 1,4 m/s.
do trecho de bondinho de cerca de 720 m, do b) 30 m/s.
Morro da Urca ao Pão de Açúcar c) 45 m/s.
d) 140 m/s.
8. (Unicamp) A velocidade escalar média do
bondinho no primeiro trecho é v1 = 10,8 km/h
e, no segundo, é v2 = 14,4 km Supondo que,
em certo dia, o tempo gasto na caminhada
E.O. Dissertativas
no Morro da Urca somado ao tempo de es- (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
pera nas estações é de 30 minutos, o tempo
total do passeio completo da Praia Vermelha 1. (Unicamp) “Brasileiro sofre!” Numa tarde
até o Pão de Açúcar será igual a de sexta-feira, a fila única de clientes de um
a) 33 min. banco tem comprimento médio de 50 m. Em
b) 36 min. média, a distância entre as pessoas na fila é
c) 42 min. de 1,0 m. Os clientes são atendidos por três
d) 50 min. caixas. Cada caixa leva 3,0 min para atender
um cliente.
9. (Unesp) João mora em São Paulo e tem um Pergunta-se:
compromisso às 16 h em São José dos Cam- a) Qual a velocidade (média) dos clientes ao
pos, distante 90 km de São Paulo. Preten- longo fila?
dendo fazer uma viagem tranquila, saiu, no b) Quanto tempo um cliente gasta na fila?
dia do compromisso, de São Paulo às 14h, c) Se um dos caixas se retirar por trinta minu-
planejando chegar ao local pontualmente no tos, quantos metros a fila aumentará?
horário marcado. Durante o trajeto, depois
de ter percorrido um terço do percurso com ve- 2. (Fuvest) Em janeiro de 2006, a nave espacial
locidade média de 45 km/h, João recebeu uma New Horizons foi lançada da Terra com des-
ligação em seu celular pedindo que ele chegas- tino a Plutão, astro descoberto em 1930. Em
se meia hora antes do horário combinado. julho de 2015, após uma jornada de aproxi-
madamente 9,5 anos e 5 bilhões de km, a
nave atinge a distância de 12,5 mil km da
superfície de Plutão, a mais próxima do as-
tro, e começa a enviar informações para a
Terra, por ondas de rádio. Determine
a) a velocidade média v da nave durante a viagem;
b) o intervalo de tempo ∆t que as informações
enviadas pela nave, a 5 bilhões de km da
Terra, na menor distância de aproximação
entre a nave e Plutão, levaram para chegar
Para chegar ao local do compromisso no novo em nosso planeta;
horário, desprezando-se o tempo parado c) o ano em que Plutão completará uma volta
para atender a ligação, João deverá desen- em torno do Sol, a partir de quando foi des-
volver, no restante do percurso, uma veloci- coberto.
dade média, em km/h, no mínimo, igual a Note e adote:
a) 120. Velocidade da luz 3 x 108 m/s
b) 60. Velocidade média de Plutão = 4,7 km/s
c) 108. Perímetro da órbita elíptica de Plutão = 35,4
d) 72. x 109 km
e) 90. 1 ano = 3 x 107 s
64
3. (Unicamp) O Sr. P. K. Aretha afirmou ter 6. d = 375.000 km.
sido sequestrado por extraterrestres e ter 7.
passado o fim de semana em um planeta a) vm = 20 km/h.
da estrela Alfa da constelação de Centauro. b) v’m = 80 km/h.
Tal planeta dista 4,3 anos-luz da Terra. Com 8. Movimento e repouso dependem do referen-
muita boa vontade, suponha que a nave dos cial escolhido.
extraterrestres tenha viajado com a veloci- 9. vm = 22 m/s.
dade da luz (3,0 . 108 m/s), na ida e na volta.
Adote 1 ano = 3,2 . 107 segundos. Responda:
a) Quantos anos teria durado a viagem de ida e E.O. Enem
de volta do Sr. Aretha? 1. C 2. E 3. C 4. B
b) Qual a distância em metros do planeta à Terra?
6. B 7. D 8. B 9. D 10. B
Gabarito
E.O. Dissertativas
E.O. Aprendizagem (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
1. B 2. D 3. 01 + 02 = 03 4. D 5. D
a) 1 m/min.
6. C 7. D 8. B 9. B 10. A b) Dt = 50 min.
c) A fila aumenta em 10 metros.
2.
E.O. Fixação a) v = 1,75 × 104 m/s.
b) ∆t = 1,7 × 104 s.
1. A 2. B 3. B 4. E 5. B
c) No ano de 2181.
6. A 7. A 8. A 9. B 10. A 3.
a) 8,6 anos.
b) 4,13 . 1016 m.
E.O. Complementar 4.
1. C 2. D 3. D 4. C 5. A a) v = 1800 km/h.
b) Sim, o avião é supersônico.
5.
E.O. Dissertativo a) 60 pessoas.
1. b) Sobraram 70 m.
a) vmaior = 25 m/s.
vmenor = 5 m/s.
b) 2º e 7º.
2.
O vencedor chegou 0,2 volta à frente.
3.
a) t = 11 h.
b) 6 h (da manhã).
x - x0 __________
20 - (-40)
4. ∆x = _____
Vm = ___
=
= 10 m/s
∆t ∆t 6
5.
∆t = 2 h.
65
© supergenijalac/Shutterstockk
Aulas 5e6
Movimento Retilíneo
Uniforme
Competência 6
Habilidades 3 e 20
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Movimento retilíneo uniforme (M.R.U.)
O conceito de velocidade média é muito importante, porém é pouco preciso. Por isso, a partir de agora, iremos
estudar alguns casos específicos de movimento.
Movimentos retilíneos uniformes são todos os movimentos nos quais o vetor velocidade não se altera,
ou seja, direção, sentido e intensidade não são alterados. Dessa forma, em um estudo unidimensional, o módulo
da velocidade é constante, assim, em quaisquer instantes considerados a velocidade instantânea será equivalente
à velocidade escalar média:
DS = constante i 0
v = vm = ___
Dt
Sendo assim, no movimento uniforme, o corpo percorre distâncias iguais em intervalos de tempo iguais.
Função horária
Como visto anteriormente, a função horária de um movimento é a expressão matemática que fornece a posição
para um determinado instante de tempo t. A velocidade escalar instantânea, no movimento uniforme, é constante
e coincide com a velocidade escalar média, qualquer que seja o intervalo de tempo. Portanto:
DS DS
vm = ___ ä v = ___
Dt Dt
Fazendo DS = S – S0 e Dt = t – 0 = t, vem:
S – S0
v = ___
DS ä v = _____
Dt t
ä v · t = S – S0
Sistema Internacional
S0 → posição inicial
metro (m)
S → posição final
Desse modo, o espaço S é composto por duas parcelas: o espaço inicial S0 e o espaço percorrido após o
início da contagem do tempo, cujo valor é v · t. Adotamos, neste estudo, o instante inicial (t0 = 0) para que a função
horária evidencie o comportamento do corpo como se o estudo do movimento se desse a partir daquele instante.
Na expressão da função horária, S0 e v são constantes ao longo do tempo; a velocidade escalar do movi-
mento é v; se o movimento é progressivo, v > 0, e se o movimento é retrógrado, v < 0, ou seja, quando v > 0, o
movimento é a favor da orientação da trajetória, e quando v < 0, o movimento é contra a orientação da trajetória.
69
A tabela ilustra alguns exemplos, sendo S em metros e t em segundos:
S = S0 + vt S0 v progressivo/retrógrado
S = 50 + 20 t S0 = 50 m v = + 20 m/s v > 0, progressivo
DS
S = S0 + v · t, onde v = constante i 0 v = vm = ___
Dt
Teoria na prática
1. (UC-GO) A figura mostra a posição de um móvel, em movimento uniforme, no instante t = 0.
Resolução:
a) A figura nos mostra que o móvel tem uma posição inicial de 30 m e movimenta-se no sentido contrário
da trajetória, logo, a sua velocidade constante é –5 m/s (movimento retrógrado).
Assim, a função horária do movimento será:
S = S0 + v.t ⇔ S = 30 +(–5)t ⇔ S = 30 – 5t
Resposta: A função horária é S = 30 – 5t .
b) Para encontrar o instante em que o móvel passa pela origem dos espaços, basta igualar a posição final
a 0. Assim, temos:
30 ⇔ t = 6 s
S = 30 – 5t ⇔ 0 = 30 – 5t ⇔ 5t = 30 ⇔ t = ___
5
Resposta: O tempo será de 6 segundos.
2. O espaço inicial de uma bicicleta que descreve um movimento retilíneo e uniforme é –5 m. Nesse movimen-
to, a bicicleta percorre a cada intervalo de tempo de 10 s uma distância de 50 m. Determine a função horária
do espaço para esse movimento, e considere-o progressivo.
Resolução:
70
3. (Ufgrs) Um caminhoneiro parte de São Paulo com velocidade escalar constante de módulo igual a 74
km/h. No mesmo instante, parte outro de Camaquã, no Rio Grande do Sul, com velocidade escalar constan-
te de 56 km/h.
Resolução:
O caminhão A tem posição inicial igual a 0 km, velocidade constante de 74 km/h e o sentido é o mesmo da
trajetória. A função horária do movimento do caminhão A será:
SA = S0,A + vAt ⇔ SA = 0 + 74 t ⇔ SA = 74 t
O caminhão B tem posição inicial de 1300 km e movimenta-se contra a trajetória, logo sua velocidade será
de –56 km/h. A função horária do movimento do caminhão B será:
SB = S0,B + vBt ⇔ SB = 1300 + (–56)t ⇔ SB = 1300 – 56 t
No ponto de encontro temos que as posições finais dos caminhões são iguais, logo:
SA = SB ⇔ 74 t = 1300 – 56 t ⇔ 74 t + 56 t = 1300 ⇔ 130 t = 1300 ⇔ t = ____ 1300 ⇔ t = 10 h
130
Agora, basta aplicar o tempo igual a 10 horas em uma das duas funções horárias para encontrar a posição
final.
SA = 74t ⇔ SA = 74(10) ⇔ SA = 740 km
Os caminhões vão se encontrar na cidade de Garopaba.
Alternativa B
Galileu Galilei (1564-1642) foi um dos fundadores do pensamento científico moderno baseado na experi-
mentação, fazendo a transição da filosofia natural da Antiguidade para a ciência moderna. Empregando a matemá-
tica às suas observações experimentais, Galileu deu importantes contribuições ao estudo do movimento uniforme,
percebendo ser impossível distinguir entre dois objetos isolados, qual está parado ou qual está em movimento,
formulou o princípio da relatividade galineana.
71
Encontro – o encontro entre móveis significa que os mesmos passam pela mesma posição na trajetória
ao mesmo tempo.
Considere 2 móveis (1 e 2) em MRU com funções horárias de posição S1 = S01 + v1t e S2 = S02 + v2t de
modo que eles se encontrem e, se você quiser descobrir o tempo de encontro é só igualar as duas funções e isolar
o tempo. Se desejar encontrar a posição do encontro basta substituir esse tempo numa das funções.
Teoria na prática
1. Dois móveis, 1 e 2, movem-se com movimento uniforme e no mesmo sentido num certo trecho retilíneo.
Suas velocidades escalares possuem intensidades respectivamente iguais a 20 m/s e 15 m/s. No tempo
inicial zero, os móveis encontram-se nas posições indicadas abaixo.
(m)
0 100
Determine:
a) o instante do encontro.
b) a posição do encontro.
Resolução:
a) antes de iniciarmos a resolução vamos escrever as funções horárias da posição de cada móvel. Assim,
Encontradas as funções horárias da posição devemos igualar as mesmas para determinar o instante que
1 encontra 2
S1 = S2 ⇔
0 + 20t = 100 + 15t ⇔
⇔ 20t – 15t = 100 ⇔
⇔ 5t = 100 ⇔
⇔ t = 20 s
b) para encontrarmos a posição do encontro, basta substituir o valor do tempo encontrado no item anterior
em qualquer uma das funções horárias. Assim,
S1 = 0 + 20 . 20 ⇔
⇔ S1 = 400 m
Portanto, a posição do encontro fica a 400 m da origem.
2. Dois veículos movem-se em MRU, um de encontro ao outro. Suas velocidades escalares têm módulos
22 m/s e 18 m/s, respectivamente. No instante t = 0 os veículos ocupam as posições sinalizadas na figura
que se segue.
(m)
0 200
Determine:
a) o instante do encontro.
b) a posição do encontro.
72
Resolução:
b) para determinarmos a posição em que ocorre o encontro, basta substituir o valor do tempo em uma das
funções. Assim,
SA = 0 + 22 . 5 ⇔
⇔ SA = 110 m
Temos que a posição do encontro é 110 m da origem.
Velocidade relativa
Sejam duas partículas realizando movimentos uniformes, em relação a um referencial qualquer, em uma mesma
trajetória ou em trajetórias paralelas. A velocidade relativa das duas partículas pode ser calculada escolhendo uma
das partículas como um novo referencial. Como os módulos de suas velocidades são constantes em função do
tempo, o módulo da velocidade relativa é dado por:
DS
vREL = ____
REL
Dt
Onde:
vREL: é a velocidade relativa de um corpo em relação a outro.
Dt: intervalo de tempo
DSREL: é a distância relativa entre os corpos.
Dado que o movimento das partículas é realizado na mesma trajetória ou em trajetórias paralelas, as partí-
culas podem se mover no mesmo sentido ou em sentidos opostos, como ilustrado na figura abaixo.
73
As velocidades têm a mesma direção e mesmo sentido
Em casos de aproximação, como de afastamento, o módulo da velocidade relativa entre as partículas é dada pela
diferença entre os módulos das suas velocidades.
Teoria na prática
1. Três móveis A, B e C encontram-se numa trajetória retilínea descrevendo movimentos uniformes de acordo
com a figura a seguir:
Determine:
a) a velocidade de A em relação a B;
b) a velocidade de B em relação a C;
c) a velocidade de C em relação a A.
Resolução:
a) O móvel A está na mesma direção e sentido que o corpo B, logo a velocidade relativa será:
Temos que o móvel A nunca irá encontrar o móvel B, pois a sua velocidade relativa é de afastamento
(vAB < 0).
b) O móvel B está na mesma direção porém em um sentido contrário do corpo C, logo a velocidade relativa será:
vBC = |vB| + |vC| ⇔ vBC = |8| + |–4| ⇔ vBC = 8 + 4 ⇔ vBC = 12 m/s
Temos que o móvel B irá encontrar o corpo C, pois a sua velocidade relativa é de aproximação (vBC > 0).
c) O móvel C está na mesma direção, porém em um sentido contrário do móvel A, logo, a velocidade rela-
tiva será:
vCA = |vC| + |vA| ⇔ vCA =|–4| + |5| ⇔ vCA = 4 + 5 ⇔ vCA = 9 m/s
Temos que o móvel C irá encontrar o móvel A, pois a sua velocidade relativa é de aproximação (vCA > 0).
74
2. Duas cidades, A e B, distam entre si 400 km. Da cidade A parte um móvel P dirigindo-se à cidade B; no mes-
mo instante, parte do B outro móvel Q dirigindo-se a A. Os móveis P e Q executam movimentos uniformes
e suas velocidades escalares são de 30 km/h e 50 km/h, respectivamente. A distância da cidade A ao ponto
de encontro dos móveis P e Q, em km, vale:
a) 120.
b) 150.
c) 200.
d) 240.
e) 250.
Resolução:
Temos que o móvel P está a favor do movimento e o móvel Q está contrário. A velocidade de P será + 30 km/h
e a de Q será –50 km/h. Como os móveis estão em sentidos opostos, a velocidade relativa entre eles será:
ΔS
400 ⇔ Δt = ___
O intervalo de tempo relativo será: vPQ = ___R ⇔ 80 = ___ 400 ⇔ Δt = 5 h.
Δt Δt 80
Agora, para definir a posição de encontro, basta aplicar o tempo na função horária de um dos dois móveis.
SA= S0,A + vAt ⇔ SA = 0 + 30(5) ⇔ SA= 150 km
Alternativa B
Composição de movimentos
O movimento de uma partícula é definido apenas se for conhecida, ao longo do tempo, a variação da sua posição
e em relação a um determinado referencial. De modo geral, o referencial não é especificado quando se fala em
velocidade. Nesse caso, adota-se, implicitamente, que o referencial é a Terra.
Em um corpo que está sob ação de vários movimentos simultâneos, cada movimento é realizado como se
os outros não existissem.
Galileu propôs que esses três movimentos ocorrem ao mesmo tempo: o movimento relativo, o movimento
de arrastamento e o movimento resultante.
A composição de movimento de um barco se movimentando em um rio é um problema clássico. Abaixo,
está sua descrição, onde:
vRES é velocidade resultante (velocidade do barco em relação à margem)
vREL é velocidade relativa (velocidade do barco em relação à água)
vARR é velocidade de arrastamento (velocidade da água em relação à margem)
75
1. Barco se move no mesmo sentido que as águas do rio (θ = 0º).
76
Teoria na prática
1. (Unesp) Entre duas cidades X e Y, sopra um vento de 50 km/h na direção indicada na figura. Um avião, que
desenvolve 250 km/h em relação ao ar, faz em linha reta a trajetória XY. Qual das retas abaixo melhor indica
(no plano horizontal de voo), a inclinação do avião em relação à trajetória XY?
a) b) c) d) e)
Resolução:
O avião segue na direção vertical e, para que isso ocorra, ele deve estar com sua velocidade aplicada para
a direita, pois o vento aplica uma velocidade no avião. Segue o diagrama vetorial:
2. (PUC) Um barco sai de um ponto P para atravessar um rio de 4,0 km de largura. A velocidade da correnteza,
em relação às margens do rio, é de 6,0 km/h. A travessia é feita segundo a menor distância PQ, como mostra
o esquema representado a seguir, e dura 30 minutos.
77
A velocidade do barco em relação à correnteza, em km/h, é de
a) 4,0.
b) 6,0.
c) 8,0.
d) 10.
e) 12.
Resolução:
→
→
→
O tempo é de 30 minutos (0,5 hora) e a distância percorrida pelo barco é a largura do rio, logo, a velocidade
resultante será:
vresultante = Δs
__ ⇔ v 4 ⇔ vresultante = 8 km/h
= ___
Δt resultante 0,5
Aplicando o teorema de Pitágoras nas velocidades, temos:
(vbarco)² = (vcorrenteza)² + (vresultante)² ⇔ (vbarco)² = 6² + 8² ⇔ (vbarco)² = 100 ⇔ vbarco = 10 km/h
Alternativa D
3. (UFBA) Um pássaro parte em voo retilíneo e horizontal do seu ninho para uma árvore distante 75 m e volta,
sem interromper o voo, sobre a mesma trajetória.
Sabendo-se que sopra um vento de 5 m/s na direção e sentido da árvore para o ninho e que o pássaro
mantém, em relação à massa de ar, uma velocidade constante de 10 m/s, determine, em segundos, o tempo
gasto na trajetória de ida e volta.
Resolução:
78
Na ida, temos velocidades em mesma direção, porém em sentidos contrários, logo a velocidade relativa será:
vrel = |vpassaro| – |vvento| ⇔ vrel = 10 – 5 ⇔ vrel = 5 m/s.
79
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
80
ACESSAR
https://guiadoestudante.abril.com.br/curso-enem-play/movimento-retilineo-uniforme/
81
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Assim como o conceito de velocidade média, a velocidade escalar média instantânea é aplicada em diversos
casos, afinal quando queremos uma maior precisão ao descrever o movimento de um móvel a função velocidade
instantânea é muito mais reveladora. Um dos casos mais clássicos, de muito interesse, pois é aplicado em diversas
situações, é aquele em que a velocidade é constante.
A velocidade pode ser considerada constante em inúmeras situações, tal como a esteira de produção nas
indústrias, um carro que viaja numa estrada por um longo período de tempo sem mudar sua velocidade, etc.
INTERDISCIPLINARIDADE
A função polinomial do primeiro grau com apenas uma variável independente e uma dependente chama-se função
afim, definida como f de em dada por uma lei da forma f(x) = ax + b, onde a e b são números reais dados e
a ≠ 0. Na função f(x) = ax + b, o número a é chamado de coeficiente de x e o número b é chamado termo constante.
Nesse caso, a função posição é dada em termo dos coeficientes a, que será a velocidade do móvel, e b, que
será a posição inicial. Assim, teremos a posição S em função do tempo t.
82
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Não é raro encontrarmos verdades ditas com tanta certeza, frases feitas muito populares,
textos publicados em veículos de comunicações ou em mídias sociais que veiculam fatos,
fenômenos, explicações cientificamente inverídicas. Além disso, não é raro quando o sen-
so comum acaba levando a uma conclusão equivocada.
Neste contexto exercícios de cinemática levam o estudante ao confronto entre in-
terpretações baseadas no senso comum, em situações-problema contextualizadas, com a
interpretação técnica-científica. Problemas que envolvam referencial, movimento, veloci-
dade relativa são ótimos nesse quesito.
Tal como já foi dito anteriormente o movimento é objeto essencial da física e das ciên-
cias naturais, pertence ao cerne da construção do pensamento físico e filosófico. Fator
importante no desenvolvimento da física e do pensamento científico. Após o domínio dos
conceitos básicos como tempo, espaço, deslocamento, intervalo de tempo e velocidade
partimos para uma nova empreitada: a classificação dos diferentes tipos de movimento.
O primeiro e mais básico é aquele em que o móvel possui velocidade constante durante
todo o movimento numa trajetória retilínea, situação essa que é explorada em inúmeras
situações-problema em diferentes contextos dentro das ciências naturais: desde um au-
tomóvel, um trem, um avião que se deslocam com a mesma velocidade numa trajetória
retilínea ou mesmo o movimento de uma onda sonora, uma onda luminosa que também
trafegam com velocidade constante.
Deste modo sua aplicabilidade percorre todos os eixos cognitivos, desde compre-
ender fenômenos naturais como enfrentar situações-problema relevantes ao cotidiano,
sendo cobrado do estudante a capacidade de construir argumentação consistente com
a realidade das informações apresentadas como elaborar propostas através do conheci-
mento obtido.
83
Modelo 1
(Enem) Em apresentações musicais realizadas em espaços onde o público fica longe do palco, é ne-
cessária a instalação de alto-falantes adicionais a grandes distâncias, além daqueles localizados no
palco. Como a velocidade com que o som se propaga no ar (vsom = 3,4 3 102 m/s) é muito menor do
que a velocidade com que o sinal elétrico se propaga nos cabos (vsinal = 2,6 3 108 m/s), é necessário
atrasar o sinal elétrico de modo que este chegue pelo cabo ao alto-falante no mesmo instante em que
o som vindo do palco chega pelo ar. Para tentar contornar esse problema, um técnico de som pensou
em simplesmente instalar um cabo elétrico com comprimento suficiente para o sinal elétrico chegar
ao mesmo tempo que o som, em um alto-falante que está a uma distância de 680 metros do palco.
A solução é inviável, pois seria necessário um cabo elétrico de comprimento mais próximo de:
a) 1,1 3 103 km.
b) 8,9 3 104 km.
c) 1,3 3 105 km.
d) 5,2 3 105 km.
e) 6,0 3 1013 km.
Análise Expositiva 1
Habilidade 20
Outro exercício onde há o contraste entre o senso comum e aplicação da física. Mesmo sem
calcular a resposta, analisando somente as alternativas já é possível notar que o comprimen-
to do fio seria quilométrico. Sabendo que as contas se propagam com velocidade constante é
possível facilmente calcular o comprimento do fio para que o som chegue no mesmo instante.
O intuito é que o aluno perceba quão absurda seria a ideia proposta.
Primeiramente deve-se perceber que o intervalo de tempo deverá ser o mesmo, tanto para o
sinal via cabo quanto para o som. Assim sendo, basta igualar as equações:
L Lcabo
∆tsinal = ∆tsom ⇒ ____
v cabo vd ⇒ _________
= ____ 680 ⇒ Lcabo = (2,6 3 108) ⇒ Lcabo = 5,2 3 108 m =
= ____
8
sinal som 2,6 3 10 340
5,2 3 105 km.
Alternativa D
Modelo 2
(Enem) Conta-se que um curioso incidente aconteceu durante a Primeira Guerra Mundial. Quando
voava a uma altitude de dois mil metros, um piloto francês viu o que acreditava ser uma mosca
parada perto de sua face. Apanhando-a rapidamente, ficou surpreso ao verificar que se tratava de
um projétil alemão.
PERELMAN, J. Aprenda física brincando. São Paulo: Hemus, 1970.
84
Análise Expositiva 2
Habilidade 3
Excelente aplicação da habilidade 3, colocando em xeque o senso comum que em muitas
vezes nos leva a respostas incorretas. Apesar de conceitualmente simples, a adoção de um
referencial traz conclusões corretas mais facilmente. Ao perceber que o projétil estava para-
do em relação ao piloto, o estudante compreende que o movimento depende do referencial
adotado, pois se estava parado em relação ao piloto, estava em movimento em relação ao
solo, por exemplo.
Uma vez que o projétil se encontra com velocidade nula em relação ao piloto, temos que o
projétil se encontra parado em relação ao mesmo. Logo, concluímos que ambos possuíam a
mesma velocidade, com o mesmo módulo, mesma direção e mesmo sentido. Dessa maneira, a
resposta correta é a de alternativa E.
Alternativa E
Estrutura Conceitual
80 km/h
km/h
Função horária
Referencial Movimento da posição
Posição Velocidade
inicial
constante
80
km/h
Referencial
Posição Movimentos
inicial Movimento
simultâneos
relativo
85
E.O. Aprendizagem 4. Filas de trânsito são comuns nas grandes ci-
dades, e duas de suas consequências são: o
aumento no tempo da viagem e a irritação
1. (PUC-RJ 2017) Um carro viaja a 100 km/h por dos motoristas. Imagine que você está em
15 minutos e, então, baixa sua velocidade a uma pista dupla e enfrenta uma fila. Pen-
60 km/h percorrendo 75 km nesta velocidade. sa em mudar para a fila da pista ao lado,
Qual é a velocidade média do carro para o pois percebe que, em determinado trecho,
trajeto total, em km/h? a velocidade da fila ao lado é 3 carros/min.
a) 80 enquanto que a velocidade da sua fila é
b) 75 2 carros/min.
c) 67 Considere o comprimento de cada automóvel
d) 85 igual a 3 m.
e) 58
86
A velocidade dos navios é geralmente me- 8. Dois automóveis A e B encontram-se estacio-
dida em uma unidade chamada nó. Um nó nados paralelamente ao marco zero de uma
equivale a uma velocidade de aproximada- estrada. Em um dado instante, o automóvel
mente 1,8 km/h. A parte, movimentando-se com velocidade
Um navio russo que desenvolvesse uma velo- escalar constante VA = 80 km/h. Depois de
certo intervalo de tempo, ∆t, o automóvel B
cidade constante de 25 nós, durante 10 ho-
parte no encalço de A com velocidade escalar
ras, percorreria uma distância de: constante VB = 100 km/h. Após 2 h de via-
a) 180 km. gem, o motorista de A verifica que B se en-
b) 250 km. contra 10 km atrás e conclui que o intervalo
c) 430 km. ∆t, em que o motorista B ainda permaneceu
d) 450 km. estacionado, em horas, é igual a:
a) 0,25.
6. Um motorista viaja da cidade A para a ci- b) 0,50.
c) 1,00.
dade B em um automóvel a 40 km/h. Certo
d) 4,00.
momento, ele visualiza no espelho retrovi-
sor um caminhão se aproximando, com ve-
9. Segundo o grande cientista Galileu Galilei,
locidade relativa ao carro dele de 10 km/h,
todos os movimentos descritos na cinemá-
sendo a velocidade do caminhão em rela- tica são observados na natureza na forma
ção a um referencial inercial parado é de de composição desses movimentos. Assim,
50 km/h. Nesse mesmo instante, há uma bo- se um pequeno barco sobe o rio Guaraguaçu,
bina de aço rolando na estrada e o motorista em Pontal do Paraná, com velocidade de
percebe estar se aproximando da peça com a 12 km/h e desce o mesmo rio com velocidade
mesma velocidade que o caminhão situado à de 20 km/h, a velocidade própria do barco e
sua traseira se aproxima de seu carro. Com a velocidade da correnteza serão, respecti-
base nessas informações, responda: a velo- vamente:
cidade a um referencial inercial parado e a a) 18 km/h e 2 km/h.
b) 17 km/h e 3 km/h.
direção da bobina de aço é: c) 16 km/h e 4 km/h.
d) 15 km/h e 5 km/h.
e) 19 km/h e 1 km/h.
E.O. Fixação
1. (CPS) Suponha que uma semeadeira é arras-
tada sobre o solo com velocidade constante de
Sobre os movimentos desses veículos, pode- 4 km/h, depositando um único grão de milho e
-se afirmar que: o adubo necessário a cada 20 cm de distância.
a) ambos apresentam a mesma velocidade escalar. Após a semeadeira ter trabalhado por 15 mi-
b) mantidas essas velocidades, A não consegui- nutos, o número de grãos de milho plantados
rá ultrapassar B. será de, aproximadamente,
a) 1.200.
c) A está mais rápido do que B. b) 2.400.
d) a cada segundo que passa, A fica dois metros c) 3.800.
mais distante de B. d) 5.000.
e) depois de 40 s A terá ultrapassado B. e) 7.500.
87
2. (PUC-SP) Alberto saiu de casa para o traba- 5. (PUC-RJ 2017) Um carro saiu da posição xi = 0
lho exatamente às 7 h, desenvolvendo, com km e percorreu uma estrada retilínea e hori-
seu carro, uma velocidade constante de 54 zontal até xf = 10 km. Entre 0 km e 5 km, sua
km/h. Pedro, seu filho, percebe imediata- velocidade foi 60 km/h e, entre 5 km e 10 km,
mente que o pai esqueceu sua pasta com sua velocidade foi 30 km/h.
documentos e, após 1 min de hesitação, sai Calcule, em km/h a velocidade média para
para encontrá-lo, movendo-se também com percorrer os 10 km totais.
velocidade constante. Excelente aluno de Fí- a) 20
sica, calcula que, como saiu 1 min após o pai, b) 30
demorará exatamente 3 min para alcançá-lo. c) 40
Para que isso seja possível, qual a velocidade d) 45
escalar do carro de Pedro? e) 60
a) 60 km/h
b) 66 km/h 6. (Efomm) Uma videochamada ocorre entre
dois dispositivos móveis localizados sobre a
c) 72 km/h
superfície da Terra, em meridianos opostos,
d) 80 km/h
e próximo ao equador. As informações, co-
e) 90 km/h
dificadas em sinais eletromagnéticos, trafe-
gam em cabos de telecomunicações com ve-
3. Duas bolas de dimensões desprezíveis se locidade muito próxima à velocidade da luz
aproximam uma da outra, executando movi- no vácuo. O tempo mínimo, em segundos,
mentos retilíneos e uniformes (veja a figu- para que um desses sinais atinja o receptor e
ra). Sabendo-se que as bolas possuem veloci- retorne ao mesmo dispositivo que o transmi-
dades de 2 m/s e 3 m/s e que, no instante t = tiu é, aproximadamente,
0, a distância entre elas é de 15 m, podemos Dados: raio médio da Terra, Rmed = 1/15 x 108 m;
afirmar que o instante da colisão é: Velocidade da luz (vácuo), c = 3 x 108 m/s.
a) 1/30
b) 1/15
c) 2/15
d) 1/5
e) 3/10
88
Esse navio demora 20 segundos para ultra- 3. Um determinado veículo é conduzido em uma
passar o bote. Ambos movem-se com veloci- cidade com uma velocidade escalar constan-
dades constantes. te e igual a 54 km/h. O condutor desse veí-
Nessas condições, a velocidade do navio em re- culo faz todos os dias um mesmo trajeto de
lação à margem do rio é de, aproximadamente: 5 km; ao longo desse trajeto, há 2 semáforos
a) 0,50 m/s. em pontos diferentes. Cada semáforo, quan-
b) 2,0 m/s. do indica o sinal vermelho, permanece aceso
c) 2,5 m/s. durante um período de 1,0 minuto, em se-
d) 4,5 m/s. guida troca direto para o verde. Se, durante
o trajeto, der o azar de o condutor ter que
9. (UFPR 2017) A utilização de receptores GPS é parar o veículo nos dois semáforos, durante
cada vez mais frequente em veículos. O prin- o tempo máximo dos dois sinais vermelhos,
cípio de funcionamento desse instrumento é e desejar chegar ao destino ainda no mesmo
baseado no intervalo de tempo de propaga- tempo, como se todos os semáforos estives-
ção de sinais, por meio de ondas eletromag- sem abertos, qual será o valor da velocidade
néticas, desde os satélites até os receptores média em que deverá conduzir o veículo?
GPS. Considerando a velocidade de propaga- a) Igual a 65 km/h.
ção da onda eletromagnética como sendo de
b) Igual a 72 km/h.
300.000 km/s e que, em determinado instan-
c) Igual a 70 km/h.
te, um dos satélites encontra-se a 300.000 km
d) Maior que 80 km/h.
de distância do receptor, qual é o tempo de
propagação da onda eletromagnética emitida e) Menor que 65 km/h.
por esse satélite GPS até o receptor?
a) 10 s 4. Durante um teste de treinamento da Mari-
b) 1 s nha, um projétil é disparado de um canhão
c) 0,1 s com velocidade constante de 275,0 m/s em
d) 0,01 s direção ao centro de um navio. O navio mo-
e) 1 m/s ve-se com velocidade constante de 12,0 m/s
em direção perpendicular à trajetória do
projétil. Se o impacto do projétil no navio
E.O. Complementar ocorre a 21,6 m do seu centro, a distância
(em metros) entre o canhão e o navio é:
1. Um motorista apressado passa em alta ve- a) 516,6.
locidade por uma base da Polícia Rodoviá- b) 673,4.
ria, com velocidade constante de módulo v. c) 495,0.
Dez segundos depois, uma viatura parte em d) 322,2.
perseguição desse carro e o alcança nos pró- e) 245,0.
ximos 30 segundos. A velocidade escalar mé-
dia da viatura, em todo o percurso, será de: 5. Considere a escada de abrir. Os pés P e Q se
movem com velocidade constante v.
a) v
4v
b) ___ O
3
2v
c) ___
3
5v
d) ___
3 L L
2. (ITA) No sistema de sinalização de trânsi-
to urbano chamado de “onda verde”, há
semáforos com dispositivos eletrônicos que V V
indicam a velocidade a ser mantida pelo mo- P M Q
torista para alcançar o próximo sinal ainda
aberto. Considere que de início o painel in- O intervalo de tempo decorrido, desde o iní-
dique uma velocidade de 45 km/h. Alguns cio da abertura, para que o triângulo POQ se
segundos depois ela passa para 50 km/h e, torne equilátero será:
finalmente, para 60 km/h. Sabendo que a
indicação de 50 km/h no painel demora 8,0 a) __ Lv .
s antes de mudar para 60 km/h então a dis- b) ___ L .
tância entre os semáforos é de: 2v
a) 1,0 x 10-1 km. c) ____ L .
b) 2,0 x 10-1 km. XX
d 3 v
c) 4,0 x 10-1 km. d) ___ L .
d) 1,0 km. 4v
e) 1,2 km. e) 2L ___
v .
