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31/03/2019 Da contribuição do segurado contribuinte individual que presta serviços à empresas e da extinção da escala transitória de salário

PERGUNTÃO INSS Por João de Carvalho Leite


Atualizado 20/01/2018
Da contribuição do segurado contribuinte individual
01 - O que é Contribuinte Individual?

R- Os segurados anteriormente denominados "empresário", "trabalhador autônomo" e "equiparado a trabalhador


autônomo", a par r de 29 de novembro de 1999, com a Lei 9.876/1999, foram considerados uma única categoria e
passaram a ser chamados de "Contribuinte Individual". Os contribuintes individuais são segurados obrigatórios da
Previdência Social. O Inciso V e o parágrafo 15, do ar go 9º, do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo
Decreto 3048/99 classificam todos àqueles que são considerados contribuintes individuais.

02 - O que é Contribuinte Faculta vo?

R- Como o próprio nome diz, é aquele que não é contribuinte obrigatório da Previdência Social, mas faculta vamente
tem interesse em filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social. Para a pessoa se filiar como Faculta vo é necessário
ser maior de dezesseis anos de idade e não exercer a vidade remunerada que a enquadre como segurado obrigatório
da previdência social. Consideram-se segurados faculta vos, entre outros: as donas-de-casa; o síndico de condomínio
quando não remunerado; o estudante; o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior; aquele
que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social (desempregado); o membro de conselho tutelar de que
trata o ar go. 132 da Lei 8.069/1990, quando não es ver vinculado a qualquer regime de previdência social; o
bolsista e o estagiário que prestam serviço a empresa de acordo com a Lei 6.494/1977; o bolsista que se dedique em
tempo integral a pesquisa, curso de especialização, pós-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior,
desde que não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; o presidiário que não exerce a vidade
remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; o brasileiro residente ou domiciliado no
exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional.

OBSERVAÇÃO: vejam, na pergunta n° 59, tudo a respeito da redução da alíquota de contribuição de 20% para 11%
para os segurados faculta vos e contribuintes individuais que trabalham por conta própria, ou seja, aqueles que não
prestam serviços à empresas, e contribuem, no máximo, sobre um salário-mínimo - tal redução se aplica somente
nesses casos.

03 - Pelo que consta na questão anterior, é correto então afirmar que o membro de conselho tutelar de que trata o
ar go 132 da Lei 8069/90 pode ser contribuinte faculta vo?

R- Veja bem, na questão anterior diz que o membro de conselho tutelar pode ser segurado faculta vo apenas quando
não es ver vinculado a qualquer regime de previdência social, no entanto, se o membro de conselho tutelar receber
remuneração, aí ele é considerado contribuinte individual, portanto segurado obrigatório da Previdência Social.
Fundamentação: Ar go 9º, Inciso V, Parágrafo 15, Inciso XV, do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo
Decreto 3048/99.

04 - O que aconteceu com a escala de salário-base u lizada para fins de enquadramento e fixação do salário-de-
contribuição dos contribuintes individuais e faculta vos?

R- Esta escala foi ex nta defini vamente a par r de 01/04/2003.

05 - O fim desta escala de salário-base foi novidade à época?

R- Não. Na verdade já não estavam mais sujeitos a esta escala todos os contribuintes individuais filiados a previdência
social posteriormente a novembro/99, e para àqueles inscritos anteriormente a novembro/99, esta escala já vinha
sendo grada vamente eliminada desde a competência março de 2000, tudo isso por força da Lei 9.876/1999.

06 - Com o fim da escala de salário-base, como ficou a base de cálculo da contribuição do contribuinte individual
(salário-de-contribuição)?

R - A contribuição do contribuinte individual passou a ser calculada sobre a remuneração auferida em uma ou mais
empresas ou pelo exercício de sua a vidade por conta própria, durante o mês, observado o limite mínimo e máximo
do salário-de-contribuição, ou seja, a base de cálculo de sua contribuição não é mais um valor determinado pelo INSS
e sim a sua remuneração efe va dentro do mês, observado os limites citados. A Par r de janeiro de 2018 o limite
mínimo passou a ser de R$- 954,00 e o máximo de R$- 5.645,80.
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07 - Qual a mudança radical que houve, a época, em relação à contribuição previdenciária dos contribuintes
individuais, mais precisamente autônomos e empresários, que prestavam serviços à empresas?

R - A maior novidade trazida pela Medida Provisória n° 83, conver da na Lei Federal n° 10.666/2003, com vigência
desde a competência abril/2003 foi aquela que obrigou as empresas a descontar a contribuição do segurado
contribuinte individual a seu serviço (empresários e autônomos), da respec va remuneração, e a recolhe-la,
juntamente com a contribuição a seu cargo, até o dia 20 do mês seguinte ao da competência. Esta data de
vencimento foi alterada em 2009 pela Lei n° 11.933/2009. Antes dessa alteração esse vencimento se dava no dia 10
do mês seguinte.

08 - Com essa mudança, como ficou a situação do contribuinte individual que presta serviços a várias empresas
para que as mesmas não con nuem descontando as contribuições, caso já tenha a ngido o limite máximo
permi do?

R - Cabe ao próprio contribuinte individual que prestar serviços, no mesmo mês, a mais de uma empresa, cuja soma
das remunerações superar o limite mensal do salário-de-contribuição, comprovar às que sucederem a primeira o
valor ou valores sobre os quais já tenha incidido o desconto da contribuição, de forma a se observar o limite máximo
do salário-de-contribuição.

