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3.2.4 Provas e testes

As provas e testes podem ser usadas, se necessário, para especificar o nível pedagógico,
estrutura cognitiva e/ou emocional do sujeito. O uso de provas e testes não é indispensável em
um diagnóstico psicopedagógico, representa um recurso a mais a ser utilizado quando
necessário. É uma complementação que funciona com situações estimuladoras que provocam
reações variadas. Existem diversos testes e provas que podem ser utilizados num diagnóstico,
como as provas de inteligência (WISC é o mais conhecido, porém de uso exclusivo de
psicólogos, CIA, RAVEN); provas de nível de pensamento (Piaget); avaliação do nível
pedagógico (atividades com base no nível de escolaridade, E.O.C.A.); avaliação perceptomotora
(Teste de Bender, que tem por objetivo avaliar o grau de maturidade visomotora do sujeito);
testes projetivos (CAT, TAT, Desenho da família; Desenho da figura humana; Casa, árvore e
pessoa - HTP, também são de uso de psicólogos); testes psicomotores e jogos
psicopedagógicos. “As provas operatórias têm como objetivo principal determinar o grau de
aquisição de algumas noções-chave do desenvolvimento cognitivo, detectando o nível de
pensamento alcançado pela criança” (WEISS, 1992, p. 106).

http://www.polbr.med.br/ano11/clau1211.php

AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA PARA O DIAGNÓSTICO DO TDAH.

A atenção é uma função que deve ser observada e avaliada sempre


interrelacionada a outras funções psíquicas. Segundo Bastos (2011), a
afetividade e a vontade são duas outras funções psíquicas que
operacionalizam a atenção.

Já a sensopercepção e a cognição são operacionalizadas pela atenção, que


seleciona os elementos perceptivos e constitui os registros mnêmicos.

Aspectos básicos da atenção: vigilância (estado de alerta a estímulos internos


e externos) e tenacidade, concentração ou foco da consciência.

Alterações da atenção:

hipoprosexia que envolve um défict global da atenção – hipovigilância e


hipotenacidade – pode ocorrer nas situações de profunda desmotivação
(estados depressivos)

disprosexias – a hipervigilância acompanhada de hipotenacidade que ocorre


em estados de alta excitação e a hipertenacidade, acompanhada de
hipovigilância em alguns quadros obsessivos.
o déficit consiste num quadro sindrômico, e não em uma doença específica

é imprescindível no estabelecimento de uma estratégia terapêutica,


determinar se há comorbidade com outros déficits cognitivos ou transtornos
específicos do aprendizado.

Existem ainda crianças em que a função atencional encontra-se


primariamente desequilibrada, e são essas as que respondem melhor a
terapias específicas; no entanto, são minoria.

O objetivo da avaliação neuropsicológica, não é rotular, mas sim, qualificar a


extensão do impacto na vida do paciente para melhor poder ajudá-lo, através
de uma intervenção clínica significativa.

Os instrumentos que comumente utilizados no diagnóstico do TDAH são:

A- a entrevista,

B- as escalas Weschler (WISC-III ou WAIS III),

C- as técnicas grafo-projetivas,

D- o Bender,

E- Escala Benzick,

F- os critérios do DSM IV e

G- em alguns casos a lista de REY.

A organização do raciocínio clínico para se chegar a um diagnóstico é


fundamental, salientando-se que a clínica é sempre soberana, portanto, um
sujeito pode ser diagnosticado como TDAH, independentemente de
alterações no exame neurológico, nos exames de neuro-imagem e/ou nos
testes neuropsicológicos.

Em termos neuropsicológicos, o TDAH parece estar relacionado


especificamente a uma atribuição disfuncional que lhe vale a denominação
de síndrome disexecutiva ou minissíndrome frontal.

