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Aluno: Antônio Carlos Magalhães Júnior

Matrícula: 32630 – Polo Cambuí


Disciplina: Prática de Ensino III (FIS063)
Data: 17/11/2017

Estudo dirigido: Uma análise de pressupostos teóricos da abordagem C-T-S no


contexto da educação brasileira
1.a.) Qual é a ideia principal?
O artigo 2.1 discute o que consta nos currículos CTS desde a década de 70, seus
resultados no ensino e na sociedade e propõe novos modelos, mais abrangentes e que
entreguem um conceito de aluno/cidadão para a sociedade. Aponta também o que, na
opinião de alguns autores, levou a elaboração destes primeiros currículos, seus
resultados e propões quebra de paradigmas para modifica-los. O Artigo 5.2 evidencia a
existência de dois conceitos: a alfabetização científica, caracterizada com aspectos
superficiais de educação, presentes em um conteúdo CTS difundido a partir dos anos
70, que se mostrou incapaz de resolver os problemas relacionados à formação do aluno
e o preparo do cidadão; e em contraponto, o conceito de letramento científico, mais
amplo e comprometido com os resultados desta educação. Ressalta também os motivos
para combate ao primeiro método e as dificuldades de implantação do segundo bem
como o cenário previsto a partir desta conquista. E o artigo 10.1 descreve uma situação
real de abordagem CTSA, com enfoque em QSC (questões sócio científicas). Introduz
o tema a ser abordado: a questão energética e narra os acertos e problemas que
surgiram no decorrer do processo, contextualizando com que era previsto e
imponderações materializadas no caminho.

b.) Quais são as principais ideias apontadas pelos referenciais teóricos desse texto? Qual
é a concepção de Educação CTSA e de Letramento Científico? Quais os referenciais
utilizados?

O primeiro texto discute os motivos dos currículos penderem para o tema. Dentre
eles, foram citados dois principais: um remete à “salvação da humanidade”, a ideia
contemporânea de que o tema Ciência e Tecnologia. À propósito, são tratados como
indissolúveis, são os únicos capazes de resolverem os problemas atuais. O outro é
classificado como “neutralidade científica”. Ambos são combatidos sob os argumentos
de que, no primeiro, há na verdade a ideia de dominação, onde, ao invés das
necessidades da humanidade serem supridas pela conquista de tecnologias, ocorre a
criação de “falsas necessidades” que são supridas sob a forma de bens de consumo.
Estando este fato, interligado ao segundo, pois essa neutralidade ausente é percebida
pelo fato de que o ensino é direcionado para a preparação da mão de obra que estará
envolvida na fabricação de produtos, cuja pesquisas não se preocuparam com outro
valor, senão o do lucro.

A alfabetização científica seria para alguns autores o que o artigo defende como
letramento científico. E classifica, portanto, como alfabetização, na verdade o que
entendemos como analfabetismo funcional, uma vez que estes objetivos, o domínio dos
conhecimentos científicos e tecnológicos necessários o cidadão desenvolver-se na vida
diária não foram alcançados. Estes conceitos de Alfabetização científica começaram a
ser discutidos no século XVI e com mais ênfase no século XIX, em publicações de
literatura inglesa, sendo estes os referenciais.

No Brasil, este assunto tomou monta somente no século XX, apesar das tentativas
anteriores de personalidades como o Imperador D. Pedro II de mudar os rumos de nossa
educação clássica, imposta pelos Jesuítas e que prevaleceu. Passou a ser incorporada
nos anos de 1930, com acentuação na década de 50, com um perceptível incremento
nos anos 60, principalmente pelo regime de exceção, quando começaram a circular
traduções e foram inaugurados centros de ensino. Porém, nos anos 70 e 80 é que
realmente o conceito se consolidou, com a produção de materiais e início das pesquisas
científicas, iniciando-se um processo que foi se ampliando nas décadas seguinte, com
razoável sucesso, estatisticamente comprovado, pelo menos, para a classe acadêmica.

