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PESQUISA CIENTÍFICA
Pesquisa qualitativa:
Na abordagem qualitativa, a pesquisa tem o ambiente como fonte direta dos
dados. O pesquisador mantém contato direto com o ambiente e objeto de estudo em
questão necessitando um trabalho mais intensivo de campo. Neste caso, as questões
são estudadas no ambiente em que eles se apresentam sem qualquer manipulação
intencional do pesquisador. A utilização deste tipo de abordagem difere da abordagem
quantitativa pelo fato de não utilizar dados estatísticos como o centro do processo de
análise de um problema, não tendo, portanto, a prioridade de numerar ou medir
unidades. Os dados coletados nessas pesquisas são descritivos, retratando o maior
número possível de elementos existentes na realidade estudada. Preocupa-se muito
mais com o processo do que com o produto. Na análise dos dados coletados não há
preocupação em comprovar hipóteses previamente estabelecidas, porém não
eliminam a existência de um quadro teórico que direcione a coleta, a análise e
interpretação dos dados.
Pesquisa quantitativa:
Este tipo de abordagem está relacionado ao emprego de recursos e técnicas
estatísticas que visem quantificar os dados coletados. No desenvolvimento da
pesquisa de natureza quantitativa devem-se formular hipóteses e classificar a relação
entre as variáveis para garantir a precisão dos resultados, evitando contradições no
processo de análise e interpretação.
TIPOS DE PESQUISA
A Pesquisa Científica visa conhecer cientificamente um ou mais aspectos de
determinado assunto. Para tanto deve ser sistemática, metódica e crítica. O produto
da pesquisa científica deve contribuir para o avanço do conhecimento humano. Na
vida acadêmica, a pesquisa é um exercício que permite despertar o espírito de
investigação diante dos trabalhos e problemas sugeridos ou propostos pelos
professores e orientadores.
a) Pesquisa bibliográfica
Esta pesquisa tem como objetivo explicitar e construir hipóteses acerca do
problema evidenciado, aprimorando as idéias, fundamentando o assunto em questão
abordado na pesquisa. Para tanto, esse tipo de pesquisa envolve um levantamento
bibliográfico, o qual deverá ser feito em diversas fontes, buscando consultar obras
respeitáveis e atualizadas.
A pesquisa bibliográfica é desenvolvida através de livros, publicações em
periódicos e artigos científicos. Nesta pesquisa é importante que o pesquisador
verifique a veracidade dos dados obtidos, observando as possíveis incoerências ou
contradições que as obras possam apresentar.
Os demais tipos de pesquisa também envolvem o estudo bibliográfico, pois
todas as pesquisas necessitam de um referencial teórico. Para a pesquisa bibliográfica
é interessante utilizar as fichas de leitura que facilitam a organização das informações
obtidas.
b) Pesquisa de campo
A pesquisa de campo é uma forma de coleta que permite a obtenção de dados
sobre um fenômeno de interesse, da maneira como este ocorre na realidade estudada.
Consiste, portanto, na coleta de dados e no registro de variáveis presumivelmente
relevantes, diretamente da realidade, para ulteriores análises. A pesquisa de campo
abrange:
• pesquisa bibliográfica;
• determinação das técnicas de coleta de dados e determinação da amostra;
• registro dos dados e de análises.
c) Pesquisa experimental
Este tipo de pesquisa é mais utilizado nas ciências naturais, por utilizarem o
método experimental. Requer uso de equipamentos, laboratórios, técnicas e
instrumentos que possam indicar um resultado concreto. Porém, são utilizadas em
estudos de grupos selecionados, assim como, possibilita o levantamento de situações
econômicas de uma determinada faixa do mercado consumidor.
“A pesquisa experimental se caracteriza por manipular diretamente as variáveis
relacionadas com o objeto de estudo. Neste tipo de pesquisa, a manipulação das
variáveis proporciona o estudo da relação entre as causas e efeitos de um
determinado fenômeno. Através da criação de situações de controle, procura-se evitar
a interferência de variáveis intervenientes. Interfere-se diretamente na realidade,
manipulando-se a variável independente a fim de observar o que acontece com a
dependente.” (CERVO & BERVIAN, 2004, p.68).
A pesquisa experimental consiste em determinar um objeto de estudo,
selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de
controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.
Os objetos de estudo podem ser líquidos, bactérias, ratos ou grupos sociais,
estudo de comportamento, aprendizagem e produtividade.
d) Pesquisa documental
Pesquisa documental é a forma de coleta de dados em relação a documentos,
escritos ou não, denominados fontes primárias. Livros, revistas jornais, publicações
avulsas e teses são fontes secundárias. Assim, documento é uma fonte de dados,
fixada materialmente e suscetível de ser utilizada para consulta, estudo ou prova.