09 - Ainda, em relação a questão anterior (08), como o contribuinte individual fará para comprovar que já sofreu o
desconto de modo a respeitar o limite máximo do salário-de-contribuição?

R - Comprovará mediante apresentação do comprovante de pagamento da empresa anterior ou de declaração


emi da por ele, sob as penas da Lei, consignando o valor sobre o qual já sofreu o desconto naquele mês ou
iden ficando a empresa que efetuará o desconto sobre o valor máximo do salário-de-contribuição.

10 - Dê alguns exemplos desta composição de recibos até completar o teto máximo.


R - Veja o exemplo de um contribuinte individual que prestou serviços a três empresas no mesmo mês:

1ª Empresa: Valor do recibo.R$- 2.800,00 2ª Empresa: Valor do recibo.R$- 2.200,00

Comprovante 1ª empresa Comprovante 2ª empresa

Serviços................................R$- 2.800,00 Serviços.................................R$- 2.200,00

(-) INSS (11% de 2.800,00)....R$- 308,00 (-) INSS (11% de 2.200,00).....R$- 242,00

Líquido...................................R$- 2.492,00 Líquido.............................. .....R$- 1.958,00

3ª Empresa: Valor do recibo.R$- 2.460,00 Valores dos Recibos:

Esta empresa não poderá efetuar o desconto sobre os R$- 1ª empresa............................R$- 2.800,00
2.460,00, pois caso o faça estará descontando acima do limite
máximo permi do de R$- 5.645,80 (valor vigente a par r da 2ª empresa............................R$- 2.200,00
competência Janeiro de 2018).
Subtotal........ ...................... R$- 5.000,00
Portanto ela deverá descontar apenas sobre a diferença que
falta para chegar ao teto. Veja no quadro ao lado a composição 3ª empresa............................R$- 2.200,00
dos recibos até o momento
Total.....................................R$- 7.200,00
Base de cálculo na 3ª Empresa Comprovante 3ª empresa

Teto...............................................R$- 5.645,80 Serviços.................................R$- 2.200,00

(-) Somatória recibos anteriores..R$- 5.000,00 (-) INSS (11% de 645,80)........R$- 71,04

Base de cálculo............................R$- 645,80 Líquido....................................R$- 2.128,96

Neste caso, a 3º empresa informará na GFIP a existência de múl plas fontes pagadoras no campo Ocorrência (códigos 05, 06, 07 ou
08, conforme o caso), e apenas a diferença de contribuição no campo Valor Descontado do Segurado, podendo ser, inclusive, R$
0,00, caso o teto de contribuição já tenha sido a ngido nas demais empresas.

11 - O que deve conter o recibo de pagamento referente ao serviço prestado?

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R - A empresa que remunerar contribuinte individual deverá fornecer a este, comprovante de pagamento pelo serviço
prestado consignando, além dos valores da remuneração e do desconto feito a tulo de contribuição previdenciária, a
sua iden ficação completa, inclusive com o número do CNPJ e o número de inscrição do contribuinte individual no
INSS.

12 - Existe, por parte do INSS, algum modelo oficial de recibo de pagamento para contribuinte individual?

R - Não existe nenhum modelo oficial de recibo. Desta forma, a empresa tem a liberdade de criar o modelo que mais
se ajuste a sua necessidade, desde que contenha as informações con das na resposta da questão nº 11 acima.

13 - E se o contribuinte individual ainda não es ver inscrito no INSS?

R - As empresas são obrigadas a efetuar a inscrição no INSS dos contribuintes individuais contratados, caso estes não
comprovem sua inscrição na data da contratação pela empresa. A inscrição poderá ser efetuada clicando sobre este
hyperlink: h ps://www.inss.gov.br/servicos-do-inss/inscricao-na-previdencia-social

14 - Qual é o percentual do desconto a ser efetuado pelas empresas contratantes sobre os valores pagos aos
Contribuintes Individuais?

R - A alíquota será de 11% (onze pontos percentuais), sobre o valor pago, respeitado o limite máximo permi do.

15 - Esta alíquota de 11% para o contribuinte individual, a época, foi novidade?

R - Não, pois desde a competência 03/2000 foi facultado ao contribuinte individual que prestasse serviços a uma ou
mais empresas que o mesmo poderia deduzir de sua contribuição mensal, 45% da contribuição da empresa,
efe vamente recolhida ou declarada em GFIP, incidente sobre a remuneração que esta lhe tenha pago ou creditado,
limitada a dedução a 9% do respec vo salário-de-contribuição (Lei 9.876). Na verdade, essa fórmula de dedução já
estava sendo a transição para a efe vação da alíquota de 11% para o contribuinte individual.

16 - A alíquota que as empresas contratantes u lizarão para efetuar o desconto da contribuição previdenciária dos
contribuintes individuais será sempre de 11%?

R - Não, pois no caso do serviço ser prestado à en dades beneficentes de assistência social com isenção do INSS (Cota
patronal) a alíquota a ser descontada por estas en dades será de 20%.

17 - As coopera vas de trabalho também deverão descontar as contribuições previdenciárias dos cooperados que
prestam serviços a empresas por vosso intermédio?

R - Sim. A coopera va de trabalho também deverá descontar à contribuição previdenciária devida pelos seus
cooperados em relação aos serviços prestados a empresas por seu intermédio. Neste caso o desconto será de 11% e
o cooperado será informado na GFIP com a categoria 17.

