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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA - UEPB

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SÁUDE


DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA
DISCIPLINA: ATENÇÃO FARMACÊUTICA
DOCENTE: PATRÍCIA TRINDADE COSTA PAULO

CASOS CLÍNICOS SEGUNDO A METODOLOGIA DÁDER

Análise os casos clínicos abaixo e classifique os problemas farmacoterapêuticos do


paciente de acordo com a metodologia Dáder. Como farmacêutico qual seria sua conduta
de intervenção? De que maneira você pode contribuir para a saúde do paciente? Lembre-
se que o paciente pode apresentar mais de um RNM.

Caso Clínico 01:


Homem, 50 anos, IMC= 37, foi diagnosticado como hipertenso a 15 anos. Consultou-se
com um médico amigo da família, após anos sem fazer o controle da pressão arterial.
Durante a consulta a pressão do paciente estava 220x160 mmHg. O médico solicitou que
o mesmo fizesse exames de rotina e prescreveu os seguintes medicamentos:
Losartana 50 mg, 7, 15, 21h;
Hidroclorotiazida, 25 mg, 1 vez ao dia;
Anlodipino 10 mg, 12/15h
Quando o paciente comprou os medicamentos prescritos na farmácia o farmacêutico
estava em seu horário de almoço, e ele não recebeu nenhuma instrução.
Preocupado com sua saúde, o paciente começou a ter uma dieta restrita e iniciou a prática
de exercícios físicos. Após ter feito os exames solicitados, voltou ao médico e o mesmo
prescreveu uma terapia adicional.
Atorvastatina 100 mg – 1 vez a noite.
Fenofibrato 200 mg – 1 vez a noite.
Ao ir novamente a farmácia, consultou-se com o farmacêutico e este ficou preocupado
com a conduta farmacológica estabelecida para o paciente. Ao verificar sua P.A constatou
que a mesma estava 150x90 mmHg, o farmacêutico informou ao paciente que seria
necessário alguns dias de tratamento antes de sua pressão se estabilizar.
Resultado do exame: Triglicérides 309 mg/dL
Colesterol Total 312 mg/dL
RNM: Insegurança quantitativa ( PRM= devido a Interação Grave entre Atorvastatina
e Fenofibrato; Dose alta de Atorvastatina)
Plano de Cuidados: Entrar em contato com o médico para esclarecer a posologia do
Anlodipino; verificar a necessidade de tomar os dois hipolipemiantes e adequar a dose da
Atorvastatina (Dose máxima: 80 mg/dia).
Fazer o monitoramento da pressão arterial do paciente a fim de verificar a eficácia da
terapia medicamentosa.

Caso Clínico 02:


Mulher, 35 anos, IMC=22, procura o serviço de Atenção Farmacêutica da farmácia
queixando-se de insônia. A mesma faz uso de Rivotril ® (6mg, ao deitar), prescrito pelo
médico a 6 meses. Queixa-se também de dores de cabeças frequentes, que associa ao fato
de não conseguir dormir bem. Ao verificar sua P.A a farmacêutica indagou a paciente se
ela possuía algum problema de pressão (140x90 mmHg). A paciente disse que começou
a fazer uso de Metoprolol (50 mg, 1 vez ao dia), também prescrito por médico, dois meses
antes de iniciar a terapia para insônia. Entretanto, começou ao tomar um dia sim um dia
não, pois sua vizinha disse que o medicamento que ela estava tomando para dormir
também diminuía a pressão.

A paciente apresenta algum RNM? Qual seria sua conduta se ela fosse sua paciente?

RNM: Inefetividade não-quantitativa (visto que a paciente desenvolveu tolerância ao


medicamento(Rivortil (Clonazepam)) e Inefetividade quantitativa ( PRM= oriundo do
incumprimento na utilização do Metropolol)
Plano de Cuidados: Encaminhar a paciente ao médico para que o mesmo prescreva outro
medicamento para insônia.
Orientar a paciente de que ela não deve deixar de tomar um medicamento ou aumentar a
dose/frequência do mesmo sem a orientação do farmacêutico ou médico.
Orientar a paciente a fazer uso do metropolol uma vez ao dia e fazer um acompanhamento
da pressão arterial na farmácia, a fim de verificar se a terapia será eficaz.
OBS: Professora, também sugerir que a mesma procure auxílio de uma psicóloga para
avaliar a causa da insônia? sim.

Caso Clínico 03:

Homem, 28 anos, IMC=24, o paciente se queixa de dor abdominal forte seguida por uma
intensa pirose, que se iniciou no dia anterior e piorou nas últimas horas. Ele relata que
iniciara um tratamento com diclofenaco sódico um mês antes devido a um problema
ortopédico no membro inferior direito, advindo de uma lesão adquirida em um jogo de
futebol. Não está tomando nenhuma outro medicamento e relata que sua dieta é baseada
em lanches rápidos e produtos industrializados. Considera‐se uma pessoa estressada pela
sua própria profissão e pergunta ao farmacêutico se o mesmo não poderia fazer uso de
medicamento calmante.
Medicamento:
- Diclofenaco sódico 100mg.

