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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 7
A MALÁRIA.................................................................................................................... 8
TRANSMISSÃO .............................................................................................................. 8
CICLO DE INFECÇÃO DA MALÁRIA ........................................................................ 9
A MALÁRIA EM ANGOLA ........................................................................................... 9
FORMAS DE TRANSMISSÃO DA MALÁRIA .......................................................... 10
SINAIS ........................................................................................................................... 11
SINTOMAS DA MALÁRIA ........................................................................................ 11
COMO CONFIRMAR O DIAGNÓSTICO ................................................................... 11
TRATAMENTO DE MALÁRIA ................................................................................... 12
COMO É FEITO O TRATAMENTO ............................................................................ 12
MEDICAMENTOS PARA MALÁRIA ......................................................................... 13
COMPLICAÇÕES ......................................................................................................... 13
PREVENÇÃO ................................................................................................................ 14
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 15
REFERENCIAS ............................................................................................................. 16
INTRODUÇÃO

A Malária é uma doença infecciosa causada pelo parasita protozoário


unicelular do género Plasmodium, e transmitida, entre humanos, por meio da picada de
mosquitos do género Anopheles. A Malária afecta os homens ao longo de milênios, de
modo que, o histórico da doença confunde-se com a própria história da Medicina. A
Malária provavelmente originou-se no continente africano, na pré-história, atingindo a
Europa e Ásia, com a migração do homem.

No século II d.C., ocorreram epidemias cíclicas na Grécia, Itália, e outras


áreas da Europa, relatadas por médicos gregos e romanos, denominando-a de "Febre
romana". No século XVII, os padres jesuístas observaram o uso de cascas de árvores
nativas pelos indígenas da América, para curar doenças febris, levando-a para a Europa
em forma de pó - o "pó dos jesuítas", recebendo o nome de Cinchona, em 1735, e em
1820, o seu princípio ativo foi isolado, o Quinino.

A partir de 1955, a Assembleia Mundial de Saúde e a OMS lançaram a


Campanha Mundial de Erradicação da Malária, com o intuito de extinguir a doença. Até
o final dos anos 70, a campanha livrou do risco da doença, 53% da população de áreas
endêmicas, evitando milhões de mortes, aumentando desenvolvimento sócio-econômico
da Ásia, sul e sudeste Europeu, e Américas. Porém, com os anos 80, as crises
econômicas, o aumento no custo de inseticidas, e a resistência de anofelinos a estes, a
resistência de parasitas às drogas, e a deterioração do programa de controle em países
pobres, levaram a um aumento no número de casos de Malária, de modo que a
estratégia mundial de programas de saúde não é mais a erradicação, e sim, o controle da
morbidade/mortalidade. A malária é uma doença muito grave, actualmente está trazendo
muitos problemas em Angola, pois ela quando não combatida pode levar a sérios danos
ou até mesmo a morte.

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A MALÁRIA

Malária é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela picada da


fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium.

O AGENTE ETIOLÓGICO

Parasitas do gênero Plasmodium são os responsáveis pela Malária. Apenas 4


de 172 espécies de plasmódios são infectantes para os humanos. A maioria dos casos, e
quase todas as mortes, devem-se à infecção pelo Plasmodium falciparum.

Plasmodium vivax, Plasmodium ovale e Plasmodium malária e causam


doença menos grave.

Existem 5 espécies de Plasmodium que podem infectar os seres humanos:


P. falciparum, P. malariae, P. ovale, P. vivax e P. knowlesi.

Entre a população infectada, a espécie com maior prevalência é


a P. falciparum (~75%), seguida pela P. vivax (~20%). Embora a P. falciparum seja a
responsável pela maioria das mortes, existem dados recentes que sugerem que a malária
por P. vivax está associada a condições que colocam a vida em risco em igual número
com a infecção por P. falciparum. A P. vivax é, em proporção, mais comum fora de
África. Estão também documentadas várias infecções humanas com diversas espécies
de Plasmodium de origem símia; no entanto, com a excepção da P. knowlesi – uma
espécie zoonótica que provoca malária nos macacos – a relevância para a saúde pública
destas infecções é apenas residual.

TRANSMISSÃO

O protozoário é transmitido ao homem pelo sangue, geralmente através da


picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium ou, mais raramente,
por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada em contato com o
de outra sadia, como o compartilhamento de seringas (consumidores de drogas),
transfusão de sangue ou até mesmo de mãe para feto, na gravidez.

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CICLO DE INFECÇÃO DA MALÁRIA

O ciclo do parasita Plasmodium no corpo humano acontece da seguinte forma:


1. A picada da fêmea do mosquito Anopheles transmite, através da sua saliva,
os Plasmondium para a corrente sanguínea da pessoa, na sua fase de
Esporozoíto;
2. Os esporozoítos viajam ateo fígado, onde amadurecem e se multiplicam, por
cerca de 15 dias, dando origem à forma de Merozoítos;
3. Os Merozoítos rompem as células do fígado e atingem a corrente sanguínea,
passando a invadir os glóbulos vermelhos do sangue;
4. Dentro das células sanguíneas infectadas, que são chamadas de Esquizontes, os
parasitas se multiplicam e rompem esta célula, e passam a invadir outras, em um
ciclo que dura de 48 a 72 horas.