89
E.O. Dissertativo 5. Dois trens, um de carga e outro de passagei-
ros, movem-se nos mesmos trilhos retilíneos,
em sentidos opostos, um aproximando-se do
1. (UFRJ) Um atleta dá 150 passos por minuto, outro, ambos com movimentos uniformes. O
cada passo com um metro de extensão. trem de carga, de 50 m de comprimento, tem
Calcule quanto tempo ele gasta, nessa mar- uma velocidade de módulo igual a 10 m/s
cha, para percorrer 6,0 km. e o de passageiros, uma velocidade de mó-
dulo igual a v. O trem de carga deve entrar
2. (UFPE) Um automóvel faz o percurso Reci- num desvio para que o de passageiros possa
fe-Gravatá a uma velocidade média de 50 prosseguir viagem nos mesmos trilhos, como
km/h. O retorno, pela mesma estrada, é rea- ilustra a figura. No instante focalizado, as
lizado a uma velocidade média de 80 km/h. distâncias das dianteiras dos trens ao desvio
Quanto, em percentual, o tempo gasto na ida valem 200 m e 400 m, respectivamente.
é superior ao tempo gasto no retorno?
desvio
3. Um submarino em combate lança um tor- trem de passageiros trem
pedo na direção de um navio ancorado. No v
instante do lançamento o submarino se mo-
via com velocidade v = 14 m/s. O torpedo
é lançado com velocidade v(res), em relação Calcule o valor máximo de v para que não
ao submarino. O intervalo de tempo do lan- haja colisão.
çamento até a colisão do torpedo com o na-
vio foi de 2,0 min. Supondo que o torpedo 6. (UFRJ) Um estudante a caminho da UFRJ
se moveu com velocidade constante, calcule trafega 8,0 km na Linha Vermelha a 80
v(res) em m/s. km/h (10 km/h a menos que o limite permi-
tido nessa via).
Se ele fosse insensato e trafegasse a 100 km/h,
calcule quantos minutos economizaria nesse
mesmo percurso.
90
10. (Ufrj) Em um trecho em declive, de 20 km de 2. (UERJ) A figura a seguir representa uma
extensão, de uma estrada federal, a veloci- piscina completamente cheia de água, cuja
dade máxima permitida para veículos pesa- forma é um prisma hexagonal regular.
dos é de 70 km/h e para veículos leves é de
80 km/h. Suponha que um caminhão pesado
e um automóvel iniciem o trecho em declive
simultaneamente e que mantenham veloci-
dades iguais às máximas estabelecidas.
Calcule a distância entre os dois veículos no
instante em que o automóvel completa o tre-
cho em declive. Admita que:
§§ A, B, C e D representam vértices desse
prisma;
E.O. Enem §§ o volume da piscina é igual a 450 m3 e
3 ;
dXX
AB = ___
___
1. (Enem) Em apresentações musicais re- CD 10
alizadas em espaços onde o público fica §§ um atleta nada, em linha reta, do ponto A
longe do palco, é necessária a instala- até o ponto médio da aresta XCD
XX
, utilizan-
ção de alto-falantes adicionais a grandes do apenas glicose como fonte de energia
distâncias, além daqueles localizados no para seus músculos.
palco. Como a velocidade com que o som A velocidade média do atleta no percurso de-
se propaga no ar (vsom = 3,4 × 102 m/s) finido foi igual a 1,0 m/s.
é muito menor do que a velocidade com O intervalo de tempo, em segundos, gasto
que o sinal elétrico se propaga nos cabos nesse percurso equivale a cerca de:
(vsinal = 2,6 × 108 m/s), é necessário atrasar o a) 12,2.
sinal elétrico de modo que este chegue pelo b) 14,4.
cabo ao alto-falante no mesmo instante em c) 16,2.
que o som vindo do palco chega pelo ar. Para d) 18,1.
tentar contornar esse problema, um técnico
de som pensou em simplesmente instalar um
cabo elétrico com comprimento suficiente 3. (UERJ) Um foguete persegue um avião, am-
para o sinal elétrico chegar ao mesmo tempo bos com velocidades constantes e mesma di-
que o som, em um alto-falante que está a uma reção. Enquanto o foguete percorre 4,0 km,
distância de 680 metros do palco. A solução é o avião percorre apenas 1,0 km. Admita que,
inviável, pois seria necessário um cabo elétri- em um instante t1, a distância entre eles é
co de comprimento mais próximo de: de 4,0 km e que, no instante t2, o foguete
a) 1,1 × 103 km.
alcança o avião.
b) 8,9 × 104 km.
c) 1,3 × 105 km. No intervalo de tempo t2 – t1, a distância
d) 5,2 × 105 km. percorrida pelo foguete, em quilômetros,
e) 6,0 × 1013 km. corresponde aproximadamente a:
a) 4,7.
b) 5,3.
E.O. UERJ c) 6,2.
d) 8,6.
Exame de Qualificação
4. (UERJ) Dois automóveis, M e N, inicialmente a
1. (UERJ) Em um longo trecho retilíneo de uma 50 km de distância um do outro, deslocam-se
estrada, um automóvel se desloca a 80 km/h com velocidades constantes na mesma direção
e um caminhão a 60 km/h, ambos no mesmo e em sentidos opostos. O valor da velocidade
sentido e em movimento uniforme. Em de- de M, em relação a um ponto fixo da estrada, é
terminado instante, o automóvel encontra- igual a 60 km/h. Após 30 minutos, os automó-
-se 60 km atrás do caminhão. veis cruzam uma mesma linha da estrada.
O intervalo de tempo, em horas, necessário Em relação a um ponto fixo da estrada, a ve-
para que o automóvel alcance o caminhão é locidade de N tem o seguinte valor, em qui-
cerca de: lômetros por hora:
a) 1. a) 40.
b) 2. b) 50.
c) 3. c) 60.
d) 4. d) 70.
91
5. (UERJ) Um piso plano é revestido de he- A extensão do percurso entre as cidades é de,
xágonos regulares congruentes, cujos lados aproximadamente:
medem 10 cm. a) 103 m.
b) 104 m.
Na ilustração de parte desse piso, T, M e F
c) 105 m.
são vértices comuns a três hexágonos e re- d) 106 m.
presentam os pontos nos quais se encon-
tram, respectivamente, um torrão de açúcar, 9. (UERJ) A distância média entre o Sol e a Ter-
uma mosca e uma formiga. ra é de cerca de 150 milhões de quilômetros.
Assim, a velocidade média de translação da Ter-
ra em relação ao Sol é, aproximadamente, de:
a) 3 km/s.
b) 30 km/s.
c) 300 km/s.
d) 3000 km/s.
92
E.O. UERJ Determine a velocidade de propagação do
impulso elétrico:
Exame Discursivo a) no nervo motor, em km/h;
b) no nervo sensorial, em m/s, entre os eletro-
dos 2 e 3.
1. (UERJ) A figura abaixo mostra dois barcos que
se deslocam em um rio em sentidos opostos.
4. (UERJ) Uma pessoa, movendo-se a uma ve-
Suas velocidades são constantes e a distância
locidade de 1 m/s bateu com a cabeça em um
entre eles, no instante t, é igual a 500 m.
obstáculo fixo e foi submetida a uma eco-
encefalografia. Nesse exame, um emissor/
receptor de ultrassom é posicionado sobre
a região a ser investigada. A existência de
uma lesão pode ser verificada por meio da
Nesse sistema, há três velocidades paralelas, detecção do sinal de ultrassom que ela reflete.
cujos módulos, em relação às margens do rio, Observe, na figura adiante, que a região de
são: tecido encefálico a ser investigada no exa-
– | Vbarco 1 |=| Vbarco 2 | = 5 m/s; me é limitada por ossos do crânio. Sobre um
– | Váguas do rio | = 3 m/s. ponto do crânio se apoia o emissor/receptor
Estime, em segundos, o tempo necessário para de ultrassom.
ocorrer o encontro dos barcos, a partir de t.
40 cm 40 cm
(Adaptado de CAMERON, J. R. et alii. Physics of the
Body. Madison: Medical Physics Publishing, 1999.) J G
93
Decorrido um intervalo de tempo favorável de 2 m/s, o tempo necessário para
∆t2 = t2 – t1, o goleiro ouve o eco dessa onda a conclusão da prova é reduzido em 0,1 s.
sonora, através de sua reflexão num ponto P Se um velocista realiza a prova em 10 s sem
da parede. vento, qual seria sua velocidade se o vento
Considerando que a velocidade do som no ar fosse favorável com velocidade de 2 m/s?
é 340 m/s e que a distância entre o goleiro a) 8,0 m/s.
e o juiz é de 60 m, determine o valor, em b) 9,9 m/s.
minutos, de: c) 10,1 m/s.
a) ∆t1; d) 12,0 m/s.
b) ∆t2.
4. (Unicamp) O transporte fluvial de cargas é
94
dois amigos se encontrassem próximos a um Considere que ambos dirigem com velocida-
marco da estrada com indicação de: des constantes. Medindo o tempo, a partir
a) km 20 de sua passagem pelo ponto P, João deverá
b) km 30 alcançar seu amigo, aproximadamente, em:
c) km 40 a) 4 minutos
d) km 50 b) 10 minutos
e) km 60 c) 12 minutos
d) 15 minutos
7. (Fuvest) Um passageiro, viajando de metrô, e) 20 minutos
fez o registro de tempo entreraio
duassísmico
estações
F
e obteve os valores indicados na tabela.
Supondo que a velocidade média entre duas E.O. Dissertativas
E estações consecutivas seja sempre a mesma e
que o trem pare o mesmo tempo em qualquer (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
estação da linha, de 15 km de extensão, é
possível estimar que um trem, desde a parti- 1. (Fuvest) Pedro atravessa a nado, com veloci-
da da Estação Bosque até a chegada à Estação dade constante, um rio de 60 m de largura e
Terminal, leva aproximadamente: margens paralelas, em 2 minutos. Ana, que
Chega Partida boia no rio e está parada em relação à água,
Chegada Partida
Vila Maria 0:00 min 1:00 min observa Pedro, nadando no sentido sul-nor-
Vila Marla 0:00 min 1:00 min te, em uma trajetória retilínea, perpendicu-
Felicidade 5:00 min 6:00 min
Felicidade 5:00 6:00 min lar às margens. Marta, sentada na margem
do rio, vê que Pedro se move no sentido su-
doeste-nordeste, em uma trajetória que for-
São José Arcoverde 2 km Terminal ma um ângulo θ com a linha perpendicular
Felicidade às margens. As trajetórias, como observadas
Bosque Central por Ana e por Marta, estão indicadas nas fi-
Vila Maria
guras a seguir, respectivamente por PA e PM.
a) 20 min.
b) 25 min.
c) 30 min.
d) 35 min.
e) 40 min.
95
por segundo para, então, colidirem entre si. b) Sabe-se que o diâmetro do Sol é cerca de 110
As experiências realizadas no LHC investi- vezes maior do que o diâmetro de Vênus. No
gam componentes elementares da matéria e entanto, em fotos como essa, que mostram a
reproduzem condições de energia que teriam silhueta de Vênus diante do Sol, o diâmetro
existido por ocasião do Big Bang. do Sol parece ser aproximadamente 30 ve-
a) Calcule a velocidade do próton, em km/s, re- zes maior. Justifique, baseado em princípios
lativamente ao solo, no instante da colisão. e conceitos da óptica geométrica, o porquê
b) Calcule o percentual dessa velocidade em re- dessa discrepância.
lação à velocidade da luz, considerada, para
esse cálculo, igual a 300.000 km/s.
c) Além do desenvolvimento científico, cite 5. (Unicamp) A velocidade linear de leitura de
outros dois interesses que as nações envol- um CD é 1,2 m/s.
vidas nesse consórcio teriam nas experiên- a) Um CD de música toca durante 70 minutos,
cias realizadas no LHC. qual é o comprimento da trilha gravada?
b) Um CD também pode ser usado para gravar
3. (Unesp) Mapas topográficos da Terra são de dados. Nesse caso, as marcações que repre-
grande importância para as mais diferentes sentam um caracter (letra, número ou espa-
atividades, tais como navegação, desenvolvi- ço em branco) têm 8 μm de comprimento.
mento de pesquisas ou uso adequado do solo. Se essa prova de Física fosse gravada em CD,
Recentemente, a preocupação com o aqueci- quanto tempo seria necessário para ler o
mento global fez dos mapas topográficos das item a) desta questão? 1 μm = 10-6 m.
geleiras o foco de atenção de ambientalistas
e pesquisadores. O levantamento topográfico 6. (Fuvest) O sistema GPS (Global Positioning
pode ser feito com grande precisão utilizan- System) permite localizar um receptor espe-
do os dados coletados por altímetros em sa- cial, em qualquer lugar da Terra, por meio de
télites. O princípio é simples e consiste em sinais emitidos por satélites. Numa situação
registrar o tempo decorrido entre o instante particular, dois satélites, A e B, estão ali-
em que um pulso de laser é emitido em di- nhados sobre uma reta que tangencia a su-
reção à superfície da Terra e o instante em perfície da Terra no ponto O e encontram-se
que ele retorna ao satélite, depois de refleti- à mesma distância de O. O protótipo de um
do pela superfície na Terra. Considere que o novo avião, com um receptor R, encontra-se
tempo decorrido entre a emissão e a recep- em algum lugar dessa reta e seu piloto dese-
ção do pulso de laser, quando emitido sobre ja localizar sua própria posição.
uma região ao nível do mar, seja de 18 · 10-4
s. Se a velocidade do laser for igual a 3 × 108
m/s, calcule a altura, em relação ao nível do
mar, de uma montanha de gelo sobre a qual
um pulso de laser incide e retorna ao satélite
após 17,8 · 10-4 segundos.
4. (Unifesp)
96
7. (Fuvest) Dois carros, A e B, movem-se no
mesmo sentido, em uma estrada reta, com Gabarito
velocidades constantes VA = 100 km/h e
VB = 80 km/h, respectivamente.
a) Qual é, em módulo, a velocidade do carro B
E.O. Aprendizagem
em relação a um observador no carro A? 1. C 2. C 3. C 4. C 5. D
b) Em um dado instante, o carro B está 600 m à
6. E 7. B 8. B 9. C 10. A
frente do carro A. Quanto tempo, em horas,
decorre até que A alcance B?
E.O. Fixação
8. (Unicamp) Um escoteiro está perdido no
topo de uma montanha em uma floresta. De 1. D 2. C 3. C 4. D 5. C
repente ele escuta os rojões da polícia flo- 6. C 7. D 8. D 9. B
restal em sua busca. Com um cronômetro de
centésimos de segundo ele mede 6 s entre a
visão do clarão e a chegada do barulho em E.O. Complementar
seus ouvidos. A velocidade do som no ar vale
1. B 2. D 3. D 4. C 5. B
Vs = 340 m/s.
Como escoteiro, ele usa a regra prática de di-
vidir por 3 o tempo em segundos decorrente
entre a visão e a escuta, para obter a distân-
E.O. Dissertativo
1. Se cada passo possui 1 m de extensão e o
cia em quilômetros que o separa da polícia
atleta realiza 150 passos por minuto, então
florestal.
a velocidade do atleta é de 150 m/min. Dado
a) Qual a distância entre o escoteiro e a polícia
que a distância percorrida é de 6,0 km =
florestal, de acordo com a regra prática?
6000 m, tem-se:
b) Qual o erro percentual que o escoteiro come-
v = d/t ⇒ 150 = 6000/t ⇒ t = 6000/150
teu ao usar sua regra prática?
t = 40 min.
c) Sabendo que a velocidade da luz vale 3,0 ·
2. 60 %
108 m/s, qual será o erro maior: considerar a
3. Vres = 21 m/s.
velocidade da luz infinita ou o erro na cro-
4.
nometragem do tempo? Justifique.
a) d = 700 m.
b) Tm = 50 s.
c) Tc = 140 s
9. (Unicamp) Pesquisas atuais no campo das
Tc/Tm = 2,8.
comunicações indicam que as "infovias"
5. v = 16m/s.
(sistemas de comunicações entre redes de
6. Para o movimento uniforme pode-se empre-
computadores como a INTERNET, por exem-
gar S = v.t, onde S é a distância percorrida; v
plo) serão capazes de enviar informação
a velocidade constante do móvel e t é o tem-
através de pulsos luminosos transmitidos
po usado para percorrer a distância S, com a
por fibras ópticas com a frequência de 1011
velocidade v. Na primeira situação 8 = 80.t
pulsos/segundo. Na fibra óptica a luz se pro-
⇒ t = 1/10h = 6 min. De forma análaga para
paga com velocidade de 2 · 108 m/s.
a segunda situação t' = 8/100 h = 4,8 min.
a) Qual o intervalo de tempo entre dois pulsos
O que implica numa economia de tempo de
de luz consecutivos?
6 - 4,8 = 1,2 minuto, ou 1 min 12 s.
b) Qual a distância (em metros) entre dois pulsos?
7. t = 0,04 s.
8. 650 m.
10. (Unesp) Num caminhão-tanque em movi- 9. d = 100 m.
mento, uma torneira mal fechada goteja à 10. 2,5 km.
razão de 2 gotas por segundo. Determine a
velocidade do caminhão, sabendo que a dis-
tância entre marcas sucessivas deixadas pe- E.O. Enem
las gotas no asfalto é de 2,5 metros.
1. D
E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. C 2. D 3. B 4. A 5. D
6. A 7. D 8. C 9. C 10. A
97
E.O. UERJ c) Observe o esquema a seguir:
em direção a O R em direção a
Exame Discursivo A∅ ∅B
1. t = 50 s. 555km
2. ∴ Ds = 200 m.
3. Escala
a) 225 km/h. O 500km
b) 50 m/s. 7.
4. a) 20 km/h
a) t = 1,36 ∙ 10-4 s. b) 3,0 · 10–2 h
8.
b) x = 3,4 cm em relação ao emissor.
a) d = 2,0 km.
5.
b) 2 %.
a) Dt1 ≈ 0,18 s. c) Dt = 7 · 10-6 s.
b) Dt2 ≈ 0,16 ∙ 10-4 s. 9.
a) 1 · 10–11 s
b) 2 · 10-3 m
E.O. Objetivas 10. 5 m/s
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. A 2. D 3. C 4. B 5. E
6. D 7. D 8. A 9. C
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
a) vp/ag = 0,5 m/s.
b) v = 0,83 m/s.
c) vag = 0,67 m/s.
2.
a) v = 2,97 · 105 km/s.
b) rP = 99%.
c) Sabemos da corrida em busca de novas
armas envolvendo tecnologias nucleares.
Portanto, um primeiro interesse das na-
ções envolvidas é bélico. Além disso, a
descoberta de novas tecnologias também
pode ser aproveitada no desenvolvimento
de novos produtos, ou mesmo na redu-
ção dos custos de produção, melhorando
o poder aquisitivo e a qualidade de vida
das pessoas. Há ainda um outro interesse
que é a busca por novas fontes para pro-
dução de energia.
3. Como esta diferença compreende duas vezes
a altura da montanha em relação ao nível do
mar, esta é de 6000/2 = 3000 m.
4.
a) DS = 7,9 × 105 km.
b) α/β ≈ 30,8.
5.
a) DS = 5040m.
b) Dt = 5,6 · 10–4s.
6.
a) D = 19.995 km.
b) X = 555 km.
98
© Konstantin Tronin/Shutterstock
Aulas 7e8
Gráficos do M.R.U.
Competências 5 e 6
Habilidades 17, 19 e 20
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Gráfico horário do movimento retilíneo uniforme
O gráfico da função horária de um movimento em um sistema de coordenadas cartesianas é denominado gráfico
horário do movimento. No momento retilíneo uniforme (M.R.U), S (eixo das ordenadas) é uma função do 1º
grau em t (eixo das abscissas) e, por isso, o gráfico é uma reta não paralela ao eixo t.
Lembrando que:
S = S0 + v ∙ t
v≠0
S0 → posição inicial
S → posição final
v → velocidade constante e não nula
t → tempo
§§ Retrógrado (v < 0): se o movimento é retrógrado, a velocidade é negativa (reta decrescente) e a partícula
movimenta-se no sentido contrário da trajetória.
V<0
O gráfico da velocidade (eixo das ordenadas) em função do tempo (eixo das abscissas) será sempre uma reta
paralela ao eixo t.
Como no M.R.U. a velocidade é constante ao longo do tempo, a ordenada terá o mesmo valor para todos
os pontos (instantes de tempo).
101
Se o movimento é progressivo, a velocidade é positiva e está acima do eixo. Já em um movimento retrógra-
do, a velocidade é negativa e está abaixo do eixo.
Progressivo Retrógrado
v> 0
v< 0
Pontos t S
P1 t1 S1
P2 t2 S2
cateto oposto
⇔ tg α = ∆S
tg α = ________________
__ ⇔ tg α = v
cateto adjacente ∆t
Portanto, no gráfico S × t, a tangente do ângulo que a função horária forma com o eixo 0t é numericamente
igual à velocidade escalar da partícula. Trata-se de uma grandeza numérica, pois a velocidade é uma grandeza
vetorial dimensional e a tg α é adimensional.
Outra propriedade é que, quando o gráfico cruza o eixo 0S, obteremos a posição inicial (S0).
Observação: quando o movimento é progressivo (v > 0), o ângulo α formado será agudo (0º < α < 90º).
Já em movimento retrógrado, o ângulo será obtuso (90º < α < 180º).
102
Exemplo de gráficos horário e de velocidade para movimento progressivo
Corpo B Corpo A
t(s) S(m) t(s) S(m)
0 0 0 4
2 8 2 8
5 20 5 14
Podemos inferir que a velocidade do corpo B é maior que a velocidade do corpo A. Isso pode ser dito, pois a tan-
gente de ângulos agudos aumenta à medida que o ângulo aumenta.
Comprovando o que foi dito anteriormente, temos:
∆S S –S
vA = N tg α ⇔ vA = ___
A ⇔ vA = ______
A 0A 14 – 4
⇔ vA = _____ ⇔ vA = 2 m/s
∆t tA – t0 5 – 0
∆S S –S
vB = N tg β ⇔ vB = ___
B ⇔ vB = ______
B 0B 20 – 8
⇔ vB = ______ ⇔ vB= 4 m/s
∆t tB – t0 5–2
Assim, o gráfico da velocidade do corpo A e B em função do tempo será:
103
Corpo A Corpo B
t(s) S(m) t(s) S(m)
0 12 0 6
4 0 1 0
5 -3 2 -6
Podemos inferir que a velocidade do corpo B é maior em módulo que a velocidade do corpo A. Isso pode ser
dito, pois a tangente de ângulo obtuso diminui, em módulo, à medida que o ângulo aumenta.
∆S S –S
vA = N tg α ⇔ vA = ___
A ⇔ vA = ______
A 0A 0 –
⇔ vA = _____ 12 – 0 ⇔ vA = –3 m/s
∆tA tA – t0A 4
∆S S –S (-6) – 0
vB = N tg b ⇔ vB = ___
B ⇔ vB = ______
B 0B ⇔ vB = ______
⇔ vB= – 6 m/s
∆tB tB – t0B 2–1
VA
VB
Teoria na prática
1. (UFSC) Dois trens partem, em horários diferentes, de duas cidades situadas nas extremidades de uma ferro-
via, deslocando-se em sentidos contrários. O trem azul parte da cidade A com destino à cidade B, e o trem
vermelho da cidade B com destino à cidade A. O gráfico representa as posições dos dois trens em função do
horário, tendo como origem a cidade A (d = 0).
104
Resolução:
01) Incorreto. O trem vermelho parte às 6 horas da cidade B e chega a cidade A às 18 horas; logo, o intervalo
de tempo será:
02) Correto. O trem azul parte às 4 horas da cidade A e chega à cidade B às 16 horas, tendo um intervalo de
tempo igual ao do trem vermelho.
Δtazul = tf – t0 ⇔ Δtazul = 16 – 4 ⇔ Δtazul = 12 h
16) Correto. Vemos pelo gráfico que o trem azul parte da origem (0 km) e chega aos 720 km, e o contrário
acontece com o trem vermelho.
32) Correto. No ponto de encontro, as posições dos trens são iguais; assim, temos:
SA = SV ⇔ S0,A + vA(tf – t0) = S0,V + vV(tf – t0) ⇔ 0 + 60(t - 4) = 720 – 60(t – 6) ⇔
⇔ 60t – 240 = 720 – 60t + 360 ⇔ 120t = 1320 ⇔ t = ____ 1320 ⇔ t = 11 h
120
Resposta: A soma das corretas é 62.
Resolução:
105
No gráfico de espaço em função do tempo de M.R.U., temos sempre uma reta e, quando ela é crescente, a
velocidade será constante e positiva. A velocidade da partícula será:
(200 – 0)
∆S ⇔ v = _______
v = tg x ⇔ v = ___ 200 ⇔ v = 20 m/s
⇔ v = ___
∆t (20 – 10) 10
Alternativa E
Propriedade do gráfico v × t
A representação gráfica das funções horárias nos trazem muitas informações para o estudo do movimento de
um corpo. Se considerarmos a função horária das velocidades, no M.R.U. teremos, graficamente, um retângulo
composto pelo valor da velocidade e pelo intervalo de tempo considerado para o estudo. A área sob a curva será
numericamente igual ao deslocamento do móvel.
Considere um ponto material em movimento retilíneo uniforme, com velocidade v. O espaço percorrido até
o instante de tempo t1 é S1, e o espaço percorrido até o instante de tempo t2 é S2.
Tem-se:
S2 = S0 + v(t2 – t0)
S1 = S0 + v(t1 – t0)
S2 – S1 = v t2 – v t1 ou S2 – S1 = v(t2 – t1)
É possível demonstrar que o deslocamento DS = S2 – S1 pode ser representado pela área de um retângulo,
definido pelo gráfico da velocidade em função do tempo. Considere o seguinte gráfico da velocidade do movimento.
O produto da base AB pela altura BC resulta na área do retângulo ABCD. No entanto, a base AB representa
o intervalo de tempo Dt = t2 – t1 e a altura BC do retângulo representa a velocidade v.
Portanto:
Admita-se aqui, sem demonstração, que quando o diagrama de velocidade não é uma reta paralela ao eixo
dos tempos, o movimento não é uniforme.
106
Para qualquer movimento, é válida essa propriedade do gráfico da função horária da velocidade no tempo.
Sua aplicação é geral e, em diversos casos, muito útil. Como é possível apresentar nos exemplos abaixo:
Observação: é importante lembrar que o deslocamento será positivo quando a área calculada estiver
acima do eixo x, e será negativo quando a área estiver abaixo do eixo x.
Teoria na prática
1. (FATEC) Um objeto se desloca em uma trajetória retilínea. O gráfico a seguir descreve as posições do objeto
em função do tempo.
107
Resolução:
I. Incorreta, pois o objeto se desloca em uma reta indicando um movimento retilíneo e uniforme, onde a
aceleração é nula.
II. Incorreta, pois o objeto entre os instantes t = 4 s e t = 6 s fica todo o tempo na posição de 50 metros.
III. Correta. A velocidade média do objeto entre os instantes 4 s e 9 s será:
(60 – 50)
vm = ΔS
__ ⇔ v = _______
10 ⇔ vm = 2 m/s
⇔ vm = ___
Δt m
(9 – 4) 5
Alternativa C
2. (UFPR) Assinale a alternativa que apresenta a história que melhor se adapta ao gráfico.
a) Assim que saí de casa, lembrei que deveria ter enviado um documento para um cliente por e-mail. Re-
solvi voltar e cumprir essa tarefa. Aproveitei para responder a mais algumas mensagens e, quando me
dei conta, já havia passado mais de uma hora. Saí apressada e tomei um táxi para o escritório.
b) Saí de casa e quando vi o ônibus parado no ponto corri para pegá-lo. Infelizmente, o motorista não me
viu e partiu. Após esperar algum tempo no ponto, resolvi voltar para casa e chamar um táxi. Passado
algum tempo, o táxi me pegou na porta de casa e deixou-me no escritório.
c) Eu tinha acabado de sair de casa, quando tocou o celular e parei para atendê-lo. Era meu chefe, dizendo
que eu estava atrasado para uma reunião. Minha sorte é que, nesse momento, estava passando um táxi.
Acenei para ele e poucos minutos depois, eu já estava no escritório.
d) Tinha acabado de sair de casa quando o pneu furou. Desci do carro, troquei o pneu e finalmente pude ir
para o trabalho.
e) Saí de casa sem destino – estava apenas com vontade de andar. Após ter dado umas dez voltas na
quadra, cansei e resolvi entrar novamente em casa.
Resolução:
Pelo gráfico de posição em função do tempo, temos que encontrar uma história na qual a pessoa saia de
casa rapidamente por uma distância considerável, pare por um tempo, volte, pare de novo e vá diretamente
ao seu destino sem parar.
Alternativa B
108
3. (UFSCar) O gráfico da figura representa a distância percorrida por um homem em função do tempo. Qual é
o valor da velocidade do homem quando:
s(m)
40
30
20
10 x t(s)
10 20 30
a) t = 5 s;
b) t = 20 s.
Resolução:
b) Como o homem do instante t = 10 s em diante não sai da posição de 40 metros, logo, sua velocidade
no instante t = 20 s é 0 m/s.
4. (Unesp) Considere o gráfico de velocidade em função do tempo de um objeto que se move em trajetória
retilínea.
No intervalo entre 0 a 4 h, o objeto percorre efetivamente qual distância, em relação ao ponto inicial?
a) 0 km
b) 1 km
c) 2 km
d) 4 km
e) 8 km
109
Resolução:
O deslocamento de um objeto em um gráfico de velocidade em função do tempo será calculado pela área
sob a curva. Áreas acima do eixo do tempo serão positivas e áreas abaixo do eixo serão negativas.
Entre os instantes t = 1 h e t = 2 h, temos:
∆S1 = A1 ⇔ ∆S1 = 1 ∙ 4 ⇔ ∆S1 = 4 km
Alternativa D
5. (CFT-MG) Ana (A), Beatriz (B) e Carla (C) combinam um encontro em uma praça próxima às suas casas. O
gráfico, a seguir, representa a posição (x) em função do tempo (t), para cada uma, no intervalo de 0 a 200 s.
Considere que a contagem do tempo se inicia no momento em que elas saem de casa.
Resolução:
110
6. O gráfico abaixo representa a velocidade do veículo numa viagem em função do tempo. Determine:
Resolução:
a)
Pelo gráfico, vemos que o veículo percorreu as primeiras três horas com velocidade constante de 90 km/h
e as duas últimas com velocidade de 60 km/h.
O primeiro deslocamento será numericamente igual à área 1.
∆S1 = A1 ⇔ ∆S1 = 90(3 – 0) ⇔ ∆S1 = 90 · 3 ⇔ ∆S1 = 270 km
O segundo deslocamento será numericamente igual à área 2.
∆S2 = A2 ⇔ ∆S2 = 60(5 – 3) ⇔ ∆S2 = 60 · 2 ⇔ ∆S2 = 120 km
Assim, o deslocamento total será: ∆Stotal = ∆S1 + ∆S2 ⇔ ∆Stotal = 270 + 120
⇔ ∆Stotal = 390 km.
Resposta: O deslocamento será de 390 km.
111
INTERATIVI
A DADE
ACESSAR
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112
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
A interpretação de gráficos é de suma importância no nosso cotidiano, seja em notícias jornalísticas ou em apre-
sentações empresariais.
De maneira rápida e eficaz, podemos sintetizar inúmeras informações e apresentá-las na forma gráfica,
saber reconhecer quais são os principais pontos nos vestibulares ou no ENEM.
Saber compreender gráficos é uma poderosa habilidade para sintetizar o movimento dos corpos. De maneira
rápida e visual, todas as informações ficam disponíveis ao leitor.
INTERDISCIPLINARIDADE
Uma dada função do primeiro grau pode ser representada por um gráfico, sendo este uma reta. Existem duas pos-
sibilidades para este gráfico: crescente (o valor da variável dependente cresce com os valores da variável indepen-
dente) ou decrescente (os valores da variável dependente diminuem quando os valores da variável independente
cresce). De maneira fácil, relacionamos a função crescente ao sinal positivo do coeficiente da variável e a função
decrescente ao sinal negativo do coeficiente da variável.
113
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Habilidade 19 - Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que con-
tribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental.
Modelo 1
(Enem) O gráfico a seguir modela a distância percorrida, em km, por uma pessoa em certo período
de tempo. A escala de tempo a ser adotada para o eixo das abscissas depende da maneira como essa
pessoa se desloca.
114
Qual é a opção que apresenta a melhor associação entre meio ou forma de locomoção e unidade de
tempo, quando são percorridos 10 km?
a) carroça - semana
b) carro - dia
c) caminhada - hora
d) bicicleta - minuto
e) avião - segundo
Análise Expositiva 1
Habilidade 19
Neste exercício, o estudante deve interpretar e analisar o gráfico em questão, sendo neces-
sário que ele relacione qual forma de locomoção foi utilizada para percorrer o intervalo de
tempo para qual a unidade de tempo faria sentido. Além de interpretação, cobra-se do estu-
dante poder dedutivo analítico.
Uma carroça pode se locomover como uma pessoa andando, 3 km/h ou 4 km/h. Neste caso,
10 km são percorridos em menos de 4 horas, e não em uma semana.
Um carro pode se locomover a 60 km/h ou mais. A 60 km/h, a distância de 10 km é realizada
em 10 minutos, e não em um dia.
Uma caminhada a 4 km/h precisa de 2 horas e meia para 10 km. E, desta forma, o diagrama
é compatível com essa situação.
Para uma bicicleta realizar 10 km em 2,5 minutos sua velocidade deveria ser de 4 km/min =
240 km/h. Fórmula 1 tudo bem, bicicleta não.
10 km em 2,5 segundos corresponde a 4 km/s = 14400 km/h. Um avião comercial viaja pró-
ximo de 1000 km/h.
Alternativa C
115
Modelo 2
(Enem) Um sistema de radar é programado para registrar automaticamente a velocidade de todos
os veículos trafegando por uma avenida, onde passam em média 300 veículos por hora, sendo 55
km/h a máxima velocidade permitida. Um levantamento estatístico dos registros do radar permi-
tiu a elaboração da distribuição percentual de veículos de acordo com sua velocidade aproximada.
a) 35 km/h
b) 44 km/h
c) 55 km/h
d) 76 km/h
e) 85 km/h
Análise Expositiva 2
Habilidade 17
Neste exercício, o aluno deve ser capaz de relacionar o conceito de velocidade média na
interpretação estatística do gráfico fornecido, sendo necessário no final afirmar qual é a
velocidade média dos carros que trafegam na avenida cuja velocidade média é de 55 km/h.
Típico exercício do Enem, contextualizado com os problemas sociais, necessita de muita in-
terpretação da tabela e noções de estatística.
Como o gráfico fornece a quantidade de carros que trafegam para cada velocidade média,
e calculá-la, basta calcular a média ponderada das velocidades, onde a quantidade de cada
carro corresponde ao peso. Assim temos:
20 ∙ 5 + 30 ∙ 15 + 40 ∙ 30 + 50 ∙ 40 + 60 ∙ 6 + 70 ∙ 3 + 80 ∙ 1
Vm = ________________________________________________________
100
vm = 44 km/h
Alternativa B
116
Estrutura Conceitual
Espaço
v min max
Relações
S matemáticas
Velocidade
Gráfico
Descrição do
movimento
Tempo
117
E.O. Aprendizagem a) movem-se no mesmo sentido.
b) movem-se em sentidos opostos.
c) no instante t = 0, encontram-se a 40 m uma
1. (EEWB) O gráfico abaixo representa a veloci- da outra.
dade em função do tempo de um objeto em d) movem-se com a mesma velocidade.
movimento retilíneo. Calcule a velocidade e) não se encontram.
média entre os instantes t = 0 e t = 5 h.
