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Silva
Língua Portuguesa
2ª edição
Brazcubas
2018
Av. Francisco Rodrigues Filho, 1233 - Mogilar
Sumário
Apresentação 5
O Professor 7
Introdução 9
1Unidade I
Texto, Contexto em suas Inter-relações 11
1.1 Introdução 11
1.2 Linguagem 12
1.3 Conceitos da Linguagem 14
1.4 Teoria da Comunicação 15
1.5 Língua Versus Fala 16
1.6 Comunicação 17
1.7 Código Verbal e Código Não Verbal 19
1.8 Considerações da Unidade I 20
2Unidade II
Gramática Normativa, Português Coloquial e Correção Gramatical 23
2.1 Estilo e Linguagem do Texto Técnico 24
2.2 Norma 26
2.3 O erro 27
2.4 Elementos Básicos para se produzir um texto com propriedade 28
2.5 Pronomes: Correção Gramatical 30
2.6 Pronomes: Conceituação 31
2.7 Utilizações equivocadas do Pronome 32
2.8 Utilização de “Para eu” e “Para mim” 32
2.9 Considerações da Unidade II 33
3Unidade III
Estrutura do Texto Dissertativo 35
3.1 Dissertação 36
3.2 Argumentação 36
3.3 O Parágrafo-Padrão 37
3.4 Processo para Produção de Texto Dissertativo 38
3.5 Dissertação Argumentativa 38
3.6 A Estrutura de um Texto Dissertativo 39
3.7 O Assunto e a Delimitação do Assunto 40
3.8 Objetivo 40
3.9 Desenvolvimento 41
3.10 Conclusão 41
3.11 Elementos Textuais para a Dissertação 41
3.12 Considerações da Unidade III 42
4Unidade IV
Correção Gramatical e Nova Ortografia 45
4.1 Gramática: Produção Textual 45
4.2 Vocabulário 47
Sumário
4.3 Generalização 47
4.4 Para falar um pouco de Gramática 48
4.5 Concordância 49
4.6 Crase 49
4.7 Casos em que não se utiliza o acento Grave (Crase) 50
4.8 Uso Facultativo da Crase 51
4.9 Pontuação 51
4.10 Emprego da Vírgula no Período Simples 52
4.11 Observações Importantes 54
4.12 Considerações sobre a Nova Reforma Ortográfica 55
4.13 Considerações da Unidade IV 56
Referências 57
Apresentação
Apresentação
Todas as unidade estão interligadas, assim, é importante que você leia o ma-
terial seguindo a sequência proposta, ou seja, unidade I, unidade II, unidade III e
unidade IV, respectivamente.
Por fim, temos as videoaulas as quais estão disponíveis na plataforma. Elas são
importantes, pois mostram os caminhos das teorias apresentadas no livro didático
de LÍNGUA PORTUGUESA.
Abraços.
5
O Professor
O Professor
7
Introdução
Introdução
9
Introdução
Esperamos que você possa, a partir dos estudos conceituais e práticos da lín-
gua portuguesa, chegar a uma compreensão maior e mais profunda da linguagem e
da língua em seus diversos aspectos.
10
Texto, Contexto em suas Inter-relações unidade I
1 Unidade I
Objetivos da unidade:
Competências e Habilidades:
1.1 Introdução
Para caracterizar um texto, não basta que tenhamos uma somatória de frases.
É preciso que haja um encadeamento semântico entre elas. Esse encadeamento, ou
seja, o vínculo de sentidos que as frases encontram umas nas outras, é o efeito do
que chamamos de coesão textual. Um texto só pode ser um texto legível se puder ser
compreendido, se fizer sentido para o leitor.
11
Unidade I Texto, Contexto em suas Inter-relações
1.2 Linguagem
Segundo Dubois,
12
Texto, Contexto em suas Inter-relações unidade I
Neste sentido, à voz e aos gestos dos animais irracionais, pode-se atribuir, mui-
tas vezes, um propósito mais ou menos preciso. No entanto, a impossibilidade de
se elevarem a um trabalho mental de “construção representativa” diante do mundo
exterior e interior diferencia os animais irracionais dos racionais.