RNM: Insegurança Quantitativa


Plano de Cuidados:
Conversar com o paciente para que o mesmo tenha uma alimentação saudável e possua o
hábito de praticar exercícios físicos. Orientá-lo sobre o uso racional dos medicamentos,
explicando que a melhor escolha é que ele mude os hábitos de vida que estão conduzindo
ao estresse, medicamento não deve ser a primeira escolha.
Suspender o uso do diclofenaco e pedir que o paciente retorne a farmácia caso sinta
alguma dor ou incomodo. AQUI SE FOI O MÉDICO QUE PASSOU, VOLTAR
IMEDIATAMENTE AO MÉDICO.

Caso Clínico 04:


Mulher, 48 anos, IMC=28, procura a Clínica Escola de Farmácia queixando-se de
constipação. A paciente também relata que está preocupada quanto a sua diabetes pois
acha que os medicamentos não estão mais fazendo efeito. Aconselhada por sua sobrinha
que é enfermeira, a mesma procurou um laboratório e fez os seguintes exames: Glicemia
de jejum e hemoglobina glicada, os resultados obtidos foram: 95 mg/dL e 5,1%,
respectivamente. Quando perguntada se mantinha uma dieta equilibrada a paciente
respondeu que sim, e disse que apenas ontem comeu um pouco a mais em uma festa
junina e com receio de sentir azia tomou 6 comprimidos de hidróxido de alumínio antes
do jantar.
Medicamentos que faz uso para tratar a diabetes:
Metformina, 850 mg (1-1-0)
Insulina NPH 30 U, às 22:00 ou antes de dormir.

Insegurança quantitativa (Dose alta), relacionado ao uso do hidróxido de alumínio.


Plano de Cuidados:
Tranquilizar a paciente a respeito da sua diabetes, visto que a mesma está controlada.
Informar a paciente que a constipação que ela está sentindo é devido ao uso do hidróxido
de alumínio, orientá-la a não utilizar medicamentos sem previamente consultar um
farmacêutico ou médico.
Caso Clínico 05:
Homem, 58 anos, IMC=23, hipertenso e diabético, foi diagnosticado recentemente como
uma infecção respiratória e está fazendo uso de Ciprofloxacino 250 mg (1-0-1). Procurou
o serviço de farmácia clínica pois ao sair de manhã para trabalhar verificou que
apareceram lesões na parte da pele exposta a luz solar. O paciente relata que há dois meses
fez tratamento para uma dermatite causada por fungo e acha que está novamente com o
mesmo problema, só que de forma agravada. O paciente quer saber do farmacêutico se
pode utilizar o mesmo medicamento (Cetoconazol, creme) ou deveria comprar um mais
“forte” já que as lesões estavam vermelhas.
Medicamentos que o paciente faz uso para hipertensão e diabetes:
Enalapril 20 mg (1-0-1);
Hidroclorotiazida 25 mg, pela manhã)
Metformina 500 mg (1-1-1)

RNM: Insegurança não-quantitativa (reação de hipersensibilidade ao ciprofloxacino)


Plano de Cuidados:
Suspender o uso do cirprofloxacino.
Encaminhá-lo ao médico para que o mesmo prescreva outro antibiótico. Combinar com
o paciente se a intervenção será feita por ele ou por meio de uma carta, relatando a reação
de hipersensibilidade.
Registrar na anvisa a reação adversa do paciente.

Caso Clínico 06:


Mulher, 72 anos, 84 kg, 1,67m dirigiu-se ao Serviço de Atenção Farmacêutica da
Farmácia Universitária no dia 08 de março de 2015 relatando fazer uso de diversos
medicamentos segundo orientação médica. Usuária de captopril (50 mg, 1-1-1) e
diazepam (10 mg, antes de deitar), relatou ter experimentado quadros de tosse seca, a qual
atribuiu ao uso do anti-hipertensivo, tendo, portanto, suspendido seu uso
temporariamente. Relatou de que sua irmã tem notado que algumas vezes no dia ela com
o olhar parado, afirma que essa semana sua irmã disse que a mesma ficou repetidamente
abotoando os botões da camisa.

P.A. = 160x110 mmHg (08/03/2015)

RNM: INSEGURANÇA QUANTITATIVA, JÁ EXISTE A OCORRÊNCIA DE RAM.


ENTÃO ENCAMINHAR AO MÉDICO INFORMANDO E AGUARDAR O QUE ELE
FARÁ)
Plano de Cuidados:
Encaminhar com urgência a paciente ao médico, com uma carta de intervenção relatando
o que a paciente contou durante a consulta e sugerindo que outro medicamento anti-
hipertensivo seja prescrito. Além de alertar sobre os sintomas que a paciente vem
apresentando, suspeita de estar convulsionando.

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