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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CAMPUS CACHOEIRA DO SUL


CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E MECÂNICA
FÍSICA IV
PROFESSOR FÁBIO BECK

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO LABORATÓRIO:


DIFRAÇÃO E INTERFERÊNCIA

ACADÊMICOS:

AQUILES SCHAUENBERG
HENRIQUE ALFONSO PRIEBE
JOÃO ARTHUR BOTTLENDER
KATHYELLE MELO DA SILVEIRA
LEONARDO ZANELA BREUNIG
MIRÉLI BINDER VENDRUSCOLO
MURILO LUCHER DA SILVEIRA
RONALDO KASPER FILHO

Cachoeira do Sul, 31 de outubro de 2018.


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SUMÁRIO

1. TÍTULO ................................................................................................................. 4

2. OBJETIVOS.......................................................................................................... 4

4. MATERIAL NECESSÁRIO ................................................................................... 6

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .................................................................... 6

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 8

6.1. Fenda única ................................................................................................... 8

6.2. Fenda dupla ................................................................................................... 8

7. CONCLUSÕES ..................................................................................................... 9

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Lista de Figuras
Figura 1: Difração ---------------------------------------------------------------------------------------- 4
Figura 2: Frentes de onda da luz ao atravessar uma fenda dupla -------------------------- 5
Figura 3: Montagem do experimento --------------------------------------------------------------- 6
Figura 4: Pente Fino com as fendas simples (1) e dupla (2) --------------------------------- 7
Figura 5: Medidas dos máximos e mínimos de difração -------------------------------------- 8

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1. TÍTULO

Difração e interferência com fenda única e dupla.

2. OBJETIVOS

Esta experiência realizada no laboratório tem como objetivos medir o


espaçamento das franjas de uma figura de difração, medir a largura das fendas e a
distância que separa estas fendas. Experimento realizado com fenda simples e
fenda dupla.

3. INTRODUÇÃO e REVISÃO TEÓRICA

A difração é explicada pelo Princípio de Huygens onde afirma que: quando os


pontos de uma abertura ou de um obstáculo são atingidos pela frente de onda eles
tornam-se fontes de ondas secundárias que mudam a direção de propagação da
onda principal, atravessando a abertura e contornando o obstáculo (Imagem 1).

Imagem 1: Difração.

A interferência é processo que consiste na combinação das ondas na mesma


região do espaço. É possível observarem-se fenômenos de interferência para as
ondas, como por exemplo, a luz e o som, no entanto, é necessário que algumas
condições sejam analisadas: fontes monocromáticas, ou seja, que possuam apenas
uma única frequência; fontes de luz coerentes, ou seja, que as suas frequências
sejam iguais.
Ao combinar estas fontes é possível observar interferência construtiva em
todos os instantes.
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Quem primeiro mostrou experimentalmente o fenômeno de interferência para
as ondas luminosas foi Thomas Young, em 1801. Contudo, o primeiro passo para
estudar este fenómeno é compreender o Princípio de Huygens.
Os fenômenos de difração e interferência são observados em ondas que
abrangem todo o espectro eletromagnético. Quando uma onda eletromagnética
passa por duas fendas, ou uma fenda simples, a onda é difratada, formando pontos
de máxima e mínima intensidades, devido à interferência no espaço além das
aberturas (Imagem 2).

Imagem 2: Frentes de onda da luz ao atravessar uma fenda dupla.

A intensidade da onda no anteparo varia dependendo do ângulo de detecção.


Para duas fendas estreitas (largura a) separadas de uma distância d>>a, os
máximos serão vistos nos ângulos em que d sen θ = m λ (onde θ é o ângulo de
detecção, λ é o comprimento de onda da radiação incidente e m = 0, ± 1, ± 2, ...). No
caso de uma fenda simples, os pontos de mínimo são dados por:
a sen θ = m λ (Máximos; Franjas Claras) (1)
onde,
a é a largura da fenda;
θ é o ângulo de detecção;
λ é o comprimento de onda da radiação incidente;
m = 0, ± 1, ± 2, ...
d sen θ = (m + ½)λ (Mínimos; Franjas escuras) (2)
onde,
d é a distância entre as fendas;
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4. MATERIAL NECESSÁRIO

Para realizar o seguinte experimento, foram usados:


• 1 Laser;
• 1 Régua;
• 1 Trena (3m);
• 1 Pente fino;

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Inicialmente, foi montado um arranjo experimental em que foi colocado o laser


aproximadamente reto diante de uma fenda simples do pente, conforme a figura 3.
Considerando o comprimento de onda do laser de 650 nm, uma abertura 𝑎 da fenda
simples e um anteparo, foi observado o padrão de difração no anteparo.