13
Unidade I Texto, Contexto em suas Inter-relações
14
LINGUAGEM <=> MENSAGEM, tendo seu conteúdo transmitido através de um código (conjunto de símbolos)
que é decodificado (entendido) pelo receptor, estabelecendo-se assim a comunicação (entendimento da mensagem).
comuni-
um có di go , há di versos códigos de
itida por
A mensagem é em Um
ais de trânsito...).
s ou es cr ita s, ge stos, desenhos, sin
ta
cação (palavras di códigos
o, de sd e qu e es crito segundo os
l de comunicaçã
cartaz é um cana o por alguém.
so cie da de e qu e possa ser entendid
estabelecidos pela
Código de comunicação
15
Unidade I Texto, Contexto em suas Inter-relações
Fonte: http://grhprofissional.blogspot.com.br/2014/09/quem-nao-se-comunica-se-trumbica.html.
Acesso em 15/12/2015.
1.5 Língua Versus Fala Fala: uso individual que o indivíduo faz da linguagem.
Podemos dizer que o ato da fala se divide materialmente em três fases: a pri-
meira se refere à articulação sonora; a segunda, à transmissão da mensagem, por
meio de uma onda sonora; e a terceira, à recepção do som.
Antes de a nossa mensagem ser transmitida, exercemos o ato da fala que vem
antes da língua. De certa maneira, a fala está em nosso cérebro. A intenção de co-
municar “expulsa” a fala de nosso cérebro. Toda comunicação tem o seu início no
cérebro, onde os conceitos estão depositados e associados aos signos linguísticos ou
16
Texto, Contexto em suas Inter-relações unidade I
às imagens acústicas que servem para exprimi-los. Assim, um conceito faz com que
o nosso cérebro crie uma imagem acústica relacionada ao psíquico.
Segundo Saussure (1994, p. 54), “não há dissociação entre língua e fala, ou seja,
as duas estão relacionadas. A língua é a parte social da linguagem que, em forma de
sistema, engloba todas as possibilidades de sons existentes em uma comunidade”.
Logo, a língua se caracteriza como ato exterior ao indivíduo que, não pode criá-
-la nem modificá-la. Segundo os linguistas, a língua se modifica e se transforma de
geração em geração; enquanto a fala, é individual e pertence ao falante que tem total
liberdade para usá-la. É importante observarmos que a língua não é tão livre como
se teoriza, pois dada comunidade de homens se serve de um sistema de linguagem,
ou LÍNGUA, cuja propriedade essencial é ser representativa. Assim, a língua, enquan-
to instrumento útil à determinada comunidade, serve a esta comunidade, conse-
quentemente, a liberdade do indivíduo está atrelada a: ao que sociedade sancionou
enquanto uso e normas.
1.6 Comunicação
17
Unidade I Texto, Contexto em suas Inter-relações
Receptor-decodi-
Códigos Emissor Recodificação:
ficador
18
Texto, Contexto em suas Inter-relações unidade I
A comunicação nada mais é do que uma informação que deve ser transmitida
de uma pessoa para outra pessoa. A transmissão é feita por meio de uma mensagem
que está atrelada à linguagem. A mensagem é decodificada, ou seja, traduzida em
mensagem sensível e concreta, a partir de um sistema de signos ou códigos conven-
cionados pela comunidade.
Observe:
19
Unidade I Texto, Contexto em suas Inter-relações
Segundo Orlandi:
20
Texto, Contexto em suas Inter-relações unidade I
Desta maneira, devemos ressaltar que uma das competências básicas de qual-
quer candidato, hoje, é saber usar a linguagem em contexto apropriado. A lingua-
gem não é um sistema fechado e válido para qualquer contexto, ela varia em função
do espaço geográfico (variação diatópica), do tempo (diacrônica) e do espaço social
(diastrática). São essas competências que se exigem dos futuros profissionais no mo-
mento de realizarem concursos nas mais diversas instâncias.
