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Curso Enem

2017
Semana 10
17 ——— 20
abril

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Bio. Semana 11

Rubens Oda
Alexandre Bandeira
(Julio Junior)

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CRONOGRAMA
03/04 Origem da vida Evidências da
evolução e teorias
evolutivas

08:00
21:00 11:00

05/04 Evidências da
evolução e teorias
evolutivas

21:00

10/04 Evidências da Especiação


evolução e teorias
evolutivas - cont

08:00
21:00 11:00

12/04 Especiação

21:00

17/04 Exercícios Água e sais


Evolução minerais

08:00
21:00 11:00

19/04 Água e sais


minerais

21:00
24/04 Glicídios e lipídios Proteínas


08:00
21:00 11:00

26/04 Proteínas

21:00
24
abr
Glicídios e
lipídios

01. Exercício de Aula


02. Exercício de Casa
03. Questão Contexto
RESUMO
Glicídios
→ Cerídeos: São muito insolúveis em água e ajuda
Os glicídios ou carboidratos são compostos que tem na perda de água Ex.: cutina, cera de abelha e cera
a função de fornecer energia e compor estruturas. de ouvido.
Elas são classificadas em função do tamanho em:
→ Fosfolipídeos: formam todas as membranas da
→ Monossacarídeos: são absorvidos diretamente célula, tendo o fosfato hidrofílico e o lipídio como
pela célula. Todos seguem a fórmula Cn(H2O)n . Ex.: hidrofóbico
hexoses (frutose, glicose, galactose) e pentose (ribo-
se e desoxirribose) → Esteroides: também só é formado pelo álcool. O
principal é o colesterol, que só existe em animais. O
→ Dissacarídeos: são formados através de uma li- colesterol é precursor de vitamina D, forma a bile e
gação glicosídica entre dois monossacarídeos. Ex.: formam hormônios sexuais.
sacarose (frutose + glicose), maltose (glicose + gli-
cose) e lactose (galactose + glicose)
LDL x HDL
→ Polisscarídeos: são a junção de muitos monos-
sacarídeos e podem assumir função energética ou
estrutural. Ex.: amido (reserva energética vegetal),

Bio. 6
glicogênio (reserva energética animal e dos fungos),
celulose (parede celular das plantas), quitina (pre-
sente no exoesqueleto dos artrópodes e na parede
celular dos fungos).

(fonte: http://saudenacomida.com.br/10-alimentos-melhorar-o-
colesterol-hdl/)

Lipídios São lipoproteínas, sendo:

São moléculas orgânicas apolares que desempe- → LDL: lipoproteína de baixa densidade e ficam pre-
nham diversas funções em nosso corpo como reser- sentes no sangue, podendo causar entupimento dos
va energética, isolante térmico, impermeabilizante, vasos sanguíneos. Eles retiram o excesso de gordura
entre outras funções. Eles são classificados em: do fígado para as células. É conhecido como “mau”
colesterol
→ Glicerídeos: são os óleos e gorduras, formados
por um álcool e 3 ácidos graxos. → HDL: lipoproteína de alta densidade capaz de ab-
sorver os cristais de colesterol, que são depositados
→ Cerotenóides: são formados apenas por álcool. nas artérias, removendo-o das artérias e transpor-
O beta-caroteno é um pigmento alaranjado e utiliza- tando-o de volta ao fígado para ser eliminado. É cha-
do na síntese da vitamina A. mado de “bom” colesterol
EXERCÍCIO DE AULA
1.
A celulose é um carboidrato, um polissacarídeo com função estrutural. É um
componente presente em todos os alimentos de origem vegetal. Os seres huma-
nos não são capazes de digerir as fibras de celulose; porém, elas são importan-
tes, pois:

a) Fornecem energia para o corpo.


b) Formam estruturas esqueléticas importantes.
c) São fontes de vitaminas.
d) Facilitam a formação e eliminação das fezes.

2.
Atenção: Para responder esta questão considere o texto apresentado abaixo.

Nossa dieta é bastante equilibrada em termos de proteínas, carboidratos e


gorduras, mas deixa a desejar em micronutrientes e vitaminas. “O brasileiro
consome 400 miligramas de cálcio por dia, quando a recomendação inter-
nacional é de 1 200 miligramas,”(…). É um problema cultural, mais do que
socioeconômico, já que os mais abastados, das classes A e B, ingerem cerca
da metade de cálcio que deveriam.

Bio. 7
(Revista Pesquisa Fapesp, junho de 2010, p. 56)

Uma característica dos seres vivos é a capacidade de suas células sintetizarem


macromoléculas orgânicas como gorduras e carboidratos. Sobre essas macro-
moléculas é correto afirmar que:

a) Entre as funções dos carboidratos no interior da célula está a função enzimáti-


ca que permite o controle do metabolismo celular.
b) As gorduras ou lipídeos são moléculas que atuam ativamente no transporte de
substâncias entre o meio extracelular e o citosol.
c) Gorduras e carboidratos são moléculas que participam da síntese de ATP
como fontes de energia.
d) Gorduras e carboidratos são moléculas a base de carbono e nitrogênio que
desempenham funções reguladoras nas células.
e) Carboidratos são moléculas complexas formadas a partir da união de inúme-
ras moléculas de aminoácidos e apresentam papel estrutural.

3.
Nos organismos vivos, as moléculas orgânicas podem desempenhar diferentes
funções. Muitas dessas macromoléculas são constituídas pela união de molécu-
las menores (monômeros). Com relação a esse assunto, analise as proposições
abaixo.

1. Polissacarídeos de reserva, como o amido (presente em sementes, raízes e


caules) e o glicogênio (armazenado em células do fígado humano) são carboidra-
tos importantes.
2. Polissacarídeos estruturais, como a quitina (que constitui o esqueleto externo
de artrópodos), e a celulose (que protege e sustenta as células vegetais e o vege-
tal como um todo), são carboidratos.
3. Os lipídios constituem um grupo heterogêneo de substâncias orgânicas, cujas
características comuns incluem a grande solubilidade em solventes, como o éter
e o clorofórmio.

Está(ão) correta(s):

a) 1, 2 e 3.
b) 1 apenas.
c) 2 apenas.
d) 3 apenas.
e) 2 e 3 apenas.

4.
Os lipídios são:

a) Os compostos energéticos consumidos preferencialmente pelo organismo.


b) Mais abundantes na composição química dos vegetais do que na dos animais.
c) Substâncias insolúveis na água, mas solúveis nos chamados solventes orgâni-
cos (álcool, éter, benzeno).
d) Presentes como fosfolipídios no interior da célula, mas nunca na estrutura da
membrana plasmática.

Bio. 8
5.
A restrição excessiva de ingestão de colesterol pode levar a uma redução da
quantidade de testosterona no sangue de um homem. Isso se deve ao fato de
que o colesterol

a) é fonte de energia para as células que sintetizam esse hormônio.


b) é um lipídio necessário para a maturação dos espermatozoides, células produ-
toras desse hormônio.
c) é um esteroide e é a partir dele que a testosterona é sintetizada.
d) é responsável pelo transporte da testosterona até o sangue.
e) é necessário para a absorção das moléculas que compõem a testosterona.

EXERCÍCIO DE CASA
1.
O glicogênio e o amido, ambos polímeros de glicose, constituem polissacarídeos
de reserva e são encontrados:

a) Nas células do músculo estriado esquelético.


b) Nas células animal e vegetal, respectivamente.
c) Nas células hepáticas em diferentes quantidades.
d) Nas células vegetal e animal, respectivamente.
e) Tanto nas células animais quanto vegetais, na mesma proporção.
2.
Sobre as substâncias orgânicas que compõem as estruturas celulares, pode-se
afirmar:

I. Lipídios fazem parte da constituição das paredes das células vegetais.


II. Carboidratos fazem parte da constituição das membranas citoplasmáticas das
células animais.
III. Proteínas fazem parte da constituição química da cromatina.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):

a) I, II e III.
b) Apenas I e II.
c) Apenas II e III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II.

3.
Carboidratos (glicídios ou hidratos de carbono) são moléculas orgânicas consti-
tuídas fundamentalmente por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. Sobre
essas moléculas, é correto afirmar que:

Bio. 9
01. Os monossacarídeos mais abundantes nos seres vivos são as hexoses (fruto-
se, galactose, glicose), que, quando degradadas, liberam energia para uso ime-
diato.
02. Ribose e desoxirribose são polissacarídeos que compõem os ácidos nuclei-
cos.
04. A quitina é um polissacarídeo que constitui o exoesqueleto dos artrópodes e
apresenta átomos de nitrogênio em sua molécula.
08. A maioria dos carboidratos apresenta função energética, como a celulose e
a quitina; entretanto, alguns podem apresentar função estrutural, como o amido
e o glicogênio.
16. Os animais apresentam grande capacidade de estocagem de carboidratos,
quando comparados às plantas, que armazenam apenas lipídios.

Soma das alternativas corretas:

4.
A glicose é muito importante para o processo de produção de energia na célula.
Entretanto, o organismo armazena energia, principalmente sob a forma de gor-
dura. Uma das vantagens de a célula acumular gordura em vez de açúcar é o fato
de os lipídeos:

a) Apresentarem mais átomos de carbono.


b) Serem moléculas mais energéticas.
c) Produzirem mais colesterol.
d) Serem mais difíceis de digerir
5.
A hidrólise de moléculas de lipídios produz:

a) Ácidos graxos e água.


b) Água e glicerol.
c) Ácidos graxos e glicerol.
d) Aminoácidos e glicerol.
e) Glicose e aminoácidos.

6.
Atribuíram as seguintes funções aos lipídios, grupo de substâncias sempre pre-
sente nas células:

I. Como substâncias de reserva, são exclusivos de células animais.


II. Podem ter função energética, ou seja, fornecem energia para as atividades
celulares.
III. Têm função estrutural, uma vez que entram na composição das membranas
celulares.

É correto o que se afirma somente em:

a) I.
b) II.

Bio. 10
c) III.
d) I e II.
e) II e III.

7.
A ingestão de alimentos muito gordurosos leva a um aumento no nível de coles-
terol no sangue, fazendo com que este seja considerado um vilão para a saúde
das pessoas. No entanto, em quantidades adequadas, o colesterol é necessário
ao organismo humano porque:

a) Acelera a velocidade das reações biológicas.


b) É um precursor dos hormônios insulina e glucagon.
c) Constitui a principal fonte de energia celular.
d) Faz parte da estrutura da membrana biológica de células.

8.
Quatro grupos principais de pequenas moléculas estão presentes nas células em
geral. Essas moléculas orgânicas são açúcares simples, ácidos graxos, aminoáci-
dos e nucleotídeos. A partir destas, são elaboradas outras moléculas e polímeros
com propriedades químicas e funções específicas, como por exemplo:

a) Fosfolipídios, glicerídios que apresentam ácidos graxos, glicerol e ácido fosfó-


rico em sua composição, presentes nas membranas plasmáticas.
b) Queratina, carboidrato estrutural dos animais que, nos mamíferos, participa
da constituição do pelo, das unhas e da pele.
c) Enzimas, proteínas simples ou conjugadas, agem como catalisadoras de rea-
ções químicas, sendo altamente eficientes, não sofrendo desnaturação por mu-
dança de temperatura ou pH.
d) Esteroides, um grupo particular de proteínas precursoras dos hormônios se-
xuais masculinos (testosterona) e femininos (estrógeno).
e) Celulose, glicídio mais abundante na natureza, de composição semelhante ao
amido e, por isso, digerida pela amilase dos animais.
9.
Responda esta questão relacionando às biomoléculas da coluna A com seus res-
pectivos exemplos na coluna B.

A numeração correta da coluna B, de cima para baixo, é:

a) 1-I; 2-III; 3-IV; 4-II.


b) 1-IV; 2-I; 3-II; 4-III.
c) 1-II; 2-III; 3-IV; 4-I.
d) 1-II; 2-III; 3-I; 4-IV.
e) 1-I; 2-II; 3-III; 4-IV.

Bio. 11
10.
Em laboratório, foram purificadas quatro substâncias diferentes, cujas caracte-
rísticas são dadas a seguir:

A. Polissacarídeo de reserva encontrado em grande quantidade no fígado de


vaca.
B. Polissacarídeo estrutural encontrado em grande quantidade na parede celular
de células vegetais.
C. Polímero de nucleotídeos compostos por ribose e encontrado no citoplasma.
D. Polímero de aminoácidos com alto poder catalítico.

As substâncias A, B, C e D são, respectivamente:

a) Glicogênio, celulose, RNA, proteína.


b) Amido, celulose, RNA, quitina.
c) Amido, pectina, RNA, proteína.
d) Glicogênio, hemicelulose, DNA, vitamina.
e) Glicogênio, celulose, DNA, vitamina.
QUESTÃO CONTEXTO
Poluição e lipídios formam combinação que pode ser letal

“A poluição atmosférica é um importante causador da ateriosclerose, que


provoca ataques cardíacos e derrames cerebrais, revelou um estudo divul-
gado nesta quarta-feira pela revista “Genome Biology”.

https://noticias.uol.com.br/
ciencia/ultimas-noticias/ Segundo os cientistas, as gorduras que congestionam as artérias funcionam
efe/2007/07/25/poluicao-e- junto com as partículas do ar e ativam os genes que desencadeiam a infla-
lipidios-formam-combinacao-
que-pode-ser-letal.htm mação.”

Baseado no texto acima, indique como as gorduras podem congestionar as arté-


rias e causar ataques cardíacos no homem.

Bio. 12
GABARITO
01. 03.
Exercício de aula Questão Contexto
1. d As duas principais gorduras presentes no sangue são
2. c o colesterol e os triglicérides. Como são insolúveis,
3. a não se dissolvem no sangue, sendo transportados na
4. c corrente sanguínea através de proteínas especiais
5. c denominadas lipoproteínas. As principais são a LDL,
ou lipoproteína de baixa densidade, responsável por
conduzir o colesterol aos tecidos do corpo, e a HDL,

02.
ou lipoproteína de alta densidade, que carrega o co-
lesterol dos tecidos até o fígado onde é removido
Exercício de casa do sangue. Devido a estas características, a LDL é
1. b conhecida como “colesterol ruim”, enquanto a HDL
2. d é apelidada de “colesterol bom”. Com o aumento do
3. 1+4=5 consumo de lipídios, poderá aumentar a concentra-
4. b ção de LDL no sangue e por consequência pode le-
5. c var o entupimento de vasos sanguíneos, causando o
6. e ataque cardíaco.
7. d
8. a
9. b
10. a
24|26
abr
Proteínas

01. Exercício de Aula


02. Exercício de Casa
03. Questão Contexto
RESUMO
Proteínas Enzimas
Proteínas são uma cadeia de aminoácidos que de- As enzimas são de origem proteica e possuem diver-
sempenham diversas funções como estrutural, cata- sas funções como:
lisadora, contrátil, reguladora (hormônio) e imunoló-
gica. É classificado quanto a sua estrutura em: ✓ Catalisadores
✓ Aceleram reações
→ Primário: é uma sequência linear de aminoácidos ✓ Diminuem a energia de ativação
✓ Não se modificam
→ Secundário: é a sequência começando a ganhar ✓ São específicas em relação ao substrato (teoria
forma. Pode ser helicoidal ou pregueado. da chave-fechadura)

→ Terciário: é uma estrutura tridimensional na qual Elas podem ser alteradas em relação a velocidade
já pode desempenhar uma função. enzimática como temperatura, pH e concentração
de substrato.
→ Quaternário: é a junção de duas ou mais estru-
turas terciárias.
OBS.: a temperatura alta ou um pH ácido pode

Bio. 14
desnaturar uma proteína.

EXERCÍCIO DE AULA
1.
As proteínas são macromoléculas formadas pela união de várias moléculas me-
nores. Elas participam da composição de muitas estruturas dos seres vivos, tem
função metabólica, de defesa, reguladora e energética. Sobre as proteínas, as-
sinale a alternativa incorreta.

a) As proteínas podem ser chamadas de polinucleotídeos quando são pequenas.


b) As enzimas aumentam a velocidade das reações químicas, sendo influencia-
das pela temperatura e pH.
c) A ligação peptídica é caracterizada pela reação do grupo amina de um ami-
noácido com o grupo carboxila de outro, sendo liberada uma molécula de água.
d) A desnaturação é um fato de inativação das proteínas, podendo ser provoca-
da por altas temperaturas.
e) A troca de um aminoácido na hemoglobina gera hemácias em forma de foice,
doença chamada de anemia falciforme.
2.
O perigo das febres altas se associa principalmente a inativação das proteínas do
sistema nervoso, podendo ser fatal para o organismo. Nessa condição, e correto
afirmar que as proteínas:

a) Rompem as ligações internas entre os lipídios.


b) Ganham átomos que se agregam a sua molécula.
c) Separam os aminoácidos e suas ligações peptídicas.
d) Alteram sua estrutura, prejudicando sua função biológica.
e) Sofrem uma desnaturação que promove sua reestruturação espacial.

3.
O corpo humano produz milhares de proteínas diferentes que, no organismo,
possuem funções também diferentes, como por exemplo: estruturais, catalíti-
cas, contrácteis, transportadoras, de defesa imunológica, etc., estando o forma-
to de cada proteína diretamente relacionado com a sua função. Quanto à estru-
tura e à função das proteínas, indique a afirmação correta.

a) As cadeias polipeptídicas são normalmente compostas por 20 aminoácidos di-


ferentes que são ligados não covalentemente durante o processo de síntese pela
formação de uma ligação peptídica.
b) As proteínas observadas na natureza evoluíram pela pressão seletiva para efe-

Bio. 15
tuar funções específicas.
c) As propriedades funcionais das proteínas independem da sua estrutura tridi-
mensional.
d) A estrutura tridimensional surge porque sequências de aminoácidos em ca-
deias polipeptídicas se enovelam, sem ordem e sem “gasto” de energia, a partir
de uma cadeia linear em domínios compactos, com estruturas tridimensionais
específicas.

4.
Qual o composto biológico que tem como função facilitar e aumentar a velocida-
de das reações envolvendo biomoléculas orgânicas nas células?

a) esteroides
b) carboidratos
c) polissacarídios
d) lipídios
e) proteína com função enzimática

5.
Considere as afirmações abaixo relativas aos efeitos da elevação da temperatura
no funcionamento das reações enzimáticas:

I. A elevação da temperatura, muito acima de sua temperatura ótima, pode redu-


zir a atividade de uma enzima.
II. A elevação da temperatura pode desnaturar uma enzima.
III. Todas as enzimas têm a mesma temperatura ótima.
IV. Algumas enzimas são estáveis no ponto de ebulição da água.
Estão corretas:

a) I, II e IV, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) todas as afirmações.

EXERCÍCIO DE CASA
1.
Uma molécula de hemoglobina é composta por quatro unidades macromolecu-
lares correspondentes a duas cadeias alfa e duas cadeias beta. Essas cadeias
ligam-se de maneira estável de modo a assumir a configuração tetraédrica da
molécula completa. O arranjo descrito explica a:

a) Estrutura dos coacervados.


b) Estrutura terciária das proteínas.
c) Estrutura quaternária das proteínas.
d) Estrutura secundária das proteínas.

Bio. 16
e) Estrutura primária das proteínas.

2.
Quanto às proteínas, podemos afirmar corretamente que:

a) Duas proteínas que por hidrólise originam os mesmos aminoácidos, nas mes-
mas proporções, podem não ser proteínas iguais.
b) Desnaturação significa ligação entre aminoácidos, e é uma síntese por desi-
dratação.
c) A estrutura terciária de uma proteína determina sua forma, mas não interfere
como sua função ou especificidade.
d) Além da importante função estrutural, as proteínas também são as mais im-
portantes substâncias de reserva energética e de defesa.
e) O colágeno e a elastina são componentes contráteis das células musculares e
deslizam gerando movimentos.

3.
As proteínas são compostos orgânicos de estrutura complexa e massa molecu-
lar elevada, sintetizadas pelos organismos vivos através da condensação de um
grande número de moléculas de alfa-aminoácidos, por meio de ligações deno-
minadas de peptídicas, e podem desempenhar diferentes tipos de funções. As
figuras abaixo mostram exemplos caracterizados pela presença ou ação de de-
terminadas proteínas. Analise-as.
De acordo com as figuras e o assunto abordado, analise as alternativas abaixo
e assinale a que representa a combinação mais adequada entre cada figura e a
proteína.

a) III. Hemoglobina.
b) IV. Miosina.
c) I. Queratina.
d) II. Adrenalina.

Bio. 17
4.
Em uma amostra obtida da trituração de uma parte do fígado humano, consta-
tou-se que 18% de sua composição química apresentou um componente com as
seguintes evidências:

I. Transporte de O2 para os tecidos através da hemoglobina.


II. Contração da musculatura por meio de miosina e actina.
III. Confere resistência aos tendões pela ação do colágeno.
IV. Combate às infecções por intermédio dos anticorpos.

Pode-se concluir que o componente químico analisado no experimento é o(a)


_____ de natureza _____ .

A opção que completa, corretamente, as lacunas é:

a) vitamina, orgânica.
b) proteína, orgânica.
c) aminoácido, inorgânica.
d) íon cálcio, inorgânica.
e) ácido nucleico, orgânica.
5.
As proteínas têm ampla gama de estruturas e funções. Apesar de sua gran-
de diversidade, todas as proteínas compartilham três níveis de estrutura,
conhecidos como estrutura primária, secundária e terciária. Um quarto nível
é observado quando uma proteína é composta por duas ou mais cadeias po-
lipeptídicas. No entanto, a estrutura de uma proteína também depende das
condições físicas e químicas do seu ambiente.

CAMPBELL, Neil A. et al. Biologia . 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. p.


80-85.

Se pH, salinidade, temperatura ou outros aspectos do ambiente forem altera-


dos, a proteína pode passar por uma desnaturação. E, como resultado da des-
naturação:

a) Ocorrem ligações peptídicas, formadas por reações de desidratação que


unem o grupo carboxila de um aminoácido ao grupo amino de outro aminoácido.
b) Surgem segmentos das cadeias polipeptídicas enrolados ou dobrados repeti-
damente, em padrões que contribuem para a estrutura secundária.
c) Ocorre que a forma da proteína será reforçada por ligações covalentes adicio-
nais, chamadas de pontes dissulfeto, entre dois monômeros de cisteína.
d) Ocorre a perda de conformação da proteína e por consequência da habilidade
de realizar funções, tornando-se biologicamente inativada.

Bio. 18
6.
Uma reportagem em relação à definição do que é o leite de fato foi veiculada na
Folha de S. Paulo, edição do dia 16/09/2012 (página C7). Segundo essa reporta-
gem: “leite é um produto natural composto de água, gordura, vitaminas, proteí-
nas, enzimas e lactose...”. Dentre essas substâncias mencionadas, a classe que é
um catalisador biológico é a

a) dos lipídios.
b) dos minerais.
c) das enzimas.
d) das vitaminas.
e) dos glicídios.

7.
Atletas devem ter uma alimentação rica em proteínas e carboidratos. Assim de-
vem consumir preferencialmente os seguintes tipos de alimentos, respectiva-
mente:

a) verduras e legumes pobres em amido


b) óleos vegetais e verduras
c) massas e derivados de leite
d) farináceos e carnes magras
e) carnes magras e massas
8.
O funcionamento dos organismos vivos depende de enzimas, as quais são essen-
ciais às reações metabólicas celulares. Essas moléculas:

a) possuem cadeias nucleotídicas com dobramentos tridimensionais que reco-


nhecem o substrato numa reação do tipo chave-fechadura.
b) diminuem a energia de ativação necessária à conversão dos reagentes em
produtos.
c) aumentam a velocidade das reações químicas quando submetidas a pH maior
que 8,0 e menor que 6,0.
d) são desnaturadas em temperaturas próximas de 0 ºC, paralisando as reações
químicas metabólicas.
e) são consumidas em reações metabólicas exotérmicas, mas não alteram o
equilíbrio químico.

9.
Com relação à função das proteínas, é correto afirmar que:

a) A amilase é uma enzima e tem, portanto, função catalisadora.


b) O glucagon é uma proteína estrutural do pâncreas.
c) A actina e a miosina têm função transportadora.
d) A glicose é uma proteína metabólica.

Bio. 19
10.
As enzimas são, na sua grande maioria, moléculas de proteínas que funcionam
como efetivos catalisadores biológicos. A sua presença nos seres vivos é essen-
cial para viabilizar as reações químicas, as quais, em sua ausência, seriam extre-
mamente lentas ou até mesmo não ocorreriam. Considerando-se a propriedades
desses biocatalisadores, constata-se o seguinte:

a) A mioglobina presente nos músculos é um exemplo de enzima.


b) As enzimas aumentam a energia de ativação de uma reação química.
c) Com o aumento da temperatura, a atividade catalítica atinge um ponto máxi-
mo e depois diminui.
d) Essas moléculas alteram a posição de equilíbrio das reações químicas.
QUESTÃO CONTEXTO
PROTEÍNA QUE CONTAMINA NEURÔNIOS PODE CAUSAR ALZHEIMER

O Alzheimer é o tipo de demência mais comum em idosos. Somente no Bra-


sil, estima-se que há 1,2 milhão de pessoas com a doença neurodegenerati-
va, que causa a deterioração da memória e da capacidade cognitiva. Ainda
não há cura e não se sabe exatamente sua origem. Estudos recentes, no
entanto, conseguiram distinguir alguns eventos neurológicos relacionados à
patologia, como a presença de placas de proteína beta-amiloide no cérebro.
(fonte: http://www2. Agora, duas novas pesquisas, da Universidade Linköping, na Suécia, e da
uol.com.br/vivermente/
noticias/proteina_alterada_
Universidade da Califórnia, sugerem que a doença pode ser causada por al-
contamina_neuronios_e_ terações dessa proteína. Segundo essa hipótese, as moléculas modificadas
pode_ser_causa_do_
alzheimer.html) “contaminam” células neurais saudáveis progressivamente.

Segundo as informações do texto acima e com base nos seus conhecimentos


relacionados a proteína, qual a consequência da proteína alterada em relação a
sua função?

Bio. 20
GABARITO
01. 03.
Exercício de aula Questão Contexto
1. a No caso descrito no texto, a proteína presente no
2. d cérebro ao ser alterada perde a sua função, trazen-
3. b do consequências para as células do cérebro. As al-
4. e terações na proteína podem se dar pela alteração
5. d na sua composição ou na conformação da proteína
devidos principalmente a alteração de pH e tempe-
ratura.