Autores como Menton (1920-1923) destacava as pressões sociais sobre a


autonomia da ciência e Radnitzky que via a Ciência como um sistema social relacionado
ao desenvolvimento do conhecimento. Onde destacam-se produtores e usuários
(“cientistas e a sociedade”), processo de pesquisa, produtos (“análise de aspectos
lógicos semânticos, teóricos e epistemológicos”). Também dissertaram sobre o tema
Gilbert e Laugksch, fazendo uma revisão e identificando fatores que influenciaram a
interpretação do significado de alfabetização científica (AC) e letramento científico (LC).
Para Laugksch existem vários atores sociais e diferentes definições conceituais para
estes termos, com diferentes propósitos e estratégias. O entendimento é controverso,
por estes autores, podendo-se dizer que interpretaram à sua maneira.

Os conceitos diversos e seus atores descritos por estes autores, com seus
argumentos de interesse mostram as várias faces deste amplo entendimento. Por
exemplo, comunicadores de ciência, que realizam divulgação científica se sistemas não
formais como revistas, economistas que visam o crescimento econômico através do
consumo de bens tecnológicos são exemplos que sem coordenação, pode ocorrer como
vemos, um resultado divergente do projetado, coincidindo com a massificação de temas
mundiais como a conquista espacial, problemas ambientais, ajudaram a fomentar a
criação de currículos CTS, nos Estados Unidos, União Soviética e Europa. Onde o
enfoque em Ciências da natureza e sociais, e posteriormente com ênfase ambientalista
e crítica do modelo de desenvolvimento (CTSA). Estes currículos como citam
Norris/Philips destacam alguns pontos como o conhecimento do conteúdo e distinção
do que ou não ciência, assim como sua compreensão e aplicações, independência no
aprendizado e aplicação na solução de problemas e questões inter-relacionistas.

Vários autores divergem sobre os argumentos, mas concordam com a


especificidade do conhecimento científico e função social, a compreensão do conteúdo
e o foco que é a diferenciação entre alfabetização/letramento científico. No artigo, o
autor assumiu como alfabetização científica é o domínio da linguagem científica e
letramento estaria associado à prática social do conhecimento adquirido.

Para Shamos, o letramento “propriamente dito ou autêntico” é mais profundo, mais


próximo da erudição, comportamento cívico, ampla cidadania. Como por exemplo: ler
uma bula, adotar medidas profiláticas para evitar-se a contaminações e infecções,
operação de equipamentos eletrônicos que adquiriu, exigir e praticar a preservação de
seus direitos, tanto no tocante à legislação, nas relações com o Estado ou mesmo como
consumidor de serviços e produtos, observando o que foi acordado ou o que está escrito
na embalagem, ou foi prometido em propagandas. Enfim, posicionamento crítico na
sociedade e vida cotidiana, o que envolve também uma inserção cultural, tanto de
consumo, ou até mesmo de produção.

Já no terceiro artigo, os autores citados, apontam questionamentos acerca da


inserção de problemáticas que relacionam CTSA no ensino de ciências, tanto quanto a
abordagem, quanto à dificuldade de desenvolver estas discussões no processo ensino-
aprendizagem. Citam a necessidade de discussão de assuntos importantes, presentes
no cotidiano das pessoas. Propõem (Pinheiro, Silveira e Bazzo, 2007) romper o
tradicionalismo do ensino de ciências, fornecendo subsídios para questionamentos e
não a subserviência diante do professor e do tema apresentado. Pedretti ( 2013) cita
formas de abordagem, como citações históricas, debates e simulações. Há autores que
ressaltam um fator importante como a falta de investimento, afirma que é resultado da
ideia de “salvacionismo” discutida no texto 5.2.

Um fator importante citado (Raticliffe / Grace, 2003) é quanto ao posicionamento do


professor, que pode ser: neutro, balanceado ou comprometido. Durante a leitura esta
dúvida me acometeu, pois também achei preponderante, tal escolha.