Lembre-se de que para esta unidade, temos uma videoaula que traz uma abor-
dagem e exemplos diferentes para complementar seu aprendizado. Por isso, é im-
portante que você assista-a com atenção e anote as observações e dúvidas. Não
se esqueça de enviar as dúvidas pela plataforma para que possamos auxiliá-lo. No
fórum, você poderá apresentar dúvidas e conversar com os colegas sobre diversos
assuntos. Por fim, esteja atento aos prazos para entregar as atividades disponibiliza-
das na plataforma de estudos.
21
Gramática Normativa, Português Coloquial e Correção Gramatical unidade II
Unidade II
2
Objetivos da unidade:
Competências e Habilidades:
23
unidade II Gramática Normativa, Português Coloquial e Correção Gramatical
Como diz Mirian Gold (2010, p. 20), em Redação Empresarial, um texto mal
escrito pode gerar para a empresa:
24
Gramática Normativa, Português Coloquial e Correção Gramatical unidade II
25
unidade II Gramática Normativa, Português Coloquial e Correção Gramatical
Ainda sobre o cotidiano de uma empresa, além de uma produção textual ade-
quada, é preciso que adotemos uma postura correta, para garantir não só que a
nossa comunicação seja eficaz, mas também que o nosso local de trabalho seja har-
mônico. Sugerimos que você procure:
O texto que denominamos Redação Empresarial não deve ser entendido como
aquele, exclusivamente, utilizado em empresas. Se observarmos atentamente a esco-
la, a repartição pública, os mais diversificados ambientes de trabalho são empresas,
assim, devemos ficar atentos também à linguagem empresarial para que possamos
fazer a nossa comunicação ser entendida nos diversos ambientes e pelas variadas
pessoas às quais a nossa mensagem se destina.
2.2 Norma
26
Gramática Normativa, Português Coloquial e Correção Gramatical unidade II
Com o material disponível no AVA você vai entender melhor sobre o que é
norma e como aplicá-la. Lembre-se que o material disponibilizado é parte
do conteúdo da disciplina e, como tal, deverá ser estudado para a realiza-
ção das atividades e avaliações.
2.3 O erro
Falar e escrever bem é uma prática sistemática que é adquirida por meio de
regras gramaticais. Logo, comunica-se bem aquele que assimila as normas do portu-
guês. A oposição a esse pensamento estabelecido pelos gramáticos é feita pela lin-
guística que entende a língua, muito além das normas, ou seja, em sua manifestação
nas diversas comunidades.
Segundo Orlandi (1990, p.13), “a mudança das línguas não depende da vontade
dos homens, mas segue uma necessidade da própria língua, e tem uma regularidade,
isto é, não se faz de qualquer jeito”. Para a linguística, a norma padrão não pode preva-
lecer em detrimento da língua enquanto manifestação de certa comunidade linguística.
Segundo Petter (in FIORIN, 2005, p.21), a abordagem descritiva assumida pela
Linguística entende que as variedades não padrão do português, por exemplo, ca-
racterizam-se por um conjunto de regras gramaticais que simplesmente diferem da-
quelas do português padrão.
27
unidade II Gramática Normativa, Português Coloquial e Correção Gramatical
28
Gramática Normativa, Português Coloquial e Correção Gramatical unidade II
EXEMPLOS:
1
A mulher tinha lavado a louça quando chegamos, mas ainda
estava lavando a louça.
2
A galinha estava grávida.
3
O torcedor do time adversário ficou rouco porque gritou
demais.
Para que um texto tenha sentido, é necessário que haja coerência, que é um
dos fatores da textualidade que se aliam à coesão para compor as relações que se
dão entre as partes do texto para construir sentido:
99 conhecimento de mundo,
99 conhecimento partilhado,
99 situacionalidade,
Fatores de 99 intertextualidade,
29
unidade II Gramática Normativa, Português Coloquial e Correção Gramatical
Segundo Koch (2006, p.15), a coesão é revelada por meio de marcas linguística
e superficial do texto, o que lhe dá um caráter linear, uma vez que se manifesta na
organização sequencial do texto. Assinalando a conexão entre as diferentes partes
do texto, tendo em vista a ordem em que aparecem, a coesão é sintática e grama-
tical, mas também é semântica, pois em muitos casos, os mecanismos coesivos se
baseiam numa relação entre os significados de elementos de superfície do texto.