02.
Exercício de casa
1. c
2. a
3. d
4. b
5. d
6. c
7. e
8. b
9. a
10. c
Bio. 21
Fil. Semana 11

Lara Rocha
(Leidiane Silva)

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cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por
escrito. Todos os direitos reservados.
CRONOGRAMA

28/04 Tradição medieval

09:15
19:15
28
Tradição abr
medieval

01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Santo Agostinho de Hipona

Entres os séculos II e XV, teve destaque a Filosofia


Medieval, cujo o legado é obscurecido pela ideia Santo Agostinho, o bispo de Hipona, foi o maior
equivocada de que esse período seria trevoso. Os nome da Patrística. Nascido em 354, converteu-se
filósofos desse momento histórico representaram a ao cristianismo em 386 e serviu à fé até sua morte
união entre o cristianismo, que havia tomado a Euro- em 430. De origem pagã, por parte de pai, e cristã,
pa, e a filosofia clássica grega, que ressurgia e en- por parte de sua mãe Santa Mônica, Agostinho teve

25
cantava até os mais religiosos dos homens. Surgiu acesso a uma educação clássica. Era comum cris-
pela primeira vez na filosofia a ideia de revelação. tãos terem rejeição a pensamentos externos à Igre-
Na grécia antiga clássica, todo conhecimento era ja, mas esse não era o caso do bispo de hipona, ele,
fruto da reflexão, ou melhor, da razão, mas agora lançando mão de seus conhecimentos clássicos sou-

Fil.
fé e razão começam a andar juntas. A Igreja foi res- be unir fé e razão.
ponsável por manter viva a chama do conhecimento
nessa fase. Agostinho cria que os grandes pensadores gregos
não erraram em suas teorias, mas foram vítimas de
uma limitação cabal: a razão. Para o pensador, não
Patrística é possível ao homem conhecer todas as coisas por
si mesmo, mas é preciso que a revelação venha em
A Patrística (II - VIII) , foi a primeira fase da Filosofia auxílio de sua inteligência limitada. O conhecimen-
Medieval, nela, os pensamentos dos padres da Igre- to completo só seria possível no interior da Igreja,
ja foram basal. Os sacerdotes dos primeiros séculos onde a fraqueza racional humana encontraria auxílio
foram responsáveis pela difusão e defesa da fé. Com na fortaleza da revelação divina.
eles, os cristãos aprenderam a fidelidade ao magis-
tério. Muitos clérigos tiveram contato com o pensa-
mento clássico grego e por isso trouxeram as influ- A existência de Deus
ências filosóficas gregas para o âmbito religioso.
Os padres da igreja fizeram grandes apologias, estas Já na era medieval a ideia da existência de Deus ser
eram discursos feitos para embasar e defender o ca- tratada apenas como um problema de fé, ou seja,
tolicismo. Os apologistas buscavam a sensibilização não seria possível prová-la racionalmente, era bem
dos judeus e o combate das heresias. A necessida- difusa. Agostinho defendia que se esta fosse apenas
de de persuadir os hebreus e hereges fazia com que uma questão de fé, seria uma questão subjetiva, não
os sacerdotes lançassem mão de um discurso que haveria uma verdade estabelecida sobre o assunto.
versasse com a filosofia e assim fosse duplamente Para o Bispo, este era um dado de fé provado pela
racional e religioso. razão.
Agostinho, para embasar sua teoria, categoriza os tempo a Igreja usou essa teoria para intervir nas
seres em insensíveis (as pedras), sensíveis (os ani- questões políticas.
mais), ser racional (o homem) e Deus (verdade supe-
rior). Nessa categorização o homem está acima dos
insensíveis e dos meramente sensíves, por possuir a O Tempo
razão, atributo indispensável para emitir juízos sobre
a sensibilidade, para dominá-la. Porém os seres ra- O homem é dotado de livre-arbítrio, ou seja, tem li-
cionais estão abaixo de Deus que é a verdade mais berdade para fazer o que quiser; Deus é onisciente,
excelente. isto é, perscruta a mente humana e conhece todos
os seus passos. Como é possível haver liberdade se
Ele já sabe tudo o que vamos fazer? Se Deus sabe
O Problema do Mal o que vamos fazer então tudo já está determinado?
Para Agostinho, o homem e seu criador vivem em
Para o cristianismo, o homem é fruto do amor de dimensões diferentes. Estamos no tempo, onde Há
Deus, que em sua infinita bondade, nos criou. Mas a transitoriedade e Deus está na Eternidade que é
de onde viria o mal se Deus é infinitamente bom? anterior e maior do que o tempo e por isso, ele não
Seria um castigo, uma punição pelo mau uso do livre precisa esperar para formar seus julgamentos.
arbítrio e pecado no paraíso? Para Agostinho, o ma-
niqueísmo (crença que prega a existência concreta
do mal) era falso. Para resolver o problema o Santo Teoria da Iluminação
divide o mal em três tipos: metafísico, moral e físico.
Dentre os pensadores medievais, Agostinho é de

26
Para o bispo de Hipona o mal não existia. Não havia longe o mais platônico. A dicotomia platônica apa-
um ser, uma entidade que pudéssemos chamar de “o rece fortemente em suas teorias, mas na ideia da ilu-
mal”, mas era na verdade a privação do bem. assim minação divina a oposição entre mundo sensível e
foi explicado o primeiro tipo. verdades imutáveis fica mais clara.

Fil.
O mal moral é o pecado. Homem foi criado para vi- A alma é eterna e assim sendo é capaz de acessar
ver em intimidade com Deus, por isso recebeu de às verdades imutáveis, o grande problema é que o
seu criador o livre-arbítrio, para que espontanea- corpo, com seus sentidos, são dispersos e imperfei-
mente se ligasse a Ele, mas escolheu o pecar. No pa- tos. Assim como em Platão, na teoria agostiniana, a
raíso, por orgulho e prepotência, a humanidade de- alma tem primazia sobre o corpo. O homem, através
cidiu não depender de Deus. de sua mente é capaz de intuir a verdade, daí vem
a prova da existência de Deus para o autor. se mes-
mo imperfeitos somos capazes de intuir a verdade é
O mal físico é o resultado do mal moral, do peca- porque existe a verdade absoluta que ilumina a nos-
do. O homem é livre e pode escolher fazer sempre sa mente.
o bem e nem por isso abre mão de seus pecados.
As doenças e a morte são consequências do afasta- Como o sol ilumina a terra, Deus ilumina a mente hu-
mento de Deus. mana para que ela alcance a verdade. Para Agosti-
nho, todo conhecimento é por graça de Deus, mes-
mo um ateu só pode alcançar a verdade pela graça.
Cidade de Deus
Para Agostinho há duas cidades: a cidade dos ho- Escolástica
mens, onde reina o pecado, a injustiça e a morte; a
cidade de Deus, onde abunda a justiça, a felicidade A Escolástica foi a fase da filosofia medieval seguin-
e a paz. Os santos e aqueles que vivem na fidelidade te à Patrística. Nela houve o surgimento e fortale-
da fé estão destinados à pátria celeste, já os peca- cimento das universidades, canal pelo qual a Igreja
dores ficam sob o jugo do Diabo na cidade munda- dominou de modo mais efetivo a difusão do conhe-
na. cimento. O platonismo deu lugar ao aristotelismo
que encontrou em são Tomás de Aquino seu maior
Segundo o Santo, um dia a cidade de Deus iria pre- seguidor.
valecer sobre a cidade mundana. Durante muito
São Tomás de Aquino Provas da existência de Deus
A fim de provar racional a existência de Deus, em
sua obra, Suma Teológica, Tomás expõe os argu-
mentos que ficaram conhecidos como cinco vias.

→ Motor imóvel - Tudo que se move precisa ser mo-


vido por alguém, mas quem moveu esse alguém?
Isso iria ao infinito se não houvesse um motor imo-
vél, ou seja, algo que dê origem a todo movimento,
mas que não se move. Tomás de Aquino diz que esse
motor é Deus.

→ Causa primeira - Tudo que existe precisa ter sido


criado, não é possível que tudo tenha em si mesmo
Nascido em 1225, na Itália, de família abastada, To- sua origem, mas se uma coisa dá origem à outra é
más se tornou o mais importante autor católico. Em preciso que haja uma causa que tenha causado a su-
sua obra Suma Teológica, faz uma intesa defeza da cessão dos efeitos, essa primeira causa é Deus.
fé e procura esmiuçar toda doutrina cristã.
→ Necessário e contingente - Tudo que existe um
Tomás cristianizou o pensador grego Aristóteles ao dia não existiu e pode se extinguir, mas se tudo é
tomar seus principais conceitos e pô-los a serviço contingente nada poderia exitir. Já vimos que para

27
da fé. As quatro causas aristotélicas, o princípio de que algo exista é preciso que alguma coisa anterior
não contradição, as noções de substância, ato e po- dê origem, logo, há um ser que sempre existiu sem
tência foram fundamentais para a fundamentação ter sido gerado por nada, um ser necessário, que é
da prova racional da existência de Deus. Embora os gerador de todos os seres.

Fil.
conceitos supracitados sejam importantes para en-
tender o aquinate, não trataremos deles aqui, mas → Graus de perfeição - todas as coisas são melho-
você pode revisá-los pelo link https://descomplica. res ou piores quando relacionadas a outras, precisa
com.br/blog/filosofia/acha-que-ja-ouviu-de-tudo- haver um paradígma de comparação. Se uma coisa
-sobre-aristoteles-e-esta-preparado-para-o-vestibu- é mais ou menos quando comparada com outras, é
lar-voce-ainda-nao-leu-esse-resumo/. preciso admitir que há um ser que contém em si todas
as perfeições em seu máximo grau, esse ser é Deus.
Como vimos no início do resumo, a filosofia medie-
val busca uma conciliação entre fé e razão. Não foi → Finalidade do ser - Todas as coisas na natureza
diferente no pensamento tomista. Tomás crê que obedecem a uma ordem e se orientam a um fim,
Deus pode e deve ser provado pela mente humana, como a flexa orientada pelo arqueiro. Assim existe
embora a razão não seja capaz de conhecê-lo em um ser que ordena todas as coisas e faz com que
sua totalidade. O que os sentidos não alcançam a fé tudo chegue a seu fim, esse ser é Deus.
deve completar.

EXERCÍCIOS DE AULA
1.
“Entre 1995 e 1999, [Francis] Collins e sua equipe protagonizaram, com a
Celera Genomics, do cientista Craig Venter , uma competição acirrada pela
primazia no anúncio do seqüenciamento completo do “mapa da vida”. A
corrida entre os consórcios público e privado culminou com um anúncio em
conjunto, na Casa Branca, de que o Genoma Humano estava finalmente
completo e pertencia, a partir dali, a toda a humanidade.
A data histórica ainda não havia completado seu sexto aniversário quando,
em 2006, Collins lançou, nos Estados Unidos, o livro A Linguagem de Deus
(Ed. Gente), no qual discorria sobre como havia resolvido dentro de si o dile-
ma entre fé e ciência. Em 300 páginas escritas com elegância e sinceridade,
um dos mais notórios homens da ciência admitiu ao mundo que acreditava
piamente em Deus. A obra reacendeu o velho debate entre crentes e ateus,
http://ultimosegundo.ig.com.
movimentou evolucionistas e criacionistas e suscitou embates históricos – o
br/genomahumano/o- mais famoso deles deu-se entre Collins e o zoólogo e evolucionista britânico
cientista-que-cre-em-deus/
n1237681730212.html Richard Dawkins.”

A história de vida do cientista Francis Collins pode ser vista como algo em sinto-
nia com a filosofia medieval na medida em que

a) mostra que é impossível compreender racionalmente qualquer aspecto da re-


alidade
b) revela a onipotência do conhecimento científico em seu esforço por explicar
o mundo
c) desenvolveu seu pensamento sob a proteção e autoridade da Igreja Católica
d) indica uma busca pela unidade entre fé e razão
e) não gerou polêmica ou disputa com autores de outras perspectivas intelec-
tuais

28
2.
Ora, em todas as coisas ordenadas a algum fim, é preciso haver algum di-

Fil.
rigente, pelo qual se atinja diretamente o devido fim. Com efeito, um navio,
que se move para diversos lados pelo impulso dos ventos contrários, não
chegaria ao fim de destino, se por indústria do piloto não fosse dirigito ao
porto; ora, tem o homem um fim, para o qual se ordenam toda a sua vida e
ação. Acontece, porém, agirem os homens de modos diversos em vista do
fim, o que a própria diversidade dos esforços e açoes humanas comprova.
Portanto, precisa o homem de um dirigente para o fim.

AQUINO. T. Do reino ou do governo dos homens: ao rei do Chipre. Escri-


tos políticos de São Tomás de Aquino. Petrópolis: Vozes, 1995 (adaptado).

No trecho citado, Tomás de Aquino justifica a monarquia como o regime de go-


verno capaz de

a) refrear os movimentos religiosos contestatórios.


b) promover a atuação da sociedade civil na vida política.
c) unir a sociedade tendo em vista a realização do bem comum.
d) reformar a religião por meio do retorno à tradição helenística.
e) dissociar a relação política entre os poderes temporal e espiritual.
3.
Com efeito, existem a respeito de Deus verdades que ultrapassam totalmen-
te as capacidades da razão humana. Uma delas é, por exemplo, que Deus
é trino e uno. Ao contrário, existem verdades que podem ser atingidas pela
razão: por exemplo, que Deus existe, que há um só Deus etc.

AQUINO, Tomás de. Súmula contra os Gentios. Capítulo Terceiro: A possi-


bilidade de descobrir a verdade divina. Tradução de Luiz João Baraúna. São
Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 61.

Para São Tomás de Aquino, a existência de Deus se prova

a) por meios metafísicos, resultantes de investigação intelectual.


b) por meio do movimento que existe no Universo, na medida em que todo movi-
mento deve ter causa exterior ao ser que está em movimento.
c) apenas pela fé, a razão é mero instrumento acessório e dispensável.
d) apenas como exercício retórico.
e) com muita oração.

4.
TEXTO I
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que

29
existe, existiu e existirá, e que outras coisas provêm de sua descendência.
Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são
ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda
mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais conden-

Fil.
sada, transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível,
transforma- se em pedras.

BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006


(adaptado).

TEXTO II
Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, como criador de todas as
coisas, está no princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se
nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos
filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos,
como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade,
dão a impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha.”

GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes,


1991 (adaptado).

Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a


origem do universo, a partir de uma explicação racional. As teses de Anaxíme-
nes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em comum na sua
fundamentação teorias que

a) eram baseadas nas ciências da natureza.


b) refutavam as teorias de filósofos da religião.
c) tinham origem nos mitos das civilizações antigas.
d) postulavam um princípio originário para o mundo.
e) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas.
5.
A grande contribuição de Tomás de Aquino para a vida intelectual foi a de valo-
rizar a inteligência humana e sua capacidade de alcançar a verdade por meio da
razão natural, inclusive a respeito de certas questões da religião.

Discorrendo sobre a “possibilidade de descobrir a verdade divina”, ele diz que há


duas modalidades de verdade acerca de Deus. A primeira refere-se a verdades
da revelação que a razão humana não consegue alcançar, por exemplo, enten-
der como é possível Deus ser uno e trino. A segunda modalidade é composta de
verdades que a razão pode atingir, por exemplo, que Deus existe.

A partir dessa citação, indique a afirmativa que melhor expressa o pensamento


de Tomás de Aquino.

a) A fé é o único meio do ser humano chegar à verdade.


b) O ser humano só alcança o conhecimento graças à revelação da verdade que
Deus lhe concede.
c) Mesmo limitada, a razão humana é capaz de alcançar certas verdades por
seus meios naturais.
d) A Filosofia é capaz de alcançar todas as verdades acerca de Deus.
e) Deus é um ser absolutamente misterioso e o ser humano nada pode conhecer
d’Ele.

30
Fil.
6. A teologia natural, segundo Tomás de Aquino (1225-1274), é uma parte da
filosofia, é a parte que ele elaborou mais profundamente em sua obra e na
qual ele se manifesta como um gênio verdadeiramente original. Se se tra-
ta de física, de fisiologia ou dos meteoros, Tomás é simplesmente aluno de
Aristóteles, mas se se trata de Deus, da origem das coisas e de seu retorno
ao Criador, Tomás é ele mesmo. Ele sabe, pela fé, para que limite se dirige,
contudo, só progride graças aos recursos da razão.

GILSON, Etienne. A Filosofia na Idade Média, São Paulo: Martins Fontes,


1995, p. 657.

De acordo com o texto acima, é correto afirmar que

a) a obra de Tomás de Aquino é uma mera repetição da obra de Aristóteles.


b) Tomás parte da revelação divina (Bíblia) para entender a natureza das coisas.
c) as verdades reveladas não podem de forma alguma ser compreendidas pela
razão humana.
d) é necessário procurar a concordância entre razão e fé, apesar da distinção
entre ambas.
EXERCÍCIOS DE CASA
1.
As questões religiosas influenciaram diversos aspectos da sociedade europeia
medieval. No universo político, por exemplo, perante um poder diluído em vir-
tude da organização feudal da sociedade, a Igreja Católica representava uma
instituição com poder unificador. Nos âmbitos cultural e artístico, a construção
e a decoração de igrejas, as músicas e os ritos litúrgicos e a exegese dos textos
sagrados contribuíram para o florescimento de uma arte sacra. Até mesmo no
campo da Filosofia, as discussões eram pautadas por questões religiosas, pois a
principal preocupação dos filósofos medievais era conciliar fé e razão. A respei-
to desses aspectos da sociedade medieval, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).

01) A Patrística foi a filosofia e a teologia desenvolvidas pelos padres da Igreja


para encontrar justificativas racionais para as verdades reveladas.
02) A Escolástica dedicou-se, preponderantemente, a produzir teses e discus-
sões inaugurais sobre filosofia, uma vez que, sob a supervisão da Igreja, os filó-
sofos não tinham acesso a textos de autores clássicos.
04) O Barroco, estilo artístico que reflete o sentimento humano de conflito entre
si e a divindade, apareceu no período medieval.
08) A seita dos Cátaros e a dos Albigenses foram consideradas heréticas porque
defendiam doutrinas dualistas que conflitavam com a doutrina católica da res-

31
surreição e o modo de vida levado pelos membros eclesiásticos.
16) Em A Divina Comédia, o poeta florentino Dante Alighieri resumiu a visão fi-
losófica e o espírito religioso da sociedade medieval. Nessa obra, Alighieri des-
creve uma viagem imaginária e cheia de simbolismo, por meio do inferno, do

Fil.
purgatório e do paraíso.

2.
Na medida em que o Cristianismo se consolidava, a partir do século II, vários
pensadores, convertidos à nova fé e, aproveitando-se de elementos da filo-
sofia greco-romana que eles conheciam bem, começaram a elaborar textos
sobre a fé e a revelação cristãs, tentando uma síntese com elementos da
filosofia grega ou utilizando-se de técnicas e conceitos da filosofia grega
para melhor expor as verdades reveladas do Cristianismo. Esses pensadores
ficaram conhecidos como os Padres da Igreja, dos quais o mais importante
a escrever na língua latina foi santo Agostinho.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia: Ser, Saber e Fazer. São Pau-


lo: Saraiva, 1996, p. 128. (Adaptado)

Esse primeiro período da filosofia medieval, que durou do século II ao século X,


ficou conhecido como

a) Escolástica.
b) Neoplatonismo.
c) Antiguidade tardia.
d) Patrística.
3.
A filosofia de Santo Agostinho é essencialmente uma fusão das concepções
cristãs com o pensamento platônico. Subordinando a razão à fé, Agostinho de
Hipona afirma existirem verdades superiores e inferiores, sendo as primeiras
compreendidas a partir da ação de Deus. Como se chama a teoria agostiniana
que afirma ser a ação de Deus que leva o homem a atingir as verdades superio-
res?

a) Teoria da Predestinação.
b) Teoria da Providência.
c) Teoria Dualista.
d) Teoria da Emanação.
e) Teoria da Iluminação.

4.
Considere o seguinte texto sobre Tomás de Aquino (1226-1274) Fique claro
que Tomás não aristoteliza o cristianismo, mas cristianiza Aristóteles. Fique
claro que ele nunca pensou que, com a razão se pudesse entender tudo; não,
ele continuou acreditando que tudo se compreende pela fé: só quis dizer que
a fé não estava em desacordo com a razão, e que, portanto, era possível
dar-se ao luxo de raciocinar, saindo do universo da alucinação.

32
Eco, Umberto. “Elogio de santo Tomás de Aquino”. In: Viagem na irrealida-
de cotidiana, p.339.

É correto afirmar, segundo esse texto, que:

Fil.
a) Tomás de Aquino, com a ajuda da filosofia de Aristóteles, conseguiu uma pro-
va científica para as certezas da fé, por exemplo, a existência de Deus.
b) Tomás de Aquino se empenha em mostrar os erros da filosofia de Aristóteles
para mostrar que esta filosofia é incompatível com a doutrina cristã.
c) o estudo da filosofia de Aristóteles levou Tomás de Aquino a rejeitar as verda-
des da fé cristã que não fossem compatíveis com a razão natural.
d) a atitude de Tomás de Aquino diante da filosofia de Aristóteles é de concilia-
ção desta filosofia com as certezas da fé cristã.

5.
Na Idade Média, se considerava que o ser humano podia alcançar a verdade por
meio da fé e também por meio da razão. Ao mesmo tempo, o poder religioso
(Igreja) e o poder secular (Estado) mantinham relacionamento político tenso e di-
fícil. O filósofo Tomás de Aquino desenvolveu uma concepção destinada a con-
ciliar FÉ e RAZÃO, bem como IGREJA e ESTADO.

De acordo com as ideias desse filósofo,

a) o Estado deve subordinar-se à Igreja.


b) a Igreja e o Estado são mutuamente incompatíveis.
c) a Igreja e o Estado devem fundir-se numa só entidade.
d) a Igreja e o Estado são, em certa medida, conciliáveis.
e) a Igreja deve subordinar-se ao Estado.
GABARITO
01.
Exercício de aula
1. d
2. c
3. b
4. d
5. c
6. d

02.
Exercício de casa
1. 4+8+16
2. d
3. e
4. d
5. d

33
Fil.
Fís. Semana 11

Leonardo Gomes
(Arthur Ferreira Vieira)

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CRONOGRAMA

03/04 Principais forças da


dinâmica

18:00

05/04 Principais forças da Exercícios de leis


dinâmica de Newton

11:00
08:00 18:00

10/04 Decomposição
de forças e plano
inclinado

18:00

12/04 Decomposição Exercícios de


de forças e plano decomposição
inclinado de forças e plano
inclinado

11:00
08:00 18:00
17/04 Força de atrito

18:00

19/04 Força de atrito Exercícios de força


de atrito

11:00
08:00 18:00

24/04 Forças em
trajetórias
curvilíneas

18:00

26/04 Forças em
trajetórias
Trabalho de uma
força
curvilíneas

11:00
08:00 18:00
24|26
Força em abr
trajetórias cur-
vilíneas
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
No Movimento Circular Uniforme (MCU), a acelera-
ção em jogo é dado por

e é chamada de aceleração centrípeta, onde v é o


módulo da velocidade e R é o raio da curva execu-
tada. Essa aceleração é responsável por mudar a di-
reção e o sentido da velocidade, porém não muda o
seu módulo. A aceleração centrípeta aponta para o
centro da trajetória circular.

A força resultante no movimento circular uniforme é


análoga ao caso unidimensional e é dada por

38
Fís.
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Um corpo gira em torno de um ponto fixo preso por um fio inextensível e apoiado
em um plano horizontal sem atrito. A massa do corpo é 2,0 kg, sua velocidade é
de 3m/s e o fio tem 1,0 m de comprimento.

a) Qual o valor da tração no fio?


b) Em um determinado momento, o fio se rompe. Descreva a trajetória do corpo
a partir de então.
2.
Um veículo de massa 0,8 t (800 kg) percorre o trecho de uma estrada conforme
indicam as figuras abaixo, com velocidade constante de 72 km/h.

Dado g = 10 m/s², determine a intensidade da força normal que o leito da estrada


exerce no veículo nos pontos mais baixo e mais alto, respectivamente.

39
Fís.
3.
Um carro percorre uma pista horizontal circular de raio 100m. O coeficiente de
atrito entre os pneus e o chão vale 0,4. Calcule a maior velocidade possível para
o veículo executar a curva sem derrapar. (g=10m/s2)

4.
Em um globo da morte um motociclista pretende completar uma volta na verti-
cal sem cair. Calcule a mínima velocidade que permite ao motociclista completar
uma volta em um globo da morte de 3,6 m de raio. (g=10m/s2)

5.
Uma esfera gira presa a um fio ideal em um plano horizontal com velocidade
constante, conforme ilustra a figura a seguir, é um exemplo de pêndulo cônico.
Assinale a opção que ilustra as forças que atuam na esfera.

a)

40
Fís.
b)

c)

d)

e)
EXERCÍCIOS PARA CASA
1.
O Brasil pode se transformar no primeiro país das Américas a entrar no se-
leto grupo das nações que dispõem de trens-bala. O Ministério dos Trans-
portes prevê o lançamento do edital de licitação internacional para a cons-
trução da ferrovia de alta velocidade Rio-São Paulo. A viagem ligará os 403
Disponível em: http://oglobo. quilômetros entre a Central do Brasil, no Rio, e a Estação da Luz, no centro
globo.com. Acesso em: 14 jul.
2009. da capital paulista, em uma hora e 25 minutos.

Devido a alta velocidade, um dos problemas a ser enfrentado na escolha do tra-


jeto que será percorrido pelo trem é o dimensionamento das curvas. Consideran-
do-se que uma aceleração lateral confortável para os passageiros e segura para
o trem seja de 0,1 g, em que g é a aceleração da gravidade (considerada igual a
10 m/s2), e que a velocidade do trem se mantenha constante em todo o percurso,
seria correto prever que as curvas existentes no trajeto deveriam ter raio de cur-
vatura mínimo de, aproximadamente,

a) 80 m.
b) 430 m.
c) 800 m.
d) 1.600 m.

41
e) 6.400 m.

Fís.
2.
Um motoqueiro contou, para um amigo, que subiu em alta velocidade um viaduto
e, quando chegou ao ponto mais alto deste, sentiu-se muito leve e por pouco a
moto não perdeu o contato com o chão (vide figura abaixo).

Podemos afirmar que

a) isso aconteceu em função de sua alta velocidade, que fez com que seu peso
diminuísse um pouco naquele momento.
b) o fato pode ser mais bem explicado levando-se em consideração que a força
normal, exercida pela pista sobre os pneus da moto, teve intensidade maior que
o peso naquele momento.96
c) isso aconteceu porque seu peso, mas não sua massa, aumentou um pouco na-
quele momento.
d) este é o famoso “efeito inercial”, que diz que peso e força normal são forças
de ação e reação.
e) o motoqueiro se sentiu muito leve, porque a intensidade da força normal exer-
cida sobre ele chegou a um valor muito pequeno naquele momento.
3.
O globo da morte apresenta um motociclista percorrendo uma circunferência
em alta velocidade. Nesse circo, o raio da circunferência é igual a 4,0m. Obser-
ve o esquema abaixo:

O módulo da velocidade da moto no ponto B é 12m/s e o sistema moto-piloto


tem massa igual a 160kg. Determine a componente radial da resultante das for-
ças sobre o globo em B. Use, se necessário, g=10m/s2.

42
4.
A figura representa uma roda-gigante que gira com velocidade angular constan-
te em torno de um eixo horizontal fixo que passa por seu centro C.

Fís.

Numa das cadeiras, há um passageiro sentado sobre uma balança de mola (di-
namômetro), cuja indicação varia de acordo com a posição do passageiro. No
ponto mais alto da trajetória, o dinamômetro indica 234 N e, no ponto mais bai-
xo, indica 954 N.

Calcule:

a) o peso da pessoa;
b) a intensidade da força resultante na pessoa.
5.
Na situação esquematizada na figura, a mesa é plana, horizontal e perfeitamente
polida. A mola tem massa desprezível, constante elástica igual a 2,0 · 102 N/m e
comprimento natural (sem deformação) de 80 cm.

Determine a velocidade angular da esfera (massa de 2,0 kg) se descreve um mo-


vimento circular e uniforme.

6.
No esquema a seguir, representa-se um pêndulo cônico operando em condições
ideais. A esfera pendular descreve movimento circular e uniforme, num plano
horizontal, de modo que o afastamento angular do fio em relação à vertical é θ.

43
Sendo g o módulo do campo gravitacional do local e r o raio da circunferência
descrita pela esfera pendular:

Fís.
Calcule o período de revolução do pêndulo.