Para o tema da discussão, a ideia foi questionar a energia e o desenvolvimento


humano, quanto à veracidade da relação. Descrevendo em um apanhado histórico, o
surgimento desta ideia, pós-segunda guerra, os resultados, o início das discussões
sobre sustentabilidade (1987), fóruns de discussão e tratados, e debates sobre o fato
de ser este, realmente, um modelo adequado. Este formato foi baseado no modelo de
Cross e Price (2002), segundo informações do autor do artigo, que consiste na
participação democrática nas QSC.

c.) O que é realizado nas pesquisas apresentadas? Quais atividades são propostas e
analisadas pelos autores? O que se conclui nessas pesquisas apresentadas? Que
propostas de abordagem são feitas em cada uma delas?

Para mudar este panorama, o texto 2.1 discute a elaboração de novos modelos, que
proporcionariam uma autonomia à Ciência, a partir de um currículo CTS, onde um aluno
com alfabetização científica, saberia tomar decisões inteligentes, formando assim
cidadãos críticos, preocupados com uma sociedade ética com ideais sustentáveis, para
tal, seria necessário um professor que desenvolvesse e se comprometesse com a inter-
relação dos temas. Seriam geradas demandas científicas para o desenvolvimento da
sociedade e deste cidadão, visando aspectos mais amplos e sofisticados de sucesso,
como o controle e a convivência harmonizada com o meio ambiente e uma sociedade
mais preocupada com problemas sociais.

São citados como valores para estes alunos: auto estima, comunicação escrita e
oral, pensamento lógico e racional, tomada de decisão, aprendizado
colaborativo/cooperativo, responsabilidade social, cidadania e preocupação com as
questões sociais. Como resultado prático, podemos imaginar um cidadão mais
consciente em suas atitudes diárias, quanto aos conceitos adquiridos e implementando
estas capacidades no cotidiano. Como a contestação de impostos, planejamento
familiar, orçamento doméstico, consumo equilibrado e responsável, preocupando-se por
exemplo com a origem dos produtos e com os juros embutidos no parcelamento.

No coletivo, teríamos uma sociedade discutindo temas pertinente à evolução


científica verdadeira, cuidados com o bem-estar, proporcionados pela interação
convergente dos entes multidisciplinares desta sociedade. Como alternativa, propõem
um modelo que vá além do ensino cotidiano, enciclopédico. Para tal, cita um autor
(PACEY) que de forma prática, divide os aspectos centrais da prática tecnológica. Os
aspectos são: técnico (conhecimento, matéria prima, produtos e resíduos);
organizacional (profissionais, consumidores e economia); e cultural (objetivos, valores,
consciência e criatividade). Destes, o aspecto técnico é o que acaba prevalecendo, pois
é mais concreto, sendo necessário implementar caminhos para o desenvolvimento dos
outros dois, o organizacional (atores passivos e ativos) e cultural (de cunho
aparentemente abstrato).

Já o texto 5.2, ensino CTS e LCT, embora os conceitos tenham surgido por motivos
diferentes, concordam em alguns aspectos como a função social do ensino de ciências.
Os currículos CTS apresentam contribuição significativa para o Letramento Científico.
O resultado, porém, não é satisfatório. O que se percebe é uma limitação por parte do
professor a associar simplesmente ciência ao cotidiano, muito aquém da proposta
fundamentalmente CTS. Duas visões discutem este fato a reducionista, mais associada
a alfabetização científica, desvinculada da ampla abordagem classificada como
ampliada, mais próxima ao letramento científico, defendida por quem combates os mitos
dos salvacionismo e neutralidades científicos.