Figura 3: Montagem do experimento

Com o auxílio de uma trena, foi realizada a medida da distância D entre o


laser e o anteparo e a distância entre os mínimos de difração de primeira ordem. Os
resultados foram anotados para os cálculos. O mesmo experimento foi realizado
para a distância entre os mínimos de difração de segunda ordem, nas mesmas
condições.

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Em seguida, repetiu-se o experimento substituindo a fenda simples por uma
fenda dupla do pente. A figura 4 a seguir mostra os dois tipos de fendas usadas no
pente do experimento.

Figura 4: Pente Fino com as fendas simples (1) e dupla (2)

Seguindo o mesmo procedimento, colocou-se o anteparo a uma distância tal que


fosse possível observar o padrão de difração da fenda dupla. Anotou-se a posição
dos máximos de interferência e dos mínimos de difração, e em seguida foram
realizados os cálculos, para definir a distância que separa as fendas.

Figura 5: Medidas dos máximos e mínimos de difração

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6. RESULTADOS E DISCUSSErro! Indicador não definido.

A seguir serão apresentados os cálculos para as fendas simples e dupla.

6.1. Fenda única

Difração de primeira ordem:

𝐷 = 2,905 𝑚, 𝑑 = 0,009 𝑚, 𝑚 = 1, 𝜆 = 650 𝑛𝑚


𝑑 0,009 𝑚
tan 𝜃 = => 𝜃 = arctan ( ) => 𝜃 = 𝟎, 𝟏𝟖°
𝐷 2,905𝑚
𝑚𝜆 1(650 𝑛𝑚)
𝑎 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = 𝑚𝜆 => 𝑎 = => 𝑎 = => 𝑎 = 𝟎, 𝟐𝟎𝟗 𝒎𝒎
𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑠𝑒𝑛(0,18°)
Difração de segunda ordem:

𝐷 = 4,920 𝑚, 𝑑 = 0,014 𝑚, 𝑚 = 1, 𝜆 = 650 𝑛𝑚


𝑑 0,014 𝑚
tan 𝜃 = => 𝜃 = arctan ( ) => 𝜃 = 𝟎, 𝟏𝟔°
𝐷 4,920 𝑚
𝑚𝜆 1(650 𝑛𝑚)
𝑎 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = 𝑚𝜆 => 𝑎 = => 𝑎 = => 𝑎 = 𝟎, 𝟐𝟖𝟒 𝒎𝒎
𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑠𝑒𝑛(0,16°)

6.2. Fenda dupla

Franjas Escuras, utilizando a equação (2):

𝐷 = 4,92 𝑚, 𝑦 = 0,02 𝑚, 𝑚 = 1, 𝜆 = 650 𝑛𝑚


𝑦 0,02 𝑚
tan 𝜃 = => 𝜃 = arctan ( ) => 𝜃 = 𝟎, 𝟐𝟑°
𝐷 4,92 𝑚
(𝑚 + 1/2)𝜆 (1 + 1/2)(650 𝑛𝑚)
𝑑 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = (𝑚 + 1/2) 𝜆 => 𝑑 = => 𝑑 = =>
𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑠𝑒𝑛(0,23°)
=> 𝑑 = 239,852 𝜇𝑚 ≈ 𝟎, 𝟐𝟒𝟎 𝒎𝒎
Franjas Claras, utilizando a equação (1):

𝐷 = 2,880 𝑚, 𝑦 = 0,017 𝑚, 𝑚 = 1, 𝜆 = 650 𝑛𝑚


𝑦 0,017 𝑚
tan 𝜃 = => 𝜃 = arctan ( ) => 𝜃 = 𝟎, 𝟑𝟒°
𝐷 2,880 𝑚

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𝑚𝜆 1(650 𝑛𝑚)
𝑑 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = 𝑚𝜆 => 𝑑 = => 𝑑 = =>
𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑠𝑒𝑛(0,34°)
=> 𝑑 = 110,120 𝜇𝑚 ≈ 𝟎, 𝟏𝟏𝟎 𝒎𝒎

7. CONCLUSÕES

Com base nos resultados obtidos, podemos dizer que o experimento foi
importante para fixação dos conceitos teóricos sobre o processo de difração por uma
fenda simples e dupla, assim como definir expressões matemáticas algébricas e
trigonométricas que possam correlacionar à abertura da fenda por onde a luz é
difratada, a distância entre a fenda e o anteparo, e as distâncias entre o máximo
central e os mínimos parciais.

8. BIBLIOGRAFIA

HALLIDAYD., Resnick R., Walker J. – Fundamentos de Física: Óptica e Física


Moderna – Vol. 4. 9ª Edição LTC Editora;

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