18 - E no caso dos cooperados que prestam serviços a pessoas sicas por intermédio de Coopera va de Trabalho,
estes também sofrerão os descontos das contribuições previdenciárias?

R - Sim. A coopera va de trabalho deverá a descontar a contribuição previdenciária devida pelos seus cooperados em
relação aos serviços prestados à pessoas sicas por seu intermédio. Neste caso o desconto será de 20% e o
cooperado será informado na GFIP com a categoria 24.

19 - Qual é o prazo de recolhimento das contribuições previdenciárias descontadas dos contribuintes individuais
pelas coopera vas de trabalho?

R - A Lei Federal n° 10.666/2003 e atualizações deu nova redação ao con do na Medida Provisória n° 83 no que se
refere ao vencimento da contribuição previdenciária arrecadada dos cooperados de coopera va de trabalho.
Atualmente o vencimento se dá até o dia 20 do mês seguinte àquele em que o serviço for prestado e o código de
pagamento a constar no campo três da GPS será o de número 2127. Esse vencimento também se aplica as demais
empresas contratantes de contribuintes individuais.

20 - E quando o cooperado prestar serviços à en dade beneficente de assistência social isenta da cota patronal por
intermédio de coopera va de trabalho, como fica?

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R - Neste caso também deverá ser informado na GFIP com a categoria 24 e o valor do desconto será de 20%.

21 - E o contribuinte individual (autônomo) que prestar serviços diretamente à en dade beneficente de assistência
social isenta da cota patronal, também terá o desconto de sua contribuição com base na alíquota de 20%?

R - Sim. Quando um contribuinte individual prestar serviços a en dade beneficente isenta da cota patronal, o SEFIP
aplicará a alíquota de 20% para o cálculo do desconto destes segurados (categorias 13 e 15, associadas ao FPAS 639).

22 - Porque quando o serviço é prestado a en dade beneficente de assistência social isenta da cota patronal o
desconto é de 20% e não 11% como os demais casos?

R - Porque o § 4º, do ar go 30, da Lei 8212/91 dispõe que: “na hipótese de o contribuinte individual prestar serviços a
uma ou mais empresas, poderá deduzir, da sua contribuição mensal, quarenta e cinco por cento da contribuição
devida pela empresa, efe vamente recolhida ou declarada, incidente sobre a remuneração que esta lhe tenha pago
ou creditado, limitada a dedução a nove por cento do respec vo salário-de-contribuição”. Sendo assim, como a
en dade filantrópica é isenta da contribuição patronal do INSS, ela não tem contribuição devida, desta forma o
contribuinte individual não pode deduzir nada, permanecendo a sua contribuição no percentual de 20%. O mesmo
acontece quando o cooperado de coopera va de trabalho, por intermédio desta, presta serviços à pessoa sica, pois
neste caso também não há contribuição patronal, ficando o desconto da contribuição do cooperado, neste caso,
também em 20%.

23 - E os contribuintes individuais que prestam serviços à empresas do “SIMPLES NACIONAL” não teriam que ter o
mesmo desconto daqueles que prestam serviços a en dades beneficentes isentas da cota patronal, ou seja,
desconto de 20%?

R - Não, nesse caso é diferente, pois as empresas optantes pelo "SIMPLES NACIONAL" não são isentas de
contribuições patronais como as en dades beneficentes (filantrópicas) e sim veram o sistema de pagamento das
contribuições previdenciárias patronais subs tuídas pelas contribuições sobre a receita bruta, portanto os
contribuintes individuais que prestam serviços a empresas do simples terão descontados o percentual normal de 11%
sobre os valores recebidos.

24 - Existem algumas situações em que não se aplicam as disposições da Medida Provisória n° 83 no que se refere
aos descontos das contribuições previdenciárias dos contribuintes individuais?

R - Sim. Não se aplica o desconto da contribuição previdenciária dos contribuintes individuais quando o contratante
for:
- Produtor rural pessoa sica;
- Contribuinte individual equiparado à empresa;
- Missão diplomá ca; e
- Repar ção consular de carreira estrangeira.

25 - E como farão os contribuintes individuais que prestarem serviços aos contratantes acima (questão 24) para
recolherem as suas contribuições previdenciárias, já que tais contratantes não descontarão e nem recolherão as
suas contribuições?

R - Os contribuintes individuais que prestarem serviços a contratantes não sujeitos a procederem os descontos das
contribuições previdenciárias deverão con nuar recolhendo normalmente as suas contribuições nos seus próprios NIT
/ PIS (em GPS) até o dia 15 do mês seguinte àquele em que o serviço for prestado.

26 - E quando o contribuinte individual prestar serviço a pessoas sicas, con nuará recolhendo ele próprio a sua
contribuição no popular carnê do INSS?

R - Sim. Con nuará recolhendo a sua própria contribuição, até o dia 15 do mês seguinte, aplicando o percentual de
20% sobre o efe vamente recebido das pessoas sicas contratantes, obviamente que deverá respeitar o limite
máximo do salário-de-contribuição.

27 - O que é Contribuinte individual equiparado a empresa?

R - É a pessoa sica, com cadastro específico no INSS – CEI, que mantém empregados registrados. Exemplos:
Den stas, Cabeleireiras, Contador; etc. Desta forma, estas pessoas sicas equiparadas a empresa quando
contratarem autônomos não descontarão os 11% sobre os valores pagos a estes.