Alguns fatores específicos constatados e propostos: Currículo

Natureza da ciência: HFSC (História, Filosofia, Sociologia e Ciências) propõem a


ciência como atividade humana, assume as controvérsias dos autores, entendendo a
Ciência como inacabada, para que o aluno aceite vária possibilidades para a mesma
problematização contrastando com o modelo existente que se caracteriza por ser
basicamente de transmissão pesquisado, sem reflexão, anistórico.

Linguagem científica: a forma de linguagem é importante. O aluno deve ser


orientado a entender esta forma de expressão que foge ao senso comum, interpretando
os dados e gráficos, deduzindo fórmulas e fazendo operações com unidades, avaliando
o sentido dos resultados obtidos, comparando o conceito em discussão com o mundo
em que vive, fazendo paralelos, desenvolvendo argumentos científicos com vocabulário
próprio e apoiado em evidências. Outro ponto também distante da realidade de sala de
aula, afeita de memorização de classificatórios e vocábulos que não extraem suas
informações, fórmulas e “receitas de bolo” ao invés do raciocínio lógico. O contrário do
desejado que é o “aprender a aprender”.

Aspectos sócio científicos: relevância e motivação, comunicação e argumentação,


análise e compreensão. Isto poderia ser percebido, por exemplo, em exercícios e
problemas interdisciplinares, com enfoque cultural e que relaciona outros
conhecimentos para a resolução do problema. Servindo tanto de complemento quanto
exigindo uma transcendência, evitando o efeito natural do professor imerso em sua
disciplina.

Sistemas de avaliação: a medição de alfabetização/letramento científico é uma


preocupação atual. Mesmo não sendo ideais, os métodos conseguem mostrar retratos
culturais e geográficos de desempenho. Porém, o conteúdo e o grau não unanimidade.
O que, ao contrário, é consenso, é o baixo desempenho notório, mesmo em países
considerados de alto índice de escolarização.

No Brasil. A conclusão é de que existem duas escolas, a privada, que prepara para
o melhor ensino superior (em geral, público) e a escola pública, que quando forma, e o
aluno consegue custear, prepara para o ensino superior (médio ou ruim, em geral,
privado). É bem verdade que se tenta mudar este panorama com cotas ou bolsas, para
cada um dos casos, porém esta é uma medida paliativa de uma realidade que é no
mínimo controversa, para não dizer perversa.

De qualquer forma, avalio, que este que seria o melhor modelo, básica privada e
superior pública, não é sinônimo de sucesso, pois, via de regra, seleciona, a partir de
avaliações conteudistas, alunos que se preparam para colocar nestas instituições seus
alunos, educando-os da forma descrita como alfabetização científica, superficial e
descontextualizada, não educando cidadãos. Claro que esta é a maioria e não o todo,
mas o resultado está bem claro.

O que se propõem é um método de instrução que transcenda a simples exposição


e o treinamento para desempenho mínimo esperado. E sim uma educação, classificada
como letramento científico, no qual, o aluno adquire um conhecimento útil em sociedade,
que o transforme, antes de tudo em um cidadão, ciente de seus valores, direitos e
deveres. Consciente nos vários âmbitos: econômico, ambiental. Político, social, cultural
e profissional. Um ser ético, que domine as linguagens necessárias ao seu crescimento
contínuo. Assimilando novos conhecimentos, o que exige uma similar educação
continuada dos professores, que atravessarão gerações, cada vez mais preparadas.
Este cidadão, estará apto a discutir o mundo em que vive e tomar decisões inteligentes,
será público alvo e justificará a divulgação de conteúdos científicos e outras formas de
profusão cultural e de conhecimento, como jornais, museus, ou mesmo em debates e
conversas edificantes.