7.
Em alguns parques de diversões, existe um brinquedo chamado rotor, que con-
siste em um cilindro oco, de eixo vertical, dentro do qual é introduzida uma pes-
soa.

De início, a pessoa apoia-se sobre um suporte, que é retirado automaticamente


quando o rotor gira com uma velocidade adequada. Admita que o coeficiente de
atrito estático entre o corpo da pessoa e a parede interna do rotor valha μ. Supo-
nha que o módulo da aceleração da gravidade seja g e que o rotor tenha raio R.
Calcule a mínima velocidade angular do rotor, de modo que, com o suporte reti-
rado, a pessoa não escorregue em relação à parede.

44
QUESTÃO CONTEXTO
Um automóvel está em movimento circular e uniforme com velocidade escalar

Fís.
v, numa pista sobrelevada de um ângulo θ em relação à horizontal. Sendo μ o
coeficiente de atrito estático entre os pneus e a pista, R o raio da trajetória e g
a intensidade do campo gravitacional, determine o valor máximo de v, de modo
que não haja deslizamento lateral do veículo.
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. a) 18N
b) O corpo passa a descrever uma trajetória
retilínea com direção perpendicular ao fio.
2. 11200 N e 4800 N.
3. 20 m/s ou 72 km/h.
4. 6 m/s
5. b

02.
Exercícios para casa
1. e
2. e
3. 4960N
4. a) 594 N;
b) 360 N 5.

45
5. 3,33 rad/s
6.

Fís.
7.
26
Trabalho de abr
uma força

01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Embora a ideia de trabalho pareça um gasto de e positivo na descida.
energia de uma pessoa, não usamos o “trabalho de
uma pessoa”. O trabalho é sempre associado a uma Trabalho de uma Força Per-
força, por isso usamos o trabalho de uma força. É o pendicular ao Deslocamento
ato de transferir energia a um corpo.
W = Fd cosθ = Fd cos 90º = 0
Para uma força constante que proporciona um des-
locamento na direção da força, pode-se escrever:
A força perpendicular à velocidade não vai modifi-
W = Fd car a velocidade, assim não vai transmitir energia ao
corpo.

Mas quando a força e o vetor deslocamento fazem Por exemplo: Um corpo sendo arrastado em uma
um ângulo θ entre si, a expressão do trabalho toma superfície terá trabalho da força normal igual a
a forma zero. Não há contribuição energética por parte

47
da normal para que o movimento se realize (ou
W = F d cosθ fazendo uma análise matemática o ângulo entre
a força e o deslocamento é de 90º).

Fís.
Trabalho da Força Peso
Trabalho de uma Força Elásti-
ca
A força elástica é uma força variável, assim seu tra-
balho é calculado pela área sob o gráfico.

Wpeso = Pd cos θ = P d cos 0 = mgh

O trabalho da força peso não depende da trajetória,


apenas da variação de altura.

Obs.: Se a força está a favor do movimento, o


trabalho é dito motor e leva sinal positivo. Se a
força está ao contrário do movimento, o traba-
lho é dito resistente e leva sinal negativo. Assim Obs.: O deslocamento x é em relação ao equilíbrio.
o trabalho da força peso de um corpo lançado
verticalmente para cima será negativo na subida
Potência
É comum também a citação do rendimento.
Uma máquina é caracterizada não pelo trabalho que
efetua, mas pelo trabalho que pode efetuar em de- Imagine uma máquina que opera com 6000 Watts
terminado intervalo de tempo, donde surge a noção (potência útil). É fornecida a ela 9000 Watts (potên-
de potência. Por exemplo, para um carro andar mais cia total), sendo que apenas 6000 Watts a máquina
rápido, isto é, percorrer mesmas distâncias em in- será capaz de absorver, dissipando em forma de ca-
tervalos de tempo menores, é necessário aumentar lor ou som os 3000 Watts restantes.
o ritmo de combustão do motor, ou seja, aumentar
sua potência, cuja expressão é O rendimento (η) é dado, portanto, por

A energia também pode ser substituída por traba-


lho:

Unidade de Potência = J/s = W (watt) [também há o


usual cal/s].

48
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Oscarito e Ankito, operários da construção civil, recebem a tarefa de erguer,

Fís.
cada um deles, um balde cheio de concreto, desde o solo até o topo de dois edi-
fícios de mesma altura, conforme ilustra a figura abaixo. Ambos os baldes têm a
mesma massa.

Oscarito usa um sistema com uma polia fixa e outra móvel, e Ankito usa um sis-
tema apenas com uma polia fixa. Considere que o atrito, as massas das polias e
as massas das cordas são desprezíveis e que cada balde sobe com velocidade
constante.
Nessas condições, para erguer seu balde, o trabalho realizado pela força exer-
cida por Oscarito é

a) menor do que o trabalho que a força exercida por Ankito realiza, e a força mí-
nima que ele exerce é menor que a força mínima que Ankito exerce;
b) igual ao trabalho que a força exercida por Ankito realiza, e a força mínima que
ele exerce é maior que a força mínima que Ankito exerce;
c) menor do que o trabalho que a força exercida por Ankito realiza, e a força mí-
nima que ele exerce é maior que a força mínima que Ankito exerce;
d) igual ao trabalho que a força exercida por Ankito realiza, e a força mínima que
ele exerce é menor que a força mínima que Ankito exerce;
e) igual ao trabalho que a força exercida por Ankito realiza, e a força mínima que
ele exerce é igual que a força mínima que Ankito exerce;

2.
Um móvel de massa 40 kg tem velocidade constante de 90 km/h. Num deter-
minado instante entra numa região rugosa, onde o coeficiente de atrito é igual
a 0,2. Determine:

a) o espaço percorrido pelo móvel na região rugosa até parar;


b) o trabalho realizado pela força de atrito.

49
3.
Um bloco A tem massa de 4,5 kg e, sujeito à ação de uma força F que forma um
ângulo θ com o deslocamento de 4 m. O coeficiente de atrito μ entre a superfície
e o bloco vale 0,25. Se o trabalho realizado após o bloco A sofrer o referido des-

Fís.
locamento é de 50 J, a força F deverá ter intensidade de (sen θ = 0,6,
cos θ = 0,8 e g = 10m/s²).

a) 15 N
b) 20 N
c) 25 N
d) 30 N

4.
A figura representa o gráfico do módulo F de uma força que atua sobre um corpo
em função do seu deslocamento x. Sabe-se que a força atua sempre na mesma
direção e sentido do deslocamento.

Pode-se afirmar que o trabalho dessa força no trecho representado pelo gráfico
é, em joules,

a) 0.
b) 2,5.
c) 5,0.
d) 7,5.
e) 10.
5.
O rendimento de uma máquina é de 80%. Sabendo que ela realiza um trabalho de
1.000 J em 20 s, determine a potência total consumida pela máquina.

EXERCÍCIOS PARA CASA


1.
Um corpo com massa 6 kg é lançado horizontalmente com velocidade de 20 m/s
sobre uma superfície plana e horizontal. O coeficiente de atrito entre o corpo e a
superfície é 0,2. Considere g = 10 m/s².

a) Calcule o trabalho realizado pela força de atrito até o corpo atingir o repouso.
b) Determine o trabalho realizado pela força peso e pela reação normal do apoio
durante todo o percurso.

2.
Na figura, sob a ação da força de intensidade F = 2N, constante, paralela ao pla-
no, o bloco percorre 0,8 m ao longo do plano com velocidade constante. Ad-
mite-se g = 10m/s², despreza-se o atrito e são dados: sen30° = cos60° = 0,5 e
cos120° = -0,5.

50
Fís.
Determine:

a) a massa do bloco;
b) o trabalho realizado pelo peso do bloco, nesse percurso.

3.
Uma pessoa empurrou um carro por uma distância de 26 m, aplicando uma for-
ça F de mesma direção e sentido do deslocamento desse carro. O gráfico abaixo
representa a variação da intensidade de F, em newtons, em função do desloca-
mento d, em metros.

Desprezando o atrito, o trabalho total, em joules, realizado por F, equivale a:

a) 117
b) 130
c) 143
d) 156
e) 193
4.
Uma mola pendurada num suporte apresenta comprimento igual a 20 cm. Na
sua extremidade livre dependura-se um balde vazio, cuja massa é 0,50 kg. Em
seguida coloca-se água no balde até que o comprimento da mola atinja 40 cm. O
gráfico abaixo ilustra a força que a mola exerce sobre o balde em função do seu
comprimento. Adote g 10 m/s2.

Determine:

a) a massa de água colocada no balde;


b) o trabalho da força-elástica ao final do processo.

51
5.
Um carro de 1.000 kg pode atingir 30 m/s em 10 s, a partir do repouso. Despreze

Fís.
os atritos.

a) Qual é a potência média do motor desse carro?


b) Qual é a potência do carro no instante 10 s?

6.
Uma força constante F puxa um bloco de peso P e atua segundo uma direção
que forma com a horizontal um ângulo θ. Este bloco se desloca ao longo de uma
superfície horizontal, percorrendo uma distância x, conforme indicado na figura.

A força normal exercida pela superfície sobre o bloco e o trabalho realizado por
esta força ao longo da distância x valem, respectivamente:

a) P; Px
b) P; zero
c) P – Fsenθ; zero
d) P + Fsenθ; (P + Fsenθ).x
e) P – Fsenθ; (P – Fsenθ).x
QUESTÃO CONTEXTO
O monumento de Stonehenge, na Inglaterra, é uma construção que impressiona
pela sua grandiosidade, sobretudo por ter sido construído por volta de 2.800 a.
C. A maior pedra em Stonehenge mede cerca de 10 m e tem massa de 50.000
kg, tendo sido retirada de uma pedreira a 30 km de distância do local. Uma das
hipóteses a respeito de como um povo tão primitivo teria sido capaz de realizar
tamanha façanha supõe que a pedra teria sido arrastada em algum tipo de trenó
primitivo por sobre a neve.

Considerando um coeficiente de atrito cinético de 0,2 e que 500 pessoas teriam


participado do arraste da enorme pedra de 50.000 kg, realizado na horizontal e

52
a velocidade constante, ao longo dos 30 km, e adotando g = 10 m/s2, determine
o valor médio para o trabalho realizado por cada indivíduo.

Fís.
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. d 6.000 kJ
2. a) 156,25 m
b) -12.500J
3. c
4. c
5. 62,5 W

02.
Exercícios para casa
1. a) -1.200 J (resistente)
b) WP = WN = 0
2. a) 0,4 kg
b) -1,6 J
3. d
4. a) 9,5 kg

53
b) 10 J
5. a) 4,5.104 W
b) 9.104 W
6. c

Fís.
Geo. Semana 11

Claudio Hansen
(Marcus Oliveira)

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cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por
escrito. Todos os direitos reservados.
CRONOGRAMA

04/04 Geopolítica
mundial e seus
conflitos

09:15

Geopolítica
06/04 mundial e seus
conflitos

19:15

Fontes de energia
11/04

09:15

Fontes de energia
13/04

19:15
18/04 Brasil e a situação
energética

09:15

20/04 Brasil e a situação


energética

19:15

25/04 Crescimento
e estrutura da
população

09:15

27/04 Crescimento
e estrutura da
população

19:15
25|27

Crescimento abr
e estrutura da
população
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
→ Povoado: conceito que expressa a relação en-
Crescimento e distribuição da tre o número total de habitantes e sua distribuição
população mundial no território por quilômetro quadrado. Essa relação
corresponde à divisão da população absoluta de um
Atualmente, existem 7 bilhões de pessoas no mundo país pela área desse mesmo território. Essa informa-
e uma diversidade de idiomas, culturas, tradições, ção constitui o dado denominado Densidade Demo-
etnias e religiões. Para a compreensão do cresci- gráfica (hab./km²).
mento da população mundial, é necessária uma aná-
lise estatística através de dados demográficos en- No caso do Brasil, o país possui uma população ab-
contrados, por exemplo, em censos demográficos, soluta de, aproximadamente, 200 milhões de ha-
como aqueles realizados pelo IBGE, além de uma bitantes e uma área de, aproximadamente, 8,5 mi-
análise histórica e geográfica dessas populações. lhões de quilômetros quadrados. Nesse sentido, sua
Após esse conjunto de procedimentos, é possível densidade demográfica é em torno de 23,5 hab./
identificar e compreender os padrões de crescimen- km² (total de habitantes dividido pela área do ter-
to da população, que estão associados, por exem- ritório). Desse modo, pode-se afirmar que o Brasil é
plo, à queda da mortalidade, ao aumento da expec- um país populoso e pouco povoado, pois possui uma
tativa de vida, entre outros. elevada população absoluta e uma baixa densidade
demográfica.
Hoje, o ritmo de crescimento populacional vem di-

Geo. 58
minuindo a cada ano. Esse crescimento é medido
através do chamado crescimento vegetativo, que Estrutura da população
consiste na diferença entre a taxa de natalidade e a
taxa de mortalidade e que, geralmente, é expresso A estrutura da população corresponde às transfor-
em porcentagem. mações no padrão de crescimento de uma deter-
minada população. Acredita-se que a passagem de
→ Crescimento vegetativo positivo: quando o nú- uma sociedade pré-industrial para uma sociedade
mero de nascimentos é maior que o número de mor- pós-industrial passou por quatro diferentes padrões
tes. de estrutura populacional, denominados etapas da
transição demográfica.
→ Crescimento vegetativo negativo: quando o nú-
mero de mortes supera o número de nascimentos.

Distribuição da população
Em termos de distribuição, pode-se afirmar que a
densidade demográfica mundial (número de habi-
tantes por quilômetro quadrado) é concentrada e
desigual. Isso ocorre, pois a maior parte da popula-
ção mundial está concentrada no continente asiáti-
co (60% da população mundial encontra-se na Ásia).
Nesse sentido, é importante diferenciar país popu-
loso de país povoado. Adaptado de www.prb.org

→ Populoso: conceito relacionado à população ab- ✓ Na primeira fase da transição demográfica, o


soluta de um país. Em números absolutos, corres- crescimento vegetativo foi baixo. Isso ocorreu, pois,
ponde a quantos habitantes vivem em determinado apesar de haver uma elevada natalidade, a morta-
lugar. Nesse sentido, quando a população absoluta lidade era elevada devido à ausência de condições
é bastante expressiva, fala-se em país populoso, ci- sanitárias, ocorrência de guerras, epidemias, entre
dade populosa. outros.
✓ Na segunda fase da transição demográfica, os ✓ Na quarta fase, a natalidade e a mortalidade se
avanços medicinais, como a produção de medica- estabilizaram em níveis muito baixos, o que levou a
mentos e vacinas, e estruturais, como a urbanização, um baixíssimo crescimento vegetativo.
a coleta de lixo, o saneamento básico, entre outros,
foram importantes para a redução da mortalidade e Existem aqueles que defendem a possibilidade de
para a ocorrência do chamado “Baby boom”, ou ex- ocorrência de uma quinta fase da transição demo-
plosão demográfica. Esse momento representou a gráfica, em que o crescimento vegetativo seria ne-
passagem de uma sociedade rural para uma socie- gativo, devido aos altos custos de vida. Isso se deve
dade industrial e foi um período de grande cresci- ao fato de que, nas populações rurais, os filhos par-
mento vegetativo. ticipam do sustento da família como mão de obra
na agricultura familiar, já nas populações urbano-
✓ Na terceira fase, ocorreu uma queda da natali- -industriais, os filhos geram despesas. Já é possível
dade devido, entre outros fatores, ao planejamento verificar países que vivenciam essa realidade, como
familiar, inserção da mulher no mercado de trabalho Alemanha e Itália, além das consequências desse
e advento de métodos anticoncepcionais, que, so- processo, como a diminuição da PEA (População
mados à baixa mortalidade, levou a um baixo cresci- Economicamente Ativa), a diminuição do mercado
mento vegetativo. consumidor e a crise previdenciária.

EXERCÍCIOS DE AULA

Geo. 59
1.
Considere o gráfico abaixo:

Fonte: IBGE, Séries Históricas


e Estatísticas. População e
Demografia, 1881-2007

E assinale a alternativa incorreta:

a) A queda das taxas de natalidade e mortalidade indica o aumento da participa-


ção dos idosos e a redução da participação de crianças e jovens na população
brasileira.
b) A década de 2000 é caracterizada pela contínua queda da taxa de natalida-
de e aumento da taxa de mortalidade, que resultam na redução do crescimento
populacional.
c) A primeira fase do ciclo demográfico, caracterizada por baixo crescimento po-
pulacional derivado de altas taxas de natalidade e mortalidade, foi ultrapassado
pelo Brasil ainda no século XX.
d) O Brasil vive uma fase de “transição demográfica” em seu ciclo evolutivo da
população, com queda na taxa de natalidade e mortalidade e, consequente re-
dução do ritmo de crescimento populacional.
e) O intervalo entre as décadas de 1940 e 1980 destacou-se pelo elevado cresci-
mento populacional brasileiro, resultado da combinação entre a queda acentua-
da da mortalidade e a redução da natalidade.
2.
O envelhecimento da população está mudando radicalmente as características
da população da Europa, onde o número de pessoas com mais de 60 anos deve-
rá chegar nas próximas décadas a 30% da população total. Graças aos avanços
da medicina e da ciência, a população está cada vez mais velha. Isso ocorre em
função do:

a) Declínio da taxa de natalidade e aumento da longevidade.


b) Aumento da natalidade e diminuição da longevidade.
c) Crescimento vegetativo e aumento da taxa de natalidade.
d) Aumento da longevidade e do crescimento vegetativo.
e) Declínio da taxa de mortalidade e diminuição da longevidade.

3.
O descompasso temporal com que se deu a transição demográfica no bloco
dos países com economias desenvolvidas e que vem se dando no das econo-
mias em desenvolvimento, coloca no mundo contemporâneo uma situação
pelo menos paradoxal. O primeiro bloco, que concentra os maiores PIBs do
mundo, enfrenta sérias dificuldades quanto ao declínio populacional. Já o
segundo bloco, com grandes contingentes de população em idade produti-
va, enfrenta sérias dificuldades de trabalho e emprego.

Geo. 60
BERQUÓ, Elza. Migrações internacionais – contribuições para políticas.
Brasília: Comissão Nacional de População e Desenvolvimento, 2001. (adap-
tado)

No contexto da dinâmica populacional recente, uma das estratégias praticadas


pelos países desenvolvidos para a minimização dos efeitos do paradoxo identifi-
cado no texto é a(o)

a) concessão de vantagens trabalhistas para incentivar a natalidade.


b) transferência do processo produtivo para os países em desenvolvimento.
c) regularização dos imigrantes ilegais para seu ingresso na economia formal.
d) difusão generalizada de políticas para incentivo à migração de reposição.
e) criminalização da prática demissional para controle da concorrência entre tra-
balhadores.

EXERCÍCIOS DE CASA
1.
Em cerca de quarenta anos, o Brasil passou da iminente ameaça de explo-
são demográfica para a perspectiva de redução da população, caso conti-
nuem nascendo relativamente tão poucas crianças e não haja um processo
de imigração internacional que compense a diminuição dos nascimentos.
Hoje a população brasileira continua crescendo, mas em ritmo cada vez me-
nor.

(LÚCIO, C. et al. As mudanças da população brasileira. Le Monde Diploma-


tique Brasil. São Paulo. 2013)
O atual padrão demográfico do Brasil apresenta como tendência a(o)

a) progressão do envelhecimento
b) elevação da taxa de fecundidade
c) aceleração do crescimento vegetativo
d) estagnação da emigração internacional

2.

IBGE. Censo demográfico


2010: resultados gerais da
amostra. Disponível em: ftp://
ftp.ibge.gov.br. Acesso em: 12
mar. 2013.

O processo registrado no gráfico gerou a seguinte consequência demográfica:

Geo. 61
a) Decréscimo da população absoluta.
b) Redução do crescimento vegetativo.
c) Diminuição da proporção de adultos.
d) Expansão de políticas de controle da natalidade.
e) Aumento da renovação da população economicamente ativa.

3.
Ao longo do século XX, as características da população brasileira mudaram mui-
to. Os gráficos mostram as alterações na distribuição da população da cidade
e do campo e na taxa de fecundidade (número de filhos por mulher) no período
entre 1940 e 2000.

Comparando-se os dados dos gráficos, pode-se concluir que

a) o aumento relativo da população rural é acompanhado pela redução da taxa


de fecundidade.
b) quando predominava a população rural, as mulheres tinham em média três ve-
zes menos filhos do que hoje.
c) a diminuição relativa da população rural coincide com o aumento do número
de filhos por mulher.
d) quanto mais aumenta o número de pessoas morando em cidades, maior passa
a ser a taxa de fecundidade.
e) com a intensificação do processo de urbanização, o número de filhos por mu-
lher tende a ser menor.
4.
De acordo com reportagem sobre resultados recentes de estudos popula-
cionais, "... a população mundial deverá ser de 9,3 bilhões de pessoas em
2050. Ou seja, será 50% maior que os 6,1 bilhões de meados do ano 2000.(...)
Essas são as principais conclusões do relatório Perspectivas da População
Mundial – Revisão 2000, preparado pela Organização das Nações Unidas
(ONU). (...) Apenas seis países respondem por quase metade desse aumen-
to: Índia (21%), China (12%), Paquistão (5%), Nigéria (4%), Bangladesh (4%) e
Indonésia (3%).

Esses elevados índices de expansão contrastam com os dos países mais de-
senvolvidos. Em 2000, por exemplo, a população da União Européia teve um
aumento de 343 mil pessoas, enquanto a Índia alcançou esse mesmo cresci-
mento na primeira semana de 2001.

(...) Os Estados Unidos serão uma exceção no grupo dos países desenvolvi-
dos. O país se tornará o único desenvolvido entre os 20 mais populosos do
mundo."

O Estado de S. Paulo, 03 de março de 2001.

Considerando as causas determinantes de crescimento populacional, pode-se


afirmar que,

Geo. 62
a) na Europa, altas taxas de crescimento vegetativo explicam o seu crescimento
populacional em 2000.
b) nos países citados, baixas taxas de mortalidade infantil e aumento da expec-
tativa de vida são as responsáveis pela tendência de crescimento populacional.
c) nos Estados Unidos, a atração migratória representa um importante fator que
poderá colocá-lo entre os países mais populosos do mundo.
d) nos países citados, altos índices de desenvolvimento humano explicam suas
altas taxas de natalidade.
e) nos países asiáticos e africanos, as condições de vida favorecem a reprodução
humana.

5.
. A distribuição da População Economicamente Ativa (PEA) no Brasil variou muito
ao longo do século XX. O gráfico representa a distribuição por setores de ativida-
des (em %) da PEA brasileira em diferentes décadas.
As transformações socioeconômicas ocorridas ao longo do século XX, no Brasil,
mudaram a distribuição dos postos de trabalho do setor

a) agropecuário para o industrial, em virtude da queda acentuada na produção


agrícola.
b) industrial para o agropecuário, como consequência do aumento do subem-
prego nos centros urbanos.
c) comercial e de serviços para o industrial, como consequência do desemprego
estrutural.
d) agropecuário para o industrial e para o de comércio e serviços, por conta da
urbanização e do avanço tecnológico.
e) comercial e de serviços para o agropecuário, em virtude do crescimento da
produção destinada à exportação.

6.
Observe os seguintes mapas do Brasil.

Geo. 63

Os mapas representam, respectivamente, os temas:

a) Natalidade – Mortalidade infantil – IDH


b) Mortalidade infantil – Alfabetização – Trabalho infantil
c) Alfabetização – Trabalho infantil – IDH
d) Natalidade – IDH – Trabalho infantil
e) Alfabetização – Mortalidade infantil – Natalidade
7.

(Fonte: The World at Six


Billions. United Nations: USA,
1999.)

O gráfico acima apresenta as progressões do tamanho da população e do incre-


mento populacional, por décadas, de 1750 até a projeção para 2050. A partir de
1990, verifica-se uma importante mudança de comportamento do incremento.
Contudo, a população continua a crescer porque o incremento populacional

a) continua positivo.
b) passou a ser negativo.
c) manteve-se constante.
d) está em queda.

Geo. 64
8.
A proporção entre a população e a superfície territorial é um dos elementos que
define a relação entre sociedade e espaço. Observe os dados informados abaixo:

De acordo com a tabela, o país mais povoado é a:

a) China
b) França
c) Holanda
d) Argentina

9.
O professor Paulo Saldiva pedala 6 km em 22 minutos de casa para o traba-
lho, todos os dias. Nunca foi atingido por um carro. Mesmo assim, é vítima
diária do trânsito de São Paulo: a cada minuto sobre a bicicleta, seus pul-
mões são envenenados com 3,3 microgramas de poluição particulada – po-
eira, fumaça, fuligem, partículas de metal em suspensão, sulfatos, nitratos,
carbono, compostos orgânicos e outras substâncias nocivas.

ESCOBAR, H. Sem Ar. O Estado de São Paulo. Ago. 2008.


A população de uma metrópole brasileira que vive nas mesmas condições so-
cioambientais das do professor citado no texto apresentará uma tendência de
a) ampliação da taxa de fecundidade

b) diminuição da expectativa de vida.


c) elevação do crescimento vegetativo.
d) aumento na participação relativa de idosos.
e) redução na proporção de jovens na sociedade.

10.
A taxa de dependência total corresponde ao percentual do conjunto da popu-
lação jovem (menores de 15 anos) e idosa (com 60 anos ou mais) em relação à
população total. Ela expressa a proporção da população sustentada pela popu-
lação economicamente ativa.

Adaptado de veja.abril.com.
br, 28/11/2012

Geo. 65
A manutenção da tendência apresentada no gráfico pode favorecer o seguinte
impacto sobre as despesas governamentais nas próximas duas décadas:

a) redução do déficit da previdência social


b) diminuição das verbas para a rede de saúde
c) elevação dos investimentos na educação infantil
d) ampliação dos recursos com seguro-desemprego

QUESTÃO CONTEXTO
Texto I

O Partido Comunista da China anunciou nesta quinta-feira (29) o fim da po-


lítica do filho único, permitindo que agora cada casal tenha até dois filhos.
O anúncio foi feito na reunião anual do partido. Todos os casais do país po-
derão agora ter dois filhos, uma reforma que põe fim a mais de 30 anos da
Adaptado de G1. Disponível política que limitava os nascimentos no país. Desde o fim de 2013 a China já
em: http://g1.globo.com/
mundo/noticia/2015/10/ adota medidas de relaxamento do controle de natalidade. Apesar das mu-
china-acaba-com-politica-
do-filho-unico-e-permitira- danças, pesquisas mostraram que o número de chineses que querem ter o
dois-filhos-por-casal.html.
segundo filho ficou abaixo do esperado.
Texto II

A diminuição acentuada dos habitantes de alguns países europeus é uma


experiência nova, que debilita fortemente suas economias e infraestrutu-
ra. É preciso ter mão de obra suficiente para levantar prédios, pontes e
hospitais e também, no capitalismo moderno, produzir manufaturados em
condições competitivas com países que possuem uma grande reserva de
Adaptado de Jornal GGN. trabalhadores (o que deprecia seus salários e derruba os preços das merca-
Disponível em: http://
jornalggn.com.br/noticia/ dorias). Atrair imigrantes poderia ser um caminho, mas não é a opção mais
os-riscos-do-crescimento- desejada pelos Estados, por conta de motivos xenófobos e preocupações
demografico-negativo-na-
europa com o surgimento de conflitos com a mistura de “nacionalismos”.

Os dois textos relatam transformações demográficas em curso na China e no


continente europeu. Comente e diferencie as transformações demográficas pe-
las quais esses países estão passando.