4. O gráfico v × t representa os movimentos de
dois automóveis, com velocidades v1 e v2. A
área hachurada representa a distância entre
os automóveis no instante t, medida ao lon-
go da mesma trajetória, no seguinte caso:
V
V1
V2
a) 5,0 m/s
b) 5,5 m/s
c) 6,0 m/s
d) 6,5 m/s
t
0 t
2. (Ifsul) Um ponto material movimentou-se a) partiram da mesma posição e em instantes
em linha reta durante 16 s e o comporta- diferentes.
mento da sua velocidade, em função do tem- b) partiram do mesmo instante e de posições
po, foi representado em um gráfico, ilustra- diferentes.
do na figura abaixo. c) partiram em instantes diferentes e de posi-
ções diferentes.
d) partiram da mesma posição e no mesmo ins-
tante.
e) em qualquer dos casos acima.
s(m)
40 A
Assinale a alternativa correta.
20 a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
5 B c) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
t(s) d) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
0 5 10 e) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
118
6. O gráfico a seguir representa a posição em Caso não tivesse reduzido a velocidade de-
função do tempo de uma partícula em movi- vido às obras, mas mantido sua velocidade
mento retilíneo uniforme sobre o eixo x. constante de 90 km/h durante os 80 s re-
presentados no gráfico, a distância adicional
x(m) que teria percorrido nessa estrada seria, em
metros, de:
8 a) 1 650.
b) 800.
c) 950.
d) 1 250.
4 e) 350.
5238 1
5223 2
5208 3
5193 4
5178 5
119
10. Analise as alternativas abaixo e assinale o 2. O gráfico abaixo indica a posição (S) em fun-
que for correto. ção do tempo (t) para um automóvel em mo-
01) O gráfico da velocidade em função do vimento num trecho horizontal e retilíneo
tempo, para um móvel descrevendo um de uma rodovia.
Movimento Retilíneo e Uniforme, é uma
reta paralela ao eixo dos tempos.
02) O gráfico da posição em função do tempo,
para um móvel descrevendo um movimen-
to Retilíneo e Uniforme, é uma reta, e o
coeficiente angular dessa reta fornece a
velocidade do móvel.
04) O gráfico do espaço percorrido em função
do tempo é uma reta para um móvel que
realiza um Movimento Uniforme qualquer.
08) O espaço percorrido por um móvel, em um
dado intervalo de tempo, pode ser obtido
calculando-se a “área sob a curva” do grá- Da análise do gráfico, pode-se afirmar que o
fico da velocidade em função do tempo, automóvel:
para aquele dado intervalo de tempo. a) está em repouso, no instante 1 min.
16) O gráfico da velocidade em função do b) possui velocidade escalar nula, entre os ins-
tempo, para um móvel descrevendo um tantes 3 min e 8 min.
Movimento Retilíneo Uniforme, é uma pa- c) sofreu deslocamento de 4 km, entre os ins-
tantes 0 min e 3 min.
rábola.
d) descreve movimento progressivo, entre os
instantes 1 min e 10 min.
E.O. Fixação e) tem a sua posição inicial coincidente com a
origem da trajetória.
120
4. Toda manhã, um ciclista com sua bicicleta
pedala na orla de Boa Viagem durante 2 ho-
ras. Curioso para saber sua velocidade mé-
dia, ele esboçou o gráfico velocidade esca-
lar em função do tempo, conforme a figura
abaixo. A velocidade média, em km/h, entre
o intervalo de tempo de 0 a 2 h, vale:
a) corpo 1.
b) corpo 4.
c) corpo 2.
d) corpo 3.
t(s)
0 15 30
121
9. A cidade de João Câmara, a 80 km de Na- a) –37,50 m.
tal, no Rio Grande do Norte (RN), tem sido b) –12,50 m.
o epicentro (ponto da terrestre atingido em c) 12,50 m.
primeiro lugar, e com mais intensidade, pe- d) 37,50 m.
las ondas sísmicas) de alguns terremotos e) 62,50 m.
ocorridos nesse estado. O departamento de
Física da UFRN tem um grupo de pesquisa-
dores que trabalham na área de sismologia E.O. Complementar
utilizando um sismógrafo instalado nas suas
dependências, para detecção de terremotos. 1. O gráfico abaixo representa a velocidade (v)
Num terremoto, em geral, duas ondas, deno- de uma partícula que se desloca sobre uma
minadas de primária (P) e secundária (S),
reta em função do tempo (t). O deslocamen-
percorrem o interior da Terra com velocida-
to da partícula, no intervalo de 0 s a 8 s, foi de:
des diferentes.
Admita que as informações contidas no grá-
fico adiante são referentes a um dos terre-
motos ocorridos no RN. Considere ainda que
a origem dos eixos da figura é coincidente
com a posição da cidade de João Câmara.
Distância (km)
100
Natal 80
P S
60
40
20
João a) –32m.
Câmara 0 4 8 12 16 20 24 28 tempo (s) b) –16m.
c) 0 m.
Dados referentes às ondas P e S, associados d) 16 m.
a um terremoto ocorrido no Rio Grande do e) 32 m.
Norte. Diante das informações contidas no
gráfico, é correto afirmar que a onda mais TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
rápida e a diferença de tempo de chegada
das ondas P e S no sismógrafo da UFRN, em Um objeto que não pode ser considerado uma
Natal, correspondem, respectivamente: partícula é solto de uma dada altura sobre
a) a onda S e 4 segundos. um lago. O gráfico ao lado apresenta a velo-
b) a onda P e 8 segundos. cidade desse objeto em função do tempo. No
c) a onda P e 16 segundos. tempo t = 1, 0 s, o objeto toca a superfície da
d) a onda S e 24 segundos. água. Despreze somente a resistência no ar.
10.
x (m)
25,00
t(s)
0 30,00
122
3. O alto custo das passagens de ônibus e as 5. O gráfico a seguir representa a posição de
diversas atividades realizadas pelos jovens, uma partícula em função do tempo. Qual a
que os obrigam a se deslocarem de suas casas velocidade média da partícula, em m/s, en-
em diferentes horários, têm comprometido o tre os instantes t = 2,0 min e t = 6,0 min?
orçamento familiar destinado ao transporte x(m)
dos filhos. Pretendendo diminuir os gastos
de sua família com transportes, Paulo deixou 8,0 X 102
de ir à escola de ônibus, passando a utilizar
a bicicleta. 6,0 X 102
No trajeto casa-escola, o ônibus percorre 10
4,0 X 102
km.
Paulo usa um atalho e vai de casa à escola 2,0 X 102
percorrendo 8,0 km com velocidade média
de 15 km/h. 0
O gráfico representa a velocidade média do 0 1,5 3,0 4,5 6,0 t(min)
ônibus, em alguns intervalos de tempo, du- a) 1,5
rante 40 minutos, a partir da casa de Paulo, no b) 2,5
mesmo horário em que ele vai para a escola. c) 3,5
d) 4,5
e) 5,5
E.O. Dissertativo
1. Um veículo A passa por um posto policial a
uma velocidade constante acima do permiti-
do no local. Pouco tempo depois, um policial
Supondo que Paulo e o ônibus partem juntos em um veículo B parte em perseguição ao
veículo A. Os movimentos dos veículos são
do mesmo ponto, é correto afirmar que:
a) o ônibus chega à escola 2,0 minutos depois descritos nos gráficos da figura.
de Paulo. 50
b) Paulo e o ônibus chegam juntos à escola em B
32 minutos. 40
c) a velocidade média do ônibus durante o tra- 30
v(m/s)
123
Determine, DESCREVENDO passo a passo, os 5. A figura mostra um gráfico da velocidade em
raciocínios adotados na solução das questões função do tempo para um veículo que realiza
adiante: um movimento composto de movimentos re-
a) a posição do corpo no instante 5 segundos; tilíneos uniformes. Sabendo-se que em t = 0
b) a velocidade no instante 15 segundos; a posição do veículo é x0 = +50 km, calcule a
c) a posição no instante 25 segundos. posição do veículo no instante t = 4,0 h, em
km.
3. Um carro, A, está parado diante de um semá-
v (km/h)
foro. Quando a luz verde se acende, A se põe
20
em movimento e, nesse instante, outro car-
15
ro, B, movimentando-se no mesmo sentido,
10
o ultrapassa. Os gráficos seguintes represen-
tam a velocidade em função do tempo, para
0
cada um dos carros, a partir do instante em 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 tb (h)
que a luz verde se acende.
velocidade 12 -15
(m/s) -20
6 o
Carro A 6. A posição de um automóvel em viagem en-
0 tre duas cidades foi registrada em função do
0 5 10 15 20 tempo (s)
tempo. O gráfico a seguir resume as observa-
ções realizadas do início ao fim da viagem.
velocidade 12
(m/s)
120
6
100
Carro B
posição (km)
0
0 5 10 15 20 tempo (s)
50
a) Examinando os gráficos, determine o instan-
te em que as velocidades de ambos os carros
se igualam. 0
0 1,0 1,8 3,0 tempo(h)
b) Nesse instante, qual a distância entre os
dois carros? a) Indique durante quanto tempo o carro per-
maneceu parado.
4. Duas partículas se deslocam ao longo de uma
b) Calcule a velocidade escalar média do carro
mesma trajetória. A figura a seguir repre-
nessa viagem.
senta, em gráfico cartesiano, como suas ve-
locidades variam em função do tempo.
7. O gráfico descreve a posição x, em função do
V(m/s) tempo, de um pequeno inseto que se move
ao longo de um fio. Calcule a velocidade do
inseto, em cm/s, no instante t = 5,0 s.
4 x(cm)
100
80
60
2 40
t(s)
20
Suponha que no instante em que se inicia- 0
ram as observações (t = 0) elas se encontra- 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 t(s)
vam na mesma posição.
a) Determine o instante em que elas voltam a
se encontrar. 8. (UFRJ) O gráfico a seguir mostra a abscissa da
b) Calcule a maior distância entre elas, desde o posição de uma partícula que se move ao lon-
instante em que se iniciaram as observações go do eixo x em função do tempo t e destaca
até o instante em que voltam a se encontrar. três instantes de tempo distintos t1, t2 e t3.
124
x(m) tempo a VELOCIDADE do corredor é aproxi-
madamente constante?
10
a) Entre 0 e 1 segundo.
b) Entre 1 e 5 segundos.
c) Entre 5 e 8 segundos.
d) Entre 8 e 11 segundos.
e) Entre 12 e 15 segundos.
t1 5 t2 10 15 t3 20 t(s)
E.O. Enem
1. (Enem) O gráfico a seguir modela a distância
percorrida, em km, por uma pessoa em certo
período de tempo. A escala de tempo a ser
adotada para o eixo das abscissas depende
da maneira como essa pessoa se desloca.
10 km
O carrinho que percorreu a maior distância
em 4 segundos tem a seguinte numeração:
a) I.
b) II.
c) III.
0 1 2 Tempo d) IV.
Qual é a opção que apresenta a melhor associa-
ção entre meio ou forma de locomoção e unida- 2. (UERJ) Um professor e seus alunos fizeram
de de tempo, quando são percorridos 10 km? uma viagem de metrô para estudar alguns
conceitos de cinemática escalar. Durante o
a) carroça – semana
percurso verificaram que, sempre que partia
b) carro – dia
de uma estação, a composição deslocava-se
c) caminhada – hora
d) bicicleta – minuto com aceleração praticamente constante du-
e) avião – segundo rante 15 segundos e, a partir de então, du-
rante um intervalo de tempo igual a T se-
2. (Enem) Em uma prova de 100 m rasos, o de- gundos, com velocidade constante.
sempenho típico de um corredor padrão é O gráfico que melhor descreve a variação
representado pelo gráfico a seguir: temporal da velocidade v da composição, ob-
12 servada a partir de cada estação, é:
a)
10 V
velocidade (ms)
6
15 15+T (s)
4
2 b)
V
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Tempo (s)
Baseado no gráfico, em que intervalo de 15 15+T (s)
125
c) 5. (UERJ) O gráfico a seguir representa a indi-
V cação da velocidade de um carro em movi-
mento, em função do tempo.
v (m/s)
15 15+T (s)
20
d)
V
10
A
15 15+T (s)
0 4 6 10 t (s)
E.O. UERJ
40
A
30
20 Exame Discursivo
10
1. (UERJ) A velocidade de um corpo que se
0 t (s)
desloca ao longo de uma reta, em função do
1 2 3 4 5
tempo, é representada pelo seguinte gráfico:
A distância, em metros, entre os móveis, no v(m/s)
instante em que eles alcançam a mesma ve-
locidade, é igual a: 15
a) 5.
b) 10. 10
c) 15.
d) 20. 5
0 10 20 30 t(s)
4. (UERJ) A função que descreve a dependên-
cia temporal da posição S de um ponto mate- Calcule a velocidade média desse corpo no
rial é representada pelo gráfico a seguir. intervalo entre 0 e 30 segundos.
s(m)
2. (UERJ) A distância entre duas estações de
metrô é igual a 2,52 km. Partindo do repou-
12 so na primeira estação, um trem deve chegar
8
à segunda estação em um intervalo de tem-
po de três minutos. O trem acelera com uma
4 taxa constante até atingir sua velocidade
máxima no trajeto, igual a 16 m/s. Permane-
0 1 2 3 4 5 t(s) ce com essa velocidade por um certo tempo.
-4
Em seguida, desacelera com a mesma taxa
(RAMALHO JÚNIOR, Francisco et alii. "Os fundamentos
anterior até parar na segunda estação.
da física." São Paulo: Moderna, 1993.)
a) Calcule a velocidade média do trem, em m/s.
Sabendo que a equação geral do movimento b) Esboce o gráfico velocidade × tempo e calcu-
é do tipo S = A + B ∙ t + C ∙ t2, os valores nu- le o tempo gasto para alcançar a velocidade
méricos das constantes A, B e C são, respec- máxima, em segundos.
tivamente:
a) 0, 12, 4.
b) 0, 12, –4.
c) 12, 4, 0.
d) 12, –4, 0.
126
E.O. Objetivas a) 5.
b) 25.
c) 15.
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) d) 20.
e) 10.
1. (Unicamp 2017) O semáforo é um dos re-
cursos utilizados para organizar o tráfego 3. (Unesp) Duas carretas, A e B, cada uma com
de veículos e de pedestres nas grandes cida- 25 m de comprimento, transitam em uma
des. Considere que um carro trafega em um rodovia, no mesmo sentido e com velocida-
trecho de uma via retilínea, em que temos des constantes. Estando a carreta A atrás de
3 semáforos. O gráfico abaixo mostra a ve- B, porém movendo-se com velocidade maior
locidade do carro, em função do tempo, ao que a de B, A inicia uma ultrapassagem so-
passar por esse trecho em que o carro teve bre B. O gráfico mostra o deslocamento de
que parar nos três semáforos. ambas as carretas em função do tempo.
x (m)
14 250
225
12 200
175
velocidade (m/s)
10
150
8 125
100
6 75
50
4
25
2 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 t(s)
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70
tempo (s) Considere que a ultrapassagem começa em
t = 0, quando a frente da carreta A esteja ali-
A distância entre o primeiro e o terceiro se- nhada com a traseira de B, e termina quando
máforo é de: a traseira da carreta A esteja alinhada com a
a) 330 m. frente de B. O instante em que A completa a
b) 440 m. ultrapassagem sobre B é:
c) 150 m. a) 2,0 s.
d) 180 m. b) 4,0 s.
c) 6,0 s.
d) 8,0 s.
2. (Unesp) Os dois primeiros colocados de uma
e) 10,0 s.
prova de 100 m rasos de um campeonato de
atletismo foram, respectivamente, os corre-
dores A e B. O gráfico representa as velocida- 4. (Unesp) Os gráficos na figura representam as
des escalares desses dois corredores em função posições de dois veículos, A e B, deslocando-
do tempo, desde o instante da largada (t = 0) -se sobre uma estrada retilínea, em função do
até os instantes em que eles cruzaram a li- tempo.
nha de chegada. posição
veículo A
veículo B
0
U tempo t
127
d) os veículos A e B estão se deslocando um ao Considerando que os automóveis se mante-
lado do outro. nham em trajetórias retilíneas e paralelas,
e) a distância percorrida pelo veículo A é maior calcule o módulo do deslocamento sofrido
que a percorrida pelo veículo B. pelo carro A entre os instantes 0 e 15 s e o
instante t, em segundos, em que a diferença
5. (Fuvest) Dois trens A e B fazem manobra em entre as coordenadas xA e xB, dos pontos A e
uma estação ferroviária deslocando-se para- B, será igual a 332 m.
lelamente sobre trilhos retilíneos. No ins-
tante t = 0 s eles estão lado a lado. O gráfico
representa as velocidades dos dois trens a 2. (Unesp) O gráfico na figura descreve o mo-
partir do instante t = 0 s até t = 150 s, quan- vimento de um caminhão de coleta de lixo
do termina a manobra. A distância entre os em uma rua reta e plana, durante 15 s de
dois trens no final da manobra é: trabalho.
V(m/s)
14
12
10
8
6
4
2
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 t(s)
a) 0 m.
b) 50 m. a) Calcule a distância total percorrida neste in-
c) 100 m. tervalo de tempo.
d) 250 m. b) Calcule a velocidade média do veículo.
e) 500 m.
3. (Unicamp) A figura a seguir mostra o esque-
E.O. Dissertativas ma simplificado de um dispositivo colocado
em uma rua para controle de velocidade de
automóveis (dispositivo popularmente cha-
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) mado de radar).
Os sensores S1 e S2 e a câmera estão ligados
1. (Unesp) Dois automóveis estão parados em a um computador. Os sensores enviam um
um semáforo para pedestres localizado em sinal ao computador sempre que são pressio-
uma rua plana e retilínea. Considere o eixo nados pelas rodas de um veículo. Se a velo-
x paralelo à rua e orientado para direita, que cidade do veículo está acima da permitida, o
os pontos A e B da figura representam esses computador envia um sinal para que a câme-
automóveis e que as coordenadas xA(0) = 0 ra fotografe sua placa traseira no momento
e xB(0) = 3, em metros, indicam as posições em que esta estiver sobre a linha tracejada.
iniciais dos automóveis. Para um certo veículo, os sinais dos sensores
foram os seguintes:
128
Gabarito E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
E.O. Aprendizagem 1. A 2. D 3. D 4. C 5. D
1. D 2. A 3. B 4. D 5. E
1. C 2. C 3. D 4. E 5. B
E.O. Dissertativo
1.
a) 250 m.
b) 40,0 s.
2.
a) 30 m.
b) -3,0 m/s.
c) 7,5 m.
3.
a) t = 10 s.
b) d = 60 m.
4.
a) 4,0 s.
b) 4,0 m.
5.
+25 km.
6.
a) 48 minutos.
b) 40 km/h.
7.
20 cm/s.
8.
Em ordem crescente: v(t2), v(t3), v(t1).
9.
A distância percorrida entre dois instantes.
E.O. Enem
1. C 2. C
E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. B 2. A 3. C 4. D 5. C
E.O. UERJ
Exame Discursivo
1.
A velocidade média é v = ∆S/∆t = 300/30 = 10 m/s.
2.
a) Vm = 14 m/s.
b) ∆t = 22,5 s.
129
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Aulas 9 e 10
M.R.U.V.
Competência 6
Habilidades 19 e 20
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Conceito de aceleração
Analisamos, inicialmente, que a velocidade é a rapidez com que um corpo muda sua posição ao longo do tempo, e,
em seguida, estudamos um caso especial em que a velocidade permanecia constante ao longo do tempo. No nosso
cotidiano, no entanto, percebemos que nós e os objetos que nos cercam não estão sempre necessariamente com
velocidade constante, pelo contrário, vemos que os objetos possuem uma determinada velocidade em um instante
e, em um instante posterior, possuem outra velocidade. Esse é o caso, por exemplo, de um carro inicialmente em
repouso que adquire velocidade, mas, ao se aproximar de um semáforo com o sinal vermelho, reduz sua velocidade
até o repouso.
Precisamos então definir uma nova grandeza que esteja relacionada com essa variação da velocidade. A
aceleração é definida como sendo a rapidez com que um corpo varia sua velocidade.
Suponhamos que a velocidade escalar de uma partícula, em um instante t1 seja v1, e em um instante posterior, t2,
a velocidade escalar seja v2. A aceleração escalar média (am) da partícula entre esses dois instantes de tempo
é definida como sendo a variação da velocidade dividida pelo tempo transcorrido:
v –v
am = Dv
___ = _____
2 1
Dt t2 – t1
Nessa definição, a unidade de aceleração é igual à razão entre a unidade de velocidade e a unidade de
tempo. No SI, temos:
m
__
m/s
s = ss = __
___ __ m ⋅ __
1 = __
m2 = m ⋅ s–2
__ s s s
1
Como o intervalo de tempo ∆t é sempre positivo, o sinal da aceleração escalar média é igual ao sinal da
variação de velocidade ∆v.
§§ Se vf > vi, temos (vf – vi) > 0 e a > 0.
§§ Se vf < vi, temos (vf – vi) < 0 e a < 0.
Observe que no caso de movimento retilíneo uniforme, vf = vi, e, portanto (vf – vi) = 0, ou seja, a = 0. Desse
modo, a aceleração é nula no movimento retilíneo uniforme.
133
Unidades de aceleração
A unidade de aceleração é a razão entre uma unidade de velocidade e uma unidade de tempo, por exemplo:
km/h
1 ____
s
Contudo, essa unidade não pertence ao SI. O seguinte exemplo ilustra a unidade de aceleração no SI e seu
significado: uma pedra cai de uma determinada altura e sua velocidade é de vi = 5 m/s, logo, após iniciar a queda.
Após um intervalo de tempo ∆t = 2 s, sua velocidade é de vf = 25 m/s. A aceleração da pedra é:
v f – vi
a = _____
25 m/s –
5 m/s
= ____________ 20 m/s
= ______ 10 sm/s
ou a = ______
Dt 2 s 2 s
Esse resultado mostra que a velocidade de pedra aumenta em 10 m/s a cada 1 s. Então, no SI, a unidade de
aceleração é 1 (m/s)/s, que se costuma escrever da seguinte maneira:
m/s = 1 __
1 ___ m ∙ __
1 m
___
s s s = 1 s2
Em geral, o resultado anterior é apresentado da forma a = 10 m/s2. Destacamos, então:
Por exemplo, se um carro tem velocidade v1 = 10 m/s em t1 e num instante posterior t2 sua velocidade é de
v2 = 30 m/s, dizemos que o movimento é acelerado. O mesmo ocorre se v1 = –10 m/s em t1 e num instante posterior
t2 sua velocidade é de v2 = –30 m/s. Porém, se em t1 sua velocidade é de v1 = 30 m e num instante seguinte t2 ela
diminui para v2 = 20 m/s, seu movimento é dito retardado.
§§ O movimento é acelerado se o módulo da velocidade aumentar:
134
§§ O movimento é retardado se o módulo da velocidade diminui:
movimento retardado ⇒ |v| diminui
Agora, podemos classificar o movimento como sendo progressivo acelerado, progressivo retardado, retró-
grado acelerado ou retrógrado retardado. Note ainda que o fato do movimento ser progressivo ou retrógrado é
devido a uma escolha da orientação, mas o movimento ser acelerado ou retardado não tem relação alguma com
a escolha da orientação.
Teoria na prática
1. Um automóvel se desloca por uma estrada, e sua velocidade aumenta ao longo do tempo. Em um determi-
nado instante, o automóvel tem velocidade escalar de 54 km/h e, após 2,0 segundos, sua velocidade passa
a ser 72 km/h. Vamos determinar a aceleração escalar média do automóvel nesse intervalo de tempo.
Resolução:
O intervalo de tempo é Dt = 2,0 s.
A variação de velocidade escalar nesse intervalo de tempo foi:
Dv = (72 km/h) – (54 km/h) ⇒ Dv = 18 km/h
Como o intervalo de tempo foi dado em segundos, façamos a transformação da unidade de velocidade:
18 m/s = 5 m/s
Dv = 18 km/h = ___
3,6
Então, calculamos a aceleração:
5,0 m/s
am = Dv
___ = ______
= 2,5 m/s2
Dt 2,0 s
Esse resultado mostra que, em média, a velocidade aumentou 2,5 m/s a cada segundo.
2. Um carro de corrida é acelerado de forma que sua velocidade em função do tempo é dada conforme a tabela:
t(s) 3 6 9
v(m/s) 20 30 60
Observação: vimos que a velocidade é a variação do espaço no tempo, também vimos que a aceleração
é a variação da velocidade no tempo. Não há nenhuma grandeza associada à variação da aceleração no tempo,
todos os exercícios de cinemática são resolvidos em função da posição, velocidade, aceleração e tempo.
135
Movimento retilíneo uniformemente variado (M.R.U.V.)
Além da aceleração escalar média (am), define-se também a aceleração escalar instantânea (a), que é a aceleração
escalar em um instante de tempo bastante curto. Vamos considerar o caso em que a aceleração escalar instantânea
é constante. Nesse caso, em qualquer intervalo de tempo, a aceleração escalar média tem o mesmo valor e é igual
ao valor da aceleração escalar instantânea.
aceleração constante ⇒ a = am = Dv
___
Dt
Como exemplo, a tabela abaixo mostra as velocidades escalares de uma partícula em intervalos de 1 se-
gundo. A velocidade varia de modo regular, isto é, a cada 1 segundo, o aumento da velocidade é 2 m/s. Portanto, a
aceleração escalar é constante e dada por:
a = 2 m/s por segundo = 2 m/s2
t (s) v (m/s)
0 5
1 7
2 9
3 11
4 13
Funções horárias
Considere uma partícula realizando um movimento uniformemente variado em uma linha, como na figura abaixo.
No instante inicial (t = 0), a partícula passa pelo ponto de posição S0, com velocidade escalar v0. Depois de algum
tempo, em um instante qualquer t, a partícula passa pelo ponto de posição S, com velocidade escalar v. Sendo a
aceleração escalar constante ao longo de toda trajetória
v = v0 + a ∙ t
136
É possível demonstrar que a velocidade média no movimento retilíneo uniformemente variado é dada por:
v + v0
vm = _____
2
1 ∙ a ∙ t2
S = S0 + v0 ∙ t + __
2
Resolução:
O enunciado nos diz que a velocidade aumenta a uma taxa de 2,4 m/s em 3 s, assim a aceleração do móvel
será:
2,4
a = Δv
___ = ___
= +0,8 m/s2
Δt 3
Admitindo o início da trajetória o móvel com velocidade de 12 m/s, após 5 s aplicaremos a função horária
da posição em M.R.U.V. para encontrar a distância percorrida.
at
2
S = S0 + v0t + ___
2
0,8(5)2
S – S0 = 12 ∙ (5) + ______
= 60 + 0,4 ∙ (25) = 60 + 10 = 70 m
2
Altenativa D
137
2. (UFBA) Um corpo que parte do repouso deve percorrer uma distância de 3000 m. Os primeiros 220 m ele os
percorre em 8 s, sendo que o movimento é uniformemente acelerado. O restante é percorrido a velocidade
constante igual à atingida quando ele alcançou aqueles 220 m. O tempo total aproximado para realizar
todo o percurso será de:
a) 20 s.
b) 30 s.
c) 50 s.
d) 58 s.
Resolução:
Nos primeiros 8 segundos, o corpo percorre 220 m partindo do repouso. Aplicando a função horária do
movimento retilíneo uniformemente acelerado, temos:
at
2
S = S0 + v0t + ___
2
(8)²
220 = 0 + 0 ∙ 8 + a ∙ ___
2
220 = ___ 64a
2
220 = 6,875 m/s2
a = ___
32
Nos mesmos 8 segundos, aplicaremos a função horária da velocidade escalar para obter a velocidade final
do corpo:
v = v0 + at = 0 + 6,875 ∙ 8 = 55 m/s
No enunciado temos que esta velocidade permanece constante e ainda faltam 2780 metros para o corpo
percorrer. Assim, o segundo intervalo de tempo será:
∆S
v = __
∆t
2780
55 = ____
∆t
556 s
∆t = ___
11
556 = 58,54 ≈ 58 s.
O tempo total será: ttotal = 8 + ___
11
Altenativa D
3. A figura abaixo ilustra uma partícula com movimento uniformemente variado, com aceleração a = 6 m/s2. A
partícula passa pelo ponto de posição 10 m e velocidade escalar 4 m/s no instante t0 = 0.
138
Resolução:
a) Sabendo que a partícula está em M.U.V., e sendo a = 6 m/s2, v0 = 4 m/s e S0 = 10 m, temos:
a ⋅
t2
S = S0 + v0 ⋅ t + ____
2
e para t = 5 s:
6 ⋅ (5)2
S = 10 + 4 ⋅ (5) + ______
⇒ S = 105 m
2
v = v0 + a ⋅ t
e para t = 5 s:
v = 4 + 6 ⋅ (5) ⇒ v = 34 m/s
b) Vimos que a velocidade média no M.U.V. pode ser calculada como:
Vf + V0
vm = ______
2
Logo, a velocidade média é:
34 + 4
vm = ______ 38 ⇒
= ___
2 2
vm = 19 m/s
4. Em uma autoestrada, um guarda (em uma motocicleta) persegue um automóvel, cujo motorista cometeu
uma infração e que se move com velocidade escalar constante de 20 m/s. A figura a seguir ilustra a situação
em um determinado instante.
esse instante o guarda tem velocidade escalar 8,0 m/s. Admitindo que ele se move com aceleração escalar
N
constante de 2,0 m/s2 e desprezando os comprimentos dos veículos:
a) a partir do instante representado na figura, quanto tempo o guarda levará para alcançar o automóvel?
b) qual a velocidade do guarda ao alcançar o automóvel?
c) determine a distância percorrida pelo guarda desde o instante representado na figura até o instante de
encontro.
Resolução:
a) Adotemos a posição inicial do guarda como a origem do eixo de coordenadas dos espaços (S0G = 0) e
64 m como a posição inicial do automóvel (S0A = 64 m).
64 s (m)
O movimento do guarda é uniformemente variado com S0 = 0, v0 = 8,0 m/s e a 2,0 m/s2, e o automóvel
se movimenta uniformemente com S0 = 64 m e v = 20 m/s. Assim, as funções horárias das posições para
o guarda e para o automóvel são:
139
guarda (M.U.V.) automóvel (M.U.)
a t2 S = S0 + vt
S = S0 + v0t + __
2
2,0 2
___
SG = 0 + 8,0 t + t SA = 64 + 20 t
2
SG = 8,0 t + t2
Para determinar o instante de encontro, igualamos as posições do guarda e do automóvel dadas pelas
equações acima, então:
SG = SA
8,0 t + t² = 64 + 20 t
t² – 12t – 64 = 0
Resolvendo esta equação (de 2º grau), obtemos:
t = 16 ou t = –4
esprezando a resposta negativa, obtemos t = 16 s, ou seja, após 16 segundos do instante representado
D
na figura, o guarda alcança o automóvel.
Equação de Torricelli
Os problemas de M.R.U.V. podem ser resolvidos com as funções horárias da velocidade e da posição. No entanto,
vamos mostrar abaixo uma equação que relaciona a velocidade e a posição, sem envolver o tempo. Essa equação
será útil na solução de problemas que não envolvam a variável tempo no enunciado.
Para obter essa equação, isolamos tempo na função horária da velocidade:
v – v0
v = v0 + at ⇒ at = v – v0 ⇒ t = _____
a
140
Teoria na prática
1. Em uma rodovia, um automóvel viaja com velocidade escalar constante de 30 m/s. Em determinado ins-
tante, o motorista pisa no freio provocando uma desaceleração constante de 3,0 m/s2 até o automóvel parar.
Vamos calcular a distância percorrida durante a frenagem.
Resolução:
A figura a seguir ilustra a situação:
Considerando a velocidade escalar positiva (mesmo sentido que a orientação da trajetória) e sendo o movi-
mento retardado, a aceleração escalar é negativa, a = –3,0 m/s2.
A velocidade inicial é v0 = 30 m/s, e a velocidade final é nula (v = 0). Pelas informações fornecidas e a falta
de informação sobre o intervalo de tempo, suspeitamos que, provavelmente, a melhor equação a ser usada
é a equação de Torricelli, então:
v² = v0² + 2a (S – S0)
0 = (30)² + 2(–3) ⋅ DS
Daí, tiramos:
DS = 150 m
2. (PUC) Ao iniciar a travessia de um túnel retilíneo de 200 metros de comprimento, um automóvel de dimen-
sões desprezíveis movimenta-se com velocidade de 25 m/s. Durante a travessia, desacelera uniformemente,
saindo do túnel com velocidade de 5 m/s. O módulo de sua aceleração escalar, nesse percurso, foi de
a) 0,5 m/s².
b) 1,0 m/s².
c) 1,5 m/s².
d) 2,0 m/s².
e) 2,5 m/s².
Resolução:
A velocidade inicial é 25 m/s e a final é 5 m/s. A variação de espaço é de 200 m. Aplicaremos a equação de
Torricelli para encontrar a desaceleração do corpo.
v² = v0² + 2aDS
(5)² = (25)² + 2 ∙ a ∙ 200
a = –1,5 m/s² .
Assim, o módulo da aceleração é 1,5 m/s2.
Alternativa C
3. (UEL) Um motorista está dirigindo um automóvel a uma velocidade de 54 km/h. Ao ver o sinal vermelho,
pisa no freio. A aceleração máxima para que o automóvel não derrape tem módulo igual 5 m/s2. Qual a
menor distância que o automóvel irá percorrer, sem derrapar e até parar, a partir do instante em que o mo-
torista aciona o freio?
a) 3,0 m
b) 10,8 m
c) 291,6 m
d) 22,5 m
e) 5,4 m
141
Resolução:
Aplicando a análise dimensional na velocidade inicial, temos:
1000 m
v0 = 54 km/h ∙ ______ 1 h
. ______
= 15 m/s
1 km 3600 s
Fazendo um desenho ilustrativo do problema, temos:
O vetor aceleração é contra a trajetória, logo, temos uma desaceleração. Aplicando a equação de Torricelli,
temos:
v² = v0² + 2aDS
0² = (15)² + 2 ∙ (–5) ∙ DS
0 = 225 – 10 DS
225 = 22,5 m
DS = ___
10
Alternativa D
4. (Unicamp) Um automóvel trafega com velocidade constante de 12 m/s por uma avenida e se aproxima de
um cruzamento onde há um semáforo com fiscalização eletrônica. Quando o automóvel se encontra a uma
distância de 30 m do cruzamento, o sinal muda de verde para amarelo. O motorista deve decidir entre parar
o carro antes de chegar ao cruzamento ou acelerar o carro e passar pelo cruzamento antes do sinal mudar
para vermelho. Este sinal permanece amarelo por 2,2 s. O tempo de reação do motorista (tempo decorrido
entre o momento em que o motorista vê a mudança de sinal e o momento em que realiza alguma ação) é
0,5 s.
a) Determine a mínima aceleração constante que o carro deve ter para parar antes de atingir o cruzamento
e não ser multado.
b) Calcule a menor aceleração constante que o carro deve ter para passar pelo cruzamento sem ser multa-
do. Aproxime (1,7)² ≈ 3,0.