WESCHLER

As características diagnósticas do TDAH nas escalas Weschler são os escores


baixos encontrados nos índices de RD (Resistência à Distraibilidade), sendo
os subtestes mais comprometidos, os de Código e Dígitos. No subteste de
Labirinto do WISC-III, é freqüente que crianças com TDAH tenham resultados
inferiores e que apresentem comportamento impulsivo quando não
conseguem manter o comando de não retirar o lápis do papel e também
quando partem para ação, sem nenhum planejamento, o que amplia o
número de erros. O paciente de TDAH apresenta resultados insuficientes no
subteste do WISC/WAIS-III Repetição de Dígitos (Ordem Direta e Indireta –
Escala Weschler), que avalia a atenção auditiva, a capacidade de estocagem
(“span”), a memória auditiva e a memória operacional, sendo esta última
mais presente na Ordem Indireta. Essas tarefas – Ordem Direta (OD) e
Ordem Indireta (OI) – exigem muita atenção, porém para a OD nem sempre
se encontram resultados inferiores em pacientes com TDAH. Acrescente-se
também que estudos realizados demonstraram que se o perfil rebaixado em
Aritmética, em Código, em Informação e em Dígitos (ACID) está presente,
deve ser considerada a hipótese diagnóstica de um distúrbio de atenção. Em
geral, sujeitos com TDAH apresentam ainda uma discrepância entre QI Verbal
e QI Executivo, com aumento de prejuízo para área de execução.

Observam-se, clinicamente, dificuldades na praxia, na harmonia e na


organização de movimentos mais finos e digitais em sujeitos com TDAH.
Fatores como impulsividade motora, perseveração de movimentos, falha na
inibição de respostas e problemas de gerenciamento de atenção, podem
justificar tais inabilidades, por isso, são freqüentes a disgrafia e a falta de
coordenação como sintomas presentes no TDAH.

Déficits da percepção e da seqüenciação do tempo. O portador de TDAH


pode até saber verbalizar o que deve ser feito, porém ele não parte para a
ação de forma planejada, pois não mantém suas representações internas e,
por isso, busca um prazer/solução imediato.

TDAH e linguagem

Competência comunicativa, que é a esfera mais comprometida no TDAH. O


uso da linguagem pode ser considerado como um dos componentes
auxiliares na auto-regulação do comportamento que, paulatinamente, vai
evoluindo de estímulos sensoriais até o pleno desenvolvimento maturacional
da linguagem em sua expressividade e em sua compreensibilidade, como
ferramentas para gerenciar, organizar e planejar o comportamento,
conseguindo manter a atenção e controlando a impulsividade. [...] os
portadores de TDAH se beneficiam do uso de estratégias verbais para
desenvolver um auto-controle. [...] deve-se alertar aos educadores de que
exigir cálculo mental rápido e eficaz, em crianças com DA, é um gasto de
energia e um desgaste na relação professor-aluno desnecessário.

Outros transtornos e TDAH

Quanto ao perfil emocional, sabe-se que o TDAH, freqüentemente, ocorre em


associação com outros transtornos psiquiátricos, existindo uma alta
porcentagem (75%) de escolares com outras desordens psiquiátricas.

Caso clínico 1 - A história de Pedro

Pedro tem 8 anos e está na 2ª série do ensino fundamental, e a hipótese


diagnóstica é o TDAH. Os procedimentos utilizados na avaliação foram, a
saber: entrevistas, WISC-III, Grafismo, Escalas de TDAH (Benczik, 2000),
Critérios DSM-IV e o teste Bender-visuomotor. O comportamento de Pedro
durante as provas foi bastante elucidativo para o diagnóstico. Pedro mostrou-
se um tanto ansioso antes de iniciarmos a entrevista e a testagem. Veio
acompanhado da mãe, da avó materna, avô materno, e da irmã menor. Sua
atitude, no entanto, era de receptividade, disposição, demonstrando muita
ansiedade quando entrevistei a mãe e a avó sem a sua presença, chegando a
dizer: “Vocês estão falando mal de mim? Quero ficar, quero ouvir.” Quando a
sós com a psicóloga sua ansiedade diminuiu e se manteve interessado e
disposto. Sentia-se satisfeito, mas ao mesmo tempo muito preocupado e
inseguro quanto ao desempenho e muitas vezes perguntava: “Está certo?”
mostrando necessidade de aprovação e autocrítica. Demonstrou carinho,
alegria e agitação dentro de níveis razoáveis para sua idade, embora
observássemos certa impulsividade. A mãe compareceu à entrevista com
aparência preocupada e cansada, considerando-se “estressada”; relatou que
embora formada em engenharia, optou por dedicar-se à educação do filho e
aos afazeres domésticos. De acordo com o seu relato, ao nascer, Pedro teria
permanecido no CTI do hospital com “hipoglicemia” por conta de “falta de
complemento vitamínico pediátrico” (?). Até os três meses, Pedro não dormia
bem à noite, chorando demasiadamente. Na vida escolar, embora tivesse uma
adaptação complicada alfabetizou-se com facilidade. Apresenta dificuldades
em matemática por não se concentrar para fazer os deveres. Leva muito tempo
para realizar o dever de casa, mostrando-se agitado. Expressa-se bem perante
a turma, embora não tenha amigos. O seu temperamento não chega a ser
agressivo, mas se mostra um tanto explosivo, não levando “desaforo para
casa”. Consegue assistir a um filme até o final. Conflitos entre a avó e os pais
em relação a Pedro se evidenciam. Segundo a avó, o problema de Pedro se
deve à atitude muito rígida do pai, que tem origem humilde, pouca
escolaridade e modestos rendimentos. Assim, embora diga considerá-lo como
um “filho”, destaca a sua insuficiência como provedor e critica a sua atitude
rígida e controladora, que estaria levando o menino ao stress. Acrescentou que
os pais não brincam com ele, preocupando-se excessivamente com sua
educação. Relatou cenas de humilhação causadas por repreensões do pai.
Pedro não é muito sociável, não tem amigos e é extremamente organizado
com seus pertences e brinquedos. René teria afirmado a respeito do pai: Ele
ganha 400 reais: Eu posso com isso?