30
Gramática Normativa, Português Coloquial e Correção Gramatical unidade II
Veja o exemplo:
Observe que o “la” refere-se à mão, ou seja, substitui um termo que foi anun-
ciado na frase anterior. Assim, podemos dizer que o pronome substitui um nome.
31
unidade II Gramática Normativa, Português Coloquial e Correção Gramatical
Conforme já dissemos, os pronomes ele, ela, eles, elas têm como correlações:
“Ele, eles – o, lhe, lhes, seu, seus”; “ela, elas – a, lhe, lhes, sua, suas”. Assim, evitem
dizer ou escrever:
“Eu vi ela.”
Ela não é o sujeito da frase. Logo, devemos trocar a forma ela por “a”. Segundo
a Norma Padrão: “Eu a vi”. Ou, em se tratando do masculino: “Eu o vi.” Ou outras coi-
sas semelhantes: “Você conhece ele?”; “Pega ela.”; “Divide ela.”; “Compra ela.”.
Mim é brasileiro
32
Gramática Normativa, Português Coloquial e Correção Gramatical unidade II
Sempre que não tivermos um verbo ao final da frase, devemos usar “para
mim”; caso contrário, se houver um verbo na forma infinita, devemos usar “eu”, que
será o sujeito do verbo em questão.
A língua é, de maneira geral, coletiva; mas cada um de nós tem certas peculiari-
dades linguísticas, ou pelo menos preferências, e há assim, de certo modo, múltiplas
línguas individuais.
33
unidade II Gramática Normativa, Português Coloquial e Correção Gramatical
Lembre-se de que para esta unidade, temos a segunda teleaula que traz uma
abordagem e exemplos diferentes para complementar seu aprendizado. Por isso, é
importante que você assista-a com atenção e anote as observações e dúvidas. Não
se esqueça de enviar as dúvidas pela plataforma para que possamos auxiliá-lo. No
fórum, você poderá apresentar dúvidas e conversar com os colegas sobre diversos
assuntos. Por fim, esteja atento aos prazos para entregar as atividades disponibiliza-
das na plataforma de estudos.
34
Estrutura do Texto Dissertativo unidade III
Unidade III
3
Objetivos da unidade:
Competências e Habilidades:
35
unidade III Estrutura do Texto Dissertativo
3.1 Dissertação
amento de ideias
polêmica: encade
r meio de argu-
desenvolvidas po expositiva: por m
autor questiona eio de informa-
mentos, em que o ções atualizadas,
por uma seleção o autor desen-
o tema proposto volve uma posição
ras, procurando crítica sobre o
de prós e/ou cont assunto.
solução apoiada
apresentar uma
ncias;
em razões e evidê
3.2 Argumentação
36
Estrutura do Texto Dissertativo unidade III
3.3 O Parágrafo-Padrão
No geral, as notícias de jornal são precedidas de tópico frasal, pois nele o autor
faz uma síntese do que tratará e o leitor, depois de lê-lo, opta por terminar ou não a
leitura. Assim, o seu texto dissertativo não pode deixar de ter o TÓPICO FRASAL, pois
ele garante ao seu texto:
37
unidade III Estrutura do Texto Dissertativo
99 Ter objetividade.
99 Evitar digressões.
38
Estrutura do Texto Dissertativo unidade III
39
unidade III Estrutura do Texto Dissertativo
Todo texto traz em si um assunto, no entanto, devemos ter em mente que não
podemos falar de tudo em um único texto. Assim, não devemos, por exemplo, falar
sobre o amor no mundo; precisamos delimitar o tema. A delimitação (tópico frasal) é
justamente o que dará coerência ao nosso texto.