Dentro de cada esquizonte, o ciclo é variavel de acordo com a espécie do Plasmodium,


sendo de 48 horas para as espécies P. falciparum, P. vivax, e P. ovalee de 72 h para P.
malariae. Durante o período que os esquizontes são rompidos, os sintomas podem se
acentuar, principalmente a febre e os calafrios.

A MALÁRIA EM ANGOLA

Angola registou no primeiro trimestre deste ano mais de 720 mil casos
de malária, a principal causa de morte no país, que resultou em quase 2.100 óbitos,
segundo um relatório do Ministério angolano da Saúde, a que a agência Lusa teve
acesso. Os dados indicam como províncias mais afetadas Luanda, a capital de Angola,

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com 177.029 casos e 278 óbitos, Benguela (90.896 e 348 óbitos), Uíge (69.164 e 250
óbitos) e Bié (65.068 e 324 óbitos).

Já as províncias com os menores números de casos e óbitos são Cabinda


(2.061 e cinco óbitos), Namibe (5.355 e cinco óbitos) e Cunene (5.926 e 28 óbitos).

A província do Huambo, apesar do reduzido índice de casos (24.757),


comparativamente às restantes regiões apresenta um elevado número de mortes, com
um total de 122 óbitos, igual à situação do Cuanza Sul, com um registo de 40.990 casos
e 141 mortes. A malária, além de constituir a principal causa de morte em Angola, é
também o maior motivo de internamentos hospitalares e de abstenção escolar e laboral.

Como medidas de controlo vetorial e ações de prevenção da doença em todo


o país, foram realizadas várias ações nas últimas 24 horas, como a distribuição de
mosquiteiros, fumigação aérea, pulverização intra-domiciliar e aplicação de
biolarvicidas em criadouros, para o controlo larval.

FORMAS DE TRANSMISSÃO DA MALÁRIA

-Transmissão natural: o plasmódio infecta o homem humano pela picada


de uma fêmea de anofelinos infectada, portadora de formas infectantes (esporozoítas) na
glândula salivar.

-Transmissão induzida: é transmissão que ocorre por meio de transfusão de


sangue, uso compartilhado de agulhas e/ou seringas contaminadas, a malária congênita,
e através de acidentes de trabalho em pessoal de laboratório ou hospital.

Período de transmissibilidade: após 8 a 16 dias do repasto sanguíneo


com o sangue de uma pessoa com malária, portando gametócitos do plasmódio, a
fêmea do anofelino poderá passar a transmitir a doença para outras pessoas através de
sua picada . Isto ocorre a cada dois ou três dias. A transmissão da doença pode
continuar por toda a vida média do inseto, que é de cerca de 30 dias.

Período de incubação: é o período entre a picada do mosquito infectado, até


o aparecimento dos primeiros sintomas que é, em média, de 15 dias, na maioria dos
casos. Podem ocorrer períodos mais curtos ou mais prolongados, como ocorre na
Malária por P. vivax e por P. ovale.

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SINAIS

São vários os sinais de malária em uma pessoa, entre eles incluem-se a dores
de cabeça, febre, calafrios, dores nas articulações, vómitos, anemia
hemolítica, icterícia, hemoglobina na urina, lesões na retina e convulsões.

SINTOMAS DA MALÁRIA

Os sintomas mais comuns são: calafrios, febre alta (no início contínua e
depois com frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia,
aumento do baço e, por vezes, delírios. No caso de infecção por P. falciparum, também
existe uma chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral,
responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas correntes,
aparece ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou
excitação, convulsões, vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma.

COMO CONFIRMAR O DIAGNÓSTICO

Após o surgimento dos primeiros sintomas é recomendado ir ao hospital ou


no pronto-socorro, especialmente se os sintomas surgirem a cada 48 ou 72 horas. Desta
forma, o médico poderá identificar a presença do parasita no organismo através de
exames de sangue, como gota espessa ou testes imunológicos, podendo iniciar o
tratamento adequado, evitando que a infecção agrave e coloque em risco a vida.

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TRATAMENTO DE MALÁRIA

A decisão de como tratar o paciente com malária deve estar de acordo com o
Manual de Terapêutica da Malária, editado pelo Ministério da Saúde, e ser orientada
pelos seguintes aspectos:

Espécie de plasmódio - dependendo da espécie de plasmódio o paciente vai


receber um tipo de tratamento.

Gravidade da doença - pela necessidade de drogas injectáveis de acção mais


rápida sobre os parasitos, visando reduzir a letalidade.

