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07 de Outubro

Meditação pela manhã:


Salmos 5:3
“De manhã, Senhor,
Ouves a minha voz;
De manhã te apresento
A minha oração
E fico esperando.”

As lutas e provações são grandes, mas por outro lado, o socorro de Deus é uma promessa para
aquele que crê. Sei que pela fé posso confiar no cuidado dEle. Sou filho. Meu maior trabalho
é descansar na Sua fidelidade. Mesmo que meu coração humano diga que é impossível, que as
coisas parecem tão distantes e improváveis, Ele me chamou para provar de seu sobrenatural.
Senhor Jesus, de manhã apresento a ti minha oração tão pobre e débil, mas estou certo que seus
ouvidos benditos a ouvem, e cheio de misericórdia e bondade sei que lutas por mim. As lutas
e provações são circunstanciais e passarão. Esperarei em ti enquanto caminho.
Música: Esperar é caminhar (Marcos Almeida).

ESTUDO: O PROFETA, SEU CHAMADO E MINISTÉRIO


O Antigo Testamento, segundo a septuaginta (tradução correspondente da Bíblia hebreia em
grego) tem subdivisões em seus livros de acordo com seu conteúdo.
 A Lei (torá, ou instrução);
 Os Escritos (termo genérico para os livros históricos, poéticos, sapienciais, etc.);
 Os Profetas.
Profeta no hebraico nabí (anunciar/ comunicar alguma mensagem); grego profetés (anunciar/
dizer diante de/ na presença de).
Portanto, no sentido bíblico, profeta é o porta-voz/mensageiro de Deus às pessoas, não um
adivinho, astrólogo, futurólogo, etc.
Em um sentido mais estrito da palavra, a função profética foi desempenhada desde a época
dos primeiros juízes de Israel, até João Batista. Foi um papel de destaque no cenário Bíblico.
Em tempos de apostasia (e é interessante notar que o ministério profético era exercido
primariamente dentro do território israelita, onde teoricamente existia a instrução da lei
mosaica, os sacrifícios no tabernáculo/ templo, o serviço de sacerdócio, etc.) eles estavam à
disposição de Deus, e foram fiéis à sua vontade e mensagem, mesmo quando, na maioria das
vezes, eram violentamente rejeitados e sua palavra desprezada. Em linhas gerais, eram
reformadores, pois o cerne de suas admoestações era que a nação voltasse aos caminhos de
Javé e sua adoração. Ou seja, nada que já não tivesse sido estabelecido através de Moisés e
abertamente propagado. Por isso a marca registrada dos profetas era o discurso radical.
Tinham convicção de seu chamado (Isaías 6:8 “Eis-me aqui, envia-me a mim”; Jeremias 1:9
“Eis que ponho na tua boca as minhas palavras”; Amós 7:15 “Vai e profetiza ao meu povo de
Israel”). Isso conjugado a uma vida na presença de Deus (1Reis 17:1 Elias diz: “Tão certo
como vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou” ...) os conferia autoridade para
proclamar da parte de Deus.

Temas predominantes das mensagens:

 JUÍZO E CONDENAÇÃO: Denunciam de forma bem específica os pecados de


indivíduos, nações pagãs e da própria nação israelita, e então o castigo correspondente.
Chama ao arrependimento.

 SALVAÇÃO: Esperança na misericórdia, amor e disposição perdoadora/restauradora


de Deus em favor de seu povo (Jeremias 31:31-43 “Nova aliança: a lei do Senhor na
mente e no coração...Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo... perdoarei as suas
iniquidades”; Isaías 4:3-6; Ezequiel 37:1-14 “Vale dos ossos secos”).

Como a mensagem dos profetas era recebida?