3.8 Objetivo
Atenção:
O tópico frasal iniciará o nosso texto, nele teremos a ideia central que será
desenvolvida. O tópico frasal será complementado no decorrer do texto.
Teremos um espaço para inserir elementos que contribuam em nossa ar-
gumentação.
40
Estrutura do Texto Dissertativo unidade III
3.9 Desenvolvimento
Não se esqueça que, por mais extenso que seja o nosso texto, os parágrafos
devem ter coesão e coerência. Ou seja, um elemento deve estar ligado ao outro.
3.10 Conclusão
41
unidade III Estrutura do Texto Dissertativo
Dica de Leitura:
Observe que o verbo ir pede sempre a preposição “a”, assim, devemos falar
“foi”. O “foi em” indica movimento do alto para baixo, por exemplo, “ele estava senta-
do no banco”, movimento de cima para baixo. Em se tratando de duzentos, gramas
refere-se a quilogramas, palavra masculina, logo o quilograma, assim, duzentos (qui-
lo) gramas. E a nossa famosa mortadela já se transformou, no português coloquial,
em “mortandela”, quando o correto é mortadela.
99 Introdução;
99 Desenvolvimento;
99 Conclusão.
42
Estrutura do Texto Dissertativo unidade III
Não se esqueça de enviar as dúvidas pela plataforma para que possamos auxi-
liá-lo. No fórum, você poderá apresentar dúvidas e conversar com os colegas sobre
diversos assuntos. Por fim, esteja atento aos prazos para entregar as atividades dis-
ponibilizadas na plataforma de estudos.
43
Correção Gramatical e Nova Ortografia unidade IV
4 Unidade IV
Objetivos da unidade:
Competências e Habilidades:
45
unidade IV Correção Gramatical e Nova Ortografia
Assim, a fim de que o texto seja mais compreensível, podemos elaborá-lo com
frases curtas e vocabulário simples, eliminando as palavras desnecessárias. Em uma
frase curta é mais fácil assimilar a ideia, pois, dependendo do receptor, o período
subordinado pode trazer dificuldade na decodificação de mensagem. É aconselhá-
vel, sempre que possível, transformar uma frase longa em várias unidades menores,
mas sem simplificar demasiadamente, pois uma sequência de frases curtas pode
provocar desinteresse no leitor. Consequentemente, a simples enumeração de fatos
não é suficiente à clareza do texto. Por exemplo:
46
Correção Gramatical e Nova Ortografia unidade IV
4.2 Vocabulário
Há ainda palavras que encerram juízo de valor: errado, bom, mau, certo, agra-
dável; há as de referenciais imprecisos: reacionário, comunista, esquerda. Assim, no
momento de escrever, devemos parar para avaliarmos como o receptor poderá de-
codificar a carga significativa que o vocábulo pode transmitir à frase. Dependendo da
situação de recepção, a comunicação pode não se efetivar.
4.3 Generalização
Devemos ainda ficar atentos aos usos de jargões, pois eles não dizem absoluta-
mente nada. Por exemplo, “profissional”, por ser de grande amplitude pode significar
47
unidade IV Correção Gramatical e Nova Ortografia
Assim, não devemos estilizar o texto com vocábulos rebuscados. Segundo Pa-
dre Antônio Vieira: “Assim há de ser o estilo da pregação, muito distinto e muito claro.
(...) E nem por isso temais que pareça estilo baixo” (O Sermão da Sexagésima, p. 45).
48
Correção Gramatical e Nova Ortografia unidade IV
4.5 Concordância
4.6 Crase
Crase é a fusão de duas vogais iguais, utilizamos para registrar esse fenômeno
o acento grave (`). Observe:
ou
Para que esse acento seja utilizado é necessário que uma palavra exija prepo-
sição e a outra, artigo.
Agora, se substituirmos o vocábulo colégio, por escola, teremos essa fusão. Veja:
49
unidade IV Correção Gramatical e Nova Ortografia
(A) Muitas pessoas visitam o lugar. (B) Muitas pessoas visitam a cidade.