Geo. 66
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. b Em outubro de 2015, o governo chinês alterou a polí-
2. a tica do filho único e passou a permitir dois filhos por
3. a casal. Essa mudança na política de controle de nata-
lidade revela uma preocupação do governo chinês
com o envelhecimento da população e a diminuição

02.
da população em idade ativa. Outros fatores que aju-
dam a explicar esse ajuste na política do filho único
Exercícios para casa podem ser associados aos escândalos de abortos,
1. a casos de infanticídio e abandono de crianças. Já os
2. b baixos índices de natalidade do continente europeu
3. e foram fruto de um processo natural, como a urbani-
4. c zação e o novo posicionamento da mulher na socie-
5. d dade, que, associado à baixa mortalidade, acarretou
6. c um crescimento vegetativo negativo, o que levou a
7. a um quadro de mais idosos do que jovens e adultos.
8. c Tal contexto tem como desdobramento uma possí-
9. b vel crise previdenciária e a sobrecarga da saúde pú-
10. a blica, principalmente do setor geriátrico.
His. Semana 11

William Gabriel
Renato Pellizzari
(Leonardo Machado)

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CRONOGRAMA

05/04 Brasil: ouro e limites

09:15
19:15

12/04 Revoluções
francesas

09:15
19:15

19/04 Revoltas nativistas


e separtistas no
Brasil Colonial

09:15
19:15

26/04 A construção do
Estado brasileiro: o
Período Joanino

09:15
19:15
26
A construção do abr
Estado brasileiro

01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
A partir de 1808 não é mais possível afirmar que o zação da comercialização do Brasil com a Inglaterra
Brasil é efetivamente uma colônia, pois, mesmo que e Portugal.
mantenha este título até 1815, quando é elevado a
Reino Unido de Portugal Brasil e Algarves, o país já Um dos primeiros objetivos ao chegar no Brasil foi
operava em outro sentido, visto a transferência da lhe dar características mais urbanas e europeias,
Corte Real para cá. como a abertura de grandes vias de acesso, refor-
mas nos portos, adoção do arquitetura francesa (era
Toda família real portuguesa vem para o Brasil de- o auge na Europa no momento), além de começar
vido às Guerras Napoleônicas na Europa. Diante do a se investir em economia, saúde e ciência com a
“Bloqueio Continental” Portugal se nega a cumprir criação, respectivamente, do Banco do Brasil, da re-
tais medidas e continua comercializando com a In- forma da Santa Casa de Misericórdia e do Jardim
glaterra, o que seria um grande motivador para in- Botânico.
tervenção militar Napoleônica no país e a conse-
quente saída da corte. O comércio passa a ganhar ainda mais espaço no
país e grandes investidores, fazendeiros e banquei-
A Inglaterra tem um papel de destaque em toda esta ros ganham destaque. Em 1820, com a revolução do
situação, pois, ampara e oferece toda uma logística Porto, o Brasil é colocado em xeque novamente e
na retirada da corte de Portugal e sua transferência corre o risco de voltar a ser colônia com a Revolução
para o Brasil, com direito a escolta náutica na via- do Porto, o que acarreta o dia do Fico e a posteriore,

His. 70
gem para nossas terras. Umas das primeiras “benes- em 1822, a Independência do país com Dom Pedro I.
ses” conquistas pelos Britânicos é a imediata oficiali-

EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Leia o texto: “Eu, o Príncipe Regente, faço saber aos que o presente Alvará
virem: que desejando promover e adiantar a riqueza nacional, e sendo um
dos mananciais dela as manufaturas e a indústria, sou servido abolir e revo-
gar toda e qualquer proibição que haja a este respeito no Estado do Brasil”.

(Alvará de liberdade para as indústrias (1º de Abril de 1808). In: Bonavides,


P.; Amaral, R. Textos políticos da História do Brasil. Vol. 1. Brasília: Senado
Federal, 2002 (adaptado).

O projeto industrializante de D. João, conforme expresso no alvará, não se con-


cretizou. Que características desse período explicam esse fato?

a) A ocupação de Portugal pelas tropas francesas e o fechamento das manufa-


turas portuguesas.
b) A dependência portuguesa da Inglaterra e o predomínio industrial inglês sobre
suas redes de comércio.
c) A desconfiança da burguesia industrial colonial diante da chegada da família
real portuguesa.
d) O confronto entre a França e a Inglaterra e a posição dúbia assumida por Por-
tugal no comércio internacional.
e) O atraso industrial da colônia provocado pela perda de mercados para as in-
dústrias portuguesas.
2.
Em 2008, foi relembrada e comemorada uma data especialmente importante na
história brasileira, os 200 anos da chegada da Família Real ao Brasil e a conse-
quente transferência da capital do Reino para o Rio de Janeiro. A decisão de D.
João VI de abandonar Portugal e vir para o Brasil deveu-se:

a) ao expansionismo da Espanha que, sob o reinado de Felipe II, procurava res-


tabelecer a União Ibérica.
b) à expansão francesa e à constituição do Império napoleônico, uma vez que
Portugal havia se negado a apoiar o bloqueio continental contra a Inglaterra.
c) à tentativa das Cortes Portuguesas reunidas na cidade do Porto de estabele-
cerem uma monarquia constitucional em Portugal.
d) aos movimentos de independência que desde a Inconfidência Mineira haviam
se multiplicado no Brasil.
e às riquezas do Brasil que permitiriam sustentar mais facilmente o luxo excessi-
vo da corte portuguesa

3.
No Brasil colonial, noções de medicina e saúde eram estudadas em Colégios da
Companhia de Jesus, onde também foram incorporados conhecimentos sobre
utilização terapêutica de plantas nativas. Os jesuítas tornaram-se os verdadeiros
enfermeiros e médicos da Colônia, somando-se a outros agentes de cura, como

His. 71
físicos, cirurgiões, barbeiros e boticários. Mas as primeiras escolas médicas fo-
ram, efetivamente, criadas no Brasil, pelo Príncipe Regente D. João. Foram elas:

a) Escola de Cirurgia da Bahia e Escola Anatômica, Cirúrgica e Médica do Rio de


Janeiro, ambas em 1808.
b) Escola de Saúde Joana Angélica, na Bahia, e Escola de Enfermagem Ana Neri,
no Rio de Janeiro, ambas em 1810.
c) Escola de Anatomia da Bahia e Escola de Belas Artes e Anatomia, no Rio de
Janeiro, ambas em 1816.
d) Real Academia de Cirurgia da Bahia e Academia Real de Saúde, Medicina e
Cirurgia do Rio de Janeiro, ambas em 1821.
e) Escola de Farmácia de Ouro Preto e Escola Politécnica do Rio de Janeiro, am-
bas em 1870.

4.
A instalação da Corte portuguesa no Rio de Janeiro, em 1808, representou uma
alternativa para um contexto de crise política na Metrópole e a possibilidade de
implementar as bases para a formação de um império luso-brasileiro na Amé-
rica. Das alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO diz respeito ao período
joanino.

a) Ocupação da Guiana Francesa e da Província Cisplatina e sua incorporação


ao Império Português, como resultado da política externa agressiva adotada por
D. João.
b) Abertura dos portos da Colônia às nações aliadas de Portugal, como a Ingla-
terra, dando início a uma fase de livre-comércio.
c) Ocorreu uma inversão da relação entre metrópole e colônia, já que a sede po-
lítica do império passava do centro para a periferia.
d) Atendeu às exigências do comércio britânico, que conseguiu isenções alfan-
degárias.
e) Ocorreu a Revolução Pernambucana de 1817, que defendia o separatismo com
o governo republicano e a manutenção da escravidão.
5.
Entre os eventos que antecederam a independência política do Brasil e propuse-
ram ou criaram condições para a autonomia, podem-se mencionar

a) as iniciativas da Coroa portuguesa no Brasil, no início do século XIX, como a


permissão ao comércio internacional sem mediação da Metrópole e a criação de
sistema bancário oficial.
b) as revoltas ocorridas na região das Minas Gerais, no decorrer do século XVIII,
com características e projetos, em todos os casos, emancipacionistas e proposi-
tores de um Estado brasileiro autônomo.
c) as mudanças ocorridas no cenário europeu, entre o final do século XVIII e o iní-
cio do XIX, com a ascensão de Napoleão ao trono francês e a conquista, por suas
tropas, de toda a Europa Ocidental e de suas possessões coloniais.
d) as ações de grupos de comerciantes da Colônia, desde o início do século XIX,
desejosos de ampliar sua independência comercial e de estabelecer vínculos di-
retos com países do Ocidente europeu e do Extremo Oriente.
e) as vitórias, no século XVIII, das lutas pela independência nas regiões de co-
lonização espanhola, francesa e inglesa das Américas, gerando um conjunto de
impérios autônomos, possíveis parceiros comerciais para o Brasil.

EXERCÍCIOS PARA CASA

His. 72
1.
A transferência da Corte de D. João VI para a colônia portuguesa teve apoio do
governo britânico, uma vez que:

a) Portugal negociou o domínio luso na Península Ibérica com a Inglaterra, em


troca de proteção estratégica e bélica na longa viagem marítima ao Brasil.
b) Em meio à crescente Revolução Industrial, os negociantes ingleses precisa-
vam expandir seus mercados rumo às Américas, já que o europeu era insuficien-
te.
c) O bloqueio continental imposto por Napoleão fechou o comércio inglês com o
continente europeu; a instalação do governo luso no Brasil propiciou a retomada
dos negócios luso-anglicanos.
d) O exército napoleônico invadiu Portugal visando a instituir o regime democrá-
tico republicano de paz e comércio, em franca oposição ao expansionismo da
monarquia britânica.
e) Os ingleses pretendiam consolidar novos mercados na América Portuguesa,
tendo em vistas antigas afinidades socioculturais com os ibéricos.

Este ano (2008) a mídia tem tratado, através de várias matérias, das motivações

2.
e das decorrências da chegada da família real portuguesa ao Brasil, que comple-
ta duzentos anos. Em relação a este importante acontecimento histórico, assina-
le a alternativa incorreta.
a) A transferência da sede da monarquia portuguesa para o Brasil mudou de
modo significativo a fisionomia do Rio de Janeiro, com o incremento de sua vida
cultural.
b) Entre outras importantes medidas de caráter econômico, D. João VI revogou
os decretos que proibiam a produção de manufaturas no Brasil.
c) Com a abertura dos portos, a França foi beneficiada, pois os seus produtos
manufaturados ficaram isentos de taxas de importação.
d) Se a abertura dos portos favoreceu aos exportadores de açúcar e algodão,
prejudicou os interesses de comerciantes instalados no Rio de Janeiro.
e) Com a vinda da família real portuguesa, além de artesãos qualificados, deslo-
caram-se para o Brasil, cientistas e viajantes estrangeiros.

3.
Em 2008, foi relembrada e comemorada uma data especialmente importante na
história brasileira, os 200 anos da chegada da Família Real ao Brasil e a conse-
quente transferência da capital do Reino para o Rio de Janeiro. A decisão de D.
João VI de abandonar Portugal e vir para o Brasil deveu-se

a) ao expansionismo da Espanha que, sob o reinado de Felipe II, procurava res-


tabelecer a União Ibérica.

His. 73
b) à expansão francesa e à constituição do Império napoleônico, uma vez que
Portugal havia se negado a apoiar o bloqueio continental contra a Inglaterra.
c) à tentativa das Cortes Portuguesas reunidas na cidade do Porto de estabele-
cerem uma monarquia constitucional em Portugal.
d) aos movimentos de independência que desde a Inconfidência Mineira haviam
se multiplicado no Brasil.
e) às riquezas do Brasil que permitiriam sustentar mais facilmente o luxo exces-
sivo da corte portuguesa.

4.
No Brasil colonial, noções de medicina e saúde eram estudadas em Colégios da
Companhia de Jesus, onde também foram incorporados conhecimentos sobre
utilização terapêutica de plantas nativas. Os jesuítas tornaram-se os verdadeiros
enfermeiros e médicos da Colônia, somando-se a outros agentes de cura, como
físicos, cirurgiões, barbeiros e boticários. Mas as primeiras escolas médicas fo-
ram, efetivamente, criadas no Brasil, pelo Príncipe Regente D. João. Foram elas:

a) Escola de Cirurgia da Bahia e Escola Anatômica, Cirúrgica e Médica do Rio de


Janeiro, ambas em 1808.
b) Escola de Saúde Joana Angélica, na Bahia, e Escola de Enfermagem Ana Neri,
no Rio de Janeiro, ambas em 1810.
c) Escola de Anatomia da Bahia e Escola de Belas Artes e Anatomia, no Rio de
Janeiro, ambas em 1816.
d) Real Academia de Cirurgia da Bahia e Academia Real de Saúde, Medicina e
Cirurgia do Rio de Janeiro, ambas em 1821.
e) Escola de Farmácia de Ouro Preto e Escola Politécnica do Rio de Janeiro, am-
bas em 1870.
5.
O mapa a seguir mostra a Europa Ocidental nos anos iniciais do século XIX.

A situação assinalada resultou na vinda da Corte Portuguesa para o Brasil, em


1808. Portanto, o mapa retrata:

a) O Tratado de Comércio e Navegação, assinado entre D. João e Lord Strang-


ford, que garantia liberdade comercial para ingleses e portugueses.
b) O Tratado de Fontainebleau, assinado por França e Espanha, que supunha a

His. 74
invasão de Portugal e divisão de suas colônias.
c) A Convenção Secreta, acordo entre Inglaterra e Portugal, que determinava a
defesa marítima dos lusitanos pelos ingleses.
d) o Bloqueio Continental determinado por Napoleão Bonaparte, que proibia os
países europeus de comercializarem com os ingleses.

6.
Em novembro de 1807, a família real portuguesa deixou Lisboa e, em março de
1808, chegou ao Rio de Janeiro. O acontecimento pode ser visto como

a) incapacidade dos Braganças de resistirem à pressão da Espanha para impedir


a anexação de Portugal.
b) ato desesperado do Príncipe Regente, pressionado pela rainha-mãe, Dona
Maria I.
c) execução de um velho projeto de mudança do centro político do Império por-
tuguês, invocado em épocas de crise.
d) culminância de uma discussão popular sobre a neutralidade de Portugal com
relação à guerra anglo-francesa.
e) exigência diplomática apresentada por Napoleão Bonaparte, então primeiro
cônsul da França.

7.
Observe a charge abaixo:
Fonte: NOVAES, Carlos
Eduardo & LOBO, César.
História do Brasil para
principiantes. São Paulo,
Ática, 1998.

A charge SATIRIZA

a) o estabelecimento de casas comerciais inglesas no Brasil.


b) a procura de produtos ingleses pela população devido aos baixos preços.
c) o incremento do comércio de produtos brasileiros devido ao desenvolvimento

His. 75
industrial.
d) a entrada maciça de produtos ingleses no Brasil após a assinatura do Tratado
de 1810.
e) a política protecionista adotada por D.João VI através da concessão de privi-
légios aos produtos portugueses.

8.
Essa situação, estimulada pela Revolução Liberal na vizinha Espanha, levou
à convocação das cortes em Lisboa, em 1820. Imediatamente, os líderes do
movimento formaram um governo provisório que convocou uma Assembléia
Constituinte (as Cortes Gerais) para a elaboração de uma constituição para
o reino. Se a nova Constituição assumia uma atitude liberal em Portugal, o
mesmo não acontecia em relação ao Brasil, pois as medidas das Cortes de
Lisboa buscavam anular todas as medidas liberais adotadas pelo príncipe
regente, a partir de 1808.

ANASTASIA, Carla Maria Junho. Coleção Pitágoras , 1ª série , História En-


sino Médio

Analisando o texto, podemos CONCLUIR que a Revolução do Porto objetivava:

a) O retorno da Corte e o restabelecimento do absolutismo português.


b) A recolonização do Brasil e o restabelecimento do Pacto Colonial.
c) O rompimento das relações diplomáticas e comerciais com a Inglaterra.
d) O restabelecimento das relações diplomáticas e comerciais com a Espanha.
e) O fim do colonialismo português na América e a defesa do liberalismo político.
9.
A emancipação política do Brasil deu-se no contexto de insatisfações portugue-
sas diante da atitude protelatória de D. João VI. A elevação do Brasil à condição
de Reino Unido a Portugal e a Algarves, em 1815, provocou descontentamentos
posteriores, até que a solução encontrada envolveu o retorno da Corte para Por-
tugal em 1821. Sobre a temática, assinale a afirmativa correta:

a) D. Pedro I, na condição de Príncipe Regente, atendeu aos clamores populares


e decidiu desobedecer à convocação das Cortes de Lisboa em manifestação pú-
blica, no Rio de Janeiro, no dia 9 de janeiro de 1822.
b) Os partidários da manutenção da Corte Portuguesa no Brasil eram favoráveis
à abolição da escravidão, à reforma agrária e ao rompimento definitivo com a
antiga metrópole.
c) A revolução do Porto, movimento de cunho liberal que eclodiu em 24 de agos-
to de 1820, tinha intenção de emancipar o Brasil, desmembrando o que ainda es-
tava no império ultramarino português.
d) D. João VI retornou a Portugal em 1821, após ter se recusado a atender as ma-
nifestações populares que o pressionavam a jurar obediência à nova constituição
portuguesa.
e) D. Pedro I, profundamente marcado por concepções liberais e democráticas,
acatou as deliberações da Assembleia Constituinte de 1822.

His. 76
10.
Em 1820, eclodiu na cidade do Porto, em Portugal, uma Revolução liberal lidera-
da principalmente pela burguesia mercantil. Após essa Revolução foram convo-
cadas as Cortes que elaboraram uma nova constituição para o país. Em relação
ao Brasil, essas Cortes decidiram:

I. dar autonomia à colônia para que decidisse sobre questões de natureza políti-
ca e econômica.
II. estabelecer a subordinação dos comandos militares radicados no Brasil ao
governo português.
III. suprimir os tribunais e demais órgãos públicos criados no Brasil por determi-
nação de Dom João VI.
IV. conceder ao Príncipe Regente a liberdade de decidir sobre as relações políti-
cas entre Brasil e Portugal.

São corretas APENAS o que se apresenta em

a) I e II.
b I e III.
b) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

QUESTÃO CONTEXTO
“Lei de ‘Estado-nação judaico’ divide sociedade israelense.
http://g1.globo.com/mundo/
noticia/2014/11/lei-de- Proposta do gabinete de premiê deve ser votada na semana que vem; proje-
estado-nacao-judaico-divide-
sociedade-israelense.html to remove status oficial de língua árabe.”

Como podemos perceber, até hoje Judeus lutam para afirmar sua legitimidade
envolvendo, por muitas vezes, a desclassificação de outros povos. O que soa
como ironia, diga-se de passagem. Porém, a História Judaica nos mostra uma
forte exemplificação sobre uma Nação, por muitos séculos, sem Estado. O que
nos mostra que um não depende do outro para existir. Comente sobre e associe
ao Brasil a formação do Estado e da Nação Brasileira.

His. 77
GABARITO
01. 03.
Exercício de aula Questão Contexto
1. b Em algum momento na antiguidade os Judeus per-
2. b deram seu espaço e ficaram dispersos pelo mundo,
3. a usando justamente a distância para fortalecer seu
4. d espírito de Nação. Apenas após a Segunda Guer-
5. a ra Mundial conseguem um espaço territorial onde
montam um sistema constitucional, social, econô-

02.
mico, ou seja, completo, adaptado a eles e reúnem
seus membros, formando seu Estado. A Compara-
Exercício de casa ção com o Brasil é que temos um exemplo contrário,
1. c pois, Dom João VI começa a formação de um Esta-
2. c do, Dom Pedro I consolidada e apenas com Dom Pe-
3. b dro II a criação do sentimento de Nação, identidade,
4. a começa a ser trabalhado entre os brasileiros, e sua
5. d consolidação se estende até a formação da Repúbli-
6. c ca, onde muitos métodos foram utilizados.
7. d
8. b
9. c
10. a
PARA Para ouvir o samba-enredo Chico Rei, acesse:

SABER
https://www.youtube.com/watch?v=7Ecfk5DO6d8

Para saber mais sobre Chico Rei

MAIS Filme: Chico Rei (1985)

His. 78
Lit. Semana 11

Diogo Mendes
(Maria Carolina)

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07/04 Exercícios de
revisão: literatura
colonial

11:00
21:00

28/04 Romantismo -
Poesia - 1a geração

11:00
21:00
28
Romantismo abr

Poesia - 1ª geração

01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
O Romantismo Principais características do
Romantismo
A primeira geração romântica é caracterizada como
Nacionalista ou Indianista e tinha o intuito de des- Veja abaixo os principais aspectos sobre a escola ro-
pertar o sentimento de amor à pátria, uma vez que, mântica:
após tantos anos de Brasil-Colônia, era necessário
implantar um apego à terra tupiniquim e valorizar as → Idealização amorosa;
belezas e os valores da região, ainda que de forma → Sentimento nacionalista, culto à pátria;
idealizada. Além disso, a imagem do índio é resgata- → Fuga à realidade;
da como a representação do herói nacional. → Amor platônico por parte do eu lírico pela amada;
→ Índio abordado de forma superficial, salvador da
pátria;
Contexto histórico → Linguagem subjetiva;
→ Maior liberdade formal;
O contexto histórico da primeira geração é marcado → Vocabulário mais simples;
pela transição do Brasil-Colônia para o Brasil-Impé- → Natureza mais real, deixa de ser plano de fundo e
rio. Em 1822, com a Independência do Brasil, após interage com o eu lírico.
tantos anos de o país vivendo como colônia, fez-se

82
necessário criar uma arte vinculada às nossas raízes Na poesia, os nomes que mais se destacam são
nacionais. Os principais acontecimentos e influên- Gonçalves Dias e Gonçalves de Magalhães.
cias que marcam esse período são:

Lit.
✓ Instalação da Corte Portuguesa no Brasil (1808);
✓ Abertura dos Portos;
✓ Chegadas das missões estrangeiras (científicas e
culturais);
✓ Revolução Industrial;
✓ Era Napoleônica;
✓ Revolução Francesa.

EXERCÍCIO DE AULA
1. “O indianismo dos românticos [...] denota tendência para particularizar os
grandes temas, as grandes atitudes de que se nutria a literatura ocidental,
inserindo-as na realidade local, tratando-as como próprias de uma tradição
brasileira.”
(Antonio Candido, Formação da Literatura Brasileira)

Considerando-se o texto acima, pode-se dizer que o indianismo, na literatura


romântica brasileira:

a) procurou ser uma cópia dos modelos europeus.


b) adaptou a realidade brasileira aos modelos europeus.
c) ignorou a literatura ocidental para valorizar a tradição brasileira.
d) deformou a tradição brasileira para adaptá-la à literatura ocidental.
e) procurou adaptar os modelos europeus à realidade local.
2.
A natureza, nessa estrofe:
“Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala.”
Gonçalves Dias

Obs.: tamarindo = árvore frutífera; o fruto dessa mesma planta


bogari = arbusto de flores brancas

a) é concebida como uma força indomável que submete o eu lírico a uma expe-
riência erótica instintiva.
b) expressa sentimentos amorosos.
c) é representada por divindade mítica da tradição clássica.
d) funciona apenas como quadro cenográfico para o idílio amoroso.
e) é recriada objetivamente, com base em elementos da fauna e da flora nacio-
nais.

3.
Canção do exílio

83
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,

Lit.
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,


Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,


Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,


Que tais não encontro eu cá;
Em cismar sozinho, à noite
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,


Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Gonçalves Dias
Gonçalves Dias consolidou o romantismo no Brasil. Sua “Canção do exílio” pode
ser considerada tipicamente romântica porque:

a) apoia-se nos cânones formais da poesia clássica greco-romana; emprega fi-


guras de ornamento, até com certo exagero; evidencia a musicalidade do verso
pelo uso de aliterações.
b) exalta terra natal; é nostálgica e saudosista; o tema é tratado de modo senti-
mental, emotivo.
c) utiliza-se do verso livre, como ideal de liberdade criativa; sua linguagem é her-
mética, erudita; glorifica o canto dos pássaros e a vida selvagem.
d) poesia e música se confundem, como artifício simbólico; a natureza e o tema
bucólico são tratados com objetividade; usa com parcimônia as formas prono-
minais de primeira pessoa.
e) refere-se à vida com descrença e tristeza; expõe o tema na ordem sucessiva,
cronológica; utiliza-se do exílio como o meio adequado de referir-se à evasão da
realidade.

4. O homem de todas as épocas se preocupa com a natureza. Cada período a vê de


modo particular. No Romantismo, a natureza aparece como:

84
a) um cenário cientificamente estudado pelo homem; a natureza é mais impor-
tante que o elemento humano.
b) um cenário estático, indiferente; só o homem se projeta em busca de sua re-
alização.

Lit.
c) um cenário sem importância nenhuma; é apenas pano de fundo para as emo-
ções humanas.
d) confidente do poeta, que compartilha seus sentimentos com a paisagem; a
natureza se modifica de acordo com o estado emocional do poeta.
e) um cenário idealizado, onde todos são felizes e os poetas são pastores.

EXERCÍCIO DE CASA
1.
Em relação ao Romantismo brasileiro, todas as afirmações são verdadeiras, ex-
ceto:

a) expressões do nacionalismo através da descrição de costumes e regiões do


brasil.
b) análise crítica e científica dos fenômenos da sociedade brasileira.
c) desenvolvimento do teatro nacional.
d) expressão poética de temas confessionais, indianistas e humanistas.
e) caracterização do romance como forma de entretenimento e moralização.
2.
"Cantor das selvas, entre bravas matas
Áspero tronco da palmeira escolho,
Unido a ele soltarei meu canto,
Enquanto o vento nos palmares zune,
Rugindo os longos, encontrados leques."

Os versos acima, de Os Timbiras, de Gonçalves Dias, apresentam características


da primeira geração romântica:

a) apego ao equilíbrio na forma de expressão; presença do nacionalismo, pela


temática indianista e pela valorização da natureza brasileira.
b) resistência aos exageros sentimentais e à forma de expressão subordinada às
emoções; visão da poesia a serviço de causas sociais, como a escravidão.
c) expressão preocupada com o senso de medida; "mal do século"; natureza
como amiga e confidente.
d) transbordamento na forma de expressão; valorização do índio como típico ho-
mem nacional; apresentação da natureza como refúgio dos males do coração.
e) expressão a serviço da manifestação dos estados de espírito mais exagerados;
sentimento profundo de solidão.

3.
TEXTO A

85
Canção do exílio

Minha terra tem palmeiras,

Lit.
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,


Nossas várzeas tem mais flores,
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida mais amores.

[...]

Minha terra tem primores,


Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, a noite -
Mais prazer eu encontro la;
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,


Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras
Onde canta o Sabiá.

DIAS, G. Poesia e prosa completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1998.


TEXTO B

Canto de regresso à Pátria

Minha terra tem palmares


Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá

Minha terra tem mais rosas


E quase tem mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra

Ouro terra amor e rosas


Eu quero tudo de lá
Não permita
Deus que eu morra
Sem que volte para lá

Não permita Deus que eu morra


Sem que volte pra São Paulo

86
Sem que eu veja a rua 15
E o progresso de São Paulo

ANDRADE, O. Cadernos de poesia do aluno Oswald.

Lit.
São Paulo: Círculo do Livro. s/d.