Resultados psicométricos - indicadores diagnósticos

WISC-III

ESCORE

ÍNDICE PONDERADO QI PERCENTIL CLASSIF


ICAÇÃO

QI VERBAL 85 144 99,8 Muito superior


QI DE EXECUÇÃO 71 129 97 Muito Superior
QI TOTAL 156 140 99,6 Muito superior

Discrepância não significativa entre os aspectos verbais e não verbais. QIV-QIE = 15

Resultados em Fatores no WISC-III[3],[4]

FATORES ESCORE-PADRÃO[5] PERCENTIL C


LASSIFICAÇÃO

COMPREENSÃO VERBAL 130 98 Muito superior


ORGANIZAÇÃO PERCEPTUAL 117 87 Médio superior
RESISTENCIA À DISTRAÇÃO 113 81 Médio Superior
VELOCIDADE DE 99 47 Médio
PROCESSAMENTO
Avaliação

Seu desempenho superior nas escalas verbais do WISC-III como


vocabulário, semelhança, compreensão, informação e aritmética - sugere
um bom funcionamento adaptativo, revelando um alto grau de
generalização conceitual, raciocínio lógico, juízo social, conhecimento
prático das normas sociais, manejo de cálculo, armazenamento e
evocação. Este resultado se relaciona tanto com o conhecimento que
Pedro absorve espontaneamente no ambiente social e familiar como
aquele formalmente adquirido, como, por exemplo, na escola. A
distraibilidade baixa e alta capacidade de concentração ficaram
evidenciadas nos seus resultados altos em aritmética e dígito número.

O seu desempenho nas escalas de execução do WISC-III foi classificado


entre médio, médio superior e superior revelando memória visual,
concentração para detalhes, função atentiva preservada, reconhecimento
e organização visuo-espacial-motora (vale destacar que o teste de cubos
está isento de influências sócio-culturais), concentração necessária ao
significado de uma situação interpessoal, coordenação motora e controle
da impulsividade. Especialmente no teste de código-símbolo que se
relaciona com atenção seletiva e concentrada e distraibilidade, Pedro
obteve um resultado médio, um pouco abaixo do seu padrão de
desempenho. No sub-teste procurar símbolos que se relaciona
especialmente com hiperatividade (no caso de resultados baixos) e
capacidade de trabalhar sob pressão, seu resultado foi acima da média.