Quanto à forma, os documentos podem ser classificados como a) manuscritos; b)
impressos sem periodicidade: livros, folhetos, catálogos, processos, pareceres, enfim,
uma vasta gama de fontes; c) periódicos: revistas, boletins, jornais, anuários e demais
documentos de divulgação periódica; d) microfilmes e vídeos que reproduzem outros
documentos; e) mapas, planos, documentos fotográficos, documentos magnéticos,
informatizados.
e) Pesquisa ex-post-facto
A pesquisa ex-post-facto analisa situações que se desenvolverão naturalmente
após algum acontecimento. É muito utilizada nas ciências sociais, pois permite a
investigação de determinantes econômicos e sociais do comportamento da sociedade
em geral. Estuda-se um fenômeno já ocorrido, tenta-se explicá-lo e entendê-lo.
f) Estudo de caso
O estudo de caso refere-se ao estudo minucioso e profundo de um ou mais
objetos. O estudo de caso pode permitir novas descobertas de aspectos que não
foram previstos inicialmente. Restringe-se o estudo a um objeto que pode ser um
indivíduo, família, grupo.
Por lidar com fatos/fenômenos normalmente isolados, o estudo de caso exige do
pesquisador grande equilíbrio intelectual e capacidade de observação (‘olho clínico’),
além de parcimônia (moderação) quanto à generalização dos resultados.
g) Pesquisa-ação
A pesquisa – ação acontece quando há interesse coletivo na resolução de um
problema ou suprimento de uma necessidade (...). Pesquisadores e pesquisados
podem se engajar em pesquisas bibliográficas, experimentos, etc., interagindo em
função de um resultado esperado.
Nesse tipo de pesquisa, os pesquisadores e os participantes envolvem-se no
trabalho de forma cooperativa. A pesquisa-ação não se refere a um simples
levantamento de dados ou de relatórios a serem arquivados. Com a pesquisa-ação os
pesquisadores pretendem desempenhar um papel ativo na própria realidade dos fatos
observados.
FASES DA PESQUISA:
Cada uma dessas fases é formada por procedimentos e passos, que devem ser
seguidos sistematicamente para o bom andamento da pesquisa. Veja agora quais são
eles:
Fichamento:
Nesse momento, após a leitura dos textos relacionados à área temática
investigada, o pesquisador deverá elaborar fichas no computador ou mesmo à mão,
anotando a síntese dos conceitos e pressupostos sobre o tema abordado, que são
apresentados pelos autores estudados. O fichamento é uma forma de investigar que
se caracteriza pelo ato de fichar (registrar em fichas) todo o material necessário à
compreensão de um texto ou tema. É uma parte importante na organização da
pesquisa de documentos, permitindo um fácil acesso aos dados fundamentais para a
conclusão do trabalho. O fichamento facilitará a procura do pesquisador, que terá ao
seu alcance as informações coletadas nas bibliotecas públicas ou privadas, na
Internet, ou mesmo em acervo próprio ou de amigos, evitando que consulte mais de
uma vez a respeito de um determinado tema, uma vez que não consegue guardar em
sua memória todos os dados aos quais teve acesso. O importante é que eles estejam
bem organizados e de acesso fácil para que os dados não se percam. A ficha é
composta com cabeçalho, referência bibliográfica, corpo ou texto-conteúdo, indicação
da obra (quem deve lê-la) e o local (onde a obra se encontra).
Construção de hipótese(s)
A hipótese é uma possível resposta ao problema da pesquisa e orienta a busca
de outras informações. A hipótese pode ser definida como uma suposição que
antecede a constatação dos fatos. Sua função é proporcionar explicações para certos
fatos e, ao mesmo tempo, orientar a busca de outras informações em relação à área
temática estudada.
A hipótese pode também ser entendida como as relações entre duas ou mais
variáveis, e é preciso que pelo menos uma delas já tenha sido fruto de conhecimento
científico.
Nas hipóteses não se busca estabelecer unicamente uma conexão causal (se A,
então B), mas a probabilidade de haver uma relação entre as variáveis estabelecidas
(A e B), relação essa que pode ser de dependência, de associação e também de
causalidade.
Tal como o problema, a formulação de hipóteses prioriza a clareza e a distinção.
“É preciso não confundir hipótese com pressuposto, com evidência prévia.
Hipótese é o que se pretende demonstrar e não o que já se tem demonstrado
evidente, desde o ponto de partida. [...] nesses casos não há mais nada a demonstrar,
e não se chegará a nenhuma conquista e o conhecimento não avança” (SEVERINO,
2006, p. 161).
Assim, a elaboração das hipóteses servirá como um guia na tarefa de
investigação e auxiliará na compreensão e elaboração dos resultados e conclusões da
pesquisa, atingindo altos níveis de interpretação.
A pesquisa pode confirmar ou refutar a(s) hipótese(s) levantada(s).
HIPÓTESES NÃO são perguntas, mas SIM AFIRMAÇÕES.
Alguns autores utilizam a expressão “questões norteadoras” em vez de
hipóteses.