Os textos A e B, escritos em contextos históricos e culturais diversos, enfocam


o mesmo motivo poético: a paisagem brasileira entrevista a distância. Analisan-
do-os, conclui-se que:

a) o ufanismo, atitude de quem se orgulha excessivamente do país em que nas-


ceu, e o tom de que se revestem os dois textos.
b) a exaltação da natureza é a principal característica do texto B, que valoriza a
paisagem tropical realçada no texto A.
c) o texto B aborda o tema da nação, como o texto A, mas sem perder a visão crí-
tica da realidade brasileira.
d) o texto B, em oposição ao texto A, revela distanciamento geográfico do poeta
em relação à pátria.
e) ambos os textos apresentam ironicamente a paisagem brasileira.
4.
O indianismo de nossos poetas românticos é:

a) uma forma de apresentar o índio em toda a sua realidade objetiva; o índio


como elemento étnico da futura raça brasileira.
b) um meio de reconstruir o grave perigo que o índio representava durante a ins-
talação da capitania de São Vicente.
c) um modelo francês seguido no Brasil; uma necessidade de exotismo que em
nada difere do modelo europeu.
d) um meio de eternizar liricamente a aceitação, pelo índio, da nova civilização
que se instalava.
e) uma forma de apresentar o índio como motivo estético; idealização com sim-
patia e piedade; exaltação da bravura, do heroísmo e de todas as qualidades
morais superiores.

5.
SABIÁ - Tom Jobim e Chico Buarque

Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Para o meu lugar
Foi lá e é ainda lá

87
Que eu hei de ouvir
Uma sabiá

Vou voltar

Lit.
Sei que ainda vou voltar
Vou deitar à sombra de uma palmeira
Que já não há
Colher a flor que já não dá
E algum amor talvez possa espantar
As noites que eu não queria
E anunciar o dia

Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Não vai ser em vão
Que fiz tantos planos de me enganar
Como fiz enganos de me encontrar
Como fiz estradas de me perder
Fiz de tudo e nada de te esquecer (...)

A canção “Sabiá” é apenas uma das inúmeras releituras e citações que o poema
de Gonçalves Dias, “Canção do Exílio” recebeu a partir do Modernismo. Esse
poeta pertenceu à 1ª geração do Romantismo Brasileiro. Nas opções abaixo, as-
sinale a única que não apresenta características desse estilo de época.

a) Nacionalismo, onde a exaltação da pátria somente enaltece as qualidades


b) Exaltação da natureza
c) Sentimentalismo e religiosidade
d) Indianismo
e) Conceptismo (jogo de ideias) e cultismo (jogo de palavras)
6.
Contemporâneo de Manuel Antônio de Almeida, Gonçalves Dias escreveu,
em um de seus poemas:
No meio das tabas de amenos verdores,
Cercada de troncos - cobertos de flores,
Alteiam-se os tetos d’altiva nação (...)

Assinale a afirmação correta sobre o poeta.

a) Sua poesia indianista expressa concepção lírica e épica das nossas origens, re-
afirmando, no Brasil, os propósitos nacionalistas do Romantismo.
b) O embate entre o bem e o mal, típico tema romântico, assume para ele a for-
ma da luta do oprimido contra o opressor, o que lhe permitiu uma visão ampla e
humana do escravo.
c) Sua poesia confessional, ao gosto do público médio de seu tempo, alia, de ma-
neira singela, a natureza e os sentimentos, como se vê nos versos citados.
d) Sua concepção de arte deu origem a poemas em que a linguagem verbal bus-
ca reproduzir objetiva e realisticamente objetos decorativos, como um vaso chi-
nês ou uma estátua grega.
e) Em seus poemas, perde-se o rigor parnasiano, e o intenso trabalho com a so-
noridade busca a liberação dos sentidos, “cárcere das almas”, que impede o
acesso ao Nirvana.

88
7.
São características da primeira geração do Romantismo brasileiro, exceto:

a) Exaltação da natureza e da liberdade.

Lit.
b) Indianismo.
c) Nacionalismo ufanista.
d) Brasileirismo (linguagem).
e) Egocentrismo e individualismo.
QUESTÃO CONTEXTO
Texto A

A Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,


Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite


Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.

Minha terra tem primores,

89
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,

Lit.
Onde canta o sabiá.

Não permita Deus que eu morra,


Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras
Onde canta o sabiá.

(Gonçalves Dias)

Texto B

Canção do Exílio
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturanos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!

Murilo Mendes

A “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias, foi produzida durante a primeira gera-


ção romântica, momento em que se vivia um forte nacionalismo em detrimento
com o fim do colonialismo no Brasil. No texto B, de Murilo Mendes, foi escrito
em um outro período histórico e apresenta características distintas com o texto
A. Aponte o tipo de intertextualidade entre os dois textos e transcreva um trecho
do texto B que marque com ironia o posicionamento do eu lírico sobre os frutos
de sua terra.

90
Lit.
GABARITO
01. 03.
Exercício de aula Questão Contexto
1. e Paródia. O trecho é “mas que custam cem mil réis
2. b a dúzia”, fazendo alusão aos frutos, que ainda que
3. b sejam mais saborosos e mais bonitos do que os do
4. d exterior, possuem um valor muito alto.

02.
Exercício de casa
1. b
2. a
3. c
4. e
5. e
6. a
7. e
Mat.
Semana 11

PC Sampaio
Alex Amaral
Rafael Jesus

(Roberta Teixeira)
(Gabriella Teles)

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CRONOGRAMA

06/04 Inequação produto Equação,


inequação e função
e inequação exponencial
quociente

08:00 11:00
18:00 21:00

07/04 Equação,
inequação e função
exponencial -
continuação

8:00
18:00

13/04 Exercícios de Logaritmos:


exponencial definição e
propriedades

08:00 11:00
18:00 21:00

20/04 Logaritmos: Função e inequação


definição e logarítmica
propriedades

08:00 11:00
18:00 21:00
27/04 Exercícios de Exercícios de
logaritmos revisão geral: 10
exercícios

08:00 11:00
18:00 21:00

28/04 Sequências: lei


de recorrência e
Fibonacci

08:00
18:00
27
Exercícios de abr
logarítmos

01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
EXERCÍCIOS DE AULA
f ( x) = log 2 x
1.
A figura representa o gráfico da função f definida por .

A Medida do segmento é igual a:

a) 6

Mat. 95
b) 5
c) log2 5
d) 2
e) log 2

2.
Em 1996, uma indústria iniciou a fabricação de 6000 unidades de certo produto
e, desde então, sua produção tem crescido à taxa de 20% ao ano. Nessas condi-
ções, em que ano a produção foi igual ao triplo da de 1996? (Dados: log 2 = 0,30
e log 3 = 0,48)

a) 1998
b) 1999
c) 2000
d) 2001
e) 2002

3.
Qual das figuras a seguir é um esboço do gráfico da função f(x)= log2 2x

a)
b)

c)

d)

Mat. 96
e)

4.
A intensidade de um terremoto na escala Richter é definida por
2 E
I = log10 ( )
3 E0
Em que E é a energia liberada pelo terremoto, em quilowatt-hora (kwh), e
E0 = 10 -3 kwh.

A cada aumento de uma unidade no valor de I, o valor de E fica multiplicado por:

a) 10
b) 10
3
c) 10
d) 20/3

5.
Os valores de x que satisfazem a equação logx (ax + b) = 2 são 2 e 3. Nessas con-
dições, os respectivos valores de a e b são:

a) 4 e - 4
b) 1 e - 3
c) - 3 e 1
d) 5 e - 6
e) - 5 e 6
6.
Explosão de Bits A velocidade dos computadores cresce de forma exponencial
e, por isso, dentro de alguns anos teremos uma evolução aceleradíssima. Para o
inventor Ray Kurzweil, um computador de mil dólares tem hoje a mesma inteli-
gência de um inseto. No futuro, ele se igualará à capacidade de um rato, de um
homem e, finalmente, de toda a humanidade.

Mat. 97
Considerando as informações apresentadas no gráfico acima, que estima a ca-
pacidade de processamento (por segundo) de um computador (C) em função do
ano (a), de acordo com os dados do texto, pode-se afirmar que:

a) C = log10 (10a + 8)
b) C = log10 [(a - 1984)/2]
c) a = 1992 + log10 C
d) a = [(log10 C)/10] - 8
e) a = 1984 + log10 (C)²

7.
O pH de uma solução mede a acidez da mesma e é definido como
1
pH = log( )
[H + ]
onde [H+] representa a concentração de íons H+.

Devido às secas registradas na região nordeste do país, a escassez de água tor-


nou-se uma calamidade pública em algumas cidades. Como atendimentos de
urgência, caminhões pipas distribuíram águas retiradas diretamente de açudes
entre as famílias atingida, como pH baixíssimo, tornando-se vulneráveis à conta-
minação com determinadas bactérias prejudiciais à saúde humana. Numa amos-
tra dessas águas foi detectado que [H+] = 2,5.10 -9.

De acordo com o texto acima, e considerando log 5 = 0,70, o pH dessa água foi
de:

a) 9,70
b) 9,68
c) 9,23
d) 8,87
e) 8,60
Suponha que o nível sonoro β e a intensidade I de um som estejam relacionados
8. pela equação logarítmica β = 120 + 10 log10 I, em que β é medido em decibéis e
I, em watts por metro quadrado. Sejam I1 a intensidade correspondente ao nível
sonoro de 80 decibéis de um cruzamento de duas avenidas movimentadas e I2
a intensidade correspondente ao nível sonoro de 60 decibéis do interior de um
automóvel com ar-condicionado. A razão I1/I2 é igual a:

a) 1/10
b) 1
c) 10
d) 100
e) 1 000

9.
A energia nuclear, derivada de isótopos radiativos, pode ser usada em veículos
espaciais para fornecer potência. Fontes de energia nuclear perdem potência
gradualmente, no decorrer do tempo. Isso pode ser descrito pela função expo-
nencial

na qual P é a potência instantânea, em watts, de radioisótopos de um veículo es-

Mat. 98
pacial; P0 é a potência inicial do veículo; t é o intervalo de tempo, em dias, a par-
tir de t0 = 0; e é a base do sistema de logaritmos neperianos. Nessas condições,
quantos dias são necessários, aproximadamente, para que a potência de um ve-
ículo espacial se reduza à quarta parte da potência inicial? (Dado: ln 2 = 0,693)

a) 336
b) 338
c) 340
d) 342
e) 346

10.
A fórmula para medir a intensidade de um dado terremoto na escala Richter é

I
R = log10 ( )
I0
com I0 sendo a intensidade de um abalo quase imperceptível e I a intensidade de
um terremoto dada em termos de um múltiplo de I0. Se um sismógrafo detecta
um terremoto com intensidade I = 32000I0, qual a intensidade do terremoto na
escala Richter? Indique o valor mais próximo.

Dado: use a aproximação log 2 ≈ 0,30.

a) 3,0
b) 3,5
c) 4,0
d) 4,5
e) 5,0
EXERCÍCIOS PARA CASA
1.
O pH de uma solução aquosa é definido pela expressão pH = –log [H+], em que
[H+] indica a concentração, em mol/L, de íons de hidrogênio na solução e log, o
logaritmo na base 10.

Ao analisar uma determinada solução, um pesquisador verificou que, nela, a


concentração de íons de hidrogênio era [H+] = 5,4 · 10–8 mol/L. Para calcular
o pH dessa solução, ele usou os valores aproximados de 0,30, para log 2, e de
0,48, para log 3.

Então, o valor que o pesquisador obteve para o pH dessa solução foi:

a) 7,26
b) 7,32
c) 7,58
d) 7,74

Mat. 99
2.
O domínio da função y = log (– x 2 + 2x + 3) é:

a) [ – 1, 3]
b) ] – , – 1 [ U ] 3, + [
c) ] –1,3]
d) ] –1,3]
e) [ –1,3[

3.
Se log 2 = x e log 3 = y, então log 72 é igual a:

a) 2x + 3y
b) 3x + 2y
c) 3x – 2y
d) 2x – 3y
e) x + y

4.
A equação logarítmica log2 (x + 1) + log2 (x – 1) = 3 admite:

a) uma única raiz irracional.


b) duas raízes opostas.
c) duas raízes cujo produto é – 4.
d) uma única raiz e negativa.
e) uma única raiz e maior do que 2.
5.
São dados: log15 3 = a e log15 2 = b. O valor de log10 2 é:

a)

b)

c)

d)

e)

6.
O conjunto solução da inequação < é:

Mat. 100
a) R
b) {x ϵ R / x < 8}
c) {x ϵ R / x < 3}
d) {x ϵ R / x > 3}
e) {x ϵ R / x > 8}

7.
Suponha que a vazão de água de um caminhão de bombeiros se dá pela v(t ) = v0 .2− t
em que V0 é o volume inicial de água contido no caminhão e t é o tempo de es-
coamento em horas. Qual é, aproximadamente, utilizando uma casa decimal, o
tempo de escoamento necessário para que o volume de água escoado seja 10%
do volume inicial contido no caminhão? (utilize: log2 0,03.) ≅

a) 3h e 30 min.
b) 3h e 12 min.
c) 3h e 18 min.
d) 2h e 15 min.
e) 2h e 12 min.

8.
Supondo que exista, o logaritmo de a na base b é

a) o número ao qual se eleva a para se obter b.


b) o número ao qual se eleva b para se obter a.
c) a potência de base b e expoente a.
d) a potência de base a e expoente b.
e) a potência de base 10 e expoente a.
QUESTÃO CONTEXTO
Carne vermelha, bactérias intestinais e doença cardíaca

‘’Um novo ingrediente foi adicionado à polemica sobre o efeito da ingestão


excessiva de carne vermelha sobre a saúde do coração. Após décadas da
culpa dos danos cardíacos recair sobre as gorduras saturadas e o colesterol
contidos na carne vermelha, uma recente análise de vários estudos epide-
miológicos mostrou que não há evidência científica suficiente para atribuir à
gordura na dieta o aumento do risco para doença cardíaca. Isto reforça uma
suspeita de que o conteúdo de colesterol e gordura saturada da carne ver-
melha não é o suficiente para explicar a associação existente entre doença
cardíaca e o consumo de carne vermelha. Um novo personagem entrou em
cena e talvez venha a resolver a polêmica.

Pesquisadores da Clinica Cleveland, nos Estados Unidos, demonstram no


trabalho que um tipo de bactéria do intestino transforma o composto L-car-

https://www.abcdasaude.
nitina em outro, o óxido de N-trimetilamina (TMAO). Estudos prévios do mes-
com.br/noticias/carne- mo grupo de investigadores já tinham mostrado que a TMAO promove ate-
vermelha-bacterias-
intestinais-e-doenca-cardiaca rosclerose em humanos.’’

Mat. 101
Após a ingestão de carne vermelha, o número de bactérias cresce conforme a
3 −5t
função do tempo t, em horas, f (t ) = N 0 .10 .2 . Sabendo que N0 é o número
inicial de bactérias, calcule o tempo necessário para que o número de bactérias
seja quadruplicado. (Use log 2 = 0,3)
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. b 96 minutos
2. e
3. d
4. c
5. d
6. e
7. e
8. d
9. e
10. d

02.
Exercícios para casa
1. a

Mat. 102
2. d
3. b
4. e
5. b
6. e
7. c
8. b
27
Exercícios de abr
revisão geral
10 exercícios

01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Admita que um tipo de eucalipto tenha expectativa de crescimento exponencial,
nos primeiros anos após seu plantio, modelado pela função y(t) = a t-1 na qual y
representa a altura da planta em metro, t é considerado em ano, e a é uma cons-
tante maior que 1. O gráfico representa a função y.

Admita ainda que y(0) fornece a altura da muda quando plantada, e deseja-se

Mat. 104
cortar os eucaliptos quando as mudas crescerem 7,5 m após o plantio. O tempo
entre a plantação e o corte, em ano, é igual a:

a) 3.
b) 4.
c) 6.
d) log2 7.
e) log2 15.

2.
Embora o índice de Massa Corporal (IMC) seja amplamente utilizado, existem
ainda inúmeras restrições teóricas ao uso e às faixas de normalidade preconiza-
das. O Recíproco do Índice Ponderal (RIP), de acordo com o modelo alométrico,
possui uma melhor fundamentação matemática, já que a massa é uma variável
de dimensões cúbicas e altura, uma variável de dimensões lineares. As fórmulas
que determinam esses índices são:

ARAUJO, C. G. S.:
RICARDO, D. R. Índice
de Massa Corporal: Um
Questionamentos Científico
Baseado em Evidências. Arq.
Bras. Cardiologia, volume 79,
nº 1, 2002 (adaptado)

Se uma menina, com 64 kg de massa, apresenta IMC igual a 25 kg.m2, então ela
possui RIP igual a:

a) 0,4 cm/kg1/3.
b) 2,5 cm/kg1/3.
c) 8 cm/kg1/3.
d) 20 cm/kg1/3.
e) 40 cm/kg1/3.
3.
O governo de uma cidade está preocupado com a possível epidemia de uma do-
ença infectocontagiosa causada por bactéria. Para decidir que medidas tomar,
deve calcular a velocidade de reprodução da bactéria. Em experiências labora-
toriais de uma cultura bacteriana, inicialmente com 40 mil unidades, obteve-se a
fórmula para a população:

P(t ) = 40.23t

em que t é o tempo, em hora, e p(t) é a população, em milhares de bactérias. Em


relação à quantidade inicial de bactérias, após 20 min, a população será

a) reduzida a um terço.
b) reduzida à metade.
c) reduzida a dois terços.
d) duplicada.
e) triplicada.

4.
Uma região de uma fábrica deve ser isolada, pois nela os funcionários ficam ex-
postos a riscos de acidentes. Essa região está representada pela porção de cor
cinza (quadrilátero de área S) na figura.

Mat. 105
Para que os funcionários sejam orientados sobre a localização da área isolada,
cartazes informativos serão afixados por toda a fábrica. Para confeccioná-los,
um programador utilizará um software que permite desenhar essa região a partir
de um conjunto de desigualdades algébricas.

As desigualdades que devem ser utilizadas no referido software, para o desenho


da região de isolamento, são:

a) 3y - x ≤ 0; 2y - x ≥ 0; y ≤ 8; x ≤ 9.
b) 3y - x ≤ 0; 2y - x ≥ 0; y ≤ 9; x ≤ 8.
c) 3y - x ≥ 0; 2y - x ≤ 0; y ≤ 9; x ≤ 8.
d) 4y - 9x ≤ 0; 8y - 3x ≥ 0; y ≤ 8; x ≤ 9.
e) 4y - 9x ≤ 0; 8y - 3x ≥ 0; y ≤ 9; x ≤ 8.
5.
Enchem-se, segundo vazões constantes e idênticas, dois reservatórios, um em
forma de um cilindro circular reto e outro em forma de prisma reto de base qua-
drada, cujo lado da base tem a mesma medida do diâmetro da base do primeiro
reservatório.

Mat. 106
O gráfico que representa a variação das alturas dos níveis da água do reservató-
rio cilíndrico (h1) e do reservatório em forma de prisma (h2) em função do volume
de água contido em cada um dos reservatórios (v) estão melhor representados
em

a)

b)

c)
d)

e)

Mat. 107
6.
Para uma feira de ciências, dois projéteis de foguetes, A e B, estão sendo cons-
truídos para serem lançados. O planejamento é que eles sejam lançados juntos,
com o objetivo de o projétil B interceptar o A quando esse alcançar sua altura
máxima. Para que isso aconteça, um dos projéteis descreverá uma trajetória pa-
rabólica, enquanto o outro irá descrever uma trajetória supostamente retilínea.
O gráfico mostra as alturas alcançadas por esses projéteis em função do tempo,
nas simulações realizadas.

Com base nessas simulações, observou-se que a trajetória do projétil B deveria


ser alterada para que o objetivo fosse alcançado. Para alcançar o objetivo, o co-
eficiente angular da reta que representa a trajetória de B deverá

a) diminuir em 2 unidades.
b) diminuir em 4 unidades.
c) aumentar em 2 unidades.
d) aumentar em 4 unidades.
e) aumentar em 8 unidades.
7.
Um bairro de uma cidade foi planejado em uma região plana, com ruas paralelas
e perpendiculares, delimitando quadras de mesmo tamanho. No plano de coor-
denadas cartesianas seguinte, esse bairro localiza-se no segundo quadrante, e as
distâncias nos eixos são dadas em quilômetros.

A reta de equação y = x + 4 representa o planejamento do percurso da linha do

Mat. 108
metrô subterrâneo que atravessará o bairro e outras regiões da cidade. No ponto
P = (–5, 5), localiza-se um hospital público. A comunidade solicitou ao comitê de
planejamento que fosse prevista uma estação do metrô de modo que sua distân-
cia ao hospital, medida em linha reta, não fosse maior que 5 km.

Atendendo ao pedido da comunidade, o comitê argumentou corretamente que


isso seria automaticamente satisfeito, pois já estava prevista a construção de
uma estação no ponto

a) (-5,0)
b) (-3,1)
c) (-2,1)
d) (0,4)
e) (2,6)

8.
O altímetro dos aviões é um instrumento que mede a pressão atmosférica e
transforma esse resultado em altitude. Suponha que a altitude h acima do nível
do mar, em quilômetros, detectada pelo altímetro de um avião seja dada, em fun-
ção da pressão atmosférica p, em atm, por

1
h( p ) = 20.log10 ( )
p
Num determinado instante, a pressão atmosférica medida pelo altímetro era 0,4
atm. Considerando a aproximação log2 = 0,3, a altitude h do avião nesse instan-
te, em quilômetros, era de

a) 5.
b) 8.
c) 9.
d) 11.
e) 12.
9.
Acompanhando o crescimento do filho, um casal constatou que, de 0 a 10 anos,
a variação da sua altura se dava de forma mais rápida do que dos 10 aos 17 anos
e, a partir de 17 anos, essa variação passava a ser cada vez menor, até se tornar
imperceptível. Para ilustrar essa situação, esse casal fez um gráfico relacionando
as alturas do filho nas idades consideradas.

Que gráfico melhor representa a altura do filho desse casal em função da idade?

a)

Mat. 109
b)

c)

d)
10.
Uma professora realizou uma atividade com seus alunos utilizando canudos de
refrigerante para montar figuras, onde cada lado foi representado por um ca-
nudo. A quantidade de canudos (C) de cada figura depende da quantidade de
quadrados (Q) que formam cada figura. A estrutura de formação das figuras está
representada a seguir.

Que expressão fornece a quantidade de canudos em função da quantidade de


quadrados de cada figura?

a) C = 4Q
b) C = 3Q + 1
c) C = 4Q – 1
d) C = Q + 3
e) C = 4Q – 2

EXERCÍCIOS PARA CASA

Mat. 110
1.
O lndice de Massa Corporal (IMC) pode ser considerado uma alternativa prática,
fácil e barata para a medição direta de gordura corporal. Seu valor pode obtido
pela fórmula 2 Massa IMC (Altura) = , na qual a massa é em quilograma e a altu-
ra, em metro. As crianças, naturalmente, começam a vida com um alto índice de
gordura corpórea, mas vão ficando mais magras conforme envelhecem, por isso
os cientistas criaram um IMC especialmente para as crianças e jovens adultos,
dos dois aos vinte anos de idade, chamado de IMC por idade. O gráfico mostra o
IMC por idade para meninos.
Uma mãe resolveu calcular o IMC de seu filho, um menino de dez anos de idade,
com 1,20 m de altura e 30,92 kg. Para estar na faixa considerada normal de IMC,
os valores mínimo e máximo que esse menino precisa emagrecer, em quilogra-
ma, devem ser, respectivamente:

a) 1,12 e 5,12.
b) 2,68 e 12,28.
c) 3,47 e 7,47.
d) 5,00 e 10 ,76.
e) 7,77 e 11,77.

2.
Uma empresa registrou seu desempenho em determinado ano por meio do grá-
fico, com dados mensais do total de vendas e despesas.

Mat. 111
O lucro mensal é obtido pela subtração entre o total de vendas e despesas, nesta
ordem. Quais os três meses do ano em que foram registrados os maiores lucros?

a) Julho, setembro e dezembro.


b) Julho, setembro e novembro.
c) Abril, setembro e novembro.
d) Janeiro, setembro e dezembro.
e) Janeiro, abril e junho.

3.
O gráfico mostra o número de favelas no município do Rio de Janeiro entre 1980
e 2004, considerando que a variação nesse número entre os anos considerados
é linear.
Se o padrão na variação do período 2004/2010 se mantiver nos próximos 6 anos,
e sabendo que o número de favelas em 2010 é 968, então o número de favelas
em 2016 será

a) menor que 1150.


b) 218 unidades maior que em 2004.
c) maior que 1150 e menor que 1200.
d) 177 unidades maior que em 2010.
e) maior que 1200.

4.
Um terreno retangular de lados cujas medidas, em metro, são x e y será cercado
para a construção de um parque de diversões. Um dos lados do terreno encon-
tra-se às margens de um rio. Observe a figura.

Mat. 112
Para cercar todo o terreno, o proprietário gastará R$ 7.500,00. O material da
cerca custa R$ 4,00 por metro para os lados do terreno paralelos ao rio, e R$
2,00 por metro para os demais lados.

Nessas condições, as dimensões do terreno e o custo total do material podem


ser relacionados pela equação

a) 4(2x + y) = 7 500
b) 4(x + 2y) = 7 500
c) 2(x + y) = 7 500
d) 2(4x + y) = 7 500
e) 2(2x + y) = 7 500
5.
Doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado (DRSAI) podem es-
tar associadas ao abastecimento deficiente de água, tratamento inadequado de
esgoto sanitário, contaminação por resíduos sólidos ou condições precárias de
moradia. O gráfico representa o número de casos de duas DRSAI de uma cidade:

Mat. 113
O mês em que se tem a maior diferença entre o número de casos das doenças
de tipo A e B é

a) janeiro.
b) abril.
c) julho.
d) setembro.
e) novembro.

6.
Alguns brasileiros têm o hábito de trocar de carro a cada um ou dois anos, mas
essa prática nem sempre é um bom negócio, pois o veículo desvaloriza com o
uso. Esse fator é chamado de depreciação, sendo maior nos primeiros anos de
uso. Uma pessoa realizou uma pesquisa sobre o valor de mercado dos dois veí-
culos (X e Y) que possui. Colocou os resultados obtidos em um mesmo gráfico,
pois os veículos foram comprados juntos.

Após a pesquisa, ela decidiu vender os veículos no momento em que completa-


rem quatro anos de uso.
Considerando somente os valores de compra e de venda dos veículos por essa
pessoa, qual a perda, em reais, que ela terá?

a) 10 000,00
b) 15 000,00
c) 25 000,00
d) 35 000,00
e) 45 000,00

7.
Dentre outros objetos de pesquisa, a Alometria estuda a relação entre medidas
de diferentes partes do corpo humano. Por exemplo, segundo a Alometria, a área
A da superfície corporal de uma pessoa relaciona-se com a sua massa m pela fór-
2
mula , em que k é uma constante positiva.
A = k .m 3
Se no período que vai da infância até a maioridade de um indivíduo sua massa é
multiplicada por 8, por quanto será multiplicada a área da superfície corporal?

a)
3
16
b) 4
c) 24

Mat. 114
d) 8
e) 64

8.
Existem no mercado chuveiros elétricos de diferentes potências, que represen-
tam consumos e custos diversos. A potência (P) de um chuveiro elétrico é dada
pelo produto entre sua resistência elétrica (R) e o quadrado da corrente elétrica
(i) que por ele circula. O consumo de energia elétrica (E), por sua vez, é direta-
mente proporcional à potência do aparelho.

Considerando as características apresentadas, qual dos gráficos a seguir repre-


senta a relação entre a energia consumida (E) por um chuveiro elétrico e a cor-
rente elétrica (i) que circula por ele?

a)

b)
c)

d)

e)

Mat. 115
QUESTÃO CONTEXTO
Mafalda e seus colegas de turma estavam com muitas dúvidas no estudo das fun-
ções. Assim, sua professora pretende fazer uma atividade para que eles possam
aprender melhor sobre esse assunto.