(C) Alguns viajantes chegaram ao campo. (D) Alguns viajantes chegaram à cidade.
Não utilizamos o acento grave, ou seja, não existe crase antes de:
Nas expressões
A mulher ficou frente a frente com o leão.
formadas de palavras
repetidas Os inimigos encontram-se cara a cara.
Quando a preposição
Eu falava a pessoas interessadas.
A estiver sozinha diante
de palavra no plural Pegaram-me a dentadas.
50
Correção Gramatical e Nova Ortografia unidade IV
Atenção:
Atenção:
Antes de pronome
Vá imediatamente à (a) sua fazenda.
possessivo feminino
4.9 Pontuação
51
unidade IV Correção Gramatical e Nova Ortografia
Primeiramente, observe:
Qualquer tentativa de pontuar a frase nos conduziria ao erro, pois não se sepa-
ra o sujeito do verbo, nem o verbo do sujeito e nem o verbo de seus complementos.
Assim, precisamos de atenção ao virgular os elementos de uma frase:
Nesse exemplo, temos um sujeito composto por vários elementos que estão
separados por vírgulas.
Atenção:
Dois termos de mesma função ligados por “e”, ou “e nem” não admitem
separação por vírgula:
52
Correção Gramatical e Nova Ortografia unidade IV
A frase indica que alguém invoca, chama Mário e diz que o ladrão de bancos
fugiu da cidade. O termo “Mário” é o vocativo. Por outro lado, poderíamos mudar a
vírgula, neste caso, teríamos: “Mário, o ladrão de bancos, fugiu da cidade.” O sentido
da frase mudaria e “Mário” passaria a ser o ladrão de bancos, ou seja, funcionaria
como aposto (uma explicação).
ou
53
unidade IV Correção Gramatical e Nova Ortografia
Atenção:
ou
54
Correção Gramatical e Nova Ortografia unidade IV
A primeira frase diz que podemos colar na escola, pois não é falta grave; na
segunda frase, a utilização da vírgula mostra o contrário: colar é uma falta grave.
A primeira frase diz que eu espantei os amigos que estavam com o cigarro; na
segunda frase, a utilização da vírgula mostra que eu espantei com cigarro (instru-
mentos) os amigos.
e) Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher andaria de quatro à sua
procura.
f) Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, andaria de quatro à sua
procura.
A primeira frase diz que, se o homem soubesse o valor dele, a mulher andaria
de quatro à sua procura; já a segunda frase mostra o contrário: se o homem soubes-
se o valor da mulher, ele andaria de quatro à sua procura. A simples vírgula muda
completamente o sentido da frase.
Até lá!!!
55
unidade IV Correção Gramatical e Nova Ortografia
Lembre-se de que para esta unidade, temos a primeira videoaula que traz uma
abordagem e exemplos diferentes para complementar seu aprendizado. Por isso, é
importante que você assista-a com atenção e anote as observações e dúvidas. Não
se esqueça de enviar as dúvidas pela plataforma para que possamos auxiliá-lo. No
fórum, você poderá apresentar dúvidas e conversar com os colegas sobre diversos
assuntos. Por fim, esteja atento aos prazos para entregar as atividades disponibiliza-
das na plataforma de estudos.
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Referências
Referências
BAGNO, Marcos. Preconceito lingüístico: o que é, como se faz. 49 ed. São Paulo:
Loyola, 2007.
FRANCHI, Carlos. Mas o que é mesmo gramática? São Paulo: Parábola, 2006.
CAMARA, Mattoso Jr. Princípios de Lingüística Geral. Rio de janeiro: Padrão, 1977.
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MARTINS, Dileta Silveira & ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. Português Instrumental. São
Paulo: Atlas, 2004.
PERINI, Mário A. A língua do Brasil amanhã e outros mistérios. São Paulo: 2004.
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Lingüística Geral. São Paulo: Cultrix, 1994.
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