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sformagio demografica: Homem éso-omer worm de 19 2708 problema apresentado: Devi fi avaliado em recituigdo psiquiatrice para pacientes inter- a seu segundo episédio psiobtico no pe. aaa Ele foi trazido para o hospital por wham, Ana, que havia percebido que o compor- tanento do fio havia se tornado cada vez mais pra ao longo dos dtimos sete meses. Ela foi a gencial fonte de informagao durante a entrevista, {isto que David era incapaz de fornecer uma histé- ra pessoal precisa, Davi esté no segundo eno de faculdade e frequen- tauma universidade em sua cidade natal. Embora ele tenha vivido em casa com Ann durante o primei- roano de curso (ela o tinha criado apés se divorciar, uando ele tinha 5 anos), ela e David decidiram que seta benéfico para ele se mudar para os dormité- 10s ¢ fim de ficar mais independente. Ann relatou que David estava indo bem nas duas primeiras se- renas nos alojamentos; eles normalmente falavam 40 telefone algumas vezes por semana, e ele jan- tava em casa nos domingos. Em uma dessas noi- tes, em meados de outubro, Ann relatou que David ‘ao apareceu para jantar como tinha sido combina: 0. Ela ligou para o melhor amigo dele, Mark, que "80 sabia do rapaz ha alguns dias e também estava eccupado. Mark conhece David desde o ensino > : oo cidade. Comentou com Ann repo né "parecia ser ee mesmo nos utimos rma, Sv? saindo de modo partculamente pt en ficou preocupado por nao saber do rane ge Pass a procul nas diferentes ade onde sabia que David gostava de foe de Pl Por fim, encontrou-o do lado de amigo este hi 'eria. Quando Mark se aproximou “oy Na Que desejava ser chamado de hed, tou que David parecia bastante des- o qu 8 cuidavg cive ©? incomum, ja que ele em geral es mi Nea omim © 22M. Também percebeu que ele © erindo consigo mesmo, Mark sup6s Passar 9 ee Relato de caso: David Marshall que ele estivesse agindo assim porque estava de ‘muito bom humor, embora seu tom tenha se torna: do mais sério quando ele Ihe ofereceu uma carona de volta ao dormitério. David recusou, declarando: Eu tenho muita coisa para escrever. Meus poernas ‘v0 ser publicados e eles querem que eu escreva ‘mais 20 para poderem publicar um livro de meus poemas”. Escrever sempre tinha sido um dos pas- satempos de David, e ambos com freauéncia discu- tigm seus respectivos esforgos criativos. Mark ficou alarmado quando olhou o bloco de notas de David, que estava aberto em seu colo enquanto conver. savam, e observou apenas rabiscos ilegiveis. Mark percebeu que, durante toda a conversa, 0 brago es querdo de David se estendia de forma repetitiva e aparentemente involuntéria, com um movimento es: pasmédico @ cada minuto. Mark néo conseguiu con- vencer 0 amigo a voltar para o campus com ele © deixou a cafeteria hesitante. Ao ouvir essa histéria, ‘Ann ficou chocada com 0 comportamento do filho, comentando que nunca o tinha visto agir de forma 80 bizarra, Insegura do que fazer, decidiu esperar até ele procurd-la. David Finalmente voltou para seu quarto no dormi- t6rio e ligou para Ann por volta das trés horas da manhé, declarando: “Eu ndo posso ficar aqui porque no ha poetas aqui. Eles precisam de mim la. Reu- nigo, reunio, énibus, poemas. Preciso de poemas para um dinheiro para ir 4 reunigo. Uma reuniao. Eu tenho que chegar 4. Eu tenho ld. Eu tenho que ir la", Ele repetiu esta ditima parte diversas vezes. Confusa, Ann perguntou-Ihe o que ele queria dizer, @ ele desligou 0 telefone. Depois disso, ela relatou que nao soube do filho por cerca de uma semana. David fol trazido para a casa de Ann pela policia, que 0 tinha encontrado no campus causando per- turbagdo, gritando com alguns outros estudantes que estavam esperando um dnibus nas proximida- des. Ann ndo tinha certeza se David tinha realmente ido a Nova York ou se tinha ficado no campus todo © tempo, mas conseguiu saber que ele néo tinha ido as aulas. Entéo decidiu escrever para os eee de David, pedindo para trancar as maté- Paes ee evdete ave lero pera completa Suas aulas em seu estado atual. David perman com Ann pelas trés semanas seguintes, durante = {quais continuou a exibir comportamento estranho. Ela esperava que ele se recuperasse @ qualquer momen to, mas estava ficando claro que no ocorria melhora. Quando Ann voltava para casa do trabalho, encontra- va roupas e loucas sujas, caixas de pizza e cinzas de cigarro por toda a casa. Com frequéncia David ficava ‘em seu quarto o dia inteiro, saindo apenas para usar © banheiro ou fazer uma refeigdo. Quando Ann o via, percebia que ele parecia bastante triste e retraido, mal falando com ela. Normalmente, eles tinham um relacio- namento muito préximo e gostavam de passar o tempo juntos em casa. Ainda que se preocupasse com seu filho, ela nao sabia o que poderia fazer para ajuda-lo. Quando o ano letivo seguinte estava para comegar, Ann sentiu que David parecia ter tido uma grande melhora — estava se envolvendo mais com ela em casa, menos confuso, e © conteiido de sua