COMO É FEITO O TRATAMENTO

O tratamento da malária é feito com medicamentos antimaláricos, como


Cloroquina, Primaquina, Artemeter e Lumefantrina ou Artesunato e Mefloquinta por
exemplo, que atuam destruindo o Plasmodium e impedindo a sua transmissão.

Os medicamentos escolhidos, as doses e a duração são indicados pelo médico


de acordo com a idade, gravidade da doença e análise das condições de
saúde. Crianças, bebês e grávidas precisam de um tratamento especial, com Quinina ou
Clindamicina, sempre de acordo com as recomendações médicas e, geralmente, é
indicado o internamento hospitalar.

Recomenda-se ainda:

 Alimentar-se normalmente;

 Não consumir bebidas alcoólicas;

 Não parar o tratamento antes do conselho médico, mesmo se os sintomas


desaparecem antes, pelo risco de recidiva e complicações da doença.

O tratamento da malária deve ser iniciado o mais rápido possível, pois pode
evoluir de forma grave e, sem o adequado tratamento, pode levar à morte.

Existe dois tipos de malária: malária Complicada e não Complicada.

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A Complicada pode ser tratada com medicação indovenosa, como o quinino.
A não complicada pode ser tratada com medicação oral, como o Coartem e o
artimether, dependendo do peso e a idade do doente.

MEDICAMENTOS PARA MALÁRIA

Os medicamentos mais usados para o tratamento de malária são:

 Clordox
 Doxicilina
 Artemether

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu
caso, bem como a dosagem correcta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as
orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do
medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em
quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

COMPLICAÇÕES

Existem diversas complicações graves de malária. Entre elas está o


desenvolvimento de ’’stress’’ respiratório, no qual se verifica a necessidade de um
esforço cada vez maior para respirar associado a sensação de desconforto psicológico, o
qual ocorre em 25% dos adultos e 40% das crianças com malária falciparum aguda.
Entre as possíveis causas estão a compensação respiratória da acidose
metabólica, edema pulmonar não cardiogénico, pneumonia concomitante
e anemia grave. Embora a sua ocorrência seja rara em crianças, entre 5% e 25% dos
adultos e 29% das grávidas com casos graves de malária desenvolvem Síndrome do
desconforto respiratório do adulto. A co-infecção de malária com VIH aumenta a
mortalidade. Pode ainda ocorrer febre da água negra, uma complicação na qual
a hemoglobina de glóbulos vermelhos danificados se deposita na urina

A infecção com P. falciparum pode provocar malária cerebral, uma forma


grave de malária que envolve encefalopatia. Manifesta-se através do branqueamento
da retina, o que pode constituir um sinal clínico auxiliar para distinguir a malária de

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outras causas de febre. Pode também ocorrer esplenomegalia, dor de cabeça
intensa, hepatomegalia, hipoglicemia ou hemoglobinúria com insuficiência renal Em
casos de malária durante a gravidez, entre as complicações graves estão a morte do
feto ou da criança, ou peso à nascença inferior a 2,5 kg, em particular na infecção
por P. falciparum, mas também por P. vivax.

PREVENÇÃO

Medidas de prevenção individual: uso de mosquiteiros impregnados ou não


com insecticidas, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas, uso de
repelentes.

Medidas de prevenção coletiva: drenagem, pequenas obras de saneamento


para eliminação de criadouros do vetor, aterro, limpeza das margens dos criadouros,
modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoramento da
moradia e das condições de trabalho, uso racional da terra.

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CONCLUSÃO

Com estes estudos, conclui-se que malária é uma doença infecciosa febril
aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do
mosquito Anopheles. A cura é possível se a doença for tratada em tempo oportuno e
de forma adequada. Contudo, a malária pode evoluir para forma grave e para óbito.

Entre os métodos de prevenção da malária estão a erradicação dos mosquitos,


a prevenção de picadas e medicação. A presença de malária numa dada região
pressupõe a conjugação de vários factores: elevada densidade populacional humana,
elevada densidade populacional de mosquitos ‘’anopheles’’ e elevada taxa de
transmissão entre humanos e mosquito e vice-versa. Quando algum destes factores é
reduzido de forma significativa, o parasita irá eventualmente desaparecer dessa região,
tal como aconteceu na América do Norte, Europa e partes do Médio Oriente. No
entanto, a não ser que o parasita seja erradicado à escala global, pode-se voltar a
implantar em qualquer uma dessas regiões caso ocorra uma conjugação de factores que
proporcione a sua reprodução. Além disso, o custo económico da erradicação do
mosquito por pessoa é maior em áreas com menor densidade populacional, o que faz
com que seja economicamente invável em algumas regiões.

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REFERENCIAS

https://pt.wikipedia.org/wiki/Mal%C3%A1ria

https://www.minhavida.com.br/saude/temas/malaria

https://www.tuasaude.com/malaria/

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