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28 - É sabido que os contribuintes individuais equiparados a empresa são contribuintes da cota patronal para o
INSS, ou seja, contribuem normalmente sobre a folha de pagamento dos seus empregados, bem como sobre os
valores pagos aos autônomos por eles contratados. Diante disso pergunta-se: O autônomo que prestar serviços a
contribuinte individual equiparado a empresa poderá u lizar-se da faculdade de deduzir de sua contribuição 45%
da contribuição devida pelo contratante limitado a 9% do seu salário-de-contribuição, ou seja, poderá recolher
apenas 11% sobre este serviço prestado?

R - Sim, desde que o tomador declare esse pagamento na GFIP. Dessa forma a contribuição sobre esse serviço será
de 11% sobre o valor do serviço prestado e será recolhido pelo próprio autônomo (em GPS) até o dia 15 do mês
seguinte àquele em que o serviço for prestado.

29 - O Contribuinte individual equiparado a empresa não descontará a contribuição previdenciária do autônomo


por ele contratado, mas, e se ele próprio, contribuinte individual equiparado a empresa, prestar serviços a outras
empresas, neste caso sofrerá o desconto de sua contribuição previdenciária?

R - Sim. Como contratante do serviço não efetuará o desconto, no entanto, como prestador do serviço, desde que seja
para empresas, sofrerá o devido desconto.

30 - Então quer dizer, como exemplo, que os Contadores pessoas sicas que mantém empregados, portanto,
equiparados a empresas, quando emi rem recibos para as empresas as quais prestam serviços sofrerão o desconto
dos 11%?

R - Sim, até o limite máximo. Recomenda-se nesse caso que sejam emi dos primeiramente os recibos com valores
maiores, pois assim chega-se ao limite máximo com menos recibos, facilitando o trabalho e controle das
contribuições.

31 - O contribuinte individual que prestar serviços a várias empresas, cuja soma das remunerações ultrapassar o
limite máximo do salário-de-contribuição, pode subs tuir o comprovante de pagamento por algum outro
documento que englobe todos os contratantes?

R - Sim, o contribuinte que nesta condição e regularmente prestar serviços a mais de uma empresa poderá indicar
qual ou quais empresas procederão o desconto da contribuição, de forma a a ngir e respeitar o limite, dispensando
as demais tomadoras do desconto. A indicação se dará por meio de declaração única, firmada pelo contribuinte
individual, com a anuência dos responsáveis pela empresa ou empresas que efetuarão o desconto da contribuição.

32 - E o contribuinte individual (autônomo) que, simultaneamente, também é empregado de empresa, como


deverá proceder para que não haja descontos em sua remuneração além do limite permi do?

R - O segurado contribuinte individual que prestar serviço a empresas e, concomitantemente, exercer a vidade como
segurado empregado, para efeito da observância do limite máximo do salário-de-contribuição, deverá apresentar à
empresa na qual exerce a a vidade como contribuinte individual o comprovante de pagamento como empregado ou
de declaração emi da por ele, sob as penas da Lei, consignando o valor sobre o qual já sofreu o desconto naquele
mês, na empresa em que trabalha como empregado, ou informando que esta efetuará o desconto sobre o valor
máximo do salário-de-contribuição. Na hipótese de ter ocorrido antes o desconto da contribuição como contribuinte
individual, e não for possível apresentar o comprovante de pagamento da empresa onde trabalha como empregado e
nem a declaração citada, deverá sofrer o desconto nesta empresa onde trabalha como contribuinte individual para
posteriormente apresentá-lo na empresa onde trabalha como empregado. No entanto é recomendável priorizar o
desconto na empresa onde se trabalha como empregado, pois nesta o desconto é com base na Tabela normal de
Contribuições dos segurados empregados, ou seja, 8%, 9% e 11%, já nas empresas onde se trabalha como autônomo
o desconto será de 11% para empresas normais, ou 20% caso a contratante seja en dade beneficente (filantrópica).

33 - E no caso do transportador autônomo, qual será o tratamento dado aos pagamentos a ele efetuado?

R - No caso dos transportadores autônomos, a base de cálculo da contribuição será reduzida a 20% do valor bruto
pago ao fre sta. Lembramos que não deve ser esquecida a contribuição já existente, do transportador autônomo para
o SEST (1,5%) e o SENAT (1,0%), que também é re da pela empresa contratante e repassada ao INSS, com informação
na GFIP no código de terceiros 3072 (FPAS 620).

34 - Essa redução da base de cálculo do transportador autônomo não era de 11,71% sobre o valor bruto do frete?

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R- Disse bem, "era", mas isso já faz muito tempo, pois desde julho de 2001 passou a ser de 20% sobre o valor bruto do
frete (§ 2°, do ar go 55, da Instrução Norma va RFB n° 971, de 13/11/2009).

35 - Dê um exemplo de cálculo da contribuição de um transportador autônomo.

R - Veja o exemplo a seguir, lembrando que o transportador autônomo também está sujeito ao pagamento da
contribuição para o Serviço Social do Transporte (Sest) e para o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
(Senat) (§ 5º do ar go 65 da Instrução Norma va RFB n° 971, de 13/11/2009):

Valor do recibo de frete 1.800,00


Base de cálculo (20% de 1.800,00) 360,00
INSS a ser descontado (11% de 39,60
360,00)
SEST/SENAT (2,5% de 360,00) 9,00
Valor Líquido do recibo 1.751,40

36 - Sabemos que o limite máximo do salário-de-contribuição é atualmente de R$- 5.645,80 (desde 01/01/2018). E
qual é o valor mínimo do salário-de-contribuição permi do?
R - O valor mínimo do salário-de-contribuição é o salário-mínimo. Atualmente, desde 01/01/2018, no valor de R$-
954,00.