Estudo diagnóstico para TDA/H

O déficit de atenção não se evidencia pelos critérios neuropsicológicos face


aos seus resultados satisfatórios obtidos nos subtestes códigos (percentil 40),
completar figuras (percentil 99), dígitos (percentil 84) e aritmética (percentil
75) no WISC-III que se correlacionam especialmente com TDAH (Seidman e
cols., 1997; Pine e cols.,1999; Guardiola,1994), assim com o seu resultado
classificado como médio superior no fator distraibilidade que avalia atenção e
concentração. Como reforçadores do diagnóstico temos a avaliação baseada
nos critérios do DSM IV, na qual Pedro não atende aos critérios para o
Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), em nenhuma de
suas tipologias. Na escala Benczik, a avaliação da professora indicou ausência
de problemas de aprendizagem e de comportamento anti-social, mas revelou
resultados acima da expectativa para a sua faixa etária e sexo – embora não se
refira ao transtorno – nas áreas de Déficit de Atenção (percentil 80) e
Hiperatividade (percentil 75).
O desempenho no Bender, avaliado na Escala de Maturação Visomotora de
Koppitz, Pedro situou-se na média, indicando nível de maturação da função gestáltica
viso-motora normal. Como se trata de um teste que envolve percepção e coordenação
neuromuscular, pressupõe-se que dependa de certas áreas intactas de integração cortical.
O seu desempenho foi ainda confrontado com um quadro de desvios Koppitz (Lezak,
1995) que indicaram ausência de transtorno no desenvolvimento neuropsicológico.

Personalidade

Pedro apresenta condições de funcionamento psíquico adequadas, apresentado


personalidade integrada, sem sinais patológicos. Demonstrou capacidade de estabelecer
trocas afetivas com relativo controle dos impulsos. Seu nível de expansão vital revelado
pelo tônus energético nas suas atitudes e na sua produção gráfica revelou-se dentro de
padrões aceitáveis para sua idade. No grafismo, apresentou sinais de confiança no seu
meio, forte identificação com a figura paterna, assim como bons vínculos afetivos com
relação aos membros da sua família (mãe e irmã), incluindo os avós. Assim, para Pedro
a figura dominante e mais valorizada na família é o pai. Revelou fantasias de
onipotência típicas de criança de sua faixa etária provavelmente na tentativa de
compensar eventuais sentimentos de menos-valia. Não foram observados sinais de
depressão ou angústia significativos. Suas necessidades parecem predominantemente
ser de busca de atenção, de proteção e de afiliação, sem tendência à evasão. Por fim,
podemos admitir que Pedro tem boas possibilidades de relacionamento interpessoal e
maturidade, garantindo sua adaptação em instituições que possa participar, assim como
seu desenvolvimento a nível cognitivo, psicoafetivo e social.

Síntese

Pedro é uma criança cuja capacidade intelectual situa-se bem acima da média quando
comparada à do seu grupo padrão, tanto na dimensão verbal quanto manipulativa. Esse
fato contribuiu para que tenha desenvolvido necessidades especiais, assim como um
nível elevado de interesse e curiosidade, com um padrão de percepção crítica da
realidade – seja física ou social – um tanto diferenciado da média para sua faixa etária.
Vale ressaltar que na avaliação nãoencontramos indícios que pudessem constatar a
presença de TDA/H, nem qualquer outro tipo de distúrbio, seja cognitivo ou
psicoafetivo. Até porque o bom desempenho escolar apresentado, coerente com os seus
resultados nos testes, torna essa hipótese pouco provável. Com relação ao seu
desenvolvimento intelectual e educacional entendemos que a abordagem pedagógica
institucional atual não se acha em condições de atender adequadamente às necessidades
de suas altas habilidades cognitivas, considerando o seu grau de maturidade emocional e
a sua dinâmica de personalidade. Nesse sentido, é possível que o comportamento
avaliado na escola (Déficit de Atenção) esteja refletindo uma certa frustração por parte
de Pedro com relação ao que lhe é disponibilizado, tanto do ponto de vista social e
cultural como intelectual. Embora nenhum transtorno específico tenha sido
caracterizado na avaliação, os dados projetivos e relacionais nos permitem entender que
as vicissitudes da dinâmica familiar, cujo núcleo se mostra em uma posição de claro
desequilíbrio – com uma figura materna em situação insatisfatória e uma imagem
paterna em papel francamente esvaziado e alijado do centro de decisões – possam se
constituir num importante elemento causal. É provável que essa precariedade no
equilíbrio afetivo familiar – com excessos de preocupações e eventuais conflitos – possa
estar tendo um impacto emocional no desenvolvimento de Pedro, levando-o a
sentimentos de inadequação e insegurança (ainda que não significativos), com
conseqüências comportamentais importantes, conforme apontado pela avaliação da
professora. Assim, sugerimos orientação familiar, possivelmente seguida de uma
psicoterapia no sentido de se elaborar melhor os impasses e pendências emocionais nas
relações familiares.