A professora perguntou aos alunos quanto cada um calçava e definiu a relação


entre o conjunto dos alunos e seus respectivos números de sapato. Sendo assim,
ela quis saber se esta relação era, de fato, uma função e se era sobrejetiva e in-
jetiva.

Você pode ajudar Mafalda?


GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. b É uma função, mas não é nem sobrejetiva nem in-
2. e jetiva.
3. d
4. e
5. e
6. c
7. b
8. b
9. a
10. b

02.
Exercícios para casa
1. d

Mat. 116
2. a
3. c
4. a
5. d
6. c
7. b
8. d
28
Sequências abr
Lei de recorrência e Fibonacci

01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Lei de recorrência A contribuição de Fibonacci
É uma regra que permite calcular qualquer termo de Entre valiosas contribuições para o estudo das pro-
uma sequência utilizando termos anteriores. gressões, poderíamos lembrar as sequências do ita-
liano Leonardo de pisa, mais conhecido como Fibo-
Exemplo 1: nacci.
A sequência
Na sequência de Fibonacci

Pode ser definida recursivamente por:


cada termo a partir do terceiro, é obtido pela
soma dos dois termos anteriores; a razão entre
dois termos consecutivos, a partir do 8 (8/5=1,6;
13/8=1,625; 21/13=1,615 etc) nos dá a conhecida
RAZÃO DE OURO 1:1,6, que exerceu forte influên-
Exemplo 2 : Fibonacci cia na arquitetura e na arte.

Mat. 118
A sequência

também pode ser denida recursivamente. Pode-


mos determinar um termo, a partir do terceiro,
pela soma dos dois termos imediatamente ante-
riores, ou seja

(O templo de parthenon de Atenas é um exemplo de


utilização do retângulo áureo.)

essa sequência é conhecida como Sequência de O retângulo áureo ( em que a relação das medidas
Fibonacci e é uma sequência recorrente . dos lados é 1:1,6) é considerado uma forma geomé-
trica aprazível para os olhos.

EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Uma série de Fibonacci é uma seqüência de valores definida da seguinte manei-
ra:

Os dois primeiros termos são iguais a unidade, ou seja,

Cada termo, a partir do terceiro, é igual a soma dos dois termos anteriores, isto
é:

Se = 2584 e = 10946 então qual é o valor de ?


2.
Uma sequência numérica infinita (e1, e2, e3,…, en,…) é tal que a soma dos n ter-
mos iniciais é igual a n² + 6n. O quarto termo dessa sequência é igual a

a) 9
b) 13
c) 17
d) 32
e) 40

3.
A sequência a seguir, conhecida desde os Pitagóricos como números triangula-
res, tem uma interessante lei de formação. Tente obter essa lei e também o valor
do 10º termo dessa sequência.

Mat. 119
4.
Sejam an e bn duas sequências definidas por : an=-86+7n e bn=104-3n, n per-
tence aos N*.

a)Qual é o termo em comum entre as duas sequências?


b)Qual é o primeiro termo positivo de an?
c)Qual é o primeiro termo positivo de bn?

5.
Para tornar uma mensagem secreta, uma palavra foi codificada de acordo
com as instruções a seguir:

I. Você deve substituir cada letra pelo número correspondente da tabela a se-
guir:

II. Se o número for múltiplo de 3, você deve subtrair duas unidades dele. Se não
for, some uma unidade a ele;
III. Substitua cada novo número pela letra correspondente.

Por exemplo, a palavra PAULO corresponde à sequência 25-10-30-21-24,


que após ser modificada será 26-11-28-19-22, formando a palavra codificada
QBSJM.
A palavra EGJBO está codificada. Decodificando-a, você obtém

a) DILAN.
b) DENIS.
c) CELSO.
d) FHKCM.
e) DFKCO.

EXERCÍCIOS PARA CASA


1.
Uma sequência é definida para n pertence a N* pela relação an=-37+6n. Verifi-
que se os números seguintes pertencem à sequência, destacando, em caso afir-
mativo sua posição

a)-7
b)46
c)123
d)251

Mat. 120
2. Observe a sequência de espaços identificados por letras

Cada espaço vazio deverá ser preenchido por um número inteiro e positivo, de
modo que a soma dos números de três espaços consecutivos seja sempre igual
a 15. Nessas condições, no espaço identificado pela letra g deverá ser escrito o
número

a) 6.
b) 7.
c) 3.
d) 4.
e) 5.

3.
Considere a sequência infinita IBGEGBIBGEGBIBGEG… A 2016ª e a 2017ª letras
dessa sequência são, respectivamente:

a) BG;
b) GE;
c) EG;
d) GB;
e) BI.
4.
A senha de meu cofre é dada por uma sequência de seis números, todos meno-
res que 100, que obedece a determinada lógica. Esqueci o terceiro número dessa
sequência, mas lembro-me dos demais. São eles: {32, 27, __, 30, 38, 33}. Assim,
qual o terceiro número da sequência?

a) 35
b) 31
c) 34
d) 40
e) 28

5.
Obtenha os 6 primeiros termos das seguintes sequências:

a)

b)

Mat. 121
6.
Descubra, em cada caso, uma denição por lei de recorrência para a sequência
dada:

a) (4, 8, 12, 16, 20, ...)


b) (-1, 1, -1, 1, -1, 1, ...)

7.
Considere a sequência de números definida abaixo:

→ o primeiro termo vale 7;


→ o segundo termo vale 4;
→ do terceiro em diante, cada termo será a diferença entre os dois termos ante-
riores, sendo essa diferença sempre expressa com sinal positivo.

O 8º termo dessa sequência vale:

a) 2.
b) 3.
c) 4.
d) 1.
e) 0.
8.
Duas sequências são construídas conforme descrito abaixo:

→ Sequência 1: primeiro termo igual a 10 e qualquer outro termo, a partir do se-


gundo, igual ao anterior acrescido de duas unidades.
→ Sequência 2: primeiro termo igual a 1 e qualquer outro termo, a partir do se-
gundo, igual ao anterior acrescido do número de termos do primeiro até este
termo anterior.

Um termo da sequência 1 que é igual a um termo da sequência 2 é

a) 18.
b) 20.
c) 22.
d) 24.
e) 26.

QUESTÃO CONTEXTO

Mat. 122
Número quadrado, em matemática, é um inteiro que pode ser escrito como o
quadrado de outro número inteiro. Ou ainda se a raiz quadrada de um número
inteiro for outro inteiro, o primeiro é um número quadrado.

A partir do número 1 todos os números quadrados resultam duma sucessão ma-


temática.

12 = 1
22 = 1+3=4
32 = 4+5=9
42 = 9+7=16
52 = 16+9=25
62 = 25+11=36
72 = 36+13=49
82 = 49+15=64
92 = 64+17=81
102 = 81+19=100

O número m é um número quadrado se e somente se pode ser representado por


um quadrado de lado m:

1² = 1

2² = 4

3² = 9
4² = 16

5² = 25

A fórmula para o enésimo número quadrado é?

GABARITO

Mat. 123
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. 17711 an = n2
2. b
3. an=n(n+1)/2 ; a10=55
4. a)19°=47
b)13°=5
c)35°=-1
5. a

02.
Exercícios para casa
1. a)7°
b)17°
c)52°
2. a
3. e
4. a
5. a){1,5,13,29,61,125}
b){1,5,5,25,25,125}
6. a)


b)
7. e
8. c
Por. Semana 11

Eduardo Valladares
(Bruna Basile)

Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a


cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por
escrito. Todos os direitos reservados.
CRONOGRAMA

03/04 Semântica das


palavras invariáveis

09:15
19:15

10/04 Semântica de
conjunção

09:15
19:15

17/04 Semântica da
conjunção 2,
operadores
argumentativos e
coesão

09:15
19:15

24/04 Análise de questões


no modelo ENEM

09:15
19:15
24
Análise de abr
questões no
modelo ENEM

01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
A prova de Linguagens e suas Tecnologias do ENEM habilidade em interpretação de diversos gêneros
(Exame Nacional do Ensino Médio) é composta por textuais e identificação da função social de cada um
questões de Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol), deles, dentre eles, os textos verbais, não-verbais e
na qual o aluno deve “conhecer e usar língua(s) es- híbridos.
trangeira(s) moderna(s) como instrumento de
acesso a informações e a outras culturas e grupos Além do conhecimento relacionado à nossa língua
sociais.” e questões sobre os mais variados assuntos materna, o ENEM quer que o candidato “compre-
acerca da Língua Portuguesa. Como é uma prova de enda e use a linguagem corporal como relevante
nível nacional, as questões abordam conhecimentos para a própria vida, integradora social e forma-
relacionados à Língua Portuguesa, logo, o esperado dora da identidade” e “compreenda a arte como
é que o aluno consiga “compreender e usar a lín- saber cultural e estético gerador de significação e
gua portuguesa como língua materna, geradora integrador da organização do mundo e da própria
de significação e integradora da organização do identidade”. Logo, é comum encontrarmos ques-
mundo e da própria identidade.” tões sobre esporte, danças e diferentes manifesta-
ções culturais e folclóricas.
Dessa forma, a prova possui questões sobre a di-
versidade linguística devido à importância das va- Encontramos também, nas competências da pro-

Por. 127
riações que devem ser respeitadas e valorizadas. va de Linguagens do ENEM, questões sobre o im-
Além disso, questões sobre mecanismos coesivos pacto das tecnologias da informação na sociedade
que estabelecem sentido em textos e regras de or- contemporânea, a qual o aluno deve “entender os
ganização interna da língua, por exemplo, a ortogra- princípios, a natureza, a função e o impacto das
fia, também são encontradas, pois fazem parte da tecnologias da comunicação e da informação na
competência 6 que cujo objetivo é que o aluno con- sua vida pessoal e social, no desenvolvimento do
siga “compreender e usar os sistemas simbólicos conhecimento, associando-o aos conhecimentos
das diferentes linguagens como meios de organi- científicos, às linguagens que lhes dão suporte, às
zação cognitiva da realidade pela constituição de demais tecnologias, aos processos de produção e
significados, expressão, comunicação e informa- aos problemas que se propõem solucionar”.
ção.” O exame possui textos extensos que exigem

EXERCÍCIO DE AULA
1.

Dia do Músico, do Professor, da Secretária, do Veterinário... Muitas são as datas


comemoradas ao longo do ano e elas, ao darem visibilidade a segmentos espe-
cíficos da sociedade oportunizam uma reflexão sobre a responsabilidade social
desses segmentos. Nesse contexto, está inserida a propaganda da Associação
Brasileira de Imprensa (ABI), em que se combinam elementos verbais e não ver-
bais para se abordar a estreita relação entre imprensa, cidadania, informação e
opinião. Sobre essa relação, depreende-se do texto da ABI que,
a) para a imprensa exercer seu papel social, ela deve transformar opinião em in-
formação.
b) para a imprensa democratizar a opinião, ela deve selecionar a informação.
c) para o cidadão expressar sua opinião, ele deve democratizar a informação.
d) para a imprensa gerar informação, ela deve fundamentar-se em opinião.
e) para o cidadão formar sua opinião, ele deve ter acesso à informação.

Assum preto

2. Tudo em vorta é só beleza


Sol de abril e a mata em frô
Mas assum preto, cego dos óio
Num vendo a luz, ai, canta de dor
Tarvez por ignorança
Ou mardade das pió
Furaro os óio do assum preto
Pra ele assim, ai, cantá mió
Assum preto veve sorto
Mas num pode avuá
Mil veiz a sina de uma gaiola

Por. 128
Disponível em: www. Desde que o céu, ai, pudesse oiá
luizgonzaga.mus.br. Acesso
em: 30 jul. 2012 (fragmento). GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H.

As marcas da variedade regional registradas pelos compositores de Assum preto


resultam da aplicação de um conjunto de princípios ou regras gerais que alteram
a pronúncia, a morfologia, a sintaxe ou o léxico. No texto, é resultado de uma
mesma regra a:

a) pronúncia das palavras “vorta” e “veve”


b) pronúncia das palavras “tarvez” e “sorto”.
c) flexão verbal encontrada em “furaro” e “cantá.
d) redundância nas expressões “cego dos óio” e “mata em frô”
e) pronúncia das palavras “ignorança” e “avuá”.

3.
Essa pequena
Meu tempo é curto, o tempo dela sobra
Meu cabelo é cinza, o dela é cor de abóbora
Temo que não dure muito a nossa novela, mas
Eu sou tão feliz com ela
Meu dia voa e ela não acorda
Vou até a esquina, ela quer ir para a Flórida
Acho que nem sei direito o que é que ela fala, mas
Não canso de contemplá-la
Feito avarento, conto os meus minutos
Cada segundo que se esvai
Cuidando dela, que anda noutro mundo
Ela que esbanja suas horas ao vento, ai
Às vezes ela pinta a boca e sai
Fique à vontade, eu digo, take your time
Disponível em: www. Sinto que ainda vou penar com essa pequena, mas
chicobuarque.com.br. Acesso
em: 31 jun. 2012. O blues já valeu a pena
CHICO BUARQUE.

O texto Essa pequena registra a expressão subjetiva do enunciador, trabalhada


em uma linguagem informal, comum na música popular. Observa-se, como mar-
ca da variedade coloquial da linguagem presente no texto, o uso de

a) palavras emprestadas de língua estrangeira, de uso inusitado no português.


b) expressões populares, que reforçam a proximidade entre o autor e o leitor.
c) palavras polissêmicas, que geram ambiguidade.
d) formas pronominais em primeira pessoa.
e) repetições sonoras no final dos versos.

4.
O boxe está perdendo cada vez mais espaço para um fenômeno relativa-
mente recente do esporte, o MMA. E o maior evento de Artes Marciais Mis-
tas do planeta é o Ultimate Fighting Championship, ou simplesmente UFC.
O ringue, com oito cantos, foi desenhado para deixar os lutadores com mais
espaço para as lutas. Os atletas podem usar as mãos e aplicar golpes de
jiu-jitsu. Muitos podem falar que a modalidade é uma espécie de vale-tudo,
mas isso já ficou no passado: agora, a modalidade tem regras e acompa-

Por. 129
nhamento médico obrigatório para que o esporte apague o estigma nega-
tivo.

CORREIA, D. UFC: saiba como o MMA nocauteou o boxe em oito golpes.


Veja, 10 jun. 2011 (fragmento).

O processo de modificação das regras do MMA retrata a tendência de redimen-


sionamento de algumas práticas corporais, visando enquadrá-las em um deter-
minado formato. Qual o sentido atribuído a essas transformações incorporadas
historicamente ao MMA?

a) A modificação das regras busca associar valores lúdicos ao MMA, possibili-


tando a participação de diferentes populações como atividade de lazer.
b) As transformações do MMA aumentam o grau de violência das lutas, favore-
cendo a busca de emoções mais fortes tanto aos competidores como ao público.
c) As mudanças de regras do MMA atendem à necessidade de tornar a modali-
dade menos violenta, visando sua introdução nas academias de ginástica na di-
mensão da saúde.
d) As modificações incorporadas ao MMA têm por finalidade aprimorar as técni-
cas das diferentes artes marciais, favorecendo o desenvolvimento da modalida-
de enquanto defesa pessoal.
e) As transformações do MMA visam delimitar a violência das lutas, preservan-
do a integridade dos atletas e enquadrando a modalidade no formato do esporte
de espetáculo.
5.
Adoçante
Quatro gotas do produto contêm 0,04 kcal e equivalem ao poder adoçante
de 1 colher (de chá) de açúcar.
Ingredientes — água, sorbitol, edulcorantes (sucralose e acesulfame de po-
tássio); conservadores: benzoato de sódio e ácido benzoico, acidulante áci-
do cítrico e regulador de acidez citrato de sódio.
Não contém glúten.
Informação nutricional — porção de 0,12 mL (4 gotas).
Não contém quantidade significativa de carboidratos, proteínas, gorduras
totais, gorduras trans, fibra alimentar e sódio.
Consumir preferencialmente sob orientação de nutricionista ou médico.
Cosmed Indústria de Cosméticos e Medicamentos S/A. Barueri, SP

Esse texto, rótulo de um adoçante, tem como objetivo transmitir ao leitor infor-
mações sobre a

a) composição nutricional do produto.


b) necessidade de consultar um especialista antes do uso.
c) medida exata de cada ingrediente que compõe a fórmula.
d) quantidade do produto que deve ser consumida diariamente.
e) correspondência calórica existente entre o adoçante e o açúcar.

Por. 130
EXERCÍCIO DE CASA
1.
Embalagens usadas e resíduos devem ser descartados adequadamente

Todos os meses são recolhidas das rodovias brasileiras centenas de milhares


de toneladas de lixo. Só nos 22,9 mil quilômetros das rodovias paulistas são
41,5 mil toneladas. O hábito de descartar embalagens, garrafas, papéis e bi-
tucas de cigarro pelas rodovias persiste e tem aumentado nos últimos anos.
O problema é que o lixo acumulado na rodovia, além de prejudicar o meio
ambiente, pode impedir o escoamento da água, contribuir para as enchen-
tes, provocar incêndios, atrapalhar o trânsito e até causar acidentes. Além
dos perigos que o lixo representa para os motoristas, o material descartado
poderia ser devolvido para a cadeia produtiva. Ou seja, o papel que está so-
brando nas rodovias poderia ter melhor destino. Isso também vale para os
plásticos inservíveis, que poderiam se transformar em sacos de lixo, baldes,
cabides e até acessórios para os carros.

Os gêneros textuais correspondem a certos padrões de composição de texto,


determinados pelo contexto em que são produzidos, pelo público a que eles se
destinam, por sua finalidade. Pela leitura do texto apresentado, reconhece-se
que sua função é

a) apresentar dados estatísticos sobre a reciclagem no país.


b) alertar sobre os riscos da falta de sustentabilidade do mercado de recicláveis.
c) divulgar a quantidade de produtos reciclados retirados das rodovias brasilei-
ras.
d) revelar os altos índices de acidentes nas rodovias brasileiras poluídas nos úl-
timos anos.
e) conscientizar sobre a necessidade de preservação ambiental e de segurança
nas rodovias.
2.
Riscar o chão para sair pulando é uma brincadeira que vem dos tempos do
Império Romano. A amarelinha original tinha mais de cem metros e era usa-
da como treinamento militar imitações reduzidas do campo utilizado pelos
soldados e acrescentaram numeração nos quadrados que deveriam ser pu-

Disponível em: www.


lados. Hoje as amarelinhas variam nos formatos geométricos e na quantida-
biblioteca.ajes.edu.br. de de casas. As palavras “céu” e “inferno” podem ser escritas no começo e
Acesso em: 20 maio 2015
(adaptado). no final do desenho, que é marcado no chão com giz, tinta ou graveto.

Com base em fatos históricos, o texto retrata o processo de adaptação pelo qual
passou um tipo de brincadeira. Nesse sentido, conclui-se que as brincadeiras
comportam o(a)

a) caráter competitivo que se assemelha às suas origens.


b) delimitação de regras que se perpetuam com o tempo.
c) definição antecipada do número de grupos participantes.
d) objetivo de aperfeiçoamento físico daqueles que a praticam.
e) possibilidade de reinvenção no contexto em que é realizada.

3.
Palavras jogadas fora

Por. 131
Quando criança, convivia no interior de São Paulo com o curioso verbo pin-
char e ainda o ouço por lá esporadicamente. O sentido da palavra é o de
“jogar fora” (pincha fora essa porcaria) ou “mandar embora” (pincha esse
fulano daqui). Teria sido uma das muitas palavras que ouvi menos na capital
do estado e, por conseguinte, deixei de usar. Quando indago às pessoas se
conhecem esse verbo, comumente escuto respostas como “minha avó fala
isso”. Aparentemente, para muitos falantes, esse verbo é algo do passado,
que deixará de existir tão logo essa geração antiga morrer. As palavras são,
em sua grande maioria, resultados de uma tradição: elas já estavam lá antes
de nascermos. “Tradição”, etimologicamente, é o ato de entregar, de passar
adiante, de transmitir (sobretudo valores culturais). O rompimento da tradi-
ção de uma palavra equivale à sua extinção. A gramática normativa muitas
vezes colabora criando preconceitos, mas o fator mais forte que motiva os
falantes a extinguirem uma palavra é associar a palavra, influenciados di-
reta ou indiretamente pela visão normativa, a um grupo que julga não ser o
seu. O pinchar, associado ao ambiente rural, onde há pouca escolaridade e
refinamento citadito, está fadado à extinção?

É louvável que nos preocupemos com a extinção de ararinhas-azuis ou dos


micos-leão-dourados, mas a extinção de uma palavra não promove nenhu-
ma comoção, como não nos comovemos com a extinção de insetos, a não
ser dos extraordinariamente belos. Pelo contrário, muitas vezes a extinção
das palavras é incentivada.

VIARO, M. E. Língua Portuguesa, n. 77, mar. 2012 (adaptado).


A discussão empreendida sobre o (des)uso do verbo “pinchar” nos traz uma refle-
xão sobre a linguagem e seus usos, a partir da qual compreende-se que:

a) as palavras esquecidas pelos falantes devem ser descartadas dos dicionários,


conforme sugere o título.
b) o cuidado com espécies animais em extinção é mais urgente do que a preser-
vação de palavras.
c) o abandono de determinados vocábulos está associado a preconceitos socio-
culturais.
d) as gerações têm a tradição de perpetuar o inventário de uma língua.
e) o mundo contemporâneo exige a inovação do vocabulário das línguas.

4.
No Brasil, a origem do funk e do hip-hop remonta aos anos 1970, quando da
proliferação dos chamados “bailes black” nas periferias dos grandes centros
urbanos. Embalados pela black music americana, milhares de jovens encon-
travam nos bailes de final de semana uma alternativa de lazer antes inexis-
tente. Em cidades como o Rio de Janeiro ou São Paulo, formavam-se equipes
de som que promoviam bailes onde foi se disseminando um estilo que bus-
cava a valorização da cultura negra, tanto na música como nas roupas e nos
penteados. No Rio de Janeiro ficou conhecido como “Black Rio”. A indústria

Por. 132
fonográfica descobriu o filão e, lançando discos de “equipe” com as músicas
de sucesso nos bailes, difundia a moda pelo restante do país.

DAYRELL, J. A música entra em cena: o UDS e o funk na socialização da ju-


ventude.Belo Horizonte: UFMG, 2005.

A presença da cultura hip-hop no Brasil caracteriza-se como uma forma de:

a) lazer gerada pela diversidade de práticas artísticas nas periferias urbanas.


b) entretenimento inventada pela indústria fonográfica nacional.
c) subversão de sua proposta original já nos primeiros bailes.
d) afirmação de identidade dos jovens que a praticam.
e) reprodução da cultura musical norte-americana.

5.

RIC. Disponível em: www.


nanquim.com.br. Acesso em:
8 dez. 2012.
O texto faz referência aos sistemas de comunicação e informação. A crítica feita
a uma das ferramentas midiáticas se fundamenta na falta de

a) opinião dos leitores nas redes sociais.


b) recursos tecnológicos nas empresas jornalísticas.
c) instantaneidade na divulgação da notícia impressa.
d) credibilidade das informações veiculadas nos blogs.
e) adequação da linguagem jornalística ao público jovem.

6.
O Google Art é uma ferramenta on-line que permite a visitação virtual dos
mais importantes museus do mundo e a visualização de suas obras de
arte. Por meio da tecnologia Street View e de um veículo exclusiva-
mente desenvolvido para o projeto, fotografou-se em 360 graus o interior
de lugares como o MoMA, de Nova York, o Museu Van Gogh, em Amster-
dã, e a National Gallery, de Londres. O resultado é que se pode andar pelas
galerias assim como se passeia pelas ruas com o Street View. Além disso,
cada museu escolheu uma única obra de arte de seu acervo para ser

Por. 133
fotografada com câmeras de altíssima resolução, ou gigapixel. As imagens
contêm cerca de sete bilhões de pixels, o que significa que é mais de mil
vezes mais detalhada do que uma foto de câmera digital comum. Além dis-
so, todas as obras vêm acompanhadas de metadados de proveniência, tais
como títulos originais, artistas, datas de criação, dimensões e a quais cole-
Disponível em: http://oglobo. ções já pertenceram. Os usuários também podem criar suas próprias cole-
globo.com. Acesso em: 3 out.
2013 (adaptado). ções e compartilhá-las pela web.

As tecnologias da computação possibilitam um novo olhar sobre as obras de


arte. A prática permite que usuários

a) guiem virtualmente um veículo especial através dos melhores museus do mun-


do.
b) reproduzam as novas obras de arte expostas em museus espalhados pelo
mundo.
c) criem novas obras de arte em 360 graus, consultem seus metadados e os com-
partilhem na internet.
d) visitem o interior e as obras de arte de todos os museus do mundo em 3D e
em altíssima resolução.
e) visualizem algumas obras de arte em altíssima resolução e, simultaneamente,
obtenham informações sobre suas origens e composição.
7.
A perda de massa muscular é comum com a idade, porém, é na faixa dos 60
anos que ela se torna clinicamente perceptível e suas consequências come-
çam a incomodar no dia a dia, quando simples atos de subir escadas ou ir
à padaria se tornam sacrifícios. Esse processo tem nome: sarcopenia. Essa
Disponível em: www. condição ocasiona a perda da força e qualidade dos músculos e tem um im-
infoescola.com. Acesso em:
19 dez. 2012 (adaptado). pacto significante na saúde.

A sarcopenia é inerente ao envelhecimento, mas seu quadro e consequentes da-


nos podem ser retardados com a prática de exercícios físicos, cujos resultados
mais rápidos são alcançados com o(a)

a) hidroginástica.
b) alongamento.
c) musculação.
d) corrida.
e) dança.

8.
Apesar de

Por. 134
Não lembro quem disse que a gente gosta de uma pessoa não por causa de,
mas apesar de. Gostar daquilo que é gostável é fácil: gentileza, bom humor,
inteligência, simpatia, tudo isso a gente tem em estoque na hora em que co-
nhece uma pessoa e resolve conquistá-la. Os defeitos ficam guardadinhos
nos primeiros dias e só então, com a convivência, vão saindo do esconderijo
e revelando-se no dia a dia. Você então descobre que ele não é apenas gen-
til e doce, mas também um tremendo casca-grossa quando trata os próprios
funcionários. E ela não é apenas segura e determinada, mas uma chorona
que passa 20 dias por mês com TPM. E que ele ronca, e que ela diz palavrão
demais, e que ele é supersticioso por bobagens, e que ela enjoa na estrada,
e que ele não gosta de criança, e que ela não gosta de cachorro, e agora?
Agora, convoquem o amor para resolver essa encrenca.

MEDEIROS, M. Revista O Globo, n. 790, 12 jun. 2011 (adaptado).

Há elementos de coesão textual que retomam informações no texto e outros que


as antecipam. Nos trechos, o elemento de coesão sublinhado que antecipa uma
informação do texto é

a) “Gostar daquilo que é gostável é fácil [...]”.


b) “[...] tudo isso a gente tem em estoque [...]”.
c) “[...] na hora em que conhece uma pessoa [...]”.
d) “[...] resolve conquistá-la.”
e) “[...] para resolver essa encrenca.”
QUESTÃO CONTEXTO

Por. 135
Fonte: https://
br.pinterest.com/
pin/289637819761043374/

A receita é um gênero textual que circula em livros, revistas, jornais e é veicula-


do em redes sociais, sites e televisão. A função social desse texto, ou seja, sua
intenção comunicativa é instruir o leitor dos ingredientes e modo de preparo de
cada receita. Dessa forma, encontramos em diversas redes sociais as chamadas
“receitas-ilustradas”, como o exemplo apresentado na imagem. Explique o por-
quê da utilização das imagens em uma receita.
GABARITO
01. 03.
Exercício de aula Questão Contexto
1. e As imagens presentes na “receita ilustrada” servem
2. b para ilustrar, ou seja, exemplificar de forma mais cla-
3. b ra os ingredientes e o modo de preparo daquela re-
4. e ceita, com a finalidade de facilitar o entendimento
5. a do leitor que por acaso não tenha domínio de certa
medida ou ingrediente da receita.