37 - E se o contribuinte individual prestar apenas um serviço no mês para uma empresa no valor de R$- 380,00,
como ficará a sua contribuição, se o mínimo permi do é R$- 954,00?

R - Neste caso a empresa contratante descontará 11% sobre os R$- 380,00 que será recolhido pela própria empresa na
sua GPS normal até o dia 20 do mês seguinte ao da competência em que o serviço for prestado. Já o contribuinte
individual deverá recolher, por conta própria, 20% sobre a diferença que falta para completar o salário-mínimo até o
dia 15 do mês subseqüente, em GPS específica, iden ficada pelo seu NIT ou PIS. Portanto haverá uma parte
descontada e recolhida pela empresa contratante com o percentual de 11% sobre R$- 380,00 (R$- 41,80) e outra
parte recolhida pelo próprio contribuinte individual com o percentual de 20% sobre R$- 574,00 (954,00 - 380,00),
gerando uma contribuição adicional de R$- 114,80 (ar go 66 IN/RFB n° 971/2009). Esta é a única situação de
complemento de recolhimento permi da sem o efe vo recebimento de remuneração.

38 - Então, pelo final da resposta da pergunta anterior (questão 37), quer dizer que se o contribuinte individual
ver ob do no mês remuneração total, como exemplo, de R$- 1.000,00, mas quiser contribuir para a previdência
por um valor maior ou pelo teto máximo, ele não poderá?

R – Exatamente. A Lei diz que a contribuição do contribuinte individual será calculada sobre a remuneração auferida
em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua a vidade por conta própria, durante o mês, observado o limite
mínimo e máximo do salário-de-contribuição. Portanto se o mesmo receber R$- 1.000,00 de rendimentos, a sua
contribuição para a Previdência Social será sobre os mesmos R$- 1.000,00; se receber R$- 6.800,00, a sua contribuição
será sobre o limite máximo de R$- 5.645,80 (limite máximo em vigor desde 01/01/2018); e se receber menos que um
salário mínimo, como na questão anterior, aí sim poderá complementar, mas somente até chegar ao mínimo,
atualmente, de R$- 954,00.

39 - Insisto na questão. Quer dizer que se o empresário ver um pró-labore de R$- 954,00, não tendo nenhuma
outra renda no mês, ele só poderá contribuir para a Previdência Social sobre esse valor, não lhe sendo permi do
contribuir sobre um valor maior para a Previdência Social?

R - É exatamente isso, pois o empresário é contribuinte individual e, nessa categoria, se enquadra perfeitamente na
questão 38. Como já foi dito, a contribuição previdenciária do contribuinte individual (empresário e autônomo) será
calculada e recolhida sobre o efe vamente recebido por ele durante o mês.

40 - E naquele mês ou meses em que o contribuinte individual não auferir nenhuma remuneração por serviços
prestados, com incidência de contribuição previdenciária, como fará para recolher a sua contribuição ao INSS?

R - O contribuinte individual, na competência em que não auferir remuneração, poderá, por interesse próprio,
contribuir na categoria de faculta vo, (§ 2°, do ar go 9°, da IN/RFB n° 971/2009) informando no documento de
arrecadação (GPS) o código de pagamento 1406 u lizado para essa categoria. Nessa situação, o salário-de-
contribuição poderá ser qualquer valor, respeitado os limites mínimo e máximo permi dos.

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41 - E o contribuinte individual aposentado (empresário e autônomo) que con nuou exercendo a a vidade, deve
con nuar contribuindo para a Previdência Social sobre o efe vamente recebido?

R - Sim, deve contribuir sobre o efe vamente recebido. O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social - RGPS
que es ver exercendo ou que voltar a exercer a vidade abrangida por este Regime é segurado obrigatório em relação
a essa a vidade, ficando sujeito às contribuições de que trata esta Lei, para fins de custeio da Seguridade Social. (Lei
8212/91, ar go 12, parágrafo 4º).

42 - E quando o contribuinte individual trabalhar para empresas e pessoas sicas dentro do mesmo mês, como será
a sua contribuição?

R - A contribuição incidente sobre os serviços prestados as empresas será descontada e recolhida por elas até o dia
20 do mês seguinte àquele em que o serviço for prestado; e a contribuição incidente sobre os serviços prestados as
pessoas sicas serão recolhidas pelo próprio contribuinte individual, em GPS específica, até o dia 15 do mês seguinte
àquele em que o serviço for prestado, salientando que deverão ser considerado tanto os valores recebidos das
empresas como os das pessoas sicas para efeito do limite máximo do salário-de-contribuição.

43 - Qual a maior pluralidade de formas de contribuições que poderá acontecer com um contribuinte individual
diante de todas essas situações?