Isto deve refletir no cotidiano e nos meios de produção, não como hoje, onde
funcionalidades supérfluas movem a indústria de equipamentos, e redes sociais que
conectam sem propósitos na maioria dos casos. Ao contrário disto, as necessidades da
humanidade serão atendidas pelo desenvolvimento de tecnologias que ajudem o
homem a dominar o meio ambiente em que vive, sem agredi-lo e terá a tecnologia e a
ciência aproximando pessoas e conectando conhecimento em prol das grandes
questões e problemas mundiais como a fome, as doenças, o fim das guerras e da
opressão.
Para o terceiro texto, a abordagem escolhida foi na forma de “minicurso”, onde a
professora pesquisadora, em conjunto com a professora de Física de um curso de
ensino médio (segundo ano), introduziu uma entrevista classificada como
semiestruturada, gravada em vídeo, após a explanação dos fatos mencionados no item
“b”, através de exposições multimídia. O tema foi inserido de forma a interagir os
conhecimentos da discussão com curriculares que estavam sendo trabalhados.

d.) O que se conclui nessas pesquisas apresentadas? Que propostas de


abordagem são feitas em cada uma delas?

Após a problematização, que foi realizada demonstrando vários pontos de vista, indo
ao encontro da ideia de expor a ciência do ponto de vista controverso, permitindo um
questionamento, tanto por parte do material de estudo, quanto do professor, ali
representado pelas duas professoras. Oito alunos foram selecionados para
participarem. Após a análise do material, vária são as conclusões por parte dos
pesquisadores. Ficou evidenciado que a compreensão do assunto é maior por parte da
professora de Física da turma. O posicionamento foi classificado como determinante
para a assimilação e interesse dos alunos.

É interessante também neste processo, a análise de algumas impressões coletadas,


como as da professora que entende o papel preponderante da escola, nas discussões
de ideias e, também, o fato de que o tema poderia ser tratado constantemente, isto
também foi ressaltado por uma aluna que sentiu falta de algumas respostas.

Portanto, fica claro que é um processo que impõe dificuldades, mas que se
analisado e pensado, pode trazer resultados, pois, as dificuldades de execução,
principalmente quando registradas, publicadas e esmiuçadas, permitem a evolução do
processo. Até porque, o resultado esperado, uma mudança na sociedade, passa pela
mudança na formação de professores, na implementação desta sistemática.

2.) Sobre a sequência de aulas de abordagem do consumo de energia, execute a seguinte


forma de estudo:

a.) Releia a sequência de informações apresentadas sobre no Texto da Aula 8, sobre a


matriz energética brasileira, bacias hidrográficas e formas de geração e consumo racional
de Energia Elétrica e b.) Construa um texto com suas palavras explicando quais os
benefícios e os possíveis problemas de uma abordagem contextualizada na relação
Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA) no Ensino de Física

Após a leituras dos três textos, com ênfase neste último que descreve um caso real.
É quase uma necessidade expressar a opinião. Há muitos argumentos que, pelo menos
a princípio, parecem teóricos demais, pois não me parece possível, que todo o conteúdo
seja discutido entre professor e aluno. Em um método puramente construtivista.

Do mesmo modo que penso ser necessária uma ampla discussão, por especialistas,
quanto ao que é realmente pertinente e deve constar em um currículo cada vez mais
inchado e superficial, além da profundidade necessária a alguns temas.

Há problemas também, relacionados ao fato da inexperiência do professor,


principalmente na condução de currículo extenso, com tão poucas aulas semanais, pois,
há assuntos e abordagens que mais dispersam do que engajam, como observei em
minha única experiência em Prática I. Porém, é óbvia a necessidade de análise e
enfrentamento destes e outros problemas previsíveis e outros nem tanto, que com
certeza, aparecerão. Pois, o resultado deste tipo de educação tradicional, sem
discussões CTSA já se mostrou um equívoco.

Vivemos em uma sociedade que não possui argumentos e ferramentas para mudar
uma realidade com a qual não concorda. No caso específico de Ciências, uma
abordagem com ênfase no conhecimento científico de forma democrática, a produzir
soluções para pequenas comunidades, como vemos de forma bem pulverizada,
raramente no noticiário. Ao contrário, poderia ser uma constante. O conhecimento aliado
a atividades interessantes ao público alvo, também ajudam.