Resolução:
a) O tempo de reação do motorista é 0,5 s e sua velocidade constante é de 12 m/s. Assim, o deslocamento
do motorista em M.R.U.V. será:
DS
v = ___
Dt
DS
12 = ___
0,5
∆S = 6 m.
A distância quando o semáforo muda de verde para amarelo é 30 m e a distância na reação é 6 m, logo,
a distância em M.R.U.V. é 24 m. Aplicando a equação de Torricelli, temos:
v2 = v02 + 2 ∙ a ∙ DS
(0)2 = (12)2 + 2 ∙ a ∙ 24
a = –3 m/s2
Resposta: A mínima desaceleração é de 3 m/s2.
142
b) O tempo total é 2,2 s e o tempo de reação é 0,5 s, assim, o tempo do carro em M.R.U.V. será:
ttotal = treação + tMRUV
2,2 = 0,5 + tMRUV
tMRUV = 1,7 s.
Evangelista Torricelli (1608-1647) serviu como copista de Galileu nos últimos 3 meses de vida do mesmo.
A partir das equações de Galileu para o M.U.V., Torricelli deduziu a equação que carrega seu nome. Inventou o
barômetro, instrumento que serve para medir a pressão atmosférica local.
Identificando as variáveis
Dada uma função horária de posição qualquer, é possível por análise descobrir as variáveis de interesse S0, v0 e
a, afim de construir a função horária da posição. Como sabemos, todo movimento uniformemente variado tem a
função da posição do seguinte modo:
a ⋅
t2
S(t) = S0 + v0 ⋅ t + ____
2
A posição inicial sempre será o coeficiente independente, isto é, aquele que não multiplica nenhuma po-
tência da variável t, caso não exista teremos que S0 = 0. A velocidade inicial será o coeficiente que acompanha a
potência de t que tem o expoente 1. Por fim, a aceleração será o dobro do coeficiente que acompanha a potência
de t que está ao quadrado. Caso falte alguma potência de t, isto deve-se ao fato de que o coeficiente é nulo.
Se, por exemplo, for fornecido uma função S(t) = 5 – 3 ∙ t + 3 ∙ t2, podemos comparar com a função da
posição genérica e identificar S0 = 5 m, v0 = –3 m/s e a = 6 m/s2. Assim, podemos escrever a função horária da
velocidade, que de maneira genérica é dado por:
v(t) = v0 + a · t
143
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
Fonte: Youtube
ACESSAR
pt.khanacademy.org/science/physics/one-dimensional-motion/acceleration-tutorial/a/
acceleration-article
www.if.ufrgs.br/tex/fis01043/20042/Luciano/cinematica.html
144
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Mudanças na velocidade são comuns no nosso dia a dia: um carro que trafega numa avenida e desacelera, parando
devido a um semáforo vermelho, ou o mesmo um carro que acelera, quando o semáforo está verde; também na
queda dos corpos, que veremos nas próximas aulas.
No geral, os móveis alteram entre diversos movimentos, o que tornaria o estudo completo algo mais difícil,
por isso “quebramos” o movimento em partes, das quais conseguimos estudar com facilidade, MU e MUV, saber
distinguir entre esses dois tipos de movimento, conhecer suas funções horárias, é fundamental para a resolução
de problemas.
INTERDISCIPLINARIDADE
Uma função polinomial do segundo grau em uma variável é do tipo f de em , onde f(x) = a ∙ x² + b ∙ x + c,
com a, b e c números reais e a ≠ 0.
Para determinar a solução de equação do segundo grau 0 = a ∙ x² + b ∙ x + c, utilizamos um algoritmo
desenvolvido por Bháskara, em que temos duas raízes dadas por:
x = –b ± d
_______∆
XX
2a
sendo:
∆ = b2 – 4ac
Onde se Δ > 0 haverá duas soluções distintas, se Δ = 0 haverá duas soluções idênticas e se Δ < 0 não haverá raiz real.
Para um corpo em M.R.U.V, a função horária da posição é uma função polinomial do 2º grau, em uma variável.
145
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Habilidade 19 - Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que con-
tribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental.
A habilidade 20 mais uma vez aparece, já que mais um passo é acrescentado ao estudo
do movimento dos corpos: agora os corpos podem possuir aceleração não nula. No coti-
diano mundano das pessoas, os móveis estão em constante alteração do seu movimen-
to, o exemplo mais clássico disto é um automóvel que após estar estacionado adquire
movimento, sendo freado posteriormente em algum semáforo e acelerado novamente
inúmeras vezes até chegar em seu destino. A mudança da velocidade é algo normal e se
faz presente em inúmeras situações-problema que o estudante irá encontrar.
Modelo 1
(Enem) Um motorista que atende a uma chamada de celular é levado à desatenção, aumentando a
possibilidade de acidentes ocorrerem em razão do aumento de seu tempo de reação. Considere dois
motoristas, o primeiro atento e o segundo utilizando o celular enquanto dirige. Eles aceleram seus
carros inicialmente a 1,00 m/s2. Em resposta a uma emergência, freiam com uma desaceleração
igual a 5,00 m/s2. O motorista atento aciona o freio à velocidade de 14,0 m/s enquanto o desaten-
to, em situação análoga, leva 1,00 segundo a mais para iniciar a frenagem.
Que distância o motorista desatento percorre a mais do que o motorista atento, até a parada total
dos carros?
a) 2,90 m
b) 14,0 m
c) 14,5 m
d) 15,0 m
e) 17,4 m
146
Análise Expositiva
Habilidade 20
Excelente exercício, traz para a realidade do estudante a aplicação direta das funções ho-
rárias do movimento uniformemente acelerado em uma situação-problema comum nos dias
atuais: motoristas imprudentes que utilizam celulares enquanto dirigem. Aplicando as fun-
ções e manipulando as equações o estudante será capaz de perceber qual a real diferença
entre dirigir com atenção e dirigir enquanto se manipula um celular.
Para o motorista atento, temos:
Tempo e distância percorrida até atingir 14 m/s a partir do repouso:
v = v0 + at
14 = 0 + 1 · t1 ⇒ t1 = 14 s
v2 = v02 + 2a∆S
142 = 02 + 2 · 1 · d1 ⇒ d1 = 98 m
Distância percorrida até parar:
02 = 142 + 2 · (-5) · d1' ⇒ d1' = 19,6 m
Distância total percorrida:
∆S1 = d1 + d1' = 98 + 19,6 ⇒ ∆S1 = 117,6 m
Para o motorista que utiliza o celular, temos:
t2 = t1 + 1 ⇒ t2 = 15 s
Velocidade atingida e distância percorrida em 15 s a partir do repouso:
v2 = 0 + 1 · 15 ⇒ v2 = 15 m/s
152 = 02 + 2 · 1 · d2 ⇒ d2 = 112,5 m
Distância percorrida até parar:
02 = 152 + 2 · (-5) . d2' ⇒ d2' = 22,5 m
Distância total percorrida:
∆S2 = d2 + d2' = 112,5 + 22,5 ⇒ ∆S2 = 135 m
Portanto, a distância percorrida a mais pelo motorista desatento é de:
∆S = ∆S2 - ∆S1 = 135 - 117,6
∴∆S = 17,4 m
Alternativa E
147
Modelo 2
(Enem) O trem de passageiros da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), que circula diariamente
entre a cidade de Cariacica, na Grande Vitória, e a capital mineira Belo Horizonte, está utilizando
uma nova tecnologia de frenagem eletrônica. Com a tecnologia anterior, era preciso iniciar a fre-
nagem cerca de 400 metros antes da estação. Atualmente, essa distância caiu para 250 metros, o
que proporciona redução no tempo de viagem.
Considerando uma velocidade de 72 km/h, qual o módulo da diferença entre as acelerações de
frenagem depois e antes da adoção dessa tecnologia?
a) 0,08 m/s2
b) 0,30 m/s2
c) 1,10 m/s2
d) 1,60 m/s2
e) 3,90 m/s2
Análise Expositiva 2
Habilidade 19
Neste exercício o aluno se depara na mesma situação com duas possibilidades de sistema de
frenagem e deve calcular o módulo da diferença entre elas, fazendo-se necessária a aplicação
e manipulação das fórmulas que regem o M.R.U.V., o estudante deve repetir o mesmo proce-
dimento em ambas as situações.
Supondo essas acelerações constantes, aplicando a equação de Torricelli para o movimento
uniformemente retardado, vem:
v2 = vO2 - 2 a ∆S ⇒ O2 = v02 - 2 a ∆S ⇒
( 20
)
2
v 2 a1 = _______ ⇒ a1 = 0,5 m
a = _____
0
2 · 400
⇒ _____________________________ ⇒ |a1 - a2| = |0,5 - 0,8| ⇒ |a1 - a2| = 0,3 m/s3.
2 ∆S a2 = 20
_______2
⇒ a1 = 0,8 m/s
2
2 · 250
Alternativa B
148
Estrutura Conceitual
80
km/h
Referencial Movimento
Velocidade
inicial
Alterção da
velocidade
Velocidade
final
Aceleração
Funções Condições
horárias iniciais
149
E.O. Aprendizagem 4. Suponha que um automóvel de motor muito
potente possa desenvolver uma aceleração
média de módulo igual a 10 m/s2. Partindo
1. A situação em que o módulo da aceleração do repouso, esse automóvel poderia chegar
média será maior está descrita em: à velocidade de 90 km/h num intervalo de
a) “Na Terra, uma pedra arremessada para cima
tempo mínimo, em segundos, igual a:
encontra-se no ponto mais alto de sua traje-
a) 2,0.
tória.”
b) 9,0.
b) “Um corredor velocista realiza a prova dos
c) 2,5.
100 m rasos alcançando a partir do repouso
d) 4,5.
a velocidade de 11 m/s em 5 s.”
c) “Um automóvel em movimento tem sua ve- e) 3,0.
locidade de 16 m/s reduzida a zero em 4 s
diante de um sinal vermelho.” 5. Tendo chegado atrasado ao casamento, um
d) “Um avião, ao pousar, toca a pista de ater- convidado conseguiu pegar a última fatia de
rissagem com uma velocidade inicial de 70 bolo e concluiu que era o melhor glacê de
m/s, levando 14 s para alcançar o repouso.” toda a sua vida. Ouvindo falar que na cozi-
nha havia mais um bolo, e que seria cortado
2. Sem proteção adequada, uma queda com apenas em outra festa, ele foi até lá. Viu o
skate pode causar sérias lesões, dependendo bolo em cima de uma mesa perto da porta.
da velocidade que ocorre a queda. Um me-
Porém, percebeu que havia também uma
nino em repouso no seu skate encontra-se
cozinheira de costas para o bolo e para ele.
no ponto mais alto de uma rampa e começa
Querendo passar o dedo no bolo sem ser pego
a descer, chegando ao ponto mais baixo com
pela cozinheira, deduziu que se conseguisse
velocidade de módulo 2,0 m/s. Em seguida,
pegar a maior quantidade de glacê possível,
o menino se lança para baixo com o mesmo
skate desse ponto mais alto com uma veloci- e passasse muito rápido, o dedo pegaria pou-
dade inicial de módulo 1,5 m/s. co glacê; mas, se passasse lentamente, corria
Sabendo que, em ambas as situações, após o risco de ser descoberto. Supondo, então,
iniciado o movimento, o menino não toca que ele tenha 3 segundos para roubar o glacê
mais os pés no solo, a alternativa correta que sem ser notado e que a melhor técnica para
indica o módulo da velocidade, em m/s, com conseguir a maior quantidade seja passar o
que o menino no skate chega ao ponto mais dedo por 40,5 cm de bolo em MRUV, partindo
baixo na segunda situação, é: do repouso, qual aceleração teria o dedo no
Observação: em ambos os casos a aceleração intervalo de tempo do roubo do glacê?
é a mesma. a) 0,03 m/s²
a) 0,5. b) 0,04 m/s²
b) 3,5. c) 0,09 m/s²
c) 2,5. d) 1,05 m/s²
d) 2,0. e) 2 m/s²
150
7. O desrespeito às leis de trânsito, principal- a) 1,4 – não será – não ultrapassará
mente àquelas relacionadas à velocidade b) 4,0 – não será – não ultrapassará
permitida nas vias públicas, levou os órgãos c) 10 – não será – não ultrapassará
regulamentares a utilizarem meios eletrô- d) 4,0 – será – ultrapassará
nicos de fiscalização: os radares capazes de e) 10 – será – ultrapassará
aferir a velocidade de um veículo e capturar
sua imagem, comprovando a infração ao Có-
digo de Trânsito Brasileiro. 10. Um motorista conduz seu automóvel pela
Suponha que um motorista trafegue com seu BR-277 a uma velocidade de 108 km/h quan-
carro à velocidade constante de 30 m/s em do avista uma barreira na estrada, sendo
uma avenida cuja velocidade regulamentar obrigado a frear (desaceleração de 5 m/s2)
seja de 60 km/h. A uma distância de 50 m, o e parar o veículo após certo tempo. Pode-se
motorista percebe a existência de um radar afirmar que o tempo e a distância de frena-
fotográfico e, bruscamente, inicia a frena- gem serão, respectivamente:
gem com uma desaceleração de 5 m/s2. a) 6 s e 90 m.
Sobre a ação do condutor, é correto afirmar b) 10 s e 120 m.
que o veículo: c) 6 s e 80 m.
a) não terá sua imagem capturada, pois passa
d) 10 s e 200 m.
pelo radar com velocidade de 50 km/h.
b) não terá sua imagem capturada, pois passa
pelo radar com velocidade de 60 km/h.
c) terá sua imagem capturada, pois passa pelo E.O. Fixação
radar com velocidade de 64 km/h.
d) terá sua imagem capturada, pois passa pelo 1. O movimento retilíneo de um corpo é descri-
radar com velocidade de 66 km/h. to pela equação v = 10 – 2t em que v é a velo-
e) terá sua imagem capturada, pois passa pelo
cidade, em m/s, e t é o tempo, em segundos.
radar com velocidade de 72 km/h.
Durante os primeiros 5,0 s, a distância per-
corrida por ele, em metros, é:
8. Um automóvel desloca-se por uma estrada
a) 10.
retilínea plana e horizontal, com velocidade
constante de módulo v. b) 15.
Após algum tempo, os freios são acionados c) 20.
e o automóvel percorre uma distância d com d) 25.
as rodas travadas até parar. Desconsiderando
o atrito com o ar, podemos afirmar correta-
2. Para garantir a segurança no trânsito, deve-
mente que, se a velocidade inicial do auto-
móvel fosse duas vezes maior, a distância -se reduzir a velocidade de um veículo em
percorrida seria: dias de chuva, senão vejamos: um veículo em
a) d/4. uma pista reta, asfaltada e seca, movendo-
b) d/2. -se com velocidade de módulo 36 km/h (10
c) d. m/s) é freado e desloca-se 5,0 m até parar.
d) 2d. Nas mesmas circunstâncias, só que com a
e) 4d. pista molhada sob chuva, necessita de 1,0 m
a mais para parar.
9. Numa determinada avenida onde a veloci- Considerando a mesma situação (pista seca
dade máxima permitida é de 60 km/h, um e molhada) e agora a velocidade do veículo
motorista dirigindo a 54 km/h vê que o se- de módulo 108 km/h (30 m/s), a alternativa
máforo, distante a 63 metros, fica amarelo e correta que indica a distância a mais para
decide não parar. Sabendo que o sinal ama- parar, em metros, com a pista molhada em
relo permanece aceso durante 3 segundos relação a pista seca é:
aproximadamente, esse motorista, se não
a) 6.
quiser passar no sinal vermelho, deverá im-
b) 2.
primir ao veículo uma aceleração mínima de
c) 1,5.
______ m/s2.
d) 9.
O resultado é que esse motorista ______ mul-
tado, pois ______ a velocidade máxima.
Assinale a alternativa que preenche as lacu-
nas, correta e respectivamente.
151
3. (Fepar 2017) Em Curitiba, oito em cada dez ciclistas usam a Via Calma para trabalhar ou estudar
TOTAL DO TRECHO
Somatória dos sentidos centro e bairro e dos turnos manhã e tarde
2015 2016
ANO LOCAL
absoluto porcentual absoluto porcentual
Canaleta 247 93,21% 85 28,15%
Via Lenta / Via Calma 217 71,85%
TOTAL 265 100,00% 302 100,00%
Em 2015, Via Lenta; em 2016, com a implantação da Via Calma. Fonte: IPUC
Pesquisa mostra que 78% usam a bicicleta como modo de transporte e se sentem seguros em com-
partilhar esse tipo de via, em que o limite de velocidade é de 30 km/h.
Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPUC), entre junho
e dezembro de 2015, confirmou o tráfego intenso de ciclistas nas avenidas João Gualberto e Paraná. A
pesquisa realizada no ano passado indicava um dado preocupante: 93,21% dos ciclistas seguiam pela
canaleta do ônibus Expresso, enquanto apenas 6,79% usavam a via lenta. Uma nova pesquisa realiza-
da esta semana, entre os dias 27 e 28 de junho, demonstrou mudança de comportamento.
Apenas 10 dias depois de inaugurada a segunda Via Calma, uma nova contagem de ciclistas de-
monstrou que 71,85% dos usuários deixaram de usar a canaleta, ocupando o espaço compartilhado
por carros e bicicletas.
(BEM PARANÁ, 30 jun. 2016)
4. Um veículo automotivo, munido de freios que reduzem a velocidade de 5,0 m/s, em cada segundo,
realiza movimento retilíneo uniforme com velocidade de módulo igual a 10,0 m/s. Em determinado
instante, o motorista avista um obstáculo e os freios são acionados. Considerando-se que o tempo
de reação do motorista é de 0,5 s, a distância que o veículo percorre, até parar, é igual, em m, a:
a) 17,0.
b) 15,0.
c) 10,0.
d) 7,0.
e) 5,0.
5. Em uma prova internacional de ciclismo, dois dos ciclistas, um francês e, separado por uma dis-
tância de 15 m à sua frente, um inglês, se movimentam com velocidades iguais e constantes de
módulo 22 m/s. Considere agora que um representante brasileiro na prova, ao ultrapassar o ciclista
francês, possui uma velocidade constante de módulo 24 m/s e inicia uma aceleração constante de
módulo 0,4 m/s2, com o objetivo de ultrapassar o ciclista inglês e ganhar a prova. No instante em
que ele ultrapassa o ciclista francês, faltam ainda 200 m para a linha de chegada. Com base nesses
dados e admitindo que o ciclista inglês, ao ser ultrapassado pelo brasileiro, mantenha constantes
as características do seu movimento, assinale a alternativa correta para o tempo gasto pelo ciclista
brasileiro para ultrapassar o ciclista inglês e ganhar a corrida.
a) 1 s
b) 2 s
c) 3 s
d) 4 s
e) 5 s
152
6. Em uma região plana, delimitou-se o triângulo ABC, cujos lados AB e BC medem, respectivamente,
300,00 m e 500,00 m. Duas crianças, de 39,20 kg cada uma, parte, simultaneamente, do repouso,
do ponto A, e devem chegar juntas ao ponto C, descrevendo movimentos retilíneos uniformemente
acelerados.
Para que logrem êxito, é necessário que a razão entre as acelerações escalares, a1 e a2, das respec-
tivas crianças, seja:
a 7
a) __ a1 = __
.
2 8
a__1 __
b) a = 8 .
2 7
a1 __
c) a = 7 .
__
2 5
a__1 __
d) a = 5 .
2 7
a1 ____
e) a = 583
__ .
2 800
a) I e II.
b) II e III.
c) I e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
153
8. Um carro viajando em uma estrada retilí- pouso quanto para decolagem é 259,2 km/h.
nea e plana com uma velocidade constante Após percorrer 1.240 m da pista o piloto ve-
v1 = 72 km/h passa por outro que está em rificou que a velocidade da aeronave era de
repouso no instante t = 0 s. O segundo carro 187,2 km/h. Mantida esta desaceleração, a
acelera para alcançar o primeiro com acele- que distância do fim da pista o piloto de-
ração a2 = 2,0 m/s2. O tempo que o segundo veria arremeter a aeronave, com aceleração
carro leva para atingir a mesma velocidade máxima de 4 m/s2, para evitar o acidente?
do primeiro é: a) 312 m
a) 1,0 s. b) 390 m
b) 2,0 s. c) 388 m
c) 5,0 s. d) 648 m
d) 10,0 s. e) 700 m
e) 20,0 s.
2. Um automóvel percorre uma estrada reta de
9. Em um piso horizontal um menino dá um um ponto A para um ponto B. Um radar de-
empurrão em seu caminhãozinho de plásti- tecta que o automóvel passou pelo ponto A
co. Assim que o contato entre o caminhãozi- a 72 km/h. Se esta velocidade fosse manti-
nho e a mão do menino é desfeito, observa- da constante, o automóvel chegaria ao pon-
to B em 10 min. Entretanto, devido a uma
-se que em um tempo de 6 s o brinquedo
eventualidade ocorrida na metade do cami-
foi capaz de percorrer uma distância de 9
nho entre A e B, o motorista foi obrigado
m até cessar o movimento. Se a resistência
a reduzir uniformemente a velocidade até
oferecida ao movimento do caminhãozinho
36 km/h, levando para isso, 20 s. Restando
se manteve constante, a velocidade inicial
1 min. para alcançar o tempo total inicial-
obtida após o empurrão, em m/s, foi de:
mente previsto para o percurso, o veículo é
a) 1,5.
acelerado uniformemente até 108 km/h, le-
b) 3,0.
vando para isso, 22 s, permanecendo nesta
c) 4,5.
d) 6,0. velocidade até chegar ao ponto B. O tempo
de atraso, em segundos, em relação à previ-
e) 9,0.
são inicial, é:
a) 46,3.
10. Indique a alternativa que representa correta- b) 60,0.
mente a tabela com os dados da posição, em c) 63,0.
metros, em função do tempo, em segundos, d) 64,0.
de um móvel, em movimento progressivo e e) 66,7.
uniformemente retardado, com velocidade
inicial de valor absoluto 4 m/s e aceleração 3. Sobre os movimentos Retilíneo Uniforme e
constante de valor absoluto 2 m/s2. Retilíneo Uniformemente Variado é correto
a) 0 1 2 3 afirmarmos que:
a) no MRU a velocidade é constante e diferente
s(m) 7 8 7 4
de zero. No Movimento Retilíneo Uniforme-
mente Variado a aceleração é constante e di-
b) 0 1 2 3 ferente de zero.
s(m) 4 7 8 7 b) no Sistema Internacional de Unidades, me-
dimos a velocidade em km/h e a aceleração
em m/s2.
c) 0 1 2 3 c) na equação horária x = 8 + 2 t (S.I.) o espaço
s(m) –4 –2 –4 –10 inicial vale 2 m.
d) quando a velocidade é negativa, o móvel
está andando de marcha ré.
d) 0 1 2 3
e) no MRUV, a velocidade varia devido a acele-
s(m) 0 –3 –4 –3 ração ser variável.
154
5. Um automóvel trafega em uma estrada retilí- Determine:
nea. No instante t = 0 s, os freios são aciona- a) A aceleração escalar do GUEPARDO.
dos, causando uma aceleração constante até b) A velocidade do GUEPARDO, ao passar pelo
anular a velocidade, como mostra a figura. ponto B da trajetória.
A tabela mostra a velocidade em determina-
dos instantes. 3. Considere o movimento de um caminhan-
te em linha reta. Este caminhante percor-
re os 20,0 s iniciais à velocidade constante
v1 = 2,0 m/s. Em seguida, ele percorre os
v0 = 15 m/s v=0 próximos 8,0 s com aceleração constante
a = 1 m/s2 (a velocidade inicial é 2,0 m/s).
V(m/s) t(s) Calcule:
a) a distância percorrida nos 20,0 s iniciais.
15 0
b) a distância percorrida nos 28,0 s totais.
11 2 c) a velocidade final do caminhante.
9 3
4. (UEL) Nos Jogos Olímpicos Rio 2016, o cor-
Com base nestas informações, são feitas al-
redor dos 100 metros rasos Usain Bolt ven-
gumas afirmativas a respeito do movimento:
ceu a prova com o tempo de 9 segundos e
I. O automóvel apresenta uma aceleração no
81centésimos de segundo. Um radar foi usa-
sentido do deslocamento.
do para medir a velocidade de cada atleta e
II. O deslocamento do veículo nos primeiros
os valores foram registrados em curtos in-
2 s é 34 m.
tervalos de tempo, gerando gráficos de ve-
III. A aceleração do veículo é –1,5 m/s2.
locidade em função do tempo. O gráfico do
IV. A velocidade varia de modo inversamente
vencedor é apresentado a seguir.
proporcional ao tempo decorrido.
V. A velocidade do veículo se anula no ins-
tante 7,5 s.
Está correta ou estão corretas:
a) somente I.
b) I e II.
c) somente III.
d) IV e V.
e) II e V.
E.O. Dissertativo
1. (CFT-CE) Observe o movimento da moto a se-
guir, supostamente tomada como partícula.
Considerando o gráfico deversusresponda
aos itens a seguir.
a) Calcule a quantidade de metros que Bolt per-
correu desde o instante 2,5 s até o instan-
te4,5 s, trecho no qual a velocidade pode ser
considerada aproximadamente constante.
Determine o deslocamento da moto de t = 0 b) Calcule o valor aproximado da aceleração de
até o instante em que a moto atingir uma Usain Bolt nos instantes finais da prova, ou
velocidade de 20m/s. seja, a partir de 9 s.
155
108 km/h 8. Um carro trafega por uma avenida, com ve-
locidade constante de 54 km/h. A figura a
seguir ilustra essa situação.
Se a máxima velocidade que a MOTO pode im-
primir é de 144 km/h, qual o menor inter-
valo de tempo gasto pelo policial para alcan-
çar a FERRARI, supondo que a velocidade da
mesma não se altera durante a perseguição? 38 m
156
E.O. Enem 3. (UERJ) Durante um experimento, um pes-
quisador anotou as posições de dois móveis
A e B, elaborando a tabela a seguir.
1. (Enem) O trem de passageiros da Estrada
de Ferro Vitória-Minas (EFVM), que circula posição em metros
diariamente entre a cidade de Cariacica, na tempo(t) em segundos
A B
Grande Vitória, e a capital mineira Belo Ho-
rizonte, está utilizando uma nova tecnologia 0 –5 15
de frenagem eletrônica. Com a tecnologia 1 0 0
anterior, era preciso iniciar a frenagem cerca 2 5 –5
de 400 metros antes da estação. Atualmente, 3 10 0
essa distância caiu para 250 metros, o que
4 15 15
proporciona redução no tempo de viagem.
Considerando uma velocidade de 72 km/h, O movimento de A é uniforme e o de B é
qual o módulo da diferença entre as acelera- uniformemente variado.
ções de frenagem depois e antes da adoção A aceleração do móvel B é, em m/s2, igual a:
dessa tecnologia? a) 2,5.
a) 0,08 m/s2 b) 5,0.
b) 0,30 m/s2 c) 10,0.
c) 1,10 m/s2 d) 12,5.
d) 1,60 m/s2
e) 3,90 m/s2 4. (UERJ) O movimento uniformemente ace-
lerado de um objeto pode ser representado
pela seguinte progressão aritmética:
E.O. UERJ 7 11 15 19 23 27...
157
E.O. UERJ E.O. Objetivas
Exame Discursivo (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. (UERJ) O cérebro humano demora cerca de 1. (Unifesp) A função da velocidade em relação
0,36 segundos para responder a um estímu- ao tempo de um ponto material em trajetó-
lo. Por exemplo, se um motorista decide pa- ria retilínea, no SI, é v = 5,0 - 2,0 t. Por meio
rar o carro, levará no mínimo esse tempo de dela pode-se afirmar que, no instante t = 4,0 s,
resposta para acionar o freio. a velocidade desse ponto material tem módulo.
Determine a distância que um carro a 100 km/h a) 13 m/s e o mesmo sentido da velocidade inicial.
percorre durante o tempo de resposta do mo- b) 3,0 m/s e o mesmo sentido da velocidade
torista e calcule a aceleração média imposta ao inicial.
carro se ele para totalmente em 5 segundos. c) zero, pois o ponto material já parou e não se
movimenta mais.
d) 3,0 m/s e sentido oposto ao da velocidade
2. (UERJ) Galileu Galilei, estudando a queda
inicial.
dos corpos no vácuo a partir do repouso, ob-
e) 13 m/s e sentido oposto ao da velocidade
servou que as distâncias percorridas a cada
inicial.
segundo de queda correspondem a uma se-
quência múltipla dos primeiros números ím-
2. (Unifesp) A velocidade em função do tempo
pares, como mostra o gráfico abaixo.
de um ponto material em movimento reti-
líneo uniformemente variado, expressa em
unidades do SI, é v = 50 - 10t. Pode-se afir-
mar que, no instante t = 5,0 s, esse ponto
material tem
a) velocidade e aceleração nulas.
b) velocidade nula e daí em diante não se mo-
vimenta mais.
c) velocidade nula e aceleração a = - 10 m/s2.
d) velocidade nula e a sua aceleração muda de
sentido.
e) aceleração nula e a sua velocidade muda de
Determine a distância total percorrida após sentido.
4 segundos de queda de um dado corpo. Em
seguida, calcule a velocidade desse corpo em 3. (Fuvest) A velocidade máxima permitida em
t = 4 s. uma autoestrada é de 110 km/h (aproxima-
damente 30 m/s) e um carro, nessa velocida-
3. (UERJ) Dois carros, A e B, em movimento re- de, leva 6s para parar completamente. Dian-
tilíneo acelerado, cruzam um mesmo ponto te de um posto rodoviário, os veículos devem
em t = 0 s. Nesse instante, a velocidade v0 de trafegar no máximo a 36 km/h (10 m/s).
A é igual à metade da de B, e sua aceleração Assim, para que carros em velocidade máxi-
a corresponde ao dobro da de B. ma consigam obedecer o limite permitido, ao
Determine o instante em que os dois carros passar em frente do posto, a placa referente à
se reencontrarão, em função de v0 e a. redução de velocidade deverá ser colocada an-
tes do posto, a uma distância, pelo menos, de
4. (UERJ) Uma das atrações típicas do circo é o a) 40 m
equilibrista sobre monociclo. b) 60 m
c) 80 m
d) 90 m
e) 100 m
158
a) 0,5. 3. (Unicamp) Os avanços tecnológicos nos
b) 1,0. meios de transporte reduziram de forma
c) 2,5. significativa o tempo de viagem ao redor do
d) 4,5. mundo. Em 2008 foram comemorados os 100
e) 6,0. anos da chegada em Santos do navio "Kasato
Maru", que, partindo de Tóquio, trouxe ao
5. (Fuvest) Um carro viaja com velocidade de Brasil os primeiros imigrantes japoneses. A
90 km/h (ou seja, 25 m/s) num trecho re- viagem durou cerca de 50 dias. Atualmente,
tilíneo de uma rodovia quando, subitamen- uma viagem de avião entre São Paulo e Tó-
te, o motorista vê um animal parado na sua quio dura em média 24 horas. A velocidade
pista. Entre o instante em que o motorista escalar média de um avião comercial no tre-
avista o animal e aquele em que começa a cho São Paulo - Tóquio é de 800 km/h.
frear, o carro percorre 15 m. Se o motorista a) O comprimento da trajetória realizada pelo
frear o carro à taxa constante de 5,0 m/s2, "Kasato Maru" é igual a aproximadamente
mantendo-o em sua trajetória retilínea, ele duas vezes o comprimento da trajetória do
só evitará atingir o animal, que permanece avião no trecho São Paulo-Tóquio. Calcule a
imóvel durante todo o tempo, se o tiver per- velocidade escalar média do navio em sua
cebido a uma distância de, no mínimo, viagem ao Brasil.
a) 15 m. b) A conquista espacial possibilitou uma via-
b) 31,25 m. gem do homem à Lua realizada em poucos
c) 52,5 m. dias e proporcionou a máxima velocidade de
d) 77,5 m. deslocamento que um ser humano já experi-
e) 125 m. mentou. Considere um foguete subindo com
uma aceleração resultante constante de mó-
dulo aR = 10 m/s2 e calcule o tempo que o
E.O. Dissertativas foguete leva para percorrer uma distância de
800 km, a partir do repouso.
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
4. (Unicamp) Uma possível solução para a crise
1. (Unicamp) A Agência Espacial Brasileira está do tráfego aéreo no Brasil envolve o emprego
desenvolvendo um veículo lançador de saté- de um sistema de trens de alta velocidade
lites (VLS) com a finalidade de colocar saté- conectando grandes cidades. Há um proje-
lites em órbita ao redor da Terra. A agência to de uma ferrovia de 400 km de extensão
pretende lançar o VLS em 2016, a partir do que interligará as cidades de São Paulo e Rio
Centro de Lançamento de Alcântara, no Ma- de Janeiro por trens que podem atingir até
ranhão. 300 km/h.
a) Considere que, durante um lançamento, o a) Para ser competitiva com o transporte aéreo,
VLS percorre uma distância de 1200 km em estima-se que a viagem de trem entre essas
800 s. Qual é a velocidade média do VLS nes- duas cidades deve durar, no máximo, 1 hora
se trecho? e 40 minutos. Qual é a velocidade média de
b) Suponha que no primeiro estágio do lança- um trem que faz o percurso de 400 km nesse
mento o VLS suba a partir do repouso com tempo?
aceleração resultante constante de módulo b) Considere um trem viajando em linha reta
aR. Considerando que o primeiro estágio dura com velocidade constante. A uma distância
80 s, e que o VLS percorre uma distância de de 30 km do final do percurso, o trem inicia
32 km, calcule aR. uma desaceleração uniforme de 0,06 m/s2,
para chegar com velocidade nula a seu des-
2. (Unicamp) Correr uma maratona requer pre- tino. Calcule a velocidade do trem no início
paro físico e determinação. A uma pessoa da desaceleração.
comum se recomenda, para o treino de um
dia, repetir 8 vezes a seguinte sequência: 5. (Unicamp) Em muitas praças de pedágio de
correr a distância de 1 km à velocidade de rodovias existe um sistema que permite a
10,8 km/h e, posteriormente, andar rápido a abertura automática da cancela. Ao se apro-
7,2 km/h durante dois minutos. ximar, um veículo munido de um dispositivo
a) Qual será a distância total percorrida pelo apropriado é capaz de trocar sinais eletro-
atleta ao terminar o treino? magnéticos com outro dispositivo na can-
b) Para atingir a velocidade de 10,8 km/h, par- cela. Ao receber os sinais, a cancela abre-se
tindo do repouso, o atleta percorre 3 m com automaticamente e o veículo é identificado
aceleração constante. Calcule o módulo da para posterior cobrança. Para as perguntas a
aceleração a do corredor neste trecho. seguir, desconsidere o tamanho do veículo.