R - Um mesmo contribuinte individual poderá ter a sua contribuição mensal realizada de várias formas, vejam um
exemplo a seguir:
Um profissional autônomo prestou os seguintes serviços em um determinado mês:
- Trabalhou para uma empresa sujeita as contribuições normais (cota patronal do INSS) cobrando pelos serviços a
importância de R$- 1.600,00;
- Trabalhou para uma empresa filantrópica (isenta da cota patronal do INSS) cobrando pelos serviços a importância de
R$- 1.400,00;
- Trabalhou para um Contribuinte individual equiparado a empresa cobrando pelos serviços prestados a importância
de R$- 500,00;
- Trabalhou para uma empresa optante pelo "SIMPLES" cobrando pelos serviços R$- 320,00; e
- Trabalhou para diversas pessoas sicas recebendo pelos serviços prestados a importância de R$- 2.700,00.

A contribuição deste contribuinte individual neste determinado mês será efetuada desta forma:
Valor Base de Vr devido Responsável pelo
Contratante Alíquota Vencimento
Serviço cálculo ao INSS recolhimento

Empresa normal 1.600,00 1.600,00 11% 176,00 contratante dia 20 mês seguinte
Filantrópica 1.400,00 1.400,00 20% 280,00 contratante dia 20 mês seguinte
Contribuinte
Individual Próprio autônomo
500,00 500,00 11% 55,00 dia 15 mês seguinte
Equiparado a (em GPS específica)
Empresa

Empresa "SIMPLES" 320,00 320,00 11% 35,20 contratante dia 20 mês seguinte

Próprio autônomo
Pessoas Físicas 2.700,00 1.825,80 20% 365,16 dia 15 mês seguinte
(em GPS específica)

Total 6.520,00 5.645,80 911,36

Pelo quadro acima, verifica-se que o contribuinte individual em questão recebeu no mês a importância de R$-
6.520,00 e que sua contribuição a previdência social respeitou o limite máximo permi do de R$- 5.645,80 (em vigor
desde 01/01/2018), sendo parte desse recolhimento de responsabilidade de três empresas contratantes e a outra
parte de sua própria responsabilidade. Da parte que é de responsabilidade do próprio autônomo, uma contribuição
será com alíquota de 11% e a outra com alíquota de 20%.

44 - Que outra conclusão podemos rar da questão anterior (43) no sen do de facilitar mais ainda o entendimento
desses descontos?

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31/03/2019 Da contribuição do segurado contribuinte individual que presta serviços à empresas e da extinção da escala transitória de salário

R - Vocês perceberam que o valor total devido ao INSS, neste caso da questão 43, foi de R$- 911,36, portanto,
diferente de R$- 621,04 (11% de 5.645,80) e de R$- 1.129,16 (20% de 5.645,80). Esta comparação é para entendermos
que, em função das diferentes alíquotas que o contribuinte está sujeito, nunca devemos olhar para os descontos para
efeito de verificarmos se o contribuinte individual já a ngiu o teto, e sim olharmos única e exclusivamente para os
salários de contribuições (base de cálculo), cuja soma não poderá ser superior ao limite máximo, que atualmente é de
R$- 5.645,80.

45 - O que o pessoal responsável pelo departamento pessoal das empresas deverá fazer no sen do de evitar erros
que poderão trazer prejuízos ou complicações quando do requerimento de qualquer bene cio previdenciário por
parte daqueles contribuintes individuais que lhes prestaram serviços?

R - O pessoal responsável por esse setor na empresa deverá observar com rigor o manual de preenchimento da GFIP
no sen do de, entre outras coisas, iden ficar corretamente a situação própria de cada contribuinte individual, pois
assim o fazendo, o programa SEFIP fará os cálculos automa camente das contribuições devidas. Todas as informações
sobre GFIP estão disponíveis na página da Secretaria da Receita Federal, inclusive o manual para o seu
preenchimento, pelo hyperlink:
h p://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/declaracoes-e-demonstra vos/gfip-sefip-guia-do-fgts-e-informacoes-a-
previdencia-social-1/orientacoes-gerais/gfip-e-sefip-orientacoes-gerais
Todavia, pode ser visto por aqui o Manual GFIP, linkado por tulos, facilitando a pesquisa desejada - Atualização
10/2008

46 - E a empresa que deixar de lançar os recibos pagos aos contribuintes individuais em sua GFIP, o que acontecerá
com ela?

R - É certo que mais cedo ou mais tarde o contribuinte individual irá pleitear algum po de bene cio previdenciário, e
nesse momento ele estará informando as empresas para as quais trabalhou, informação essa que deverá estar
constando nos sistemas informa zados do INSS, alimentados pela correta entrega da GFIP. Qualquer divergência
nesse sen do poderá provocar uma diligência fiscal junto a empresa contratante para verificação da inconsistência. A
empresa que não lançar em sua GFIP os pagamentos efetuados aos contribuintes individuais que lhes prestaram
serviços será autuada pela fiscalização da Receita Federal do Brasil por crime de sonegação fiscal e conseqüentemente
representada por esse crime junto a Procuradoria da República, além, obviamente, da apuração do respec vo crédito
tributário devido e não pago em época própria.

47 - A empresa que descontar contribuições previdenciárias dos contribuintes individuais que lhes prestaram
serviços e não recolher em época própria poderá parcelar esses débitos junto ao INSS?

R - Não. As contribuições descontadas dos contribuintes individuais não poderão ser objeto de parcelamento, sendo
caracterizado ainda, em tese, crime de apropriação indébita.

48 - Falou-se muito do contribuinte individual, mais especificamente do empresário e do autônomo. E a


contribuição do segurado Faculta vo, como ficou?