fala era menos bizarro. Contudo, ainda parecia muito mais retraido em geral do que costumava ser e estava envolvido em uma quanti- dade minima de atividades. Ele conseguiu um emprego de meio-periodo por cerca de um més na primavera em um posto de gasolina, mas foi despedido devido a ex- cesso de atrasos. De outro modo, na maior parte das vezes, ficava em casa em seu quarto escutando musica e escrevendo. Ele saia com Mark ocasionalmente, em- bora muitas vezes cancelasse os encontros alegando que apenas ndo se sentia bem no meio de pessoas. David e Ann decidiram que ele deveria voltar para a faculdade, e, por insisténcia dele, foi novamente morar nos dormitérios. Duas semanas depois, voltou a desa- parecer. Conforme jé havia acontecido, Ann recebeu uma ligagdo do filho uma noite, o qual dizia estar em Manhattan. Ela relatou que David disser a que devia algum dinheiro ao seu senhorio por ter precisado fazer um novo jogo de chaves. Ann nem mesmo sabia que David tinha ido para Nova York ou que estava morando |a. Ele pediu os dados do cartdo de crédito dela pelo te- lefone e disse que, se nao aparecesse com o dinheiro, © senhorio estava ameagando usar violéncia contra ele. Quando Ann perguntou onde exatamente ele estava, David destigou o telefone, e ela nao teve mais noticiag até ele aparecer em sua casa, trés dias mais tarde completamente desgrenhado e imundo. Ele falou que paiaaihged aa ‘seu colega de quarto fosse Pertences. Enquanto contava a ist6ria, ele ria, Pareceu a Ann que David estava agindo de forma bizarra oes ©, apds a experién anterior, sabia que desta vez aaa alguma coisa tinha que ser feita. Sem saber a quem recorrer, Ann g hospital geral mais préximo, onde ele fo, ala psiquidtrica. internage - Historia relevante: David nao tem hig: de tratamento psiquidtrico. Sua mée ra} tinha vivenciado alguma depresséo leve anteng em sua adolescéncia. Lembrou que Davi cormente nha sido “um pouco diferente” de seus pares, n tore ti que tinha poucos amigos préximos durante sus jn” cia e adolescéncia. infin, teria anterig, latou ele Em termos de historia familiar, Ann relatou que gg. paterno de David tinha sido diagnosticado com a5 zofrenia, embora néo houvesse outrahisténa fanaa, conhecida de doenga mental. - Formulagao de caso: Ficou claro pela histeiaapre sentada que David tinha vivenciado dois episédios ye, 6tic0s a0 longo dos iltimos meses. Seu primeira sng Psicético ocorreu apés um estressor maior — sar de casa pela primeira vez. Esse é um estressor tpn qu acontece no periodo de desenvolvimento, quando es sintomas psicéticos podem aparecer pela primeira ves em sua totalidade, devido a alta taxa bésica de eventos de vida importantes que ocorrem durante essa époce Pelo relato de Ann, David talvez tivesse exibido alguns sintomas prodrémicos quando adolescente, o que tam bém é normal no caso de individuos com esquizotrenia, Ele satisfaz os critérios diagnésticos para esse trans torno, uma vez que seus sintomas duraram mais de seis meses e incluiram mais de um més de sintomas atives, Além disso, seu nivel de funcionamento geral foi enor memente reduzido apés o primeiro epis6dio psicético: ele foi incapaz de manter um emprego e permanecey isolado de seus relacionamentos interpessoais. O delirio de David sobre assinar um contrato com uma editora em Nova York para um livro de poesia nao fo transportado para seu episddio psicético seguinte, que se centralizou em um tema diferente. Plano de tratamento: David seré estabilizado com medicamento antipsicdtico enquanto estiver no hospital, e 0 objetivo de seus psiquiatras serd encor trar uma dose de manutengao adequada para quando receber alta. Ele frequentara uma clinica psiquiétrice ambulatorial, que Ihe fornecer& medicamento e pS terapia semanal. Também 6 recomendado que prom re alguém para ajudé-lo com atividades ocean para decidir se continuar sua educagao superior ¢™ Possibilidade, visto suas vulnerabilidades pas quando estava na faculdade. Sarah Tobit, PHP G1 esquizotrenia 139 61 Esquizofrenia ‘categoria ampla de csquzofreniainclui um conjunto de transtornos nos quais os escuizotrenva A fiduos vivenciam uma percepeio distorcida da realdade e um prejuizo no pen-Transtorno com ums variedade de ie. ao comportamento, no afeto ena motivagio. A esquizofrenia é uma doenga _sintomas envolvendo dstirbios su sta, dado seu impacto potencialmente grande sobre a capaidade de indivi- no coneido« na forma fe ‘Mn leva uma vida produtivaerealizada, Embora um nimerosignificativo de pessoas pensamento, na percepg#0, n0 ung ranstorno algumas Vezesconsiga vivr sem sintomas, muits precisam en-_ eto.nosemido de ef ma Septar formas de adaptar suas vidas 4 realidade da doenca. Em termos econdmicos, a _motivagio, no comportsmento ¢ izofrenia também constitui uma carga pesada, com um custo anual estimado nos °° funcionamentointerpessoal esq Eades Unidos (em délares de 2002) de USS62,7 bilhdes, que inclui custos diretos do

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