159
a) Um veículo aproxima-se da praça de pedágio 9. (Unicamp) Um automóvel trafega com velo-
a 40 km/h. A cancela recebe os sinais quando cidade constante de 12 m/s por uma aveni-
o veículo se encontra a 50 m de distância. da e se aproxima de um cruzamento onde
Qual é o tempo disponível para a completa há um semáforo com fiscalização eletrônica.
abertura da cancela? Quando o automóvel se encontra a uma dis-
b) O motorista percebe que a cancela não abriu e tância de 30 m do cruzamento, o sinal muda
aciona os freios exatamente quando o veículo de verde para amarelo. O motorista deve de-
se encontra a 40 m da mesma, imprimindo
cidir entre parar o carro antes de chegar ao
uma desaceleração de módulo constante. Qual
deve ser o valor dessa desaceleração para que cruzamento ou acelerar o carro e passar pelo
o veículo pare exatamente na cancela? cruzamento antes do sinal mudar para verme-
lho. Este sinal permanece amarelo por 2,2 s.
6. (Unesp) Uma composição de metrô desloca- O tempo de reação do motorista (tempo de-
va-se com a velocidade máxima permitida de corrido entre o momento em que o motorista
72 km/h, para que fosse cumprido o horário vê a mudança de sinal e o momento em que
estabelecido para a chegada à estação A. Por realiza alguma ação) é 0,5 s.
questão de conforto e segurança dos passa- a) Determine a mínima aceleração constan-
geiros, a aceleração (e desaceleração) máxi- te que o carro deve ter para parar antes de
ma permitida, em módulo, é 0,8 m/s2. Expe- atingir o cruzamento e não ser multado.
riente, o condutor começou a desaceleração b) Calcule a menor aceleração constante que o
constante no momento exato e conseguiu carro deve ter para passar pelo cruzamento
parar a composição corretamente na estação sem ser multado. Aproxime 1,72 ≈ 3,0.
A, no horário esperado. Depois de esperar o
desembarque e o embarque dos passageiros, 10. (Unicamp) As faixas de aceleração das auto-
partiu em direção à estação B, a próxima pa- estradas devem ser longas o suficiente para
rada, distante 800 m da estação A. Para per- permitir que um carro partindo do repouso
correr esse trecho em tempo mínimo, impôs atinja a velocidade de 100 km/h em uma es-
à composição a aceleração e desaceleração trada horizontal. Um carro popular é capaz
máximas permitidas, mas obedeceu a velo- de acelerar de 0 a 100 km/h em 18 s. Supo-
cidade máxima permitida. Utilizando as in- nha que a aceleração é constante.
formações apresentadas, e considerando que a) Qual o valor da aceleração?
a aceleração e a desaceleração em todos os b) Qual a distância percorrida em 10 s?
casos foram constantes, calcule c) Qual deve ser o comprimento mínimo da fai-
a) a distância que separava o trem da estação
xa de aceleração?
A, no momento em que o condutor começou
a desacelerar a composição.
b) o tempo gasto para ir da estação A até a B.
Gabarito
7. (Unicamp) Um corredor de 100 metros rasos
percorre os 20 primeiros metros da corrida
em 4,0 s com aceleração constante. A velo- E.O. Aprendizagem
cidade atingida ao final dos 4,0 s é então 1. A 2. C 3. E 4. C 5. C
mantida constante até o final da corrida.
a) Qual é a aceleração do corredor nos primei- 6. E 7. E 8. E 9. D 10. A
ros 20 m da corrida?
b) Qual é a velocidade atingida ao final dos pri-
meiros 20 m? E.O. Fixação
c) Qual é o tempo total gasto pelo corredor em 1. D 2. D 3. V – V – F – V – F 4. B 5. E
toda a prova?
6. A 7. E 8. D 9. B 10. B
8. (Unesp) Um veículo está rodando à velocida-
de de 36 km/h numa estrada reta e horizon-
tal, quando o motorista aciona o freio. Su- E.O. Complementar
pondo que a velocidade do veículo se reduz
1. C 2. D 3. A 4. A 5. D
uniformemente à razão de 4 m/s em cada
segundo a partir do momento em que o freio
foi acionado, determine
a) o tempo decorrido entre o instante do acio-
E.O. Dissertativo
namento do freio e o instante em que o veí- 1. 10 x
∆S = _______ 20
= 100 m.
2
culo para. 2.
b) a distância percorrida pelo veículo nesse in- a) 10 m/s2.
tervalo de tempo. b) 30 m/s.
160
3.
a) 40 m.
E.O. Dissertativas
b) 88,0 m. (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
c) 10 m/s. 1.
4. a) vM = 1.500 m/s.
a) Considerando a velocidade sendo cons- b) aR = 10 m/s2.
tante nesse percurso, podemos achar o 2.
deslocamento a partir da área do gráfico. a) d = 9.920 m.
V = 37,5 km/h b) a = 1,5 m/s2.
V = 10,4 m/s 3.
DS = V · Dt ⇒ 10,4 · 2 ⇒ DS = 20,8 m. a) v = 32 km/h.
b) Temos: b) t = 400 s = 6 min 40 s.
17,5 – 32,5m
DV ⇒ a = ____________
a = ___ ⇒ a = -8,2 m/ 4.
Dt 9,5 – 9
s.
2
a) 240 km/h.
5. 140 s. b) 60 m/s.
6. 5.
a) t = 10 s. a) 4,5 s.
b) 50 m. b) 1,54 m/s2.
7. 6.
a) 1) Considerando que a velocidade é posi- a) 250 m.
tiva o movimento é progressivo. b) 65 s.
2) Na medida em que o módulo ou inten- 7.
sidade da velocidade está diminuindo o a) γ = 2,5 m/s2.
movimento é retardado. b) Vf = 10 m/s.
b) x = 168 m. c) T = 12,0 s.
8. 8.
a) 7 m após o semáforo. a) 2,5 s.
b) Sim. b) 12,5 m.
9. Cálculo do tempo total de ida e volta: 9.
T = 4.t a) a = -3 m/s2.
T = 3,2 × 108 s b) a ≈ 2,4 m/s2.
T = 120 meses. 10.
10. a) a ≈ 1,54 m/s2.
a) 6s. b) ∆s ≈ 77 m.
b) 1 m/s2. c) ∆s ≈ 250 m.
E.O. Enem
1. B
E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. A 2. D 3. C 4. B 5. B
E.O. UERJ
Exame Discursivo
1.
a = – 5,6 m/s2; ∆S = 10 m.
∴V = 40 m/s; ∆S = 80 m.
2.
4V0
∴t = ____
3. a
4.
1,5 m/s.
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. D 2. C 3. C 4. A 5. D
161
INFOGRÁFICO:
Abordagem de GRANDEZAS ESCALARES E CALORIMETRIA
nos principais vestibulares.
LD
ADE DE ME
D
UNICAMP - Questões que relacionam diferentes
U
IC
FAC
INA
BO
1963
T U C AT U
assuntos e amplo domínio das equações de calorime-
tria.
ENEM / UFRJ - Questões práticas tanto teóricas quanto com manipulação matemá-
tica.
Aulas 1e2
Grandezas físicas
Competência 5
Habilidade 17
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Grandezas físicas fundamentais e derivadas
As três grandezas mecânicas – comprimento, massa e tempo – são grandezas físicas que independem de
outras grandezas e são denominadas grandezas fundamentais (ou primitivas).
Os símbolos dimensionais L, M e T serão atribuídos, respectivamente, ao comprimento, à massa e ao tempo.
A temperatura é a grandeza térmica fundamental – símbolo u –, e a grandeza elétrica fundamental é a
intensidade de corrente elétrica – símbolo dimensional I. Por conveniência, adotou-se a intensidade de corrente
elétrica como grandeza fundamental da eletricidade, em vez da escolha mais natural, que seria a carga elétrica.
As grandezas físicas, cujas definições dependem da relação entre outras grandezas, são denominadas
grandezas derivadas. Por exemplo, a velocidade e a aceleração dependem dos conceitos de comprimento e de
tempo.
Grandeza fundamental Símbolo fundamental
comprimento L
tempo T
massa M
temperatura u
intensidade de corrente elétrica I
quantidade de matéria N
intensidade luminosa J
Equações dimensionais
Utilizando o produto de potências de bases M, L, T, u, N, J e I, pode-se representar qualquer outra grandeza física.
A potência de cada uma dessas bases diferencia as grandezas físicas relacionadas.
A equação dimensional é a denominação dada ao produto de potências para determinada grandeza física.
As fórmulas dimensionais para grandezas mecânicas (A), térmicas (B) e elétricas (C) são expressas, generi-
camente, da seguinte forma:
[A] = Ma Lb Tc
[B] = Md Le Tf ug
[C] = Mh Li Tl Ik
No estudo da Mecânica, as grandezas estão associadas às grandezas massa (M), comprimentos (L) e inter-
valos e/ou instantes de tempo (T). Logo, as dimensões de temperatura e intensidade de corrente elétrica não estão
relacionadas. De modo análogo, para a grandeza térmica (B), na fórmula dimensional, não aparece a potência de
base (I).
Dado que uma potência de zero é sempre igual a 1, se uma grandeza qualquer for independente da massa,
por exemplo, a potência M0 não precisará ser incluída na fórmula, uma vez que 1 (M0 = 1) é o elemento neutro da
multiplicação.
Para obtermos a fórmula dimensional de uma grandeza, partimos de sua fórmula física e expressamos todos
os fatores que dela participam em função das grandezas fundamentais.
167
A seguir, são apresentados alguns exemplos de fórmulas dimensionais:
(
a) Velocidade v = ___
DS
Dt )
Como [DS] = L e [Dt] =T, temos [v] = _ L ä [v] = LT–1.
T
(
___
Dv
b) Aceleração a =
Dt )
LT1 ä [a] = LT–2.
-1
Como [v] = LT–1 e [Dt] = T, temos [a] = ___
T
c) Força (F = ma)
d) Trabalho (t = Fdcos w)
Como [F] = MLT–2 [d] = L e cos w é adimensional (não tem dimensão física), temos
[t] = MLT–2L = ML2T–2.
(
1 mv2
e) Energia cinética Ec = __
2 )
Como [m] = M, [v] = LT–1 e 2 adimensional, temos [Ec] = M(LT–1)2 ä [Ec] = ML2T–2.
Notas:
§§ Foi obtida a equação dimensional da energia cinética, mas essa fórmula também se aplica a qual-
quer outra grandeza de energia, por exemplo, o calor (Q): [Q] = ML–2T–2.
§§ Energia e trabalho têm a mesma fórmula dimensional, consequentemente são grandezas medidas
nas mesmas unidades.
(
f) Potência Pot = ___
t
Dt )
ML T
2 –2
Como [t] = ML2T–2 e [Dt] = T, temos [Pot] = _____ ä [Pot] = ML2T–3.
T
g) Impulso (I = FDt)
Nota:
§§ Quantidade de movimento e impulso também têm a mesma equação dimensional e são, portanto,
grandezas medidas nas mesmas unidades.
i) Densidade m = __(
m
V )
M ä [m] = ML–3.
Como [m] = M e [V] = L³, temos [m] = __
L³
( )
F
j) Pressão p = __
A
MLT2
–2
Como [F] = MLT–2 e [A] = L², temos [p] = _____ ä [p] = ML–1T–2.
L
168
( Q
k) Calor específico c = ____
mDθ
) ML T
2 –2
Como [Q] = ML2T–2, [m] = M e [Du] = u, temos c = _____ ä [c] = L2T–2u–1.
Mu
( Q
m) Carga elétrica i = ___
ä Q = iDt
Dt )
Como [i] = I e [Dt] = T, temos [Q] = IT.
(
E
n) Potencial elétrico V = __
qP )
ML T
2 –2
Como [Ep] = ML2T–2 e [q] = IT, temos [V] = _____ ä [V] = ML2T–3I–1.
IT
Se, para determinada grandeza, a sua fórmula dimensional for conhecida, pode-se obter diretamente sua
unidade de medida em termos das unidades de outras grandezas fundamentais.
No SI, a unidade de tempo é segundo (s), a de temperatura é kelvin (K) e a de intensidade de corrente é
ampère (A). Como exemplos:
§§ Para a pressão:
[p] = ML1T–2 · Unid · SI (p): kg · m1 · s–2 = pascal (Pa).
§§ Para a capacidade térmica:
[C] = ML2T–2u–1 · Unid · SI (C): kg · m2 · s–2 · K–1.
§§ Para a resistência elétrica:
[R] = ML2T–3I–2 · Unid · SI (R): kg · m2 · s–3 · A–2 = ohm (V)
Teoria na prática
1. Faça a análise dimensional para a grandeza momento angular, cuja fórmula é dada por:
Onde:
§§ r é a distância;
§§ p é o momento linear (ou quantidade de movimento); e
§§ θ é o ângulo entre a distância e o momento linear.
Resolução:
Para determinar a dimensão de L, basta conhecer a dimensão das variáveis envolvidas, uma vez que:
§§ [momento angular] = [r] ⋅ [p] ⋅ [sen θ ]
§§ [momento angular] = (L) ⋅ (MLT-1) ⋅ (1)
§§ [momento angular] = M ⋅ L2 ⋅ T-1
Homogeneidade dimensional
As equações físicas devem ser dimensionalmente homogêneas. Isso significa que ambos os lados da equação
devem satisfazer a mesma fórmula dimensional.
Nas equações I e II abaixo, A, B, C, D, E e F são grandezas físicas e [A], [B], [C], [D], [E] e [F] são, respectiva-
mente, suas fórmulas dimensionais:
Equação I: A = B + C
Equação II: D = E · F
169
A homogeneidade dimensional exige que as fórmulas dimensionais sejam:
Em I: [A] = [B] = [C]
Em II: [D] = [E] · [F]
Como exemplo, seja uma equação física do tipo p = mAh, na qual p representa pressão, m representa den-
sidade e h, respresenta altura. Se a equação é dimensionalmente homogênea, qual é a unidade da grandeza A?
As fórmulas dimensionais da pressão, densidade e altura são:
Tem-se, então:
[A] = LT–2
Pela fórmula dimensional obtida para A, pode-se concluir que essa grandeza é uma aceleração.
quilograma kg massa
segundo s tempo
A medida de ângulos é feita por duas unidades suplementares: o radiano (rad), para ângulos planos, e o
esterradiano (sr), para ângulos sólidos.
A partir das unidades fundamentais, pode-se reduzir ou derivar, direta ou indiretamente, as unidades deri-
vadas. Por se tratar de um número bastante grande, essas variáveis não serão reproduzidas aqui.
170
Oficialmente, a norma estabelecida para a grafia de todas as unidades, fundamentais ou derivadas, quando
escritas por extenso, é que se iniciem por letra minúscula, incluindo o caso de unidades que recebem nomes de
pessoas. Devem ser escritos, portanto, metro, ampère, newton, coulomb, quilômetro, pascal etc. A unidade de tem-
peratura da escala Celsius é a única exceção (escreve-se grau Celsius, símbolo: °C). Quando a frase é iniciada pelo
nome da unidade, inicia-se também com letra maiúscula.
Os símbolos são grafados, usualmente, com letras minúsculas, exceto quando se tratar de nomes de pesso-
as. Apesar de usar-se inicial minúscula, quando escrito por extenso, nesse caso, o símbolo é grafado com maiúscula.
Por exemplo, usa-se A para ampère, N para newton, W para watt, Pa para pascal etc.
Se a unidade for composta, os símbolos devem ser colocados um em seguida ao outro, e podem ou não ser
separados por um ponto, exemplos: quilowatt-hora: kWh ou kW · h; newton-metro: Nm ou N ∙ m etc.
Os símbolos e as unidades por extenso não devem ser misturadas. Desse modo, é incorreto escrever
quilômetro/h ou km/hora. A forma correta da grafia é quilômetro por hora ou km/h.
Quando o símbolo de uma unidade contém divisão, pode-se utilizar qualquer uma das três maneiras exem-
plificadas a seguir:
N · m
2
N · m2/kg2 = N · m2 · kg–2 = _____
kg 2
Acrescenta-se, simplesmente, a letra s para se obter o plural das unidades, mesmo no caso de violar as
regras gramaticais. Consequentemente, escrevem-se metros, ampères, pascals, decibeis. Algumas exceções existem
para as unidades que terminam por s, x e z. Essa unidades não variam no plural (siemens, lux, hertz).
Caso as unidades sejam palavras compostas por multiplicação de elementos independentes, ambos são
flexionados: quilowatts-horas, newtons-metros, ohms-metros etc. A flexão também ocorre quando as palavras
compostas não são ligadas por hífen: metros quadrados, milhas marítimas etc.
Nas unidades compostas por divisão, o denominador não recebe a letra s: quilômetros por hora; newtons
por metro quadrado etc. Em palavras compostas, nas quais os elementos complementares de nomes de unidades
são ligados por hífen ou preposição, também não se acrescenta a letra s: anos-luz, quilogramas-força, elétrons-volt,
unidades de massa atômica etc.
Os símbolos nunca flexionam no plural. Então, 50 metros devem ser escritos 50 m e NÃO 50 ms. Múltiplos e
submúltiplos, que são obtidos pela adição de um prefixo anteposto à unidade, são admitidos em todas as unidades,
derivadas ou fundamentais.
A unidade fundamental de massa, por razões histórias, é o quilograma, obtida pelo acréscimo de prefixo
“quilo” à unidade grama. Por conta disso, as unidades de massa múltiplas e submúltiplas são obtidas pelo acrés-
cimo do prefixo ao grama, e não ao quilograma.
Prefixo Símbolo Base de 10
yotta Y 1024
zetta Z 1021
exa E 1018
peta P 1015
tera T 1012
giga G 109
mega M 106
quilo k 103
hecto h 102
deca da 101
deci d 10-1
centi c 10-2
mili m 10-3
micro µ 10-6
nano n 10-9
pico p 10-12
femto f 10-15
171
Operações com algarismos significativos
O resultado de uma multiplicação ou uma divisão deve ser apresentado com um número de algarismos significa-
tivos igual ao do fator que possui o menor número de algarismos significativos. Por exemplo, ao realizar o
produto 2,31 · 1,4, encontramos 3,234. O primeiro fator tem três algarismos significativos (2,31) e o segundo tem
dois (1,4). Desse modo, o resultado é apresentado com dois algarismos significativos, ou seja, 3,2. O arredonda-
mento é feito como se segue: após abandonar o primeiro algarismo (4), sendo menor do que 5, o valor do último
algarismo significativo (2) será mantido, se o segundo algarismo a ser abandonado for menor do que 5, como neste
exemplo, que o valor é 3; se esse valor for maior ou igual a 5, acrescentamos uma unidade ao último algarismo
significativo. Portanto, no exemplo, o primeiro algarismo abandonado é o 4. Como o próximo algarismo tem valor
3, que é menor do que 5, mantém-se o número 2, que é o último algarismo significativo.
Seja o produto 2,33 ∙ 1,4. O resultado da operação é 3,262. Novamente, o resultado deve apresentar dois
algarismos significativos. Desse modo, o resultado fica 3,3. Abandona-se o primeiro algarismo, 2, e, sendo o segun-
do algarismo, 6, maior do que 5, acrescentamos uma unidade ao número 2, que é o último algarismo significativo.
O resultado da adição e da subtração deve conter um número de casas decimais igual ao da parcela com
menos casas decimais. Por exemplo, a adição 3,32 + 3,1. O resultado é 6,42. A primeira parcela tem duas casas
decimais (3,32) e a segunda somente uma (3,1), e, portanto, apresentamos o resultado com apenas uma casa
decimal. Desse modo, o resultado é 6,4. Já na operação 3,37 + 3,1 = 6,47, o resultado deve apresentar uma casa
decimal. Levando em conta a regra do arredondamento, obtemos como resultado o valor 6,5.
Teoria na prática
1. Calcule a soma a seguir e dê a resposta levando em conta o número de casas decimais.
A = 1,23 + 23,2
Resolução:
Como se pede
A = 1,23 + 23,2 = 24,43
Porém, como a primeira parcela possui duas casas decimais e a segunda parcela possui apenas uma casa
decimal, devemos dar a solução com o menor número de casas decimais logo, a solução deve apresentar
uma casa decimal.
A = 24,4
2. Um estudante está calculando a área superficial de uma folha de papel. Ele mede o comprimento como
sendo b = 27,9 cm e a largura como sendo h = 21,6 cm. O estudante deve expressar a área do papel como:
a) 602,64 cm².
b) 602 cm².
c) 602,6 cm².
d) 603 cm².
Resolução:
172
Como o enunciado pede a solução com o número correto de algarismos significativos, temos então que
em 27,9 cm e 21,6 tem 3 algarismos significativos. Como se trata de uma multiplicação, devemos dar a
resposta com o menor número de algarismos significativos que algum dos fatores possuir. Ou seja, daremos
a resposta com 3 algarismos significativos:
A = 603 cm2
Alternativa D
3. Uma estudante está calculando a espessura de uma folha de papel. Ela mede a espessura de uma pilha de
80 folhas de papel com um paquímetro e descobre que a espessura é l = 1,27 cm. Ao calcular a espessura
de uma folha, ela irá encontrar? Dê a resposta com o número correto de algarismos significativos.
Resolução:
Uma vez que as 80 folhas possuem juntas uma espessura de 1,27 cm, temos que, para encontrar a espes-
sura de cada uma, basta dividir a espessura total pela quantidade de folhas.
1,27
x = ____
cm = 0,015875 cm
80
Como o enunciado pede a solução com o número correto de algarismos significativos, temos que em 1,27
há 3 algarismos significativos; já em 80, temos 2 algarismos significativos. Logo, a resposta final deve pos-
suir apenas 2 algarismos significativos, respeitando as regras de aproximação.
x = 0,016 cm
Notação científica
A notação científica é utilizada para apresentar um número na forma N · 10n, na qual n é um expoente inteiro e
N é tal que 1 ≤ N < 10. Em notação científica, o número N deve ser formado por todos os algarismos significativos
de uma grandeza.
Sejam os algarismos significativos das medidas a seguir expressas corretamente: 360 s e 0,0035 m. Levando
em conta o número de algarismos significativos, a notação científica para essas medidas será, respectivamente:
3,60 · 102 s e 3,5 · 10–3 m.
Ordem de grandeza
A ordem de grandeza de uma medida é a potência de 10 mais próxima da potência dada para o valor encon-
trado para a grandeza. Mas como estabelecer essa potência de 10 mais próxima?
___
Determina-se essa potência do seguinte modo: se o número N é maior ou igual a √10 , utiliza-se a potência
___
de 10 de expoente um grau maior, isto é, 10n + 1; se N for menor que √
10 , usa-se a mesma potência da notação
científica, isto é, 10n.
Resumidamente:
___
10 ä ordem de grandeza: 10n + 1
N≥√
___
10 ä ordem de grandeza: 10n
N<√
Exemplo: o raio da Terra é igual a 6,37 · 106 m e a distância da Terra ao Sol é igual a 1,49 · 1011 m. Qual a
ordem de grandeza desses valores?
___
No primeiro caso, N = 6,37 > √10 , e, portanto, a ordem de grandeza do raio da Terra é dada por:
___
106 + 1 m =107 m. No segundo caso, N = 1,49 < √10 , e, consequentemente, a distância da Terra ao Sol tem ordem
de grandeza de 1011 m.
173
Teoria na prática
1. (Cesgranrio) Um recipiente cúbico tem 3,000 m de aresta, n é o número máximo de cubos, de 3,01 mm de
aresta, que cabem no recipiente. A ordem de grandeza de n é:
a) 109.
b) 102.
c) 104.
d) 101.
e) 1010.
Resolução:
Para encontrar o valor de n, basta dividir o volume do recipiente pelo volume de cada cubo menor. Dessa forma, temos:
( )
3000 mm
n = _______
3
= 990 ⋅ 106 cubos = 9,90 ⋅ 108 cubos
3,01 mm
___
Como 9,90 é maior que √10 ≈ 3,16 , devemos somar +1 no expoente da base dez para determinar a ordem
de grandeza. A ordem de grandeza de n é 108+1 = 109
Alternativa A
2. (UFU) A ordem de grandeza, em segundos, em um período correspondente a um mês, é:
a) 10.
b) 103.
c) 106.
d) 109.
e) 1012.
Resolução:
Para determinar a quantidade x de segundo que há em 1 mês, temos:
segundos
hora · 60 ____
x = 30 dias ⋅ 24 ____ min · 60 ___
= 2 592 000 segundos = 2,592 · 106 segundos
dia hora min
___
Como 2,592 é menor que √10 ≈ 3,16, devemos manter a potência de 10, ela será a ordem de grandeza.
Sendo assim, a ordem de grandeza é de 106.
Alternativa C
3. (Unirio)
"Um dia eu vi uma moça nuinha no banho
Fiquei parado o coração batendo
Ela se riu
Foi o meu primeiro alumbramento.”
(Manuel Bandeira)
174
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
Fonte: Youtube
Fonte: Youtube
ACESSAR
Sites
176
ACESSAR
pt.khanacademy.org/math/algebra/units-in-modeling/intro-to-dimensional-analysis/e/
working-with-units
macbeth.if.usp.br/~gusev/unidades.pdf
educacao.globo.com/matematica/assunto/matematica-basica/sistemas-de-unidades-de-
medidas.html
LER
tt
Livros
Introdução à Física – Aspectos históricos,
unidades de medidas e vetores
177
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
No dia a dia, referimo-nos de maneira equivocada a algumas unidades. Por exemplo, é muito comum uma pessoa ir
à padaria e pedir “meio quilo de queijo” e receber meio quilograma de queijo, mas quando pedimos meio quilo de
queijo, estamos pedindo 500 pedaços de queijo, e não a massa de 500 gramas. Outra situação que poderia acon-
tecer na mesma padaria seria a pessoa pedir “duzentas gramas de queijo” e acabar recebendo duzentos gramas
de queijo; a grama é uma planta e a unidade de massa pertence ao gênero masculino.
De maneira geral, sempre estamos nos referindo a diversas unidades, nem sempre tomando todos os cuidados
necessários. Saber converter diferentes unidades é uma tarefa importante, ainda mais quando visitamos outro país.
INTERDISCIPLINARIDADE
Como vimos, existem diversas unidades de medidas para a mesma grandeza física, sendo de suma importância co-
nhecer as regras de conversão entre as diferentes unidades. Para tal, basta conhecer a razão de proporcionalidade
entre as grandezas e realizar uma regra de três simples.
No caso das unidades de medidas, as grandezas serão diretamente proporcionais, isto é, aumentando uma
das duas, a segunda também aumentará.
O procedimento para a resolução de uma regra de três simples diretamente proporcional é simples.
Primeiramente, montamos uma tabela de duas colunas, em que na primeira coluna colocamos valores numa
unidade e o valor corresponde em outra unidade na segunda coluna. Após isso, basta igualar a razão obtida com
os valores na primeira coluna com a razão dos elementos da segunda coluna.
Exemplo:
___ 36000
1h = _______
x
s
5h
X = 1800 s
178
E.O. Aprendizagem Dado: a intensidade é calculada pela razão
entre potência e área.
a) –1, 2, 2.
1. Uma grandeza física que não possui unida- b) 2, –1, 2.
de é chamada de adimensional. Um exemplo c) 2, 2, –1.
desse tipo de grandeza física é: d) 2, 2, 1.
a) índice de refração. e) 2, 2, 2.
b) tempo.
c) peso. 5. (IFSP) Mário sabe que sua caixa d’água está
d) massa. com problemas. Para a realização do reparo,
e) temperatura. foi dito a ele que a caixa d’água deveria es-
tar, no máximo, com 625 mil centímetros cú-
2. A força da gravitação entre dois corpos é bicos de água, o que representa um volume
dada pela expressão F = G (m1m2)/r2. A di- máximo de:
mensão da constante de gravitação G é en- a) 62,5 litros.
tão: b) 6,25 litros.
a) [L]3 [M]–1 [T]–2. c) 0,625 litros.
b) [L]3 [M] [T]–2. d) 625 litros.
c) [L] [M]–1 [T]2. e) 6.250 litros.
d) [L]2 [M]–1 [T]–1.
e) nenhuma. 6. Um objeto de 3,10 kg é liberado por um as-
tronauta, a partir do repouso, e cai em dire-
3. (Unifesp) Uma das especificações mais im- ção à superfície do planeta Marte.
portantes de uma bateria de automóvel é Calcule a força peso em newtons atuando so-
o ‘ampère-hora’ (Ah), uma unidade prática bre o objeto, expressando o resultado com
que permite ao consumidor fazer uma ava- o número de algarismos significativos apro-
liação prévia da durabilidade da bateria. priado.
Considere a aceleração da gravidade:
Em condições ideais, uma bateria de 50 Ah
gMarte = 3,69 m/s2
funciona durante 1 h quando percorrida por
a) 31,0.
uma corrente elétrica de intensidade 50 A,
b) 11,439.
ou durante 25 h, se a intensidade da corren-
c) 11,44.
te for 2 A. Na prática, o ampère-hora nomi-
d) 11,4.
nal de uma bateria só é válido para correntes
e) 6,79.
de baixa intensidade – para correntes de alta
intensidade, o valor efetivo do ampère-hora
7. Uma certa grandeza física A é definida como
chega a ser um quarto do valor nominal.
o produto da variação de energia de uma
Tendo em vista essas considerações, pode-se
partícula pelo intervalo de tempo em que
afirmar que o ampère-hora mede a:
essa variação ocorre. Outra grandeza, B, é
a) potência útil fornecida pela bateria.
o produto da quantidade de movimento da
b) potência total consumida pela bateria.
partícula pela distância percorrida. A combi-
c) força eletromotriz da bateria.
nação que resulta em uma grandeza adimen-
d) energia potencial elétrica fornecida pela ba- sional é:
teria. a) AB.
e) quantidade de carga elétrica fornecida pela b) A/B.
bateria. c) A/B2.
d) A2/B.
4. Durante a apresentação do projeto de um e) A2B.
sistema acústico, um jovem aluno do ITA
esqueceu-se da expressão da intensidade de 8. O censo populacional realizado em 1970
uma onda sonora. Porém, usando da intui- constatou que a população do Brasil era de
ção, concluiu ele que a intensidade média 90 milhões de habitantes. Hoje, o censo es-
(I) é uma função da amplitude do movimen- tima uma população de 150 milhões de ha-
to do ar (A), da frequência (f), da densidade bitantes. A ordem de grandeza que melhor
do ar (r) e da velocidade do som (v), che- expressa o aumento populacional é:
gando à expressão I = Ax fy ra v. Considerando a) 106.
as grandezas fundamentais massa, compri- b) 107.
mento e tempo, assinale a opção correta que c) 108.
representa os respectivos valores dos expo- d) 109.
entes x, y e a: e) 1010.
180
9. (UECE) Considere um sistema em que as uni- 4. (Acafe) No Sistema Internacional de Unida-
dades fundamentais sejam força, cujo sím- des (SI), as grandezas fundamentais da Me-
bolo para sua unidade de medida seja G, e cânica e suas respectivas unidades são: mas-
velocidade, com unidade simbolizada por H. sa em quilograma, comprimento em metro e
Em termos dessas unidades, potência seria tempo em segundo.
dada em unidades de: A alternativa correta que indica a unidade
a) H/G. da grandeza potência em função dessas uni-
b) H x G. dades é:
c) G/H. a) quilograma vezes metro dividido por segundo.
d) G2/H. b) quilograma vezes metro dividido por segun-
do ao quadrado.
10. (Fuvest) A massa do Sol é cerca de 1,99·1030 kg. c) quilograma vezes metro ao quadrado dividi-
A massa do átomo de hidrogênio, constituin- do por segundo ao cubo.
te principal do Sol é 1,67·10–27 kg. Quantos d) quilograma vezes metro ao quadrado dividi-
átomos de hidrogênio há aproximadamente do por segundo ao quadrado.
no Sol?
a) 1,5 · 10–57 átomos 5. (Fuvest) Numa aula prática de Física, três
b) 1,2 · 1057 átomos estudantes realizam medidas de pressão. Ao
c) 1,5 · 1057 átomos invés de expressar seus resultados em pas-
d) 1,2 · 10–57 átomos cal, a unidade de pressão no Sistema Inter-
e) 1,2 · 103 átomos nacional (SI), eles apresentam seus resulta-
dos nas seguintes unidades do SI:
E.O. Fixação I. Nm–2
II. Jm–3
1. Os valores de x, y e n, para que a equação III. Wsm–3
(força)x (massa)y = (volume) (energia)n seja Podem ser considerados corretos, do ponto
dimensionalmente correta, são, respectiva- de vista dimensional, os seguintes resulta-
mente: dos:
a) (–3, 0, 3).
b) (–3, 0, –3). a) Nenhum.
c) (3, –1, –3). b) Somente I.
d) (1, 2, –1). c) Somente I e II.
e) (1, 0, 1). d) Somente I e III.
e) Todos.
2. (Unesp) Considere o volume de uma gota
como 5,0 ∙ 10–2 ml. A ordem de grandeza do
6. A nanotecnologia é um dos ramos mais pro-
número de gotas em um litro de água é:
a) 103. missores para o progresso tecnológico hu-
b) 105. mano. Essa área se baseia na manipulação
c) 102. de estruturas em escala de comprimento, se-
d) 104. gundo o que é indicado no próprio nome, na
e) 106. ordem de grandeza de:
a) 0,001 m.
3. (UFPR) Sobre grandezas físicas, unidades b) 0,000.1 m.
de medida e suas conversões, considere as c) 0,000.001 m.
igualdades abaixo representadas:
1. 6 m2 = 60.000 cm2. d) 0,000.000.001 m.
2. 216 km/h = 60 m/s. e) 0,000.000.000.000.001 m.
3. 3000 m3 = 30 litros.
4. 7200 s = 2 h. 7. A força de resistência do ar é um fator re-
5. 2,5 × 105 g = 250 kg. levante no estudo das quedas dos corpos
Assinale a alternativa correta. sob ação exclusiva da gravidade. Para velo-
a) Somente as igualdades representadas em 1,
cidades relativamente baixas, da ordem de
2 e 4 são verdadeiras.
b) Somente as igualdades representadas em 1, metros por segundo, ela depende direta-
2, 4 e 5 são verdadeiras. mente da velocidade (v) de queda do corpo
c) Somente as igualdades representadas em 1, e da área efetiva (A) de contato entre o cor-
2, 3 e 5 são verdadeiras. po e o ar. Sua expressão, então, é dada por
d) Somente as igualdades representadas em 4 e Far = K · A ∙ v, na qual K é uma constante que
5 são verdadeiras. depende apenas da forma do corpo. Em fun-
e) Somente as igualdades representadas em 3 e ção das grandezas primitivas da mecânica
4 são verdadeiras. (massa, comprimento e tempo), a unidade
181
de K, no SI, é: temperatura entre o corpo e o ambiente. A
a) kg · m–1 · s–1. dimensão desta grandeza em termos de mas-
b) kg · m–2 · s–1. sa (M), comprimento (L) e tempo (T) é dada
c) kg · m · s–1. por:
d) kg · m · s–2. a) M2 L–1 T–3.
e) kg · m2 · s–2. b) M L–1 T–2.
c) M L–1 T–3.
d) M L–2 T–3.
8. A grandeza física ENERGIA pode ser repre- e) M2 L–2 T–2.
sentada de várias formas e com a utilização
de outras diferentes grandezas físicas. A 2. (UECE) A potência elétrica dissipada em um
composição destas outras grandezas físicas resistor ôhmico pode ser dada pelo produto
define o que alguns chamam de formulação da tensão aplicada pela corrente percorrida
matemática. no elemento resistivo. Em termos de unida-
Dentre elas, destacamos três: des fundamentais do SI, a potência é dada
K · x2
________
E = m · g · h E =
E = m · v
______2
em unidades de
2 2 a) kg · m1 · s–2.