Iniciativas como cooperativas e soluções para coleta seletiva, até mesmo campanha
divulgando os cuidados evitar a proliferação da dengue, através do combate ao
mosquito e seus criadouros, mostram que quando há mobilização e interesse do poder
público, os resultados podem ser obtidos. Desta forma, preparando o professor,
inclusive, porque os desafios são muitos, como citados no texto, de reprimenda da
direção ao medo de perder o controle sobre a situação, ou tocar em assuntos polêmicos,
e até desagradar interesses constituídos, é que o professor deve fazê-lo por convicção,
pois é um passo nesta caminhada.

Também é fato, que uma das dificuldades é a necessidade de preparo e constante


atualização por parte do professor, pois, o ideal, como vimos no texto, é que as
argumentações e dúvidas, não fiquem sem um fechamento adequado, com as dúvidas
sanadas e os conceitos explicados, mesmo que a construção, seja com ampla
participação.

c.) Faça uma lista de Temas Específicos de Física que podem ser tratados a partir de uma
abordagem CTSA e qual o tema controverso seria o melhor para o tratamento de cada
tema. Siga o EXEMPLO da tabela abaixo. Complete a tabela apresentando uma ideia de
abordagem controversa para um tema de Mecânica, um tema de Termodinâmica e um tema
de Óptica.

TEMA ESPECÍFICO TEMA CONTROVERSO ARGUMENTAÇÃO


Gravitação Viagens espaciais e o Análise dos conceitos de Gravitação, Peso, Energia
Homem na Lua Potencial Gravitacional e Movimento dos Satélites,
formação de atmosferas. Mesclando a discussão com
uma abordagem histórica envolvendo os conceitos da
Guerra Fria, discussões sobre o fato do Homem ter
ido ou não à lua, conceitos e tecnologias
desenvolvidas à partir das pesquisas espaciais. Há
mais conquistas ou desperdício nesta trajetória.
Vantagens da utilização de ambientes com vácuo
natural.
Termodinâmica Resfriamento e Conceitos de temperatura, calor, primeira e segunda
aquecimento, consumo e leis da termodinâmica, condução térmica e
soluções alternativas. convecção e lei da conservação da energia.
Conceitos básicos necessário de elétrica, consumo,
produção e preço da energia. Abordar soluções como
projetos adequados para utilização de energia eólica
e solar, resfriamento com vaporização. Discussão
sobre o lucro ou prejuízo de sistemas que se utilizam
de água com economia de energia, a necessidade de
projetos que evitem o aquecimento com lâmpadas
inadequadas, localização de paredes com grande
exposição ao Sol em ambientes onde se deseja
resfriar, soluções para uso inteligente do telhado
como a utilização de mantas e isolamentos térmicos,
ambientes arborizados, utilização de sombras
naturais, paredes, portas e janelas duplas ou com
revestimento como lã de rocha ou polímeros, pinturas
adequadas à reflexão ou retenção de calor.
Ótica Fabricação de espelhos e Noções de ótica. Noções sobre a Luz, Ondas
eletromagnética, explicação sobre as três camadas
lentes, impactos e
que formam o espelho, explicação sobre reflexão,
utilização despercebida incidência de raios, tipos mais conhecidos de
espelhos. Discussão de casos como o edifício
“Walkie Talkie” em Londres que foi capaz de derreter
peças de um automóvel à partir da convergência de
raios solares, devido ao formato de sua fachada
espelhada até sobre a utilização voluntária como
espelhos caseiros, automotivos e óculos e suas
contribuições ou não como em locais onde o
espelhos e lentes não são tão óbvios como nos
equipamentos eletrônicos (telescópio, microscópio,
impressoras e até aparelhos de raios-x). Discussão
de casos como o edifício “Walkie Talkie” em Londres
que foi capaz de derreter peças de um automóvel à
partir da convergência de raios solares, devido ao
formato de sua fachada espelhada.

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