Caso clínico 2 - A história de João

João tem 8 anos e cursa a alfabetização. O motivo de encaminhamento é a


hipótese de TDA/H. Os procedimentos usados na avaliação foram:
Entrevista,WISC-III, Bender - Teste Gestáltico Visuomotor e o grafismo. João
mostrou-se bastante ansioso, mas sua atitude era de receptividade, disposição,
demonstrando alegria e muita impulsividade. Pegou na mão da psicóloga e
perguntava para onde iriam e porque não começavam logo. Mostrou-se
inseguro ao se separar dos pais para realização dos testes. Embora com
bastante agitação, com a solicitação firme do psicólogo, manteve-se sentado
para realizar os testes. Quando sentia alguma dificuldade, mostrava-se
irritado. Mostrou-se impaciente (dizendo: “– Estou com pressa”), porém
muito afetivo, carinhoso e ciumento. Sua expressão verbal é
compreensível.Segundo a mãe, João sofreu uma convulsão (sic) aos oito
meses. Demorou a falar e não conseguiu se alfabetizar ainda. João não se
interessa pelas atividades escolares e não brinca com brinquedos, fica muito
irritado com barulho e grita por isso; não tem amigos de sua idade. Segundo
relatou a mãe, com o uso de Ritalina®, João não se mostrou mais atento e
muito sonolento. Relatou ainda que atualmente faz uso de Orap® e parece
menos agitado. Seu sono é sempre muito intranqüilo. João refere-se aos seus
familiares com carinho e sabe o nome de vários deles. Quanto à experiência
na escola, fala de um amigo apenas em especial. Informou que vê desenhos na
televisão em casa. Ao perguntarmos a João em que série ele estaria, o mesmo
respondeu: -“Estou na 2ª e na 3ª ”. Quando a mãe interveio e disse: “Nada
disso. Ele está ainda na alfa, está muito atrasado e este ano ele precisa ser
mais atento e se esforçar mais”.

Resultados psicométricos - indicadores diagnósticos

WISC-III

ESCORE
ÍNDICE PONDERADO QI PERCENTIL CL
ASSIFICAÇÃO

QI VERBAL 40 87 20 Médio-inferior
QI DE EXECUÇÃO 33 76 5 Limítrofe
QI TOTAL 73 80 10 Médio-inferior
- Discrepância não significativa entre os aspectos verbais e não verbais. QIV-QIE = 7

Resultados em fatores no WISC[6],[7]

FATORES ESCORE-PADRÃO[8] CLASSI


FICAÇÃO

COMPREENSÃO VERBAL 97 MÉDIA


ORGANIZAÇÃO PERCEPTUAL 78 LIMÍTROFE
CONHECIMENTO ADQUIRIDO 92,4 MÉDIA
RETENÇÃO 78 LIMÍTROFE
DISTRAIBILIDADE 63,6 LIMÍTROFE
Avaliação

João apresenta capacidade cognitiva global abaixo da faixa de normalidade,


quando comparado com crianças de sua faixa etária, no WISC (QI total -
percentil 10). A diferença de 7 pontos, embora não significativa, entre QIV
(Quociente de Inteligência Verbal) e QVE (Quociente de Inteligência de
Execução) exige alguma consideração. João apresenta um funcionamento
conceitual em nível médio-inferior quando os problemas são verbalmente
apresentados. O QI na escala verbal foi de 87, o que revela sua capacidade
média inferior para compreensão, conceitos, informação e vocabulário. Já na
escala de execução, no entanto, que envolve a inteligência manipulativa, seu
QI foi 76, colocando-o no percentil 5 e revelando a sua limitação na
capacidade construcional, ou seja, em integrar estímulos perceptuais com
respostas motoras pertinentes.