Considerando o Sistema Internacional de
Unidades, podemos representar energia b) kg · m–2 · s3.
c) kg · m2 · s–3.
como:
d) kg · m2 · s3.
a) kg · m · s–1.
b) kg · m2 · s1.
c) kg · m–2 · s–2. 3. Em certos problemas relacionados ao esco-
d) kg · m · s .
2 2 amento de fluidos no interior de dutos, en-
e) kg · m · s .
2 –2 contram-se expressões do tipo:
k · a2
· l3
g = _________
v
9. Uma esfera de cobre com raio da ordem de A grandeza g possui a mesma dimensão da
micrômetros possui uma carga da ordem de razão entre potência e temperatura. O ter-
dez mil cargas elementares, distribuídas mo k é a condutividade térmica, conforme
uniformemente sobre sua superfície. Consi- descrito pela lei de Fourier. As dimensões
dere que a densidade superficial é mantida dos parâmetros a e l são, respectivamente,
constante. Assinale a alternativa que contém as mesmas de aceleração e comprimento. A
a ordem de grandeza do número de cargas dimensão de v para que a equação acima seja
elementares em uma esfera de cobre com dimensionalmente correta é igual (ao):
raio da ordem de milímetros. a) raiz quadrada da aceleração.
a) 1019 b) quadrado da velocidade.
b) 1016 c) produto do comprimento pela raiz quadrada
c) 1013 da velocidade.
d) 1010 d) produto da velocidade pela raiz quadrada do
e) 101 comprimento.
e) produto do comprimento pelo quadrado da
10. As unidades habituais de energia, como o velocidade.
joule e o quilowatt-hora, são muito elevadas
4. No Sistema Internacional (SI), existem sete
para o uso em física atômica ou de partícu-
unidades consideradas como unidades de
las. Para trabalhar com quantidades micros-
base ou fundamentais. As unidades para as
cópicas de energia, é usado o:
demais grandezas físicas podem ser obtidas
a) volt.
pela combinação adequada dessas unidades
b) watt.
de base. Algumas das unidades obtidas dessa
c) ampère.
maneira recebem nomes geralmente home-
d) ohm.
nageando algum cientista. Na coluna II estão
e) elétron-volt.
as unidades para algumas grandezas físicas,
escritas utilizando-se unidades de base. Na
182
COLUNA II número de feijões no recipiente, sabendo-
( ) kg · m2/(s3A2) -se que a relação entre os comprimentos das
( ) kg/(s2 A) a = __
arestas é __ b = __
c .
( ) kg/(m s2) 4 3 1
( ) As
( ) kg m2/s2
Assinale a alternativa que apresenta a nu-
meração correta da coluna da direita, de
cima para baixo.
a) 2 – 5 – 1 – 4 – 3
b) 3 – 4 – 1 – 5 – 2
c) 5 – 2 – 4 – 1 – 3
d) 2 – 1 – 5 – 3 – 4
e) 4 – 3 – 1 – 5 – 2
183
onde c é uma constante adimensional e a, b 9. (UFRN) Segundo a teoria cosmológica da
e g são expoentes a serem determinados. Uti- grande explosão, nas fases iniciais de forma-
lize seus conhecimentos de análise dimensio- ção do universo, as condições físicas foram
nal para calcular os valores de a, b e g. tais que seu tratamento teórico precisa ser
de gravitação quântica. Mas tal tratamento
6. Um vertedouro de uma represa tem uma só é necessário durante um certo intervalo de
forma triangular, conforme mostra a figura tempo, t(p), chamado tempo de Planck, ou
a seguir. Um técnico quer determinar em- era de Planck. De fato, conforme o universo
piricamente o volume de água por unidade se expande, os domínios das forças funda-
de tempo que sai pelo vertedouro, isto é, a mentais vão se desacoplando um do outro, e
vazão. Como a represa é muito grande, a va- chega um momento, quando o tempo de exis-
zão não depende do tempo. Os parâmetros tência do universo for da ordem de t(p) ou
relevantes são: h, a altura do nível de água maior que t(p), em que efeitos quânticos e
gravitacionais podem ser tratados separada-
medida a partir do vértice do triângulo, e
mente.
g, a aceleração da gravidade local. A partir
É possível estimar-se a ordem de grandeza
dessas informações, o técnico escreve a se-
de t(p) a partir de considerações básicas en-
guinte fórmula para a vazão Q: volvendo constantes fundamentais e análise
Q = Chx gy dimensional. A grandeza t(p) é uma escala
de tempo típica de uma situação física em
na qual C é uma grandeza adimensional. que não se pode desprezar a gravidade nem
fenômenos quânticos. Portanto, a expressão
que define t(p) deve envolver explicitamen-
te a constante gravitacional, G, e a constante
de Planck, h. Além dessas duas constantes,
espera-se ainda que a velocidade da luz, c,
seja importante para estimar tal escala de
tempo, pois essa velocidade é a constante
associada aos fenômenos relativísticos pre-
sentes na descrição da evolução do universo.
Existe uma única maneira de combinar al-
gebricamente essas três constantes de modo
Calcule os valores dos expoentes x e y para que a grandeza resultante tenha dimensão
que Q tenha dimensão de vazão. de tempo.
Informações e sugestões de procedimentos
7. Leia atentamente o quadrinho a seguir. para a solução desta questão:
§§ Para obter a expressão literal para t(p) e
VEREDA TROPICAL Nani
depois calcular seu valor, comece fazen-
Desemprego:
Quem tem
Escuta. Você é do uma análise dimensional envolvendo
economista e
diploma tá trabalhando apenas as três constantes. Em outras pa-
universitário como lixeiro.
tá topando
Recolhi hoje
Não precisa
lavras, combine as dimensões físicas das
35.475 folhas de
qualquer árvore, 72 quilos fazer relatório. três constantes, de modo que o resultado
trabalho de papel, seja uma expressão literal que representa
85 mil
pontas de uma grandeza com dimensão de tempo,
cigarros...
isto é, t(p).
§§ Depois de obter essa expressão, substitua
O Dia, 23 - 06 - 99 os valores das constantes fundamentais
Com base no relatório do gari, calcule a or- que nela aparecem para obter uma esti-
dem de grandeza do somatório do número de mativa da ordem de grandeza de t(p) .
Pode ser que, para obter tal expressão,
folhas de árvores e de pontas de cigarros que
você precise manipular com potências in-
ele recolheu.
teiras e/ou fracionárias das constantes.
§§ Note que a dimensão de G é dada por L3M-
8. No filme “Armageddon”, é mostrado um aste- T , a dimensão de h é dada por L2MT-1 e
-1 -2
roide em rota de colisão com a Terra. O diâ- a dimensão de c é dada por LT-1, em que L
metro desse asteroide mede cerca de 1000 km, representa a dimensão de comprimento,
mas, de acordo com vários astrônomos, os M a de massa e T a de tempo.
maiores asteroides com alguma probabilidade §§ São dados os valores das constantes no SI:
de colidir com a Terra têm um diâmetro de 10 G ~ 7×10-11 N . m2/kg2; h ~ 7×10-34 J.s; e
km. São os chamados “exterminadores”. Faça c ≈ 3×108 m/s.
uma estimativa da razão entre as massas des- Estime a ordem de grandeza do tempo de
Planck.
ses dois tipos de asteroides.
184
10. Suponha que em um sólido os átomos estão joules, que se espera atingir em breve, com o
distribuídos nos vértices de uma estrutura acelerador de Brookhaven, é:
cúbica, conforme a figura a seguir. A massa a) 10-8.
de cada átomo é 1,055 · 10–22 g e a densida- b) 10-7.
de do sólido é 8,96 g/cm3. Qual o módulo do c) 10-6.
expoente da ordem de grandeza da menor d) 10-5.
separação entre os átomos?
2. (UERJ) Uma das fórmulas mais famosas des-
te século é:
E = mc2
Se E tem dimensão de energia e m, de massa,
c representa a seguinte grandeza:
a) força
b) torque
c) aceleração
d) velocidade
185
Assim, o fluxo sanguíneo Φ pode ser calcu- 6. (Fuvest) Um motorista para em um posto
lado pela seguinte fórmula, chamada de lei e pede ao frentista para regular a pressão
de Ohm: dos pneus de seu carro em 25 "libras" (abre-
(P – P2) viação da unidade "libra força por polega-
Φ =_________
1 da quadrada" ou "psi"). Essa unidade cor-
R
responde à pressão exercida por uma força
Considerando a expressão dada, a unidade igual ao peso da massa de 1 libra, distribuí-
de medida da resistência vascular (R), no da sobre uma área de 1 polegada quadrada.
Sistema Internacional de Unidades, está cor- Uma libra corresponde a 0,5 kg e 1 polega-
retamente indicada na alternativa: da a 25 · 10-3 m, aproximadamente. Como 1
kg.s
a) ____
5 atm corresponde a cerca de 1 · 105 Pa no SI
m (e 1Pa = 1 N/m2), aqueIas 25 "libras" pedidas
kg.m4
b) _____
s
pelo motorista equivalem aproximadamente
kg.s2
a:
c) _____ m
a) 2 atm
kg
d) ____ 4 b) 1 atm
m .s
kg2.m5 c) 0,5 atm
______
e) 2
s d) 0,2 atm
e) 0,01 atm
3. (Unesp) Desde 1960, o Sistema Internacio-
nal de Unidades (SI) adota uma única uni- 7. (Fuvest) Um estudante está prestando vesti-
dade para quantidade de calor, trabalho e bular e não se lembra da fórmula correta que
energia, e recomenda o abandono da antiga relaciona a velocidade v de propagação do
unidade ainda em uso. Assinale a alternati- som, com a pressão P e a massa específica μ
va em que I indica a unidade adotada pelo SI (kg/m3), num gás. No entanto, ele se recorda
e II, a unidade a ser abandonada. que a fórmula é do tipo va = C . Pb/μ, onde
C é uma constante adimensional. Analisan-
a) I – joule (J); II – caloria (cal)
do as dimensões (unidades) das diferentes
b) I – caloria (cal); II – joule (J) grandezas físicas, ele conclui que os valores
c) I – watt (W); II – quilocaloria (kcal) corretos dos expoentes a e b são:
d) I – quilocaloria (kcal); II – watt (W) a) a = 1, b = 2
e) I – pascal (Pa); II – quilocaloria (kcal) b) a = 1, b = 1
c) a = 2, b = 1
4. (Unesp) Segundo a lei da gravitação de d) a = 2, b = 2
Newton, o módulo F da força gravitacional e) a = 3, b = 2
exercida por uma partícula de massa m1
sobre outra de massa m2, à distância d da 8. (Fuvest) No Sistema Internacional de Unida-
des (SI), as sete unidades de base são o me-
primeira, é dada por F = G(m1m2)/d2, onde
tro (m), o quilograma (kg), o segundo (s),
G é a constante da gravitação universal. Em o kelvin (K), o ampere (A), a candela (cd)
termos exclusivos das unidades de base do e o mol (mol). A lei de Coulomb da eletros-
Sistema Internacional de Unidades (SI), G é tática pode ser representada pela expressão
expressa em F = (1/4πε)(Q1 Q2/r2), onde ε0 é uma cons-
a) kg-1. m3. s-2. tante fundamental da física e sua unidade,
b) kg2 . m-2 . s2. em função das unidades de base do SI, é
c) kg2 . m-2 . s-1. a) m-2 s2 A2
d) kg3 . m3 . s-2. b) m-3 kg-1 A2
c) m-3 kg-1 s4 A2
e) kg-1 . m2 . s-1.
d) m kg s-2
e) adimensional
5. (Unesp) A unidade da força resultante F,
experimentada por uma partícula de massa 9. (Unesp) No SI (Sistema Internacional de
m quando tem uma aceleração a, é dada em Unidades), a medida da grandeza física tra-
newtons. A forma explícita dessa unidade, balho pode ser expressa em joules ou pelo
em unidades de base do SI, é produto
a) kg.m/s a) kg.m.s-1.
b) m/(s.kg) b) kg.m.s-2.
c) kg.s/m c) kg.m-2.s-2.
d) m/(s2.kg) d) kg.m2.s-2.
e) kg.m/s2 e) kg.m-2.s2.
186
10. (Unesp) O intervalo de tempo de 2,4 minu- devido ao calor gerado pelo atrito com a at-
tos equivale, no Sistema Internacional de mosfera marciana.
unidades (SI), a: a) Calcule, para essa órbita fatídica, o raio em
a) 24 segundos. metros. Considere 1 pé = 0,30 m.
b) 124 segundos. b) Considerando que a velocidade linear da
c) 144 segundos.
sonda é inversamente proporcional ao raio
d) 160 segundos.
da órbita, determine a razão entre as veloci-
e) 240 segundos.
dades lineares na órbita fatídica e na órbita
segura.
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) Gabarito
1. (Unesp) Num determinado processo físico,
a quantidade de calor Q transferida por con-
E.O. Aprendizagem
vecção é dada por 1. A 2. A 3. E 4. D 5. D
Q = h . A . ∆T . ∆t 6. D 7. B 8. C 9. B 10. B
onde h é uma constante, Q é expresso em
joules (J), A em metros quadrados (m2), ∆T
em kelvins (K) e ∆t em segundos (s), que E.O. Fixação
são unidades do Sistema Internacional (SI). 1. B 2. D 3. B 4. C 5. E
a) Expresse a unidade da grandeza h em termos
de unidades do SI que aparecem no enunciado. 6. D 7. B 8. E 9. D 10. E
b) Expresse a unidade de h usando apenas as
unidades kg, s e K, que pertencem ao con-
junto das unidades de base do SI. E.O. Complementar
1. C 2. C 3. D 4. A 5. B
2. (Unesp) Considere os três comprimentos se-
guintes:
d1 = 0,521 km, E.O. Dissertativo
d2 = 5,21 . 10-2 m e 1.
d3 = 5,21 . 106 mm. a) LA ≅ 5,8 x 10-11 m.
b) tA ≅ 2,8 x 10-17 s.
a) Escreva esses comprimentos em ordem cres-
cente.
b) Determine a razão d3/d1. 2.
A potência é igual a 4.
3.
a = 3; b = –6 e n = –3.
3. (Unicamp) "Erro da NASA pode ter destruído
sonda" 4.
42,00 m/s.
1 ;
(Folha de S. Paulo, 1/10/1999)
a = __
5.
2
Para muita gente, as unidades em problemas b = – __ 1 e
de Física representam um mero detalhe sem 2
importância. No entanto, o descuido ou a g = –1.
confusão com unidades pode ter consequên- x = __
6. 5
cias catastróficas, como aconteceu recente- 2
mente com a NASA. A agência espacial ame- y = 1
__
2
ricana admitiu que a provável causa da perda
7.
105
de uma sonda enviada a Marte estaria rela- mimaginário
cionada com um problema de conversão de ________
8. mreal
= 106
unidades. Foi fornecido ao sistema de nave-
gação da sonda o raio de sua órbita em ME- 9.
t(p) ≈ 1,42 . 10-43 s.
TROS, quando, na verdade, este valor deveria 10. 7.
estar em PÉS. O raio de uma órbita circular
segura para a sonda seria r = 2,1 · 105 m,
mas o sistema de navegação interpretou esse E.O. Enem
dado como sendo em pés. Como o raio da
órbita ficou menor, a sonda desintegrou-se 1. C
187
E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. D 2. D
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. B 2. D 3. A 4. A 5. E
6. A 7. C 8. C 9. D 10. C
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
a) [h] = J/m2.K.s (S.I.)
b) [h] = kg/K.s3 (S.I.)
2.
a) d
2 < d1 < d3
d
5210
b) __3 = _____ = 10
d1 521
3.
a) 2,1 ∙ 105 pés = 2,1 ∙ 105 ∙ 0,3 m = 6,3 ∙
104 m
10
b) ___
3
188
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Aulas
Habilidade 21
Competência 6
Calor sensível
3e4
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Introdução
O estudo da Termologia envolve muitos conceitos novos. A noção de equilíbrio, por exemplo, serve para as mais
diversas áreas do conhecimento humano, no entanto, nesta grande área que envolve as transferências de calor,
suas causas e consequências, definir adequadamente conceitos tornará a compreensão física dos fenômenos algo
mais sólido e duradouro. O próprio conceito de temperatura, que está associado às energias cinéticas médias das
moléculas que compõem o corpo, dá-nos a correta noção de que o calor é transferido do corpo de maior tempera-
tura para o corpo de menor temperatura, até que possam juntos atingir aquilo que conceituaremos como equilíbrio
térmico. O termo energia cinética das moléculas refere-se à energia cinética de translação das moléculas.
Quando for necessário fazer referência à energia cinética de rotação das moléculas, será utilizado diretamente o
termo energia de rotação das moléculas. A grandeza termodinâmica relacionada à energia cinética média de
translação das moléculas é a temperatura.
Sendo assim, quando a temperatura de um corpo aumenta, a energia cinética de suas partículas também
aumenta. Quando a temperatura do corpo diminui, a energia cinética de suas partículas também diminui. Não nos
esqueçamos de que a energia de um sistema termodinâmico também é composta pela energia potencial das
moléculas, cujo somatório representa a energia necessária para desagregar as moléculas.
A estrutura física que caracteriza os sólidos indica que as moléculas que os compõem possuem uma organi-
zação tal que seu nível de agitação, e, portanto, sua energia cinética média, seja menor que a organização de um
gás em mesmas condições termodinâmicas. Assim, são percebidas as transferências de energias para as partículas
mais próximas. Chamamos de calor a energia térmica em trânsito.
Já os gases possuem moléculas com maior grau de energia cinética. As moléculas portadoras de maiores
energias cinéticas realizam colisões com outras moléculas menos energéticas. Nessas colisões, em geral, são per-
cebidas transferências energéticas de tal forma que, após um intervalo de tempo, em média, o grupo de moléculas
possuirá uma energia cinética média; nesta condição, podemos dizer que os corpos estarão em equilíbrio térmico,
ou seja, em mesma temperatura.
A transferência de energia, espontaneamente, de um corpo para outro devido à existência de diferença de
temperatura entre eles, recebe o nome de transferência de energia térmica. A energia térmica transferida nesse
processo é o calor.
Quando o equilíbrio térmico é atingido, ou seja, quando os corpos estão na mesma temperatura, a trans-
ferência de calor é cessada.
Observação:
Por se tratar de um processo, a transferência de energia térmica, ou seja, calor, só é possível se entre os corpos
estudados houver diferença de temperatura. Justamente por se tratar de um processo, um corpo não pode estar,
ou possuir, calor, mas sim transferi-lo.
Escalas termométricas
A verificação do grau de agitação das partículas que compõem um corpo é feita de maneira indireta. A temperatura
de um corpo pode ser estimada pelo equilíbrio térmico entre dois ou mais corpos. Dessa forma, existem estados
termodinâmicos, nos quais os corpos se encontram, que servem como referência para a construção daquilo que cha-
maremos de escala termométrica. Todos os corpos possuem características térmicas; são exatamente essas carac-
terísticas termossensíveis que permitem a construção de aparelhos de medição, como os termômetros de mercúrio.
A definição da escala está pautada na escolha adequada de pontos de referência. O ponto de gelo, condi-
ção em que se apresentam em equilíbrio térmico gelo e água em pressão normal, assim como o ponto de vapor,
191
condição em que se apresentam em equilíbrio água e vapor de água em condições normais de pressão, podem
ser escolhidos. Existe uma equação de conversão entre as escalas termométricas que pode ser utilizada para as
mais diversas conversões. Por exemplo, quando queremos converter um valor genérico de temperatura θc, medido
em grau Celsius, em seu respectivo valor θf , medido em grau Fahrenheit. Para tanto, comparando a razão entre os
segmentos a e b da figura a seguir, esta relação não depende das unidades de medida.
Dessa forma:
u – 0 _______
u – 32 u u – 32
a = ______
__ c = f ä ___
c = ______
f
b 100 – 0 212 – 32 100 180
__u uf – 32
Simplificando: c = ______
5 9
Essa é a equação de conversão entre graus Celsius e graus Fahrenheit. Da mesma forma, podemos converter
utilizando a unidade kelvin, onde T representa a temperatura em kelvin, obtendo:
u uf – 32 ______
__
c = ______
= T – 273
5 9 5
William Thomson (1824-1907), lorde Kelvin, estabeleceu em 1848 a escala absoluta, que leva o seu nome.
Ele determinou a menor temperatura possível, cujo valor é 0 K (zero kelvin).
Caso seja necessário converter variações de temperatura, podemos trabalhar com as equações apresenta-
das anteriormente e chegarmos às seguintes equações de conversão para a variação de temperaturas:
Du DuF
___
c = ___
5 9
Duc = DT
Anders Celsius (1701-1744) foi um físico que propôs, em 1742, a escala de temperatura que leva o seu
nome, mas que originalmente era conhecido como sistema centígrado. Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736) foi,
além de físico e engenheiro, um vendedor de termômetros. Criou o termômetro de mercúrio, além, é claro, da escala
de temperatura que leva o seu nome e que é ainda muito utilizada em países anglo-saxões.
192
Teoria na prática
1. O álcool, ou etanol, possui ponto de fusão igual a –114 °C e ponto de ebulição igual a +78,5 °C. É por
isso que, em temperatura ambiente (cerca de 20 °C), o álcool é um líquido. Passando para a escala kelvin,
o ponto de fusão e o ponto de ebulição do etanol são, respectivamente, iguais a:
a) –387 e –194,65.
b) +159 e +351,5.
c) +387,25 e +194,65.
d) –159 e –351,5.
e) +159 e –351,5.
Resolução:
Sabemos que para transformar a temperatura de graus Celsius para kelvin basta somar 273:
TK = θC + 273
Assim sendo, basta substituir cada temperatura desejada para o ponto de fusão:
TK = –114 + 273 = 159 K
para o ponto de ebulição, temos:
TK = 78,5 + 273 = 351,5 K
Alternativa B
Resolução:
Alternativa E
3. (ITA) O verão de 1994 foi particularmente quente nos Estados Unidos da América. A diferença entre a má-
xima temperatura do verão e a mínima do inverno anterior foi de 60 °C. Qual o valor dessa diferença na
escala Fahrenheit?
a) 108 °F
b) 60 °F
c) 140 °F
d) 33 °F
e) 92 °F
193
Resolução:
Primeiramente, devemos identificar que o exercício não pede a transformação de uma dada temperatura de
uma escala em outra, mas a transformação de uma variação de temperatura numa escala em outra. Sabe-
mos que a relação entre as escalas Fahrenheit e Celsius é:
∆θ ∆θF
____ C = ___
5 9
Substituindo o valor fornecido, temos:
∆θF
60 = ___
__
5 9
θF = 108 ºF
Alternativa A
As relações de transferências de calor, tanto para o corpo que recebe quanto para o corpo que cede, podem evi-
denciar relações de causa e consequência, nas quais, basicamente, isolamos três efeitos:
§§ variação de temperatura;
§§ mudança de estado físico; e
§§ dilatação térmica.
Para as duas primeiras consequências caracterizaremos as quantidades de calores transferidos para substân-
cias puras, como: caso um corpo, ao ganhar energia, aumente a energia potencial de ligação das moléculas, pode
ocorrer a desagregação das moléculas e o estado físico pode mudar. Este tipo de energia é denominado calor latente.
1. Se houver variação de temperatura: calor sensível;
2. Se houver mudança de estado físico: calor latente.
194
Teoria na prática
1. (Puc) Uma forma de gelo com água a 25 ºC é colocada num freezer de uma geladeira para formar gelo. O
freezer está no nível de congelamento mínimo, cuja temperatura corresponde a –18 ºC.
As etapas do processo de trocas de calor e de mudança de estado da substância água podem ser identifi-
cadas num gráfico da temperatura x quantidade de calor cedida.
Qual dos gráficos a seguir mostra, corretamente (sem considerar a escala), as etapas de mudança de fase
da água e de seu resfriamento para uma atmosfera?
a) Temperatura
25 ºC
Quantidade de calor
0 ºC
-18 ºC
Temperatura
b)
25 ºC
Quantidade de calor
0 ºC
-18 ºC
c) Temperatura
25 ºC
Quantidade de calor
0 ºC
-18 ºC
195
d)
Temperatura
25 ºC
Quantidade de calor
0 ºC
-18 ºC
e) Temperatura
25 ºC
Quantidade de calor
0 ºC
-18 ºC
Resolução:
Para esta questão, vale lembrar que existem dois tipos de calor: sensível e latente. O calor sensível é aquele
fornecido a algum material de forma a variar a sua temperatura. Já o calor latente é o calor fornecido a
um material para que ocorra a mudança de estado físico do material. Durante esta etapa de mudança de
estado, não há variação de temperatura.
Diante disto, fica fácil observar que a resposta correta é o gráfico mostrado na alternativa A.
No primeiro momento, a água é resfriada até uma temperatura de 0 °C. Após isto, passa pela etapa de
solidificação, na qual a temperatura permanece constante. Por fim, o gelo continua a resfriar até que atinja
o equilíbrio térmico com a temperatura do freezer em –18 °C.
Alternativa A
196
Assim, podemos fazer uma analogia com a mecânica, associando capacidade térmica à inércia térmica,
medindo a dificuldade de se variar a temperatura de um corpo. Ou seja, quanto maior a capacidade térmica de um
corpo, maior a quantidade de calor necessária para aumentar sua temperatura. Matematicamente:
Q
C = ___
[ Q = C · Du
Du
A unidade usual da capacidade térmica é cal/°C; no SI é J/K. Por simplicidade, consideraremos que a capa-
cidade térmica dos corpos é constante durante os experimentos. Contudo, é importante saber que, na prática, a
capacidade térmica pode variar com a temperatura. Mas o estudo disso fica para um curso de nível superior.
Teoria na prática
1. Ao fornecer 300 calorias de calor para um corpo, verifica-se como consequência uma variação de tempera-
tura igual a 50 °C. Determine a capacidade térmica desse corpo.
Resolução:
Como por definição a capacidade térmica é dada pela razão entre o calor e a variação de temperatura,
temos:
Q 300 cal cal
C = ___ = ______ = 6 ___
∆θ 50 ºC °C
No balde, com um número maior de moléculas (uma vez que há mais massa), a energia é transferida
para um número maior de moléculas e, portanto, o acréscimo da energia de uma molécula é menor, assim
a evidência do aumento de temperatura se mostra menos perceptível.
No copo, com um número menor de moléculas (uma vez que a massa é menor), a energia é transferida
para um número menor de moléculas e, portanto, a evidência do aumento da energia de uma molécula é
maior, tornando mais perceptível o aumento da temperatura.
197
A capacidade térmica é proporcional à massa do corpo. Contudo, também depende do material de que é
feito o corpo. Desse modo, pode-se relacionar a capacidade térmica, a quantidade de água e um fator referente
ao material:
C=m·c
De acordo com essa expressão, a capacidade térmica (C) é proporcional à massa (m).
O fator c, calor específico sensível, representa a inércia térmica de uma unidade de massa do material
cal .
de que é feito o corpo. No caso da água, o valor é 1 ___
g°C
Para aquecer 1 g de água a 1 °C é necessário 1 caloria; para aquecer 1 g de rocha a 1 °C é necessário
apenas 0,21 caloria. Assim, é “mais fácil” aquecer 1 g de rocha do que aquecer 1 g de água.
Por isso, quando o Sol surge ao amanhecer, a areia da praia (rocha) se aquece mais do que a água, pois
quanto menor é o calor específico sensível maior é a variação de temperatura.
Lembrando que:
Q = C · Du
Q = m · c · Du
Convenção de sinais
De acordo com as equações anteriores, podemos inferir que:
§§ Se um corpo recebe calor (entrada de calor no corpo), Q terá valor positivo e a variação de temperatura será
positiva.
§§ Se um corpo perde calor (saída de calor do corpo), Q terá valor negativo e a variação de temperatura será
negativa.
O nome da unidade caloria vem de uma teoria abandonada. A teoria calórica propunha que existia o fluido
calórico que escorria de um corpo para outro, diminuindo a temperatura do primeiro e aumentando a do segundo.
Historicamente, uma caloria é a energia necessária para elevar de 14,5 °C, para 15,5 °C a temperatura de
1 g de água. Desde 1948, por definição 1 caloria equivale a 4,1868 joules.
Teoria na prática
1. (UFPR) Para aquecer 500 g de certa substância de 20 °C para 70 °C, foram necessárias 4 000 calorias. A
capacidade térmica e o calor específico valem, respectivamente:
a) 8 cal/ °C e 0,08 cal/g ∙ °C
b) 80 cal/ °C e 0,16 cal/g ∙ °C
c) 90 cal/ °C e 0,09 cal/g ∙ °C
d) 95 cal/ °C e 0,15 cal/g ∙ °C
e) 120 cal/ °C e 0,12 cal/g ∙ °C
198
Resolução:
Primeiramente, vamos identificar os valores fornecidos:
Q = 4000 cal
∆θ = 70 ºC – 20ºC = 50 ºC
m = 500 g
Sabemos que a capacidade térmica é dada pela razão entre o calor recebido e a variação de temperatura:
Q 4000 cal cal
C = ___
= ______
= 80 ___
∆θ 50 ºC °C
Também sabemos que o calor específico sensível é dado pela razão entre a capacidade térmica e a massa:
cal
80 ___
c = m = ºC
__ C _____ cal
= 0,16 ___
500 g gºC
Alternativa B
2. (Mackenzie) Em uma manhã de céu azul, um banhista na praia observa que a areia está muito quente e a
água do mar está muito fria. À noite, esse mesmo banhista observa que a areia da praia está fria e a água
do mar está morna. O fenômeno observado deve-se ao fato de que:
a) a densidade da água do mar é menor que a da areia.
b) o calor específico da areia é menor que o calor específico da água.
c) o coeficiente de dilatação térmica da água é maior que o coeficiente de dilatação térmica da areia.
d) o calor contido na areia, à noite, propaga-se para a água do mar.
e) a agitação da água do mar retarda seu resfriamento.
Resolução:
O calor específico sensível da água é muito maior que o da areia. Enquanto que cágua = 1 cal/g°C e o
careia = 0,12 cal/g°C. Isso significa que, para quantidades de massas iguais que receberam a mesma quanti-
dade de calor, a variação de temperatura é maior no caso da areia. Dito isso, vamos ao problema: devido ao
calor específico sensível da água ser maior, durante o dia a temperatura da água varia menos; dessa forma,
a temperatura final da água será menor que a da areia, que, devido ao menor calor específico sensível, teve
uma maior variação de temperatura, acarretando uma maior temperatura final. Por isso, durante o dia, a
água está fria e a areia quente.
À noite, acontece o resfriamento tanto da areia quanto da água, porém, devido ao menor calor específico
sensível, a areia sofre uma maior variação de temperatura e, assim, sua temperatura final será menor que
a da água, que, por ter o calor específico sensível maior, possui uma menor variação de temperatura; logo,
sua temperatura final será maior. Dessa forma, fica explicado porque, à noite, a água está morna enquanto
a areia está fria.
Alternativa B
3. Um amolador de facas, ao operar um esmeril, é atingido por fagulhas incandescentes, mas não se queima.
Isso acontece porque as fagulhas:
a) têm calor específico muito grande.
b) têm temperatura muito baixa.
c) têm capacidade térmica muito pequena.
d) estão em mudança de estado.
e) não transportam energia.
199
Resolução:
Apesar de as fagulhas possuírem altas temperaturas, devido a sua pequena constituição, possuem pouca
massa e, consequente, uma capacidade térmica muito pequena. Como o calor é proporcional à capacidade
térmica, o calor trocado entre o amolador e as fagulhas é muito pequeno.
Alternativa C
Matematicamente:
Qrecebido = –Qcedido
Qrecebido + Qcedido = 0
200
Teoria na prática
1. Dentro de um calorímetro, cuja capacidade térmica é desprezível, colocou-se um bloco de chumbo com 4 kg,
a uma temperatura de 80 °C. O calorímetro contém 8 kg de água a uma temperatura de 30 °C. Consideran-
do cchumbo = 0,0306cal/g.°C e cágua =1 cal/g°C, determinar a temperatura final do sistema.
Resolução:
Qágua + Qchumbo = 0
mágua cágua ∆θágua + mchumbo cchumbo∆θchumbo = 0
1 cal 0,0306 cal
8000g · ____ · (θ – 30 ºC) + 4000 g ________
(θ – 80 ºC) = 0
gºC gºC
θ ≈ 30,7 ºC
Calorímetro real
Um calorímetro real consegue impedir com eficácia apenas a troca de calor entre os corpos em seu interior e o meio
externo, no entanto, participará das trocas tendo como referência a própria capacidade térmica.
Nesses casos, temos de considerar o calor trocado entre os corpos e o calorímetro.
Se o problema fornecer a capacidade térmica do calorímetro, use:
Qcalorímetro = Ccalorímetro · Du
Certos problemas também podem fornecer o equivalente em água do calorímetro. Equivalente em água
corresponde à massa de água, cuja capacidade térmica é a mesma do calorímetro. Em outras palavras, com o valor
do equivalente em água (E), conseguimos obter a capacidade térmica do calorímetro da seguinte maneira:
Ccalorímetro = E · cágua
Por exemplo, se o equivalente em água de um calorímetro é 25 g e o calor específico da água é 4 J/g °C,
então:
Potência
A definição de potência é dada pela razão entre a quantidade de calor transferido da fonte para o corpo ou de um
corpo para outro, pelo intervalo de tempo decorrido nesse processo. A relação matemática pode ser escrita como:
Q
P = ___
Dt
É comum utilizarmos como unidade da potência caloria por segundo, cal/s. No SI, a unidade da potência é
J/s, que chamamos de watt, representado pelo símbolo W.
201
Teoria na prática
1. (Epcar (Afa)) Deseja-se aquecer 1,0 L de água que se encontra inicialmente à temperatura de 10 ºC até
atingir 100 ºC sob pressão normal, em 10 minutos, usando a queima de carvão. Sabendo-se que o calor de
combustão do carvão é 6000 cal/g e que 80% do calor liberado na sua queima é perdido para o ambiente,
a massa mínima de carvão consumida no processo, em gramas, e a potência média emitida pelo braseiro,
em watts, são:
a) 15; 600.
b) 75; 600.
c) 15; 3000.
d) 75; 3000.
Resolução:
O calor necessário Qnec para aquecer a água será dado pelo calor sensível:
Qnec = m ⋅ c ⋅ Δθ = 1000 g ⋅ 1cal/g°C ⋅ (100 – 10)°C = 9 ⋅ 104 cal
Como somente 20% do calor fornecido pela combustão do carvão Qforn representa o Qnec:
Q
Qforn = ___
nec = 4,5 ⋅ 105 cal
0,2
Logo, a massa de carvão será dada pela razão entre a quantidade total de calor emitida pela combustão e
o calor de combustão por grama de carvão.