R- A única alteração em relação ao segurado faculta vo é que com o fim da escala de salário-base, desde a
competência abril de 2003, o seu salário-de-contribuição passou a ser, independentemente da data de sua
inscrição, o valor por ele declarado, observado os limites mínimo e máximo permi dos. O recolhimento con nua
sendo efetuado como antes, em GPS específica (popular carnê do INSS), ou seja, deverá ser recolhida pelo próprio
segurado faculta vo, no NIT/PIS do mesmo, até o dia 15 do mês subseqüente ao do mês declarado.

49 - Já que está se falando em "popular carnê do INSS", não custa perguntar: por acaso houve também alterações
de recolhimentos com relação à contribuição do empregado domés co?

R – Na época da publicação da MP 83 não, mas agora recentemente sim, inclusive quanto ao prazo do recolhimento
das contribuições. Para saber dos procedimentos relacionados a contribuição previdenciária do empregado
domés co, clique Clique aqui.

50 - Como a alíquota básica do "desconto" da contribuição do contribuinte individual é de 11%, não poderia haver
uma confusão também com a "retenção" dos 11% sobre notas fiscais de empresas prestadoras de serviços de
empreitada e cessão de mão-de-obra (Disciplinada pela an ga Ordem de Serviço nº 209/99 e atualmente pela
Instrução Norma va RFB n° 971, de 13/11/2009?

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R - Não teria porque haver confusão, pois no desconto dos 11% do contribuinte individual, os prestadores de serviços
são pessoas sicas, e o recolhimento deve ser efetuado no CNPJ da empresa contratante. Já na retenção dos 11%
sobre notas fiscais de prestação de serviços, os prestadores de serviços são pessoas jurídicas, e o recolhimento deve
ser efetuado no CNPJ da empresa contratada. Para saber mais sobre esta outra retenção, ou seja, a retenção dos
11% sobre serviços prestados por pessoas jurídicas, veja os ar gos 115 a 150 da IN/RFB n° 971/2009.

51 - Qual o critério para se definir a competência, para efeito do desconto da contribuição previdenciária do
contribuinte individual?

R - A competência é aquela em que ocorrer o pagamento ou crédito (o que ocorrer primeiro). Considera-se creditada
a remuneração na competência em que a empresa contratante reconhecer contabilmente o valor devido, devendo
informá-lo na GFIP correspondente.

52 - O estrangeiro que eventualmente prestar serviço no Brasil sofrerá o desconto dos 11%?

R - O estrangeiro que não reside no Brasil não é considerado contribuinte individual, por não ter assegurado qualquer
espécie de bene cio previsto no ar go 201 da CF, conforme Parecer do Ministério da Previdência Social nº 2991, de
21/03/2003. Desta forma, não há que se falar em inscrição e contribuição do contribuinte ou da empresa.

53 - O condomínio está também sujeito a descontar e recolher a contribuição do síndico isento da taxa
condominial?

R - Sim. O condomínio está sujeito às mesmas obrigações das empresas e deverá descontar e recolher as
contribuições devidas pelo contribuinte individual que lhe preste serviço. Ressalte-se que o síndico ou administrador
eleito para exercer a vidade de direção condominial é considerado contribuinte individual, desde que receba
remuneração, entendendo-se também como tal o valor da taxa de condomínio que os administradores deixam de
pagar em razão do cargo. Neste caso, o condomínio deverá declarar na GFIP o valor da taxa de condomínio que é
considerada remuneração, devendo o síndico reembolsar ao condomínio o valor correspondente ao desconto da
contribuição previdenciária.

54 - Qual o procedimento a ser tomado quando a empresa não efetuar o desconto no recibo de pagamento do
contribuinte individual?

R - De acordo com o parágrafo 5º do ar go 33 da Lei 8212/91, o desconto de contribuição legalmente autorizada


sempre se presume feito pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito alegar desconhecimento para se eximir do
recolhimento, ficando diretamente responsável pela importância que deixou de receber ou arrecadou em desacordo
com o disposto na Lei. Portanto a empresa deverá recolher o valor que deveria ter sido descontado e não descontou.

55 - Como deve ser a contribuição e o desconto da en dade religiosa sobre o valor pago ao ministro de confissão
religiosa?

R - De acordo com o parágrafo 13 do ar go 22, da Lei 8212/91, não se considera remuneração direta ou indireta, para
efeito de contribuição previdenciária, os valores despendidos pelas en dades religiosas e ins tuições de ensino
vocacional com ministro de confissão religiosa, membros de ins tuto de vida consagrada, de congregação ou de
ordem religiosa em face do seu mister religioso ou para sua subsistência, desde que fornecidos em condições que
independem da natureza e da quan dade do trabalho executado. Portanto, o valor pago ao ministro de confissão
religiosa não é considerado remuneração, a menos que seja pago por tarefa executada, como exemplo, pela
quan dade de missas realizadas, ou por casamento celebrado, por ba smo, etc. Quando o valor é pago mensalmente
para a subsistência do religioso, a Lei não considera como remuneração, portanto, nesse caso, não deve ser informado
na GFIP e nem ser descontada a contribuição do religioso. Só será descontado e informado na GFIP quando o valor for
considerado remuneração.
A par r de 1º de abril de 2003, independentemente da data de filiação, o salário-de-contribuição para o ministro de
confissão religiosa ou membro de ins tuto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa, desde que o
valor despendido pela en dade religiosa ou pela ins tuição de ensino vocacional, em face do seu mister religioso ou
para a sua subsistência, independa da natureza e da quan dade do trabalho executado, é o valor por ele declarado,
observados os limites mínimo e máximo do salário-de-contribuição (§ 11 do ar go 55, da Instrução Norma va RFB n°
971, de 13/11/2009).