Quanto aos fatores, destacaram-se a compreensão verbal com escore


ponderado de 97 (médio), o conhecimento adquirido com escore ponderado
de 92,4 (médio). No fator organização perceptual, seu rendimento caiu
significativamente para o escore ponderado de 78 (percentil de 6), numa
posição limítrofe, o Fator retenção com escore ponderado, igualmente
limítrofe, de 78 e o Fator Distraibilidade com escore ponderado de 63,6
(percentil 3) limítrofe. Especificamente nas sub-escalas verbais seu
desempenho foi considerado médio a médio-inferior no que se refere a
vocabulário, informação, raciocínio lógico, juízo social e conhecimento
prático. No sub-reste de aritmética (manejo de cálculos), o seu resultado cai
para abaixo da média (percentil 16). No sub-teste de Dígitos (números) o
percentil 4 mostra-se seguramente um indicador de capacidade bastante
limitada de retenção de memória imediata, situando-se abaixo da média de
crianças de sua faixa etária. Nesta dimensão estão em cena fatores como
concentração, controle de stress e de ansiedade. Nas sub-escalas de execução,
o seu desempenho variou de médio, limítrofe a deficiente. O seu QI de 76
(percentil 5 - limítrofe) na escala de execução, refere-se à inteligência
manipulativa. Podemos considerar que João possui grau inframédio de
habilidade de contato não-verbal, portanto concreta, com o ambiente,
envolvendo aspectos cognitivos visuo-espaciais e manipulativos. Estes testes
envolviam concentração para detalhes, capacidade de organização visuo-
espacial, compreensão do significado de uma situação interpessoal,
concentração e velocidade na construção do objeto assim como o julgamento
das suas implicações, determinando as prioridades e antecipando as
conseqüências. Seu desempenho nestas dimensões pode refletir certas
características de personalidade, como impulsividade, insegurança e
hiperatividade. Acreditamos que a ansiedade vivida tenha certamente
comprometeu seu desempenho. Seria ainda possível considerar que as suas
tendências impulsivas e a insegurança vivida durante a tarefa pudessem ter
reforçado estes resultados baixos. Sua coordenação motora no teste de
labirinto evidenciou seu baixo controle da impulsividade. Por fim, no teste de
código revelou sua limitada atenção seletiva e concentrada, além de baixa
resistência à distraibilidade. Assim, conjugar memória, rapidez e precisão
motora pareceu uma tarefa um tanto complexa para João.

O diagnóstico do TDAH

O déficit de atenção se evidencia pelos critérios neuropsicológicos face aos seus


resultados comprometedores nos subtestes códigos, completar figuras e dígitos no
WISC-III que se correlacionam especialmente com TDA/H (Seidman e cols., 1997;
Pine e cols.,1999; Guardiola,1994), assim como seu resultado classificado como
limítrofe no fator distraibilidade que avalia atenção e concentração. Como reforçadores
do diagnóstico temos a avaliação baseada nos critérios do DSM IV, na qual João atende
aos critérios para o Transtorno de Défict de Atenção/Hiperatividade (TDAH), tipo
combinado ou com sintomas de impulsividade. A princípio, podemos ainda descartar a
hipótese de retardo mental em função dos seus resultados nos subtestes da escala verbal
do WISC-III referentes à semelhança, vocabulário e informação. Sattler (1988)
demonstrou que o QI total pode ser estimado a partir dos resultados nos sub-testes
vocabulário e cubos. João obteve no teste de cubos percentil 50, e vocabulário 60, o que
o situa numa classificação média para crianças de sua faixa etária. Podemos admitir que
João possui um déficit significativo e específico na função construcional, ou seja,
na função visuo-perceptomotora. A função construcional combina atividade perceptiva
com respostas motoras e sempre tem um componente espacial. Seu desempenho no
Bender, a partir do sistema de medida por categorias de Hain (Lezak, 1995) o classifica
numa área crítica que sugere lesão cerebral. Na Escala de Maturação de Koppitz, João
situou-se a 3 desvios-padrão acima da média (a avaliação é invertida), indicando baixo
nível de maturação da função gestáltica viso-motora. Como se trata de um teste que
envolve percepção e coordenação neuromuscular, pressupõe-se que dependa de certas
áreas intactas de integração cortical. Seu desempenho foi ainda confrontado com um
quadro de desvios Koppitz se caracterizando como altamente sugestivos da presença de
transtorno no desenvolvimento neuropsicológico(em oito desvios, ele apresentou 6).