4,5 ⋅ 105 cal
m = _________
= 75 g
6000 cal/g
Para o cálculo da potência, devemos transformar as unidades para o sistema internacional:
Q 4,5 ∙ 105 cal ∙ 4 J/cal
P = ____
forn = ________________
= 3000 W
Δt 10 min ∙ 60 s/min
Alternativa D
202
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
Fonte: Youtube
Fonte: Youtube
ACESSAR
Sites
204
ACESSAR
www.sensacaotermica.com.br/
pt.khanacademy.org/science/chemistry/thermodynamics-chemistry/internal-energy-sal/a/heat
mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/equacao-fundamental-calorimetria.htm
educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/calorimetria-o-estudo-dos-fenomenos-de-
transferencia-de-calor.htm
pt.khanacademy.org/science/biology/water-acids-and-bases/water-as-a-solid-liquid-and-
gas/a/specific-heat-heat-of-vaporization-and-freezing-of-water
205
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
No dia a dia, é comum as pessoas observarem as tabelas nutricionais que existem nos alimentos. Elas contêm o
equivalente mecânico em calorias e em joules que o alimento fornecerá àquele que o consumir.
Também é comum ouvirmos, principalmente em dias frios e em uma aula de física, que o frio não existe, que
ele é apenas uma questão psicológica. Quente ou frio são comparações que fazemos, entre a temperatura de um
determinado objeto e a nossa temperatura corporal, diferentemente de calor, que é a energia térmica em trânsito.
Por isso, deve-se tomar cuidado com o vocabulário, diferenciar o termo técnico, presente em um livro, do usual.
206
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Habilidade 21 - Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou
tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.
Modelo 1
(Enem) Aquecedores solares usados em residências têm o objetivo de elevar a temperatura da água
até 70°C. No entanto, a temperatura ideal da água para um banho é de 30°C. Por isso, deve-se
misturar a água aquecida com a água à temperatura ambiente de um outro reservatório, que se
encontra a 25°C.
Qual a razão entre a massa de água quente e a massa de água fria na mistura para um banho à
temperatura ideal?
a) 0,111.
b) 0,125.
c) 0,357.
d) 0,428.
e) 0,833.
Análise Expositiva 1
Habilidade 21
O ENEM tem cobrado temas típicos dos principais vestibulares do país, entre eles a troca de
calor entre dois corpos. Nesse exercício, o estudante precisa dominar os conceitos básicos de
calorimetria e saber utilizar a fórmula.
Q1 + Q2 = 0 ⇒ mQ ∙ c ∙ (30 – 70) + mF ∙ c ∙ (30 – 25) = 0
___ m 50
mQ = ___
= 0,125
F 40
Alternativa B
208
Modelo 2
(Enem ) As altas temperaturas de combustão e o atrito entre suas peças móveis são alguns dos
fatores que provocam o aquecimento dos motores à combustão interna. Para evitar o superaque-
cimento e consequentes danos a esses motores, foram desenvolvidos os atuais sistemas de refri-
geração, em que um fluido arrefecedor com propriedades especiais circula pelo interior do motor,
absorvendo o calor que, ao passar pelo radiador, é transferido para a atmosfera.
Qual propriedade o fluido arrefecedor deve possuir para cumprir seu objetivo com maior eficiên-
cia?
a) Alto calor específico.
b) Alto calor latente de fusão.
c) Baixa condutividade térmica.
d) Baixa temperatura de ebulição.
e) Alto coeficiente de dilatação térmica.
Análise Expositiva 2
Habilidade 21
Esse é um exercício típico do que é exigido pelo ENEM. Nessa questão, é necessário que o
aluno saiba interpretar o problema e, principalmente, entender a propriedade do fluido que
está relacionada a este problema.
Da expressão do calor específico sensível: Q =- m ∙ c ∙ DU
"O fluido arrefecedor deve receber calor e não sofrer sobreaquecimento". Para tal, de acordo
com a expressão acima, o fluido deve ter alto calor específico.
Alternativa A
209
Estrutura Conceitual
TERMÔMETRO
Não altera
Potência
o estado físico
TEMPERATURA
CALOR
VARIAÇÃO DE SENSÍVEL
TEMPERATURA
Escalas
Termométricas
Calor Massa
específico
Capacidade
térmica
Zero
absoluto
210
E.O. Aprendizagem A correspondente leitura na escala Celsius
era de:
a) 30.
1. Um turista estrangeiro leu em um manual de b) 32.
turismo que a temperatura média do esta- c) 36.
do do Amazonas é de 87,8 graus, medido na d) 40.
escala Fahrenheit. Não tendo noção do que e) 42.
esse valor significa em termos climáticos, o
turista consultou um livro de Física, encon- 5. A utilização do termômetro, para a avaliação
trando a seguinte tabela de conversão entre da temperatura de um determinado corpo, é
escalas termométricas: possível porque, após algum tempo de con-
tato entre eles, ambos adquirem a mesma
Celsius Fahrenheit temperatura.
Neste caso, é válido dizer que eles atingem
fusão do gelo 0 32 a(o):
ebulição da água 100 212 a) equilíbrio térmico.
b) ponto de condensação.
Com base nessa tabela, o turista fez a con- c) coeficiente de dilatação máximo.
versão da temperatura fornecida pelo manu- d) mesma capacidade térmica.
al para a escala Celsius e obteve o resultado: e) mesmo calor específico.
a) 25.
b) 31. 6. Para elevar a temperatura de 200 g de uma
c) 21. certa substância, de calor específico igual a
d) 36. 0,6 cal/g°C, de 20 °C para 50 °C, será neces-
e) 16. sário fornecer-lhe uma quantidade de ener-
gia igual a:
2. Largamente utilizados na medicina, os ter- a) 120 cal.
mômetros clínicos de mercúrio relacionam o b) 600 cal.
comprimento da coluna de mercúrio com a c) 900 cal.
temperatura. Sabe-se que quando a coluna de d) 1800 cal.
mercúrio atinge 2,0 cm, a temperatura equi- e) 3600 cal.
vale a 34 °C e, quando atinge 14 cm, a tem-
peratura equivale a 46 °C. Ao medir a tempe- 7. A tabela mostra o ponto de ebulição da água e
ratura de um paciente com esse termômetro, a pressão atmosférica em diversas altitudes.
a coluna de mercúrio atingiu 8,0 cm.
A alternativa correta que apresenta a tempe- Pressão Ponto de
Altitude (m) atmosférica ebulição da
ratura do paciente, em °C, nessa medição é:
(cmHg) água (ºC)
a) 36.
b) 42. 0 76 100
c) 38. 500 72 98
d) 40.
1000 67 97
3. (PUC-RJ 2017) Dois blocos metálicos idênti- 1500 64 95
cos de 1 kg estão colocados em um recipien-
2000 60 93
te e isolados do meio ambiente.
Se um dos blocos tem a temperatura inicial 2500 56 92
de 50 ºC e o segundo, a temperatura de 100 ºC, 9000 24 70
qual será a temperatura de equilíbrio, em ºC,
dos dois blocos? Ao armar acampamento durante a escalada,
a) 75
um alpinista verifica em seus instrumentos
b) 70
que a pressão atmosférica local é de 60 cmHg
c) 65
e a temperatura ambiente é de 10 °C. Esse
d) 60
e) 55 alpinista deseja ferver 200 g de água (calor
específico 1 cal/g°C), que se encontra à tem-
peratura ambiente, utilizando para isso um
4. Ao tomar a temperatura de um paciente, um
médico do programa Mais Médicos só tinha fogão que fornece 200 cal/s.
em sua maleta um termômetro graduado na Considerando as perdas de energia térmica
escala Fahrenheit. Após colocar o termôme- (para o ambiente e para o recipiente) cor-
tro no paciente, ele fez uma leitura de 104 °F. respondentes a 50% da energia fornecida,
211
pode-se afirmar que o aquecimento demo- de 500 gramas de água, da temperatura de
rará: 20 °C para 80 °C. Considerando que toda a
a) 120 s. energia transferida é aproveitada no aque-
b) 166 s. cimento da água e sabendo que o calor es-
c) 180 s. pecífico da água é c = 1,0 cal/g.°C, o tempo
d) 332 s. necessário para atingir 80 °C é igual a:
e) 360 s. a) 60 s.
b) 68 s.
8. (Fuvest 2017) No início do século XX, Pierre c) 75 s.
Curie e colaboradores, em uma experiência d) 84 s.
para determinar características do recém- e) 95 s.
-descoberto elemento químico rádio, colo-
caram uma pequena quantidade desse ma-
terial em um calorímetro e verificaram que
1,30 grama de água líquida ia do ponto de
E.O. Fixação
congelamento ao ponto de ebulição em uma
hora.
1. O gráfico representa, em um processo iso-
A potência média liberada pelo rádio nesse
bárico, a variação em função do tempo da
período de tempo foi, aproximadamente:
temperatura de uma amostra de um elemen-
Note e adote:
§§ Calor específico da água: 1 cal/(g.ºC) to puro cuja massa é de 1,0 kg, observada
§§ 1 cal = 4 J durante 9 minutos.
§§ Temperatura de congelamento da água: 0 ºC
§§ Temperatura de ebulição da água: 100 ºC
§§ Considere que toda a energia emitida
pelo rádio foi absorvida pela água e em-
pregada exclusivamente para elevar sua
temperatura.
a) 0,06 W.
b) 0,10 W.
c) 0,14 W.
d) 0,18 W.
e) 0,22 W.
212
3. Para se aquecer um corpo constituído por uma Dado: temperatura inicial da ferradura:
substância de calor específico 0,4 cal/g °C 20 ºC.
foi utilizado uma fonte térmica que forne- a) 25
ce 120 cal/min. Se, no aquecimento, o corpo b) 250
sofreu um aumento de 50 °C em sua tempe- c) 2500
ratura num intervalo de 15 minutos, então, d) 25000
a massa desse corpo é de: e) 250000
a) 60 g.
b) 80 g. 7. Um homem gasta 10 minutos para tomar
c) 90 g. seu banho, utilizando-se de um chuveiro
elétrico que fornece uma vazão constante de
d) 180 g.
10 litros por minuto. Sabendo-se que a água
tem uma temperatura de 20 °C ao chegar ao
4. Ao trocar calor com o meio ambiente, um cor-
chuveiro e que alcança 40 °C ao sair do chu-
po de massa 0,5 kg teve sua temperatura re-
veiro, e admitindo-se que toda a energia elé-
duzida para 20 °C, sem sofrer mudança no seu
trica dissipada pelo resistor do chuveiro seja
estado físico. Sendo o calor específico da subs- transferida para a água nesse intervalo de
tância que constitui esse corpo igual a 0,175 tempo, é correto concluir-se que a potência
cal/g °C e a quantidade total de calor trans- elétrica desse chuveiro é:
ferida igual a 4900 cal, então a temperatura Obs.: Considere que a densidade da água é
inicial do corpo no início do processo era de: 1 kg/litro, que o calor específico da água é
a) 72 °C. 1 cal/g ºC e que 1 cal = 4,2 J.
b) 76 °C. a) 10 kW.
c) 80 °C. b) 12 kW.
d) 84 °C. c) 14 kW.
d) 16 kW.
5. Um corpo constituído por uma substância de e) 18 kW.
calor específico 840 J/kg°C e aquecido por
uma fonte térmica apresenta variação de 8. Dois blocos metálicos A e B, ambos de mate-
temperatura conforme o gráfico. riais diferentes, são colocados em contato no
interior de um calorímetro ideal, de modo
a isolá-los de influências externas. Conside-
rando que a massa do bloco A (mA) é igual
ao dobro da massa do bloco B (mB), o calor
específico do bloco A (cA) é igual à metade
do calor específico do bloco B (cB) e a tempe-
ratura inicial do bloco A (TA) é igual ao triplo
da temperatura inicial do bloco B (TB), pode-
-se afirmar que, quando alcançado o equilí-
Se o corpo tem massa igual a 250 g, então a brio térmico do sistema, a temperatura de
quantidade de calor fornecida pela fonte a equilíbrio (Teq) será igual a:
cada minuto é (Considerar: 1 cal = 4,2 joules): a) TB.
a) 75 cal. b) 2 TB.
b) 25 cal. c) 3 TB.
c) 50 cal. d) 4 TB.
d) 42 cal. e) 5 TB.
213
Dados: a) 0,4 e 3,0.
Considere um mês igual a 30 dias. b) 2,4 e 3,6.
Calor específico da água: c = 4,2 J/g °C. c) 0,4 e 1,2.
Densidade da água: d = 1 kg/L. d) 1,2 e 0,4.
a) 2,0 m2. e) 3,6 e 2,4.
b) 4,0 m2.
c) 6,0 m2. 3. As pontes de hidrogênio entre moléculas de
d) 14,0 m2. água são mais fracas que a ligação covalen-
e) 16,0 m2. te entre o átomo de oxigênio e os átomos
de hidrogênio. No entanto, o número de li-
10. Em um laboratório, as amostras X e Y, com- gações de hidrogênio é tão grande (bilhões
postas do mesmo material, foram aquecidas de moléculas em uma única gota de água)
a partir da mesma temperatura inicial até que estas exercem grande influência sobre
determinada temperatura final. as propriedades da água, como, por exemplo,
Durante o processo de aquecimento, a amos- os altos valores do calor específico, do calor
tra X absorveu uma quantidade de calor de vaporização e de solidificação da água. Os
maior que a amostra Y. altos valores do calor específico e do calor
Considerando essas amostras, as relações en- de vaporização da água são fundamentais
tre os calores específicos cX e cY, as capacida- no processo de regulação de temperatura
des térmicas CX e CY e as massas mX e mY são do corpo humano. O corpo humano dissipa
descritas por: energia, sob atividade normal por meio do
a) cX = cY CX > CY mX > mY. metabolismo, equivalente a uma lâmpada de
b) cX > cY CX = CY mX = mY. 100 W.
c) cX = cY CX > CY mX = mY. Se em uma pessoa de massa 60 kg todos os
d) cX > cY CX = CY mX > mY. mecanismos de regulação de temperatura
parassem de funcionar, haveria um aumen-
214
5. O gráfico a seguir representa o calor absorvi- 3. Considere X e Y dois corpos homogêneos,
do por dois corpos sólidos M e N em função constituídos por substâncias distintas, cujas
da temperatura. massas correspondem, respectivamente, a
20 g e 10 g.
O gráfico abaixo mostra as variações da tem-
peratura desses corpos em função do calor
absorvido por eles durante um processo de
aquecimento.
1. Sob pressão constante, eleva-se a temperatura 4. O gráfico a seguir assinala a média das tem-
de certa massa de gelo, inicialmente a 253 K, peraturas mínimas e máximas nas capitais
por meio de transferência de calor a taxa de alguns países europeus, medidas em
constante, até que se obtenha água a 293 K. graus Celsius.
215
6. Um estudante precisa de três litros de água específico 0,20 cal/g°C e está à temperatura
à temperatura de 37 ºC. Ele já dispõe de dois de 100 °C. Posteriormente, e após que se te-
litros de água a 17 ºC. A que temperatura, nha atingido o equilíbrio, esse último cubi-
em ºC, ele deve aquecer o litro de água a ser nho é retirado do calorímetro e verifica-se,
misturado com o volume já disponível? Con- nesse instante, que sua temperatura é 50 °C.
sidere a existência de trocas térmicas apenas Calcule a temperatura final de equilíbrio da
entre os volumes de água na mistura. água e do cubinho que permanece no calo-
rímetro.
7. Para testar os conhecimentos de termofísica
de seus alunos, o professor propõe um exer-
cício de calorimetria no qual são misturados
100 g de água líquida a 20 °C com 200 g de
E.O. Enem
uma liga metálica a 75 °C. O professor in- 1. (Enem) Aquecedores solares usados em re-
forma que o calor específico da água líquida sidências têm o objetivo de elevar a tem-
é 1 cal/(g.°C) e o da liga é 0,1 cal/(g.°X), peratura da água até 70 °C. No entanto, a
onde X é uma escala arbitrária de tempera- temperatura ideal da água para um banho é
tura, cuja relação com a escala Celsius está
de 30 °C. Por isso, deve-se misturar a água
representada no gráfico.
aquecida com a água à temperatura ambien-
te de um outro reservatório, que se encontra
a 25 °C.
Qual a razão entre a massa de água quente
e a massa de água fria na mistura para um
banho à temperatura ideal?
a) 0,111
b) 0,125
c) 0,357
d) 0,428
e) 0,833
Obtenha uma equação de conversão entre
as escalas X e Celsius e, considerando que a 2. (Enem) Em um centro de pesquisa de ali-
mistura seja feita dentro de um calorímetro mentos, um técnico efetuou a determinação
ideal, calcule a temperatura final da mistu- do valor calórico de determinados alimentos
ra, na escala Celsius, depois de atingido o da seguinte forma: colocou uma massa co-
equilíbrio térmico. nhecida de água em um recipiente termi-
camente isolado. Em seguida, dentro desse
8. É cada vez mais frequente encontrar resi-
recipiente, foi queimada uma determinada
dências equipadas com painéis coletores
de energia solar. Em uma residência foram massa do alimento. Como o calor liberado
instalados 10 m2 de painéis com eficiência por essa queima é fornecido para a água, o
de 50%. Supondo que em determinado dia técnico calculou a quantidade de calor que
a temperatura inicial da água seja de 18 °C, cada grama do alimento libera.
que se queira aquecê-la até a temperatura de Para a realização desse teste, qual aparelho
58 °C e que nesse local a energia solar média de medida é essencial?
incidente seja de 120 W/m2, calcule o volume a) Cronômetro
de água que pode ser aquecido em uma hora. b) Dinamômetro
c) Termômetro
9. Uma pessoa, com temperatura corporal igual d) Radiômetro
1 litro de água a 15 °C. Ad- e) Potenciômetro
a 36,7 °C, bebe __
2
mitindo que a temperatura do corpo não se 3. (Enem) O Sol representa uma fonte limpa e
altere até que o sistema atinja o equilíbrio inesgotável de energia para o nosso planeta.
térmico, determine a quantidade de calor,
Essa energia pode ser captada por aquece-
em calorias, que a água ingerida absorve do
dores solares, armazenada e convertida pos-
corpo dessa pessoa.
Utilize: Calor específico da água = 1,0 cal/g°C teriormente em trabalho útil. Considere de-
Massa específica da água = 1 g/cm3. terminada região cuja insolação – potência
solar incidente na superfície da Terra – seja
10. (UFRJ) Em um calorímetro ideal, há 98 g de de 800 watts/m2.
água à temperatura de 0 °C. Dois cubinhos Uma usina termossolar utiliza concentrado-
metálicos são introduzidos no caloríme- res solares parabólicos que chegam a dezenas
tro. Um deles tem massa 8,0 g, calor espe- de quilômetros de extensão. Nesses coletores
cífico 0,25 cal/g°C e está à temperatura de solares parabólicos, a luz refletida pela su-
400 °C. O outro tem 10 g de massa, calor perfície parabólica espelhada é focalizada
216
em um receptor em forma de cano e aquece 2. (UERJ) Admita duas amostras de substân-
o óleo contido em seu interior a 400 °C. O cias distintas com a mesma capacidade tér-
calor desse óleo é transferido para a água, mica, ou seja, que sofrem a mesma variação
vaporizando-a em uma caldeira. O vapor em de temperatura ao receberem a mesma quan-
alta pressão movimenta uma turbina acopla- tidade de calor.
da a um gerador de energia elétrica. A diferença entre suas massas é igual a 100 g, e
a razão entre seus calores específicos é igual
6 .
a __
5
A massa da amostra mais leve, em gramas,
corresponde a:
a) 250
b) 300
c) 500
d) 600
217
Tempo efe- 8. (UERJ) Duas chaleiras idênticas, que come-
Potência çam a apitar no momento em que a água
Dispositivo Quantidade tivo de uso
(kW) nela contida entra em ebulição, são coloca-
diário (h)
ar-condi-
das de duas formas distintas sobre o fogo,
cionado
2 1,5 8 como indica a figura:
geladeira 1 0,35 12
lâmpada 10 0,10 6
218
energia gasta nessa caminhada é a mesma
necessária para produzir um aumento de
temperatura de 80 °C em 3 kg de água.
Considere o calor específico da água igual a
1 cal/g°C.
A necessidade de energia dessa pessoa, no
mesmo dia, em kcal, é equivalente a:
a) 2480.
b) 2520.
c) 2600.
Calcule o calor específico da substância da
d) 2640. qual o corpo é composto, bem como a capaci-
dade térmica desse corpo.
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. (Fuvest) Uma piscina com 40 m2 de área
contém água com uma profundidade de 1,0
m. Se a potência absorvida da radiação solar,
por unidade de área, for igual a 836 W/m2, o
tempo de exposição necessário para aumen-
tar a temperatura da água de 17 °C a 19 °C
será aproximadamente:
a) 100 segundos.
b) 10.000 segundos.
c) 1.000.000 segundos.
d) 2.500 segundos.
e) 25.000 segundos.
Determine, em kelvins, o módulo da variação 2. (Fuvest) Dois corpos A e B, inicialmente às
entre a maior e a menor temperatura da es- temperaturas tA = 90 °C e tB = 20 °C, são
cala apresentada. postos em contacto e isolados termicamente
2. (UERJ) Para aquecer 1 L de água contida em do meio ambiente. Eles atingem o equilíbrio
um recipiente de capacidade térmica despre- térmico à temperatura de 45 °C. Nestas con-
zível, uma pessoa dispõe de um aquecedor dições, podemos afirmar que o corpo A
elétrico portátil cuja potência é de 1273 W a) cedeu uma quantidade de calor maior do que
a absorvida por B.
quando submetido a uma tensão de 127 V.
b) tem uma capacidade térmica menor do que a de B.
Considere que toda a energia fornecida pelo c) tem calor específico menor do que o de B.
aquecedor seja absorvida pela água. d) tem massa menor que a de B.
Nessas condições, calcule a variação de tem- e) cedeu metade da quantidade de calor que
peratura da água após o aquecedor inserido possuía para B.
no recipiente ficar ligado por 165 segundos.
3. (Unesp) Um estudante, no laboratório, deveria
3. (UERJ) Um corpo de massa igual a 500 g aquecer uma certa quantidade de água desde
aquecido por uma fonte térmica cuja potên- 25 °C até 70 °C. Depois de iniciada a experi-
cia é constante e igual a 100 cal/min, absorve ência ele quebrou o termômetro de escala Cel-
integralmente toda a energia fornecida por sius e teve de continuá-la com outro de escala
essa fonte. Observe no gráfico a variação de Fahrenheit. Em que posição do novo termôme-
temperatura do corpo em função do tempo. tro ele deve ter parado o aquecimento?
219
Nota: 0 °C e 100 °C correspondem, respecti- calor específico
vamente, a 32 °F e 212 °F.
líquido
a) 102 °F J
____
gºC
b) 38 °F
c) 126 °F água 4,19
d) 158 °F petróleo 209
e) 182 °F
glicerina 2,40
4. (Fuvest) Um atleta envolve sua perna com leite 3,93
uma bolsa de água quente, contendo 600 g mercúrio 0,14
de água à temperatura inicial de 90 °C. Após
4 horas ele observa que a temperatura da a) a água.
b) o petróleo.
água é de 42 °C. A perda média de energia
c) a glicerina.
da água por unidade de tempo é: d) o leite.
Dado: c = 1,0 cal/g. °C e) o mercúrio.
a) 2,0 cal/s
b) 18 cal/s
8. (Unesp) Quando uma enfermeira coloca um
c) 120 cal/s
d) 8,4 cal/s termômetro clínico de mercúrio sob a língua
e) 1,0 cal/s de um paciente, por exemplo, ela sempre
aguarda algum tempo antes fazer a sua lei-
5. (Fuvest) Adote: calor específico da água: tura. Esse intervalo de tempo é necessário
1,0 cal/g°C a) para que o termômetro entre em equilíbrio
térmico com o corpo do paciente.
Calor de combustão é a quantidade de calor
b) para que o mercúrio, que é muito pesado,
liberada na queima de uma unidade de massa possa subir pelo tubo capilar.
do combustível. O calor de combustão do gás c) para que o mercúrio passe pelo estrangula-
de cozinha é 6000 kcal/kg. Aproximadamen- mento do tubo capilar.
te quantos litros de água à temperatura de d) devido à diferença entre os valores do calor
20 °C podem ser aquecidos até a temperatura específico do mercúrio e do corpo humano.
de 100 °C com um bujão de gás de 13 kg? e) porque o coeficiente de dilatação do vidro é di-
Despreze perdas de calor: ferente do coeficiente de dilatação do mercúrio.
a) 1 litro
b) 10 litros 9. (Fuvest) Um ser humano adulto e saudável
c) 100 litros consome, em média, uma potência de 120 J/s.
d) 1000 litros Uma "caloria alimentar" (1 kcal) correspon-
e) 6000 litros de, aproximadamente, a 4 · 103 J. Para nos
mantermos saudáveis, quantas "calorias ali-
6. (Fuvest) Adote: calor específico da água: mentares" devemos utilizar, por dia, a partir
1,0 cal/g.°C dos alimentos que ingerimos?
Um bloco de massa 2,0 kg, ao receber toda a) 33
energia térmica liberada por 1000 gramas b) 120
de água que diminuem a sua temperatura c) 2,6 × 103
de 1 °C, sofre um acréscimo de temperatu- d) 4,0 × 103
ra de 10 °C. O calor específico do bloco, em e) 4,8 × 105
cal/g.°C, é:
a) 0,2 10. (Unesp) Um bloco de certa liga metálica, de
b) 0,1 massa 250 g, é transferido de uma vasilha,
c) 0,15 que contém água fervendo em condições
d) 0,05 normais de pressão, para um calorímetro
e) 0,01 contendo 400 g de água à temperatura de
10°C. Após certo tempo, a temperatura no
7. (Unesp) Massas iguais de cinco líquidos dis- calorímetro se estabiliza em 20 °C. Supondo
tintos, cujos calores específicos estão dados que toda a quantidade de calor cedida pela
na tabela adiante, encontram-se armazena- liga tenha sido absorvida pela água do calo-
das, separadamente e à mesma temperatura, rímetro, pode-se dizer que a razão entre o
dentro de cinco recipientes com boa isolação calor específico da água e o calor específico
e capacidade térmica desprezível. Se cada lí- da liga metálica é igual a
quido receber a mesma quantidade de calor, a) 1.
suficiente apenas para aquecê-lo, mas sem b) 2.
alcançar seu ponto de ebulição, aquele que c) 3.
apresentará temperatura mais alta, após o d) 4.
aquecimento, será: e) 5.
220
E.O. Dissertativas 4. (Unesp) Na cozinha de um restaurante há
dois caldeirões com água, um a 20 °C e outro
a 80 °C. Quantos litros se deve pegar de cada
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) um, de modo a resultarem, após a mistura,
10 litros de água a 26 °C?
1. (Unifesp 2018) Para a preparação de um
café, 1L de água é aquecido de 25 ºC até 5. (Unicamp) Em um aquário de 10 ℓ completa-
85 ºC em uma panela sobre a chama de um mente cheio d’água, encontra-se um peque-
fogão que fornece calor a uma taxa cons- no aquecedor de 60 W. Sabendo-se que em
tante. O gráfico representa a temperatura 25 minutos a temperatura da água aumen-
(θ) da água em função do tempo, conside- tou de 2ºC, pergunta-se:
rando que todo o calor fornecido pela cha- a) Que quantidade de energia foi absorvida
ma tenha sido absorvido pela água. pela água?
b) Que fração da energia fornecida pelo aquece-
dor foi perdida para o exterior?
Dados: calor específico da água = 1 cal/g·ºC
221
A partir do gráfico responda:
a) Qual é o maior calor específico? É o do gelo Gabarito
ou da água? Justifique.
b) Por que a temperatura permanece constante
em 273 K, durante parte do tempo?
E.O. Aprendizagem
(Descarte a hipótese de perda de calor para 1. B 2. D 3. A 4. D 5. A
o ambiente).
6. E 7. B 8. C 9. B 10. A
E.O. Enem
1. B 2. C 3. A
E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. B 2. C 3. C 4. B 5. B
6. C 7. A 8. A 9. C 10. D
E.O. UERJ
Exame Discursivo
DT = 8 K.
1.
DT ≅ 50 ºC.
2.
3.
C = 75 cal/ºC; c = 0,015 cal/ ºC.
4.
Dθ = 36 ºC.
222
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. B 2. B 3. D 4. A 5. D
6. D 7. E 8. A 9. C 10. E
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
a) P = 800W.
b) θ = 35°C.
2.
5,5 %
3.
a) 5,3 · 104 J.
b) 5,32 · 102 s.
4.
1 litro e 9 litros.
5.
a) Q = 8 x 104 J.
b) f = 1/9.
6.
a) 50 litros.
b) 2,5 · 102 s.
7.
a) Observe a figura a seguir.
0(°C)
80
55
40
30
24
20
223
© Denis Burdin/Shutterstock
Aulas 5e6
Mudança de estado
Competências 5 e 6
Habilidades 17 e 21
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Estado físico da matéria
Em física básica são três os estados físicos da matéria: sólido, líquido e gasoso. O estado sólido é aquele onde as
moléculas estão mais fortemente ligadas e mais próximas, dando ao corpo uma forma fixa. Já no estado líquido as
moléculas estão relativamente próximas e com uma força de atração mediana, o corpo já não possui uma forma
fixa; a substância no estado líquido acaba por se adaptar ao formato do recipiente que a contém. Por último, no
estado gasoso a substância além de não ter forma fixa, acaba tendo uma grande variação em sua forma e volume.
A força de atração entre as moléculas é a menor entre os três casos citados.
Observação: em física avançada existem mais outros dois estados da matéria: o plasma e o condensado
de Bose-Einstein.
Cada processo de alteração de um estado físico para outro recebe um nome que o identifica. Ao passar do
estado sólido para o líquido acontece a fusão, do líquido para o gasoso acontece a vaporização. Já o oposto, passar
do gasoso para o líquido é chamado de condensação ou liquefação e passar do estado líquido para o sólido é
chamado de solidificação. Quando ocorre de a substância passar do estado sólido para o gasoso, sem passar para
o estado líquido, ou o oposto, passar do estado gasoso para o sólido é chamado de sublimação. Todo processo
endotérmico é aquele em que a substância recebe calor, já no exotérmico ela cede calor.
Q = mtransformada · L
227
§§ Unidades de L:
Usual: cal/g
S.I.: J/kg
O sinal de L está relacionado à absorção ou à liberação de calor pelo corpo:
L > 0, quando ocorre absorção de calor.
L < 0, quando ocorre liberação de calor.
Para a água, na pressão de 1 atm, os valores são:
Lfusão 80 cal/g
Lsolidificação –80 cal/g
Lvaporização 540 cal/g
Lliquefação –540 cal/g
228
Teoria na prática
1. (Puc) Podemos estimar quanto é o dano de uma queimadura por vapor da seguinte maneira: considere que
0,60 g de vapor condense sobre a pele de uma pessoa. Suponha que todo o calor latente é absorvido por
uma massa de 5,0 g de pele. Considere que o calor específico da pele é igual ao da água. Considere o calor
latente de vaporização da água como Lv = (1000/3) cal/g. Calcule o aumento de temperatura da pele devido
à absorção do calor, em ºC.
a) 0,60
b) 20
c) 40
d) 80
e) 333
Resolução:
A quantidade de calor trocada pelo vapor para condensar é igual ao calor sensível responsável por aumen-
tar a temperatura da pele.
Qlatente = Qsensível
mv ∙ Lv = mp ∙ c . ∆θ
Isolando a variação de temperatura e substituindo os valores fornecidos no enunciado:
∆θ = [0,6 g ∙ (1000/3) cal/g]/(5 g ∙ 1 cal/g°C)
∆θ = 40 °C
Alternativa C
2. (UEG) A mudança do estado físico de determinada substância pode ser avaliada em função da variação da
temperatura em relação ao tempo, conforme o gráfico a seguir. Considere que o composto encontra-se no
estado sólido.
229
3. (G1 - Ifsul) Sendo:
§§ o calor específico da água líquida igual a 1 cal/g°C;
§§ o calor específico do gelo igual a 0,5 cal/g°C;
§§ o calor específico do vapor de água igual a 0,5 cal/g°C;
§§ o calor latente de fusão do gelo igual a 80 cal/g;
§§ o calor latente de solidificação da água igual a –80 cal/g;
§§ o calor latente de vaporização da água igual a 540 cal/g; e
§§ o calor latente de condensação do vapor de água igual a –540 cal/g.
Usando os dados acima, a fase e a temperatura de 100 g de vapor de água, inicialmente a 130 °C quando
cede 75000 cal serão, respectivamente:
a) sólida e –30 ºC.
b) líquida e 30 ºC.
c) sólida e –67 ºC.
d) líquida e 67 ºC.
Resolução:
Calculemos a quantidade de calor cedida em cada uma das etapas. O sinal (–) significa calor cedido.
§§ Resfriamento do vapor de 130 °C a 100 °C
Q1 = m ⋅ cv ⋅ ∆θ = 100 ⋅ 0,5 ⋅ (100 – 130) = –1500 cal
§§ Condensação do vapor
Q2 = m ⋅ LC = 100 (–540) = –54000 cal
§§ Resfriamento da água de 100 °C a 0 °C
Q3 = m ⋅ c ⋅ ∆θ = 100 ⋅ 1 ⋅ (0 – 100) = –10000 cal
§§ Congelamento da água
Q4 = m ⋅ Ls = 100 ⋅ (–80) = –8000 cal
A quantidade de calor cedida até essa última etapa é:
Q = Q1 + Q2 + Q3 + Q4 = –73500 cal
O restante da quantidade de calor cedida é para resfriar o gelo até a temperatura
Q5 = –75000 – (–73500) = –1500 cal
Q5 = m ⋅ cg ∆θ → –1500 = 100 ⋅ 0,5 ⋅ (θ – 0) → θ = –30 ºC
Portanto, o gelo (fase sólida) estará à temperatura final de –30 ºC.
Alternativa A
4. (UFF) Uma bola de ferro e uma bola de madeira, ambas com a mesma massa e a mesma temperatura, são
retiradas de um forno quente e colocadas sobre blocos de gelo.
230
Resolução:
As quantidades de calor sensível liberadas por cada uma das bolas são transferidas para os blocos de gelos.
Como o ferro tem maior condutividade térmica que a madeira, ele transfere calor mais rapidamente, sofren-
do um resfriamento mais rápido.
A quantidade de calor sensível de cada esfera é igual, em módulo, à quantidade de calor latente absorvida
por cada bloco de gelo.
|Qbola|= |Qgelo|
m ∙ c ∙ |∆θ| = mgelo ∙ Lgelo
mgelo = ( m ∙ c ∙ |∆θ|) / Lgelo
Como as massas das bolas são iguais e as variações de temperatura também, a massa de gelo fundida em
cada caso é diretamente proporcional ao calor específico do material que constitui a bola. Assim, analisando
a expressão, vemos que funde menor quantidade de gelo a bola de material de menor calor específico, no
caso, a de metal.
Alternativa C
5. (Puc) Um cubo de gelo de massa 100 g e temperatura inicial –10 °C é colocado no interior de um micro-
-ondas. Após 5 minutos de funcionamento, restava apenas vapor de água. Considerando que toda a energia
foi totalmente absorvida pela massa de gelo (desconsidere qualquer tipo de perda) e que o fornecimento de
energia foi constante, determine a potência utilizada, em W.
Pressão local = 1 atm
Calor específico do gelo = 0,5 cal∙g-1∙ºC-1
Calor específico da água líquida = 1,0 cal∙g-1∙ºC-1
Calor latente de fusão da água = 80 cal∙g-1
Calor de vaporização da água = 540 cal∙g-1
1 cal = 4,2 J
a) 1008
b) 896
c) 1015
d) 903
e) 1512
Resolução:
A quantidade de calor total é igual ao calor sensível do gelo de –10 °C até 0 °C, mais o calor latente de
fusão do gelo, mais o calor sensível da água de 0 °C a 100 °C e mais o calor de vaporização da água.