02.
Exercício de casa
1. e
2. e
3. c
4. d
5. c
6. e
7. c

Por. 136
8. a
Qui. Semana 11

Allan Rodrigues
Xandão
(Renan Micha)
(Gabriel Pereira)

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escrito. Todos os direitos reservados.
CRONOGRAMA

04/04 Funções Funções


inorgânicas: bases inorgânicas: ácidos

11:00
08:00 21:00
18:00

11/04 Funções Teorias ácido-base


inorgânicas: sais

08:00 11:00
18:00 21:00

18/04 Reações químicas Balanceamento


de equações por
tentativa e reações
redox

08:00 11:00
18:00 21:00

25/04 Balanceamento Relações númericas


redox

08:00 09:00
18:00 19:00
25
Balancea- abr
mento redox

01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Agora que já sabemos o que é uma reação de oxir- Conclusão: Há oxidação no Br, de HBr para Br2
redução e algumas regrinhas de nox, somos capazes
de avaliar os valores de número de oxidação para Assim, o par que oxida e reduz é: Br e Mn
identificar reações deste tipo. Após vermos os nú-
meros de oxidação, porém, devemos nos certificar Mas quem é o agente oxidante e o redutor dessa
de que a equação está devidamente balanceada. E, reação?
para isso, devemos seguir um passo a passo que nos
trará bastante tranquilidade se corretamente enten- Relembrando, o agente oxidante contém o elemento
dido. que sofreu redução. Portanto, KMnO4.

Veja a reação abaixo, como exemplo: O agente redutor, por sua vez, contém o elemento
que sofreu oxidação: HBr.
KMnO4 + HBr → KBr + MnBr2 + H2O + Br2
→ Dica: os agentes estarão sempre do lado dos
Esta é uma reação redox. Vamos ver por quê? reagentes.

Abaixo, avaliamos os nox de cada elemento e vascu- Até aqui temos já a primeira conclusão, agora deve-

Qui. 140
lhamos qualquer variação. mos balancear a equação.

→ K: +1 antes, em KMnO4, e +1 depois, em KBr, da Para isso, seguiremos com os seguintes passos:
reação
→ determinar a variação de nox nos elementos.
Obs. metal alcalino em compostos assumem
este valor de nox porque tendem a perder um O Mn, nos reagentes, tem nox +7. Nos produtos, +2.
elétron Sua variação, ou, simbolicamente, ΔNOX, é de 5.

→ Mn: +7 nos reagentes, em KMnO4, e +2 nos pro- O Br sai de -1, nos reagentes, e vai para 0 nos produ-
dutos, em MnBr2 tos. A variação é de 1.

Obs. O nox deste elemento foi obtido pela regra Devemos escolher duas substâncias para realizar o
de somatório dos valores de nox = 0 para molé- balanceamento inicial (para depois seguir por ten-
culas neutras. tativas).

✓ O Mn reduz! Aqui já temos recursos suficientes Neste caso, o Mn se torna MnBr2 nos produtos, ou
para dizer que há uma reação de oxirredução em seja, apenas um produto contém esse elemento.
curso, porque se algum elemento reduz, outro, ne- Quando isso acontece, você pode usar o reagente
cessariamente, oxidou. Porém, vamos prosseguir. para balancear.

→ O: -2 nos reagentes, em KMnO4, e -2 nos produ- O bromo se divide em dois produtos e só sofreu re-
tos, em H2O. dução quando se tornou Br2. Por esse motivo, vamos
utilizar o Br2 para o balanceamento.
→ H: +1 nos reagentes, em HBr, e +1 nos produtos,
em H2O Assim, o valor de Δ do Mn vai para o produto Br2 e o
valor de Δ de Br vai para o produto KBr. E como es-
→ Br: -1 antes da reação, em HBr, e alguns casos colhemos uma substância com 2 átomos no caso do
no produto. Dois deles mantém o nox -1 (em KBr e Br, o Δ dele será multiplicado por 2.
MnBr2), porém, este eleva a 0 em Br2 (nox de qual-
quer substância simples é zero) ΔNOX(Br) = 1 x 2 = 2
ΔNOX(Mn) = 1 x 5 = 5
Assim, temos: C: O carbono vai de +0 em C para +2 em CO. O ΔC
é, portanto, 2.
KMnO4 + HBr → 2KBr + MnBr2 + H2O + 5Br2
Assim, ‘cruzando’ os valores, ΔC será o coeficiente
Seguimos, agora, para o próximo passo: estequiométrico do Ca3(PO4)2 e ΔP será o coeficien-
te do carbono (C).
→ balanceamento por tentativa.
2Ca3(PO4)2 + SiO2 + 10C → P4 + CO + CaSiO3
✓ Nesse caso, o K ficou definido nos produtos. Po-
demos balanceá-lo nos reagentes. Como definimos P e C nos reagentes, podemos, por
tentativa, defini-los nos produtos (destaque em ne-
2KMnO4 + HBr → 2KBr + MnBr2 + H2O + 5Br2 grito no produto):

✓ Agora balanceamos o Mn. 2Ca3(PO4)2 + SiO2 + 10C → 1P4 + 10CO + CaSiO3

2KMnO4 + HBr → 2KBr + 2MnBr2 + H2O + 5Br2 Continuando por tentativas, o Ca, porque já está de-
finido nos reagentes:
✓ Agora o Br:
2Ca3(PO4)2 + SiO2 + 10C → 1P4 + 10CO + 6CaSiO3
2KMnO4 + 16HBr → 2KBr + 2MnBr2 + H2O + 5Br2
Agora o O:

Qui. 141
✓ Agora o H e o O:
2Ca3(PO4)2 + 6SiO2 + 10C → 1P4 + 10CO + 6CaSiO3
2KMnO4 + 16HBr → 2KBr + 2MnBr2 + 8H2O + 5Br2
Pronto! Agora temos a equação balanceada.
Este é o procedimento geral.
→ O caso que foi explicado aqui... Quando um dos
Porém, existem mais tipos de exercícios que você elementos que varia o nox está em dois ou mais pro-
pode vir a enfrentar na sua jornada: dutos distintos

E a estratégia ótima de resolução difere após desco- → Equações envolvendo íons.


brir os valores de Δ (variação de nox dos elementos
da reação). Nesse caso, devemos prosseguir o balanceamento
normalmente e, assim como em qualquer reação, a
→ O caso abaixo, não balanceado ainda, onde os regra abaixo pode ser usada para auxiliar.
elementos que sofrem variação no nox aparecem
em apenas um produto da reação: A carga dos reagentes deve ser igual à carga dos
produtos
Ca3(PO4)2 + SiO2 + C → P4 + CO + CaSiO3
Obs. Dica do professor Allan!
- Repare que P aparece apenas em Ca3(PO4)2 e C
apenas em CO Após verificar os valores de nox e determinar os
valores de delta, selecione o lado da reação (re-
Quando isso acontece, devemos balancear primei- agentes ou produtos) que contenha as substân-
ro as substâncias (onde os elementos que reduzem/ cias com maior atomicidade (do elemento que
oxidam aparecem) do lado do reagente: Ca3(PO4)2 sofreu oxidação ou redução) e realize o processo
e C. de inversão dos deltas nas substâncias do lado
escolhido.
P: Note que o fósforo reduz de +5 para 0, uma varia-
ção de 5. Porém, temos dois átomos de fósforo no Pronto, agora somos capazes de prosseguir o con-
reagente que pegamos para balancear. Assim, o ΔP teúdo.
se torna 10 = 5 x 2.
Bons estudos!
EXERCÍCIOS PARA AULA
1.
Alguns compostos químicos são tão instáveis que sua reação de decomposição
é explosiva. Por exemplo, a nitroglicerina se decompõe segundo a equação quí-
mica a seguir:

xC3H5(NO3)3(ℓ) → yCO2(g) + zH2O(ℓ) + wN2(g) + kO2(g)

A partir da equação, a soma dos coeficientes x + y + z + w + k é igual a:

a)11
b)22
c)33
d)44
e)55

2.
Uma importante rota de determinação de ferro é a titulação que utiliza perman-
ganato de potássio em meio ácido. A equação não-balanceada da reação quími-
ca envolvida é

Qui. 142
MnO4- + Fe2+ + H+ → Mn2+ + Fe3+ + H2O

A soma dos coeficientes apenas no lado dos produtos, após o balanceamento é:

a) 23
b) 14
c) 10
d) 3
e) 1

3.
A pureza das águas subterrâneas de Natal (RN) se encontra ameaçada pela insu-
ficiência do sistema de saneamento urbano, uma vez que a construção de fossas
sépticas contribui para a poluição dos poços artesianos. Os principais contami-
nantes são os nitratos (NO3-) e nitritos (NO2-), que se infiltram nos lençóis freáti-
cos. A professora Ruth, após a discussão sobre esse tema, demonstrou uma rea-
ção de oxirredução que permite identificar a poluição pelo íon nitrito (NO2-). Em
solução aquosa acidulada, esse íon reage com a uréia, liberando nitrogênio e gás
carbônico, segundo a equação (não-balanceada) abaixo:

NO2- + H+ + CO(NH2)2 → N2 + CO2 + H2O

Nessa reação, os coeficientes estequiométricos para o balanceamento dos pro-


dutos da equação são, respectivamente:

a) 1, 2 e 3.
b) 1, 3 e 2.
c) 2, 1 e 3.
d) 3, 1 e 2.
e) 2, 2 e 2
4.
Dada a equação de oxirredução não balanceada:

KMnO4 + H2SO4 + Kℓ → MnSO4 + K2SO4 + I2 + H2O

Após balanceamento, a relação entre o coeficiente do redutor e do oxidante será:

a) 2
b) 1/5
c) 3/4
d) 1/3
e) 5

5.
O íon sulfito (SO32-) reage com o íon bicromato (Cr2O72-), segundo a equação:

Cr2O72-(aq) + SO32-(aq) + H3O+(aq) → Cr3+(aq) + SO42-(aq) + H2O(ℓ)

Calculando a soma dos valores que balanceiam a equação acima, obtemos:

a)15
b)5

Qui. 143
c)12
d)29
e)28

6.
Na equação: HBrO3 + SO2 + H2O → Br2 + H2SO4, o agente oxidante, o agente re-
dutor e os coeficientes são, respectivamente:

a) Br2, H2SO4 e 1, 5, 2, 1, 5
b) HBrO3, SO2 e 1, 5, 2, 1, 5
c) SO2, HBrO3 e 2, 5, 4, 1, 5
d) HBrO3, SO2 e 2, 5, 4, 1, 5
e) Br2, SO2 e 2, 5, 4, 1, 5

EXERCÍCIOS PARA CASA


1.
Os coeficientes estequiométricos da reação química balanceada dada a seguir
são:

aKMnO4(aq) + bFeCℓ2(aq) + cHCℓ(aq) → dMnCℓ2(aq) + eFeCℓ3(aq) + fKCℓaq) +


gH2O (aq)

a) a = 1, b = 5, c = 8, d = 1, e = 5, f = 1, g = 4.
b) a = 5, b = 2, c = 3, d = 1, e = 2, f = 8, g = 10.
c) a = 3, b = 5, c = 3, d = 1, e = 3, f = 10, g = 8.
d) a = 2, b = 10, c = 3, d = 1, e = 2, f = 10, g = 8.
e) a = 3, b = 1, c = 4, d = 3, e = 4, f = 2, g = 4
2.
Num “sapato de cromo”, o couro é tratado com um banho de “licor de cromo”,
preparado através da reação representada pela equação:

Na2Cr2O7 + xSO2 + H2O → yCr(OH)SO4 + Na2SO4

Depois de balanceada com os menores coeficientes inteiros possíveis, ela apre-


senta:
x y
a) 3 2
b) 2 3
c) 2 2
d) 3 3
e) 2 1

3.
A equação química:

2Mg(OH)2 + xHCℓ → 2MgCℓ2 + 4H2O

fica estequiometricamente correta se x for igual a:

Qui. 144
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

4.
A soma dos coeficientes da equação abaixo é igual a

Br2 + KOH → KBrO3 + KBr + H2O

a) 13
b) 20
c) 19
d) 15
e) 18

5.
Da reação abaixo equacionada, é incorreto afirmar que:

Cu2S + O2 → Cu + SO2

a) o cobre metálico é produzido pela redução do Cu1+ .


b) a soma dos menores coeficientes inteiros do balanceamento é igual a 5.
c) o gás oxigênio tem número de oxidação igual a zero.
d) um dos produtos é o gás carbônico.
e) um dos reagentes é o sulfeto de cobre I.
QUESTÃO CONTEXTO
O fósforo branco (P4) é uma substância muito empregada para finalidades bé-
licas, na confecção de bombas incendiárias e granadas luminosas. Ele é obtido
pelo aquecimento, em forno elétrico, de fosfato de cálcio, areia e coque. A equa-
ção química (não-balanceada) é:

Ca3(PO4)2 + SiO2 + C → CaSiO3 + CO + P4

Realize o balanceamento correto da equação acima e indique os reagentes oxi-


dante e redutor

Qui. 145
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. c 2:6:10:6:10:1
2. c C é o agente redutor e Ca3(PO4)2, o oxidante.
3. c
4. e
5. d
6. d

02.
Exercícios para casa
1. a
2. a
3. d
4. e
5. d
Tabela Periódica dos Elementos
1 18
IA VIIIA

1 2
H
Hidrogênio
2 13 14 15 16 17 He
Hélio
1 IIA
1,008 IIIA IVA VA VIA VIIA 4,003

3 4 5 6 7 8 9 10
Li Be B Boro
C N
Nitrogênio
O
Oxigênio
F Ne
2 Berílio Carbono Flúor Neônio
6,940 9,012 10,81 12,01 14,01 16,00 19,00 20,18

11 12 13 14 15 16 17 18

3
Na
Sódio
Mg
Magnésio 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Al
Alumínio
Si
Silício
P
Fósforo
S
Enxofre
Cl Cloro
Ar
Argônio
22,99 24,31 IIIB IVB VB VIB VIIB VIII VIII VIII IB IIB 26,98 28,08 30,97 32,06 35,45 39,95

19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36

4
KPotássio
Ca
Cálcio
Sc
Escândio
Ti
Titânio
V
Vanádio
Cr
Cromio
Mn
Manganês
Fe
Ferro
Co
Cobalto
Ni
Níquel
Cu
Cobre
ZnZinco
Ga
Gálio
Ge
Germânio
As
Arsênio
Se
Selênio
Br Bromo
Kr
Criptônio
39,10 40,08 44,96 47,87 50,94 52,00 54,94 55,85 58,93 58,69 63,55 65,38 69,72 72,63 74,92 78,96 79,90 83,80

37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54

5 Rb Sr
Estrôncio
Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Iodo
Xe
Xenônio
Rubídio Ítrio Zircônio Nióbio Molibdênio Tecnécio Rutênio Ródio Paládio Prata Cádmio Índio Estanho Telúrio
85,47 87,62 88,91 91,22 92,91 95,96 (98) 101,07 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60 126,90 131,29

55 56 57 a 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
6 Cs
Césio
Ba
Bário La-Lu HfHáfnio
Ta
Tântalo
W
Tungstênio
Re
Rênio
Os
Ósmio
IrIrídio
Pt AuOuro
Hg
Mercúrio
Tl
Tálio
Pb
Chumbo
Bi
Bismuto
Po
Polônio
At
Astato
Rn
Radônio
Lantanídeos
132,91 137,33 178,49 180,95 183,84 186,21 190,23 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,2 208,98 209 210 222

87 88 89 a 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118
7 Fr Ra Ac-Lr Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg Cn Nh Fl Mc Lv Ts Og
Frâncio Rádio Rutherfórdio Dúbnio Seabórgio Bóhrio Hássio Meitnério Darmstádio Roentgênio Copernício Nihonium Fleróvio Moscovium Livermório Tennessine Oganesson
223 226,03 261 262 263 262 265 266 271 272 285 286 289 288 292 294 294

57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
Lantânio Cério Praseodímio Neodímio Promécio Samário Európio Gadolínio Térbio Disprósio Hólmio Érbio Túlio Itérbio Lutécio
138,91 140,12 140,91 144,24 145 150,36 151,96 157,25 158,93 162,50 164,93 167,26 168,93 173,05 174,97

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103


Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
Tório Urânio Netúnio Plutônio Amerício Cúrio Berquélio Califórnio Einstênio Férmio Mendelévio Nobélio Laurêncio
número 227 231,04 238,03 262
atômico 232,04 237,05 244 243 247 247 251 252 257 258 259

Símbolo
Nome Gases Semimetais Não-metais Metais Metais de Lantanídeos Actineídos
transicão
massa atômica
25
Relações abr
numéricas
u.m.a, massa atômica, número de
massa, massa molecular, massa mo-
lar, número de avogadro, volume mo-
lar, CNTP

01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Unidade de massa atômica A = p + n ou A = Z + n

A unidade de massa atômica é uma unidade de me-


dida de massa utilizada para expressar a massa de Massa molecular
partículas atômicas. Ela é definida como 1/12 da
massa de um átomo de carbono-12 em seu estado A massa molecular corresponde à soma das massas
fundamental. atômicas dos elementos que compõem uma deter-
minada substância.
Massa molecular = ΣMA

Ex.:
Dadas as massas atômicas: Ca = 40u, H = 1u, S =
32u, O = 16, C = 12u.
H2SO4 = 2 + 32 + 64 = 98u
CaCO3 = 40 + 12 + 48 = 100u

Qui. 148
Número de avogadro
O número de Avogadro é a quantidade de entidades
elementares (átomos, elétrons, íons, moléculas) pre-
Massa atômica sentes em 1 mol de qualquer substância.

A massa atômica de um elemento é a média da sua 1 mol = 6,02 x 1023 unidades elementares
massa e ocorrência dos seus isótopos na natureza. A
massa atômica do átomo é expressa em u.
Massa molar
É a massa em gramas presente em 6,02 x 1023 unida-
des elementares de determinada espécie, ou seja,
a massa presente em 1 mol de qualquer substân-
A = massa do isótopo cia. Numericamente as massas atômica e molar são
P = % de ocorrência do Isótopo iguais.
P1 + P2 + … + Pn = 100%
Ex.:
Ex.: → 1 mol O2 = 6,02 x 1023 moléculas de O2 = 32g
B10 ocorrência 20% de massa molar
B11 ocorrência 80% → 1 mol H2SO4 = 6,02 x 1023 moléculas de H2SO4
= 98g de massa molar
MA = (10 . 20 + 11 . 80) / 100% → 1 mol Fe = 6,02 x 1023 átomos de Fe = 56g de
MA = 10,8u massa molar

Número de massa Volume molar


O número de massa de um elemento é dado pelo so- O volume molar é o volume ocupado por 1 mol de
matório da quantidade de prótons ou número atômi- qualquer gás.
co, com os de nêutrons existentes no núcleo.
Volume molar nas CNTP 25 L, ou seja, 1 mol = 25 litros.

1 mol = 22,4 litros P.V=n.r.T


1 . V = 1 . 0,082 . 298
CNTP = Condições normais de temperatura e pres- V = 25L
são, Em que a pressão é igual a 1 atm e a temperatu-
ra é de 273 K (0ºC). Ex.:
Nas CNTP:
Para provarmos que 1 mol de qualquer gás nas CNTP 1 mol O2 = 22,4L
ocupa o volume de 22,4L, podemos jogar tais valo- 2 mol O2 = 44,8L
res na equação de Clapeyron. ½ mol N2 = 11,2L

P.V=n.r.T
Volume molar fora das CNTP
P = pressão (atm)
V = volume (litros) Para calcular os volumes molares fora das CNTP, uti-
n = número de mol lizamos a equação de Clapeyron.
r = constante dos gases (valor = 0,082)
T = temperatura (Kelvin) P.V=n.r.T
Onde:
→ Para gases nas CNTP: P = pressão (atm)

Qui. 149
V = volume (litros)
P.V=n.r.T n = número de mol
1 . V = 1 . 0,082 . 273 r = constante dos gases (valor = 0,082)
V = 22,4L T = temperatura (Kelvin)

Importante! Ex.: Qual o volume ocupado por 1 mol de O2 a 2


atm e 100k.
CATP = Condições Ambientais de Temperatura e
Pressão P.V=n.r.T
2 . V = 1 . 0,082 . 100
Em que a pressão também é de 1 atm, mas a tempe- V = 16,4L de O2
ratura é de 298 K (25 ºC), o volume molar passa a ser

EXERCÍCIOS PARA AULA


1.
O brasileiro consome em média 500 miligramas de cálcio por dia, quando a
quantidade recomendada é o dobro. Uma alimentação balanceada é a me-
lhor decisão pra evitar problemas no futuro, como a osteoporose, uma do-
Disponível em: www.anvisa. ença que atinge os ossos. Ela se caracteriza pela diminuição substancial de
gov.br. Acesso em: 1 ago. 2012
(adaptado). massa óssea, tornando os ossos frágeis e mais suscetíveis a fraturas.

Considerando-se o valor de 6 x 1023 para a constante de Avogadro e a massa


molar do cálcio igual a 40 g/mol, qual a quantidade mínima diária de átomos de
cálcio a ser ingerida para que uma pessoa supra suas necessidades?

a) 7,5 x 1021
b) 1,5 x 1022
c) 7,5 x 1023
d) 1,5 x 1025
e) 4,8 x 1025
2.
Em momentos de estresse, as glândulas suprarrenais secretam o hormônio adre-
nalina, que, a partir da aceleração dos batimentos cardíacos, do aumento da
pressão arterial e da contração ou relaxamento de músculos, prepara o organis-
mo para a fuga ou para a defesa.

Fórmula molecular da adrenalina = C9H13NO3

Qual é o valor da massa molar (em g.mol-1) deste composto?

a) 169
b) 174
c) 177

Qui. 150
d) 183
e) 187

3.
Um peixe ósseo com bexiga natatória, órgão responsável por seu deslocamento
vertical, encontra-se a 20m de profundidade no tanque de um oceanário. Para
buscar alimento, esse peixe se desloca em direção à superfície; ao atingi-la, sua
bexiga natatória encontra-se preenchida por 112mL de oxigênio molecular.

Considere que o oxigênio molecular se comporta como gás ideal, em condições


normais de temperatura e pressão.

Dados: O = 16 e Volume nas CNTP = 22,4 L.mol-1

Quando o peixe atinge a superfície, a massa de oxigênio molecular na bexiga na-


tatória, em miligramas, é igual a:

a) 80
b) 120
c) 160
d) 240
e) 280
4.
O consumo excessivo de sal pode acarretar o aumento da pressão das artérias,
também chamada de hipertensão. Para evitar esse problema, o Ministério da
Saúde recomenda o consumo diário máximo de 5g de sal (1,7g de sódio). Uma
pessoa que consome a quantidade de sal máxima recomendada está ingerindo
um número de íons sódio igual a:

Dados: massa molar do Na = 23,0 g/mol


Constante do Avogadro: 6,0x1023 mol-1

a) 1,0 x 1021
b) 2,4 x 1021
c) 3,8 x 1022
d) 4,4 x 1022
e) 6,0 x 1023

5.
As essências usadas nos perfumes podem ser naturais ou sintéticas. Uma delas,
a muscona, é o principal componente do odor de almíscar, que, na natureza, é
encontrado em glândulas presentes nas quatro espécies de veado almiscarei-
ro (Moschus ssp.). Por ser necessário sacrificar o animal para a remoção dessa
glândula, tais espécies encontram-se ameaçadas de extinção, o que tem promo-

Qui. 151
vido o uso de substâncias sintéticas com propriedades olfativas semelhantes à
muscona, como o composto mostrado a seguir.

Fórmula molecular da muscona = C11H13N3O6

A massa de uma única molécula do composto acima é:

a) 4,7 x 10 -22g
b) 283,27g
c) 1,7 x 1026g
d) 2,13 x 1021g
e) 1,7 x 10 -26g

EXERCÍCIOS PARA CASA


1.
Quatro frascos – I, II, III e IV – contêm oxigênio molecular nas condições nor-
mais. A quantidade de substância contida em cada um está representada nos
rótulos transcritos abaixo:
Qual frasco que contém o maior volume molar, nas CNTP, de oxigênio.

a) I
b) II
c) III
d) IV
e) I e IV

2.
Qual massa total da mistura formada por 20,0 g de água com 0,2 mol de glicose
(C6H12O6)?

Dado: C6H12O6 = 180.

a) 18,2 g.
b) 20,2 g.

Qui. 152
c) 200 g.
d) 58 g.
e) 56 g.

3.
Em grandes depósitos de lixo, vários gases são queimados continuamente. A
molécula do principal gás que sofre essa queima é formada por um átomo de
carbono e átomos quatro de hidrogênio.

O peso molecular desse gás, em unidades de massa atômica, é igual a:

a) 10
b) 12
c) 14
d) 16
e) 20

4.
Como o dióxido de carbono, o metano exerce também um efeito estufa na at-
mosfera. Uma das principais fontes desse gás provém do cultivo de arroz irriga-
do por inundação.

Segundo a Embrapa, estima-se que esse tipo de cultura, no Brasil, seja respon-
sável pela emissão de cerca de 288 Gg (1Gg = 1 × 109 gramas) de metano por ano.
Calcule o número de moléculas de metano correspondente.

Massas molares, em g . mol-1 : H=1 e C=12.