56 - O médico residente também está sujeito ao desconto da contribuição previdenciária?

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31/03/2019 Da contribuição do segurado contribuinte individual que presta serviços à empresas e da extinção da escala transitória de salário

R - Sim, pois pelo inciso X, do parágrafo 15, do ar go 9º, do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo
Decreto 3048/99, o médico residente é enquadrado como contribuinte individual, portanto sujeito ao desconto de
11% sobre os valores a ele pago, ou ao desconto de 20%, caso a contratante seja en dade filantrópica isenta da cota
patronal.

57 - Os honorários advoca cios decorrentes de sucumbência e honorários pagos a peritos estão sujeitos ao
desconto da contribuição previdenciária?

R - Integram a base de cálculo da contribuição previdenciária do segurado e da empresa, os honorários contratuais


pagos a assistentes técnicos, peritos e advogados, nomeados pela jus ça ou não, decorrentes de sua atuação em
ações judiciais.
Na hipótese de nomeação de advogados e peritos para atuação judicial sob o amparo da assistência judiciária, é
responsável pelo recolhimento da contribuição patronal o órgão ao qual incumbe o pagamento da remuneração.
Quanto a sucumbência: Não integram a base de cálculo da contribuição previdenciária da empresa os honorários de
sucumbência pagos em razão de condenação judicial, integrando, contudo, a base de cálculo da contribuição do
advogado contribuinte individual. (§§ 13, 14 e 15, do ar go 57, da Instrução Norma va RFB n° 971, de 13/11/2009)

58 - Quais são os segurados considerados contribuintes individuais?

R - O Inciso V e o parágrafo 15, do ar go 9º, do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto 3048/99
classificam todos àqueles que são considerados contribuintes individuais.

59 - Quais as alterações que houveram em relação ao recolhimento das contribuições previdenciárias dos
contribuintes faculta vos e dos trabalhadores autônomos, de baixa renda, que não prestam serviços para
empresas tais como sacoleiros, diaristas, vendedores ambulantes, entre outros e que contribuem apenas com base
no salário-mínimo?

R- Esse plano, con do no Decreto nº 6.042, de 12/02/2007, prevê a redução da alíquota de contribuição
previdenciária, de 20% sobre a remuneração mensal do trabalho para 11% do salário mínimo, no caso dos
contribuintes faculta vos e daqueles classificados como contribuintes individuais de baixa renda, que contribuem
apenas sobre o salário-mínimo. Os contribuintes que contribuem sobre valor maior que o salário-mínimo con nuam
sujeitos a alíquota normal de 20%.

Essa medida veio facilitar a inclusão previdenciária das pessoas que não exercem qualquer a vidade remunerada
(exemplo: donas de casas e estudantes) e dos trabalhadores autônomos de baixa renda (ambulantes, diaristas, etc).

A nova regra passou a valer a par r da competência abril de 2007. Limitada a um salário mínimo, hoje em R$ 954,00,
a contribuição cai de R$- 190,80 para R$- 104,94. O contribuinte individual que passar a contribuir terá direito a todos
os bene cios oferecidos pelo Ins tuto Nacional do Seguro Social (INSS), exceto a aposentadoria por tempo de
contribuição. Para alguns bene cios, entretanto, é necessário cumprir carência, como o auxílio-doença, ao qual terão
direito aqueles com, no mínimo, 12 contribuições consecu vas. Já a aposentadoria por idade somente poderá ser
requerida por quem contribuir durante 15 anos, condicionada aos requisitos das idades requeridas para homem e
mulher. Nesses casos, as contribuições já realizadas, desde que comprovadas, valem para efeito de contagem de
tempo.

Segue tabela com os códigos de pagamento específicos para o recolhimento, em GPS, das contribuições do
contribuinte individual e faculta vo optantes pela exclusão do direito ao bene cio de aposentadoria por tempo de
contribuição (alíquota de 11%), com vigência a par r da competência 04/2007.

Código Descrição
Contribuinte Individual (autônomo que não presta serviço à empresa) - Opção: Aposentadoria apenas por idade (art. 80 da
1163
LC 123 de 14/12/2006) - Recolhimento Mensal - NIT/PIS/PASEP
Contribuinte Individual (autônomo que não presta serviço à empresa) - Opção: Aposentadoria apenas por idade (art. 80 da
1180
LC 123 de 14/12/2006) - Recolhimento Trimestral - NIT/PIS/PASEP
Faculta vo - Opção: Aposentadoria apenas por idade (art. 80 da LC 123 de 14/12/2006) - Recolhimento Mensal -
1473
NIT/PIS/PASEP
Faculta vo - Opção: Aposentadoria apenas por idade (art. 80 da LC 123 de 14/12/2006) - Recolhimento Trimestral -
1490
NIT/PIS/PASEP
Clique aqui e tenha mais informações quanto ao recolhimento da contribuição do Contribuinte Individual,
Faculta vo e Domés co (códigos de pagamentos, GPS trimestral, meios de pagamentos, etc).

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Trabalho elaborado por João de Carvalho Leite


Atualizado em 20/01/2018

Colaboração:
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