Equacionando:
Q = Qgelo + Qfusão + Qágua + Qvaporização ⇒ Q = m cgelo ∆θgelo + m Lfusão + m cágua ∆θágua + m Lvap ⇒
Q = 100 (0,5) [0 – (–10)] + 100 (80) + 100 (1) (100 – 0) + 100 (540) ⇒
Q = 500 + 8000 + 10000 + 54000 = 72500 cal.
Transformando em joules:
Q = 72 ∙ 500 (4,2) = 304 ∙ 500 J
Calculando a potência:
Q
P = ___ 304500
= _______
300
= 1015 W
∆t
Alternativa C
231
6. (Puc) Dona Salina, moradora de uma cidade litorânea paulista, resolve testar o funcionamento de seu
recém-adquirido aparelho de micro-ondas. Decide, então, vaporizar totalmente 1 litro de água inicialmente
a 20 ºC. Para tanto, o líquido é colocado em uma caneca de vidro, de pequena espessura, e o aparelho é
ligado por minutos. Considerando que D. Salina obteve o resultado desejado e sabendo que o valor do kWh
é igual a R$ 0,28. Calcule o custo aproximado, em reais, devido a esse procedimento. Despreze qualquer
tipo de perda e considere que toda a potência fornecida pelo micro-ondas, supostamente constante, foi
inteiramente transferida para a água durante seu funcionamento.
a) 0,50
b) 0,40
c) 0,30
d) 0,20
e) 0,10
Resolução:
Q = Q1 + Q2
Q = m · c · ∆θ + m · L
Q = 1000 · 1 · (100 – 20) + 1000 · 540
Q = 620000 cal = 2604 kJ
Como 1 kWh = 3,6 ∙ 106 J
Temos que Q = 0,72 kWh, dessa forma o custo C será de:
C = 0,28 ∙ 0,72 = R$ 0,20 aproximadamente
Alternativa D
Sobrefusão ou superfusão
Durante o resfriamento de um líquido, eventualmente podem ser atingidas temperaturas abaixo da que correspon-
de à de solidificação da substância, e ainda assim a substância se mantém líquida.
232
O estado de equilíbrio da sobrefusão é me-
taestável, ou seja, existe equilíbrio, aparentemente,
porém, ocorre a mudança muito lenta do estado físico
da substância. A introdução de uma pequena porção
sólida ou uma agitação perturba o fenômeno e provoca
uma brusca solidificação, parcial ou total, do líquido. A
temperatura aumenta e atinge o ponto de solidificação.
Esse aumento de temperatura ocorre porque a queda
de energia potencial (característica da solidificação)
é compensada pelo aumento da energia cinética das
moléculas.
Vulgarmente, a perda de “calor erroneamente
sensível” torna-se perda de calor “latente”.
O estado de superaquecimento, isto é, quan-
do a substância atinge temperaturas superiores à tem-
peratura de ebulição sem que ocorra a ebulição, pode ocorrer ao se aquecer uma substância no forno micro-ondas.
Se o aquecimento é feito por uma chama, existem correntes de convecção no sistema e essas perturbam suficien-
temente o sistema, fervendo a substância quando a temperatura de ebulição for atingida.
O superaquecimento também é um estado metaestável. Desse modo, qualquer perturbação no sistema
diminui seu estado de energia potencial.
Vaporização
A passagem do estado líquido para o estado gasoso de uma substância é denominada vaporização, e pode ocorrer
de três modos: ebulição, evaporação e calefação.
A ebulição é o processo de vaporização que acontece quando a substância atinge uma determinada tem-
peratura. Esse processo é turbulento.
A evaporação acontece em qualquer temperatura nos líquidos, no entanto, especificamente na sua su-
perfície livre. A água líquida, por exemplo, quando colocada em um prato, desaparece após determinado tempo,
ou seja, a água é vaporizada (transforma-se em vapor) e misturada aos outros gases da atmosfera.
A calefação é um processo rápido de vaporização e ocorre quando o aumento de temperatura é brusco.
Esse processo acontece, por exemplo, ao colocarmos pequenas quantidades de água em uma frigideira bem quen-
te. A vaporização da água, nesse caso, é bastante rápida, quase instantânea.
Evaporação
233
Os fatores listados a seguir influenciam na velocidade de evaporação:
§§ Quanto maior a pressão atmosférica, menor será a velocidade.
§§ A atmosfera, pressionando a superfície do líquido, dificulta a vaporização.
§§ Quanto mais o líquido for volátil, maior será a velocidade.
§§ Como a área livre é maior, mais moléculas estão nessa superfície, o que aumenta a probabilidade de haver
moléculas “escapando” da superfície do líquido.
§§ Quanto maior for a temperatura do líquido, maior a velocidade.
§§ As moléculas, com temperatura maior, e, portanto, mais agitadas, têm maior velocidade e, consequentemente,
maior facilidade de “escapar”.
§§ Quanto mais úmido estiver o ar (maior a pressão parcial do vapor), menor será a velocidade.
Com o ar mais úmido, poderá ocorrer de as moléculas de vapor presentes no ar aderirem à superfície do
líquido, condensando-se.
mevaporação A · (F – f)
vevaporação = _______
= K _______
p
Dt e
Onde:
§§ K representa a volatilidade do líquido.
§§ A representa área da superfície livre do líquido.
§§ pe representa a pressão externa a que o líquido está submetido.
§§ F representa a pressão máxima de vapor (que depende da temperatura).
§§ f representa a pressão parcial de vapor na atmosfera (que caracteriza o grau de umidade).
Diagrama de fase
Introdução
A fase ou estado físico de uma substância representa o estado de agregação de suas moléculas.
No estado sólido, as moléculas encontram-se tão agregadas que não têm a possibilidade se de moverem
umas pelas outras.
No estado líquido, existe alguma mobilidade das moléculas, o que faz com que uma substância nesse es-
tado não tenha um forma definida. Entretanto, a interação é suficiente para que as moléculas ocupem um volume
bem definido, sendo, como nos sólidos, difícil comprimi-las.
No estado gasoso, as substâncias não têm nem forma nem volume definido, ou seja, é relativamente fácil
comprimir um gás.
234
Pressão e estado físico
Para determinada pressão, a temperatura dos sólidos é menor do que dos líquidos, e a temperatura desses, por sua
vez, é menor do que a dos gases. Isso ocorre devido ao aumento da agitação das moléculas (aumento da energia
cinética de translação). O movimento é tal que a interação entre as moléculas impede que se mantenham agregadas.
Por outro lado, o estado de agregação das moléculas pode ser modificado alterando-se a pressão que é
exercida pela vizinhança (geralmente a atmosfera) sobre a substância. Comprimindo uma massa gasosa, por exem-
plo, é possível aproximar as moléculas o suficiente para que elas se agreguem, mudando de fase para o estado
líquido (e até ao sólido).
Vapor Líquido
Como observamos na figura anterior, para a maior parte das substâncias, na passagem do estado ga-
soso para o líquido e do líquido para o sólido, ocorre a redução do volume. Observe, portanto, que é possível fazer
essa transição de fase reduzindo a temperatura ou aumentando a pressão exercida sobre a substância.
Conclui-se, assim, que o estado físico de uma substância não é determinado apenas pela temperatura, mas
também pela pressão.
235
Reprodução O diagrama de fase é um gráfico que relaciona as
fases da substância com a pressão e temperatura. Cada pon-
to no gráfico corresponde a uma combinação de pressão e
temperatura bem definida, determinando a fase da substância.
As linhas no diagrama de fase dividem as fases
e indicam valores de pressão e temperatura, nas quais
diferentes fases podem coexistir.
Para a maioria das substâncias, as linhas de fusão,
vaporização e sublimação têm inclinação positiva e a tem-
peratura de mudança de estado aumenta com o aumento
da pressão.
236
Comportamento da água e do bismuto
A água e o bismuto, ao passarem do estado líquido para o estado sólido, ao contrário das demais substâncias,
aumentam de volume.
Esse comportamento da água ocorre porque, ao se solidificar, as ligações entre as moléculas, que são pontes
de hidrogênio, formam cristais, cuja geometria afasta as moléculas. A figura, a seguir, ilustra a estrutura da água
no estado líquido e no estado sólido.
H2O líquida H2O sólida
Observando o diagrama de fases da água, é possível perceber que a curva de fusão é decrescente. Assim,
a temperatura de fusão diminui com o aumento da pressão. Logo, é possível derreter o gelo em uma temperatura
menor, caso ele esteja em uma pressão maior.
237
Observando o diagrama de fases acima, concluímos que:
§§ Aumentando a pressão – o ponto de fusão diminui (a curva de fusão é decrescente).
§§ Aumentando a pressão – o ponto de ebulição aumenta (a curva de ebulição é crescente).
Teoria na prática
1. (Esc. Naval) Observe o gráfico a seguir.
Uma máquina de café expresso possui duas pequenas caldeiras mantidas sob uma pressão de 1,0 MPa.
Duas resistências elétricas aquecem separadamente a água no interior das caldeiras até as temperaturas
TA ºC, na caldeira com água para o café, e TB ºC, na caldeira destinada a produzir vapor d’água para aquecer
leite. Assuma que a temperatura do café na xícara, TC ºC, não deve ultrapassar o ponto de ebulição da água
e que não há perdas térmicas, ou seja, TC = TA. Considerando o diagrama de fases no gráfico acima, quanto
vale, aproximadamente, o menor valor, em kelvins, da diferença TB – TA?
Dado: 1,0 atm = 0,1 MPa
a) 180
b) 130
c) 80
d) 30
e) Zero
238
Resolução:
Do enunciado, sabe-se que existem duas caldeiras, com temperaturas TA e TB e que ambas se encontram à
pressão constante de 1 MPa. Ainda do enunciado, a caldeira A é destinada para a água do café e a B para
o vapor d’água para aquecer o leite.
A temperatura do café na xícara é TC e TC = TA.
No processo de fazer o café ou do vapor, quando a caldeira liberar o líquido contido nelas, a pressão sofrerá
uma redução brusca para o valor de 1 atm (0,1 Mpa).
Alternativa C
2. (Ifsul) A panela de pressão permite que o cozimento dos alimentos ocorra mais rapidamente que em panelas
comuns.
Se, depois de iniciada a saída de vapor pela válvula, baixarmos o fogo, para economizar gás, o tempo gasto
no cozimento:
a) aumenta, pois a temperatura diminui dentro da panela.
b) diminui, pois a temperatura aumenta dentro da panela.
c) aumenta, pois diminui a formação de vapor dentro da panela.
d) não varia, pois a temperatura dentro da panela permanece constante.
Resolução:
Durante a mudança de fase de uma substância pura e cristalina, a temperatura permanece constante e de-
pende somente da pressão. O aumento de pressão aumenta a temperatura do ponto de ebulição da água.
Atingida a ebulição, basta mantê-la que a temperatura não se altera, não variando o tempo de cozimento.
Em fogo alto a fervura é mais violenta, mas a temperatura é a mesma.
Alternativa D
239
Regelo da água
O volume da água aumenta quando se solidifica, devido à geometria de seus cristais. Desse modo, o aumento de
pressão sobre o gelo (água sólida) “quebra” os cristais, tornando-a líquida. O efeito contrário, ou seja, a redução
da pressão, pode reverter o processo, e provocar o regelo.
© Pressmaster/Shutterstock
Do mesmo modo, um patinador ao usar patins aumenta a pressão
sobre a superfície do gelo, tornando o deslizar mais fácil.
A figura anterior exemplifica o experimento de Tyndall que demonstra o derretimento do gelo devido à
pressão aplicada sobre ele por um arame preso a dois pesos. O regelo da água ocorre acima do arame assim que
esse desce. Dessa forma, o arame atravessa o bloco inteiro e este permanece inteiro.
Teoria na prática
1. (G1 – Ifsul) Quando um patinador desliza sobre o gelo, o seu movimento é facilitado porque, enquanto ele
anda, o gelo transforma-se em água líquida, o que faz com que diminua o atrito entre os patins e o gelo.
Se o gelo encontra-se a uma temperatura inferior a 0°, a água líquida, é formada pela passagem do pati-
nador porque?
a) a temperatura do gelo aumenta devido ao movimento relativo entre os patins e o gelo.
b) o aumento da pressão sobre o gelo imposta pela lâmina dos patins diminui o ponto de fusão do gelo.
c) o aumento da pressão sobre o gelo imposta pela lâmina dos patins aumenta o ponto de fusão do gelo.
d) a temperatura do gelo não varia devido ao movimento relativo entre os patins e o gelo.
Resolução:
A temperatura de mudança de fase de uma substância depende da pressão. Para a água, o aumento de
pressão diminui o ponto de fusão. No caso, o aumento de pressão devido aos patins diminui a temperatura
de fusão do gelo, ocorrendo o derretimento.
Alternativa B
240
Estado gasoso e temperatura crítica
O estado gasoso pode ser subdividido em dois tipos: vapor e gás. Toda substância possui uma temperatura deno-
minada temperatura crítica. Acima dessa temperatura, as moléculas estão tão agitadas que, por maior que seja
o aumento da pressão, não é possível forçar as moléculas a se agregarem, isto é, não é possível mudar o estado
físico da substância.
Abaixo da temperatura crítica, o estado gasoso é denominado vapor, e acima dessa temperatura, é deno-
minado gás.
O “gás” de cozinha é, na verdade, "vapor" de cozinha, pois coexiste com o estado líquido.
Sublimação
A sublimação de uma substância ocorre quando existe a mudança direta do estado sólido para o estado gasoso.
Esse processo ocorre em temperaturas e pressões abaixo dos valores do ponto triplo. A região no diagrama de fases
onde ocorre sublimação é ilustrada na figura a seguir.
241
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
Fonte: Youtube
Fonte: Youtube
ACESSAR
Sites
242
ACESSAR
educacao.globo.com/fisica/assunto/termica/mudancas-de-estado.html
www.estudopratico.com.br/mudancas-de-estado-fisico-da-materia/
brasilescola.uol.com.br/quimica/graficos-mudanca-estado-fisico.htm
pt.khanacademy.org/science/chemistry/states-of-matter-and-intermolecular-forces
243
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Uma substância que constantemente tem seu estado físico alterado e é de suma importância para a manutenção da
vida no Planeta é a água. O ciclo da água é fundamental para o reabastecimento de água em rios, lagos, nascentes
e influencia o clima em todas as partes do globo.
O processo tem por início a vaporização da água dos oceanos, rios, mares etc. Sobe através da atmosfera até alturas
onde a temperatura é menor, sofrendo assim condensação, precipitando em outras regiões, pois as nuvens que são
formadas são carregadas pela atmosfera. Caso a temperatura seja ainda menor, a água pode solidificar e precipitar
na forma de granizo ou neve.
244
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
A Física, Química e Biologia têm como finalidade entender e descrever a natureza e seus fenô-
menos. Uma ferramenta essencial para a Física é a matemática. Por muito tempo, a física serviu
como fonte de inspiração para a matemática. Com ela, foi possível explicar de maneira gráfica os
fenômenos e até mesmo quantificá-los.
Habilidade 21 - Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou
tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo
Modelo
(Enem) A Terra é cercada pelo vácuo espacial e, assim, ela só perde energia ao irradiá-la para o
espaço. O aquecimento global que se verifica hoje decorre de pequeno desequilíbrio energético,
de cerca de 0,3%, entre a energia que a Terra recebe do Sol e a energia irradiada a cada segundo,
algo em torno de 1 W/m2. Isso significa que a Terra acumula, anualmente, cerca de 1,6 × 1022 J.
Considere que a energia necessária para transformar 1 kg de gelo a 0°C em água líquida seja igual
a 3,2 × 105 J. Se toda a energia acumulada anualmente fosse usada para derreter o gelo nos polos
(a 0°C), a quantidade de gelo derretida anualmente, em trilhões de toneladas, estaria entre
a) 20 e 40.
b) 40 e 60.
c) 60 e 80.
d) 80 e 100.
e) 100 e 120.
246
Análise Expositiva
Habilidade 17
O aluno precisa saber interpretar o problema e identificar as informações relevantes ao pro-
blema. Além disso, é necessário um conhecimento da fórmula de quantidade de calor latente
e de transformação de unidade.
Q = m ∙ L ⇒ 1,6 ∙ 1022 = m ∙ 3,2∙105 ⇒ m = 5 ∙ 1016 kg
m = 50 trilhões de toneladas
Alternativa B
Estrutura Conceitual
TEMPERATURA
CONSTANTE
CALOR
SÓLIDO
LATENTE
Estados da LÍQUIDO - Evaporação
matéria
- Ebulição
GASOSO - Calefação
AQUECIMENTO Processo
exotérmico - Solidificação
- Condensação
- Sublimação
DIAGRAMAS
RESFRIAMENTO
247
E.O. Aprendizagem 2. Considere estas informações:
§§ a temperaturas muito baixas, a água está
sempre na fase sólida;
1. (Unesp) A liofilização é um processo de de- §§ aumentando-se a pressão, a temperatura
sidratação de alimentos que, além de evitar de fusão da água diminui.
que seus nutrientes saiam junto com a água, Assinale a alternativa em que o diagrama
diminui bastante sua massa e seu volume, de fases pressão versus temperatura para a
facilitando o armazenamento e o transpor- água está de acordo com essas informações.
te. Alimentos liofilizados também têm seus a)
prazos de validade aumentados, sem perder
características como aroma e sabor.
b)
(www.sublimar.com.br) (www.brasilescola.com.br)
248
a) 100. 7. Uma atração turística da Áustria é Salzbur-
b) 200. go, cidade natal de Mozart, construída na
c) 540. Antiguidade graças às minas de sal.
d) 780. Salzburgo significa castelo do sal, pois nessa
cidade está localizada a mina de sal mais an-
4. (UFPR 2017) Entre as grandezas físicas que tiga do mundo, em atividade desde a Idade
influenciam os estados físicos das substân- do Ferro (1000 a.C.).
cias, estão o volume, a temperatura e a pressão. No passado, o sal era um importante e quase
O gráfico abaixo representa o comportamento insubstituível conservante alimentar e, além
da água com relação aos estados físicos que ela de cair bem ao nosso paladar, ele é uma ne-
pode ter. Nesse gráfico é possível representar cessidade vital, pois, sem o sódio presente
os estados físicos sólido, líquido e gasoso. As- no sal, o organismo seria incapaz de trans-
sinale a alternativa que apresenta as grandezas mitir impulsos nervosos ou mover músculos,
físicas correspondentes aos eixos das abscissas entre eles o coração.
e das ordenadas, respectivamente. <terra.com.br/turismo/roteiros/2000/11/10/009.htm>
Acesso em: 16.08.2013. Adaptado.
a) Pressão e volume.
b) Volume e temperatura.
c) Volume e pressão.
d) Temperatura e pressão.
e) Temperatura e volume.
(revistahost.uol.com.br/publisher/preview.phd?edicao=0511&id_mat=3716
Acesso em: 10.09.2013.)
5. É possível passar a matéria do estado sólido
diretamente para o gasoso, evitando a fase Durante a obtenção de sal em uma salina:
líquida. Tal fenômeno físico se verifica co- a) a água sofre evaporação.
mumente no gelo seco e na naftalina, mas b) a água sofre sublimação.
também pode ocorrer com a água, dependen- c) o sal sofre fusão.
do das condições de temperatura e pressão. d) a água e o sal sofrem sublimação.
A essa passagem dá-se o nome de: e) a água e o sal sofrem solidificação.
a) condensação.
b) sublimação. 8. Três cubos de gelo de 10,0 g, todos eles a
c) fusão.
d) vaporização. 0,0 °C, são colocados dentro de um copo va-
e) calefação. zio e expostos ao sol até derreterem comple-
tamente, ainda a 0,0 °C.
6. Materiais com mudança de fase são bastante Calcule a quantidade total de calor requerida
utilizados na fabricação de tecidos para rou- para isto ocorrer, em calorias.
pas termorreguladoras, ou seja, que regulam Considere o calor latente de fusão do gelo
sua temperatura em função da temperatura LF = 80 cal/g.
da pele com a qual estão em contato. Entre as a) 3,7 ∙ 10–1
fibras do tecido, são incluídas microcápsulas b) 2,7 ∙ 101
contendo, por exemplo, parafina, cuja tempe- c) 1,1 ∙ 102
ratura de fusão está próxima da temperatura d) 8,0 ∙ 102
de conforto da pele, 31 °C. Considere que um e) 2,4 ∙ 103
atleta, para manter sua temperatura inter-
na constante enquanto se exercita, libere 9. (PUC 2017) Um 1chef de cuisine precisa
1,5 × 104 J de calor através da pele em conta- transformar 10 g de gelo a 0 ºC em água a
to com a roupa termorreguladora e que o ca- 40 ºC em 10 minutos. Para isto utiliza uma
lor de fusão da parafina é LF = 2,0 × 105 J/kg. resistência elétrica percorrida por uma cor-
Para manter a temperatura de conforto da rente elétrica que fornecerá calor para o
pele, a massa de parafina encapsulada deve gelo. Supondo-se que todo calor fornecido
ser de, no mínimo: pela resistência seja absorvido pelo gelo e
a) 500 g.
desprezando-se perdas de calor para o meio
b) 450 g.
c) 80 g. ambiente e para o frasco que contém o gelo,
d) 75 g. a potência desta resistência deve ser, em
e) 13 g. watts, no mínimo, igual a:
249
Dados da água: a) 861.
Calor específico no estado sólido: 0,50 cal/gºC b) 463.
Calor específico no estado líquido: 1,0 cal/gºC c) 205.
Calor latente de fusão do gelo: 80 cal/g d) 180.
Adote 1 cal = 4 J e) 105.
1
chefe de cozinha
a) 4. 2. Em um calorímetro são colocados 2,0 kg de
b) 8. água, no estado líquido, a uma temperatura
c) 10. de 0 °C. A seguir, são adicionados 2,0 kg de
d) 80. gelo, a uma temperatura não especificada.
e) 120. Após algum tempo, tendo sido atingido o
equilíbrio térmico, verifica-se que a tempe-
10. A presença de vapor d’água num ambiente ratura da mistura é de 0 ºC e que a massa de
tem um papel preponderante na definição gelo aumentou em 100 g.
do clima local. Uma vez que uma quantidade Considere que o calor específico do gelo
de água vira vapor, absorvendo uma gran- (c = 2,1 kJ/kg∙°C) é a metade do calor espe-
de quantidade de energia, quando esta água cífico da água e que o calor latente de fusão
se condensa libera esta energia para o meio do gelo é de 330 kJ/kg; e desconsidere a ca-
ambiente. Para se ter uma ideia desta quan- pacidade térmica do calorímetro e a troca de
tidade de energia, considere que o calor libe- calor com o exterior.
rado por 100 g de água no processo de con- Nessas condições, a temperatura do gelo que
densação seja usado para aquecer uma certa foi inicialmente adicionado à água era, apro-
massa m de água líquida de 0 °C até 100 °C. ximadamente:
Com base nas informações apresentadas, cal- a) 0 °C.
cula-se que a massa m, de água aquecida, é: b) –2,6 °C.
(Dados: Calor latente de fusão do gelo c) –3,9 °C.
LF = 80 cal/g; Calor latente de vaporização d) –6,1 °C.
LV = 540 cal/g; Calor específico da água, e) –7,9 °C.
c = 1 cal/g°C)
a) 540 g. 3. Uma amostra de determinada substância
b) 300 g. com massa 30 g encontra-se inicialmente
c) 100 g. no estado liquido, a 60°C. Está representa-
d) 80 g. da pelo gráfico abaixo a temperatura dessa
e) 6,7 g. substância em função da quantidade de calor
por ela cedida.
Analisando esse gráfico, é correto afirmar
E.O. Fixação que:
250
4. Uma amostra de uma substância encontra- inicialmente a 0 ºC, sendo que o calor la-
-se, inicialmente, no estado sólido na tem- tente de fusão do gelo vale 80 cal/g, após
peratura T0. Passa, então, a receber calor até o gelo derreter e todo o sistema entrar em
atingir a temperatura final Tf, quando toda a equilíbrio térmico, desprezando-se as perdas
amostra já se transformou em vapor. de calor para o ambiente, a temperatura do
O gráfico abaixo representa a variação da café será igual a:
temperatura T da amostra em função da a) 86,15 ºC.
quantidade de calor Q por ela recebida. b) 88,75 ºC.
c) 93,75 ºC.
d) 95,35 ºC.
251
a) 11,3. correto afirmar que:
b) 26,1.
c) 26,7.
d) 289.
e) 306.
252
E.O. Dissertativo a água continuou fervendo. Qual a potência
calorífica do fogão e o volume de água contido
na panela ao final desses 15 min de aqueci-
1. Com a finalidade de se fazer café, um recipien- mento?
te com 0,5 L de água é aquecido em um fogão. Despreze o calor perdido para o ambiente e o
A temperatura da água aumenta desde 25 °C calor absorvido pelo material de que é feita
até 100° C. Considere para a água: densida-
a panela; suponha que o fogão forneça calor
de r = 1,0 kg/L; calor latente de vaporização
com potência constante durante todo tempo.
Ly = 540 cal/g; calor específico c = 1,0 cal /g°C.
Dados:
a) Calcule a quantidade de calor cedida à água,
calor específico da água:
para que sua temperatura aumente desde 25 °C
cágua = 4,2 · 10³ J/(kg · °C);
até 100 °C.
b) Supondo que a quantidade de calor total ce- calor latente de vaporização da água:
dida à água, até o momento em que se apaga Lágua = 2,3 · 106 J/kg.
a chama do fogão, foi de 145.500 cal, calcule
o volume de água, em litros, que ficou no re- Adote para a densidade da água:
cipiente para ser utilizada no preparo do café. dágua = 1,0 kg/L
253
Calcule: 8. Um funcionário de uma lanchonete
a) o calor (medido em calorias) cedido pela precisa aquecer 1,0 litro de água que,
água ao gelo. inicialmente, está à temperatura ambiente
b) a massa de gelo inicialmente presente no ca- T0 = 25 °C. Para isso, ele utiliza o ebulidor
lorímetro. de água, mostrado na figura abaixo, que
Dados: possui uma resistência R = 12,1 V e é feito
calor específico da água, ca = 1,0 cal/g°C para funcionar com a diferença de potencial
calor latente de fusão do gelo, L = 80 cal/g U2 .
U = 110 volts. Adote P = ___
R
6. Um bloco de gelo com 5 kg de massa encon-
tra-se a –20 °C.
Dados:
calor específico:
gelo – cg = 0,50 cal g–1 (°C)–1
chumbo – cc = 0,031 cal g–1 (°C)–1
calor latente de fusão:
gelo – Lg = 80 cal g–1
chumbo – Lc = 5,9 cal g–1
temperatura de fusão:
gelo – Tg = 0 °C
Ele mergulha o ebulidor dentro da água,
chumbo – Tc = 327,3 °C
liga-o e sai para atender um cliente.
a) Calcule a quantidade de calor necessário para
a) Calcule o tempo para a água atingir a
derreter completamente o bloco de gelo.
temperatura T0 = 100 °C.
b) Com o calor necessário para derreter o bloco
b) Calcule o tempo para a água evaporar
de gelo calculado no item acima, qual seria
completamente.
a massa de um bloco de chumbo que poderia
c) Esboce o gráfico da temperatura em função
ser derretido, se esse bloco de chumbo esti- do tempo para o processo de aquecimento e
vesse, inicialmente, também a –20 °C? vaporização da água.
c) A que grandeza(s) física(s) você atribui essa
diferença na massa que você calculou no
9. Um forno solar simples foi construído com
item b)? uma caixa de isopor, forrada internamente
com papel alumínio e fechada com uma
7. O gráfico representa o processo de aqueci- tampa de vidro de 40 cm × 50 cm. Dentro
mento e mudança de fase de um corpo ini- desse forno, foi colocada uma pequena
cialmente na fase sólida, de massa igual a panela contendo 1 xícara de arroz e 300 ml
100 g. de água à temperatura ambiente de 25
°C. Suponha que os raios solares incidam
perpendicularmente à tampa de vidro e que
toda a energia incidente na tampa do forno
a atravesse e seja absorvida pela água. Para
essas condições, calcule:
a) a potência solar total P absorvida pela água.
b) a energia E necessária para aquecer o
conteúdo da panela até 100 °C.
c) o tempo total t necessário para aquecer o
conteúdo da panela até 100 °C e evaporar 1/3
da água nessa temperatura (cozer o arroz).
NOTE E ADOTE
Sendo Q a quantidade de calor absorvida Potência solar incidente na superfície da
pelo corpo, em calorias, e T a temperatura do Terra: 1 kW/m2
corpo, em graus Celsius, determine: Densidade da água: 1 g/cm3
a) o calor específico do corpo, em cal/(g°C), na Calor específico da água: 4 J/(g °C)
fase sólida e na fase líquida. Calor latente de evaporação da água: 2200 J/g
b) a temperatura de fusão, em °C, e o calor la- Desconsidere as capacidades caloríficas do
tente de fusão, em calorias, do corpo. arroz e da panela.
254
10. Determinada substância pura encontra- d) um líquido pode ser superaquecido acima de
se inicialmente, quando t = 0 s, no estado sua temperatura de ebulição normal, mas de
sólido, a 20 °C, e recebe calor a uma taxa forma nenhuma nesse líquido haverá forma-
constante. O gráfico representa apenas parte ção de bolhas.
da curva de aquecimento dessa substância, e) a água em uma panela pode atingir a tem-
pois, devido a um defeito de impressão, ele peratura de ebulição em alguns minutos, e é
foi interrompido no instante 40 s, durante a
necessário muito menos tempo para fazer a
fusão da substância, e voltou a ser desenhado
água vaporizar completamente.
a partir de certo instante posterior ao término
da fusão, quando a substância encontrava-se
totalmente no estado líquido. 2. (Enem) A água apresenta propriedades
físico-químicas que a coloca em posição de
destaque como substância essencial à vida.
Dentre essas, destacam-se as propriedades
térmicas biologicamente muito importantes,
por exemplo, o elevado valor de calor latente
de vaporização. Esse calor latente refere-se à
quantidade de calor que deve ser adicionada
a um líquido em seu ponto de ebulição, por
unidade de massa, para convertê-lo em va-
Sabendo-se que a massa da substância é de por na mesma temperatura, que, no caso da
100 g e que seu calor específico na fase sóli- água, é igual a 540 calorias por grama.
da é igual a 0,03 cal/(g·°C), calcule a quan- A propriedade físico-química mencionada
tidade de calor necessária para aquecê-la no texto confere à água a capacidade de:
desde 20 °C até a temperatura em que se a) servir como doador de elétrons no processo
inicia sua fusão, e determine o instante em de fotossíntese.
que se encerra a fusão da substância. b) funcionar como regulador térmico para os
organismos vivos.
255
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES 5. (Enem) Se, por economia, abaixarmos o fogo
sob uma panela de pressão logo que se inicia
A panela de pressão permite que os alimen-
a saída de vapor pela válvula, de forma sim-
tos sejam cozidos em água muito mais rapi-
plesmente a manter a fervura, o tempo de
damente do que em panelas convencionais.
cozimento:
Sua tampa possui uma borracha de vedação
a) será maior porque a panela “esfria”.
que não deixa o vapor escapar, a não ser atra-
vés de um orifício central sobre o qual assen- b) será menor, pois diminui a perda de água.
ta um peso que controla a pressão. Quando c) será maior, pois a pressão diminui.
em uso, desenvolve-se uma pressão elevada d) será maior, pois a evaporação diminui.
no seu interior. Para a sua operação segura, e) não será alterado, pois a temperatura não
é necessário observar a limpeza do orifício varia.
central e a existência de uma válvula de se-
gurança, normalmente situada na tampa. O
esquema da panela de pressão e um diagrama E.O. UERJ
de fase da água são apresentados a seguir.
Exame de Qualificação
1. (UERJ 2017) O gráfico abaixo indica o com-
portamento térmico de 10 g de uma substân-
cia que, ao receber calor de uma fonte, passa
integralmente da fase sólida para a fase líquida.
256
4. (UERJ) Quatro esferas metálicas e maciças, 6. (UERJ 2018) Observe no diagrama as etapas
E1, E2, E3 e E4, todas com a mesma massa, são de variação da temperatura e de mudanças
colocadas simultaneamente no interior de de estado físico de uma esfera sólida, em
um recipiente contendo água em ebulição. função do calor por ela recebido. Admita que
a esfera é constituída por um metal puro.
A tabela a seguir indica o calor específico e a
massa específica do metal que constitui cada
esfera.
Metal
Esfera calor especí- massa especí-
tipo
fico (cal/gºC) fica (g/cm3)
E1 alumínio 0,215 2,7
E2 ferro 0,113 7,8
E3 níquel 0,056 10,5
E4 cobre 0,093 8,9
327
27
0 T 64 t(s)
Sabendo que os valores positivos indicam
Se o chumbo tem calor específico igual a calor recebido pelo corpo e os valores ne-
0,13 J/g°C e calor latente de fusão igual a gativos indicam o calor perdido pelo corpo,
conclui-se que:
25 J/g, então o instante T do gráfico, em se-
a) em temperaturas entre 30 ºC e 40 ºC o corpo
gundos, e a energia total consumida, em jou-
recebe mais calor do ambiente do que perde.
les, correspondem respectivamente, a: b) à temperatura de 20 ºC a perda de calor por
a) 25 e 2500 evaporação é maior que por radiação e con-
b) 39 e 3900 vecção.
c) 25 e 5200 c) a maior perda de calor ocorre à temperatura
d) 39 e 6400 de 32 ºC.
257
d) perda de calor por evaporação se aproxima b) a altura que ele precisaria escalar, sem trans-
de zero para temperaturas inferiores a 20 ºC. pirar, para consumir as 500 kcal adquiridas
e) à temperatura de 36 ºC não há fluxo de calor com a ingestão do pedaço de bolo.
entre o corpo e o meio. Dados: 1 cal = 4,2 J e o calor de evaporação
do suor é 580 kcal/kg
258
3. (Fuvest) Coloca-se 900 g de gelo a 0 °C, no interior de um forno de micro-ondas de 1200 W para
ser transformado em água também a 0 °C. Admitindo-se que toda a energia fornecida pelo forno
será absorvida pelo gelo, devemos programá-lo para funcionar durante:
a) 3 min
b) 4 min
c) 6 min
d) 12 min
e) 0,5 min
4. (Unesp) Aquece-se certa quantidade de água. A temperatura em que irá ferver depende da:
a) temperatura inicial da água.
b) massa da água.
c) pressão ambiente.
d) rapidez com que o calor é fornecido.
e) quantidade total do calor fornecido.
5. (Unesp) Num mesmo local e ocasião, massas diferentes de água pura são aquecidas lado a lado, em dois
recipientes abertos, desde a temperatura ambiente até começarem a ferver.
Assinale a alternativa correta em relação aos valores, para os dois recipientes, da(s):
§§ quantidade de calor recebida pelas massas de água desde o início do aquecimento até começa-
rem a ferver (despreze quaisquer tipos de perda);
§§ temperaturas finais atingidas pelas massas de água e
§§ densidades (ou massas específicas) das massas de água.