O povo e as autoridades, com algumas exceções apenas, recebiam os profetas com rebeldia,
coração obstinado (Ezequiel 2:3-4). Preferiam calá-los, pois sentiam-se incomodados com a
verdade da parte de Deus que eles traziam. Não poderia ser diferente, pois a mensagem exigia
confrontamento e arrependimento (Isaías 30:9-11; Amós 2:6-12).
Atender ao chamado de Deus e ser profeta não era tarefa fácil. O Senhor Jesus se referiu a
isto, falando e demonstrando que um profeta não tem honras em sua própria terra (Marcos 6:4)
ou em sua própria família (João 7:5). Isso acontece porque as pessoas olham o exterior, não
dão crédito aquilo que lhes é comum. Mas o que capacita um servo(a) de Deus é a obra do
Espírito Santo, diretamente no coração, através de uma experiência singular e pessoal com
Cristo, através de um novo nascimento. E isto não pode ser julgado ou medido por aparências
ou critérios humanos.
Os profetas eram uma classe diferente de seres humanos?
Não. Deus separava, santificava, colocava a palavra nas bocas desses homens e mulheres,
porém não podemos esquecer que eles ainda eram humanos e com suas muitas fraquezas
inerentes. Chegavam as vezes a se deprimir (Elias em 1Reis 19; Jeremias 2:13 chama a Deus
de “Manancial de águas vivas”, e mais tarde diz “Serias tu para mim como um ilusório ribeiro,
como águas que enganam?” (15:18); Jonas; também se encontram muitos estados depressivos
nos Salmos).
E também algumas vezes se acharam incapazes para o ministério (Jeremias 1:6; 17:14).
 O serviço do Senhor é bastante duro; não é um papel indicado para qualquer pessoa.
Pelo relato bíblico, parece que as pessoas que são mais usadas por Deus como
instrumentos na obra dele passam por grandes aflições. Não é de admirar então que
Paulo exortasse Timóteo para que se fortalecesse a fim de passar por tribulações:
"Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou
prisioneiro dele, mas suporte comigo os meus sofrimentos pelo evangelho, segundo o
poder de Deus ... Suporte comigo os meus sofrimentos, como bom soldado de Cristo
... suporte os sofrimentos ..." 2 Timóteo 1:8; 2:3; 4:5 (extraído do site
http://www.estudosdabiblia.net/d110.htm).

O que os profetas tem a ver com Jesus?


Os profetas cumpriram sua missão no que diz respeito ao que era seu contexto imediato,
circunstancial e histórico, advertindo, por exemplo, o povo de sua idolatria, aos reis de suas
alianças impróprias com outros governos, etc. Mas alguns deles foram além disso: tiveram
revelações de Deus sobre Sua obra messiânica. Alcançaram um entendimento teológico mais
abrangente: sabiam que seu arrependimento e obediência eram urgentes e necessários, mas não
autossuficientes; e entenderam que dependiam da misericórdia de Deus para uma redenção
completa. Não apenas libertação política, de miséria social, etc. mas principalmente de suas
próprias faltas em relação ao Deus. Antes de tudo, tinham temor a Deus e sua santidade. Assim,
eles olhavam com esperança para quando chegasse o tempo do Messias, aquele que consumaria
a esperança de Israel, e indiretamente conduziam as pessoas à obediência e sujeição à vontade
de Deus, em Jesus Cristo.
...e Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e
de todo o teu pensamento.
Este é o primeiro e grande mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.

Mateus 22:34-40
Agora, num sentido mais amplo, a mensagem profética segue vigente. É cumprir o ide do
Senhor. Pois proclamar o Evangelho da salvação de Deus é profetizar a vontade e justiça dEle
às nações. A aceitação da verdadeira mensagem continua impopular, porém o Senhor Jesus
mesmo assim nos envia a pregar, pois as ovelhas que pertencem a Ele reconhecerão Sua voz.

As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem;


E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão.

João 10:27-28
Resumindo, os profetas são homens e mulheres escolhidos por Deus para comunicar/transmitir
radicalmente a mensagem deste. Apela à consciência humana, porque é Palavra de Deus:

E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma
luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em
vossos corações.
2 Pedro 1:19

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