Constante de Avogadro = 6,0 × 1023

a) 1,80 x 1032
b) 1,80 x 1033
c) 1,80 x 1034
d) 1,80 x 1035
5.
O corpo humano necessita diariamente de 12 mg de ferro. Uma colher de feijão
contém cerca de 4,28 × 10 -5 mol de ferro. Quantas colheres de feijão, no mínimo,
serão necessárias para que se atinja a dose diária de ferro no organismo?

a) 1
b) 3
c) 5
d) 7
e) 9

6.
Assinale a alternativa que contém o maior número de átomos.

a) 3,5 mols de NO2


b) 1,5 mols de N2O3
c) 4 mols de NO
d) 1 mol de N2O5
e) 2 mol de N2O

Qui. 153
QUESTÃO CONTEXTO

O etanol (C2H6O), também chamado álcool etílico e, na linguagem popular, sim-


plesmente álcool, é uma substância orgânica obtida da fermentação de açúcares
ou hidratação do etileno, encontrado em bebidas como cerveja, vinho e aguar-
dente, bem como na indústria de perfumaria e materiais de limpeza. Pode ser
usado como combustível e solvente para diversas reações químicas.

a)Qual a massa molecular do etanol (C2H6O)?


b) Qual a massa de 2 mols de etanol?
c) Em 184g de etanol quantos mols estão presentes?
d) Calcule o número de moléculas contidas em 138g de etanol.
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão Contexto
1. b a) 46g.
2. d b) 92g.
3. c c) 4 mols.
4. d d) 1,8 x 1024: moléculas.
5. a

02.
Exercícios para casa
1. b
2. e
3. d
4. b
5. c

Qui. 154
6. a
Tabela Periódica dos Elementos
1 18
IA VIIIA

1 2
H
Hidrogênio
2 13 14 15 16 17 He
Hélio
1 IIA
1,008 IIIA IVA VA VIA VIIA 4,003

3 4 5 6 7 8 9 10
Li Be B Boro
C N
Nitrogênio
O
Oxigênio
F Ne
2 Berílio Carbono Flúor Neônio
6,940 9,012 10,81 12,01 14,01 16,00 19,00 20,18

11 12 13 14 15 16 17 18

3
Na
Sódio
Mg
Magnésio 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Al
Alumínio
Si
Silício
P
Fósforo
S
Enxofre
Cl Cloro
Ar
Argônio
22,99 24,31 IIIB IVB VB VIB VIIB VIII VIII VIII IB IIB 26,98 28,08 30,97 32,06 35,45 39,95

19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36

4
KPotássio
Ca
Cálcio
Sc
Escândio
Ti
Titânio
V
Vanádio
Cr
Cromio
Mn
Manganês
Fe
Ferro
Co
Cobalto
Ni
Níquel
Cu
Cobre
ZnZinco
Ga
Gálio
Ge
Germânio
As
Arsênio
Se
Selênio
Br Bromo
Kr
Criptônio
39,10 40,08 44,96 47,87 50,94 52,00 54,94 55,85 58,93 58,69 63,55 65,38 69,72 72,63 74,92 78,96 79,90 83,80

37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54

5 Rb Sr
Estrôncio
Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Iodo
Xe
Xenônio
Rubídio Ítrio Zircônio Nióbio Molibdênio Tecnécio Rutênio Ródio Paládio Prata Cádmio Índio Estanho Telúrio
85,47 87,62 88,91 91,22 92,91 95,96 (98) 101,07 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60 126,90 131,29

55 56 57 a 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
6 Cs
Césio
Ba
Bário La-Lu HfHáfnio
Ta
Tântalo
W
Tungstênio
Re
Rênio
Os
Ósmio
IrIrídio
Pt AuOuro
Hg
Mercúrio
Tl
Tálio
Pb
Chumbo
Bi
Bismuto
Po
Polônio
At
Astato
Rn
Radônio
Lantanídeos
132,91 137,33 178,49 180,95 183,84 186,21 190,23 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,2 208,98 209 210 222

87 88 89 a 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118
7 Fr Ra Ac-Lr Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg Cn Nh Fl Mc Lv Ts Og
Frâncio Rádio Rutherfórdio Dúbnio Seabórgio Bóhrio Hássio Meitnério Darmstádio Roentgênio Copernício Nihonium Fleróvio Moscovium Livermório Tennessine Oganesson
223 226,03 261 262 263 262 265 266 271 272 285 286 289 288 292 294 294

57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
Lantânio Cério Praseodímio Neodímio Promécio Samário Európio Gadolínio Térbio Disprósio Hólmio Érbio Túlio Itérbio Lutécio
138,91 140,12 140,91 144,24 145 150,36 151,96 157,25 158,93 162,50 164,93 167,26 168,93 173,05 174,97

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103


Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
Tório Urânio Netúnio Plutônio Amerício Cúrio Berquélio Califórnio Einstênio Férmio Mendelévio Nobélio Laurêncio
número 227 231,04 238,03 262
atômico 232,04 237,05 244 243 247 247 251 252 257 258 259

Símbolo
Nome Gases Semimetais Não-metais Metais Metais de Lantanídeos Actineídos
transicão
massa atômica
Red. Semana 11

Rafael Cunha
Eduardo Valladares
(Bernardo Soares)

Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a


cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por
CRONOGRAMA

04/04 Conclusão e
título: funções e
estratégias

19:15

Conclusão e
06/04 título: funções e
estratégias

09:15

11/04 Exercícios sobre


introdução e
desenvolvimento

19:15

13/04 Exercícios sobre


introdução e
desenvolvimento

09:15
18/04 Exercícios sobre
conclusão e título

19:15

20/04 Exercícios sobre


conclusão e título

09:15

25/04 Argumentação e
suas estratégias

19:15

27/04 Argumentação e
suas estratégias

09:15
25|27
Argumenta- abr
ção e suas es-
tratégias

01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
gicos, uma vez que, usando melhor a razão, o debate
A argumentação fica melhor.

Sabe quando você quer sair à noite e não faz ideia Veja os exemplos:
de como convencer os seus pais? Neste momento,
diversos argumentos vem à mente, mas nem todos É necessário utilizar cores mais leves em hospi-
parecem muito consistentes a ponto de você con- tais, como o azul claro, pois elas relaxam seus
seguir convencê-los. Saber selecioná-los, organizá- pacientes e mantêm o ambiente mais calmo.
-los e aplicá-los da melhor forma - e no melhor mo-
mento- , então, pode ser essencial nesse trabalho de É necessário utilizar cores mais leves em hospi-
convencimento. Afinal, essa é uma festa que precisa tais, como o azul claro, pois as mais quentes são
da sua presença. muito feias.

Note que, em todo processo argumentativo - até Note que as duas frases apresentam a mesma opi-
mesmo nessa sua conversa com os seus pais -, há nião, mas utilizam estratégias diferentes para sus-
algumas etapas que se repetem: tentá-las. Enquanto a primeira usa uma base mais
lógica, racional, a segunda parte da subjetividade.
✓ Existe uma questão, uma ideia inicial;

Red. 160
✓ Há um objetivo de convencer o outro de que a sua Podemos perceber, então, que a qualidade de uma
opinião é a mais válida; argumentação tem total relação com o conhecimen-
✓ Buscando alcançar isso, você apresenta razões, to prático da lógica. Isso explica o tópico que virá a
porquês que sustentem essa opinião, tentando até, seguir, no qual entenderemos a aplicação dos méto-
muitas vezes, destruir o argumento alheio. dos dedutivo, indutivo e dialético à redação.

Na redação, o pensamento é o mesmo: se, produzin-


do uma dissertação-argumentativa, o seu único ob- Estrutura
jetivo deve ser o de convencer o leitor, é fundamen-
tal que você saiba escolher as melhores estratégias Antes de tudo, cabe diferenciar dois termos que,
e argumentos para alcançá-lo. muitas vezes, criam certa confusão no aluno: argu-
mentação e argumento.

O uso da lógica e da razão De forma bem objetiva, a argumentação constitui
um processo, enquanto o argumento é uma estru-
No processo de convencimento, a ideia de levar al- tura que faz parte dele. Em outras palavras, a argu-
guém a acreditar na validade da informação passada mentação é um conjunto de argumentos articula-
é essencial. Existe, então, o trabalho de convencer, e dos, encadeados.
não persuadir, como nas propagandas publicitárias.
Para criar, então, uma boa argumentação, é impor-
Na publicidade, a ideia de levar alguém a comprar tante estudar a estrutura do argumento. Normal-
alguma coisa não constitui, de fato, uma argumen- mente, apresentamos essa estruturação por meio
tação. Por isso é comum a utilização de personagens da seguinte “equação”:
infantis, por exemplo, na venda de brinquedos. Tudo
isso “apela” para os sentidos, para a dimensão irra-
cional das pessoas. ARGUMENTO = IDEIA + FUNDAMENTAÇÃO

Na argumentação, essa subjetividade não é o foco
de atenção do produtor do texto. Ao contrário, ele Nessa estrutura, a ideia corresponde ao que vai ser
deve buscar alcançar o máximo da consciência do defendido, enquanto o embasamento é o conjunto
leitor, apelando à razão. Por isso, a base de todo pro- de estratégias para defendê-la, com premissas e/ou
cesso argumentativo está no uso dos raciocínios ló- evidências que a sustentem.
Veja o parágrafo e entenda melhor essa ideia: Entretanto, perguntar não é o bastante. Precisamos
que a resposta construída se encaminhe para o lado
Em primeiro lugar, convém analisar o valor desses bi- certo. Nesse caso, a ideia deve ser sempre conven-
chos para a sociedade, não só agora, mas em toda cer o leitor da opinião que está sendo apresentada.
a história. Já no Egito antigo, os animais eram tão
admirados que representavam deuses, como Anúbis,
deus da morte, que possuía cabeça de cachorro. Os Método Dedutivo
gatos, principais caçadores de ratos que destruíam
as colheitas da região, eram sagrados para aquele É comum ouvirmos falar da dedução como sendo o
povo. Hoje, com o desenvolvimento de novas técnicas raciocínio em que se parte do geral para chegar o
terapêuticas, animais de estimação são importantes particular. Isso você já sabe bem. O que queremos,
ferramentas na cura de distúrbios psicológicos e até aqui, é mostrar como aplicar esse método ao texto,
deficiências físicas. Fica claro que o famoso posto de de forma que seja interessante utilizá-lo na funda-
“melhor amigo do homem” nunca fez tanto sentido. mentação de ideias.

Note que, já no início do parágrafo, há uma opinião No caso do vestibular, assim como no Direito, por
central, algo que será defendido nas linhas seguin- exemplo, a associação de premissas pode ser inte-
tes: a ideia de que os animais têm valor para a socie- ressante na argumentação. Nesse sentido, a utiliza-
dade. O restante do parágrafo, então, apresentando ção de ideias consideradas verdades vai ajudar no
dados históricos e informações da atualidade, fun- embasamento do texto.
damenta a opinião apresentada no primeiro período.

Red. 161
Como já dissemos, essas ideias se baseiam em con-
Qualquer argumento precisa apresentar essa estru- ceitos, leis, definições, verdades presentes na opi-
tura, ou se tornará apenas uma opinião. invista, en- nião que se pretenda sustentar. Em outro momento,
tão, nessa construção, ok? veremos com mais detalhes essa construção.

Fundamentação Fundamentos baseados em


fatos
Como já vimos anteriormente, aprofundar os argu-
mentos envolve, além de mostrar uma ideia, usar Na busca por fundamentar ideias, utilizar referên-
estratégias como os métodos de raciocínio lógico, cias à realidade pode ser bem mais interessante. Em
de organização do pensamento, a fim de construir temas mais ligados ao nosso dia a dia, como “a ali-
defesas consistentes. Tais ferramentas envolvem o mentação irregular e a obesidade”, por exemplo, uti-
uso de premissas e evidências, partes importantes lizar as estratégias mais factuais pode validar melhor
da construção de raciocínio. os argumentos. Nesse sentido, a utilização de dados
estatísticos e exemplos pode ser uma boa estraté-
gia.
Fundamentos baseados em
ideias Não basta, porém, apenas citá-los. Uma análise des-
ses fundamentos pode conduzi-los a favor do seu ar-
Uma forma de sustentar um argumento é o uso da gumento.
fundamentação “ideal”. Nesse caso, a ideia do pro-
dutor do texto é embasada por outras ideias, as pre-
missas. Método indutivo

A essência dessa fundamentação é simples: ter um Mais uma vez, o uso de um método de raciocínio faz
conteúdo profundo, completo, que coloque a pre- muito sentido. Neste caso, em que utilizamos fatos
missa sempre em um grau anterior à opinião defen- para fundamentar uma ideia, o melhor uso é o do
dida, como em uma escada, em que o degrau infe- método indutivo, ou seja, que parte de ideias par-
rior sustenta o superior. Por isso, a pergunta típica ticulares para chegar a uma afirmação geral. Isso
de quem escolhe esse método de aprofundamento torna muito natural a construção dos argumentos,
é: Por quê? dando a impressão de que são a própria verdade.
Mais à frente, veremos, também, um pouco mais so- que a indução e a dedução não conseguiam fazer.
bre essa organização lógica. Surgiu, então, a dialética, um método que parte de
ideias que parecem se chocar e resolve tal impasse,
alcançando uma síntese.
A dialética e a contra-argu-
mentação Em um caminho parecido, surge a contra-argumen-
tação, que busca, por meio de ferramentas de de-
Um terceiro método, muito importante em provas fesa consistentes, apresentar argumentos do senso
como a da UERJ, pode ser o mais interessante na comum - ou até mesmo posicionamentos previsí-
hora de fundamentar ideias: o dialético. veis, de acordo com determinado tema - e confron-
tá-los, criando opiniões mais originais, criativas,
A dialética vem, basicamente, de uma evolução dos autorais. Em critérios de correção como o de Coe-
métodos indutivo e dedutivo. Em certo momento, rência textual, competência 3 no ENEM, estratégias
foi necessário formular uma maneira de organizar como essa são muito valiosas.
ideias que, a princípio, pareciam contraditórias, o

EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Considerando seus conhecimentos e discussões recentes sobre os mais diversos

Red. 162
problemas da sociedade, imagine e desenvolva uma tese e possíveis argumentos
para os seguintes temas:

a) A prática de bullying na escola brasileira


b) O valor da leitura para a formação do ser humano

2.
Em um processo argumentativo, não basta apresentar uma ideia. É preciso, tam-
bém, comprová-la, buscar defender esse ponto de vista por meio de várias fer-
ramentas que, em um trabalho de fundamentação, dão base a esse argumento.
Sendo assim, imagine possíveis comprovações para os seguintes argumentos:

a) A mídia, hoje, estimula a criação de padrões na sociedade.


b) O comportamento racista da sociedade brasileira não é de hoje.

3.
Uma das ferramentas mais importantes de comprovação de uma opinião é a
apresentação de argumentos de autoridade. Seja por citações, seja por expli-
cação de determinado conceito, mostrar os pontos importantes do trabalho, da
pesquisa de algum pensador é sempre interessante. Considerando isso, sugira
aqui, nesta questão, citações, conceitos e teorias que, de alguma maneira, de-
fendam a ideia de que a sociedade, hoje, está mergulhada em uma determinada
visão de beleza
EXERCÍCIOS PARA CASA
1.
No processo de argumentação, é comum que o aluno ache que seu texto esta
expositivo. Para evitar esse problema, é necessário que algumas informações
não deixem de aparecer no desenvolvimento. Enumere essas informações e pos-
síveis exemplos dela.

2.
Sugira, para as teses a seguir, argumentos possíveis em um texto dissertativo
argumentativo.

a) Não há limites da liberdade de expressão hoje.


b) O sistema público de saúde, no Brasil, está falido.

3.
Analisando o texto abaixo, identifique a tese, as ideias e comprovações utilizadas
na defesa do posicionamento do autor:

José de Alencar e outros autores do romance indianista nos fizeram conhecer e


entender a relação do índio com a natureza: subsistência, exploração saudável e
freada, cooperação. Esse modo de se utilizar da fauna e da flora, no entanto, não

Red. 163
é o mais prevalecente no mundo, já que o homem, desde muito antes de essas his-
tórias serem contadas, tem para si duas únicas palavras-chave: desenvolvimento
e lucro. A fim de satisfazer essas necessidades inventadas, viemos explorando,
desenfreada e irresponsavelmente, o meio ambiente, sem pensar que – um dia –
a humanidade pode ser engolida por essas ações, como recentes acontecimentos
vêm sugerindo.

Primeiramente, é preciso compreender de que maneira ocorre a exploração de


bens naturais. Constantemente retiramos do meio ambiente muito mais do que
necessitamos, muito mais do que o imprescindível para a vida, isso porque nosso
modo de viver está intimamente associado ao que é supérfluo. Exemplo disso, são
as queimadas e desmatamento da Floresta Amazônica que cresceram cerca de
20% desde 2008 devido à exploração ilegal de madeira e cortes de árvores para
formação de pasto somados à falta de investimento para fiscalizar e combater
essa extração e sem a preocupação do reflorestamento das áreas devastadas.
Essas são, então, explorações totalmente irresponsáveis.

Nada disso, porém, seria tão prejudicial se contra desastres. Para isso, instituições
internacionais, como a ONU, deveriam, juntamente a organizações como a União
Europeia e os BRICS, pensar em políticas públicas de regulamentação sobre a uti-
lização dos recursos naturais, além de desenvolver medidas punitivas aplicáveis
a empresas ou Estados responsáveis por acidentes. A responsabilidade é a pa-
lavra-chave que, de fato, devemos seguir. tivéssemos consciência e o mínimo de
preocupação com a prevenção de desastres. Falta-nos entender que a natureza
não é totalmente autorrenovável e que, mesmo se fosse, ela não teria uma força
de regeneração diretamente proporcional à nossa capacidade de degradação.
Precisamos extrair menos, de forma consciente, para ajudar esse processo natu-
ral e agir ativamente para reparar os danos que fazemos. Além disso, é necessário
que tenhamos discernimento e que sejamos consequentes ao nos utilizarmos do
meio ambiente, para que verdadeiras tragédias, como o recente rompimento de
uma barragem da mineradora Samarco, em Mariana, Minas Gerais, não voltem a
acontecer. Isso é possível com um planejamento de prevenção.
contra desastres. Para isso, instituições internacionais, como a ONU, deveriam,
juntamente a organizações como a União Europeia e os BRICS, pensar em polí-
ticas públicas de regulamentação sobre a utilização dos recursos naturais, além
de desenvolver medidas punitivas aplicáveis a empresas ou Estados responsáveis
por acidentes. A responsabilidade é a palavra-chave que, de fato, devemos seguir.

4.
Sugira, para os temas a seguir, uma tese e ideias de argumentos que possam
comprová-la.

a) O valor dos animais de estimação no mundo contemporâneo.


b) Alimentação irregular e obesidade no Brasil.

5.
Identifique, na redação abaixo, as estratégias de fundamentação usadas e sugira
novas maneiras de comprovar os tópicos.

Um direito, não um favor

O acesso à educação é um direito básico e de extrema relevância para a forma-


ção do indivíduo – sem qualquer distinção – enquanto cidadão. Entretanto, apesar

Red. 164
de assegurado em lei, a dificuldade encontrada por uma parcela da sociedade,
dando ênfase às crianças e jovens com deficiências, acaba por limitar a concre-
tização dessa garantia. Nesse sentido, a aprovação da Lei Brasileira de Inclusão
(LBI), também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, configura um
grande avanço. Devemos, contudo, analisar de forma crítica sua aplicação práti-
ca, bem como seu diálogo com o atual sistema de ensino.

Em primeiro lugar, é preciso falar daquilo que é apontado pelos responsáveis como
um dos maiores obstáculos encontrados: a falta de acessibilidade. Isso engloba
desde a escassez estrutural até a ausência de profissionais capacitados e prepa-
rados para lidar com as necessidades dessas crianças. Essa situação, aliada à co-
brança indevida de taxas extras, feita por muitos estabelecimentos, causa revolta
e impotência nos responsáveis, como foi mostrado em reportagem exibida no co-
meço de 2016 pelo Fantástico. Por esse motivo, a LBI tem tamanha importância:
busca sanar os problemas de livre acesso, visando à sua igualdade e permanência
previstas na Constituição.

Além disso, não podemos deixar de questionar o modelo atual de ensino adotado
não só no Brasil, mas em grande parte do mundo. A exclusão, nesse contexto, não
se restringe às crianças com necessidades especiais, mas tende a rejeitar também
as superdotadas e portadoras de transtornos como o déficit de atenção. O mode-
lo rígido de avaliações limita a análise do aprendizado a resultado em provas e
termina por, como disse a coordenadora de Educação Especial de Florianópolis,
Rosangela Machado, causar sofrimento para a criança, não valorizando seu real
potencial. Por esse motivo, por muito tempo defendeu-se a ideia de que crianças
com deficiência e transtornos deveriam frequentar escolas diferentes das ditas
“crianças normais” ou tomar medicamentos para se adaptar ao padrão, reiteran-
do a sua exclusão.

É válido destacar, contudo, que a lei aprovada com o fim de garantir a inclusão
nesses ambientes possui pontos passíveis de críticas. As adaptações e contrata-
ções de profissionais para atender a essa demanda geram custos paras as escolas.
Manter um psicólogo especializado, um terapeuta ocupacional ou um fonoaudi-
ólogo sem ter alunos nessas condições é uma despesa sem retorno, contudo, o
estabelecimento precisaria estar pronto para receber esse aluno tão bem quanto
qualquer outro, quando solicitado. Essa questão se mostra mais difícil quando fa-
lamos de escolas menores, não das grandes redes de ensino.

Portanto, para que a LBI não seja apenas mais uma lei que não sai do papel, tor-
na-se necessário levar em consideração a sua aplicação e obstáculos. Fica claro
que é fundamental repensar, por meio da mobilização dos mais diversos setores
da sociedade, em especial das famílias em parceria com o Estado, a forma de
educar para incluir. Outra ação por parte deste deve ser a criação de associações,
o fornecimento de incentivos e subsídios para as instituições privadas e a garantia
de estabelecimentos bem equipados e preparados na rede pública. Por fim, é pre-
ciso, por parte das escolas, investir na contratação de profissionais qualificados
– parcerias com empresas especializadas sanariam a questão da manutenção
ociosa – e na capacitação daqueles que já integram seus quadros, além da adap-
tação do espaço físico. Assim, caminharemos para uma sociedade mais justa, na
qual direitos não são tratados como favores.

GABARITO

Red. 165
01.
cam mudanças nisso.

Exercício de aula Nietzsche dizia que a vontade do homem é insaciá-


1. a) Tese: A prática de bullying, hoje, persiste vel. Consequentemente, nunca estamos satisfeitos,
no ambiente escolar. o que pode se relacionar à beleza, visto que quere-
Argumento 1: A escola, que deveria trabalhar esse mos sempre melhorar nosso corpo, visual, etc.
problema, não se posiciona diante dos muitos casos
dentro de seus territórios. Argumento 2: A família, “Narciso acha feio o que não é espelho”. Caetano
que poderia acompanhar e ajudar nos problemas de Veloso
seus filhos, é omissa e, muitas vezes, alimenta com-

02.
portamentos intolerantes.

b) Tese: A leitura contribui para a formação Exercício de casa


de personalidade do indivíduo. Porém, não tem feito 1. Para que um texto não deixe de ser argu-
parte do dia a dia da sociedade atual. mentativo, é necessário que, além da ideia, do argu-
Argumento 1: A escola, que deveria estimular o hábi- mento em si, o parágrafo comprove essa informa-
to de ler, não tem trabalhado essa questão com seus ção, por meio de exemplos, causas, consequências,
alunos. Argumento 2: O mercado e seus altos preços alusões históricas, argumentos de autoridade, etc.
desestimula o hábito da leitura. 2. a) Argumento 1: As redes sociais e o anoni-
2. a) Novelas, reality shows, concursos de mato estimulam, hoje, o desrespeito aos limites da
miss são exemplos de como a mídia ainda impõe pa- manifestação de ideias. Argumento 2: O individualis-
drões na sociedade. mo atual estimula, também, a intolerância e o discur-
b) Já no tempo da escravidão, como ilustra so de ódio.
Casa-Grande e Senzala, de Gilberto Freyre, o negro
é tudo como menor, menos importante até, muitas b) Argumento 1: Há problemas de infraes-
vezes, um não-humano pela sociedade brasileira trutura, resultado de uma falta de investimento go-
3. Hegel dizia que o conceito de belo está di- vernamental. Argumento 2: Há certa acomodação
retamente relacionado à história. Consequentemen- por parte do povo, que não cobra por uma saúde de
te, os momentos históricos definem bem a forma de qualidade.
ver o outro como mais bonito ou mais feio - e provo-
3. Tese: A fim de satisfazer essas necessida- 4. Apesar de necessário, o respeito aos ani-
des inventadas, viemos explorando, desenfreada e mais de estimação parece ter perdido espaço, hoje.
irresponsavelmente, o meio ambiente, sem pensar Argumento 1: O valor dos animais de estimação. Ar-
que – um dia – a humanidade pode ser engolida por gumento 2: A perda do respeito aos animais, hoje.
essas ações, como recentes acontecimentos vêm 5. Estratégias: Explicação, exemplificação,
sugerindo. apresentação de uma reportagem, de uma lei, argu-
mento de autoridade, premissas. Poderiam ser usa-
Argumento 1: é preciso compreender de dos, também, dados estatísticos.
que maneira ocorre a exploração de bens naturais.
Argumento 2: Nada disso seria tão prejudicial se ti-
véssemos consciência e o mínimo de preocupação
com a prevenção de desastres.

Red. 166
Semana 11
TEMA DE REDAÇÃO
Com base na leitura dos textos motivadores seguin- res da sociedade, apresentando proposta de ação
tes e nos conhecimentos construídos ao longo de social que respeite os direitos humanos. Selecione,
sua formação, redija um texto dissertativo-argumen- organize e relacione, de forma coerente e coesa, ar-
tativo em norma padrão da língua portuguesa sobre gumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
o tema O papel da literatura na formação de valo-

Sempre pensei que fosse sábio desconfiar de quem não lê literatura. Ler ou não
Texto 1 ler romances é para mim um critério. Quer saber se tal político merece seu voto?
Verifique se ele lê literatura. Quer escolher um psicanalista ou um psicoterapeuta?
Mesma sugestão. E, cuidado, o hábito de ler, em geral, pode ser melhor do que o
de não ler, mas não me basta: o critério que vale para mim é ler especificamente
literatura − ficção literária.

Você dirá que estou apenas exigindo dos outros que eles sejam parecidos comigo.
E eu teria de concordar, salvo que acabo de aprender que minha confiança nos
leitores de ficção literária é justificada. Algo que eu acreditava intuitivamente foi
confirmado em pesquisa que acaba de ser publicada pela revista Science, “Rea-
ding literary fiction improves theory of mind” [Ler ficção literária melhora a teoria

Red.
da mente], de David C. Kidd e Emanuele Castano.

Kidd e Castano aplicaram esses testes em diferentes grupos, criados a partir de


uma amostra homogênea: 1) um grupo que acabava de ler trechos de ficção literá-
ria, 2) um grupo que acabava de ler trechos de não ficção, 3) um grupo que acaba-
va de ler trechos de ficção popular, 4) um grupo que não lera nada. Conclusão: os
leitores de ficção literária enxergam melhor a complexidade do outro e, com isso,
podem aumentar sua empatia e seu respeito pela diferença de seus semelhantes.
Com um pouco de otimismo, seria possível apostar que ler literatura seja um jeito
de se precaver contra sociopatia e psicopatia.

A pesquisa mede o efeito imediato da leitura de trechos literários. Não sabemos


se existem efeitos cumulativos da leitura passada: o que importa não é se você
leu, mas se está lendo. A pesquisa constata também que a ficção popular não
tem o mesmo efeito da literária. A diferença é explicada assim: a leitura de ficção
literária nos mobiliza para entender a experiência das personagens. Segundo os
pesquisadores, “contrariamente à ficção literária, a ficção popular tende a retra-
tar o mundo e as personagens como internamente consistentes e previsíveis. Ela
pode confirmar as expectativas do leitor em vez de promover o trabalho de sua
teoria da mente”.

Contardo Calligaris. Na próxima vez em que eu for chamado a sabatinar um candidato a um emprego,
Adaptado de www1.folha.uol.
com.br. não me esquecerei de perguntar: qual é o romance que você está lendo?
Podemos dizer que a literatura é o sonho acordado das civilizações. Portanto, as-
Texto 2 sim como não é possível haver equilíbrio psíquico sem o sonho durante o sono,
talvez não haja equilíbrio social sem a literatura. Deste modo, ela é fator indispen-
sável de humanização e, sendo assim, confirma o homem na sua humanidade, in-
clusive porque atua em grande parte no subconsciente e no inconsciente.

Cada sociedade cria as suas manifestações ficcionais, poéticas e dramáticas de


acordo com os seus impulsos, as suas crenças, os seus sentimentos, as suas nor-
mas, a fim de fortalecer em cada um a presença e atuação deles. Por isso é que
Antonio Candido
nas nossas sociedades a literatura tem sido um instrumento poderoso de instrução
Adaptado de Vários escritos. e educação, entrando nos currículos, sendo proposta a cada um como equipamen-
São Paulo: Duas Cidades,
1995. to intelectual e afetivo.

Texto 3

Red.

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