Personalidade

João apresenta condições de relacionamento interpessoal razoáveis, embora com


controle emocional insuficiente, poucos recursos de controle sobre os afetos e tendência
à impulsividade com expansividade compensatória, em função de sentimentos de
inadequação. Sua expressão afetiva é adequada com sinais de sensibilidade, porém
apresentando extrema insegurança. O medo de ser abandonado e/ou rejeitado é
evidente, mantendo-o extremamente ansioso. Suas dificuldades na escola
provavelmente desenvolveram em João sentimentos de insegurança, assim como
sentimentos de menos-valia e auto-estima precários. Pudemos observar que os agentes
da família e da escola tendiam a reforçar esses sentimentos, ao interpretarem as suas
dificuldades cognitivas e a sua insuficiente dedicação às tarefas como preguiça ou como
sinal de fraco senso de responsabilidade. Nesse sentido, os seus sentimentos de
inadequação podem estar ligados ao seu histórico de dificuldades em se sentir
reconhecido e valorizado, tanto no seio familiar, no meio escolar, quanto no âmbito
social mais amplo. Suas possibilidades de contato mostraram-se restritas, algo
prejudicadas, talvez em função de conflito relacionado à inferioridade. Sua produção
gráfica revelou fantasias de onipotência provavelmente na tentativa de compensar seus
sentimentos de menos-valia, assim como indicaram sua impulsividade. Suas
necessidades parecem predominantemente ser de busca de atenção, de proteção e de
afiliação, com tendência à evasão. João não apresentou sinais psicopatológicos, sem
indícios de pensamentos bizarros ou ilógicos. Pode-se admitir que os seus índices de
integração da personalidade encontram-se em níveis aceitáveis.

Síntese

Em suma, trata-se de criança ansiosa, com intensa angústia de rejeição e desvalorização,


dotada de inteligência discretamente abaixo da média – porém dentro da faixa de
normalidade – com disfunção construcional (déficits específicos nas dimensões
percepto-motoras), na qual se manifesta um quadro sindrômico de TDA/H. Fica
evidenciado que seus sentimentos de inadequação estão ligados ao seu histórico de
dificuldades cognitivas, assim como suas necessidades manifestas em se sentir
reconhecido e valorizado. O impacto que os déficits de natureza cognitiva que
influenciam a formação da personalidade de João vêm tendo sobre o ambiente familiar
parece estar no cerne do problema, produzindo uma carga de ansiedade que só dificulta
o seu desenvolvimento. Sugerimos uma orientação familiar, para que a problemática
que se manifesta em João possa ser mais bem elaborada por todos os membros da
família, até mesmo abrindo maiores perspectivas para a psicoterapia individual. Esta
será fundamental para proporcionar um melhor processo de amadurecimento da sua
personalidade, considerando os seus níveis de insegurança e a ansiedade. Com relação
ao seu desenvolvimento intelectual e educacional sugerimos no momento uma
abordagem psicopedagógica individualizada ou em um grupo reduzido de alunos,
considerando as suas limitações cognitivas e o seu grau de maturidade emocional.

Considerações Finais

Nos casos clínicos específicos apresentados pudemos constatar contradições


entre as avaliações realizadas a partir do uso de escalas específicas como a de
Benczik e outras baseadas em critérios neuropsicológicos no WISC-III que se
correlacionam especialmente com TDAH assim como nos critérios do DSM
IV. No primeiro caso analisado, conflitos emocionais, familiares e
consequentemente a dificuldade em se submeter à autoridade explicavam a
desatenção e a hiperatividade. Neste caso, a criança tendia a refletir o
ambiente emocional conturbado criado pela família e em especial pela mãe. A
ansiedade da mãe, a frustração do pai, a atitude prepotente da avó explicam
sua aparente hiperatividade. Aqui, especificamente podemos ainda acrescentar
como agravante para o pseudo déficit de atenção, a estrutura de estímulos
externos recebidos pela criança no contexto institucional escolar, que em suas
atividades propostas pouco atraentes não tinham um significado especial e,
portanto não chegavam a despertar interesse de Pedro. Vale aqui lembrar que
esta mesma criança, esteve durante a realização dos testes
extremamente motivada e atenta.

No segundo caso, o déficit de atenção se manifestou associado a outro tipo


específico de déficit importante. O TDAH evidenciou-se pelos critérios
neuropsicológicos face aos seus resultados comprometedores nos subtestes
códigos, completar figuras e dígitos no WISC que se correlacionam
especialmente com TDAH, assim como seu resultado classificado como
limítrofe no fator distraibilidade. Como reforçadores do diagnóstico temos a
avaliação baseada nos critérios do DSM IV, TDAH tipo combinado com
sintomas de impulsividade. Neste caso, descartamos a hipótese de retardo
mental em função dos seus resultados nos subtestes da escala verbal que
envolviam capacidade de abstração e memória do WISC como semelhança,
vocabulário e informação e cubos que se relacionam com o QI Total. No
entanto, foi observado um déficit significativo e específico na função
construcional, ou seja, na função perceptomotora e baixo nível de maturação
da função gestáltica visuomotora.

Em suma, consideramos que os fatores que determinam o sentido e o volume


da atenção situam-se entre as peculiaridades dos estímulos externos – ou seja,
a estrutura psicológica da atividade – que atuam sobre o homem e as
dimensões singulares da história individual de cada sujeito, como suas
necessidades, sua dinâmica subjetiva que vão determinar suas motivações.
Assim, o interesse forte do homem, torna alguns sinais dominantes e inibe
simultaneamente sinais secundários que não pertencem ao seu campo de
interesse. Nesse sentido, concluímos que a atenção depende essencialmente da
afetividade e da vontade.

Por fim, não podemos descartar como hipótese diagnóstica – ainda que não
tão freqüente – dos quadros em que a função atencional das crianças encontra-
se primariamente desequilibrada, e são exatamente essas as que respondem
melhor à terapias específicas. No entanto, são minoria, face à grande demanda
dos quadros ansiosos, depressivos e deficitários. Como a mídia vem tendendo
a divulgar a versão de que o TDA/H seria uma doença cerebral específica cujo
tratamento se daria quase que exclusivamente através de drogas, tende a criar
nas famílias e nos agentes da escola uma forte expectativa de resolver a
questão do baixo desempenho escolar de forma imediatista e simplória.

Referências Bibliográficas:
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BENCZIK, E.B.P. (2000). Manual da Escala de Transtorno do


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MEDICAMENTOS RECOMENDADOS EM CONSENSOS DE ESPECIALISTAS

DURAÇÃO
NOME
NOME QUÍMICO DOSAGEM APROXIMADA
COMERCIAL
DO EFEITO

PRIMEIRA ESCOLHA: ESTIMULANTES (em ordem alfabética)

Lis-dexanfetamina 30, 50 ou 70mg pela manhã 12 horas


Venvanse

5 a 20mg de 2 a 3 vezes ao dia 3 a 5 horas


Metilfenidato (ação curta) Ritalina

18, 36 ou 54mg pela manhã 12 horas


Concerta

Metilfenidato (ação
prolongada)

20, 30 ou 40mg pela manhã 8 horas


Ritalina LA

SEGUNDA ESCOLHA: caso o primeiro estimulante não tenha obtido o resultado esperado,
deve-se tentar o segundo estimulante

TERCEIRA ESCOLHA

10,18,25,40 e 60mg 1 vez ao dia 24 horas


Atomoxetina (1)
Strattera

QUARTA ESCOLHA: antidepressivos


2,5 a 5mg por kg de peso
Imipramina (antidepressivo) Tofranil divididos em 2 doses

1 a 2,5mg por kg de peso


Nortriptilina (antidepressivo) Pamelor divididos em 2 doses

150mg 2 vezes ao dia


Bupropiona (antidepressivo) Wellbutrin SR

QUINTA ESCOLHA: caso o primeiro antidepressivo não tenha obtido o resultado esperado,
deve-se tentar o segundo antidepressivo

SEXTA ESCOLHA: alfa-agonistas

0,05mg ao deitar ou 2 vezes ao


Clonidina (medicamento anti- 12 a 24 horas
Atensina dia
hipertensivo) (2)

OUTROS MEDICAMENTOS

Modafinila
100 a 200mg por dia, no café
Stavigile
(medicamento para distúrbio
do sono)

Outros medicamentos que ainda não existem no Brasil:


Focalin – um “derivado” do metilfenidato (na verdade, uma parte da própria molécula)
Daytrana – um adesivo (para colocar na pele) de metilfenidato
Dexedrine – uma anfetamina (Dextroanfetamina); existe a formulação de ação curta e de
ação prolongada
Adderall – uma mistura de anfetaminas; existe a formulação de ação curta e de ação
prolongada
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tdah/tratamento.html#sthash.q7nT012H.dpuf

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TN3wMqRwC&oi=fnd&pg=PA13&dq=Escalas+de+TDAH+Benczik&ots=Z-
ULRqPJ8Z&sig=dMatCLKUE6eXROnA7d0M4i5aO7k#v=onepage&q&f=true

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